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domingo, 24 de julho de 2022

Calorosa acolhida a Francisco no Canadá

A acolhida ao Papa Francisco no Canadá | Vatican News

Uma "peregrinação penitencial", com o convite para "Caminhar Juntos", caracteriza esta 37ª Viagem Apostólica de Francisco, que tem como palavras-chave: proximidade, perdão, reconciliação, fraternidade, esperança.

https://youtu.be/-pGl-_3jOIY

Vatican News

Foram 8.430 km a bordo do A330/AZ² da Ita Airways, percorridos em cerca de 10 horas e 10 minutos. O avião tendo a bordo o Papa Francisco aterrissou na pista do Aeroporto Internacional de Edmonton às 11h08 min deste domingo, 24 de julho.

Como de costume, antes de descer, o Pontífice foi saudado ainda no avião pelo núncio apostólico, neste caso Dom Ivan Jurkovič, arcebispo titular de Corbavia, e pelo chefe do Protocolo. Após, em cadeira de rodas, Francisco foi conduzido a um hangar para a cerimônia de boas-vindas na presença da governadora-geral do Canadá Mary May Simon, do primeiro-ministro canadense Justin Trudeau, lideranças indígenas e autoridades civis e eclesiásticas. Mas antes das saudações, indígenas entoando cantos com instrumentos tradicionais. Depois, muito sorridente, e com uma escuta atenta, a troca de saudações e presentes com chefes indígenas.

Após o breve encontro com as autoridades civis do Canadá, Francisco dirige-se para o Seminário São José, distante 31,1 km, onde repousará neste primeiro dia em terras canadenses. A recordar a diferença de fuso horário de 8 horas entre Roma e Edmonton.

O Papa começa suas atividades na segunda-feira em Maskwacis - distante 100 km - onde às 10 horas encontrará os povos indígenas Primeiras Nações, Métis e Inuit.

À tarde será a vez de  encontrar outro grupo na Igreja do Sagrado Coração dos Primeiros Povos, distante 4,4 km, bem como membros da comunidade paroquial. Na ocasião, abençoará uma estátua de Santa Kateri Tekakwitha, a primeira nativa da América do Norte reconhecida como Santa pela Igreja Católica.

O Seminário São José

O Seminário São José, que acolherá o Papa na primeira etapa da viagem, foi inaugurado em 1927, quando era arcebispo Dom Henry Joseph O’Leary, naquele que anteriormente havia sido um seminário administrado pelos Oblatos de Maria Imaculada, entre a Rua 99 e Rua 110. Devido ao crescente número de seminaristas, a estrutura foi logo considerado muito pequena e em 1957 um novo seminário foi construído em St. Albert Trail.

Em 2010, o Seminário São José foi transferido para o cruzamento da 98ª Street e 84th Street, à beira do North Saskatchewan River Valley. O novo complexo tem uma forma quadrangular, com alas construídas em torno de pátios internos e jardins, e lembra os claustros dos mosteiros e casas religiosas do passado. É, no entanto, muito moderno na simplicidade das linhas e materiais utilizados: pedra Manitoba Tyndall, bem como tijolo, vidro, aço e concreto. No seu interior, a capela tem a planta clássica de uma basílica romana, onde é possível contemplar a série de vitraisde Rault, criados em Rennes, França, para o antigo seminário de St. Albert Trail, juntamente com os catorze ladrilhos de pedra cinzenta, marcados com uma cruz, retirados da antiga capela e fixados nas paredes da nova estrutura.

Ao sul da capela se encontra a torre com os sinos, que leva o nome do sacerdote estadunidense que fundou os Cavaleiros de Colombo, padre Michael McGivney. A torre, com cerca de 22 m e encimada por uma cruz, é uma estrutura proeminente em aço e vidro, visível mesmo à noite do centro de Edmonton, do outro lado do River Valley. Ela contém cinco sinos abençoados por monsenhor J. Hamilton, vigário geral da Arquidiocese de Edmonton em 16 de junho de 2010. O seminário também conta com uma capela mais menor, principalmente para uso dos padres que aqui vivem todo o ano.

A residência do seminário inclui mais de 60 quartos para seminaristas, convidados e sacerdotes que estão envolvidos na formação, espaços para reuniões de grupo e áreas para atividades de lazer, um ginásio, uma sala de jogos e uma sala de estudos dedicada a São Jerônimo, patrono dos Estudos Bíblicos.

A acolhida ao Papa Francisco no Canadá | Vatican News
A acolhida ao Papa Francisco no Canadá | Vatican News
A acolhida ao Papa Francisco no Canadá | Vatican News
A acolhida ao Papa Francisco no Canadá | Vatican News
A acolhida ao Papa Francisco no Canadá | Vatican News
A acolhida ao Papa Francisco no Canadá | Vatican News

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Papa Francisco divulga mensagem para o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação

Papa Francisco | CFFB

PAPA FRANCISCO DIVULGA MENSAGEM PARA O DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELO CUIDADO DA CRIAÇÃO: 1º DE SETEMBRO

Foi divulgada nesta quinta-feira a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, no dia 1º de setembro. Este Dia inaugura o “Tempo da Criação”, que vai até 4 de outubro, festa de São Francisco de Assis – uma iniciativa ecumênica inspirada pelo Patriarcado de Constantinopla que une os cristãos em torno da necessidade de uma conversão ecológica.

O tema deste ano é “Escuta a voz da criação”. Esta voz, lamenta o Papa na mensagem, se tornou um “grito amargo”, ou melhor, um coro de gritos em decorrência dos maus-tratos humanos: grita a Mãe Terra, gritam as criaturas, gritam os mais pobres e, entre eles, os povos indígenas, e grita a futura geração. Esses clamores provocados pelos nossos excessos consumistas, à mercê de um antropocentrismo despótico, que provocam, por sua vez, as mudanças climáticas.

Diante deste quadro, é preciso limitar o colapso dos ecossistemas e há uma única opção segundo Francisco: arrependimento e mudança dos estilos de vida e dos modelos de consumo e produção. Não só em âmbito individual, mas também comunitário. Esta catástrofe ecológica, afirma o Pontífice merece a mesma atenção que outros desafios globais, como as graves crises sanitárias e os conflitos bélicos.

Um pedido, “em nome de Deus”

Por isso, o Papa cita dois eventos de fundamental importância promovidos pelas Nações Unidas: a COP27 sobre o clima, programada para o mês de novembro no Egito, e a COP15 sobre a biodiversidade, que se realizará em dezembro no Canadá.

Francisco recorda a adesão da Santa Sé ao Acordo de Paris, que prevê limitar o aumento da temperatura a 1,5°C e para reduzir a zero, com a maior urgência possível, as emissões globais dos gases de efeito estufa. A finalidade é caminhar rumo à direção mais respeitadora da criação e do progresso humano integral de todos os povos presentes e futuros, um progresso fundado na responsabilidade, na prudência/precaução, na solidariedade e atenção aos pobres e às gerações futuras.

“Na base de tudo, deve estar a aliança entre o ser humano e o meio ambiente que, para nós fiéis, é espelho do amor criador de Deus.”

Eis então o apelo do Papa: “Repito: Quero pedir, em nome de Deus, às grandes empresas extrativas – mineiras, petrolíferas, florestais, imobiliárias, agro-alimentares – que deixem de destruir florestas, zonas húmidas e montanhas, que deixem de poluir rios e mares, que deixem de intoxicar as pessoas e os alimentos.”

Dívida ecológica

Neste processo de conversão, aponta Francisco, não se pode negligenciar as exigências da justiça, especialmente para com os trabalhadores mais afetados pelo impacto das mudanças climáticas.

Neste sentido, escreve ainda o Papa, “é impossível não reconhecer a existência duma ‘dívida ecológica’ das nações economicamente mais ricas, que poluíram mais nos últimos dois séculos”. Por outro lado, os países menos ricos não estão isentos de suas responsabilidades. “É necessário agirem todos, com decisão. Estamos a chegar a um ponto de ruptura.”

A mensagem conclui-se com um convite de Francisco, para que neste “Tempo da Criação” as cúpulas COP27 e COP15 possam unir a família humana. “Choremos com o grito amargo da criação, escutemo-lo e respondamos com os fatos para que nós e as gerações futuras possamos ainda alegrar-nos com o canto doce de vida e de esperança das criaturas.”

Por Bianca Fraccalvieri - Vatican News

Abraham Lincoln foi uma estrela como pai: aqui está o seu estilo

Abraham Lincoln | Wikimedia Commons
Therasa Civantos Barber

Lincoln foi notável em muitas coisas, inclusive no seu estilo como pai. Mas ele teve de superar muitas dificuldades para alcançar isso.

É difícil não ficar um tanto obcecado por Abraham Lincoln quando se começa a aprender sobre a sua vida.

Mais de 15.000 livros foram escritos sobre ele, mais do que qualquer outra pessoa na história mundial, com a exceção, é claro, de Jesus.

Como é que um homem que frequentou a escola durante menos de um ano se tornou um escritor tão eloquente e um pensador brilhante? O que levou um homem que cresceu na pobreza extrema a tornar-se um estadista e líder internacional? Como é que um homem que sofreu tanto permaneceu compassivo e gentil, ao invés de ter se tornado ressentido e amargo?

Trajetória

Tudo na sua vida adulta foi quase o oposto dos seus primeiros anos de vida. Talvez uma das maiores diferenças tenha sido a forma como ele criou os seus filhos.

Lincoln foi abençoado com uma mãe maravilhosa, Nancy, da qual uma vez disse: “Tudo o que sou, ou espero ser, devo à minha mãe, um anjo”.

Mas Nancy morreu quando Abraão tinha apenas nove anos, e o seu pai era muito diferente de Nancy. De fato, Thomas Lincoln era duro, antipático e muitas vezes zangado.

Durante a adolescência de Abraham, quando assumiu maiores responsabilidades de trabalho, o seu pai foi duro com ele. Nunca compreendendo totalmente o desejo do seu filho de ler e aprender, Thomas repreendeu Abraham, tachando-o de “preguiçoso” e era conhecido por enxotá-lo sempre que o apanhava a ler livros. Consequentemente, quando Thomas Lincoln morreu em 1851, o seu filho não compareceu ao funeral.

A hostilidade do seu pai à educação de Abraham torna ainda mais impressionante que ele tenha sido capaz de se educar e de se tornar advogado e político. Mas ainda mais impressionante é a forma como ele reagiu ao tratamento do seu pai.

Gentileza e respeito

Em vez de continuar o ciclo de menosprezo, Lincoln decidiu ser tão diferente quanto possível do seu pai. Ele era o que hoje chamaríamos um “quebra-ciclo”.

Um “quebra-ciclo” é alguém que reconhece traços prejudiciais ou disfuncionais que existem na cultura da sua família e decide desfazer-se desses traços e trocá-los por algo diferente.
Abraham mudou o padrão de paternidade na sua família.

Nesse sentido, Lincoln passou a dedicar a sua energia e esforços para se tornar um pai gentil e respeitoso.

A sua esposa, Mary Lincoln, escreveu: “[Abraham Lincoln] era o mais bondoso e carinhoso marido e pai do mundo”.

Onde o seu pai era severo e punitivo, Abraham era gentil e compreensivo. Onde o seu pai rejeitou os seus interesses, Abraham abraçou aquilo que os seus filhos amavam.

Amor pelos filhos

O seu companheiro no Direito, William Herndon, escreveu uma vez: “Ele adorava os seus filhos e o que eles adoravam; amava o que eles amavam e odiava o que eles odiavam”.

Para ser claro, o seu estilo de paternidade, embora amorosa e gentil, não era permissiva. Lincoln era firme em manter limites quando os seus filhos precisavam da sua orientação. O seu antigo parceiro no Direito recorda:

O gosto do Sr. Lincoln pelos seus filhos não conhecia limites. Quase lhe partiu o coração usar a sua autoridade paterna para corrigir as suas ocasionais demonstrações de temperamento ou insubordinação; mas quando a ocasião exigia o sacrifício, demonstrou grande firmeza ao ensinar-lhes a mais estrita obediência.

Virtudes

Firmeza e ternura; amor incondicional e respeito atencioso. Estas virtudes intemporais são tão importantes para os pais agora como o eram no século XIX.

Podemos aprender de Lincoln a ser pais calmos e pacíficos, porém com autoridade. Ou, como o próprio Sr. Lincoln sempre disse, num sentimento que transcende os séculos, “o amor é a corrente pela qual se prende uma criança aos seus pais”.

Conhecemos Lincoln, o presidente, e Lincoln, o emancipador. Mas será que conhecemos Lincoln, o pai exemplar?

Como muitos pais e mães hoje em dia procuram um estilo pacífico e positivo, um estilo que mescle gentileza e respeito com limites claros, talvez este lado de Lincoln seja aquele que mais queremos conhecer.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Reflexão para o XVII Domingo do Tempo Comum

Jesus ensina os discípulos a orar (Lc 11, 1-13) | Vatican News

Padre Cesar Augusto. SJ - Vatican News

A leitura do Gênesis falando da intercessão que Abraão faz a Deus pelos seus conterrâneos, serve para nós como incentivo para uma oração bem feita.

Abraão dialoga com Deus, suplica, apresenta suas razões, escuta, volta a falar, enfim são dois amigos conversando através de um diálogo espontâneo e sincero.

No Evangelho, os discípulos pedem a Jesus que os ensine a rezar. Jesus começa dizendo que quando quiserem rezar, deverão se dirigir a Deus chamando-O de Pai, pois Ele é o nosso querido Pai. Jesus dá um passo gigantesco em relação a Abraão. Se esse já demonstrava confiança e intimidade, Jesus recomenda o posicionamento de filho que conversa com o Pai querido.

Simultaneamente, demonstramos que de fato somos seus filhos quando pedimos que o seu Reino, ou seja, os seus planos, seus projetos, também sejam nossos, sejam realizados. Estamos, somos comprometidos com a realização da nova sociedade.

Ao mesmo tempo nos ensina que somos irmãos, por isso o pedido do pão para cada dia, feito também na primeira pessoa do plural, no nós, significando que assumimos como nossas, as necessidades dos demais, seja de alimento, de moradia, de saúde, de educação, de emprego, de justiça.

Nossa filiação se torna mais autêntica quando pedimos para que perdoe as nossas ofensas do mesmo modo que perdoamos aos que nos ofenderam. “Filho de peixe, peixinho é”, diz um ditado! Filho de um misericordioso, também é misericordioso! Filho de um Deus perdão, também perdoa!

Abraão foi muito humilde em sua oração. Jesus também nos indica a humildade quando nos orienta pedir ao Pai que não nos deixe cair em tentação. Se Deus não nos ajudar, nada conseguiremos, somos fracos, somos pó.

Finalmente o ensinamento de Jesus termina com o resultado de nossa oração, com a certeza de quem pede, recebe: quem procura, encontra; para quem bate, se abrirá. Pedi e recebereis! É preciso confiar em Deus, reconhecê-lo como Pai e Pai querido.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Andrea Monda: ao Canadá uma viagem distante, ao fundo do coração

Papa Francisco com delegações de Povos Indígenas canadenses (Vatican Media)

Ir lá, onde a ferida ainda sangra. O editor do L'Osservatore Romano, em seu editorial, faz esta leitura da "peregrinação penitencial" que Francisco realiza de 24 a 30 de julho. Uma viagem "delicada, cansativa, dolorosa, de cura e purificação".

Por Andrea Monda

O Papa Francisco inicia sua 37ª Viagem Apostólica, desta vez ao Canadá, o 56º país que visita desde o início de seu Pontificado. Será uma das viagens mais longas que o levará aos lugares mais distantes que já alcançou: ele visitará quatro localidades, Edmonton e a vizinha Maskwacis no oeste do país, Québec City e depois Iqaluit, perto do Círculo Polar Ártico.

Uma viagem que começa de longe e vai longe, não só do ponto de vista geográfico. De fato, como afirmou o Papa no Angelus de domingo, 17 de julho, “uma peregrinação penitencial” que o levará aos lugares escuros do erro e da dor. "Gostaria de lhes dizer, de todo o coração: estou muito triste", havia dito no Vaticano o Papa em 1º de abril, falando às delegações dos grupos indígenas que visitará no Canadá: os grupos das Primeiras Nações ("First Nations"), dos Métis ("mestiços") e dos Inuit, aos quais havia expresso "dor e vergonha pelo papel que vários católicos, particularmente com responsabilidades educativas, desempenharam em tudo o que vos feriu, nos abusos e na falta de respeito pela vossa identidade, pela vossa cultura e até pelos vossos valores espirituais", acrescentando: "E uno-me aos meus Irmãos Bispos do Canadá no pedido de perdão. É evidente que não se pode transmitir o conteúdo da fé de forma alheia à própria fé".

Mais uma vez o Papa apresenta o rosto da Igreja como um "hospital de campanha", como sujeito capaz de estar diante das feridas da humanidade e de agir para curá-las. Mesmo quando, e é o caso, essas feridas tenham sido causadas pela ação de católicos. Uma viagem portanto delicada, cansativa, dolorosa, de cura e de purificação. Uma cura que começa antes de tudo com a presença, com a proximidade.

O Papa sentiu a necessidade de se deslocar e ir até lá, onde a ferida ainda sangra. Com sua presença, Francisco levará o olhar evangélico que se abre sobre o mundo inteiro e junto com o pedido de perdão haverá também a oração por todas as feridas que hoje afligem o mundo inteiro, desde a pandemia até as tantas guerras que estão devastando os cinco continentes. Tudo está conectado, recorda o Papa com frequência, e as feridas de uma parte do organismo afetam todo o resto. É do estilo do Papa Francisco permanecer, em silêncio orante, diante das feridas, do mal (cometido e recebido), da escuridão, da crise, com a confiança de que precisamente passando a crise se pode retornar à luz, para uma humanidade mais plena e completa.

Exatamente trinta anos atrás o poeta e compositor canadense Leonard Cohen compôs uma de suas mais belas canções, Anthem (Hino) cujo famoso refrão é assim: "Toque os sinos que ainda podem tocar / Esqueça sua oferenda perfeita / Há uma falha em tudo / É assim que a luz entra". Esta "falha" (crack) é o sinal da natureza humana, é aquela fraqueza e fragilidade que pode revelar-se o lugar da redenção e do resgate. O próprio Cohen, comentando este verso, afirmou que a situação humana “não admite solução ou perfeição. Este não é o lugar onde as coisas se tornam perfeitas, nem no casamento, nem no trabalho, nem em nada, nem no amor a Deus, nem no amor pela família ou pelo país. As coisas são imperfeitas. E pior, há uma rachadura em tudo aquilo que se pode colocar junto, objetos físicos, objetos mentais, construções de qualquer tipo. Mas é aí que entra a luz, é aí que existe a ressurreição, é aí que está o retorno, é aí que está o arrependimento. É com o confronto, com a quebra das coisas”. Este "hino" à fragilidade e à necessidade de misericórdia será também o hino que acompanhará a viagem do Papa Francisco, uma viagem distante, dentro do coração de cada ser humano.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

sábado, 23 de julho de 2022

Conheça o logotipo da visita do Papa Francisco ao Canadá

Logotipo da viagem do Papa ao Canadá | Vatican News

Um design indígena com rico simbolismo. O logotipo, que ilustra o tema caminhando juntos, é o trabalho de um artista indígena incrivelmente talentoso, Shaun Vicente. Após um longo discernimento, conversando com os anciãos e familiares, ele tomou a decisão de participar da criação dos visuais para a visita histórica do Papa Francisco ao Canadá.

Marília Siqueira - Cidade do Vaticano

Francisco viaja de 24 a 30 de julho para Edmonton, Maskwacis, Quebec, Iqaluit como já foi divulgado em seu programa de viagem. No Angelus deste último domingo, 17, o Papa frisou que esta será uma peregrinação eminentemente "penitencial" , que "possa contribuir para o caminho de cura e reconciliação já empreendido", em referência às "políticas de assimilação cultural que, no passado, prejudicaram gravemente, de várias maneiras, as comunidades nativas" na América do Norte.

O processo de criação

A equipe da visita papal explicou o logotipo oficial da viagem ao Canadá.

O processo criativo é inspirado na natureza, principalmente nas terras da minha família em St. Laurent, Manitoba, uma comunidade mestiça onde eu me firmo e me lembro de onde vim e quem eu sou, muitas vezes com uma dose de humildade e sempre com bom humor.” -Shaun Vicente

Proprietário da empresa Vincent Design, com sede em Winnipeg, Shaun foi contratado pela equipe de visita no início de 2022. Após um longo discernimento, conversando com os anciãos e familiares, ele tomou a decisão de participar da criação dos visuais para a visita histórica do Papa Francisco ao Canadá.

Para este logotipo, a comunidade está no centro do que eu queria retratar, com a rena e manadas de bisões, os peixes e as águias, com uma pomba da paz e as chaves de São Pedro representando o Espírito Santo e o Papa - colocadas entre os animais e elementos da terra, céu e água. Aonde quer que vamos nesta jornada de cura e reconciliação, vamos juntos.”, explicou Shaun Vincent.

Sobre o círculo

Ao explicar o porquê do logotipo ter um formato circular, Shaun Vincent enfatiza que “para realmente caminharmos juntos por um propósito, requer direção e foco. Um tambor de avô em forma de círculo dá ritmo aos círculos de dança. Círculos de miçangas floridas brilham durante a melodia do violinista. Um círculo de braços estendidos enquanto cantando garganta sob o círculo do sol. O círculo pode ser encontrado em todos os lugares da vida indígena. Em um círculo, todos são iguais, todos são visíveis. A cerimônia precisa deste símbolo. É história, ele guarda nossas histórias. É quem somos. Um símbolo para representar este evento deve ter confiança e calma no centro. É por isso escolhi este símbolo como seu núcleo, com a ensinamentos existentes dentro de sua forma.”

A explicação pormenorizada do logotipo | Vatican  News

As impressões

Desde que foi apresentado, o design suscitou comentários brilhantes. “Estamos muito satisfeitos com o trabalho de Shaun Vincent e sua equipe'', disse Jasmin Lemieux Lefebvre, líder das comunicações digitais para a equipe de visita papal.

Jasmin Lemieux Lefebvre ainda afirmou: “Estamos gratos que Shaun que foi capaz de dar vida à sua visão criativa e incorporar tantos elementos importantes no logotipo. Este importante visual é um símbolo poderoso de nossa cura e reconciliação contínuas jornada."

Para onde vai o Papa?

Dada a vasta paisagem de Canadá, o Papa Francisco utilizará apenas três comunidades como base para sua visita ao Canadá. As cidades escolhidas são: Edmonton, Quebec City e Iqaluit.

Edmonton: abriga o segundo maior número de indígenas que vivem em centros urbanos canadenses. Além disso, 25 escolas residenciais estavam localizadas na província de Alberta.

Iqaluit: com uma população de 8.000 pessoas, abriga o maior número de Inuit, que são os membros da nação indígena esquimó que habitam as regiões árticas do Canadá (aproximadamente 3.900). O Papa Francisco foi convidado pessoalmente pelos delegados inuítes para visitar o Norte durante suas reuniões em março.

A cidade de Quebec oferece um centro oriental para aqueles que desejam viajar para estar com o Papa Francisco, especialmente os povos indígenas do oriente. A região também abriga Ste. Anne-de-Beaupré, é um dos locais de peregrinação mais antigos e populares da américa do norte, atraindo todos os anos povos indígenas e outros de todo o Canadá e de todo o mundo.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Métis designer Shaun Vincent created this logo for the upcoming Papal visit to Canada. 
(Shaun Vincent)


Cultive a amizade

Guadium Press
Por Prof. Felipe Aquino

Cultive a amizade

“A amizade é como os títulos honoríficos: quanto mais velha mais preciosa” Goethe (1749-1832)

Não preciso falar aqui da importância de se cultivar as boas amizades para ser feliz. O povo diz com sabedoria que “mais vale um amigo do que dinheiro o bolso”; é verdade. O dinheiro não resolve tudo, mas um bom amigo pode resolver mesmo aquilo que o dinheiro não resolve. A Bíblia diz que quem conquistou um amigo, adquiriu um tesouro.

Milan Kundera, escritor tcheco, escreveu em seu livro “A Identidade”, que “a amizade é indispensável para o bom funcionamento da memória e para a integridade do próprio eu.

Chama os amigos de testemunhas do passado e diz que eles são nosso espelho, que através deles podemos nos olhar”.

Diz que “toda amizade é uma aliança contra adversidade, aliança sem a qual o ser humano ficaria desarmado contra seus inimigos. Os amigos recentes custam a perceber essa aliança, não valorizam ainda o que está sendo contraído. São amizades não testadas pelo tempo, não se sabe se enfrentarão com solidez as tempestades ou se serão varridos numa chuva de verão”.

Há uma fábula antiga que mostra a importância da amizade concreta: é a da pomba e da formiga. A pomba percebeu que a amiga formiga caiu em um rio e se debatia para não morrer afogada; muito depressa a pomba tomou um pequeno galho no bico e colocou na água ao lado da formiga, e assim esta se salvou.

Passados os dias, um caçador apontava a sua espingarda para a mesma pomba, que dormindo no galho de uma árvore não percebeu o perigo que corria. Eis que a formiga viu; e antes que o caçador atirasse na pomba, jogou-se sobre ele e deu-lhe uma ferroada; o caçador errou o tiro e assim a pomba se salvou.

A verdadeira amizade nos socorre quando menos esperamos.

Podemos esquecer aquele com quem rimos muito, mas nunca nos esqueceremos daquele com quem choramos. O laço da tristeza é mais forte que o laço da alegria. Os corações que as tristezas unem permanecem unidos para sempre.

Na prosperidade os verdadeiros amigos esperam ser chamados; na adversidade, apresentam-se espontaneamente. A fortuna faz amigos. A desgraça prova se eles existem de fato.

É preciso saber fazer e cultivar amizades; isto depende de cada um de nós; antes de tudo do nosso desprendimento e fidelidade ao outro. Uma coisa é certa: aquele que não tem necessidade de ninguém, têm muitos amigos.

A grandeza de um homem é medida pela sua capacidade de comunhão. Quem busca um amigo sem defeito, fica sem amigo.

Muito cuidado para não perder o amigo por uma futilidade; dizem que no jogo se perde o amigo e se ganha o inimigo. Mas pode haver outras ocasiões onde isto aconteça. A experiência da vida mostra que é mais fácil perdoar a um inimigo do que a um amigo. Um grande amor pode se transformar em grande ódio quando decepcionado.

“Mais vale um prato de legumes com amizade, que um boi cevado com ódio”, diz o Livro dos Provérbios.

Seja amigo daquele que pode te ensinar muitas coisas, mesmo que ele tenha que lhe dizer verdades amargas. Uma amizade só é valiosa quando um faz o outro crescer. Amigo de verdade é aquele que sabe tudo a teu respeito e gosta de você assim mesmo. É aquele que o aceita como é, e não se cansa dos seus defeitos.

Existe uma crise de moradia muito mais grave que a falta de casas; é a escassez de homens interiormente disponíveis para acolher seus irmãos, para ser amigo de verdade.

Para conquistar um amigo, é preciso criar um “deserto” dentro de si, aceitando que o outro venha ocupá-lo. Acolher o amigo é, em primeiro lugar ouvir. Alguns morrem sem nunca ter encontrado alguém que lhes tenha prestado a homenagem de calar-se totalmente para ouvi-los. São poucos os que sabem ouvir, porque poucos estão vazios de si mesmos, e o seu eu faz muito barulho. Se você souber ouvir, muitos virão lhe fazer confidências.

Muitos se queixam da falta de amigos, mas poucos se preocupam em realizar em si as qualidades próprias para conquistar amigos e conservá-los.

Se você quiser ser agradável às pessoas, fale-lhes daquilo que lhes interessa e não daquilo que interessa a você.

É só na época da seca que conhecemos as boas fontes, e na adversidade, os bons amigos. Meu amigo é aquele que me socorre, não o que tem pena de mim.

A amizade é alimentada pelo diálogo; que é uma troca de ideias em busca da verdade; muito diferente da discussão que é uma luta entre dois, onde cada um defende a sua opinião. A verdadeira amizade não pode ser alimentada pela discussão; somente pelo diálogo.

Ao invés de demonstrar exaustivamente que o amigo está errado, ajude-o a descobrir a verdade por si mesmo; é muito mais nobre e pedagógico.

Se você quiser agir sobre o seu amigo, de verdade, para que ele mude, comece por amá-lo sinceramente, desinteressadamente.

O outro tem a tendência a ser aquilo que você pensa e diz que ele é; portanto não faça críticas duras, mas use de complacência com o amigo; destaque mais as suas qualidades que os seus defeitos, pois nenhum de nós gosta de ser caracterizado por seus defeitos.

O maior esforço da amizade não deve ser apenas mostrar nossos próprios defeitos a um amigo, mas fazer com que ele veja os dele, sem causar-lhe mágoa. O maior bem que podemos fazer-lhes não é oferecer-lhes nossa riqueza, mas levá-los a descobrir a deles.

O elogio sincero tem um poder mágico. Se quiser que o outro progrida, felicite-o sinceramente. Revelar os dons do outro é fazê-lo se descobrir e crescer.

A amizade também exige que se corrija o amigo que erra; mas devemos censurar os amigos na intimidade; e elogia-os em público. Nada é tão nocivo a uma amizade como a crítica ao amigo na frente de outras pessoas; isso humilha e destrói a confiança.

Nunca desista de ajudar o amigo a vencer uma batalha; não há nem haverá ninguém que tenha caído tão baixo que esteja fora do alcance do amor infinito de Deus e do nosso socorro.

Infelizmente a inveja ataca muitas amizades e às vezes até as faz morrer. O amigo verdadeiro não disputa o sucesso com o amigo; ao contrário, se alegra com o maior sucesso do outro. Amigo não é só aquele que sabe se debruçar com piedade sobre o nosso sofrimento, mas aquele que sabe olhar sem inveja a nossa felicidade e o nosso sucesso. Muitos “amigos” ficam desesperados diante do maior sucesso alcançado pelo outro.

Poucas são as pessoas dotadas de bastante caráter para se alegrarem com os sucessos de um amigo sem uma sombra de inveja. Infelizmente algumas pessoas regozijam-se interiormente das deficiências de seus melhores amigos.

Não hesite em se sujar para tirar um amigo da lama. E saiba que a amizade, cuja fonte é Deus, não se esgota nunca.

Uma amizade só é verdadeira e duradoura se é baseada na fidelidade. O pior que seus inimigos o dizem na cara nunca será tão desagradável quanto o que seus melhores amigos dizem de você pelas costas. Cuidado, porque para te magoar, são necessários um inimigo e um amigo: um inimigo para te caluniar e um “amigo” para te transmitir a calúnia.

Prof. Felipe Aquino

Fonte: https://cleofas.com.br/

Encontro Vocacional do Caminho Neocatecumenal

Jovens pernambucanos do Caminho Neocatecumenal | arquidiocesedefortaleza

Mais de quatro mil jovens se reúnem em Fortaleza para participar de Encontro Vocacional do Caminho Neocatecumenal.

A cidade de Fortaleza (CE), sediará, no próximo domingo, 24 de julho, um Encontro Vocacional do Caminho Neocatecumenal, no qual participarão, aproximadamente, 4500 jovens das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil. O evento acontece no Ginásio Paulo Sarasate, a partir das 14h.

O Encontro será conduzido pela Equipe Responsável pelo Caminho Neocatecumenal no Brasil, formada por Padre José Folqué e Raúl Viana, que farão aos jovens o anúncio do Querigma, isto é, o anúncio da Boa Notícia que é Jesus Cristo morto e ressuscitado por amor e salvação de toda a humanidade. Estará presente também Dom Júlio César Souza de Jesus, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Fortaleza.

O encerramento se dará com a chamada vocacional em que os jovens que sintam o chamado para a vida presbiteral, religiosa ou celibatária missionária, respondem o “sim” para a vocação, oferecendo-se também para partir em missão para onde a Igreja os enviar.

Jovens baianos participam de Missa no Santuário de Santa Dulce antes de embarcarem
para Fortaleza

Saindo das respectivas cidades, os jovens rumam para Fortaleza em peregrinação e, no itinerário, visitarão santuários, celebrarão a Eucaristia e evangelizarão pelas praças e cidades onde passarem. Esta peregrinação na região Nordeste do País se dá com o objetivo de resgatar nos jovens as raízes da evangelização no Brasil, recordando tantos missionários que aqui vieram trazer a Boa Nova do Cristo e, pela fé, derramaram o sangue, como os primeiros mártires em terras brasileiras, André de Soveral e seus companheiros, martirizados no Rio Grande do Norte, em 1645.

O Caminho Neocatecumenal

O Caminho Neocatecumenal é um Itinerário de Iniciação Cristã que constitui um dos frutos do Concílio Vaticano II, e busca levar às paróquias a riqueza de viver a fé em pequenas comunidades, como faziam os primeiros cristãos na Igreja primitiva.

Nasceu na década de 1960, em Madri, Espanha, com Kiko Argüello e Carmen Hernández, e se estendeu pelo mundo todo, estando presente em 134 nações dos cinco continentes. No Brasil, encontra-se em 100 dioceses, com mais de 1800 comunidades. Na Arquidiocese de Fortaleza, o Caminho Neocatecumenal chegou em 2002, sendo que, atualmente, há 51 comunidades em 24 paróquias.

Caminho Neocatecumenal no Brasil

Assessoria de Comunicação
Deborah Regina Figueiredo
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Santa Brígida

Santa Brígida | arquisp
23 de julho

Santa Brígida

Brígida, ou Brigite, nasceu princesa, em 1303, no castelo de Finstad, na Suécia. Descendia de uma casa real muito pia, que forneceu à Igreja muitos santos e que se dedicava a construir mosteiros, igrejas e hospitais com a própria fortuna. Além de manter muitas obras de caridade para a população pobre, Brígida, desde a infância, tinha o dom das revelações divinas, todas anotadas por ela no seu idioma sueco. Depois, as descrições foram traduzidas para o latim e somaram oito grandes volumes, que ainda hoje são fonte de consulta para historiadores, teólogos e fiéis cristãos.

Aos dezoito anos, ela se casou com o nobre chamado Ulf Gudmarsson, um homem cristão e muito piedoso. O casal teve oito filhos, dentre os quais a filha venerada como santa Catarina da Suécia. Era com rigor que eles cuidavam da educação religiosa e acadêmica dos filhos, sempre no caminho para a santificação em Cristo. Durante um longo período, Brígida foi dama de companhia da rainha Bianca, de Namur, por isso freqüentava sempre as cortes luxuosas. Mas não se corrompeu neste ambiente de riquezas frívolas, ao contrário, manteve-se fiel aos ensinamentos cristãos, perseverando seu espírito na dignidade e na caridade da fé.

Após a morte de um dos seus filhos, o casal resolveu fazer uma peregrinação ao santuário de Santiago de Compostela, na Espanha. No retorno, Ulf caiu gravemente enfermo, e nessa ocasião Brígida, em sonho, teve uma revelação de são Dionísio, que lhe disse que o marido não morreria. De fato ele ficou curado, mas logo em seguida ingressou no mosteiro de Alvastra, onde vivia um dos seus filhos, e lá morreu, em 1344.

Viúva, Brígida decidiu retirar-se definitivamente para a vida monástica, para realizar um velho projeto, a fundação de um mosteiro duplo, de homens e mulheres, que deu origem à Ordem do Santo Salvador, sob as Regras de são Agostinho, passando, então, a viver nele. Quando obteve aprovação canônica, a fundadora transferiu-se para Roma.

Ali viveu por vinte e quatro anos, trabalhando pela reforma dos costumes e a volta do papa de Avignon. Com o apoio do rei da Suécia, construiu e instaurou setenta e oito mosteiros por toda a Europa. Ela morreu em 23 de julho de 1373, durante uma romaria à Terra Santa.

Desde então, a Ordem fundada por ela passou a ser dirigida por sua filha, Catarina da Suécia, alcançando notoriedade pelos anos futuros. Canonizada em 1391, apenas dezoito anos após sua morte, santa Brígida já tinha um culto muito vigoroso em todo o mundo cristão da Europa, sendo celebrada no dia de sua morte. O local onde residia em Roma foi transformado em um belíssima igreja dedicada a ela, na praça Farnese.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF