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terça-feira, 16 de agosto de 2022

Arquidiocese lança a ação PARTILHA BRASÍLIA

Foto: Setor de Comunicação - Arquidiocese de Brasília

Arquidiocese lança a ação PARTILHA BRASÍLIA

Na manhã desta segunda-feira (15/08), o auditório Cardeal José Freire Falcão, na Cúria Metropolitana de Brasília, ficou lotado de empresários, agente públicos, autoridades, presidentes e coordenadores de ONG’s, bem como, de padres e fiéis atuantes em diversas realidades pastorais para o lançamento da ação PARTILHA BRASÍLIA.

O evento contou com a presidência do Arcebispo da Capital federal, Dom Paulo Cezar Costa e teve, ao seu lado, o Bispo Auxiliar, Dom José Aparecido, além do Vigário Geral, Padre Eduardo Peters, e o responsável pela organização da solenidade, Frei Rogério Soares, O. de M. , Vigário Episcopal para a promoção humana e obras sociais da Arquidiocese de Brasília.

Frei Rogério Soares iniciou a apresentação da proposta da ação PARTILHA BRASÍLIA, fazendo memória das ações sociais que a Arquidiocese de Brasília sempre realizou desde sua fundação, em 1960, recordando que, na gênese de sua existência, o primeiro Arcebispo, Dom José Newton, já criara a OASSAB, hoje conhecida como Obras Sociais da Arquidiocese de Brasília. Falando da motivação para esta iniciativa, partilhou que, ao saber da situação do mapa da fome no Distrito federal, Dom Paulo Cezar instigou o seu governo arquidiocesano a pensar numa forma de colaborar para que esta situação triste que uma parcela significativa da população passa, pudesse ser olhada com mais atenção pela Igreja e por parceiros os quais pudessem colaborar com a diminuição do sofrimento de tantos.

Foto: Setor de Comunicação - Arquidiocese de Brasília

Em seguida, o Vigário Episcopal para as Obras Sociais apresentou algumas ações que já começam a ser realizadas a partir do lançamento da PARTILHA BRASÍLIA. Inicialmente, o cartão de contatos. Este cartão contém os endereços e contatos dos centros referenciais de ajuda e acolhimento que estarão abertos para realizar este primeiro contato com aqueles que necessitarem: Sede da OASSAB, 601 sul, Paróquia Sagrado Coração de Jesus e Nossa Senhora das Mercês, 615 sul e Santuário São Francisco de Assis, 915 norte. Estes locais estarão ornados com pessoas capacitadas para realizar o processo de escuta, acolhimento e encaminhamento daqueles que procurarem ajuda da PARTILHA BRASÍLIA.

A segunda ação imediata é o programa de microcrédito que está sendo organizado para incentivar o empreendedorismo, dado que, além da ajuda financeira e caritativa, é interesse da Arquidiocese, através de seus parceiros, que as pessoas sejam formadas para conseguirem manter-se, com dignidade, através do próprio trabalho. Também, a ação imediata da entrega de cestas básicas para aqueles que se apresentaram em situações limítrofes, lembrando do lema adotado para o lançamento da ação: “tive fome e me deste de comer.”

Após a apresentação, Dom Paulo Cezar discursou sobre a importância da ação PARTILHA BRASÍLIA e as motivações que levaram ao início dela. “Na celebração de Corpus Christi, refletimos juntos que não dá para celebrar a Eucaristia com a consciência tranquila enquanto tantos irmãos e irmãs estão passando fome.” E continuou: “A Igreja Católica presente em Brasília, envolvendo a sociedade, quer acolher e escutar a história de cada pessoa para ajudá-la a sair da situação de pobreza e exclusão; ajudar a se transformarem em sujeitos da própria história. Queremos ser uma Igreja missionária onde todos sejam tocados pela presença de Jesus Cristo.”

O Arcebispo ainda destacou que “os novos problemas exigem soluções para o hoje. Os problemas mudaram, as respostas também devem mudar para resolver as dificuldades. Esse projeto quer nos tirar da indiferença para com o outro”, e sobre o lugar do próximo, Dom Paulo relembrou da importância de saber escutar, destacando a parábola do samaritano: “é preciso encontrar o outro através de uma escuta qualificada para sair da indiferença em relação aos pobres e excluídos, como o evangelho mostra na parábola do samaritano.”

Foto: Setor de Comunicação - Arquidiocese de Brasília

Após a fala de Dom Paulo Cezar, Frei Rogério Soares fez a leitura da carta de intenções que foi assinada pelo Arcebispo e pelos parceiros iniciais da ação: Embaixada da Taiwan no Brasil, SESC, SENAC, FECOMÉRCIO, FIBRA, SESI, SENAI, Centro Universitário UNIEURO, Mercados BIGBOX/ULTRABOX, Campeão da Construção, Secretaria de Trabalho do DF, Secretaria de Justiça do DF, Programa Providência, Obras Sociais da Arquidiocese de Brasília, Programa Coração Aberto e Serviço Fraterno Santa Dulce dos Pobres.

Para mais informações sobre a ação PARTILHA BRASÍLIA, entre em contato com o Vigário Episcopal para a promoção humana e obras sociais, Frei Rogério Soares:

(61) 9 8348-8879

Ou com as Obras Sociais da Arquidiocese de Brasília

Telefone: (61) 3223-8431

Endereço: SGAS 601 Módulo 3, conjunto Bom Jesus – Asa Sul – Brasília – DF

E-mail: oassab@terra.com.br

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

segunda-feira, 15 de agosto de 2022

Envelhecer: Fracasso? Sabedoria? (Parte 2)

Guadium Press

Envelhecer: Fracasso? Sabedoria? (Parte 2)

 POR PROF. FELIPE AQUINO

De resto, a juventude psicológica é mais importante do que a juventude biológica ou etária.

Quem se habitua, na idade juvenil, a vier para um grande ideal ou para as causas nobres, enfrentando corajosamente os desafios que daí resultam, pode entrar na velhice com o espírito jovem e conservar uma perene juventude; seja durante a vida inteira fiel aos seus nobres propósitos e alimente o destemor necessário para cultivá-los, e terá o essencial da juventude, mesmo dentro das limitações físicas impostas pela idade senil. É jovem o ancião que procura recuperar-se prontamente de suas feridas e que faz dos obstáculos trampolim para ser magnânimo e generoso,… aquele que, apesar das suas misérias, não deixa de recomeçar diariamente… Ao contrário, é velho quem, na década dos vinte anos, se entrega ao pessimismo e ao desânimo.

Com outras palavras: não envelhece tão facilmente aquele que pensa em servir mais do que em ser servido,… aquele que se mantém na atitude de disponibilidade que tinha em suas primeiras décadas de vida. Essa disponibilidade duradoura está ancorada no amor de Deus e ano amor a Deus que cada cristão deve trazer dentro de si. Diz S. Agostinho: “Quem é amado por Deus, não envelhece, pois traz dentro de si Aquele que é mais jovem do que todos”.

São precisamente estas verdades que os trechos subsequentes, publicados à guisa de Apêndice, procuram ilustrar.

A propósito recomenda-se ROMANO GUARDINI, As idades da Vida. Ed. Quadrante, Rua Iperoig 604, 05016 São Paulo (SP).

Apêndice

À guisa de complemento, acrescentamos dois belos textos atinentes ao assunto.

Permanecer Jovem
(Anônimo)

Ninguém é velho unicamente por ter vivido um certo número de anos. Só é velho quem abandona o seu ideal. Os anos enrugam a pele do rosto. Mas renunciar ao ideal enruga a alma. O aborrecimento, a dúvida, a falta de segurança, o temor, a falta de objetivos claros e o desespero ao lado do desânimo fazem inclinar e soçobrar o espírito.

A juventude não é um período da vida. É um estado de espírito. Consiste ele numa certa forma da vontade, disposição da imaginação, força das emoções, uma preponderância da coragem sobre a timidez e a sede da aventura sobre o amor à comodidade.

Ser jovem é guardar aos 40, 50, 60, 70 e mais anos o amor ao maravilhoso, a admiração pelas coisas extraordinárias e os pensamentos brilhantes, o desafio intrépido lançado aos acontecimentos, o apetite insaciável da criança (para quem tudo é novo), o senso do lado feliz e alegre da existência.

És jovem, se voltas de teus trabalhos e saídas, calmo, tranquilo, com os olhos inundados de luz, com os ouvidos cheios de melodias e o coração mais dilatado, mais atento aos outros, mais penetrado de sua dignidade e mais convicto da fraternidade que une todos os homens.

És velho, se não gostas mais de flores, nem de árvores, nem de pássaros, nem de melodias. Se não ris mais. Se não te interessas mais por nada de novo, se nada mais queres empreender, nada mais queres melhorar. Se não sabes mais aplaudir. Se tens inveja dos outros, em vez de admirar o que eles realizam. Se te sentas à beira da estrada, maldizendo os transeuntes, em vez de aceitar e estimular os homens que caminham, que buscam e que querem acertar. Se apagas a mecha que ainda fumega, e, ao invés de semear boa semente, choras sobre os campos ressequidos, os jardins sem flores e os pomares sem frutos.

És jovem, se és disponível. Se sabes construir ilhas de paz em ti e em torno de ti.

És velho, se constróis muros de egoísmo e ajudas a construi-los entre os que te cercam.

És tão jovem quanto tua confiança, tão velho quanto tua desconfiança. Tão jovem quanto tua segurança, tão velho quanto teu temor. Tão jovem quanto tua esperança, tão velho quanto teu desespero. És tão jovem quanto tua fé, tão velho quanto tua dúvida.

Permaneces jovem enquanto teu coração for capaz de receber mensagens de beleza, de ardor, de coragem, de grandeza e de ânimo… da terra… de um homem… ou então, do céu… do infinito.

Mas, quando todas as cordas do teu coração estiverem estraçalhadas e seu fundo ficar recoberto das neves do pessimismo e do gelo do cinismo, então é velho. E então… pede a Deus tenha piedade de tua alma.

Não conte os anos!

Héber Salvador de Lima

Não importa quantos anos você complete em seu aniversário…

Você será sempre jovem enquanto o Amor florir em sua vida, enquanto irradiar

Beleza,

Paz,

Esperança,

Coragem, Otimismo, e Pureza de olhar e de coração para todos os que vivem ao seu redor. A continuidade da vida nunca se rompe: o rio corre e avança sempre até perder-se de nossa vista; mas, lá bem longe, debaixo de outros céus e em outros horizontes, ele leva consigo as mesmas águas que recolheu em nossas terras.

São estas mesmas águas do passado que fertilizam e fazem florescer nosso futuro.

São estas mesma águas

– o dia-a-dia, que vivemos – as que dão testemunho ao céu, aos vales e às montanhas, a Deus, aos anjos, aos homens deste mundo, testemunho de que o rio correu muito, mas não envelheceu!

Não importa, portanto, quantos anos

Você viveu até agora…

O importante é saber se ainda existe flor em sua vida:

Fé, Esperança, Amor, Alegria, Otimismo…

O importante é saber se está contribuindo para tornar o mundo mais feliz ao seu redor!

Prossiga, pois, sempre sorrindo, como estas águas marulhantes em demanda do mar…

O rio nunca para nem olha para trás…

E, sobretudo, irmão, nunca se esqueça:

um rio nunca envelhece!

¹ São Paulo fala de uma bela luta (2Tm 4, 7), bela milícia (1Tm 1, 18), bela doutrina (1Tm 4, 6), belo testemunho (1Tm 3,7), bela lei (1Tm 1, 8), belo fundamento (1Tm 6, 19); belo ministro (de Cristo) (1Tm 4, 6)…

D. Estevão Bettencourt, osb
Revista: “PERGUNTE E RESPONDEREMOS”

Nº 339 – Ano 1990 – p. 352

Fonte: https://cleofas.com.br/

A exigente paternidade dos dias de hoje

LightField Studios | Shutterstock
Por Francisco Borba Ribeiro Neto

A autoridade paterna é fundamental nesse processo. Deve ser entendida não como o poder de ordenar, de comandar; mas sim como a capacidade de ajudar a crescer.

O sr. Francisco Vieira Coelho foi um comerciante com uma vida simples, igual a de tantos outros imigrantes que vieram para São Paulo. Eu o conheci porque era pai de um amigo, professor universitário com pós-graduação na Europa. Em certo aspecto, ele representava bem o choque cultural e generacional que marcou e continua marcando tantas famílias no Brasil e no mundo contemporâneo.

“Seu” Francisco, contudo, tinha um diferencial, razão pela qual começo com ele esse artigo. Quando o conheci e à sua família, pareceu-me ver, em sua simplicidade acolhedora, simultaneamente um demiurgo (divindade criadora do mundo). De alguma forma, tudo que o circundava parecia remeter a uma força criadora e a uma paternidade que se ocultava nas ninharias da vida cotidiana. Por isso, nenhum outro homem me remeteu tanto à figura de Deus Pai criador quanto ele.

A dificuldade em ser um bom pai

O grande problema é que pouquíssimos homens têm o dom de viver como ele. Por outro lado, pais excepcionais tendem a se tornar modelos aparentemente inalcançáveis para seus filhos, criando um outro tipo de problema. Os jovens sentem-se incapazes de construir uma vida como a de seus pais e isso os desestimula a tentar seguir uma vida como a dos genitores.

Não se trata aqui de culpar pais ou filhos, seja pelo excesso, seja pela falta, mas apenas de constatar o quanto a paternidade é difícil na sociedade atual. Se é difícil, também é particularmente necessária. Diante da pluralidade cultural de hoje em dia, a pessoa necessita de um primeiro modelo com o qual comparar as novas opções com as quais se defronta. Sem uma base de comparação, por mais inteligente e bem informada que seja, não consegue fazer uma opção livre e consciente sobre quais caminhos seguir.

A figura paterna continua fundamental

Ainda hoje, apesar das muitas transformações pelas quais nossa sociedade tem passado, a figura paterna representa como que um arquétipo da vida pública, das normas, dos desafios e dos sentidos que os filhos encontrarão no mundo, enquanto a mãe representa mais um arquétipo de intimidade, afeto e acolhida. Esses dois modelos não estão obrigatoriamente ligados ao sexo biológico. Com as mudanças no mundo trabalho e a maior divisão de tarefas no lar, as diferenças entre os dois papéis tendem a não ser tão nítidas. Mães e pais que tiveram que criar sozinhos seus filhos, por viuvez ou qualquer outro fator, frequentemente incorporam essas duas dimensões na mesma pessoa. 

Constatar um certo esquematismo na construção da figura paterna tradicional e o autoritarismo patriarcal não implica em negar a importância do pai para o desenvolvimento adequado da pessoa – apenas nos mostra o quão mais difícil é essa tarefa no contexto atual.

Não faltam artigos com indicações e conselhos referentes à paternidade em Aleteia. Como sempre saliento em meus artigos, meu foco é mostrar como nossa cultura molda nossa mentalidade e como podemos afirmar nossa identidade católica num contexto cultural que, no mínimo, não nos é favorável.

O risco de educar

Dom Luigi Giussani (1922-2005) foi um grande educador católico. Percebeu, na Itália dos anos ’50, que o catolicismo ainda era hegemônico na organização da sociedade, mas não era mais comunicado de forma convincente aos jovens. Dedicou toda a sua vida a superar essa situação. Um de seus livros mais significativos chama-se, emblematicamente, Educar é um risco (São Paulo: Companhia Ilimitada).

No livro, ele constata que, numa sociedade plural, todo educador tem que enfrentar o risco de não ser aceito pelo educando. Diante de tantos caminhos e modelos apresentados nas escolas, nas mídias, nos grupos de amigo ou entre os colegas de trabalho, nada garante que os filhos abraçarão o modo de ser recebido na educação familiar. Os pais têm que estar preparados para isso, saber que são eles próprios “hipóteses” de realização humana que são oferecidas a seus filhos – hipóteses que serão verificadas tanto na observação da vida paterna quanto pela prática dos ensinamentos recebidos ao longo da própria vida dos filhos. Mesmo já velhos, com os pais já falecidos, ainda estamos “verificando” alguns ensinamentos familiares, concordando com uns e revisando outros…

Três pontos de atenção

Para a compreensão da paternidade no mundo, em todas as épocas, mas particularmente nessa, a visão educativa de Dom Giussani traz três contribuições significativas:

1) Como todos os educadores, os pais, mais que propor ideias ou normas morais, propõem a si mesmos a seus filhos. As ideias e as normas são apreendidas na medida em que fazem sentido a partir do modo de ser do pai, em sua totalidade. Evidentemente é importante encontrar as melhores formas de propor um modo de vida sadio aos filhos, mas essas formas não são eficazes se não condizem com o modo de ser dos pais. Não se trata de uma simples questão de coerência moral, de fazer aquilo que se diz. Todo ser humano tem algum grau de incoerência e contradição, pelo simples fato de ser pecador. Até a incoerência é educativa se inserida num modo de ser que, ao mesmo tempo, é realizado e busca o bem, sem apegar-se a si mesmo. Ser feliz e dedicado ao bem dos filhos não resolve todos os desafios educativos que um pai enfrenta, mas são duas condições necessárias para que ele possa ser realmente um fundamento para a educação dos filhos.

2) A autoridade paterna é fundamental nesse processo. Deve ser entendida não como o poder de ordenar, de comandar; mas sim como a capacidade de ajudar a crescer. Autoridade deriva do latim auctus, particípio de augere, verbo que pode ser traduzido como aumentar, aprimorar ou crescer. A autoridade é aquela liderança que ajuda a crescer, não tanto aquela que tem o poder. A criança pequena e mesmo o jovem precisam de indicações claras para se orientarem na vida e poderem crescer, mas essas indicações não podem se tornar imposições sem sentido. O filho percebe o valor da obediência na medida que reconhece que as indicações paternas o ajudam a crescer. O pai não pode se omitir, mas deve sempre estar procurando a forma mais adequada de ajudar o crescimento dos filhos – o que nem sempre acontece pelos caminhos mais óbvios.

3) Surge um momento que todo jovem precisa verificar a veracidade daquele modo de ser que recebeu de seus pais. Isso implica em experimentação, confronto de ideias, busca de outros modelos. Proteger os filhos desse confronto com o mundo não os tornará mais seguros. Pelo contrário, eles serão mais inseguros e retraídos, com medo dos questionamentos dos outros, incertos diante da aparente felicidade de outros (mesmo que ela seja apenas ilusória). Nesse confronto, o que garante o futuro dos jovens é a própria graça de Deus, a força do testemunho de felicidade e bondade recebido dos pais e um acompanhamento, forçosamente discreto e respeitoso,  feito não só pelos pais, mas também pela comunidade – pois é sempre muito difícil educar os jovens sem uma comunidade que acompanha tanto os pais quanto os filhos em seu caminho rumo a Cristo.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

O mistério da Igreja

Celebração da Paixão do Senhor (02/04/2022)  (Vatican Media)

"A Igreja, sendo uma realidade visível e histórica, é, no fundo, a realidade histórica do desígnio de salvação que nasce da Trindade e que à ela conduz. O mistério de Deus operado em Cristo por meio da Igreja tem, pois, como contraponto o mistério da iniquidade. É a ação de satanás que põe obstáculos à ação salvadora de Deus. Mas a vitória final dos eleitos e escolhidos tem em sua base e fundamento o mistério pascal de Cristo."

Jackson Erpen - Cidade do Vaticano

“É na Igreja que Cristo realiza e revela o seu próprio mistério, como a meta do desígnio de Deus: «recapitular tudo n'Ele». São Paulo chama «grande mistério» à união esponsal de Cristo e da Igreja. Porque está unida a Cristo como a seu esposo, a própria Igreja, por seu turno, se torna mistério. E é contemplando nela este mistério, que S. Paulo exclama: «Cristo em vós — eis a esperança da glória!» (CIC 772).”

Dando sequência a sua série de reflexões sobre a Igreja, padre Gerson Schmidt* nos fala hoje sobre "O mistério da Igreja":

"O Concílio se voltou à teologia do Mistério da Igreja. A Igreja só pode ser entendida como é, como o mistério de salvação, que nascendo no seio da Trindade, se realiza em Cristo por obra do Espírito Santo para introduzir os homens na família de Deus, superando o pecado e a morte[1]. A Igreja não nasce de iniciativa humana no intento de superar os limites e sofrimentos humanos. Não é uma fraternidade puramente social nem consequências de forças puramente humanas. A Igreja é superior ao tempo e está preparada desde toda a eternidade no desígnio salvador de Deus Pai em Cristo.

No Cristianismo, se fala do mistério de Cristo que o homem não pode conquistar por sua inteligência, tão somente por suas próprias forças e cumprimento exaustivo da lei, senão recebendo somente como dom e graça do alto. Jesus mesmo diz: “Ninguém vem a mim, se o Pai, que me enviou, não o atrair”(Jo 6,44).

Muitos teólogos escrevem sobre o Mistério da Igreja: Casel, Congar, Romano Guardini, Philips e outros. O Teólogo Collantes aponta assim: “A Igreja é vida e ação de Deus sobre a história humana. Cada indivíduo é uma pequena Igreja, porque no mais íntimo da decisão pessoal se desenrola o drama de sua própria entrega à ação salvadora de Deus ou de sua frustração como escolhido. A Igreja, em grande, não é outra coisa senão a socialização da ação divina que se realiza comunitariamente em todos aqueles que aceitam a chamada de Deus”[2].

Enquanto Cristo é o sacramento do Pai, temos que entender que a Igreja é o sacramento de Cristo, como sinal que tem presente entre nós o mistério do desígnio salvador de Deus. São Paulo fala da teologia do mistério quando aponta que o mistério escondido desde toda a eternidade, tem sido revelado e tem se manifestado em Cristo Jesus, chegando ao conhecimento das nações por meio do Evangelho e a pregação, para conduzir-nos à fé e à obediência. “A Igreja é a realização efetiva do mistério. A Igreja é o mistério de Cristo tornado visível através dos séculos. O plano de salvação não é só revelado ou proclamado por meio do Evangelho, mas também é realizado efetivamente pela Igreja. Como Cristo é o mistério de Deus tornado visível, assim a Igreja é o mistério (aqui poderíamos dizer sacramento) de Cristo tornado visível nos séculos. Neste sentido, ‘mistério” é equivalente a ‘sacramento’: Cristo, sacramento de Deus; a Igreja, sacramento de Cristo”[3].

A Igreja, sendo uma realidade visível e histórica, é, no fundo, a realidade histórica do desígnio de salvação que nasce da Trindade e que à ela conduz. O mistério de Deus operado em Cristo por meio da Igreja tem, pois, como contraponto o mistério da in equidade. É a ação de satanás que põe obstáculos à ação salvadora de Deus. Mas a vitória final dos eleitos e escolhidos tem em sua base e fundamento o mistério pascal de Cristo. Por isso, toda a importância da Igreja deriva de sua relação com Cristo. Na Igreja se tem presente a páscoa do Senhor, que é nossa salvação. Se compreende assim que mistério e sacramento vem a ser o mesmo. Por isso, o termo latino “sacramentum” se traduz em termo grego “mysterion”. É na Eucaristia, segundo a linguagem paulina, que a Igreja se congrega como Corpo do Senhor, pois nos alimentamos com o mesmo pão e formamos a mesma família (cf. 1Cor 10,17). A LG, no número 26, aponta que o mistério da Igreja se realiza ali onde se reúnem os fiéis mediante a pregação e se alimentam do corpo do Senhor, sob a presidência do pastor."

*Padre Gerson Schmidt foi ordenado em 2 de janeiro de 1993, em Estrela (RS). Além da Filosofia e Teologia, também é graduado em Jornalismo e é Mestre em Comunicação pela FAMECOS/PUCRS.

____________________

[1] SAYÉS, José Antonio. La Iglesia de Cristo, Curso de Eclesiologia, Editora Pelicano, Madrid, 1999, p.25.

[2] J. COLLANTES, La Iglesia de la palavra, Madrid, 1972, I, 108.

[3] SAYÉS, José Antonio. La Iglesia de Cristo, Curso de Eclesiologia, Editora Pelicano, Madrid, 1999, p. 28.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Diferentes títulos de Nossa Senhora recordam o dogma da Assunção da Virgem

Nossa Senhora da Assunção / Facebook Caminhada com Maria
Por Natália Zimbrão

REDAÇÃO CENTRAL, 14 ago. 22 / 12:00 pm (ACI).- No dia 15 de agosto, a Igreja celebra a solenidade da Assunção da Virgem Maria e diversas devoções marianas, como Nossa Senhora da Glória, da Boa Viagem, da Boa Morte, da Guia, da Abadia, da Ponte. Segundo o especialista em mariologia Vinícius Paiva, todos esses títulos “giram em torno do mistério da Assunção, que é um dogma da nossa fé”.

Em 1950, através da constituição apostólica Munificentissimus Deus, o papa Pio XII definiu esse dogma, ao afirmar que “a Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre foi assunta em corpo e alma à glória celestial”.

Segundo Vinícius Paiva, esse “mistério da fé” pode ser contemplado por diferentes ângulos e, “dependendo do ângulo que você contempla, tem uma devoção que se desenvolve”. Assim, “por exemplo, se você olha para o mistério da Assunção e enxerga nele a confirmação da vitória sobre a morte alcançada com a ressurreição de Cristo, confirmada com a Assunção de Maria, essa Nossa Senhora passa a ser Nossa Senhora da Boa Morte, porque a morte não é mais o fim, não tem mais domínio sobre Maria, por isso, seu corpo, sua pessoa viva é assunta aos céus. Nós estamos contemplando o dogma da Assunção pelo ângulo da morte. Agora, se contemplar sobre o ângulo da glória, essa Maria assunta aos céus é Aquela que foi glorificada, que está na glória”, disse.

Entre as diversas devoções a Nossa Senhora recordadas em 15 de agosto, algumas chamam a atenção por seus títulos diferentes ou por serem mais locais. Uma dessas é Nossa Senhora da Ponte, padroeira da cidade e arquidiocese de Sorocaba (SP). Nessa cidade está a única catedral que venera a Mãe de Deus com este título.

Segundo o site da catedral de Sorocaba, esta devoção de origem portuguesa pode ter uma explicação geográfica e outra teológica. “A primeira seria a capela junto a uma ponte na cidade de Ponte de Lima, em Portugal, existente até hoje. A outra nasce da função de todas as pontes: unir o que está separado, aproximar o que está distante, encurtar as distâncias, pois ao gerar em seu virginal ventre o Salvador Maria torna-se essa ‘ponte’ que une o céu à terra e assim nos aproxima de Deus”.

Enfim, afirmou Vinícius Paiva, “o mesmo mistério comporta diferentes ângulos de contemplação e, portanto, diferentes devoções. O ponto central é o mistério da Assunção de Maria, é esse dogma que está brilhando, que a Igreja celebra como uma solenidade no dia 15 de agosto, e estas devoções, esses títulos derivam dessa solenidade, dessa contemplação”.

O padre Márcio Ruback, do santuário Nossa Senhora da Abadia, em Romaria (MG), chamou a atenção para o fato de que, embora sejam diferentes títulos atribuídos à Virgem Maria e com imagens diferentes, todas essas imagens das devoções celebradas em 15 de agosto “mostram Maria assunta aos céus, com os anjos em volta”. No caso da Abadia, o sacerdote afirmou que esse termo significa “casa do Pai”, ou seja, “é a Virgem Maria que volta para o Pai”.

Assim como Nossa Senhora da Ponte, também Nossa Senhora da Abadia e outras devoções marianas celebradas em 15 de agosto tiveram origem em Portugal e hoje estão enraizadas no Brasil, honradas como padroeiras de diferentes cidades. Entre elas, estão Nossa Senhora da Boa Viagem, padroeira de Belo Horizonte; Nossa Senhora do Porto da Eterna Salvação, padroeira de Andrelândia (MG); Nossa Senhora da Guia, padroeira de Acari (RN), cuja igreja foi elevada a basílica menor em março deste ano.

Segundo o especialista em mariologia, Vinícius Paiva, “nossa devoção mariana do Brasil é muito devedora, quase em sua totalidade, a Portugal”. Apesar de haver no país algumas devoções por influência de outras culturas, Paiva disse que, “em função da colonização portuguesa e do fato de o povo português ser bastante mariano, desde a época que o Brasil foi colonizado, essas devoções foram trazidas de Portugal e nós acabamos assumindo os desdobramentos do caráter devocional do povo português. É uma boa herança”.

“Todas as igrejas, as devoções, as confrarias, as irmandades, os títulos, as imagens marianas, o próprio costume brasileiro de se reportar a uma imagem da Virgem Maria, isso se deve à grande devoção da cultura portuguesa à pessoa de Maria” e que veio para o Brasil como uma “bonita contribuição para a nossa formação católica”, disse.

Festejos por todo o país

Como muitas cidades e dioceses no Brasil possuem Nossa Senhora como padroeira e a celebram em 15 de agosto, em diferentes partes do país é possível encontrar uma grande festa dedicada à Mãe de Deus neste dia. Uma dessas celebrações é de Nossa Senhora da Abadia que, segundo padre Ruback, “é a quarta maior devoção do Brasil em número de fiéis e a maior de Minas Gerais”, chegando a reunir 500 mil pessoas. 

Em Fortaleza (CE), que tem como padroeira Nossa Senhora da Assunção, a Caminhada com Maria é um tradicional evento em honra à Virgem. Em 2019, reuniu mais de 2 milhões de pessoas pelas ruas da cidade. Os fiéis fazem um percurso de aproximadamente 12,5 quilômetros entre o santuário de Nossa Senhora da Assunção e a catedral metropolitana. Em 2015, foi reconhecida como patrimônio cultural imaterial do Brasil. 

Em Belo Horizonte, cuja padroeira é Nossa Senhora da Boa Viagem, a festividade também possui um tradicional evento chamado Caminhada com Maria. A imagem da Virgem é levada por diversas igrejas da cidade dedicadas a Maria. 

Para o especialista em mariologia, Vinícius Paiva, “é muito importante nos locais onde se celebram esses feriados religiosos dedicados a Maria que se viva de maneira digna, de maneira honrosa, de maneira celebrativa, comunitária, para que se mantenha viva a cultura da devoção mariana” frente a uma “tendência de laicidade” na sociedade.

Paiva afirmou que tais celebrações possuem uma importância histórica e cultural no Brasil, mas sobretudo religiosa. Segundo ele, os católicos devem aproveitar as celebrações de 15 de agosto para “celebrar o nosso amor filial à Virgem Maria, reconhecer no dogma da Assunção a nossa própria vocação ao céu. O céu, a eternidade com Deus, não pode ser esquecido”.

“Celebrar o dogma da Assunção e todos os outros títulos vinculados a esse acontecimento da nossa fé é sim reavivar a nossa vocação ao céu, aquilo que será a nossa condição final. Maria já é aquilo que seremos e Ela já está onde um dia estaremos”, concluiu.

Fonte: https://www.acidigital.com/

A Solenidade da Assunção da Bem-aventurada Virgem Maria

Assunção de Nossa Senhora  (©Pavle - stock.adobe.com)
15 de agosto

A Solenidade da Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria, em corpo e alma ao Céu, é um sinal eloquente do que, não só a "alma", mas também a "corporeidade" confirmam que "tudo era muito bom" (Gn 1,31), tanto que, como aconteceu com a Virgem Maria, também a "nossa carne" será elevada ao céu.

Vatican News

A Solenidade da Assunção da Bem-aventurada Virgem Maria é celebrada no dia 15 de agosto, desde o século V, com o significado de "Nascimento para o Céu" ou, segundo a tradição bizantina, de "Dormição". Em Roma, esta festa era celebrada desde meados do século VII, mas foi preciso esperar até 1° de novembro de 1950, quando Pio XII proclamou o Dogma da Assunção de Maria, elevada ao céu em corpo e alma.

No Credo Apostólico, professamos a nossa fé na "ressurreição da carne" e na "vida eterna", fim e sentido último do caminho da vida terrena. Esta promessa de fé cumpriu-se em Maria, sinal de “consolo e esperança” (Prefácio). Trata-se de um privilégio de Maria, por ser intimamente ligado ao fato de ser Mãe de Jesus: visto que a morte e a corrupção do corpo humano são consequências do pecado, não era oportuno que a Virgem Maria - isenta de pecado - fosse implicada nesta lei humana. Daí o mistério da sua "Dormição" ou "Assunção ao céu".

O fato de Maria ter sido elevada ao céu é motivo de júbilo, alegria e esperança para nós: "Já e ainda não". Uma criatura de Deus, Maria, já está no Céu e, com ela e como ela, também nós, criaturas de Deus, estaremos um dia. Portanto, o destino de Maria, unida ao corpo transfigurado e glorioso de Jesus, será o mesmo destino de todos os que estão unidos ao Senhor Jesus, na fé e no amor.

É interessante notar que a liturgia - através dos textos bíblicos, extraídos do livro do Apocalipse e de Lucas – nos leva não tanto a refletir sobre o canto do Magnificat, mas a rezar. O Evangelho sugere ler o mistério de Maria à luz da sua oração, o Magnificat: o amor gratuito, que se estende de geração em geração; a predileção pelos simples e pobres encontra em Maria o melhor fruto: poderíamos dizer que é a sua obra-prima, um espelho no qual todo o Povo de Deus pode refletir seus próprios lineamentos.

A Solenidade da Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria, em corpo e alma ao Céu, é um sinal eloquente do que, não só a "alma", mas também a "corporeidade" confirmam que "tudo era muito bom" (Gn 1,31), tanto que, como aconteceu com a Virgem Maria, também a "nossa carne" será elevada ao céu. Isto, porém, não quer dizer que somos isentos do nosso compromisso com a história; pelo contrário, é precisamente o nosso olhar, voltado para a Meta, o Céu, a nossa Pátria, que nos dá o impulso para nos comprometermos com a vida presente, nas pegadas do Magnificat: felizes pela misericórdia de Deus, atenciosos com todos nossos irmãos e irmãs, que encontramos ao longo do caminho, começando pelos mais fracos e frágeis.

Proclamação do Dogma

"Pelo que, depois de termos dirigido a Deus repetidas súplicas, e de termos invocado a paz do Espírito de verdade, para glória de Deus onipotente que à virgem Maria concedeu a sua especial benevolência, para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e triunfador do pecado e da morte, para aumento da glória da sua augusta mãe, e para gozo e júbilo de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos s. Pedro e s. Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que: a imaculada Mãe de Deus, a sempre virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial" (Pio XII, Munificentissimus Deus, 1º de novembro de 1950).

Evangelho do dia:

«Naqueles dias, Maria se levantou e foi às pressas às montanhas, a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. E exclamou em alta voz: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor? Pois assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio. Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas!”. E Maria disse:

“Minha alma glorifica ao Senhor,

meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador,

porque olhou para sua pobre serva.

Por isso, desde agora, me proclamarão bem-aventurada

todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas

aquele que é Poderoso e cujo nome é Santo.

Sua misericórdia se estende, de geração em geração,

sobre os que o temem.

Manifestou o poder do seu braço:

desconcertou os corações dos soberbos.

Derrubou do trono os poderosos

e exaltou os humildes.

Saciou de bens os indigentes

e despediu de mãos vazias os ricos.

Acolheu a Israel, seu servo,

lembrado da sua misericórdia,

conforme prometera a nossos pais,

em favor de Abraão e sua posteridade, para sempre”.

Maria ficou com Isabel cerca de três meses. Depois voltou para casa» (Lc 1,39-56).

Dar louvor

Hoje, com o seu Magnificat, a Virgem Maria nos ensina a dar louvor e glória a Deus. Com este convite, por meio do qual a Virgem Maria é contemplada na glória, ela nos exorta a superar o nosso modo exagerado de encarar os problemas e dificuldades habituais. Maria é capaz e, hoje, nos ensina também a olhar a vida de outro ponto de vista: o nosso coração é bem maior que os nossos pecados; e, se o nosso coração nos censurar, Deus é maior que o nosso coração! (cf. 1 Jo 3,20). Logo, não se trata, de uma ilusão, como se não houvesse problemas na vida, mas de valorizar a beleza e o bem que existe na vida, sabendo dar graças a Deus por tudo isso! Dessa forma, até os problemas se tornam relativos.

Deus surpreende

Outro aspecto, que merece destaque neste dia, é o fato de Maria ser virgem e Isabel estéril. Deus é aquele que vai “além”, que surpreende com a sua ação salvífica providencial.

A Meta

Maria encontra-se na glória de Deus; ela alcançou a Meta, onde, um dia, todos nos encontraremos. Eis porque, hoje, Maria é sinal de consolação e esperança, pois, se ela, criatura como nós, conseguiu, também nós conseguiremos. Mantenhamos nosso olhar e coração fixos naquela Mulher, que nunca abandonou seu Filho Jesus e, com Ele, agora, goza da alegria e da glória celeste. Confiemos em Maria! Que ela nos ajude a percorrer o caminho da vida, reconhecendo as grandes coisas, que Deus faz em nós e em torno de nós, sendo capazes de engrandecê-Lo com o Canto da nossa existência!

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF