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quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Iniciativa na arquidiocese do Rio reza por bebês em risco de aborto

Dom Tiago Stanizlaw / Adoção Espiritual | ACI Digital

RIO DE JANEIRO, 17 ago. 22 / 12:33 pm (ACI).- “Nossa oração deveria estar no início de todas as iniciativas pró-vida”, disse o bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ), dom Tiago Stanislaw, que está à frente do projeto Adoção Espiritual. É comum “procurar fazer alguma coisa, pensar, planejar e só no final se lembrar de Deus para pedir que ajude no bom êxito de um plano, quando, na verdade, deveria ser o contrário”, disse o bispo auxiliar à ACI Digital.

A iniciativa que lidera propõe a oração diária por um bebê em risco de ser abortado. O projeto teve início na Europa, chegou ao Brasil em 2000, foi oficializado na arquidiocese carioca em 2020 e já conta com milhares de pais e mães espirituais no país.

Na adoção espiritual a pessoa se compromete a rezar diariamente, durante nove meses, na intenção de um bebê concebido e ameaçado pelo aborto. Mas, segundo dom Tiago Stanislaw, “não é apenas cumprir uma obrigação” de rezar todos os dias, mas sim de “exercer a maternidade e a paternidade espiritual”. “Trata-se de dar meu amor, meu carinho para esta criança através da minha oração”, disse à ACI Digital.

Para o bispo auxiliar do Rio, “a oração é a primeira atitude, a mais importante que devemos procurar” na causa em defesa da vida. “Uma vez que nos dirigimos a Deus na nossa oração, é como se estivéssemos dizendo: ‘Senhor, queremos estar contigo a favor desta vida’”, afirmou.

Além disso, afirmou que a oração “é um modo de zelar por alguém que está precisando”. “Neste caso da adoção espiritual, as crianças ameaçadas pelo aborto, de fato, estão precisando desta proteção, de uma graça para que possam sobreviver a esta ameaça e nascer com tranquilidade”.

Segundo dom Stanislaw, para participar do projeto, não é preciso conhecer uma situação concreta em que um bebê em gestação corra o risco de ser abortado. “Compreendemos que Deus conhece todas as realidades e Ele sabe onde se encontra uma criança nesta situação. Então, acreditamos que nossa oração vai ao encontro de uma situação real, porém uma situação que não conhecemos. E, na realidade, nem precisamos conhecer, porque, neste caso, trata-se de um amor dado de coração e Deus encaminha esta oração para beneficiar aquela criança que neste momento está precisando mais desta oração”, declarou.

Dom Tiago Stanislaw disse que conheceu a adoção espiritual durante a juventude em seu país natal, a Polônia, e começou a participar da iniciativa. “Quando vim para o Brasil em 2000, comecei a divulgar na minha primeira paróquia, que era São Judas Tadeu, em Bangu, no Rio de Janeiro”, contou.

Em 2020, o projeto foi lançado oficialmente na arquidiocese do Rio de Janeiro como gesto concreto da Semana Nacional da Família, celebrada anualmente no Brasil na segunda semana de agosto. “E o projeto começou a ser conhecido primeiro aqui na nossa arquidiocese e depois em vários lugares do Brasil que estão acolhendo esta iniciativa”, disse.

Ao começar a adoção espiritual, a pessoa deve fazer uma oração de propósito de início da adoção. A partir de então, todos os dias deve rezar um mistério do rosário na intenção do bebê que corre perigo de aborto e uma oração própria entregue pelo projeto. Além disso, pode acrescentar espontaneamente um propósito diário como jejum, penitência, boa ação, leitura bíblica.

Dom Stanislaw afirmou que o começo da adoção pode ser em grupo, com a bênção de envio um sacerdote, mas também de modo particular. A sugestão é que tenha início “em uma solenidade de Nossa Senhora, ou no primeiro sábado do mês, por ser uma proposta mariana”.

O bispo destacou que a adoção espiritual é “primeiramente um projeto a favor da vida” e que, além da criança ameaçada pelo aborto, reza-se também pela mãe. “Não entramos com qualquer propósito de julgar as mulheres que estão nesse dilema. Ao contrário, rezamos por elas, pois sabemos que, ao decidir continuar com a gravidez, beneficiarão o seu filho que vai sobreviver, mas também estão se beneficiando, uma vez que o aborto traz consequências físicas, inclusive em alguns casos a impossibilidade de ter outros filhos, consequências psicológicas e espirituais”. Ora-se também pela família do bebê, porque “é preciso ter o apoio familiar para dar este ambiente, esta força, coragem, para que a mulher possa acolher esta vida e a criança possa vir com tranquilidade e ser esperada”.

Segundo dom Stanislaw, já é possível ver muitos frutos da adoção espiritual, como mensagens que recebem “com sinais de gratidão daqueles que abraçaram a adoção espiritual e sentem uma alegria de participar na defesa, no cuidado pela vida de alguém. Essas pessoas, na conexão com seu filho ou filha espiritual, já se beneficiam. É uma graça que Deus promete quando nós nos doamos a alguém e, com certeza, vem para nós em retorno”, disse.

O bispo recordou “uma situação que aconteceu de um casal que estava durante muitos anos tentando engravidar e, depois de abraçar e acolher a adoção espiritual, de uma maneira milagrosa, de repente, descobriu que estava esperando um filho”.

Além disso, há casos de “retorno de mulheres que passaram pelo aborto e carregam um grande peso por causa dessa decisão que tomaram”. Segundo o bispo, “uma vez abraçando essa campanha, essas mulheres sentem grande alívio”. “Como já escutei uma falar: ‘o próprio Deus está curando o meu coração, este amor dado a uma criança que está precisando agora está curando o meu coração’”.

Para participar da Adoção Espiritual, é possível preencher um formulário e ter acesso às orações no site e no aplicativo do projeto para Android e iOS.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Relatório do CIMI 2021

Indígenas |cnbb

RELATÓRIO DO CIMI APONTA EM 2021 UM NUMERO QUASE TRÊS VEZES MAIOR QUE A VIOLÊNCIA REGISTRADA CONTRA POVOS INDÍGENAS EM 2018

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) lançou na tarde da quarta-feira, 17 de agosto, o Relatório Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil – dados de 2021no auditório dom Hélder Câmara na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília(DF).

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Representantes dos povos indígenas Guarani Kaiowá, Guarani Mbyá, Gaurani Nhandeva, Tupi Guarani e Pataxó dos estados do Mato Grosso do Sul, de São Paulo e Rio de Janeiro deram início ao lançamento do documento com uma saudação cantada em sua língua.

O secretário-executivo do CIMI, Antônio Eduardo C. de Oliveira, na abertura da solenidade, definiu o relatório como uma denúncia contra a dignidade da vida dos povos indígenas. Ele fez um convite a todos os participantes presentes no auditório a fazer um minuto de silêncio pelos 847 indígenas falecidos pela Covid-19.

O bispo auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, saudou aos povos indígenas do Brasil e ao arcebispo de Porto Velho (RO) e presidente do CIMI, dom Roque Paloschi, e a todos os colaboradores pelos 50 anos do organismo. “50 anos dedicados à defesa dos povos indígenas do Brasil”, disse.  Ao lembrar que a CNBB está completando 70 anos, em 14 de outubro, o secretário-geral da CNBB, disse que ao longo de sua história a Conferência vem prestando um serviço que considera indispensável de solidariedade aos mais pobres e vulneráveis.  

cnbb

Dom Joel disse ser necessário apresentar a verdade sobre o que vai acontecendo com os povos indígenas no Brasil mesmo que isto se traduza em dor e mortes. Para o secretário-geral, a forma como o Brasil trata seus povos indígenas diz muito sobre o país como nação. “Um país é julgado pela capacidade de proteger seus filhos e filhas. Num país onde tem violência e morte, a condição de protetor fica altamente questionada”, disse.

A representante do povo Guarani Nhandeva, a vice-cacique Neusa Cunha Takua, disse que a proposta do Marco Temporal é um marco de morte para os povos indígenas. Segundo ela, os povos indígenas não lutam por nenhuma terra alheia, mas apenas pelos territórios que, por direito, pertenceram a seus antepassados. Ela também saudou os 50 anos do CIMI e a presença do organismo junto aos povos indígenas. Durante o lançamento, além das lideranças indígenas, compuseram a mesa o arcebispo de Porto Velho (RO) e presidente do Cimi, dom Roque Paloschi; o secretário executivo do Cimi, Antônio Eduardo Cerqueira de Oliveira; e os organizadores do relatório, Lucia Helena Rangel e Roberto Antonio Liebgott.

Aumento da violência contra povos indígenas e seus territórios

 

cnbb
O relatório, conforme os dados abaixo, aponta que o ano de 2021 foi marcado pelo aprofundamento e pela dramática intensificação das violências e das violações contra os povos indígenas no Brasil. O aumento de invasões e ataques contra comunidades e lideranças indígenas e o acirramento de conflitos refletiram, nos territórios, o ambiente institucional de ofensiva contra os direitos constitucionais dos povos originários.

De acordo com a assessora antropológica do CIMI, Lúcia Helena V. Rangel, e uma das responsáveis pela sistematização do relatório, já são seis anos sem que o Estado Brasileiro não demarque nenhuma terra indígena.  Em seu terceiro ano, o governo de Jair Bolsonaro manteve a diretriz de paralisação das demarcações de terras indígenas e omissão completa em relação à proteção das terras já demarcadas. Se, do ponto de vista da política indigenista oficial, essa postura representou continuidade em relação aos dois anos anteriores, do ponto de vista dos povos ela representou o agravamento de um cenário que já era violento e estarrecedor.

A consequência dessa postura foi o aumento, pelo sexto ano consecutivo, dos casos de “invasões possessórias, exploração ilegal de recursos e danos ao patrimônio”. Em 2021, o Cimi registrou a ocorrência de 305 casos do tipo, que atingiram pelo menos 226 Terras Indígenas (TIs) em 22 estados do país. No ano anterior, 263 casos de invasão haviam afetado 201 terras em 19 estados. A quantidade de casos em 2021 é quase três vezes maior do que a registrada em 2018, quando foram contabilizados 109 casos do tipo.

CIMI | cnbb

Acesse aqui:

O relatório pode ser acessado aqui. 

Papa: a aliança das pessoas idosas e das crianças salvará a família humana

Papa Francisco com uma criança na Audiência geral | Vatican News

"Dar testemunho de fé diante de uma criança é semear aquela vida, dar testemunho de humanidade e de fé é a vocação dos idosos. Dar às crianças a realidade que viveram como testemunho, dar o testemunho. Nós, velhos, somos chamados a isso, a dar testemunho, para que elas o levem em frente." Sabedoria, idosos com seu testemunho credível às crianças, às quais não se deve desmistificar a imagem de um Deus com cabelos brancos, que não é um símbolo bobo, mas uma imagem bíblica, nobre e terna.

Vatican News

“O testemunho dos idosos é credível para as crianças: os jovens e os adultos não são capazes de torná-lo tão autêntico, tão terno, tão pungente, como os idosos podem.”

São as últimas catequeses sobre a velhice, como anunciado pelo Papa na Audiência Geral da última quarta-feira. E na de hoje, Francisco de uma forma quase poética falou desta aliança entre os idosos e as crianças, aliança esta que salvará a família humana.

Sua inspiração são as palavras do sonho profético de Daniel que evocam uma visão de Deus misteriosa e ao mesmo tempo esplêndida, e que são retomadas no Livro do Apocalipse e se referem a Jesus Ressuscitado, que aparece ao Vidente como Messias, Sacerdote e Rei, eterno, onisciente e imutável e lhe diz: "Não temas! Eu sou o Primeiro e o Último, e o que vive. Pois estive morto, e eis-me de novo vivo pelos séculos dos séculos. " Assim – disse o Papa - a última barreira de temor e angústia que a teofania sempre despertou desaparece: o que vive nos tranquiliza:

Neste entrelaçamento de símbolos há um aspecto que talvez nos ajude a entender melhor a ligação desta teofania com o ciclo da vida, o tempo da história, o senhorio de Deus sobre o mundo criado. E este aspecto tem a ver precisamente com a velhice.

Sala Paulo VI - Audiência geral | Vatican News

De fato, explicou, "a visão transmite uma impressão de vigor e força, nobreza, beleza e encanto. O vestido, os olhos, a voz, os pés, tudo é esplêndido. Seus cabelos, porém, são cândidos: como a lã, como a neve. Como os de um idoso".

O termo bíblico mais comum para indicar ancião – acrescentou - é "zaqen": de "zaqan", que significa "barba":

O cabelo branco é o símbolo antigo de um tempo muito longo, de um passado imemorável, de uma existência eterna. Não devemos desmitificar tudo para as crianças: a imagem de um Deus idoso com cabelos brancos não é um símbolo bobo, é uma imagem bíblica, nobre e também terna. A figura que no Apocalipse está entre os castiçais de ouro se sobrepõe à do "Antigo dos dias" da profecia de Daniel. É velho quanto toda a humanidade, e ainda mais. É antigo e novo como a eternidade de Deus.

O Santo Padre recorda que nas Igrejas Orientais, a festa da Apresentação do Senhor, celebrada em 2 de fevereiro, é uma das doze grandes festas do ano litúrgico. Ela destaca o encontro entre a humanidade, representada pelos idosos Simeão e Ana, com Cristo, o Senhor, o Filho eterno de Deus feito homem. "Um belo ícone dele pode ser admirado em Roma nos mosaicos de Santa Maria in Trastevere".

Na liturgia bizantina, o bispo reza com Simeão: 'Este é Aquele que nasceu da Virgem: é o Verbo, Deus de Deus, Aquele que se fez carne para nós e salvou o homem'. E continua: "Que se abra hoje a porta do céu: o Verbo eterno do Pai, tendo assumido um princípio temporal, sem deixar sua divindade, é apresento por sua vontade ao templo da Lei pela Virgem Mãe, e o ancião o toma em seus braços".

Sala Paulo VI - Audiência geral | Vatican News

O Papa recorda ainda as palavras que o bispo reza com Simeão na liturgia bizantina, palavras que expressam a profissão de fé dos quatro primeiros Concílios Ecumênicos, que são sagrados para todas as Igrejas. Mas – acrescentou - "o gesto de Simeão é também o mais belo ícone da especial vocação da velhice: apresentar as crianças que vêm ao mundo como um dom ininterrupto de Deus, sabendo que uma delas é o Filho gerado na intimidade mesma de Deus, antes de todos os séculos":

Assim, a velhice, encaminhada em direção de um mundo no qual finalmente poderá irradiar-se, sem obstáculos, o amor que Deus colocou na Criação, deve realizar este gesto de Simeão e de Ana, antes de partir:

A velhice deve dar testemunho - para mim este é o cerne, o mais central da velhice - a velhice deve dar testemunho às crianças da sua bênção: ela consiste na sua iniciação - bela e difícil - ao mistério de um destino à vida que ninguém pode aniquilar. Nem mesmo a morte. Dar testemunho de fé diante de uma criança é semear aquela vida, dar testemunho de humanidade e de fé é a vocação dos idosos. Dar às crianças a realidade que viveram como testemunho, dar o testemunho. Nós, velhos, somos chamados a isso, a dar testemunho, para que elas o levem em frente.

Sala Paulo VI - Audiência geral | Vatican News

E o testemunho dos idosos – salientou - é credível para as crianças"os jovens e os adultos não são capazes de torná-lo tão autêntico, tão terno, tão pungente, como os idosos podem":

Quando a pessoa idosa abençoa a vida que lhe vem ao encontro, deixando de lado todo o ressentimento pela vida que está partindo, é irresistível.  Não é amargurado porque ot empo passa e ele está por partir, não. É com aquela alegria do bom vinho, do vinho que ficou bom com os anos. O testemunho dos idosos une as idades da vida e as próprias dimensões do tempo: passado, presente e futuro, porque eles não são a memória, são o presente e também a promessa. É doloroso - e prejudicial - ver que as idades da vida são concebidas como mundos separados, em competição entre elas, cada um tentando viver às custas do outro. E isto não está certo. A humanidade é antiga, muito antiga, se olharmos para o tempo do relógio. Mas o Filho de Deus, que nasceu de uma mulher, é o Primeiro e o Último de todos os tempos. Isso significa que ninguém fica fora de sua eterna geração, fora de sua maravilhosa força, fora de sua proximidade amorosa.

Então, do próprio Francisco, uma afirmação também profética: "A aliança das pessoas idosas e das crianças salvará a família humana":

A aliança - e digo aliança - a aliança dos velhos e das crianças salvará a família humana. Onde as crianças, onde os jovens falam com os velhos, há um futuro; se não houver este diálogo entre velhos e jovens, o futuro não é claro. A aliança dos velhos e das crianças salvará a família humana. Poderíamos, por favor, devolver às crianças, que devem aprender a nascer, o testemunho terno dos idosos que possuem a sabedoria do morrer? Esta humanidade, que com todo seu progresso nos parece como um adolescente nascido ontem, será capaz de reavivar a graça de uma velhice que mantém firme o horizonte do nosso destino? A morte é certamente uma passagem difícil na vida, para todos nós: é uma pasagem difícil. Todos nós partiremos, mas não é fácil. Mas a morte é também a passagem que encerra o tempo da incerteza e joga fora o relógio. Pois a beleza da vida, que não tem mais uma data de expiração, começa precisamente ali.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

quarta-feira, 17 de agosto de 2022

São Jacinto

S. Jacinto | arquisp
17 de agosto

São Jacinto

Batizado com o nome de Jacko, ele nasceu em 1183, na antiga Kramien, hoje Cracóvia, na Polônia. Alguns biógrafos dizem que pertencia à piedosa família Odrovaz, da pequena nobreza local. Desde cedo, aprendeu a bondade e a caridade, despertando, assim, sua vocação religiosa. Antes de ingressar na Ordem dos Predicadores de São Domingos, ele era cônego na sua cidade natal.

Foi em Roma que conheceu Domingos de Gusmão, fundador de uma nova Ordem, a dos padres predicadores. Pediu seu ingresso e foi aceito na nova congregação. Depois de um breve noviciado, concluído em Bolonha, provavelmente em 1221, vestiu o hábito dominicano e tomou o nome de frei Jacinto. Na ocasião, foi o próprio são Domingos que o enviou de volta à sua pátria com um companheiro, frei Henrique da Morávia.

Assim iniciou sua missão de grande pregador. O trabalho que ele teria de desenvolver na Polônia fora claramente fixado pelo fundador. Jacinto fundou, em Cracóvia, um mosteiro da Ordem de São Domingos. Depois de pregar por toda a diocese, mandou alguns dominicanos missionários para a Prússia, Suécia e Dinamarca, pois esses países pagãos careciam de evangelização.

O grande afluxo de religiosos à nova Ordem permitiu, em 1225, por ocasião do capítulo provincial, que se decidisse a fundação de cinco novos mosteiros na Polônia e na Boêmia.

Passados três anos, após ter participado do capítulo geral da Ordem em Paris, foi para Kiev, na Rússia, onde desenvolveu mais uma eficiente missão evangelizadora, levando a Ordem dos dominicanos para aquela região.

Jacinto foi um incansável pregador da Palavra de Cristo e um dos mais pródigos colaboradores do estabelecimento da nova Ordem naquelas regiões tão distantes de Roma. Foram quarenta anos de intensa vida missionária.

No ano dia 15 de agosto 1257, morreu no Mosteiro de Cracóvia, Polônia, consumido pelas fadigas, aos setenta e dois anos de idade. Considerado pelos biógrafos uma das glórias da Ordem Dominicana, foi canonizado em 1524 pelo papa Clemente VII.

A festa de são Jacinto, o "apóstolo da Polônia", era tradicionalmente celebrada um dia depois da sua morte, mas, em razão da veneração da Assunção de Maria, foi transferida para o dia 17 de agosto.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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JMJ 2023: hino marca a caminhada dos jovens até à Jornada

Padre João Paulo Vaz, autor do hino JMJ 2023 

O padre João Paulo Vaz é o autor da letra do hino da JMJ Lisboa 2023 e em entrevista à Agência Ecclesia sublinhou a importância do hino para as vivências dos jovens que participam no encontro.

Rui Saraiva - Portugal

Na preparação para uma Jornada Mundial da Juventude (JMJ) o hino é um elemento aglutinador e ferramenta essencial no trabalho de animação no contacto com os jovens.

A Agência Ecclesia, num trabalho da jornalista Sónia Neves, entrevistou o padre João Paulo Vaz, o autor da letra do hino da JMJ Lisboa 2023. O sacerdote afirmou que na escrita da letra do hino procurou fazer a “ponte temática “entre a Jornada do Panamá e a de Lisboa aprofundando a inspiração mariana comum aos dois encontros.

O sacerdote da diocese de Coimbra salientou também que o hino é “uma marca importante em cada edição” influenciando “todas as etapas” e fazendo recordar toda a caminhada de preparação para a JMJ.

“A música tem o condão de marcar memórias: se ouço uma música lembro-me do momento que marcou, traz a memória do coração, as recordações e vivências, sendo um hino da JMJ e toda a envolvência, com toda a preparação que é um crescendo, é acompanhado sempre pelo hino” – explicou o sacerdote.

O padre João Paulo Vaz participou em seis edições da JMJ, mas recorda a Jornada de Paris em 1997 com especial carinho, destacando a “envolvência e sentido de universalidade” aquando da participação num “cordão ininterrupto de cerca de 800 mil jovens à volta de Paris”.

A um ano da edição de Lisboa, o padre João Paulo Vaz, na sua entrevista à Agência Ecclesia, defende a necessidade de entusiasmar os jovens para este grande evento que é a JMJ.

O encontro está marcado com os jovens de todo o mundo e com o Papa Francisco e terá lugar de 1 a 6 de agosto de 2023 na capital portuguesa.

A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) é um encontro dos jovens de todo o mundo com o Papa. Foi instituída por João Paulo II, em 1985. A primeira edição aconteceu em 1986, em Roma, e desde então a JMJ já passou pelas seguintes cidades: Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).

No dia 27 de janeiro de 2019, na conclusão da JMJ do Panamá, foi anunciado que a escolha para seguinte edição seria Lisboa. 

A Rádio Vaticano e o Vatican News continuam a acompanhar a preparação da Jornada Mundial da Juventude que decorrerá em Lisboa em agosto de 2023.

Laudetur Iesus Christus

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Guerra na Ucrânia já destruiu 162 edifícios religiosos

@donbass.pravoslavniy
Por Francisco Vêneto

"Tentam destruir a nossa memória para que não reste nada que nos conecte com as nossas raízes. Infelizmente, isso acontece quase todos os dias."

A guerra na Ucrânia já destruiu 162 edifícios religiosos até 11 de agosto de 2022, de acordo com levantamento divulgado pelo Ministério da Cultura e Política de Informação do país.

Segundo o relatório do ministério, foram registrados até essa data 464 episódios considerados crimes de guerra perpetrados pela Rússia contra o patrimônio cultural ucraniano. O porta-voz do ministério, Oleksandr Tkachenko, acusa as forças russas:

“Eles lutam contra a nossa identidade e atacam deliberadamente o patrimônio cultural. Tentam destruir a nossa memória para que não reste nada que nos conecte com as nossas raízes. Infelizmente, isso acontece quase todos os dias”.

De acordo com a contagem do mesmo ministério ucraniano, as tropas russas já destruíram ou danificaram gravemente 139 patrimônios culturais, dos quais 23 são monumentos de importância nacional e 109 de importância local.

Os ataques também destruíram ou danificaram 361 edifícios ou monumentos de importância cultural, artística ou religiosa, sendo os alvos religiosos os mais numerosos: foram 162 edifícios, somando igrejas, conventos, seminários ou instalações especificamente religiosas como casas paroquiais e outros lugares administrativos. Seguem-se 70 casas de cultura e outras instituições de arte, 51 monumentos memoriais, 44 bibliotecas e 34 museus.

Os crimes foram registrados em 15 regiões da Ucrânia, principalmente nas de Donetsk e Kharkiv.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

terça-feira, 16 de agosto de 2022

São João Francisco Régis

S. João Francisco Régis | arqusp
16 de agosto

São João Francisco Régis

Francisco Régis nasceu, em 31 de janeiro de 1597, numa pequena aldeia de Narbone, na França. Filho de um rico comerciante, foi educado num colégio dirigido por sacerdotes jesuítas desde pequeno. Nada mais natural que entrasse para a Companhia de Jesus quando, em 1616, decidiu-se pela vida religiosa. Desejava, ardentemente, seguir o exemplo dos jesuítas missionários que evangelizavam em terras pagãs estrangeiras.

Tornou-se rapidamente respeitado e admirado pela dedicação na catequização que fazia diretamente ao povo, auxiliando os sacerdotes, assim como nas escolas que a Companhia de Jesus dirigia. Aos trinta e três anos, ordenou-se sacerdote, tomando o nome de João Francisco. Só então o seu contagiante trabalho disseminou-se pela cidade, por meio das obras dedicadas aos marginalizados, necessitados e doentes. Essa era a missão importantíssima que o aguardava lá mesmo, na sua terra natal: atender aos pobres e doentes e converter os pecadores.

Entre os anos 1630 e 1640, duas epidemias de pestes assolaram a comunidade. Francisco Régis era incansável no atendimento aos doentes pobres e suas famílias. Nesse período, conscientizou-se de que a França precisava da sua ação apostólica e não o exterior. Assim, tornou-se um valente missionário jesuíta, e o mais freqüente sacerdote visitador de cárceres e hospitais. Os registros relatam às centenas os doentes que salvou e os pagãos que converteu ao mesmo tempo.

Bispos de seu tempo relataram que ele era dotado de um carisma muito especial. Onde pregava os ensinamentos de Cristo, as pessoas, invariavelmente, se convertiam. Conseguiu, com o auxilio da Virgem Mãe, como ele mesmo dizia, converter aldeias inteiras com o seu apostolado. Foram dez anos empregados nesse fatigante e profícuo trabalho missionário.

Francisco Régis foi designado para chefiar a missão enviada à La Louvesc, na diocese de Dauphine. Antes de iniciar a viagem, quis despedir-se dos companheiros jesuítas. Percebera, apesar da pouca idade, que sua morte estava muito próxima. A viagem até lá foi um tremendo sacrifício. Além de atravessar altas montanhas, o caminho foi trilhado debaixo de um rigoroso inverno.

Chegou a La Louvesc doente e perigosamente febril. Mas, como havia uma enorme multidão de fiéis que desejavam ouvir seus sermões, pregou por três dias seguidos. Os intervalos de descanso foram utilizados para o atendimento no confessionário. Finalmente, abatido por uma enorme fraqueza, que evoluiu para uma pneumonia fulminante, faleceu no dia 31 de dezembro de 1640, aos quarenta e três anos de idade.

O papa Clemente XII canonizou-o em 1737. São João Francisco Régis, ou apenas são Francisco Régis, como era chamado, teve sua festa marcada para o dia 16 de agosto.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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Nossa Senhora não teve outros filhos. Entenda

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Por Vanderlei de Lima

São dois os argumentos que sustentam esta verdade.

Maria Santíssima não teve outros filhos além de Jesus, conforme veremos nos dois argumentos apresentados neste artigo. 

O primeiro argumento diz que os “irmãos” de Jesus seriam filhos de São José de um primeiro matrimônio seu antes de desposar-se com a Virgem Maria. Esta é uma antiga tradição, embora escrita em estilo deveras fantasioso, registrada no Protoevangelho de Tiago, apócrifo cristão do ano 150 mais ou menos (cf. cap. VIII e IX). Ela merece atenção por defender, já nos princípios do Cristianismo, que os “irmãos” de Jesus não eram filhos de Nossa Senhora, a sempre virgem, mas apenas de São José.

Os contestadores da perpétua virgindade de Maria apresentam, no entanto,textos do Novo Testamento que tratam dos “irmãos de Jesus” (Mc 6,3; 3,31-35; Jo 2,12, 7,2-10; At 1,14; Gl 1,19 e 1Cor 9,5) a fim de sustentarem que Maria teve outros filhos além de Jesus. Aqui entra o segundo argumento com a afirmação do Papa São João Paulo II ao dizer ser “preciso recordar que, tanto em hebraico como em aramaico, não existe um vocábulo particular para exprimir a palavra ‘primo’ e que, portanto, os termos ‘irmão’ e ‘irmã’ tinham um significado muito amplo que abrangia diversos graus de parentesco. Na realidade, com o termo ‘irmãos de Jesus’ são indicados ‘os filhos de uma Maria discípula de Cristo (cf. Mt 27,56) designada de modo significativo como ‘a outra Maria’ (Mt 28,1). Trata-se de parentes próximos de Jesus, segundo uma expressão conhecida do Antigo Testamento’ (Catecismo da Igreja Católica, n. 500)” (A Virgem Maria: 58 catequeses do Papa sobre Nossa Senhora. 2ª ed. Lorena: Cléofas, 2001, p. 83).

Em suma, podemos dizer que os próprios Evangelhos deixam claro que os chamados “irmãos de Jesus” não eram filhos de Maria. Com efeito, em Lc 2,41-52, vê-se que Jesus é filho único. Sim, José e Maria não teriam feito a viagem a Jerusalém deixando, em casa, filhos pequenos. Em Jo 19,26-27, ao morrer na Cruz, Jesus entrega sua Mãe aos cuidados de João, filho de Zebedeu. Ora, isso seria impossível se Maria tivesse outros filhos. Esses dois argumentos têm grande valor. Mais: o Novo Testamento nunca fala de “filhos de Maria e de José”. Ao contrário, Jesus é apresentado como “filho (adotivo) de José” (Lc 3,23) e “ofilho de Maria” (com artigo, cf. Mc 6,3) quando deveria usar, para ser mais natural, a expressão “filhos de Maria”, em vez de “irmãos de Jesus”, caso fossem realmente irmãos, como entendemos hoje em português (cf. Mc 3,31; At 1,14).

Ainda: o fato de Maria aparecer, nos Evangelhos, sempre em companhia dos “irmãos de Jesus” (= parentes) pode se explicar do seguinte modo: José terá falecido no início da vida pública de Jesus; daí os parentes dele se tornaram solidários para com Nossa Senhora e, por isso, sempre a acompanhavam publicamente. Vê-se, assim, que Tiago, José, Judas e Simão eram primos de Jesus e sobrinhos de Maria por parte de São José. Sim, eles eram filhos de Maria de Cléofas (não de Maria, a Mãe de Jesus). Já Cléofas (ou Alfeu, em aramaico) era irmão de José.

Resta, pois, um ponto a ser resolvido: por que há essa confusão, quando se poderia dizer “primos” (= anepsiós, em grego), em vez de “irmãos de Jesus”? – Porque a tradução grega do Novo Testamento supõe o fundo aramaico. Desse modo, o termo irmãos (= adelphói, em grego) vem do vocábulo ah hebraico e designa tanto irmãos filhos do mesmo pai e mãe, como primos e sobrinhos, conforme se vê, por exemplo, em passagens do Antigo Testamento: Abraão diz que seu sobrinho Lot é seu irmão (cf. Gn 13,8); Jacó se declara irmão de Labão, quando, na verdade, é seu sobrinho (cf. Gn 29,12-15); Labão e seus irmãos (= parentes) foram ao encalço de Jacó (cf. Gn 31,23) entre outras passagens tais como 1 Cr 23,21-23; 15,5; 2Cr 36,10; 2Rs 10,13; Jz 9,3; 1Sm 20,29 etc. (cf. Dom Estêvão Tavares Bettencourt, OSB. Curso de Diálogo Ecumênico. Rio de Janeiro: Mater Ecclesiae, 1989, p. 91-93).

Acrescenta Bernard Sesboüé, SJ, ser “impossível, portanto, provar historicamente que Jesus teve irmãos em sentido estrito, isto é, filhos de Maria sua mãe” (Os sinais da salvação: séculos XII a XX. 2ª ed. São Paulo: Loyola, 2013. Tomo 3 da coleção História dos dogmas).

Eis argumentos em defesa da maternidade virginal de Nossa Senhora.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Leigos rejeitam o Caminho Sinodal e dizem a bispo: "Isso não une as pessoas, divide!"

O bispo de Limburg e presidente da Conferência Episcopal Alemã, Georg Bätzing
/ EpiskopatNews Flickr (CC BY-NC-SA 2.0)

BERLIM, 15 ago. 22 / 01:36 pm (ACI).- Numa carta aberta publicada pela iniciativa Maria 1.0, leigos alemães criticaram o Caminho Sinodal Alemão: "Isso não une as pessoas, divide!"

O Caminho Sinodal Alemão se descreve como um processo que reúne os bispos da Alemanha e leigos selecionados para debater e aprovar resoluções sobre o modo como o poder é exercido na Igreja, moral sexual, o sacerdócio, e o papel das mulheres, temas sobre os quais manifestaram várias vezes e publicamente opiniões contrárias à doutrina da Igreja.

Na carta aberta, o grupo de leigos também pediu ao bispo de Limburgo dom Georg Bätzing, presidente da Conferência Episcopal Alemã, que encerre a cooperação com a presidente do Comitê Central dos Católicos Alemães (ZdK), Irme Stetter-Karp, que exigiu em julho que o aborto esteja disponível em toda a Alemanha.

O ZdK organiza o Caminho Sinodal Alemão junto com a Conferência Episcopal Alemã. Como presidente do comitê leigo, Stetter-Karp é copresidente do processo sinodal alemão, ao lado de Bätzing.

"Para nós, signatários desta carta, seria insuportável pensar que um dia o sr. poderia viajar para Roma ao lado de Stetter-Karp representando a Igreja Católica Alemã ou inclusive como copresidente do processo sinodal", diz a carta aberta publicada na quinta-feira (11).

A carta já havia sido enviada diretamente a dom Bätzing em 3 de agosto, mas até agora não houve resposta.

“Vossa Excelência, pedimos ao sr. e a seus irmãos bispos, que em sua ordenação prometeram propagar a fé da Igreja transmitida pelos apóstolos de forma pura e integral, que terminem sua colaboração com Stetter-Karp se ela não estiver disposta a rever publicamente sua posição e voltar ao ensinamento da Igreja sobre a proteção da vida nascituro”, exige a carta aberta.

A carta aberta também criticou fortemente o Caminho Sinodal, que já foi rejeitado por 100 cardeais e bispos de todo o mundo.

“Mesmo sob sua liderança, Excelência, o Caminho Sinodal corre o risco de cair na 'armadilha do fora de jogo', que segundo o papa Francisco é 'que uma das primeiras e maiores tentações no campo eclesiástico é acreditar que as soluções aos problemas presentes e futuros só podem ser resolvidos reformando as estruturas, organizações e administração, mas que, em última análise, não tocam em pontos vitais que realmente requerem atenção'”, alertaram os signatários.

"Dom Bätzing, nos dirigimos a este organismo eclesiástico 'modernizado', liberal e politicamente correto que o papa Francisco adverte que permanecerá sem alma e sem o frescor do Evangelho", continua a carta

Segundo os leigos, eles guardaram "silêncio sobre tudo isso há muito tempo".

“Esfregamos os olhos com descrença quando o Estudo MHG sobre o abuso de crianças e jovens inocentes – que condenamos e queremos que seja resolvido tanto como o sr.! – foi usado como o impulso para uma tentativa de reestruturar nossa Igreja de tal forma que nós, como cristãos católicos romanos, não nos reconheceríamos mais como tal se não fosse por Roma e pela Igreja universal”.

Isso é “orquestrado pelo mesmo punhado de professores de teologia alemães que aparentemente estão se preparando para substituir o Magistério Episcopal”, continua a carta.

“Além disso, não pense que nós (e alguns bispos também) não notamos as muitas pequenas ou grandes violações deliberadamente colocadas (inclusive pelos bispos) contra instruções específicas de Roma ou do Magistério. Isso não une, Excelência, divide!”, acrescenta a carta.

Entre os signatários está a diretora de Maria 1.0, Clara Steinbrecher, renomados professores católicos como Elmar Nass, Manfred Spieker e Berthold Wald.

Há também o historiador Michael Feldkamp; a editora de Media Maria Verlag, Gisela Geirhos; e Timothy Flanders, editor de OnePeterFive nos EUA.

Muitos outros católicos assinaram a carta aberta.

Os membros do Caminho Sinodal se reunirão para a quarta sessão de 8 a 10 de setembro em Frankfurt am Main. Alguns textos já poderão ser aprovados oficialmente como resoluções do Caminho Sinodal.

Fonte: https://www.acidigital.com/

O Papa Francisco: Magnificat, "o cântico da esperança"

Papa Francisco no Angelus  (Vatican Media)

No Angelus desta segunda-feira, Solenidade da Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria, que no Brasil celebraremos no próximo domingo, o Papa explicou o significado do Magnificat, o canto da Mãe de Jesus que nos foi transmitido pelo Evangelho de Lucas, que narra a obra de Deus na história e também anuncia uma inversão de valores, profetizando o que Jesus dirá.

Silvonei José – Vatican News

“A Virgem Maria profetiza: profetiza que a ter o primeiro lugar não é o poder, o sucesso e o dinheiro, mas o serviço, a humildade e o amor”. Foi o que disse o Papa Francisco no Angelus desta segunda-feira, Solenidade da Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria, e que no Brasil celebraremos no próximo domingo.

O Evangelho – disse Francisco - nos propõe o diálogo entre Maria e sua prima Isabel. “Quando Maria entra em casa e saúda Isabel, diz-lhe: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre". Estas palavras, cheias de fé, alegria e encanto, passaram a fazer parte da "Ave Maria". Cada vez que recitamos esta oração tão bonita e familiar, fazemos como Isabel: saudamos Maria e a bendizemos, porque ela nos traz Jesus. Maria acolhe a bênção de Isabel e responde com o cântico, um presentes para nós, para toda a história, o Magnificat. é um canto de louvor, que poderíamos definir como "o cântico da esperança".

É um hino de louvor e exultação pelas grandes coisas que o Senhor realizou nela, mas Maria vai mais longe:

“Contempla a obra de Deus em toda a história do seu povo. Diz, por exemplo, que o Senhor "derrubou do trono os poderosos, exaltou os humildes, saciou de bens os indigentes e despediu de mãos vazias os ricos".

Pequena e humilde

Mas quer nos dizer algo de mais importante”, destaca o Papa Francisco:

Ela, pequena e humilde, foi elevada e – festejamos hoje – levada à glória do Céu, enquanto os poderosos do mundo estão destinados a permanecer de mãos vazias. Nossa Senhora, em outras palavras, anuncia uma mudança radical, uma inversão de valores. Enquanto fala com Isabel tendo Jesus no ventre, antecipa o que seu Filho dirá, quando proclamará bem-aventurados os pobres e humildes e advertirá os ricos e os que confiam na sua própria autossuficiência.

A Virgem, portanto, profetiza que a ter o primeiro lugar não é o poder, o sucesso e o dinheiro, mas o serviço, a humildade e o amor. "Olhando para ela na glória, compreendemos que o verdadeiro poder é o serviço e que reinar significa amar. E que este é o caminho para o céu".

Francisco destaca que a inversão profética anunciada por Maria toca a vida de cada um de nós se acreditamos “que amar é reinar e servir é poder. Que a meta do meu viver é o Céu, o paraíso? Ou me preocupo somente com coisas terrenas, materiais? E ainda, observando os acontecimentos do mundo, deixo-me tomar pelo pessimismo ou, como a Virgem, sei perceber a obra de Deus que, com mansidão e pequenez, realiza grandes coisas?

Maria canta a esperança

“Maria hoje canta a esperança e reacende em nós a esperança: nela vemos a meta do caminho: ela é a primeira criatura que com tudo de si, de corpo e alma, chega vitoriosa à meta do Céu”.

Maria - continuou o Papa -, “mostra-nos que o Céu está ao alcance da mão, se também nós não cedermos ao pecado, louvarmos a Deus com humildade e servirmos aos outros com generosidade.

Não ceder ao pecado. Mas, alguém pode dizer: "Mas, padre, eu sou fraco" - "Mas o Senhor está sempre perto de você, pois é misericordioso". Não se esqueçam qual é o estilo de Deus: proximidade, compaixão e ternura. Sempre perto de nós com seu estilo.

O Papa Francisco concluiu afirmando que Maria, nossa Mãe, “toma-nos pela mão, acompanha-nos à glória, convida-nos a regozijar-nos pensando no paraíso. Bendigamos Maria com a nossa oração e peçamos-lhe um olhar profético, capaz de vislumbrar o Céu na terra”.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF