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domingo, 21 de agosto de 2022

Um dia histórico para a nação romeira

Diocese de Crato (CE)
Um dia histórico para a nação romeira: é autorizada abertura do processo para beatificação de Padre Cícero.

“A Igreja que hoje me persegue, amanhã tomará a minha defesa”, disse Padre Cícero Romão Batista. Na manhã deste sábado, 20 de agosto de 2022, essa profecia se cumpriu quando a Diocese de Crato anunciou a abertura do processo para beatificação do  “Patriarca do Nordeste”. Foi no largo da Capela do Socorro, em Juazeiro do Norte, ao final da tradicional missa em sufrágio da alma do sacerdote que o bispo de Crato, Dom Magnus Henrique, fez o pronunciamento.

“Queridos filhos e filhas da Diocese de Crato e romeiros de todo o Brasil, é com grande alegria que vos comunico nesta manhã histórica, que recebemos oficialmente da Santa Sé, por determinação do Santo Padre, o Papa Francisco, a carta do Dicastério das Causas dos Santos, datada de 24 de junho de 2022, comunicando a autorização para a abertura do Processo de Beatificação do Padre Cícero Romão Batista, que, a partir de agora, receberá o título de “Servo de Deus”. Deus Seja Louvado!”, comunicou o pastor diocesano.

Este dia histórico foi possível graças ao trabalho incansável de muitas mãos, romeiros e romeiras, leigos e leigas, padres, bispos, religiosos e religiosas. As lágrimas que banharam os rostos dos romeiros e devotos no momento do anúncio foram sinais de gratidão e de alegria traduzindo o sentimento de toda uma nação.

Para entender como chegamos até aqui

Encontro de Dom Magnus Henrique com o Papa Francisco | Diocese de Crato (CE)

Bispo e romeiro, Dom Magnus Henrique, nos seis meses à frente da Diocese de Crato, abraçou a causa do Padre Cícero Romão dando continuidade aos trabalhos realizados por seus antecessores. Em 12 de maio de 2022, por ocasião da visita “Ad Limina”, ele entregou ao Papa Francisco uma carta expressando o sonho dos milhares de devotos. Assim escreveu:

 “…recorremos à vossa solicitude de Pastor Universal da Santa Igreja, para pedir especial clemência para com este sacerdote católico, amado e venerado, no sentido de permitir a abertura de uma causa de beatificação. Esperamos que Vossa Santidade, na hora oportuna, examine com coração de Pai e como Sucessor de Pedro este pedido ora formulado, cuja resposta é um anseio nosso e dos milhões de devotos do Padre Cícero”  (Trecho da carta entregue ao Santo Padre Francisco, lida por Dom Magnus na missa deste dia 20).

Em 2001, a Diocese de Crato constituiu uma comissão a fim de preparar uma revisão histórica sobre a causa de Padre Cícero. Após cinco anos de trabalho, em 30 de maio de 2006, uma petição foi entregue à Congregação para a Doutrina da Fé com a assinatura de 254 bispos brasileiros pedindo um gesto concreto de reconhecimento das ações pastorais e apostólicas do padrinho da nação romeira no desenvolvimento da região. Oito anos depois, em 27 de outubro de 2014, a Congregação indicou o caminho da reconciliação do Padre Cícero Romão na carta histórica assinada pela Secretaria de Estado do Vaticano.

Servo de Deus

Com a autorização para abertura do processo, Padre Cícero recebe o título de “Servo de Deus”. Nessa fase inicial, é feita uma investigação das virtudes ou martírio. Concluído o processo, o candidato passa a ser considerado (a) venerável. Para se tornar beato ou beata é preciso a comprovação de um milagre alcançado por meio de sua intercessão.

Acompanhe a aqui: Coletiva de Imprensa

ANÚNCIO AOS ROMEIROS DA APROVAÇÃO PARA A ABERTURA DO PROCESSO DE BEATIFICAÇÃO DO PADRE CÍCERO ROMÃO BATISTA

“Este É o Dia Que o Senhor Fez Para Nós, alegremo-nos e n’Ele exultemos” (Sl 117).

Na beleza das terras nordestinas, terras de homens e mulheres fortes, como afirmou Euclides da Cunha, desabrocharam grandes figuras que deixaram marcas indeléveis no coração do sertanejo, seja na cultura, na musicalidade que embala a nossa esperança, nas músicas que são verdadeiros salmos da nossa luta, na arte, na literatura, na ciência, na Fé católica e em tantos outros que, no anonimato, deixaram seus rabiscos, e sua alma expressam na vernissagem do tempo e no museu do coração.

A Igreja Católica Apostólica Romana gerou e continua gerando em seu seio tantos cientistas, escritores, Santos que transformaram as realidades do mundo da educação, da arte, da saúde e da política e, no caminho da santidade, continuam incansavelmente lutando todos os dias.

O desabrochar da santidade não precisa das cátedras das universidades, embora muitos santos foram mestres e doutores. Em nossa realidade, Deus escolheu os fracos e pequeninos para confundir os fortes, transformando o que o mundo acreditava ser glória em ruínas, das quais só nos restaram as sombras de um passado pouco iluminado; logo, sombras esmaecidas. A glória no coração de Deus passa despercebida aos olhos dos grandes deste mundo.

Dentre tantos homens e mulheres que estão escritos nos Cânones da Igreja, existem muitos que, no silêncio, viveram a santidade e outros fizeram seus caminhos entre sombras e luzes, como no asseverou o Apóstolo São Paulo: “tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realizá-lo. Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer esse eu continuo fazendo” (cf. Rm 7,18-21).

No espírito da Lumem Gentium, somos impelidos a tomar consciência dessa vocação universal: “Todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade” (LG 40). Todos somos chamados à santidade: “Deveis ser perfeitos como vosso Pai Celeste é perfeito” (Mt 5,48).

O Santo Padre Francisco, em sua Exortação Apostólica sobre a santidade no mundo de hoje, interpela-nos: “Deixemo-nos estimular pelos sinais de santidade que o Senhor nos apresenta através dos membros mais humildes deste povo que ‘participam também da função profética de Cristo, difundindo o seu testemunho vivo, sobretudo pela vida de fé e de caridade’. Como nos sugere Santa Teresa Benedita da Cruz, pensemos que é através de muitos deles que se constrói a verdadeira história: ‘Na noite mais escura, surgem os maiores profetas e os santos. (…) Certamente, os eventos decisivos da história do mundo foram essencialmente influenciados por almas sobre as quais nada se diz nos livros de história’” – e nos proclama categoricamente o Santo Padre: “A santidade é o rosto mais belo da Igreja” (cf. Gaudete et exsultate, 8-9).

Em carta que entreguei nas mãos do Santo Padre por ocasião da visita “ad limina” no dia 12 de maio de 2022, expressei o sonho e a história de um povo, quando assim relatei: “…recorremos à vossa solicitude de Pastor Universal da Santa Igreja, para pedir especial clemência para com este sacerdote católico, amado e venerado, no sentido de permitir a abertura de uma causa de beatificação. Esperamos que Vossa Santidade, na hora oportuna, examine com coração de Pai e como Sucessor de Pedro este pedido ora formulado, cuja resposta é um anseio nosso e dos milhões de devotos do Padre Cícero” (Carta entregue ao Santo Padre Francisco).

É com os sentimentos de gratidão, alegria, júbilo e esperança que agradecemos o trabalho incansável de tantos romeiros e romeiras, leigos e leigas, padres, religiosos e religiosas, como também ao meu predecessor Dom Gilberto Pastana.

Quero registrar um agradecimento todo especial, repleto de sentimentos de gratidão e em nome deles, extensivo a todos que colocaram um chapéu de palha na cabeça ou no coração e ergueram as mãos aos céus e cantaram uma prece, são eles: Dom Fernando Panico, Bispo Emérito, e a Irmã Annette (in memoriam). Deus seja louvado! Pois “Deus nunca deixou trabalho sem recompensa, nem lágrimas sem consolação” (Padre Cícero).

Queridos filhos e filhas da Diocese de Crato e romeiros de todo o Brasil, é com grande alegria que vos comunico nesta manhã histórica, que recebemos oficialmente da Santa Sé, por determinação do Santo Padre, o Papa Francisco, a carta do Dicastério das Causas dos Santos, datada de 24 de junho de 2022, comunicando a autorização para a abertura do Processo de Beatificação do Padre Cícero Romão Batista, que, a partir de agora, receberá o título de “Servo de Deus”. Deus Seja Louvado!

Dom Magnus Henrique Lopes, OFMCap.

Bispo da Diocese de Crato

Por: Jornalistas Mychelle Santos e Patrícia Mirelly

Fonte: https://diocesedecrato.org/

Santa Sé autoriza abertura do processo de beatificação do Padre Cícero Romão Batista

Túmulo do Pe. Cícero | Vatican News

"Recebemos a autorização para a abertura do processo de beatificação do Padre Cícero Romão Batista que, a partir de agora, receberá o título de Servo de Deus", disse o bispo de Crato durante a romaria.

https://youtu.be/GJBnGZvloHI

Vatican News

O bispo da Diocese de Crato (CE), dom Magnus Henrique Lopes, anunciou na manhã deste sábado (20/08), durante uma grande romaria que se realiza todo dia 20, em Juazeiro do Norte, que a Santa Sé autorizou a abertura do processo de beatificação do Padre Cícero Romão Batista.

"Queridos filhos e filhas da Diocese do Crato, romeiros de todo Brasil. É com grande alegria que vos comunico nesta manhã histórica que recebemos oficialmente da Santa Sé, por determinação do Santo Padre, o Papa Francisco, uma carta do Dicastério das Causas dos Santos, datada do dia 24 de junho de 2022. Recebemos a autorização para a abertura do processo de beatificação do Padre Cícero Romão Batista que, a partir de agora, receberá o título de Servo de Deus", disse o bispo de Crato durante a romaria.

Os fiéis presentes receberam o anúncio de dom Magnus com uma salva de palmas e fogos.

Pe. Cícero dinamizou a espiritualidade católica na região do Cariri, sendo responsável pela espiritualidade de todo o povo nordestino até os dias de hoje. O sacerdote nasceu na cidade do Crato, em 24 de março de 1844. Foi ordenado sacerdote em 30 de novembro de 1870. Celebrou sua primeira missa em Juazeiro (quando ainda era um povoado chamado de Tabuleiro Grande) na noite de Natal daquele mesmo ano.

A partir daí passou a estar mais presente, atendendo o povo com suas palavras e com o seu exercício ministerial. Mas foi com um sonho que o Padre Cícero percebeu como se daria a sua missão em Juazeiro.

No mencionado sonho, vislumbrando a última ceia, percebeu a presença de inúmeras pessoas ao redor de Jesus e dos apóstolos. Seriam os flagelados da seca que assolava o interior nordestino. Diante de tão impressionante cena, Padre Cícero escutou de Jesus as palavras que o acompanharam durante toda a sua vida: “e tu, Cícero, toma conta deste povo!”. Foi realmente um divisor de águas para um sacerdote recém-ordenado.

E como se não bastasse para encontrar ânimo e força à sua missão sacerdotal, Padre Cícero ainda foi testemunha ocular de outro importante acontecimento em Juazeiro. Com aproximadamente 19 anos de sacerdócio, numa celebração eucarística ocorrida na primeira sexta-feira do mês de março de 1889, com a presença de moças que viviam da caridade, auxiliando a catequese daquele povo, depois de horas de oração e jejum por ocasião da quaresma, Padre Cícero, ao dar a comunhão à Beata Maria de Araújo (outra importante personagem da história de Juazeiro do Norte), a hóstia consagrada se transformou em sangue em sua boca. Fato que ocorreu ainda por mais 138 vezes, num período de quase dois anos.

Tais acontecimentos serviram para fomentar as peregrinações a Juazeiro do Norte o que permitiu alavancar a vida do pequeno povoado, pois muitos vinham mesmo para residir e estar perto do padrinho querido.

Em meio a tantas transformações, o que era um povoado, tornara-se cidade ao ser emancipado a 22 de julho de 1911, vindo a ter como seu primeiro representante municipal o querido Padre Cícero.

A cidade se desenvolvia no aspecto político-econômico e a religiosidade popular se tornava ainda mais forte com os conselhos do padrinho Padre Cícero e com a crescente presença dos romeiros e das romarias.

Fonte: Diocese de Crato

https://www.vaticannews.va/pt

sábado, 20 de agosto de 2022

História, Oração e Frases de São Bernardo de Claraval

S. Bernardo de Claraval | Guadium Press
A Igreja Católica celebra no dia 20 de agosto a memória de São Bernardo Claraval, fundador da Abadia de Claraval e Doutor da Igreja.

Redação (19/08/2022 16:49, Gaudium Press) São Bernardo de Claraval nasceu no Castelo de Fontaine, em 1090, perto de Dijon (França). É considerado pela Família Cisterciense um segundo fundador, pois atraía muitos para a Ordem. Seu poder de atração era tal, que todos os irmãos, primos e amigos o seguiram.

Destacou-se como pregador e após fundar o Mosteiro de Claraval, começou a irradiar a Igreja com seus escritos, dos quais se destaca o Tratado do Amor de Deus. Foi ele quem compôs a famosa invocação mariana: “Ó clemente, ó piedosa, ó doce e sempre Virgem Maria”.

São Bernardo faleceu no ano de 1153, sendo canonizado pelo Papa Alexandre III em junho de 1174. Por conta de suas pregações e obras escritas (numerosas obras, milhares de cartas e mais de 300 sermões) foi declarado Doutor da Igreja em 1830 pelo Papa Pio VIII.

S. Bernardo de Claraval | Guadium Press

Frases de São Bernardo de Claraval

01 – “Deus quis que nada recebêssemos que não passe pelas mãos de Maria”.

02 – “Recorre a Maria! Sem a menor dúvida eu digo, certamente o Filho atenderá sua mãe”.

03 – “Nos perigos, nas angústias, nas incertezas pensa em Maria, invoca Maria. Que ela nunca abandone os teus lábios, nem o teu coração; e para obteres a ajuda da sua oração, nunca esqueças o exemplo da sua vida”.

04 – “Tudo o que temos de benefícios de Deus, nós o recebemos pela intercessão de Maria. E por que é assim? Porque Deus assim o quer”.

05 – “Quem somos nós, ou qual é a nossa força para resistirmos a tantas tentações? Certamente era isso que Deus queria: que nós, vendo a nossa insuficiência e a falta de auxílio, recorrêssemos com toda humildade à sua misericórdia”.

S. Bernardo de Claraval | Guadium Press

06 – “A causa para amar a Deus é o próprio Deus; a medida, amá-lo sem medida”.

07 – “Possuireis todas as coisas sobre as quais se estender a vossa confiança. Se esperais muito de Deus, Ele fará muito por vós. Se esperais pouco, Ele fará pouco.”

08 – “A Eucaristia é o amor que supera todos os outros amores no céu e na terra”.

09 – “Fica sabendo, ó cristão, que mais merece ouvir devotamente uma só missa do que distribuir todas as riquezas aos pobres e peregrinar toda a terra.”

10 – “O avarento está sempre faminto como um mendigo, nunca chega a ficar satisfeito com os bens que deseja. O pobre, como senhor de tudo, os despreza, pois não deseja nada.”

S. Bernardo de Claraval | Guadium Press

Oração de São Bernardo de Claraval a Nossa Senhora

Lembrai-vos, ó piíssima Virgem Maria, que jamais se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à vossa proteção, implorando o vosso auxílio, e reclamando o vosso socorro, fosse por vós desamparado. Animado, pois, com igual confiança, ó Virgem das virgens, como à Mãe recorro e de vós me valho e, gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés; não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus, mas dignai-vos de as ouvir propícia e me alcançar o que vos rogo. À vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus, não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita. Amém. (EPC)

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Nota oficial do Episcopado do Regional Centro Oeste da CNBB

Eleições 2022 | Catedral Metropolitana de Goiânia

Nota oficial com orientações e determinações para as Eleições 2022 do Episcopado do Regional Centro Oeste da CNBB.

Neste ano eleitoral, dirigimo-nos aos fiéis de nossas arqui/dioceses e aos homens e mulheres de boa vontade, com esta mensagem, a fim de lhes ofere­cer critérios para a sua participação nas eleições. Fazemos isso movidos pela missão apostólica, amor e compromisso com a nação brasileira.
Somos cientes da força transformadora do Evangel­ho de Jesus Cristo ancorado em nossas terras há 522 anos. Aquele que o acolhe vê sua vida ser transfor­mada por Cristo Ressuscitado e descobre que “somos todos irmãos” (Mt 23,8). Por isso, se abre para a comunhão e a solidariedade. Jesus Cristo nos humaniza e assim nos faz construtores de uma so­ciedade mais justa e fraterna.
Por crermos na verdade do Evangelho é que oferec­emos algumas indicações em vista de lhes ajudar em seu discernimento e a favorecermos uma cam­panha eleitoral à altura da dignidade humana.
Recordarmos que a fé católica, antes de ser um sen­timento religioso, é resposta livre e consciente a Deus que se revela plenamente em Jesus Cristo. Por sua vez, esta resposta de fé se traduz no amor a Deus e ao próximo. A participação ativa na política é expressão desse amor, pois, mediante a política, construímos uma sociedade na qual as pessoas, com suas diferenças, convivem em paz graças à justiça, saúde e educação de qualidade.
Vivemos em uma democracia e o escolher os seus representantes é uma de suas expressões. A democ­racia “assegura a participação dos cidadãos nas opções políticas e garante aos governados a possibi­lidade quer de escolher e controlar os próprios gov­ernantes, quer de os substituir pacificamente, quando tal se torne oportuno” (Papa João Paulo 11, Centesimus annus, 46).

Os procedimentos democráticos são autênticos se eles são fundados na verdade da pessoa humana, em sua dignidade e no respeito pelos seus direitos. Por isso, vivamos o processo eleitoral, respeitando uns aos outros em suas opções partidárias, abertos ao diálogo, buscando e optando pela verdade dos fatos. Permitamos a prevalência da paz e da saudável convivência em uma sociedade plural con­vergente no bem de todos e de cada um. Isso é prin­cipalmente válido para os católicos: não permita­mos que a comunhão entre nós seja enfraquecida pelas ideologias partidárias ou polarizações. Em tudo guardemos o vínculo da caridade e nos esforc­emos em prol de um projeto de sociedade para todos no qual se acolhe a parte da verdade e os va­lores de cada um sem se tornar refém da prepotên­cia do mais forte (cf. Papa Francisco, Fratelli tutti, 15}.
Vale recordar que a Igreja não é partidária e “não pode nem deve tomar nas suas próprias mãos a batalha política para realizar a sociedade mais justa possível. Não pode nem deve colocar-se no lugar do Estado. Mas também não pode nem deve ficar à margem na luta pela justiça” (Papa Bento XVI, Deus Ca ritos Est, 28).
Apoiados no Evangelho, fonte da Doutrina Social da Igreja, nós, bispos do Regional Centro-Oeste da CNBB, oferecemos aos nossos diocesanos e às pes­soas de boa vontade algumas orientações e deter­minações para as eleições 2022:

1. Avalie o histórico do candidato, seu itinerário político, se tem uma vida honesta e não está en­volvido em fraude ou corrupção. Vote a penas em candidato “ficha limpa”;
2. Conheça a proposta de governo do candidato, veja se é um plano consistente e comprometido com o bem comum, em particular com os pobres e excluídos, com a defesa da Casa Comum, da cultura da paz, com uma economia a serviço da vida, e se o candidato é capaz de cumpri-lo;
3. Apoie candidatos defensores e promotores da vida humana e de sua dignidade, que sejam con­trários ao aborto e à eutanásia;
4. Divulgue a verdade dos fatos e não espalhe notí­cias falsas (fake news). Estas são uma ofensa às pes­soas, destroem a democracia e a sua disseminação é um delito com consequências morais e jurídicas;
5. Aos sacerdotes e religiosos sob a nossa jurisdição canônica fica vetado o uso das redes sociais, das cel­ebrações litúrgicas, ou outros momentos eclesiais para manifestações político-partidárias, sob pena prevista no Código de Direito Canônico (Cân. 285, §3; 1371, §1};
6. Exceto em locais sagrados, é importante promov­er encontros com candidatos de partidos diversos, moderados por um membro da comunidade eclesi­al, visando conhecer suas propostas.

Convidamos os fiéis católicos e os homens e mul­heres de boa vontade ao exercício da corresponsabi­lidade na construção de um Brasil mais solidário por meio do voto, da participação ativa no acompanha­mento dos eleitos e na construção, implementação e fiscalização das políticas públicas de Estado.
Que a bênção do Deus Trino, perfeita comunidade, e o cuidado materno da Mãe Aparecida acompanhem nossos passos rumo a uma sociedade justa e fraterna.

03 de agosto de 2022.
Bispos do Regional Centro-Oeste da CNBB

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Reflexão: Solenidade da Assunção de Nossa Senhora

Assunção de Nossa Senhora | Vatican News

Maria, a Virgem de Nazaré, representando todas as pessoas simples, ignoradas pelos poderosos, mas plenamente confiantes em Deus, no seu “Magnificat”, canta sua gratidão a Deus porque Ele beneficiou a ela e aos necessitados.

Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican News

A Igreja no Brasil celebra neste domingo a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora.

A Bíblia e a vida nos ensinam que quando o Senhor vai realizar ações magníficas, Ele se dirige aos humildes e pede a colaboração deles. Todos os relatos bíblicos nos mostram isso e também os acontecimentos recentes, quando Ele permitiu a pastores, camponeses e crianças verem Maria Santíssima. Também a devoção à Padroeira do Brasil deve-se à tarefa de três pescadores que encontraram a imagem da Mãe de Deus e nossa no rio Paraíba do Sul.

Maria, a Virgem de Nazaré, representando todas as pessoas simples, ignoradas pelos poderosos, mas plenamente confiantes em Deus, no seu “Magnificat”, canta sua gratidão a Deus porque Ele beneficiou a ela e aos necessitados. Ela anuncia a nova sociedade, não apenas a celeste, mas também a terrestre, quando esta última seguir seu conselho de “fazer tudo o que Jesus mandar”.

Nessa nova sociedade, os que detêm poder irão usá-lo para servir os pobres, os marginalizados, os aflitos. Jesus já nos deu o exemplo lavando os pés dos apóstolos e morrendo por nós na cruz, ou seja, se entregando para que fôssemos libertados do domínio do mal. Deus é fiel, conclui Nossa Senhora ao dizer que a misericórdia prometida a Abraão e seus descendentes foi mantida e realizada.

Paulo, em sua 1ª Carta aos Coríntios, explicita esse bem querer de Deus a todos nós quando diz que a ressurreição de Jesus destruiu o destino do homem de ser-para-a-morte e lhe restituiu sua vocação eterna de ser-para-a-vida. Cristo morreu para que o homem confiasse plenamente no amor do Pai e fizesse sua entrega radical a Ele. Com isso acaba o egocentrismo e Jesus Cristo passa a ser o centro da vida do ser humano. O homem se descentraliza para que Deus possa ocupar o lugar que sempre foi Seu, o centro de tudo e de todos.

Consequentemente, acaba a pobreza, a injustiça, a opressão. Se o amor está no centro, deixarei de ser apegado ao dinheiro, ao poder, ao prazer egoísta. Serei fraterno, misericordioso, solidário. Surge, então, um mundo onde reina a Justiça e a Paz.  O Canto de Maria e a oração de São Francisco se tornarão realidade!

Celebrar a Assunção de Nossa Senhora é praticar tudo o que Jesus ensinou e ela viveu em toda sua vida. “Antes, são bem-aventurados aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a colocam em prática”, disse Jesus quando louvaram Maria por ser sua mãe.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pode usar um Terço em volta do pescoço?

Fred de Noyelle | Godong
Por Philip Kosloski

Usar um rosário em volta do pescoço pode ser visto como um ato de irreverência ou como a expressão de um sinal muito importante.

Muitos católicos, e por vezes mesmo não cristãos, usam o Terço ou as contas de um rosário como se fossem colar. Isto pode escandalizar alguns católicos, que pensam que a pessoa está a tratar o Santo Terço de forma irreverente.

Mas afinal é correto usar um Terço à volta do pescoço?

A Igreja não tem qualquer declaração oficial sobre o uso de contas do rosário. Quando abençoado, um rosário (Terço) é um sacramental, e alguns sacramentais (como o escapulário) são usados à volta do pescoço.

Contudo, os santos e religiosos originais que promoveram o Terço nunca disseram o que se deve fazer com as contas quando não se está a rezar. Até os religiosos encontraram lugares inventivos para as guardar. Os dominicanos, por exemplo, usam um terço preso aos seus cintos.

Nos últimos anos, anéis e braceletes do Terço tornaram-se populares. Destinam-se a ser utilizados como auxiliares de oração, tornando mais fácil rezar o Terço, e não principalmente como acessórios.

Não há nada de errado em usar um Terço como colar, tal como seria uma medalha religiosa ou escapulário; de fato, este é um costume comum em muitas culturas. Deste modo, serve de lembrete para rezar o Terço.

Por outro lado, provavelmente não é uma boa ideia os católicos usarem um rosário, especialmente um que seja abençoado, como jóia ou objeto de moda, sem intenção de usá-lo para rezar. Isso é um uso impróprio do sacramental.

Usar o Terço de uma forma propositadamente zombeteira ou sacrílega, no entanto, ou como uma identificação de gangue, como alguns têm sido conhecidos, pode ser pecaminoso.

A principal coisa a ter em mente é a intenção da pessoa. Está a usar um Terço à volta do pescoço como sinal de devoção e um lembrete para rezar, ou apenas para combinar com a roupa?

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Nicarágua: Bispo é sequestrado pela ditadura de Daniel Ortega

Dom Rolando Álvarez | Guadium Press
Existe um grande temor e incerteza pelo que pode ocorrer com Dom Rolando Álvarez, que foi levado pela polícia para um local ainda desconhecido.

Nicarágua – Manágua (19/08/2022 10:10, Gaudium Press) Durante a madrugada desta sexta-feira, 19, a polícia à serviço da ditadura de Daniel Ortega invadiu a casa episcopal de Matagalpa e sequestrou o Bispo Dom Rolando Álvarez, além de sete seminaristas e um leigo que o acompanhavam.

A invasão aconteceu às 3h20 da manhã, horário local. O Bispo foi forçado a entrar em um veículo das forças militares do país. Já os seminaristas e o leigo que permaneciam desde 4 de agosto na residência foram transladados em veículos diferentes. Centenas de pessoas foram até o local após escutarem os sinos da igreja soarem.

Incerteza sobre o destino do Bispo

A Diocese de Matagalpa publicou em seu perfil oficial no Facebook uma mensagem alertando os fiéis sobre o que estava acontecendo naquele momento. “Neste momento a Polícia Nacional ingressou na Cúria Episcopal de nossa Diocese de Matagalpa”, diz a mensagem.

Existe um grande temor e incerteza pelo que pode ocorrer com o Bispo, os seminaristas e o leigo que estavam na casa episcopal e que foram levados pelo comboio policial para um local ainda desconhecido. (EPC)

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Convenção internacional reforça vocação de leigos a entrar na vida pública

Imagem ilustrativa / Decos CEU Igreja Católica do Uruguai | ACI Digital
Por Eduardo Berdejo | ACI Prensa

BOGOTÁ, 19 ago. 22 / 03:59 pm (ACI).- Nos dias 27 e 28 de agosto, a cidade de Bogotá, Colômbia, será sede da Convenção Católica Internacional, cujo objetivo é despertar os cristãos, especialmente os leigos, para que, vivendo segundo a lei de Deus, colaborem com a recristianização dos países a partir da vida pública.

“A convenção busca despertar os cristãos, convidá-los a viver a lei de Deus”, disse à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, o presidente do Instituto de Pesquisa Social Solidariedade, Samuel Ángel.

Samuel Ángel, organizador da convenção, disse que apesar de os países da América Latina terem 70 ou 75% da população que se declara católica, quando se vê "a formação de instituições ou leis, atualmente não têm nada de cristão".

“Temos que fazer com que nossas leis e nossas instituições tenham princípios cristãos”, disse ele, porque “uma nação sem virtude é uma nação destinada ao fracasso e é isso que se reflete hoje”.

Ángel lembrou a entrada da ideologia de gênero e do aborto na legislação de vários países, e destacou que isso é consequência de "nos esquecermos totalmente de Deus". Há pessoas que se dizem católicas e “apoiam a agenda LGBT”, disse.

“Há uma total deformação da fé cristã, de ser católico e a convenção quer que nós entremos na vida pública, mas que entremos na vida pública não por causa das aparências ou para buscar o poder, mas por estar rendidos aos pés de Deus, servindo-o como Ele manda em sua Palavra e como pede o Magistério da Igreja”, acrescentou.

A convenção internacional dará aos participantes o conhecimento para intervir na vida pública e renovar sua vida familiar.

“Precisamos de Deus para curar essas terras que nós mesmos causamos muitos danos, justamente, entre outras coisas, por causa de nossas más escolhas. Junto com Deus poderemos enfrentar a vida pública, a vida familiar”, disse.

Samuel Ángel destacou que, apesar do secularismo e do ateísmo que existe na cultura de hoje, "há leigos que decidiram lançar-se nesta batalha"; “mas, sem dúvida, precisamos promover um grande movimento de leigos em nível global que saiam para defender a fé e os princípios cristãos”.

Ele exortou a deixar de lado o discurso de sair, fugir da vida pública e, pelo contrário, seguir em frente, disse que “somos chamados a seguir em frente” fazendo-o “à maneira do Senhor que nos diz, em Mateus 28, 18-19: ‘Toda autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, pois, e ensinai a todas as nações’".

Entre os convidados para a Convenção Católica Internacional estão o vice-secretário da Conferência Episcopal Colombiana (CEC), padre Jorge Enrique Bustamante; o apresentador da EWTN, Pepe Alonso; o bispo de El Espinal, dom Miguel Fernando González; o diretor do Departamento de Doutrina e Promoção do Diálogo da CEC, padre Raúl Ortiz Toro; o diretor da Rádio Maria, padre Germán Acosta; o diretor da ACI Prensa, Alejandro Bermúdez; e o presidente do Instituto de Pesquisa Social Solidariedade, Samuel Ángel.

Para mais informações sobre o programa e o custo para participar do evento, você pode entrar no site AQUI.

Fonte: https://www.acidigital.com/

A Igreja e o ensino na Idade Média

A Igreja na Idade Média | Guadium Press

A Igreja e o ensino na Idade Média

 POR PROF. FELIPE AQUINO

O Dr. Thomas Woods, PhD em História pela Universidade de Harvard nos EUA, disse em um dos seus livros que:

“Bem mais do que o povo hoje tem consciência, a Igreja Católica moldou o tipo de civilização em que vivemos e o tipo de pessoas que somos. Embora os livros textos típicos das faculdades não digam isto, a Igreja Católica foi a indispensável construtora da Civilização Ocidental. A Igreja Católica não só eliminou os costumes repugnantes do mundo antigo, como o infanticídio e os combates de gladiadores, mas, depois da queda de Roma, ela restaurou e construiu a civilização” [Woods, 2005, pg. 7].

Um dos pontos mais importantes da atuação da Igreja na Idade média cristã, foi no campo da Ciência. Sem a Igreja não haveria a beleza da arquitetura, da música, da arte sacra, das universidades, dos castelos, do direito, da economia, etc.

No séc. VI São Cesário de Arles já expunha no Concílio de Vaison (529) a necessidade imperiosa de criar escolas no campo; e os bispos se dedicaram a isto. Da mesma forma foi a Igreja que montou para Carlos Magno (†814) a sua política escolar; e retomou a tarefa educadora no séc. X após o fim do seu Império.

O III Concílio de Latrão (1179), em Roma, presidido pelo Papa Alexandre III (1159-1181), ordenou ao clero que abrisse escolas por toda a parte para as crianças, gratuitamente. Obrigou a todas as dioceses terem ao menos uma. Essas escolas foram as sementes das Universidades que logo surgiam: Sorbone (Paris), Bolonha (Itália), Canterbury (Inglaterra), Toledo e Salamanca (Espanha), Salerno, La Sapienza, Raviera na Itália; Coimbra em Portugal.

No séc. XII havia só na França 70 abadias com escolas. Todos os grandes bispos também quiseram ter escolas; na França, no séc. XII havia mais de 50 escolas episcopais. Dos sete aos vinte anos as crianças e os jovens eram recebidos nessas escolas sem distinção de classes. Havia escolas só para meninas e moças. As disciplinas dividiam-se em “trivium” (gramática, dialética e retórica) e “quadrivium” (artimética, geometria, astronomia e música). Mas um grande pedagogo da época Thierry de Chartres, mostrou que o “trivium e o quadrivium” eram apenas um meio e que o fim era “formar almas na verdade e na sabedoria”.

Em muitas escolas os alunos tinham ensino técnico de como trabalhar o ouro, prata e cobre. Aos poucos surgiam as especializações: Chartres (letras), Paris (teologia), Bolonha (direito), Salerno e Montpellier (medicina).

O Concílio geral de Latrão III, aprovou o seguinte cânon:

“A Igreja de Deus, qual mãe piedosa, tem o dever de velar pelos pobres aos quais pela indigência dos pais faltam os meios suficientes para poderem facilmente estudar e progredir nas letras e nas ciências. Ordenamos, portanto, que em todas as igrejas catedrais se proveja um benefício (rendimento) conveniente a um mestre, encarregado de ensinar gratuitamente aos clérigos dessa igreja e a todos os alunos pobres” (can. 18, Mansi XXII 227s).

O IV Concílio ecumênico do Latrão (1215), renovou este decreto. Teodulfo, bispo de Orléans no séc. VIII, promulgou o seguinte decreto: “Os sacerdotes mantenham escolas nas aldeias, nos campos; se qualquer dos fiéis lhes quiser confiar os seus filhos para aprender as letras não os deixem de receber e instruir, mas ensinem-lhes com perfeita caridade. Nem por isto exijam salário ou recebam recompensa alguma a não ser por exceção, quando os pais voluntariamente a quiserem oferecer por afeto ou reconhecimento” (Sirmond, Concilia Galliae II 215).

É muito significativo um dos últimos depoimentos sobre a acusação de que a Igreja obstruiu a ciência na Idade Média, proferido em 1957 por um grupo de estudiosos que, sem intenção confessional alguma, escreveram a história da ciência antiga e medieval:

“Parece-nos impossível aceitar a dupla acusação de estagnação e esterilidade levantada contra a Idade Média latina. Por certo a herança (cultural) antiga não foi totalmente conhecida nem sempre judiciosamente explorada;… mas não é menos verdade que de um século para outro – mesmo de uma geração a outra dentro do mesmo grupo – há evolução e geralmente progresso. A Igreja… na Idade Média salvou e estimulou muito mais do que freou ou desviou. Por isto, embora só queira apelar para a Antigüidade, a Renascença é realmente a filha ingrata da Idade Média” (La science antique et médiévale, sous la direction de René Taton, Presses Universitaires de France. Paris 1957, 581s).

Esses poucos dados mostram o quanto a Igreja fez pelo ensino e pelo saber na Idade Média, bem ao contrário do que muitos pensam: que a Igreja foi contra a ciência e o ensino.

Prof. Felipe Aquino

Fonte: https://cleofas.com.br/

Com a participação de Francisco, Vaticano sediará "Primer Vitae Summit"

Papa Francisco faz pronunciamento em encontro na Casina Pio IV 
(Vatican Media)

O evento pretende discutir estratégias e propostas criativas para o desenvolvimento de iniciativas culturais em nível global para um mundo melhor em que se promova a unidade, a esperança e o encontro entre todas as pessoas apesar das diferenças. O Papa Francisco estará presente em um dos evento da Cúpula.

Vatican News

A Fundação global Vitae, anunciou que o Primer Vitae Summit terá lugar na Casina Pio IV, no Vaticano, nos dias 31 de agosto e 1º de setembro.

Com a presença de personalidades e artistas de renome internacional, o encontro tem como objetivo construir juntos - e com a participação do Papa - o início de um debate sobre como seria possível aproveitar as artes, a mídia e o entretenimento para desencadear uma transformação cultural que promova o bem comum, os valores universais e o encontro entre as pessoas.

Ao apresentar o encontro, o presidente e fundador da Vitae,  Luis Quinelli, explica que “em uma sociedade carregada de mensagens negativas, polarizações e conflitos na agenda pública internacional, a Fundação Vitae se propôs a trabalhar para unir artistas, líderes e personalidades mundiais de grande influência para juntos iniciar uma conversação sobre como voltar a colocar a esperança e o bem comum na moda por meio das artes para impactar positivamente o coração e o espírito das pessoas; articulando, por sua vez, ações de diversos grupos de trabalho, pessoas e organizações para esse fim”.

O evento, que já conta com a participação do Papa Francisco e o apoio de diferentes lideranças globais, como a rainha Sofía da Espanha, consiste em um encontro de trabalho colaborativo entre artistas para discutir estratégias e propostas criativas em busca do "desenvolvimento de iniciativas culturais em nível global para um mundo melhor, onde se promova a unidade, a esperança e o encontro entre todas as pessoas, abraçando as diferenças”, acrescentou Quinelli.

A este propósito, o Papa Francisco declarou que “os artistas têm um papel muito importante na sociedade: ser guardiões da beleza neste mundo, embaixadores da cultura do encontro e testemunhas da esperança para toda a humanidade”.

Nos últimos anos, a saber, Quinelli e parte da equipe de gestão de Vitae tiveram uma série de encontros privados com o Papa Francisco na Santa Marta, oportunidade em que apresentaram a ele o trabalho da Fundação e a proposta de que o Vaticano sediasse o primeiro encontro Vitae, em 2022.

Entre os participantes, diversos atores, atrizes e artistas musicais de grande renome internacional confirmaram presença.

“Este será um evento em que os participantes, com a presença e inspiração do Papa, poderão compartilhar experiências e em esquema colaborativo, co-criar mensagens e projetos de alto impacto massivo que nos inspirarão para um mundo melhor, alicerçaddos naqueles valores universais que fomentam o encontro e a esperança", afirmou ainda o presidente da Fundação Vitae, que em dezembro de 2020, sob o lema "Dê um play na esperança", lançou a música "La Bendición Unidos" interpretada por cerca de vinte renomados artistas ibero-americanos, alcançando dezenas de milhões de pessoas em todo o mundo.

O valor arrecadado nas diferentes plataformas digitais da versão espanhola de The Blessing foi integralmente doado à Caritas Internacionalis e à World Vision para responder às necessidades suscitadas pelo impacto da pandemia de COVID-19 nas comunidades mais vulneráveis ​​a nível mundial.

Conforme confirmado pelos organizadores do Vitae Summit, este é o primeiro passo de várias ações que serão implementadas em breve. Londres, CDMX e Los Angeles são inclusive mencionadas como as próximas cidades a receber Vitae Summit, entre outras iniciativas, para dar continuidade ao trabalho iniciado no Vaticano.

Sobre a Fundação Vitae

Vitae é uma organização global sem fins lucrativos formada por diversos artistas, executivos e líderes globais cuja missão é transmitir valores universais que impactam positivamente nos corações e espíritos das pessoas através das artes, mídia de massa e entretenimento.

Nos últimos anos, graças ao apoio de várias organizações e artistas mundialmente famosos, bem como líderes globais como o Papa Francisco e a Rainha Sofia da Espanha, a Vitae lançou diferentes linhas de projetos e iniciativas culturais que impactaram positivamente centenas de milhares de pessoas ao redor do mundo, gerando múltiplos pontos de aproximação entre eles, abraçando as diferenças e assim combatendo a polarização e o ódio que ameaça a sociedade atual.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF