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sexta-feira, 8 de julho de 2022

Testemunho de uma família do Caminho Neocatecumenal no X Encontro Mundial das Famílias

Famílias do Caminho Neocatecumenal | neocatechumenaleiter

ROMA, 22-26 JUNHO 2022

De 22 a 26 de junho de 2022, foi celebrado, em Roma, o X Encontro Mundial das Famílias, organizado pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida e pela Diocese de Roma.

Representando o Caminho Neocatecumenal havia várias famílias enviadas por diferentes Dioceses: Massimo e Patrizia Palloni, com 12 filhos (itinerantes, em missão na Holanda), Francesco e Sheila Gennarini, com 9 filhos (itinerantes, em missão nos USA), Dino e Roberta Furgione, com 9 filhos (itinerantes, em missão na África do Sul) e o presbítero Gianvito Sanfilippo (encarregado do Pós-crisma no Caminho Neocatecumenal). 

Na manhã de sexta-feira, 24 de junho, foram tratados diferentes temas. A intervenção de Massimo e Patrizia Palloni foi dedicada à “Transmissão da fé aos jovens de hoje”: Massimo explicou brevemente sua experiência de filho, ele recebeu a fé através de seus pais no Caminho e, com sua mulher, também ela filha de neocatecúmenos, a transmitiram, por sua vez, a seus 12 filhos. A seguir, a breve intervenção de Massimo e Patrizia:


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Eminências e Excelências Reverendíssimas, Delegados das Conferências Episcopais e dos Movimentos, queridos irmãos:

Pediram-nos uma intervenção sobre o tema “Transmitir a fé aos jovens de hoje”, a partir de nossa experiência pessoal. Nós vos agradecemos por esta oportunidade que nos haveis oferecido para dar glória a Deus.

Somos Massimo e Patrizia Palloni, de uma comunidade neocatecumenal de Roma e missionários itinerantes na Holanda há dezoito anos. Nossos pais também estão em comunidade e mediante sua experiência nos transmitiram a fé. Portanto, podemos falar de nossa experiência como filhos – aos quais seus pais lhes transmitiram a fé – e também como pais de doze filhos, que estão aqui presentes; eles vos saúdam e também vos agradecem.

Na relação com nossos pais, e hoje com nossos filhos, guiou-nos a Palavra de Deus a seu povo quando apareceu no monte Sinai:

“Ouve, ó Israel: Iahweh nosso Deus é o único Iahweh! Portanto, amarás a Iahweh teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua força. Que estas palavras que hoje te ordeno estejam em teu coração! Tu as inculcarás aos teus filhos, e delas falarás sentado em tua casa e andando em teu caminho, deitado e de pé” (Dt 6,4-7).

Desde pequenos, nossos pais celebravam conosco as Laudes aos domingos pela manhã. Depois do canto dos salmos, proclamava-se uma leitura bíblica e nos ajudavam a ver nossa vida à luz da Palavra de Deus. Também desde muito pequenos esta Palavra iluminou nossas relações com os irmãos, irmãs e pais, permitindo-nos reconciliar-nos e falar de nossos sofrimentos. Nosso pai nos perguntava: “Como esta Palavra ilumina tua realidade de hoje?”; esta pergunta é um eco da primeira que se encontra na Bíblia: “Adão, onde estás?”. Como o Papa Francisco afirmou em Amoris Laetitia: “Então a grande questão não é onde está o filho fisicamente, com quem está neste momento, senão onde está em um sentido existencial”[1]. A Palavra de Deus se converte no paradigma de toda vida humana, cada palavra contida nela ilumina nossa história: a criação, a arca de Noé, o dilúvio, a torre de babel, Abraão, o Êxodo, as parábolas dos Evangelhos, etc. Esta Palavra também iluminou nossa vida desde que éramos crianças; era uma ponte extraordinária entre pais e filhos, entre diferentes gerações. Cada um tinha a possibilidade de dar sua própria experiência. Graças ao encontro na oração, o Senhor nos ajudava verdadeiramente a entender “onde estávamos”, a entender os sofrimentos dos demais e, muitas vezes, a reconciliar-nos. Às Laudes sempre seguia um almoço especial para viver plenamente o domingo.

Além disso, cada ano tínhamos na família uma introdução às grandes festas preparadas com grande esmero, que marcavam as estações e que vivíamos com toda a paróquia: Natal, Epifania, Pentecostes, Imaculada… Depois da primeira comunhão, participávamos assiduamente da Eucaristia em comunidade, na qual recebíamos uma atenção especial. Esta Eucaristia, vivida na paróquia depois das primeiras vésperas do domingo, nos arrancou gradualmente dos pecados do sábado à noite, que levam os jovens a afastar-se de Cristo. No centro de tudo estava a Santa Vigília da Páscoa, à qual fomos iniciados e que esperávamos com ânsia. Assim, fomos introduzidos progressivamente na vida da fé na Igreja, enquanto na adolescência, entramos – juntos com outros jovens e adultos – em uma comunidade da paróquia para assim continuar a iniciação cristã. Ademais, periodicamente, participávamos das peregrinações e das Jornadas Mundiais da Juventude, nas quais éramos ajudados a refletir profundamente sobre nossa vocação e recebíamos a palavra do Santo Padre. Esses encontros fizeram crescer em nós o amor pelo Papa e por toda a Igreja.

Gradualmente, ao longo dos anos, nós provamos a maravilha da vida cristã. Foi-nos transmitido que no centro da família existem três altares [2]: o primeiro é a mesa da Santa Eucaristia, em que Jesus Cristo oferece o sacrifício de sua vida e sua ressurreição por nossa salvação; o segundo é o tálamo nupcial onde, ao oferecer-se um ao outro, se cumpre o Sacramento do Matrimônio e se dá o milagre do amor e da nova vida; o terceiro é a mesa onde a família se reúne para as refeições, bendizendo ao Senhor por seus dons. Assim, cada refeição se converte em um encontro em que se discutem os temas e os problemas que se encontram na vida ou na escola, onde todos participam e se vive a comunhão.

Quando nos casamos éramos muito jovens, eu tinha vinte e quatro anos e Patrícia vinte e, no entanto, nos casamos com as melhores intenções para formar uma família cristã. Nos primeiros anos de matrimônio nos encontramos diante de nossas fraquezas que puseram em perigo nossa união. Naquela situação de dificuldade, o que nos manteve foi nossa comunidade formada por pessoas comuns que vivendo conosco um caminho de fé, nos ajudaram a superar nossas crises falando-nos com sinceridade e nos convidando-nos a tomar consciência de nossos erros, mediante o contato com os Sacramentos e a Palavra de Deus que iluminava nossa realidade de pecado.

Para nós foi um novo início, como nas bodas de Caná: onde depois de haver-se acabado o “vinho” do tempo de namoro e de querer-nos com base em nossos esforços, Jesus Cristo nos deu gratuitamente o vinho novo, embriagador, do perdão. Descobrimos que a abertura à vida não é uma lei pesada senão a libertação do egoísmo, sem a qual o matrimônio cambaleia. Com grande surpresa, Deus nos concedeu desejar a cada filho que Ele nos deu. O Senhor foi maior que nossos pecados e, apesar de nossas fraquezas e incapacidades, hoje estamos aqui com nossos doze filhos que para nós são uma prova irrefutável da fidelidade de Deus.

Transmitir a fé aos jovens de hoje: uma tarefa de uma importância crucial que incumbe hoje a Igreja e a cada batizado. Estamos submersos em uma sociedade na qual parece que Deus desapareceu do horizonte. E rapidamente avança a secularização, a perda do sentido de Deus, as feridas do aborto e da eutanásia com uma ameaça cotidiana à fé de cada homem. O ataque do demônio quer destruir a família e os jovens: a epidemia da pornografia por meio da internet, que hoje adquiriu dimensões globais, as drogas, a confusão sobre a identidade, a visão gnóstica que separa a pessoa de seu corpo. O Papa Francisco definiu a difusão da ideologia de gênero como uma guerra: “Hoje há uma guerra mundial para destruir o matrimônio […] mas não com as armas, senão com as ideias”, são as “colonizações ideológicas que destroem”[3].

O tempo da adolescência e da juventude pode ser o mais difícil na formação de uma pessoa: é o momento em que se dão as grandes metamorfoses físicas, psíquicas e afetivas, em que se alarga o horizonte das relações sociais (entrada na faculdade, independência da família, novas amizades) e é precisamente neste período delicado, em que as relações com os pais se tornam mais conflituosas, que os jovens devem tomar decisões fundamentais que influenciarão toda sua vida. Diante dessas situações o Espírito Santo suscitou outra experiência para ajudar os jovens das paróquias: a experiência do Pós-crisma.

Hoje em dia, muitíssimos jovens provêm de famílias feridas. Um percentual cada vez mais elevado de filhos vivem com um só pai, a maioria por separação dos pais, outra parte por situações fora do matrimônio. Diante do fracasso de mais de 50% dos matrimônio, sem o apoio e sem a ajuda da escola, muitos jovens se encontram sem nenhum ponto firme e se perdem. Em uma nova experiência de pós-crisma, que muitos párocos no mundo, em comunhão com seus bispos, decidiram iniciar, formam-se pequenos grupos de jovens que se reúnem com uma família de fé provada e adulta, capaz de oferecer-lhes um autêntico testemunho de serviço. Os adolescentes se sentem atraídos pela família cristã na qual veem uma fé viva. Nestes grupos os jovens iniciam a ler a Palavra de Deus, refletir sobre os mandamentos como caminho de vida, redescobrem o Sacramento da Reconciliação e entram em contato com a vida cristã de uma família concreta.

Esta experiência está dando frutos impressionantes em muitas paróquias: o período da pós-crisma, que normalmente se caracteriza pelo abandono de muitos jovens, graças a esta pastoral está se transformando em uma bênção do Senhor pois o percentual de jovens que segue frequentando a paróquia depois da confirmação é altíssima. Além disso, a alegria deste jovens é comunicativa e se converte em um testemunho para os companheiros de escola, amigos, conhecidos, que por sua vez pedem para vivê-la participando dos grupos e, desta forma, muitos jovens afastados se aproximam da Igreja.

Porém, não se trata de encontrar um método ou de usar uma técnica. Ninguém pode dar o que não recebeu. Na “ditadura do relativismo” que nos rodeia, com suas novas “leis” que desviam a consciência de muitos jovens, há uma “música” que seu coração não deixará nunca de escutar nem de reconhecer como a porta da felicidade, ou seja, o amor. Por essa razão, na pastoral dos jovens tem uma importância fundamental o testemunho de famílias que, havendo recebido antes o amor gratuito de Cristo e da Igreja, acolhem nesse amor este jovens feridos e o apresentam como algo vivo e atual.

Toda a força de atração do cristianismo consiste na força do testemunho, tal como afirmou São Paulo VI: “O homem contemporâneo escuta mais a gosto os que dão testemunho do que os que ensinam (…) ou se escutam os que ensinam, é porque dão testemunho [4].

Os jovens não estão desinteressados pela fé: se estão, é porque não a veem, porque detestam a mediocridade, a doblez. Se lhes anuncia a verdade, sim, se lhes anuncia que podem sair da escravidão de seu “eu”, que podem doar-se completamente, nos seguirão. Sim, se nós profetizamos isso aos jovens, eles nos seguirão aos milhares.

E assim voltamos à pergunta original: Como transmitir a fé aos jovens de hoje?

A Igreja atravessa hoje uma crise profunda que passa pela baixa participação no preceito dominical, pelo escasso número de batizados, de matrimônios e de sacramentos, pela crise das vocações. Certamente, não se trata somente de números, contudo, parece que tudo está desmoronando vertiginosamente. Diante dessa situação, podemos ter a tentação de pensar que a resposta seja somente encontrar um programa ou uma fórmula, baseada talvez em sermões moralistas.

Para transmitir a fé aos jovens é necessário a fé dos pais. Estamos aqui, não para dizer que somos estupendos ou que encontramos um método, senão porque nossos pais redescobriram uma fé viva que os ajudou em seu matrimônio e que transmitiram a nós, seus filhos. E nossos filhos estão aqui pela mesma razão.

Para redescobrir a fé é necessário um itinerário sério que possa desenvolver em cada crente a força vivificadora do Batismo.  É isso que promulgou o Concílio Vaticano II na constituição Sacrosanctum Concilium[5] restabelecendo o catecumenato para adultos não batizados. O RICA [6] – o documento de atuação da decisão conciliar – estendeu a importância dessa decisão afirmando que o catecumenato pode ser adaptado para os cristãos já batizados mas que não receberam a necessária iniciação batismal. Esta decisão histórica está apresentada também no Catecismo da Igreja Católica onde se afirma que “por sua própria natureza, o Batismo de crianças exige um catecumenato pós-batismal. Não se trata somente da necessidade de uma instrução posterior ao Batismo, mas de um desenvolvimento necessário da graça batismal no crescimento da pessoa” [7].

São Paulo VI reconheceu em 1974 a importância fundamental do catecumenato pós-batismal: “Viver e promover este despertar é considerado por vós como uma forma de catecumenato pós-batismal, que poderá renovar nas comunidades cristãs de hoje aqueles efeitos de amadurecimento e de aprofundamento que na Igreja primitiva eram realizados no período de preparação ao Batismo. Vós o fazeis depois: o antes ou o depois, diria, é secundário.  O fato é que vós olhais a autenticidade, a plenitude, a coerência, a sinceridade da vida cristã. E isso tem um mérito enorme, repito, que nos consola enormemente” [8].

Diante da dramática crise da família e dos jovens, é necessário redescobrir, mediante a iniciação cristã, a radicalidade do Evangelho, como sucedia com os primeiros cristãos no meio de um mundo pagão.

Obrigado!


[1] Francisco, Amoris Laetitia, 261.

[2] cfr. Francisco, Amoris Laetitia, 318.

[3] Francisco, Discurso do Santo Padre durante o encontro com os sacerdotes e os religiosos, em Tiflis (Georgia), 1º de outubro de 2016.

[4] Paulo VI, Evangelii Nuntiandi, 41.

[5] Como promulgou o concílio Vaticano II na  Sacrosanctum Concilium 64: Restaure-se o catecumenato de adultos dividido em diferentes etapas, cuja prática dependerá do juízo do ordinário do lugar; dessas maneira, o tempo do catecumenato, estabelecido para a conveniente instrução, poderá ser santificado com os sagrados ritos, que serão celebrados em temos sucessivos”. Isso também foi confirmado mais tarde pelo Ordo Initiationis Christianae Adultorum (OICA) de 1972.

[6] RICA (Ritual da Iniciação Cristã de Adultos), em latim: OICA (Ordo Initiationis Christianae Adultorum). RICA, capítulo IV.

[7] CCC, n. 1231.

[8] Paulo VI dirigindo-se às Comunidades Neocatecumenais, Audiência, 8 de maio de 1974.

Fonte: https://neocatechumenaleiter.org/pt-br

O legado do X Encontro Mundial das Famílias para as famílias brasileiras

Papa Francisco na Praça São Pedro na Missa conclusiva do Encontro Mundial
das Famílias  (Vatican Media)

O X Encontro Mundial das Famílias reuniu em Roma famílias do mundo inteiro. Mas, qual o legado deste encontro para as famílias no Brasil? Quem nos fala, é um casal de brasileiros presente no encontro.

Marília de Paula Siqueira - Cidade do Vaticano

As famílias do Brasil e do mundo inteiro acompanharam pelas redes sociais o X Encontro Mundial das Famílias. Ao todo foram 10 painéis, palestras, a Missa com a participação do Santo Padre e o Envio das famílias de diversas partes do mundo.

Na delegação brasileira estavam presentes Luiz Stolf e Kathia Stolf, atuais coordenadores nacionais da Pastoral Familiar no Brasil. O casal conversou com o Vatican News sobre o legado do X Encontro Mundial das Famílias.

Vidas dedicadas as famílias

Luiz Stolf e Kathia Stolf estão casados há trinta e nove anos, são pais de um casal de filhos e possuem quatro netos. Estão na coordenação da pastoral familiar nacional desde 2017. No Regional Sul 4 e na Diocese de Joinville, onde moram, Luiz e Katia também colaboram na evangelização de casais.

Eles participaram de grupo de Jovens, foram catequistas de crisma com adolescentes e realizaram trabalhos com famílias no movimento do encontro matrimonial mundial.  Além da coordenação nacional da pastoral familiar, trabalham na catequese de noivos na paróquia em que participam e na Diocese de Joinville fazem parte da comissão do direito à vida.

Já participaram do IX Encontro Mundial das Famílias em Dublin - Irlanda e recentemente do X Encontro Mundial das Famílias em Roma. Momentos de aprendizado e de alegria de estar com famílias do mundo inteiro refletindo a beleza e a alegria de ser família, não famílias perfeitas, mas famílias buscando a vivência da santidade no dia a dia da família

O cuidado com o mundo das telas

Na homilia do Santo Padre na Missa conclusiva do X Encontro Mundial das Famílias, ele diz: “Todos vós, esposos, ao formar a vossa família, com a graça de Cristo fizestes esta corajosa opção: não usar a liberdade para proveito próprio, mas para amar as pessoas que Deus colocou junto de vós. Em vez de viver como «ilhas», fizestes-vos «servos uns dos outros». Assim se vive a liberdade em família!”   

O mundo das telas (celular, computador, TVs e etc) está muito presente na atual sociedade, fazendo com que as famílias vivam este mundo de “ilhas” que diz o Papa. Sobre superar esses isolamentos o casal enfatiza que: “A um tempo atrás o Papa Francisco nos dizia que as mídias sociais são boas, evidentemente que ele se referia sobre as redes dessa forma quando são bem utilizados, ou seja, quando utilizamos para a boa informação, evangelização, para nos aproximar uns dos outros, edificar e dinamizar o bem.

O segredo é exatamente este, não utilizar a liberdade das redes para o bem de si próprio. Quando utilizamos as redes para o bem próprio vivemos o isolamento e perdemos a oportunidade de estar com o outro. No isolamento não sentimos e nem oferecemos o calor humano, afeto, abraço e o olhar uns para os outros. Caímos no risco do esfriamento das relações e assim vamos nos acostumando ao ponto de tornarmos dependentes das mídias.

Dizer aos jovens que eles não podem utilizar o aparelho celular, com certeza irá provocar um sentimento de estarem deficientes ou mutilados, pois é como se o aparelho fosse uma extensão de seu corpo. Para evitar o isolamento é necessário que os pais ou os responsáveis primeiro deem o exemplo e depois com uma pedagogia própria proponham critérios para a utilização das mídias, determine horários, locais e acompanhe os conteúdos que os filhos estão acessando. Também é necessário promover momentos de encontros para o diálogo e a fraternidade da família. 

Casal Luiz Stolf e Kathia Stolf, coordenadores da Pastoral Familiar no Brasil

O perigo de uma cultura individualista

Na celebração do matrimônio os noivos realizam promessas de doação um ao outro. Como diz o Papa Francisco, fazem-se servos uns dos outros. Para viver essa doação total, Luiz e Kathia orientam que: “A atual sociedade tem levado os jovens a experimentar e viver uma cultura extremamente individualista de forma muito aberta e direta. Fazendo-os crer que a liberdade está exatamente em fazer tudo o que lhe dá prazer pessoal, mesmo que seja por pouco tempo. Ir contra essa cultura é o grande desafio que se impõe a nós como agentes de pastoral e a igreja como um todo.

Em primeiro lugar deve-se acompanhar e orientar as famílias para que elas possam dar bons testemunhos. Entre os pais deve-se ter a prática da doação e estes serem servos uns dos outros. Porém quando os jovens não têm essa experiência dentro de suas famílias o caminho se torna mais difícil e longo. É preciso por muitas vezes evidenciar a eles na teoria a importância e a profundidade dessa doação mútua fazendo-se servos.

O acompanhamento dos jovens para o Sacramento do Matrimônio

A partir de Amoris Laetitia a Igreja propõe a pastoral família que acompanhe os jovens para o sacramento do matrimônio. Este acompanhamento passa pelas seguintes fases: “A Pastoral Familiar atualmente propõe, a partir da Amoris Laetitia, caminhos de catequeses ou itinerários onde os jovens são acompanhados e preparados para o sacramento do matrimônio. O caminho é normalmente realizado com um outro casal da pastoral. Este casal reproduz aos jovens que estão na preparação do matrimônio as experiências pessoais e os testemunhos desta vivência na prática do servir um ao outro no dia a dia, para que os jovens percebam que é possível viver este amor doação.  

Evidentemente que essa prática do amor doação só será possível a partir da centralidade em Jesus, neste sentido sugerimos que eles possam buscar uma aproximação com a palavra de Deus e os sacramentos.

Outra caminhada através de um itinerário de acompanhamento para os casais recém-casados por um período de dois anos com encontros mensais onde são abordados temas específicos e próprios que os ajudarão a se manter firmes na construção do relacionamento.”

O acolhimento, o espírito de serviço dentro da família

Outra fala do Papa Francisco de destaque é: “A caraterística própria da família: o acolhimento, o espírito de serviço dentro da família”.

Para viver essas características os coordenadores da pastoral familiar no Brasil fazem a seguinte reflexão: “A prática do serviço dentro da família não é algo que inicia por acaso ou a partir de um dia para o outro como num passe de mágica. Essa prática normalmente é herdada a partir da família do esposo e da esposa. Vem dos nossos avós, tios, pais e primos, das pessoas com vínculos familiares, ou ainda em casos mais esporádicos a partir de outras pessoas de nosso convívio, isso que nos diz é o próprio Francisco.

Quando realizamos em nossas famílias o acolhimento e estamos a serviço, praticamos gestos que nos faz sentir bem. Este se sentir bem é uma motivação para que esses atos sejam sempre praticados. Se torna uma realidade concreta, não por interesses, mas pelo simples fato de que ao fazer o bem para o outro retorna para nós em forma de alegria, de agradecimento e principalmente pela felicidade do outro.

A família pode viver essas características no cotidiano.  Nos afazeres domésticos onde os membros das famílias podem se antecipar e colocar-se a disposição para realizar determinadas tarefas, ou ainda quando um chega o outro vai ao encontro e perguntar como foi o dia, mostrando-se interesse, o filho ao voltar da escola também ou do trabalho, sempre agir de maneira afetuosa e amorosa. É fazer com que cada um sinta parte integrante e importante dentro de sua família.

Um outro exemplo é acolher e cuidar de nossos idosos, com carinho e respeito, os filhos irão seguir estes exemplos pois o testemunho vale mais de que as palavras.”

A responsabilidade dos pais

Em outro momento Francisco se dirige especialmente aos pais: “Queridos pais, a Palavra de Deus mostra-nos o caminho: não é preservar os filhos do mínimo incómodo e sofrimento, mas procurar transmitir-lhes a paixão pela vida, acender neles o desejo de encontrar a sua vocação e abraçar a missão grande que Deus pensou para eles.”

Como os pais devem trilhar este caminho? “Os pais possuem uma responsabilidade determinante no desenvolvimento da vida dos filhos, seja no âmbito religioso, formação integral e também no discernimento da vocação. Quanto à questão da formação espiritual deve começar desde da infância e como já dizemos a partir do próprio exemplo dos pais, onde devem cultivar a prática oracional, seja em casa ou na comunidade paroquial e ir construindo no interior dos filhos esse valor.

Os filhos que são acompanhados e orientados pelos pais terão certamente mais facilidade no discernimento de sua vocação. Bons exemplos e convívio com outras pessoas maduras e seguras de sua vocação ajudam os filhos a corresponder a vocação” Afirmou o casal.

Preparar os filhos para os sofrimentos

Na visão de Luiz e Katia, o casal deve preparar os filhos para enfrentar as dificuldades da vida: “É comum ouvirmos dos pais a afirmação; - “não quero que meu filho passe por aquilo que passei,” – isto é, não quer que os filhos passem por dificuldades. A partir desta afirmação os pais acabam oferecendo aos filhos principalmente bens materiais como: brinquedos, celular, computador, carro e etc. Ao se tornar adulto este filho vai sofrer pois não foi preparado para suportar as dificuldades da vida e não terá paciência para esperar.

As dificuldades devem ser enfrentadas como desafios a serem superados, que precisa de paciência e resignação, mas devemos estar preparados e preparar os nossos filhos. Um exemplo que damos é de quando preparamos nossos filhos para o sacramento do matrimônio. Eles devem ter a consciência das adversidades que terão, porém isso é natural, faz parte da vida, pode-se dizer que faz parte da missão.”

A primeira missão do Casal

“A primeira missão do casal é fazer o outro feliz, independentemente da situação, por isso as promessas no dia do casamento na saúde ou na doença, na alegria ou na tristeza. Quando o casal compreende esta missão como graça de Deus passam a transmitir da beleza de estar abertos a geração da vida, assim colaborando com Deus na perpetuação da espécie humana.

Um termo muito usado entre os casais é o da fidelidade. A fidelidade transpassa o ato da traição, ser fiel ao esposo (a) é maior, pois fidelidade trata-se de estar aberto ao diálogo, a escuta, estar atento as necessidades, é ter empatia, é viver as vinte e quatro horas para o outro. Está não é uma fácil missão pois nem sempre estamos bem, pois experimentamos sentimentos bons e maus a todo instante. O perdão e a paciência são dois elementos que colaboram na fidelidade, com certeza já passamos por situações de tomarmos decisões precipitadas e por conta destas acabamos muitas vezes ferindo uns aos outro, por isso o perdão e a paciência são exercícios diários.

É importante ter equilíbrio e discernimento para bem viver essas dimensões, sempre mantendo um diálogo profundo, aberto e sincero.”

Para os dias tristes e de provações, a resposta é vida de oração

Como acompanhadores de outros casais, Luiz e Kathia dão dicas para os dias tristes e de provações: “Primeiramente ter uma profunda vida de oração, pois só através dela nos manteremos fortes e confiantes na providência divina e assim mantermos a esperança de que tudo é suportável. Deus jamais nos permitirá desafios maiores do que poderemos suportar e um lar construído sobre a rocha se manterá firme aconteça o que acontecer.

Em segundo lugar construir um relacionamento profundo na confiança mútua onde podemos nos apoiar um no outro, de tal forma que o peso do fardo possa ser dividido, tornando-se assim mais leve e suave.

As dificuldades ou desafios do casal, quando são superados por eles juntos, tornam o casal mais forte, confiante, maduro e se sentirão seguros para enfrentar novos desafios, pois quando um se entrega ao outro verdadeiramente as bênçãos e as graças de Deus serão abundantes sobre o casal e o seu lar.

 O Papa Francisco no Encontro mundial das famílias nos disse. “A vida familiar não é uma missão impossível. Com a graça do sacramento, Deus torna-a uma viagem maravilhosa que se há de fazer juntamente com Ele; nunca sozinhos”.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Da Carta aos Coríntios, de São Clemente I, papa

S. Clemente I, papa | Jornal O São Paulo

Da Carta aos Coríntios, de São Clemente I, papa

(Nn.50,1-51,3; 55,1-4: Funk 1,125-127.129)                   (Séc.I)

Felizes de nós se cumprirmos os preceitos do Senhor, na concórdia da caridade

Vede, diletos, quão grande e admirável é a caridade. A sua perfeição ultrapassa as palavras. Quem é capaz de possuí-la a não ser aquele que Deus quiser tornar digno? Oremos, portanto, e peçamos-lhe misericórdia para sermos encontrados na caridade, sem culpa nem qualquer inclinação meramente humana. Todas as gerações, desde Adão até hoje, já passaram. Aqueles, porém, que pela graça de Deus foram consumados na caridade, alcançam o lugar dos santos e serão manifestados na parusia do reino de Cristo. Está escrito: Entrai nos quartos por um momento até que passe minha cólera acesa; e lembrar-me-ei dos dias bons e vos erguerei de vossos sepulcros.

Felizes de nós, diletos, se cumprirmos os preceitos do Senhor na concórdia da caridade, para que pela caridade sejam perdoados nossos pecados. Pois está escrito: Felizes aqueles cujas iniquidades foram perdoadas e cobertos os pecados. Homem feliz, a quem o Senhor não acusa de pecado nem há engano em sua boca. Esta felicidade pertence aos eleitos de Deus, mediante Jesus Cristo, Nosso Senhor, a quem a glória pelos séculos dos séculos. Amém.

De tudo quanto faltamos e fizemos, seduzidos por alguns servos do adversário, peçamos-lhe perdão. Aqueles, porém, que se tornaram cabeças de sedição e discórdia, devem meditar sobre a comum esperança. Quem vive no temor de Deus e na caridade, prefere o próprio sofrimento ao do próximo, prefere suportar injúrias a desacreditar a harmonia, que bela e justamente nos vem da tradição. É de fato melhor confessar o seu pecado do que endurecer o coração.  

Quem entre vós é o generoso, quem o misericordioso, quem o cheio de caridade? Que esse diga: “Se por minha causa surgiu esta sedição, esta discórdia e divisão, então eu me retiro, vou para onde quiserdes e farei o que o povo decidir; contanto que o rebanho de Cristo tenha a paz com os presbíteros estabelecidos”. Quem assim agir, alcançará grande glória em Cristo e será recebido em todo lugar. Do Senhor é a terra, e tudo o que contém. Assim fazem e farão aqueles que vivem a vida divina, da qual nunca se têm de arrepender.


Fonte: https://liturgiadashoras.online/

Eugênio III

Eugênio III | arquisp
08 de julho

Eugênio III

O papa Eugênio III nasceu em Montemagno, numa família cristã, rica e da nobreza italiana. Foi batizado com o nome de Píer Bernardo Paganelli, estudou e recebeu a ordenação sacerdotal na diocese de Pisa, centro cultural próximo da sua cidade natal.

Possuía um temperamento reservado, era inteligente, muito ponderado e calmo. Segundo os registros da época, em 1130 ele teve um encontro com o religioso Bernardo de Claraval, fundador da Ordem dos Monges Cistercienses e hoje um santo da Igreja. A afinidade entre ambos foi tão grande que, cinco anos depois, Píer Bernardo ingressou no mosteiro dirigido pelo amigo e vestiu o hábito cisterciense.

Através da convivência com Bernardo de Claraval, ele se tornou conhecido, pois foi escolhido para abrir um outro mosteiro da Ordem em Farfa, diocese de Viterbo, sendo consagrado o abade pelo papa Inocêncio II. Quando esse papa morreu, o abade Píer Bernardo foi eleito sucessor.

Isto ocorreu não por acaso, ele era o homem adequado para enfrentar a difícil e delicada situação que persistia na época. Roma estava agitada e às voltas com graves transtornos provocados, especialmente, pelo líder político Arnaldo de Bréscia e outros republicanos que exigiam que fosse eleito um papa que forçasse a entrega do poder político ao seu partido. Muitas casas de bispos e cardeais já tinham sido saqueadas. Por isso os cardeais resolveram escolher o abade Píer Bernardo, justamente porque ele estava fora do colégio cardinalício, portanto isento das pressões dos republicanos.

Ele assumiu o pontificado com o nome de papa Eugênio III. Mas teve de fugir de Roma à noite, horas após sua eleição, para ser coroado no mosteiro de Farfa, em Viterbo. Era o dia 18 de fevereiro de 1145. Como a situação da cidade não era segura, o novo papa e seus cardeais decidiram mudar para Viterbo. Quando a população romana foi informada, correu para pedir sua volta. Foi assim, apoiado pelo povo, que o papa Eugênio III retornou para Roma e assumiu o controle da cidade, impondo a paz. Infelizmente, durou pouco.

Em 1146, Arnaldo passou a exigir a destruição total de Trívoli. Novamente o papa Eugênio III teve de fugir. Como se recusou a comandar o massacre, ele corria risco de morte. Teve de atravessar os Alpes para ingressar na França, onde permaneceu exilado por três anos.

Os conflitos não paravam, o povo estava sempre nas ruas, liderado por Arnaldo, e o papa teve de ser duro com os insubordinados da Igreja que se aproveitavam da situação. Nesse período, convocou quatro concílios para impor disciplina. Também depôs os arcebispos de York e Mainz; promoveu uma séria reforma na Igreja e na Cúria Romana em defesa da ortodoxia nos estudos eclesiásticos. Enviou o cardeal Breakspear, o futuro papa Adriano IV, para divulgá-la na Escandinávia, enquanto ele próprio ainda o fazia percorrendo o norte da Itália.

Só retornou a Roma depois de receber ajuda do imperador alemão Frederico Barba-Roxa, contra os republicanos de Arnaldo. Ainda pôde defender a Igreja contra os invasores turcos e iniciar a construção do palácio pontifício. Morreu no dia 8 de julho de 1153, depois de governar a Igreja por oito anos e cinco meses, num período tão complicado e violento da história. O papa Eugênio III foi beatificado em 1872.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

CNBB motiva participação e iniciativas para II Dia Mundial dos Avós e Idosos

CNBB

CNBB MOTIVA PARTICIPAÇÃO E INICIATIVAS PARA O II DIA MUNDIAL DOS AVÓS E IDOSOS.

No próximo dia 24, quarto domingo do mês de julho, será celebrado o II Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, convocado pelo Papa Francisco e iluminado pelo tema “Dão fruto mesmo na velhice” (Sl 92, 15). Aqui no Brasil, o bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Joel Portella Amado, enviou uma carta a todos os bispos e arcebispos do país solicitando o empenho na promoção das celebrações e das iniciativas pastorais voltadas aos idosos.

No texto, dom Joel lembrou todo o apreço do Papa Francisco pelas pessoas idosas e convidou todos a prestarem este serviço aos irmãos que estão em idade mais avançada. “Decidimos enviar a todas as Dioceses esse pedido para que se dê ampla divulgação e visibilidade à Jornada. E mais, agora é o pedido do próprio Papa Francisco, para que façamos chegar a todas as paróquias e comunidades a sua mensagem. É importante pedir que, nas paróquias, pastorais e movimentos, seja realizada alguma atividade para marcar a solidariedade e proximidade com os idosos”, reforçou o secretário-geral da CNBB.

Iniciativas em âmbito nacional

Nos dias próximos à celebração da jornada, Comissões e pastorais da CNBB,e também organismos, estarão envolvidos em atividades de mobilização nacional para o II Dia Mundial dos Avós e dos Idosos.

Estão em preparação três lives que serão dedicadas a partilhas de experiências, como a das Pontifícias Obras Missionárias, com idosos e enfermos missionários. Também estão envolvidas as pastorais Juvenil, Familiar e da Catequese.

Esses encontros virtuais serão ainda oportunidade de incentivar a visita dos jovens aos avós e idosos, tanto em residências, quanto em casas de acolhida; de proporcionar troca de experiências entre idosos e jovens; de envolver a catequese com abordagem do tema e nas visitas; além de fazer das casas lugares de celebrações.

Kit Pastoral

O Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida lançou um kit pastoral com as indicações para a celebração do segundo Dia Mundial dos Avós e dos Idosos em todas as dioceses, paróquias e comunidades eclesiais. Trata-se da mensagem que o Santo Padre publicou para a ocasião, da oração oficial e das catequeses de quarta-feira que o Papa tem dedicado à velhice. Estes textos vêm acompanhados de algumas sugestões pastorais e litúrgicas.

baixe o kithttps://bit.ly/3x0C7z7

Leia também: Indulgência Plenária para o Dia dos Avós e Idosos

Mensagem do Papa Francisco para o II Dia Mundial dos Avós e dos Idosos

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Santa Sé adere à Convenção sobre o Clima e ao Acordo de Paris

Passar para um modelo de desenvolvimento mais integral e integrante |
Vatican News

Com o instrumento atual de adesão, a Santa Sé pretende contribuir e dar seu apoio moral aos esforços de todos os Estados para cooperar, de acordo com suas respectivas responsabilidades e capacidades, comuns, mas diferenciadas, numa resposta eficaz e adequada aos desafios colocados pelas mudanças climáticas para nossa humanidade e para nossa Casa comum.

Vatican News

O observador permanente da Santa Sé na ONU, em Nova Iorque, dom Gabriele Giordano Caccia, depositou na última quarta-feira (06/07), no Secretariado-Geral das Nações Unidas, o instrumento com o qual a Santa Sé, em nome e por conta do Estado da Cidade do Vaticano, aderiu à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.

Com o instrumento atual de adesão, a Santa Sé pretende contribuir e dar seu apoio moral aos esforços de todos os Estados para cooperar, de acordo com suas respectivas responsabilidades e capacidades, comuns, mas diferenciadas, numa resposta eficaz e adequada aos desafios colocados pelas mudanças climáticas para nossa humanidade e para nossa Casa comum. Esses desafios têm uma "relevância não só ambiental, mas também ética, social, econômica e política, incidindo, sobretudo, na vida dos mais pobres e frágeis. Dessa forma, apelam à nossa responsabilidade de promover, com um compromisso coletivo e solidário, uma cultura do cuidado que coloca a dignidade humana e o bem comum no centro", informa o comunicado da Santa Sé divulgado nesta sexta-feira (08/07).

Como estamos construindo o futuro do Planeta

Nesse contexto, a Santa Sé lembra o convite urgente do Papa Francisco "de renovar o diálogo sobre a forma como estamos construindo o futuro do planeta. Precisamos de um confronto que una a todos nós, pois o desafio ambiental que estamos enfrentando, e suas raízes humanas, nos dizem respeito e nos tocam a todos".

Ao responder à pergunta "Que tipo de mundo queremos deixar para os que virão depois de nós, para as crianças que estão crescendo?", a Santa Sé espera que a Convenção e o Acordo de Paris possam contribuir para promover "uma forte convergência de todos no comprometimento com a necessidade urgente de iniciar uma mudança de rota capaz de passar decisivamente e com convicção da 'cultura do descarte' que prevalece em nossa sociedade para uma 'cultura do cuidado' de nossa Casa comum e daqueles que a habitam e habitarão nela [...]. A humanidade tem os meios para enfrentar essa transformação que requer uma conversão verdadeira e adequada, individual, mas também coletiva, e a vontade determinada de empreender esse caminho. Trata-se da transição para um modelo de desenvolvimento mais integral e integrante, baseado na solidariedade e na responsabilidade", dois valores fundamentais que devem ser a base da implementação da Convenção e do Acordo de Paris e que nortearão os esforços da Santa Sé nesse processo de implementação.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

quinta-feira, 7 de julho de 2022

Seminário Nacional de Catequese

Seminário Nacional de Catequese | CNBB

SEMINÁRIO NACIONAL DE CATEQUESE ACONTECE DE 11 A 15 DE JULHO EM COMEMORAÇÃO AOS 30 ANOS DO CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA.

Neste ano de 2022 comemora-se os 30 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, ocorrido em 11 de outubro de 1992. Para promover a recordação acerca do ambiente de recepção do texto do Catecismo, bem como favorecer a ampliação e o aprofundamento de seu conhecimento no Brasil, a Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB tem realizado uma série de eventos comemorativos e formativos.

No próximos dias 11 a 15 de julho, a Comissão realiza o Seminário Nacional de Catequese – já comum nas programações – com o tema “Catecismo da Igreja Católica: 30 anos”. A iniciativa acontece de forma online, com transmissão pelo YouTube da CNBB e da Catequese no Brasil, sempre às 19h30.

A semana catequética terá como objetivo aprofundar temáticas presentes no Catecismo em vista de ajudar o Povo de Deus em um maior conhecimento dos ensinamentos da Igreja e da vivência da fé em Cristo Jesus. 

A programação pode ser conferida abaixo:

11/07 – Segunda-feira  

Saudações de dom Rino Fisichella, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização; e dom Jaime Spengler, vice-presidente da CNBB.

Conferência – O Catecismo da Igreja Católica e sua importância para a missão da Igreja  com assessoria de dom Antônio Luiz Catelan Ferreira, bispo Auxiliar do Rio de Janeiro e professor na PUC Rio .

12/07 – Terça-feira  

Saudação de dom José Antônio Peruzzo, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB.

1ª Conferência – Fundamentos bíblicos no Catecismo da Igreja Católica – Antigo Testamento  com assessoria do frei Vicente Artuso, professor na PUC Paraná.

2ª Conferência – Fundamentos bíblicos no Catecismo da Igreja Católica- Novo Testamento com assessoria do Cláudio Vianney Manzoni, professor na Universidade Católica de Pernambuco.

13/07 – Quarta-feira  

Saudação de dom Waldemar Passini Dalbello, membro da Comissão Bíblico-Catequética da CNBB.

Conferência – Patrística no Catecismo da Igreja Católica com assessoria do padre André Luiz Rodrigues da Silva, professor na PUC Rio.

14/07 – Quinta-feira 

Saudação de dom Armando Bucciol, membro da Comissão Bíblico-Catequética da CNBB. 

1ª Conferência – Aspectos cristológicos no Catecismo da Igreja Católica com assessoria da irmã Sueli da Cruz Pereira,  membro do Grupo de reflexão bíblica e catequética da CNBB. 

2ª Conferência – Aspectos mariológicos no Catecismo da Igreja Católica com assessoria da irmã Maria Freire, professora na PUC SP.

15/07 – Sexta-feira   

Saudação de dom Joel Portella Amado, secretário-geral da CNBB.

Conferência – Catequética e pastoral no Catecismo da Igreja Católica com o padre Abimar Oliveira de Moraes, professor na PUC Rio. 

Catecismo da Igreja Católica | CNBB

O Catecismo da Igreja Católica (CIC)

O Catecismo da Igreja Católica é uma exposição sistemática da doutrina Católica publicada no ano de 1992. A apresentação do seu conteúdo está organizada em quatro partes, a saber, a fé professada (a explicação do Credo), a fé celebrada (a apresentação da liturgia da Igreja), a fé vivida (a moral ou exigências dos mandamentos) e a fé rezada (a vida de oração da Igreja).

As bases que fundamentam toda essa apresentação são: a Sagrada Escritura, a Tradição Apostólica e o Magistério da Igreja. Esse conteúdo constitui a riqueza do pensamento da Igreja sobre os mais variados assuntos e dimensões da vida da pessoa humana, da Igreja e da sociedade.

Como adquirir o seu?
No site da Editora da CNBB, a Edições CNBB, no link: Catecismo da Igreja Católica.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF