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quarta-feira, 20 de julho de 2022

Santo Elias

 

arquisp
20 de julho

Santo Elias

Elias, vivendo entre os homens tinha tanto poder junto a Deus, que pela força de sua oração obtinha do Céu que caísse ou não a água para a fertilidade ou esterilidade da Terra.

Tal varão, por sua santa indignação, repetidas vezes alcançou que as nuvens lançassem contra os inimigos de Deus coriscos de fogo.

Foi o primeiro homem a ressuscitar outro homem!

Varão que elevava e depunha reis, ungindo a uns e castigando a outros.

Com o toque de sua capa fendeu as correntes do rio Jordão, abrindo-se um caminho e passando a pé enxuto pelo meio de suas águas.

Não pagou à morte o tributo que pagam todos os homens e foi levado vivo, num carro de fogo, para o Paraíso. E há de vir, com Enoc, segundo crença geral na Igreja, para combater o Anticristo, converter os judeus e morrer mártir.

Varão, enfim, tão portentoso e prodigioso, que dele diz a Sagrada Escritura: "Quem pode pois (ó Elias) gloriar-se como tu?" (1).

* * *

Pouco se sabe de sua origem, pois a Sagrada Escritura diz tão-só que ele era de Thebis, pequena localidade da região de Galaad e viveu durante os reinados sucessivos de Acab e Ocozias, soberanos de Israel.

O contexto histórico em que desempenhou sua atuação, no Antigo Testamento, encontra-se descrito no terceiro e quarto Livros dos Reis. Acab, por exemplo, "fez aquilo que desagrada a Javé e foi pior que todos seus antepassados" (2). Casou-se com a péssima Jezabel, princesa fenícia, filha de um sacerdote dos ídolos; ela incitou o marido a instalar oficialmente em Israel a religião de Baal (3). Essa mulher mandou assassinar muitos dos profetas de Deus e introduziu na corte quatrocentos e cinqüenta profetas baalitas. Samaria, capital do Reino, tornou-se o centro da abominação idolátrica.

E, então, "levantou-se o Profeta Elias, como um fogo, e as suas palavras ardiam como um facho " (4).

Os judeus o chamam Eliahu, isto é, Deus forte, ou Deus é minha força. Como um fogo devorador, todo abrasado no amor de Deus, Elias prega, ensina, incendeia os corações conservando-os na Fé, no amor e no culto do verdadeiro Deus, ou convertendo os que tinham apostatado cultuando a Baal e outros ídolos.

Entretanto, o zelo fogoso do Santo Profeta se abrasa muito mais pela justiça e pela vingança no exterminar os ímpios idólatras, do que na clemência: matou com suas próprias mãos ou mandou degolar um total de 850 adivinhos, magos e pseudoprofetas e muitíssimos mais ainda com o flagelo da seca que, a pedido seu, durante três anos e meio foi enviado do Céu a fim de castigar o povo que se tinha entregue à idolatria (5).

A tocha o simboliza muito adequadamente. Com efeito, escreve Doroteu, Bispo de Tiro, no século IV, em sua Synopsis: "Quando Elias estava para nascer, seu pai, Sabacha, viu-o ser saudado por Anjos alvos e envolvido em faixas de fogo e ser alimentado pelas chamas. Tendo ido a Jerusalém relatou a visão e foi-lhe dito pelo oráculo que não temesse, pois o nascituro habitaria na luz e o que dissesse seria sentença segura e julgaria Israel com o gládio e pelo fogo ".

O primeiro prodígio do Profeta

"Viva o Senhor Deus de Israel em cuja presença estou, que nestes anos não cairá nem orvalho, nem chuva, senão conforme as palavras de minha boca" (6). Assim, por ordem e pela prece do Profeta, para castigo dos ímpios, o céu fechou-se, veio a seca e a fome sobre Israel por mais de três anos.

O grande São João Crisóstomo co menta nestes termos o prodígio eliático: "Quando Elias, profeta santíssimo, pôs os olhos no povo prevaricador que, desprezando o Senhor, cultuava Baal, movido pelo zelo de Deus, decretou contra a Judéia a sentença da seca e da esterilidade da chuva. Então, subitamente a terra lança vapores, o céu se fecha, os rios secam, as fontes se extinguem, o bronze ferve, a temperatura tortura, a tranqüilidade fica penosa, as noites se tornam secas, os dias áridos, as searas se tornam, os arbustos fenecem, os prados desaparecem, os bosques enlanguescem, os campos jejuam, a terra torna-se inculta, suas ervas morrem. a ira de Deus se manifesta sobre todas as criaturas" (7).

Foi no decurso desse flagelo, contudo, que o coração de Elias mostra-se também misericordioso. Invocando o poder de Deus, ele obtém a ressurreição do filho único da viúva de Sarepta que o hospedava enquanto a fome castigava Israel (8). A esse propósito, Cornélio a Lapide observa: "Elias é o primeiro homem que, desde a criação do mundo, trouxe um morto para a vida".Só Eliseu, seu seguidor e sucessor, iria depois repetir o milagre na Antiga Lei.

Elias, o ignipotente

Esse flagelo Elias só o faz cessar depois de matar os quatrocentos e cinqüenta falsos profetas. Ordena a Acab que esses sicários de Belial sejam reunidos no Monte Carmelo (monte da Palestina, situado entre a Galiléia e a Samaria, a dez quilômetros de Nazaré), onde ele os desafiará a provarem o poder de Baal.

Acab, vendo-o, disse: "Porventura és tu que trazes perturbado Israel? E Elias respondeu: Não sou eu quem perturba Israel, mas sim tu e a casa de teu pai, por terdes deixado os Mandamentos do Senhor, e por terdes seguido Baal. Não obstante, manda agora, e faze juntar todo o povo de Israel no Monte Carmelo, e os quatrocentos e cinqüenta profetas de Baal. e os quatrocentos profetas dos bosques que comem da mesa de Jezabel. Mandou, pois, Acab chamar todos os filhos de Israel, e juntou os profetas no Monte Carmelo" (9). E diante de todo o povo, Elias proclama: "Eu sou () único que fiquei dos profetas do Senhor" (10).

Os bois para o holocausto são preparados, e para que venha fogo do céu consumi-los os profetas de Baal invocam seu ídolo durante três dias. E o Tesbita ironiza: "Gritai mais alto, porque ele é um deus, e talvez esteja falando, ou se ache em alguma estalagem ou em viagem, ou dorme, e necessita que o acordem" (11).

Diante do fracasso dos baalitas, Elias invoca o Senhor, é atendido e o seu holocausto é devorado por um fogo vindo do céu! O povo prostrado por terra adora o Deus verdadeiro por meio de seu servo Elias. Este levou os profetas de Baal à torrente de Cison, e ali os matou. E a maldição de Deus afasta-se do país. Elias, no Carmelo, suplica a Deus que faça chover e é atendido.

Essa sua ignipotência (poder sobre o fogo) Elias a manifestará prodigiosamente por três vezes (12). E a esse respeito, Cornélio a Lapide comenta, admirado: "Quem portanto resiste a Elias saiba que tem diante de si um vitorioso e não um contendor, pois seus prélios são os triunfos das chamas - cuja pompa é a luz e cujo aplauso é o fragor dos incêndios". Este é Elias, o ígneo, o ignipotente!

"Tu que sagraste reis para vingar crimes, e fizeste profetas para teus sucessores" (Ecles. 48, 8)

A missão que o Senhor Deus dos Exércitos lhe confia no Monte Horeb, Elias a consumará numa esplêndida vitória:

" Vai e torna ao teu caminho pelo deserto até Damasco; e, quando lá tiveres chegado, ungirás Hazael como rei da Síria, e a Jehu, filho de Nansi, ungirás para rei de Israel; e a Eliseu, filho de Safat, que é de Abelmeula, o ungirás profeta em teu lugar. E acontecerá que todo o que escapar à espada de Hazael, Jehu o matará, e todo o que escapar à espada de Jehu, Eliseu o matará. E Eu reservei para Mim em Israel sete mil homens, que não dobraram os joelhos diante de Baal e não o adoraram beijando a sua mão" (13). A unção dos reis da Síria e de Israel não foi feita pessoalmente pelo Profeta, mas por Eliseu, herdeiro de sua missão. Acab foi morto em guerra contra a Síria, seu sangue foi lambido pelos cães, e posteriormente sua casa foi aniquilada por Jehu; Jezabel foi lançada de uma janela pelos soldados de Jehu e devorada pelos cães (14).

A ascensão de Elias

A elevação de Elias é descrita no quarto Livro dos Reis nestas palavras: "E continuando(Elias e Eliseu) o seu caminho, e caminhando a conversar entre si, eis que um carro de fogo e uns cavalos de fogo os separaram um do outro; e Elias subiu ao céu em meio de um redemoinho e Eliseu o via e clamava:

Meu pai, meu pai, carro de Israel e seu condutor" (15). Segundo os intérpretes da Escritura, é nesse preciso momento que Eliseu é confirmado em sua missão de sucessor do Santo Profeta. Não se sabe com precisão o local para onde o Espírito de Deus conduziu o Profeta. Fala-se no Paraíso terrestre ou em algum outro lugar privilegiado, do qual ele acompanharia os acontecimentos desta terra, podendo mesmo neles intervir.

A crença na vinda de Elias no fim dos tempos, juntamente com Enoch, é universal na Igreja já nos primeiros séculos do Cristianismo. O testemunho da Liturgia é eloqüente nesse sentido: os ritos orientais da Igreja Católica celebram o Santo profeta, existindo até a Missa da Ascensão de Elias (16).

São João Crisóstomo dá como causa do celeste rapto de Elias seu zelo extraordinário. Do contrário teria destruído a terra. Eis o diálogo que ele figura entre Deus e seu Profeta: "Já que não podes suportar os pecadores pelo excesso de teu zelo, suba ao Céu; e eu serei peregrino na terra. Pois se permaneces mais tempo acabarás com o gênero humano, continuamente subjugado por ti.... " (17).

E na sua Homilia De Ascensione Eliae, aquele Doutor da Igreja comenta:

"Deus, Rei dos reis, quis levar .... o seu (profeta) Elias, zeloso de alma e de corpo .... depois dos muitos e penosos trabalhos, das gravíssimas fadigas e cruéis perseguições, das grandes e ilustres vitórias em tantos combates. Pois convinha que se trasladasse aos reinos celestes ... o guia do povo transviado, o governador dos sacerdotes, o dominador dos contendores voluptuosos, o condutor de Israel que reconduziu ao jugo do temor de Deus os espíritos lascivos e vagabundos...."

Elias ainda, representando a Lei e os Profetas, juntamente com Moisés, aparece ao lado de Nosso Senhor Jesus Cristo na transfiguração do Tabor, para dar testemunho da filiação divina do Messias (18).

* * *

A missão de Elias perpetua-se no decurso da História a partir da comunidade dos" filhos dos profetas" do Monte Carmelo (19), que na era cristã passaram a ser conhecidos como os "eremitas da gruta de Elias" . No século XIII' eles deram origem à Ordem dos Irmãos da Bem-aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo Venerável Ordem do Carmo.

No século XVIII, o Papa Benedito XIII concedeu permissão à Ordem Carmelitana para colocar na própria Basílica do Vaticano uma estátua do Santo Profeta Elias, o que se deu a 15 de fevereiro de 1727. E com a aprovação da Sagrada Congregação dos Ritos e de vários Soberanos Pontífices, tão-só os Carmelitas estão autorizados a cantar na Ladainha de Todos os Santos -Sancte pater Elia, Ora pro nobis; precisamente em razão de toda essa profunda vinculação de ordem histórica e de tradição.

Unamo-nos, para concluir, ao culto que os maronitas prestam ao Santo Profeta, na missa do dia 20 de julho.

"Elias se vestiu como a luz e sua palavra foi semelhante à chama. No seu zelo humilhou os reis e massacrou os profetas. Elias, ó Profeta eleito, tu te manifestas com zelo de fogo por Deus, terrível e aterrorizador para os homens da iniqüidade, desembainhando tua espada aguçada. OJordão não pôde resistir à tua palavra e te obedeceu: Único na coragem, possante na audácia, tu te entregas sem vacilar ao socorro da verdade. 6 Santo Elias, adversário dos reis ímpios, quem como tu? " (20).

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

Catedral de Pequin celebra batismo de 101 catecúmenos

Catedral do Salvador, Pequim, China. Fonte: Wikipedia
A Catedral de Pequim celebrou a reabertura de suas portas, após meses de fechamento, com a celebração de 101 novos batismos e sacramentos da iniciação cristã.

Redação (19/07/2022 09:55, Gaudium Press) O último dia 16 de julho foi marcado pela reabertura das portas da catedral de Pequim, na China.

Os fiéis estavam à frente da igreja desde o amanhecer. Quando as portas se abriram, a multidão pôde ingressar na catedral e fizeram uma oração na gruta de Nossa Senhora de Lourdes.

Depois os fiéis prosseguiram até o altar para agradecer ao Senhor pelo momento tão especial da abertura da paróquia.

Guadium Press

101 novos batizados 

Na tarde do sábado, 16 de julho, os participantes do 53o curso de catequese receberam os sacramentos da iniciação cristã: o batismo, a confirmação e a Eucaristia pelas mão do Arcebispo de Pequim, Dom Joseph Li Shan.

Os 101 catecúmenos, adultos na grande maioria, foram acolhidos com alegria pela comunidade católica, representada pelos sacerdotes, religiosas, catequistas e fiéis que assistiam à cerimônia.

Durante a homilia, Dom Li Shan recordou que os batizados são “Filhos da luz pelo batismo, sentinelas de Cristo pela Confirmação”.

O Arcebispo falou ainda sobre o compromisso que os neo-batizados devem ter com a fé e com sua nova identidade:

Guadium Press

“Luz do mundo e sal da Terra”

“Vós deveis ser luz do mundo e sal da terra, encarnando Cristo e dando testemunho de Nosso Senhor com amor e obras”, explicou.

O padre Joseph Zhao, pároco da catedral agradeceu a todos os que contribuíram para a realização da cerimônia e pediu que a comunidade ajude a proteger os novos fiéis.

A abertura da catedral, após 6 meses de fechamento, permitiu a retomada das atividades religiosas. As liturgias e pastorais retomaram suas atividades normais. (FM)

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Brasileira de sete anos recebe carta do Papa Francisco

Maria Gabriela Barros, piauiense de sete anos/ Arquivo pessoal

REDAÇÃO CENTRAL, 18 jul. 22 / 04:25 pm (ACI).- Maria Gabriela Barros, piauiense de sete anos, natural de Campo Maior, a 85 km de Teresina, recebeu na sexta-feira (15) do Papa Francisco uma resposta à carta que ela havia enviado através de dom Francisco de Assis, bispo da Diocese de Campo Maior em sua viagem para o Vaticano, Itália no mês de maio deste ano.

Segundo Jerusa Santos, mãe de Gabriela, Dom Francisco teria avisado durante uma Missa dominical em abril que iria visitar o Papa Francisco e, se alguém quisesse escrever uma carta para o papa, ele a entregaria pessoalmente.

A menina falou à mãe que gostaria de escrever. Na carta, Maria Gabriela disse que gosta muito do Papa e pede para que ele proteja e abençoe todas as crianças do mundo.

O bispo disse que quando recebeu a carta de Maria Gabriela, o papa ficou muito feliz e sorrindo disse: “Vou responder ". A Nunciatura Apostólica do Brasil entregou a carta do Papa na manhã da quinta-feira, 13”, disse dom Francisco de Assis.

"O Papa manda dizer que reza ao Senhor Jesus, amigo das crianças, para que a Maria Gabriela seja sempre uma menina boa e feliz, protegendo-a e assistindo-a com a Graça de Deus", diz trecho da carta do Papa.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Por que o Papa Francisco vai ao Canadá

Flores, velas, pequenos calçados na vigília em recordação das crianças indígenas vítimas das
escolas residenciais no Canadá (Foto by Cole Burston/AFP)

Em artigo publicado no "La Civiltà Cattolica", o jesuíta padre Federico Lombardi repassa a questão da colonização dos povos indígenas e das escolas residenciais no Canadá, também à luz do Magistério da Igreja.

Marília Siqueira - Cidade do Vaticano

Francisco viaja de 24 a 30 de julho para o Canadá como já foi divulgado em seu programa de viagem. O Papa garantiu que esta será uma peregrinação eminentemente penitencial, que "possa contribuir para o caminho de cura e reconciliação já empreendido", em referência às políticas de assimilação cultural que, no passado, prejudicaram gravemente as comunidades nativas na América do Norte.

Pe. Federico Lombardi explica

O artigo do padre Federico foi publicado no jornal italiano "La Civiltà Cattolica” no dia 16 de julho. O sacerdote faz uma apresentação da viagem apostólica do Papa Francisco ao Canadá. E trazemos alguns pontos importantes deste artigo. Padre Federico Lombardi (Saluzzo, 29 de agosto de 1942) é um sacerdote italiano e jornalista da Companhia de Jesus. De 2006 a 2016 foi diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé. Em 1º de agosto de 2016, com carta do cardeal secretário de Estado Pietro Parolin, foi nomeado presidente do conselho de administração da Fundação vaticana Joseph Ratzinger-Bento XVI.

A promessa feita por Francisco

Entre os dias 28 de março e 1º de abril de 2022, uma delegação de representantes dos povos indígenas do Canadá esteve em Roma, acompanhada por bispos canadenses, para se encontrar com o Papa. “Gostaria de lhes dizer que a Igreja está do seu lado e quer continuar caminhando com vocês”, disse Francisco no encontro conclusivo, renovando seu desejo de visitar o Canadá, mas “não no inverno”, brincou.

Quais e quantos são esses povos indígenas?

Estamos falando de três realidades distintas. Em primeiro lugar, as Primeiras Nações, que inclui os grupos que estavam presentes no território canadense antes da chegada dos europeus. O nome "primeiras nações" é devido a dignidade dos primeiros povos.

O segundo grupo é os Métis ("mestiços"), nascido do encontro entre indígenas e europeus. O Canadá é o único país em que tal grupo é reconhecido com sua própria identidade específica.

O terceiro componente é o dos Inuit, que são os povos das terras do norte, ou seja, as terras do Ártico, e que no passado eram frequentemente chamados de “esquimós”.

Cada um desses três grupos possui suas próprias assembleias ou órgãos representativos, com autoridade própria. Eles afirmam fortemente sua identidade cultural.

As premissas dos problemas

De fato, a delegação que veio a Roma para encontrar o Papa era composta por estes três grupos, com roupas próprias e sinais característicos. Cada um dos grupos teve seu encontro pessoal com o Francisco, e depois uma audiência comum no final, na qual o Santo Padre dirigiu-se a todos juntos.

As premissas dos problemas que têm surgido de forma cada vez mais evidente nas últimas décadas - em nível nacional e com repercussão internacional – refere-se naturalmente à época dos "descobrimentos" do continente americano pelos europeus e ao processo de sua colonização pelas potências do tempo: Espanha e Portugal nas Américas Central e do Sul, França e Inglaterra no Norte.

A posição da Igreja Católica tem sido radicalmente crítica de todas as formas de colonialismo. Em seu magistério há atestados antigos e oficiais sobre a dignidade dos povos indígenas, a começar pela famosa Bula Sublimis Deus, de Paulo III em 1537: "Definimos e declaramos que os mencionados índios e todos os outros povos que posteriormente venham a ser descobertos pelos cristãos, de modo algum devem ser privados de sua liberdade e posse de seus bens, mesmo que não tenham a fé em Jesus Cristo; e que podem e devem gozar livre e legitimamente de sua liberdade e posse de seus bens; não devem de forma alguma serem reduzidos à escravidão".

Essa doutrina foi posteriormente sempre reafirmada com autoridade pelos Papas. Não se pode negar, no entanto, que antes da Bula Sublimis Deus, havia declarações e debates nas quais se fazia referência sobretudo à apropriação de terras, em particular pelos poderes "católicos", sob a luz do entrelaçamento entre os interesses da evangelização e os da colonização. Com o passar do tempo falou-se de uma “doutrina do descobrimento” (discovery doctrine) como um conceito de direito internacional, que no século XIX se afirmava nos casos entre os novos estados da federação americana e os povos indígenas.

Do lado indígena pediu-se insistentemente a rejeição da "doutrina do descobrimento", e várias denominações cristãs não católicas se pronunciaram nesse sentido entre 2009 e 2013. Por isso, continua sendo necessário reafirmar o caráter histórico, espiritual e a distância conceitual percorrida pela Igreja Católica para alcançar ao longo do tempo uma visão cada vez mais clara e uma afirmação cada vez mais decisiva, em todos os lugares apropriados, da dignidade e dos direitos dos povos indígenas e da reconciliação entre evangelização e colonialismo.

Sobre a doutrina da descoberta

Sobre a discussão da doutrina da descoberta, é importante ver documento da comissão justiça e paz da conferência episcopal canadense e a carta que apresentam: www.cccb.ca/wp-content/uploads/2017 /11/ resposta-católica-à-doutrina-da-descoberta-e-tn.pdf

Também o Santo Padre, na Exortação Apostólica Querida Amazônia, n. 19 diz: “ao mesmo tempo, não podemos negar que o trigo se misturou com o joio e que os missionários nem sempre estiveram ao lado dos oprimidos, envergonho-me e mais uma vez peço humildemente perdão, não só pelas ofensas da própria Igreja, mas pelos crimes contra os povos indígenas durante a chamada conquista da América”

Um caminho trilhado também por João Paulo II

Neste caminho, em tempos mais próximos, as palavras e os atos de São João Paulo II e algumas de suas viagens ao continente americano (mas também a outros lugares, como Austrália e Nova Zelândia) devem ser lembrados por sua grande importância.

Ao Canadá especificamente, não se pode esquecer dos dois encontros com os povos indígenas durante sua viagem ao país em 1984, e especialmente o terceiro, que ocorreu em 20 de setembro de 1987.  

Por ocasião dos 500 anos da evangelização da América, em 12 de outubro de 1992, em Santo Domingo, São João Paulo II dirigiu uma mensagem a todos os povos indígenas do continente americano.

O contexto histórico do Canadá

Mas para o Canadá, como em todos os lugares, as questões relacionadas aos povos indígenas vão muito além de suas relações com a Igreja Católica ou outras Igrejas cristãs. O Canadá nasceu em 1867 como um domínio federal do império inglês. Em 1876 foi promulgado o Indian Act, um documento de referência legal e um plano de atividades do governo canadense para a gestão dos assuntos indígenas, ou seja, das questões relativas aos povos indígenas no contexto do novo país.

A política do Canadá em relação aos povos indígenas na época era caracterizada pela crença, culturalmente dominante na época nas regiões civilizadas, da inferioridade das etnias e culturas indígenas e sua inevitável extinção, portanto, existia uma pressão pela assimilação dos povos indígenas para uma sociedade de base europeia, como a única perspectiva realista de futuro para eles.

As grandes manadas de búfalos foram exterminadas durante o século XIX, forçando os povos caçadores a serem agricultores. Aos indígenas foram atribuídos - com a formalidade dos "tratados" - os territórios das "reservas", onde deveriam ter permanecido confinados e em certa medida também "protegidos" da invasão dos brancos, pois no final prevaleceu o interesse deste último.

Junto com o sistema de "reserva", outra pedra angular da política canadense de "assuntos indígenas" foi por muito tempo o sistema de "escola residencial", onde crianças e jovens de povos indígenas eram empurrados, e às vezes forçados a serem educados. O regime era realizado a partir da separação de suas famílias, comunidades e culturas, possuía métodos de disciplina rígida, com imposição do uso exclusivo da língua inglesa, de atividades de aprendizado e profissões adequadas à assimilação na sociedade de estilo europeu e de práticas religiosas cristãs.

As escolas residenciais

Estas escolas, desejadas e financiadas pelo governo, foram confiadas a sua gestão a numerosas entidades das Igrejas cristãs que, no âmbito das suas missões, se ocupavam tradicionalmente de atividades educativas, e que assim se envolviam massiva e diretamente na responsabilidade da implementação da política canadense para os povos indígenas.

O sistema de escolas residenciais historicamente foi abrangente mais de um século. Havia um total de 139 escolas, distribuídas por todo o país.

Testemunhos decisivos e fidedignos sobre estas escolas e as condições de vida que as caracterizavam não faltaram desde as primeiras décadas do século XX. Especialmente no que diz respeito às graves deficiências de saúde, má nutrição, rigidez e dureza dos métodos educativos, separação das famílias e dos ambientes de origem. A mortalidade foi muito alta, um dos fatores foi a tuberculose e outras doenças que fizeram muitas vítimas.

Já na década de 1950, o sistema das escolas residenciais começou a ser desafiado por conta destes testemunhos, que muitas vezes eram dramáticos. Ex-alunos e seus familiares falaram sobre os sofrimentos e abusos de vários tipos sofridos. Esses relatos tornaram-se frequentes e tiveram cada vez mais eco na imprensa.

Os povos indígenas tornaram-se mais ativos em se organizar, tomar as rédeas de sua situação e apresentar suas posições e demandas. Em 1991, uma Comissão Real de Povos Indígenas foi formada para estudar e redefinir a política do governo em relação às "nações historicamente originais do país". Posteriormente, várias ações coletivas foram movidas por grupos indígenas contra o estado canadense e contra instituições das Igrejas Cristãs pelos abusos cometidos e os danos consequentes. Isso levou ao "Acordo sobre escolas residenciais indígenas", de 2005, que previa medidas de compensação e intervenção em favor dos povos indígenas, e à criação, em 2008, da Comissão da Verdade e Reconciliação do Canadá.

Representantes de povos indígenas com o Papa Francisco na Sala Clementina, em
1 de abril de 2022.

O envolvimento da Igreja e o pedido do Papa para realizar uma viagem

As Igrejas cristãs estiveram profundamente envolvidas no processo da sociedade canadense, especialmente sob algumas perspectivas. Uma destas perspectivas era: a participação direta e corresponsável no sistema educativo das escolas residenciais, cuja gestão era confiada aos órgãos eclesiásticos.

Portanto, já no início dos anos noventa temos, do lado católico, importantes declarações sobre a questão dos internatos indígenas, com o reconhecimento explícito de erros e deficiências. Firmou-se o compromisso de solidariedade com os povos indígenas e sua busca por dignidade e justiça. Problemas que têm raízes profundas e distantes exigem muito tempo, trabalho e sofrimento compartilhado para se chegar a uma solução. O processo de debate, reflexão e diálogo com os povos indígenas e sobre as escolas residenciais continua, e podemos dizer que se acentua e se intensifica, até por questões judiciais complexas.

Um dos pedidos feitos pela Comissão da Verdade e Reconciliação em relação à Igreja Católica em seu relatório final de 2015 que envolve diretamente o Papa é formulado da seguinte forma: "Pedimos que o Papa apresente um pedido de perdão às vítimas (uma apologia aos sobreviventes) e às suas famílias e comunidades pelo papel do Igreja Católica Romana no abuso espiritual, cultural, emocional, físico e sexual de crianças das primeiras nações, inuit e métis em escolas residenciais administradas por católicos. Pedimos que este pedido de perdão seja semelhante ao apresentado em 2010 às vítimas de abusos irlandeses e que ocorra dentro de um ano da publicação deste relatório e seja realizado pelo Papa no Canadá”.

Os bispos do Canadá, por sua vez, publicaram um forte pedido de perdão em 24 de setembro: "Como entidade católica que estiveram diretamente envolvidas na gestão das escolas e que já apresentaram seus próprios pedidos sinceros de perdão, nós, bispos canadenses, expressamos nosso profundo remorso e pedimos perdão”.

Os bispos do Canadá continuaram afirmando que estavam "totalmente comprometidos com o processo de cura e reconciliação" e, em resposta ao pedido de envolver pessoalmente o Papa Francisco nesse processo, convidaram uma representação dos indígenas - sobreviventes da escola, idosos e sábios - para ir com eles a Roma para encontrar-se com o Papa. Concluíram se comprometendo a trabalhar com a Santa Sé e parceiros indígenas em vista de uma visita pastoral do Papa ao Canadá como parte desta jornada de cura.

Voltamos, assim, ao ponto de partida do itinerário. A visita da delegação a Roma ocorreu bem. O carisma de acolhimento e escuta do Papa e a clareza de suas palavras tocaram seus visitantes. A estima pelas suas culturas e tradições, a condenação da violência da colonização, "a indignação e a vergonha" pelas várias formas de abusos sofridos, particularmente nas escolas residenciais, como contratestemunho do Evangelho foram expressados. Na coletiva de imprensa no final da viagem, os representantes dos três componentes indígenas da delegação e os bispos que os acompanharam expressaram sua plena satisfação e confiança de que a prometida viagem do Papa trará frutos decisivos para encorajar a caminhada dos povos indígenas na afirmação dos seus direitos e na realização das suas aspirações e que a Igreja Católica os acompanha neste caminho.

Ao reconstituir os acontecimentos, encontramos muito sofrimento, especialmente em primeiro lugar os de povos indígenas e muitos alunos de escolas residenciais, vítimas de imensas injustiças e graves abusos, mas também – vale lembrar - que muitas pessoas gastaram suas forças com a intenção sincera de servir ao evangelho e aos povos indígenas, e agora se sentem frustrados por críticas muito duras, nas quais não faltam generalizações, que também não são corretas.

Pensamos que este é um preço penitencial, longe de ser inútil, a ser pago em um caminho de purificação da Igreja. E esperamos que isso dê frutos para um encontro mais profundo, frutífero e renovado - verdadeiramente reconciliado - com os povos indígenas e toda a sociedade canadense. Um caminho pelo qual muitos na Igreja trabalham com generosidade, com entusiasmo, perseverança e dedicação, e no qual o caminho do Papa se propõe como uma etapa preciosa e encorajadora.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

terça-feira, 19 de julho de 2022

São Serafim de Sarov

S. Serafim de Sarov | arquisp
19 de julho

São Serafim de Sarov

Prothor Moshnim nasceu em 1759, na cidade de Kursk, na Rússia, onde seus pais eram comerciantes. Aos dez anos, ficou muito doente. Nossa Senhora apareceu-lhe em sonho prometendo que seria curado por ela. De fato, alguns dias depois ele se recuperou, após tocar no quadro de Nossa Senhora durante uma procissão.

Desde menino, gostava de ler o Evangelho, ir à igreja e isolar-se para rezar. Confirmou sua vocação na idade de dezoito anos, quando ingressou no Mosteiro de Sarov. Lá, fez seus votos de abstinência, vigília e castidade. Costumava isolar-se em uma choupana numa floresta próxima, dedicado às orações e penitências. Mas durante três anos teve de ficar numa cama, após adoecer gravemente. Novamente, a Virgem Maria apareceu-lhe, dessa vez acompanhada por alguns santos, e curou-o após tocá-lo.

Aos vinte e sete anos, recebeu o hábito de monge e tomou o nome de Serafim, que em hebraico significa ardente. Tinha o dom de ver os anjos, santos, Nossa Senhora e Jesus Cristo também. Numa liturgia, viu o próprio Jesus entrando na igreja junto com os anjos e santos e abençoando o povo que estava na igreja. Serafim ficou tão atônito que por muito tempo perdeu a voz.

Sete anos depois, ele se isolou no interior da floresta, onde alcançou uma grande perfeição espiritual. Mas foi atacado por ladrões e seriamente ferido. Mesmo tendo uma constituição física muito forte, e na mão um machado, ele não ofereceu nenhuma resistência. E como não tinha dinheiro foi espancado, quase morrendo. Em seguida, os ladrões foram detidos e no julgamento o monge intercedeu por eles. Desde então, Serafim ficou curvado para o resto da vida.

Depois desse episódio, iniciou um período de penitência. Ficou durante mil dias e mil noites isolado na floresta. De dia ficava ajoelhado numa pedra com as mãos erguidas para o céu e à noite desaparecia dentro da floresta. Após outra aparição de Nossa Senhora, quase no final de sua vida, Serafim adquiriu o dom da transfiguração do Espírito Santo e tornou-se um guia espiritual dentro do mosteiro. Milhares e milhares de pessoas, de todas as classes sociais, foram enriquecidas com os seus ensinamentos. Para todos, apresentava-se radiante, humilde e caridoso. Dizia: "Alegria não é pecado. Ela afugenta o cansaço, que pode se transformar em desânimo; e não há nada na vida pior do que o desânimo".

Serafim morreu deixando claro o ensinamento que seguiu a vida toda: "É preciso que o Espírito Santo entre no coração. Tudo aquilo que nós fazemos de bom por causa de Cristo dá-nos a presença do Espírito Santo, mas a oração, que está sempre ao nosso alcance, no-lo dá muito mais". A igreja do Mosteiro de Sarov, na cidade de Krusk, abriga os seus restos mortais.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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Trapistas fundam novo monastério na Indonésia

Trapistas | Guadium Press
A ordem religiosa dos trapistas fundou seu quarto monastério, na Indonésia. A fundação do monastério foi feita na última quinta-feira, 14 de julho.

Redação (16/07/2022 20:00, Gaudium Press) A Indonésia passou a contar com um novo monastério dos trapistas na última quinta-feira, 14 de junho de 2022, na cidade de Penggadungan.

A pequena cidade onde está localizado o monastério fica a três horas e meia da cidade de Ketapang, em uma zona isolada, no meio da floresta.

O monastério está na propriedade que foi comprada pelo Bispo da época, Dom Blasius Pujaraharja, há algumas décadas.

A cerimônia de inauguração do novo monastério dos trapistas, ou cistercienses de estrita observância, foi presidida por Mons. Pius Riana Prapdi  e realizada segundo as tradições culturais Dayak.

A bênção das instalações foi feita pelo Bispo da diocese de Ketapang, Mons. Pius Riana Prapdi e pelo Padre Isaac Majoor, superior holandês dos trapistas na abadia de Konigshoeven em Tilburg.

A nova comunidade terá como superior o Padre Mikael Santana e contará com três monges assistentes.

Dom Pius Riana Prapdi afirmou que “o monastério trapista é necessário na nossa diocese pois as orações são realmente necessários”.

Os outros monastérios trapistas da Indonésia foram fundados em 1953, 1987 e 1996. (FM)

Este jogo sem papel ou lápis irá alegrar as suas reuniões familiares

Jack Frog I Shutterstock
Por Mathilde de Robien

Vamos chamá-lo de o "jogo das qualidades". Acessível a partir dos 3 anos de idade, com dois, seis ou dez jogadores, este jogo é fácil de jogar à mesa ou durante o aperitivo e garante bom humor e risos.

“Atencioso!”, “Útil!”, “Engraçado! Os elogios vêm de todos os lados – uma ocorrência rara entre irmãos jovens – e por uma boa razão, eles jogam o “jogo das qualidades”. O princípio é simples: sorteia-se uma pessoa de cada vez. Então, os outros jogadores pensam mentalmente numa qualidade que corresponda à pessoa designada. Quando cada jogador tem uma qualidade em mente, diz em voz alta. O resultado é um leque de qualidades para a pessoa designada (que é sempre divertido!), o que é gratificante e ajuda a construir a auto-estima. Um jogo que por vezes traz surpresas (“Oh sim? Achas que sou generoso? Por quê?”) e lança grandes discussões onde todos se conhecem melhor uns aos outros. Porque é sempre mais fácil identificar as qualidades (e defeitos) da outra pessoa do que as suas próprias qualidades.

Reconhecer e expressar as qualidades da outra pessoa, quer seja filho, cônjuge, sogra ou cunhado… dependendo de quem está a brincar, conduz a debates alegres e a belas descobertas. As qualidades que as crianças refletem de volta aos seus pais são particularmente comoventes. “A educação é mais do que um trabalho, é uma missão, que consiste em ajudar cada pessoa a reconhecer o que é insubstituível e único nela, para que possa crescer e florescer”, disse João Paulo II. Uma missão que, em última análise, diz respeito a cada pessoa em relação às outras.

Número de jogadores: a partir de 2 jogadores.

Idade: 3 – 99 anos.

Duração: 10 a 15 minutos para uma família de 4-5 pessoas.

Regras do jogo: exprimir as qualidades de cada membro da família.

Objetivo do jogo: divertir-se.

Algumas qualidades para servir de inspiração inicial:

Altruísta
Agradável
Cuidadoso(a)
Ousado(a)
Autónomo(a)
Conciliador(a)
Consciencioso(a)
Corajoso(a)
Criativo(a)
Curioso(a)
Pacífico(a)
Engraçado(a)
Dinâmico(a)
Eficiente
Empático(a)
Entusiasmado(a)
Confiável
Animado(a)
Generoso(a)
Inteligente
Honesto(a)
Organizado(a)
Jovial
Paciente
Perseverante
Criterioso(a)
Útil
Sociável

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Santa Missa em Ação de Graças pelo aniversário natalício de Dom Paulo Cezar

arqbrasilia

Arquidiocese de Brasília celebra 55 anos de vida de Dom Paulo Cezar na próxima quarta-feira (20/07)

Na próxima quarta-feira (20/07), a Arquidiocese de Brasília celebrará os 55 anos de vida do Arcebispo da Capital Federal, Dom Paulo Cezar Costa. Nascido em 20 de julho de 1967, Dom Paulo Cezar celebrará, pela segunda vez, seu natalício à frente da Igreja em Brasília.

A Santa Missa em Ação de Graças terá lugar na Catedral Metropolitana de Brasília, nesta próxima quarta-feira (20/07), às 12h15. Todos o clero e fiéis leigos são convidados para render graças a Deus e rezar pela vida do pastor do rebanho que se reúne sob o seu pastoreio.

Saiba mais sobre o quinto Arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa

Nascimento: 20/07/1967

Ordenação Presbiteral: 05/12/1992

Ordenação Episcopal: 05/02/2011

Lema Episcopal: “Omnia Sustineo Propter Electos” (Tudo suporto pelos eleitos)

Posse como Arcebispo de Brasília: 12/12/2020

Filho de Geraldo Manoel da Costa Amaral e Maria Alice Miranda Amaral. Nascido na cidade de Valença, Rio de Janeiro. Foi ordenado sacerdote em 5 de dezembro de 1992, na Diocese de Valença, Rio de Janeiro. Foi pároco, reitor do seminário e professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio.

Graduado em Teologia pelo Instituto Superior de Teologia da Arquidiocese do Rio de Janeiro (1991), mestre em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana (1998) e doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana (2001). Na dimensão acadêmica tem experiência na área de Teologia, com ênfase na Teologia Sistemática nas áreas de Patrologia, Cristologia e Trindade. Além disso, por muitos anos, foi professor assistente da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, diretor do Departamento de Teologia da PUC-Rio; professor e diretor do Instituto de Filosofia e Teologia Paulo VI, professor do Instituto Superior de Teologia da Arquidiocese do Rio de Janeiro.

Foi nomeado bispo auxiliar da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro pelo Papa Bento XVI em 24 de novembro de 2010 e ordenado no dia 5 de fevereiro de 2011 pelo Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, O. Cist.. Na Arquidiocese do Rio de Janeiro foi articulador e organizador da Jornada Mundial da Juventude de 2013, além de animador da Pastoral Universitária, como Bispo da Comissão Arquidiocesana de Aquisição de Terrenos e Evangelização, das Missões, da Academia Fides et Ratio e do Centro Cultural Dom Eugenio de Araújo Sales. Também, acompanhou o economato da arquidiocese, o Departamento Jurídico, o Patrimônio Histórico e Cultural da Arquidiocese do Rio e os estudantes no exterior, membro do Conselho Diretor da Associação Mantenedora da PUC-Rio e do Conselho Universitário da PUC-Rio.

No Regional Leste 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), foi eleito bispo referencial da Pastoral Universitária e da Comissão Regional para os Ministérios Ordenados e Vida Consagrada. E, também, membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé na CNBB.

Em 22 de junho de 2016 o Papa Francisco o nomeou como o 7º Bispo da Diocese de São Carlos. Sua posse canônica aconteceu no dia 06 de agosto de 2016 onde permaneceu até ser nomeado como Arcebispo de Brasília, em 21 de outubro de 2020. Na Diocese de São Carlos reestruturou o setor de comunicação da diocese, ordenou inúmeros padres, criou paróquias, além de ter promovido a reorganização da cúria diocesana.

Foi nomeado Arcebispo de Brasília, pelo Papa Francisco, no dia 21 de outubro de 2020, tendo tomado posse na Solenidade de Nossa Senhora de Guadalupe, no dia 12 de dezembro de 2020. Até o presente momento Dom Paulo Cezar Costa já visitou quase que a totalidade das paróquias da Arquidiocese, iniciou o plano de reestruturação da Cúria Metropolitana, além de organizar a VII Assembleia Arquidiocesana e promover o diálogo com os poderes públicos.

Atualmente, é responsável pelo Setor Universidades da Igreja no Brasil da Comissão Episcopal Pastoral para Educação e Cultura, membro do Conselho Permanente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil); referencial para o Instituto Nacional de Pastoral Alberto Antoniazzi (INAPAZ); presidente do grupo de Análise de Conjuntura Eclesial da CNBB; membro do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM); em Roma é membro da Pontifícia Comissão para América Latina e do Pontifício Conselho para Unidade dos Cristãos.

Em Nairóbi, começa o II Congresso Católico Pan-africano

Fiéis católicos do Quênia  (Vatican Media)

A partir desta segunda-feira até 22 de julho, a sede da Universidade Católica da África Oriental sedia a iniciativa da Rede Católica Pan-africana de Teologia e Pastoral dedicada à Teologia, Sociedade e Vida Pastoral. O objetivo é promover e incentivar boas práticas para a melhoria da Igreja e da sociedade.

Tiziana Campisi – Vatican News

"Caminhar juntos por uma Igreja vital na África e no mundo." Este é o tema do II Congresso Católico Pan-africano de Teologia, Sociedade e Vida Pastoral que reúne, a partir desta segunda-feira (18/07) até sexta-feira (22/07), em Nairóbi, no Quênia, mais de 80 líderes religiosos e estudiosos dos 5 continentes.

Organizado pela Rede Católica Pan-africana de Teologia e Pastoral, o encontro se realiza na Universidade Católica da África Oriental e propõe reflexões sobre a sinodalidade, mulheres, crianças e o futuro da Igreja africana com conferências e oficinas. Mūmbi Kīgūtha, da secretaria organizadora da Rede Católica Pan-africana de Teologia e Pastoral, explica que o congresso fará emergir as riquezas da Igreja e do continente africano, oferecendo uma representação inclusiva e acolhendo uma diversidade de pensamentos e vozes.

Prática pastoral e trabalho acadêmico

Os trabalhos podem ser acompanhados on-line no portal dedicado e são promovidos pelo Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagascar (SECAM).

A secretária da Pontifícia Comissão para a América Latina, professora Emilce Cuda, e o secretário para a Dicastério de Comunicação, padre Lucio Adrian Ruiz, participam como representantes da Santa Sé.

O encontro queniano segue o primeiro Congresso realizado em dezembro de 2019 na Nigéria. A Rede Católica Pan-africana de Teologia e Pastoral tem como objetivo preencher a lacuna entre a prática pastoral e o trabalho acadêmico multidisciplinar no continente africano, ouvindo a Palavra de Deus e o povo, a fim de inspirar esperança e fé transformadora, promover e incentivar boas práticas para a melhoria da Igreja e da sociedade.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF