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segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Atuais desafios da paróquia e dos párocos

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Atuais desafios da paróquia e dos párocos

Pe. Demétrio Gomes

01/09/2022

A nova evangelização se reduziria a um simples slogan se não existissem sacerdotes, particularmente párocos que estejam à altura das exigências do mundo em que vivem.

Esta convicção, exposta no dia 19 de agosto por Bento XVI na audiência geral, é decisiva também para a paróquia, que continua estando chamada a desempenhar um papel missionário no futuro.

O tema é tratado nesta entrevista pelo promotor de Justiça substituto do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica na Santa Sé, Fr. Nikolaus Schöch, O.F.M., quem está em Lima esta semana para participar da Jornada de Formação permanente para o clero da arquidiocese.

Estes encontros abordarão diversas “Questões de administração paroquial”, na sede do seminário “São Toríbio de Mongrovejo”, em Lima.

–Hoje, qual é o principal serviço que um pároco deve oferecer aos seus fiéis?
–Fr. Nikolaus Schöch: Os sacerdotes que já estão no exercício do seu ministério, parece que hoje sofrem uma excessiva dispersão nas crescentes atividades pastorais e, frente à problemática da sociedade e da cultura contemporâneas, sentem-se impulsionados a questionar seu estilo de vida e as prioridades dos trabalhos pastorais, ao mesmo tempo em que notam, cada vez mais, a necessidade de uma formação permanente.
Com relação a isso, é preciso levar em consideração que a própria paróquia – e às vezes também a diocese ,- ainda tendo autonomia própria, não pode ser uma ilha, especialmente em nosso tempo, no qual abundam os meios de transporte e de comunicação. As paróquias são órgãos vivos do único Corpo de Cristo, da única Igreja, na qual se acolhe e se serve tanto os membros das comunidades locais como todos os que, por qualquer razão, afluem a ela em um momento que pode significar a ação da graça de Deus em uma consciência e em uma vida. Naturalmente, isso não deve transformar-se em motivo de desordem ou de irregularidades com relação às leis canônicas, que também estão ao serviço da pastoral.
Também a função de guiar a comunidade como pastor, tarefa própria do pároco, deriva de sua relação peculiar com Cristo, cabeça e pastor. É uma função que reveste caráter sacramental.
Não é a comunidade que confia esta tarefa ao sacerdote, e sim, por meio do bispo, ela lhe vem do Senhor.

–Que eixos de desenvolvimento devem existir em uma paróquia para que se possa organizar de maneira adequada e atender os fiéis convenientemente?
–Fr. Nikolaus Schöch: A paróquia, com suas celebrações litúrgicas e em seus serviços, deveria levar em consideração a mobilidade das pessoas, a confluência de muitas delas a alguns lugares e a nova assimilação geral de tendências, costumes, modas e horários.
O pároco, ao estabelecer na paróquia os horários das Missas e das confissões, deve considerar quais são os momentos mais adequados para a maior parte dos fiéis, permitindo também aos que têm dificuldades especiais de horário que possam se aproximar facilmente dos sacramentos. É preciso levar em conta não tanto a comodidade do horário para os sacerdotes, e sim as necessidades das pessoas com os horários de trabalho e estudo. Não tem muito sentido oferecer o sacramento da Penitência somente durante o horário comercial; fazendo assim, só viriam os idosos.

–Atualmente, com relação aos párocos, que critérios vale a pena levar em consideração para administrar uma paróquia eficientemente, procurando ao mesmo tempo a salvação das almas?
–Fr. Nikolaus Schöch: Enquanto partícipe da ação diretiva de Cristo Cabeça e pastor sobre seu Corpo, o sacerdote está especificamente capacitado para ser, no campo pastoral, o “homem da comunhão”: “Fazer da Igreja a casa e a escola da comunhão: eis o grande desafio que nos espera no milênio que começa, se quisermos ser fiéis ao desígnio de Deus e corresponder às expectativas mais profundas do mundo” (Novo millenio ineunte, n. 43).
Em uma época em que abundam os conselhos, é preciso recordar a responsabilidade pessoal do pároco na moderação da paróquia. Por outro lado, essa função de governo exige que seja um homem de comunhão, isto é, um homem que una toda a paróquia e não seja – isoladamente – amigo de alguns fiéis ou grupos. Tem de ser um homem que una ricos e pobres, intelectuais e pessoas simples, jovens e idosos, mães de família e solteiras, religiosos e leigos, conservadores e progressistas etc.
Nenhum pároco pode cumprir cabalmente sua missão de forma isolada ou individual, mas somente unindo suas forças às de outros presbíteros, sob a direção daqueles que estão à frente da Igreja. No futuro, será sempre mais importante a colaboração entre: os párocos de várias paróquias; os párocos e seus vigários; o clero diocesano e os membros dos institutos de vida consagrada; os clérigos e os leigos.
É preciso favorecer um especial esforço de compreensão mútua e de ajuda recíproca, inclusive as relações entre os presbíteros de mais idade e os mais jovens: uns e outros são igualmente necessários para a comunidade cristã e são apreciados pelos bispos e pelo Papa.
O Concílio Vaticano II recomenda aos de mais idade que tenham compreensão e simpatia com relação às iniciativas dos jovens; e aos jovens, que respeitem a experiência dos mais velhos e confiem neles; a uns e outros, recomenda que se tratem com afeto sincero, segundo o exemplo que deram tantos sacerdotes de ontem e de hoje; o pároco e os demais sacerdotes, inclusive os religiosos, estão chamados a testificar a comunhão na vida cotidiana.

–Como  os leigos podem contribuir para o desenvolvimento pastoral de uma paróquia?
–Fr. Nikolaus Schöch: O pároco não está obrigado a realizar pessoalmente todas as atividades na paróquia, mas a procurar que se realizem de maneira oportuna, conforme a reta doutrina e a disciplina eclesial, no seio da paróquia, segundo as circunstâncias e sempre sob a própria responsabilidade.
O ideal não é uma paróquia onde o sacerdote faz tudo. O sacerdote deve ajudar os leigos a descobrirem e realizarem sua vocação específica em comunhão com os demais fiéis. O realizador desta comunhão e desta pertença de comunhão do presbítero ao povo de Deus é o Espírito Santo. Dado que Ele impregna e motiva todas as áreas da existência, então também penetra e configura a vocação específica de cada um. Assim se forma e desenvolve a espiritualidade própria de presbíteros, de religiosos e religiosas, de pais de família, de empresários, de catequistas etc. Cada uma das vocações tem uma forma concreta e distintiva de viver a espiritualidade, que confere profundidade e entusiasmo ao exercício de suas tarefas.
O apostolado dos leigos se desenvolve em boa parte das associações e movimentos que atuam em plena sintonia eclesial e em obediência às diretrizes dos pastores. É preciso promover e sustentar as associações de fiéis.
No entanto, deve-se evitar no tecido paroquial qualquer gênero de exclusivismo ou de isolamento por parte de grupos individuais. Porém, não faltam, também desde dentro da paróquia e das associações, perigos como a burocratização, o funcionalismo, o democratismo, a planificação que atende mais a gestão que a pastoral.

–Qual é o principal desafio de um pároco na sociedade contemporânea?
–Fr. Nikolaus Schöch: Falta considerar cada paróquia a partir da perspectiva global da diocese e não ao contrário; e falta levar em consideração em sua justa medida o fiel leigo, o religioso e outros consagrados na vida da Igreja, tanto no interior da própria comunidade cristã como no que diz respeito à sua presença no mundo.
Cresce a consciência de que, além dos problemas da cultura pós-moderna, apresentam-se outros, como o da alta porcentagem de católicos que vivem longe da prática religiosa, o problema da diminuição drástica, por diversas causas, do número daqueles que se declaram católicos etc.; existe, por outro lado, o problema do crescimento extraordinário das chamadas “seitas evangélicas pentecostais” e de outras seitas.
Frente a esta realidade, é urgente acolher com generosidade o convite feito pelo Santo Padre Bento XVI, no Brasil, a uma verdadeira “missão”, dirigida aos que, inclusive tendo sido batizados, por diversas circunstâncias históricas, não foram suficientemente evangelizados por nós.
Nesta tarefa, é preciso aproveitar os meios de comunicação para evitar a expansão de uma cultura que tenta rejeitar Deus e está profundamente marcada pelo secularismo, pelo relativismo, pelo cientificismo, pela indiferença religiosa, pelo agnosticismo e por um laicismo frequentemente militante e antirreligioso.

–A pastoral que se leva a cabo em uma paróquia muitas vezes é ampla e diversa demais, de acordo com a realidade concreta de cada uma, como, por exemplo, a pastoral familiar, da saúde, entre outras. A que aspectos da pastoral é preciso dar prioridade no mundo de hoje, frente ao futuro da Igreja?
–Fr. Nikolaus Schöch: Penso que as sete prioridades que o servo de Deus João Paulo II mencionou na Novo millenio ineunte ainda são atuais: santidade, oração, santíssima Eucaristia dominical, sacramento da Reconciliação, primazia da graça e escuta e anúncio da Palavra.
Segundo o exemplo oferecido pelo santo pároco de Ars e por outros sacerdotes exemplares que exercitaram seu ministério, está no centro da atividade pastoral do pároco a administração dos sacramentos, particularmente da Eucaristia e da Penitência.
Entre as numerosas atividades que uma paróquia desenvolve, nenhuma é tão vital ou formativa para a comunidade como a celebração dominical do dia do Senhor e de sua Eucaristia. Cada paróquia, em definitivo, está fundada sobre uma realidade teológica, porque ela é uma comunidade eucarística.
Por esta razão, o Concílio Vaticano II recomenda: “procurem os párocos que a celebração do sacrifício eucarístico seja o centro e o ponto culminante de toda a vida da comunidade cristã” (Christus Dominus, n. 30). Isso significa que a paróquia é uma comunidade idônea para celebrar a Eucaristia, na qual se encontram a raiz viva da sua edificação e o vínculo sacramental do seu existir em plena comunhão com toda a Igreja.
Uma atenção particular deve ser dada pelos párocos às confissões individuais, no espírito e na forma estabelecidos pela Igreja; também à direção espiritual a quem a solicitar. Não se pode evangelizar a longo prazo sem dar a primazia a Deus e sem vida interior. Poderíamos dizer que a crise moral e social da nossa época, como os problemas apresentados tanto pelas pessoas como pelas famílias, fazem sentir com mais força esta necessidade de ajuda sacerdotal na vida espiritual. É preciso recomendar vivamente aos presbíteros um novo conhecimento e uma nova entrega ao ministério do confessionário e da direção espiritual, também por causa das novas exigências dos leigos, que têm mais desejos de seguir o caminho da perfeição cristã que o Evangelho apresenta.
No contexto do Ano Sacerdotal, recém-iniciado, a atenção às vocações ao sacerdócio e à vida consagrada constitui uma das prioridades pastorais.

–Como ajudar a evitar as nulidades matrimoniais em uma paróquia?
–Fr. Nikolaus Schöch: A experiência aconselha que as investigações e expediente sejam feitas – sempre que possível – com a suficiente antecedência e espaço de tempo, porque, em seu desenvolvimento, podem surgir alguns elementos que requerem uma mais ampla e profunda investigação. Assim se evitarão precipitações de última hora, que originam nervosismo e angústia nos contraentes e em suas famílias e, sobretudo, no próprio pároco, a quem corresponde assistir o casal.
Este tempo necessário (vários meses) é especialmente aconselhável quando os contraentes são de dioceses diferentes, para permitir às respectivas cúrias os trâmites necessários.
Na atenção pastoral, na catequese e na celebração, é preciso refletir as situações especiais, como os matrimônios precipitados, para salvaguardar a boa fama e os realizados para legalizar uma situação. Em contextos de gravidez prévia, deve ficar claro que a legitimação da futura prole não é causa justificável para um casamento que, por outros aspectos, seria desaconselhável.
Estes pontos são de singular importância no exame de contraentes e testemunhas, dada a “mentalidade divorcista” que vai se contagiando nos jovens e a crescente atitude antinatalista. A indissolubilidade e a ordenação da prole devem ficar claramente não excluídas na vontade consensual. Neste aspecto, o pároco tem uma grande tarefa de discernimento e de investigação.
Nem sempre se pode supor a maturidade psicológica dos contraentes. A percepção de um defeito neste sentido deve conduzir a um exame por parte de um especialista.

–Em uma sociedade global, como os sacerdotes podem imitar o Santo Cura de Ars, São João Maria Vianney, em seu ministério sacerdotal?
–Fr. Nikolaus Schöch: Em um mundo em que a visão comum da vida compreende cada vez menos o sagrado, em cujo lugar o “funcional” se converte na única categoria decisiva, a concepção católica do sacerdócio poderia correr o risco de perder sua consideração natural, às vezes inclusive dentro da consciência eclesial.
A paróquia de Ars era uma paróquia de camponeses e muito pequena, com somente 230 fiéis. No entanto, recorda-se que São João Maria Vianney não só ajudava os sacerdotes doentes nas paróquias vizinhas, mas ofereceu seu constante serviço de confessor e de diretor de almas a milhares de fiéis que chegavam em número sempre crescente, de todas as partes da França.
Com frequência, tanto nos ambientes teológicos como também na prática pastoral concreta e de formação do clero, confrontam-se, e às vezes se opõem, duas concepções diferentes do sacerdócio, descritas recentemente pelo Papa Bento XVI:
a) A concepção social-funcional, que define a essência do sacerdócio com o conceito de “serviço”: o serviço à comunidade, na realização de uma função. A concepção de serviço corresponde à primazia da Palavra e do serviço do anúncio.
b) A concepção sacramental-ontológica, que naturalmente não nega o caráter de serviço do sacerdócio, mas “o vê ancorado no ser do ministro e considera que este ser está determinado por um dom concedido pelo Senhor através da mediação da Igreja, cujo nome é sacramento” (Ratzinger, J. Ministério e vida do sacerdote, in: Elementi di Teologia fondamentale. Saggio su fede e ministero. Bréscia: 2005, p. 165).
A concepção sacramental-ontológica está vinculada à primazia da Eucaristia, no binômio “sacerdócio-sacrifício”.

–Que papel a paróquia está chamada a desempenhar no mundo de hoje? Ou já é uma instituição superada na atualidade?
–Fr. Nikolaus Schöch: A paróquia é uma concreta communitas christifidelium, constituída estavelmente no âmbito de uma Igreja particular, cuja pastoral é confiada a um pároco como pastor próprio, sob a autoridade do bispo diocesano. A paróquia, por isso, será sempre atual, terá sempre um futuro. A paróquia não está destinada a desaparecer.
Isso não quer dizer que não haja necessidade de mudanças. Em várias partes da Europa, há paróquias com mais de 2 mil anos de história, com as mesmas fronteiras há séculos.
Em muitas dioceses da África e da América Latina, ainda está pendente dividir paróquias com muitas pessoas, para permitir um serviço pastoral mais próximo dos fiéis.
As paróquias cidadãs são muito povoadas. É impossível que o pároco de uma paróquia de 100 mil habitantes conheça todos os seus fiéis. Será preciso dividi-las em unidades menores e mais acessíveis. Um sacerdote do meu país trabalhou como pároco de uma paróquia rural da Bolívia que é mais extensa que uma diocese na Europa e conta com 50 comunidades. Lá também será preciso prover uma nova configuração dos limites entre as paróquias para facilitar um exercício da pastoral que seja mais próximo dos fiéis.
A paróquia certamente tem futuro. A questão é somente quantas reestruturações serão necessárias em algumas regiões para que ela possa cumprir com suas funções. Graças aos meios de transporte e de comunicação, será muito importante no futuro melhorar a comunicação entre as paróquias.
Em vários países da Europa, estão nascendo as “unidades pastorais” reguladas pelo direito particular diocesano. Estão compostas por várias paróquias e chamadas a constituir juntas uma “comunidade missionária” eficaz, que trabalha em um determinado território, em harmonia com o plano pastoral diocesano. Trata-se, em resumo, de uma forma de colaboração e de coordenação interparoquial (entre 2 ou mais paróquias limítrofes). Não se suprimem as paróquias, mas se organiza uma colaboração mútua.

18º Congresso Eucarístico Nacional

18º Congresso Eucarístico Nacional | CNBB

PAPA NOMEOU O CARDEAL ANTÔNIO AUGUSTO DOS SANTOS COMO SEU ENVIADO ESPECIAL AO XVIII CONGRESSO EUCARÍSTICO NACIONAL

No sábado, 10 de setembro, o Papa Francisco nomeou o bispo emérito de Leiria-Fátima, cardeal António Augusto Dos Santos Marto, como seu enviado especial ao XVIII Congresso Eucarístico Nacional do Brasil, a ser celebrado na arquidiocese de Olinda e Recife de 11 a 15 de novembro de 2022, em parceria com o regional nordeste 2 da CNBB. O tema desta edição é “Pão em todas as mesas” e o lema “Repartiam o pão com alegria e não havia necessitados entre eles” (At 2,46).

Os interessados em participar poderão realizar um cadastro gratuito que deverá ser feito pelo endereço eletrônico: cen2020.com.br/inscrições. Ao acessar a página, o participante precisa antes escolher entre as abas “Público em Geral” ou “Bispos, Padres e Diáconos” e preencher o formulário com dados pessoais, tais como nome completo, e-mail e a qual diocese ou arquidiocese pertence.

No caso do clero, além de participar das atividades abertas do CEN, os inscritos poderão concelebrar nas missas de abertura e encerramento, desde que também apresentem o documento de identificação emitido pela CNBB ou diocese.

Voluntariado – Leigos e leigas residentes no território da Arquidiocese de Olinda e Recife não só podem participar do CEN, como são convidados a servir no evento como voluntários. As fichas de inscrição para o voluntariado e para o coral já estão disponíveis no site oficial.

Os treinamentos e os ensaios serão realizados de maneira presencial meses antes do congresso. Por esse motivo as vagas para os serviços são restritas a moradores do território da arquidiocese pernambucana.

Confira aqui a Programação.

Simpósio Teológico

O CEN reúne milhares de pessoas para professar e dar testemunho público da fé no mistério eucarístico. O encontro também é uma oportunidade para aprofundar a Teologia da Eucaristia. Nessa perspectiva, dentro da programação do congresso está prevista a realização do Simpósio Teológico, de 12 a 14 de novembro, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda. A programação contará com conferências e oficinas que serão desenvolvidas a partir do Texto-base.

O subsídio é uma das ferramentas de preparação para o CEN, que nesta edição tem como tema “Pão em todas as mesas” e lema “Repartiam o pão com alegria e não havia necessitados entre eles” (At 2,46). Para participar do Simpósio Teológico, os interessados devem preencher o formulário eletrônico específico neste link. Para essa atividade, é cobrada uma taxa de R$108, que pode ser paga com cartões de crédito e débito ou boleto bancário. Os inscritos terão direito a certificado.

De acordo com a Comissão Central do Congresso, a partir do quantitativo de inscrições será possível preparar melhor o evento e garantir uma acolhida adequada a todos. Por isso, é importante que os interessados garantam as vagas o mais rápido possível.

Com informações do VaticanNews

Qual é a igreja do Padre Kelmon, candidato à presidência do Brasil?

Padre Kelmon | Facebook
Por Francisco Vêneto

Partido apresenta chapa formada por padre e pastor, mas não há vínculo com a Igreja Católica.

Qual é a igreja do Padre Kelmon, candidato à presidência do Brasil? A pergunta tem sido formulada por muitos eleitores do país ao saberem que o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) lançou a sua chapa formada por um padre e um pastor.

O padre em questão é o baiano Kelmon Luís da Silva Souza, de 45 anos.

Sem vínculo com a Igreja Católica

Embora o termo “padre” costume evocar o sacerdócio católico para grande número de brasileiros, este não é o caso de Kelmon, que não tem vínculo com a Igreja Católica Apostólica Romana.

Alegações sobre ordenação ortodoxa

Ele próprio se apresenta como “padre ortodoxo”. No entanto, diversos portais de notícias reportam que ele não faria parte da comunhão das Igrejas Ortodoxas do Brasil. É o caso do site Poder360.

Matérias de vários outros veículos, publicadas pouco após o anúncio da candidatura de Kelmon à presidência, remetem aos conteúdos de uma reportagem publicada em 2021 pelo site esquerdista Brasil de Fato, que o acusa de ser um “estorvo para os quilombolas”.

Este site, por sua vez, se baseia em reportagens do portal Farol da Bahia, que afirma que Kelmon não teria comprovado a sua ordenação: segundo este veículo, o diácono Genê, “representante da Catedral Ortodoxa Antioquina de São Paulo e de todo o Brasil”, teria declarado que Kelmon “nunca pertenceu a uma igreja ‘de verdade’, canônica”.

Em resposta, Kelmon divulgou nas suas redes sociais algumas fotos do que descreveu como o dia da sua ordenação “na capela dedicada à Theotokos na chácara pertencente aos Melkitas”. A ordenação, segundo o próprio Kelmon, teria ocorrido em São Paulo em 2015. O Farol da Bahia, porém, afirma ter solicitado documentos que comprovem a ordenação e acrescenta não tê-los recebido. Segundo matéria do portal Yahoo!, Kelson celebraria “missas e batismos” na Bahia.

O PTB descreve Kelmon como “padre ortodoxo cristão e conservador” e informa que ele faz parte da liderança do Movimento Cristão Conservador do PTB e do Movimento Cristão Conservador Latino-Americano. A foto do candidato para a urna eletrônica o mostra vestindo uma bata preta e carregando um crucifixo.

Substituto de Roberto Jefferson

Kelmon era candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por Roberto Jefferson, que teve sua candidatura cassada em 1º de setembro pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A Corte o julgou inelegível até 24 de dezembro de 2023, baseando-se no prazo de 8 anos que deve transcorrer após o cumprimento da sua pena de condenação, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2012.

Na ocasião, Jefferson foi condenado a 7 anos e 14 dias de prisão pelo seu envolvimento no caso “Mensalão”. A pena terminaria em 2019, mas foi extinta em 2016 por decisão do ministro Roberto Barroso, que aplicou efeitos de um indulto concedido em 2015 pela então presidente Dilma Rousseff (PT). No entanto, o perdão não anulou efeitos secundários da condenação, como a inelegibilidade.

O PTB anunciou que não pretende recorrer; em vez disso, pediu o registro da candidatura de Kelmon e do pastor Luiz Cláudio Gamonal.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

O Papa aos jovens: voltar a partir apressadamente para encontros concretos

Jovens na JMJ do Panamá  (Vatican Media)

Na mensagem aos jovens para a 37ª Jornada Mundial da Juventude que se realizará, em Lisboa, em agosto de 2023, o Papa convida a seguir os passos de Maria para encontrar Jesus e ir ao encontro de quem é diferente de nós. Recorda estes tempos difíceis marcados pela pandemia e pelo drama da guerra.

Mariangela Jaguraba – Vatican News

Foi divulgada, nesta segunda-feira (12/09), a Mensagem do Papa Francisco para a XXXVII Jornada Mundial da Juventude que será celebrada na Solenidade de Cristo Rei, em 20 de novembro próximo, nas Igrejas particulares espalhadas pelo mundo, sobre o tema «Maria levantou-se e partiu apressadamente».

Francisco inicia o texto, recordando o tema da JMJ do Panamá: «Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra», reiterando que "depois daquele evento, retomamos o caminho para uma nova meta – Lisboa 2023 –, deixando ecoar em nossos corações o premente convite de Deus a levantar-nos". O verbo levantar é uma palavra que "significa também «ressuscitar», «despertar para a vida»".

"Nestes últimos tempos tão difíceis, em que a humanidade já provada pelo trauma da pandemia, e dilacerada pelo drama da guerra, Maria reabre para todos e em particular para vocês, jovens como Ela, o caminho da proximidade e do encontro. Espero e creio fortemente que a experiência que muitos de vocês irão viver em Lisboa, no mês de agosto do próximo ano, representará um novo começo para vocês jovens, com vocês e para toda a humanidade", ressalta o Papa.

Maria levantou-se

Depois da Anunciação, Maria "se levanta e põe-se em movimento, porque tem a certeza de que os planos de Deus são o melhor projeto possível para a sua vida. Maria torna-se templo de Deus, imagem da Igreja a caminho, a Igreja que sai e se coloca a serviço, a Igreja portadora da Boa Nova. Também nós, como discípulos do Senhor e como Comunidade Cristã, somos chamados a erguer-nos apressadamente para entrar no dinamismo da ressurreição e deixar-nos conduzir pelo Senhor ao longo dos caminhos que Ele nos indicar». A Mãe do Senhor é modelo dos jovens em movimento, jovens que não ficam parados diante do espelho em contemplação da própria imagem, nem «alheados» nas redes. É a mulher pascal, num estado permanente de êxodo, de saída de si mesma para o Outro, com letra maiúscula, que é Deus e para os outros, os irmãos e as irmãs, sobretudo os necessitados, como era então a prima Isabel".

...e partiu apressadamente

"Maria partiu apressadamente para a montanha. Deixou-se interpelar pela necessidade da sua prima idosa. Não ficou indiferente. Pensou mais nos outros do que em si mesma. E isto conferiu dinamismo e entusiasmo à sua vida. Perante uma necessidade concreta e urgente, é preciso agir apressadamente", ressalta o Papa na mensagem, recordando que no mundo, muitas "pessoas esperam uma visita de alguém que cuide delas! Quantos idosos, doentes, presos, refugiados precisam do nosso olhar compassivo, da nossa visita, de um irmão ou uma irmã que ultrapasse as barreiras da indiferença!" "Maria é exemplo de jovem que não perde tempo a mendigar a atenção ou a aprovação dos outros – como acontece quando dependemos daquele «gosto» nas redes sociais –, mas move-se para procurar a conexão mais genuína, aquela que provem do encontro, da partilha, do amor e do serviço", sublinha Francisco. Segundo o Papa, "a partir da Anunciação, desde aquela primeira vez quando partiu para ir visitar a sua prima, Maria não cessa de atravessar espaços e tempos para visitar os filhos carecidos da sua ajuda carinhosa".

A pressa boa

Segundo Francisco, "uma pressa boa impele-nos sempre para alto e para o outro, mas há também uma pressa não boa, como, por exemplo, a pressa que nos leva a viver superficialmente, tomar tudo levianamente sem compromisso nem atenção, sem nos envolvermos realmente no que fazemos; a pressa de quando vivemos, estudamos, trabalhamos, convivemos com os outros sem colocarmos nisso a cabeça e menos ainda o coração".

"Queridos jovens, é tempo de voltar a partir apressadamente para encontros concretos, para um real acolhimento de quem é diferente de nós, como acontece entre a jovem Maria e a idosa Isabel. Só assim superaremos as distâncias entre gerações, entre classes sociais, entre etnias, entre grupos e categorias de todo o gênero, e superaremos também as guerras. Os jovens são sempre a esperança de uma nova unidade para a humanidade fragmentada e dividida, mas somente se tiverem memória, apenas se escutarem os dramas e os sonhos dos idosos", ressalta o Papa, recordando que «não é por acaso que a guerra tenha voltado à Europa no momento em que está desaparecendo a geração que a viveu no século passado». Segundo Francisco, "há necessidade da aliança entre jovens e idosos, para não esquecer as lições da história, para superar as polarizações e os extremismos deste tempo. Maria é o modelo de como acolher este imenso dom na nossa vida e comunicá-lo aos outros, fazendo-nos por nossa vez portadores de Cristo, portadores do seu amor compassivo, do seu serviço generoso à humanidade sofredora".

Todos juntos em Lisboa!

Por fim, o Pontífice recorda que "no início do século XX, Maria quis fazer uma visita especial, quando de Fátima lançou a todas as gerações a mensagem forte e maravilhosa do amor de Deus que chama à conversão, à verdadeira liberdade". O Papa renova seu caloroso convite a "participar da grande peregrinação intercontinental dos jovens que culminará na JMJ de Lisboa em agosto do próximo ano. "Sonho, queridos jovens, que na JMJ vocês possam experimentar novamente a alegria do encontro com Deus e com os irmãos e irmãs. Depois de um prolongado período de distanciamento e separação, em Lisboa – com a ajuda de Deus – reencontraremos juntos a alegria do abraço fraterno entre os povos e entre as gerações, o abraço da reconciliação e da paz, o abraço de uma nova fraternidade missionária", conclui Francisco.

domingo, 11 de setembro de 2022

O que houve antes do Big Bang?

nebulosahelix | NASA

O que houve antes do Big Bang?

 POR PROF. FELIPE AQUINO

Não há resposta para o que houve antes do Big Bang. Para ser sincero, não se sabe nem mesmo o que pode ter causado o Big Bang e se ele foi um evento único ou se aconteceram vários (talvez infinitos!) Big Bangs. Há várias teorias, mas nenhuma aceita totalmente pela comunidade científica.

O grande sucesso da teoria do Big Bang não está em explicar como o universo surgiu, mas em como ele evoluiu a partir de um estado inicial muito compacto. O surgimento e a evolução do universo são questões diferentes. Mesmo teologicamente os conceitos são distintos, ainda que profundamente interligados. Uma coisa é dizer que Deus criou o universo a partir do nada, outra bem diferente é dizer como esse universo foi se desenvolvendo com o passar do tempo, que criaturas surgiram primeiro, etc.

Quando o padre jesuíta Georges Lemaître publicou seu primeiro trabalho sobre a expansão do universo, em 1927, não fez qualquer referência ao surgimento do cosmos. Lemaître só estava preocupado em responder a questão da expansão, propondo um modelo matemático e cosmológico consistente com a recém criada teoria da gravidade de Einstein. O jesuíta belga mostrou que era possível encontrar uma solução das equações da Relatividade Geral compatíveis com um indício de expansão do universo observado por Vesto Slipher e interpretado teoricamente por Arthur Eddington.

Somente mais tarde, em 1931 é que Lemaître publicou dois artigos discutindo maneiras de como o universo poderia ter surgido e sido colocado em expansão. Usando a complicadíssima Teoria Quântica, ainda em desenvolvimento na época, mostrou em um artigo na Revista Nature (uma das mais conceituadas do mundo), que o início poderia ter acontecido em um estado que ele denominou “ovo cósmico”. O universo estaria contido num só ponto, com temperatura e densidades infinitas quando houve uma “grande explosão” (daí o nome que a teoria ganharia mais tarde – Big Bang), dando origem ao processo de expansão e formação das estruturas que observamos hoje – desde átomos até galáxias e aglomerados de galáxias.

Portanto, ainda que a Teoria do Big Bang tenha tido um enorme sucesso científico, ela só é capaz de explicar como ocorre a expansão do universo, não como ele surgiu. Podemos dizer que certamente houve um instante de tempo em que o universo inteiro era muito pequeno, quente e denso, nada mais.

Esse instante inicial é consistente com várias possibilidades de surgimento do universo e, mais especialmente, com várias teorias sobre o que havia antes do Big Bang. É possível que o universo seja cíclico: surja, se expanda e volte a se contrair, retornando a um ponto e depois ressurja novamente. E há muitas outras possibilidades, alguma bastante esquisitas.

De qualquer maneira, pelo que sabemos de física hoje podemos dizer que certamente o tempo passava com uma velocidade bastante diferente antes do Big Bang. É provável até que enquanto o universo estivesse no estado de extrema pequenez, não houvesse passagem de tempo! Mas é mais honesto dizer que hoje os físicos não têm a resposta e que é interessante que apesar de não a termos, o modelo do Big Bang é um enorme sucesso porque explica como o universo evoluiu ao longo dos seus 14 bilhões de anos. Além disso, coloca algumas restrições importantes nas teorias sobre sua origem. Estão descartadas, por exemplo, as teorias que não consideram um universo jovem muito pequeno e em expansão.

Alexandre Zabot
Físico e doutor em Astrofísica – Professor da UFSC
www.alexandrezabot.blogspot.com.br

Como a Igreja Anglicana prepara o funeral da rainha Elizabeth II

EDDIE MULHOLLAND / POOL / AFP
Por Luís Santamaría - Ricardo Sanches

A Igreja da Inglaterra publicou algumas diretrizes para orientar os fiéis que querem rezar pela soberana falecida e seu sucessor.

Após a morte da rainha Elizabeth II na tarde de 8 de setembro, a Igreja Anglicana publicou uma série de diretrizes para seus fiéis. O objetivo é orientar a oração particular e o culto público nestes dias após a morte da soberana.

De fato, os líderes anglicanos apontam que “muitos vão querer lembrá-la em oração e também rezar pela Família Real e por todos os que estão de luto, bem como por nosso novo Rei” . Portanto, “as igrejas realizarão cultos para agradecer a vida da falecida rainha e seu serviço à nação”.

Serviços religiosos

Os arcebispos da Igreja Anglicana planejaram serviços memoriais oficiais, que “podem ocorrer antes do funeral e por sete dias após, mas não devem ocorrer no mesmo dia do funeral”.

Para isso, ofereceram sugestões para as orações e leituras bíblicas adequadas às celebrações em memória da rainha falecida. Há também indicações de orações à alma da soberana e em ação de graças ao seu reinado para serem feitas de modo privado nas famílias, instituições e comunidades.

Deve-se lembrar que os anglicanos não usam o Missal, mas sim seu próprio livro que foi criado logo após a ruptura consumada pelo rei Henrique VIII no século XVI. O que os líderes da Igreja da Inglaterra fizeram nesta ocasião foi oferecer textos que podem ser usados ​​nestes dias de luto nacional e súplica pelo novo soberano.

Não podiam faltar também os hinos, tão típicos da liturgia anglicana. Naturalmente, destacam-se três textos bíblicos que expressam a atitude do fiel em relação à morte: Salmo 23 (“O Senhor é meu pastor”), Salmo 27 (“O Senhor é minha luz e minha salvação”) e Salmo 121 (“Elevo meus olhos para os montes”).

Alguns serviços serão transmitidos no Facebook da Igreja da Inglaterra, no seu site oficial e canal do YouTube.

E o funeral real?

O funeral da rainha Elizabeth II acontecerá na Abadia de Westminster, o mesmo templo em que Elizabeth II foi coroada em 1953 e onde ela se casou anteriormente com Philip de Edimburgo, em 1947.

Livro de Oração Comum tem seu próprio rito para funerais, que prevê as orações, antífonas, leituras e hinos. Como no funeral católico, pode ser celebrado de forma independente ou no contexto da Eucaristia.

As orações são muito semelhantes às de qualquer missa fúnebre católica. Por exemplo, esta é uma possível conclusão da oração dos fiéis: “Consolai-nos na dor pela morte da nossa irmã; que a fé seja nossa consolação e a vida eterna nossa esperança”. 

De fato, haverá fórmulas e gestos típicos do funeral real que a Igreja da Inglaterra ainda não publicou, mas que levarão em conta a peculiaridade da soberana.

O corpo da rainha Elizabeth II repousará no cemitério real de Frogmore Estate, no Castelo de Windsor, ao lado do de seu marido, morto em 2021.

Livro de condolências

Além disso, a Igreja da Inglaterra, assim que a notícia da morte da rainha se tornou conhecida, disponibilizou um livro de condolências em seu site. Qualquer internauta pode participar da iniciativa, escrevendo algumas palavras. Clique aqui para deixar sua mensagem e aqui para ler o que outras pessoas escreveram.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Entidades pró-vida lançam manifesto por voto contra o aborto e a destruição da família

Imagem ilustrativa / Unsplash
Por Natalia Zimbrão

SÃO PAULO, 09 set. 22 / 11:38 am (ACI).- A Comissão Regional da Defesa da Vida (CRDV) do Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou um manifesto pelo voto pró-vida e pró-família. Segundo o coordenador da comissão, Roberto Vertamatti, a iniciativa “surgiu da preocupação de que grande parte dos cristãos, ainda que defendam e respeitem a vida, não têm uma consciência clara de que isso tem a ver com as eleições”.

O documento é intitulado “Apelo a todos os brasileiros – A vida humana, a família e a democracia estão em perigo”. Até o momento, conta com o apoio de 26 entidades pró-vida e pró-família de todo o Brasil. Segundo Vertamatti outras instituições devem se somar ao manifesto. “Nós só incluímos [o nome da instituição] após a adesão clara do organismo a partir da sua direção”, disse à ACI Digital.

Vertamatti ressaltou que, na hora de votar, o cristão não pode se deixar guiar “pela opção do aborto, da morte”. “Isso é muito claro no Catecismo da Igreja Católica, na tradição da Igreja de que a vida é o maior bem que nós temos”.

O Catecismo da Igreja Católica afirma que “a vida humana deve ser respeitada e protegida, de modo absoluto, a partir do momento da concepção. Desde o primeiro momento da sua existência, devem ser reconhecidos a todo o ser humano os direitos da pessoa, entre os quais o direito inviolável de todo o ser inocente à vida”.

“A Igreja afirmou, desde o século I, a malícia moral de todo o aborto provocado. E esta doutrina não mudou. Continua invariável. O aborto direto, isto é, querido como fim ou como meio, é gravemente contrário à lei moral”, continua o Catecismo.

O Catecismo diz ainda que “o inalienável direito à vida, por parte de todo o indivíduo humano inocente, é um elemento constitutiva da sociedade civil e da sua legislação”. Citando a instrução Domun vitae, da Congregação para a Doutrina da Fé, de 1987, o Catecismo diz ainda que “os direitos inalienáveis da pessoa deverão ser reconhecidos e respeitados pela sociedade civil e pela autoridade política. Os direitos do homem não dependem nem dos indivíduos, nem dos pais, nem mesmo representam uma concessão da sociedade e do Estado. Pertencem à natureza humana e são inerentes à pessoa, em razão do ato criador que lhe deu origem. Entre estes direitos fundamentais deve aplicar-se o direito à vida e à integridade física de todo ser humano, desde a concepção até à morte”.

O coordenador da CRCD disse que a intenção com o manifesto “não é indicar em quem votar, mas indicar em quem não votar, porque não concorda com o que defende a Igreja Católica, é completamente a antítese do que diz a nossa doutrina”.

Para Vertamatti, “hoje, a questão da vida e da família estão intimamente ligadas. A destruição da vida implica na destruição da família e a destruição da família implica na destruição da vida”.

No documento, a comissão quis apresentar para o eleitor um “pequeno histórico” do que acontece no Brasil “desde a década de 1980, com alguns pontos principais que estão encaminhando para a situação de hoje” em relação ao aborto e aos ataques à famíliam disse Vertamatti. “Nós quisemos, de uma forma educativa, mostrar o caminho: olha o que está acontecendo, é por aí que temos que verificar, buscar as origens e, partir daí, votar conscientemente”.

Entre alguns fatos em favor do aborto no Brasil destacados pelo manifesto está, por exemplo, a inauguração em 1989 do “primeiro serviço de abortos em caso de estupro”, no hospital do Jabaquara, pela então prefeita de São Paulo (SP) Luiza Erundina (PT), atual candidata a deputada federal pelo Psol. “Outros grandes hospitais seguiram este mau exemplo”, afirma o texto. Nesta época, “o aborto em caso de estupro era praticado somente até a 12ª semana de gestação e eram exigidos o exame de corpo de delito e o Boletim de Ocorrência (B.O.)”.

Em 1998, lembra o documento, o ministro da Saúde José Serra, do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), “publicou a 1ª Norma Técnica sobre o aborto em caso de estupro, estendendo esta prática até à 20ª semana de gestação e eliminando a exigência do exame de corpo de delito”.  Atualmente, Serra é candidato a deputado federal pelo PSDB.

Candidato à presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), governou o país por dois mandatos, entre 2003 e 2011. Neste período, “facilitou-se ainda mais o acesso à prática do aborto em caso de estupro”, diz o manifesto. Recorda que o ministro da Saúde Humberto Costa publicou a 2ª Norma Técnica, que “eliminou também a necessidade de apresentação do B.O” em caso de estupro para a prática do aborto. Lembra ainda que no ano de 2007, “em seu Terceiro Congresso Nacional, o PT aprovou a legalização do aborto como programa de partido, sendo o primeiro partido no Brasil a assumir oficialmente este programa”.

Já em 2013, no governo da também petista Dilma Rousseff foi apresentado no Congresso “o Projeto de Lei PLC 03/2013 que ‘dispõe sobre a atenção obrigatória e integral de pessoas em situação de violência sexual’”. O projeto foi sancionado por Dilma como lei 12.845/2013, apelidada como Lei Cavalo de Troia. “Além de obrigar todos os hospitais da rede pública ao atendimento às vítimas de violência sexual, este atendimento deve ser feito de forma “integral”, expressão ambígua que inclui também o aborto”, diz o manifesto. Ressalta ainda que na lei o aborto é “apresentado como ‘profilaxia da gravidez’, como se a gravidez fosse uma doença”.

Esta lei, porém, “não é aplicada porque falta aprovar o financiamento”. Diversos projetos para criar o “Fundo Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres” já foram apresentados, apelidados de “abortodutos”. Segundo o manifesto da Comissão do Sul 1, “quando os deputados contrários ao aborto colocaram como condição que o dinheiro do Fundo não pudesse ser utilizado, direta ou indiretamente, para procedimentos de aborto, os abortistas retiraram os vários projetos”. O último projeto apresentado sobre este tema é o PL 4251/2021, que “deu ao fundo o nome de ‘Promulher’”.

O documento da Comissão do Regional Sul 1 cita também alguns ataques à família neste período. Recorda que, em 2019, o então presidente Lula “sancionou o Plano Nacional de Direitos Humanos III, e colocou como uma de suas metas a ‘Desconstrução da Heteronormatividade’, ou seja, configurações familiares constituídas por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) devem ter os mesmos direitos das famílias constituídas por um homem e uma mulher, inclusive com relação a adoção de filhos”. “Trata-se da destruição da família”, diz a CRCD. Além disso, em 2011, o STF, “interpretando arbitrariamente a Constituição Federal, equipara a união homossexual ao ‘status’ da família normalmente constituída”.

“Por isso recomendamos encarecidamente a todos os cidadãos brasileiros, em consonância com o art. 5º da Constituição Federal, que defendam a inviolabilidade da vida humana, independentemente de suas convicções ideológicas ou religiosas, que nas próximas eleições, deem o seu voto somente a candidatos e partidos políticos contrários ao aborto e à destruição da família. Assim salvaremos também a democracia”, conclui o manifesto.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Papa: deixar-se inquietar por quem se afastou, como Deus que sofre quando nos afastamos

Papa: deixar-se inquietar por quem se afastou | Vatican News

"Recordemo-nos: Deus sempre nos espera de braços abertos, qualquer que seja a situação de vida em que nos perdemos. Como diz um Salmo, ele não adormece, ele sempre vela por nós."

Jackson Erpen - Cidade do Vaticano

Um Deus com coração de pai e mãe, que sofre quando nos distanciamos dele, quando nos perdemos, mas que continuamente vela por nós, espera o nosso retorno para nos ter em seus braços.

Jesus fazendo a refeição com os pecadores: escândalo para fariseus e escribas, ao mesmo tempo a revelação de que Deus "não exclui ninguém, deseja todos em seu banquete, porque ama a todos como filhos". 

Três parábolas da misericórdia que resumem o coração do Evangelho: Deus é Pai e vem nos procurar sempre que nos perdemos.

Inspirado no Evangelho de Lucas da liturgia do dia, o Papa convidou os milhares de peregrinos e turistas reunidos na Praça São Pedro para o Angelus dominical - a também a nós -, a prestar atenção na "inquietação pela falta", aspecto comum aos protagonistas das parábolas: um pastor que procura a ovelha perdida, uma mulher que encontra a moeda perdida e o pai do filho pródigo.

Os três - explicou Francisco - se fizessem alguns cálculos, poderiam ficar tranquilos: "ao pastor falta uma ovelha, mas tem outras noventa e nove; à mulher uma moeda, mas tem outras nove; e também o Pai tem outro filho, obediente, a quem se dedicar. Por que pensar no outro que se foi, para viver uma vida desregrada?" Mas em seus corações, "existe uma inquietação por aquilo que falta: a ovelha, a moeda, o filho que foi embora."

“Quem ama se preocupa com aqueles que faltam, sente saudades de quem está ausente, procura quem se perdeu, espera por quem se afastou. Porque quer que ninguém se perca.”

Irmãos e irmãs - disse o Papa - Deus é assim:

Ele não fica "tranquilo" se nos afastamos d'Ele, ele sofre, treme no seu íntimo; e sai a nossa procura, até que nos traga de volta em seus braços. O Senhor não calcula as perdas e os riscos, tem um coração de pai e de mãe, e sofre com a falta dos filhos amados. "Mas por que sofre se este filho é um desgraçado, se foi embora? Sofre, sofre. Deus sofre com a nossa distância e, quando nos perdemos, espera o nosso retorno. Recordemo-nos: Deus sempre nos espera, Deus sempre nos espera de braços abertos, qualquer que seja a situação de vida em que nos perdemos. Como diz um Salmo, ele não adormece, ele sempre vela por nós.

Como costuma fazer em suas reflexões, o Papa faz o convite para olharmos para nós mesmos e nos perguntarmos:

Imitamos o Senhor nisso, ou seja, temos a inquietação pela falta? Temos saudades de quem está ausente, dos que se afastaram da vida cristã? Carregamos essa inquietação interior ou permanecemos calmos e imperturbáveis ​​entre nós? Em outras palavras, quem falta em nossas comunidades, realmente nos faz falta ou fazemos de conta e não toca o coração? Quem falta na minha vida, realmente faz falta? Ou estamos bem entre nós, tranquilos e felizes em nossos grupos -"não, vou a um grupo apostólico, muito bom...-, sem nutrir compaixão por quem está distante? Não se trata somente de estar “aberto aos outros”, é Evangelho! O pastor da parábola não disse: "Já tenho noventa e nove ovelhas, quem me faz ir procurar a perdida, a perder tempo?" Ao invés disso Ele foi.

Neste sentido, a exortação a fazermos uma reflexão sobre nossas relações:

Eu rezo por quem não acredita, por quem está longe, por quem está amargurado? Atraímos os distantes pelo estilo de Deus, este estilo de Deus que é proximidade, compaixão e ternura? O Pai pede que estejamos atentos aos filhos que mais lhe fazem falta. Pensemos em alguém que conhecemos, que está ao nosso lado e que talvez nunca tenham ouvido alguém dizer: “Sabe? Tu és importante para Deus”. "Mas, por favor, eu estou em situação irregular, fiz isto errado, mais isso.". Tu és importante para Deus: dizer isso. Tu não o buscas, mas Ele te busca.

Deixemo-nos inquietar, que sejamos homens e mulheres de coração inquieto, deixemo-nos inquietar por estas interrogações e rezemos a Nossa Senhora, mãe que não se cansa de nos procurar e de cuidar de nós, seus filhos.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

24º Domingo do Tempo Comum – Ano C

Volta do Filho Pródigo | Ujucasp

ANO C
24º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Tema do 24º Domingo do Tempo Comum

A liturgia deste domingo centra a nossa reflexão na lógica do amor de Deus. Sugere que Deus ama o homem, infinita e incondicionalmente; e que nem o pecado nos afasta desse amor…
A primeira leitura apresenta-nos a atitude misericordiosa de Jahwéh face à infidelidade do Povo. Neste episódio – situado no Sinai, no espaço geográfico da aliança – Deus assume uma atitude que se vai repetir vezes sem conta ao longo da história da salvação: deixa que o amor se sobreponha à vontade de punir o pecador.
Na segunda leitura, Paulo recorda algo que nunca deixou de o espantar: o amor de Deus manifestado em Jesus Cristo. Esse amor derrama-se incondicionalmente sobre os pecadores, transforma-os e torna-os pessoas novas. Paulo é um exemplo concreto dessa lógica de Deus; por isso, não deixará de testemunhar o amor de Deus e de Lhe agradecer.
O Evangelho apresenta-nos o Deus que ama todos os homens e que, de forma especial, Se preocupa com os pecadores, com os excluídos, com os marginalizados. A parábola do “filho pródigo”, em especial, apresenta Deus como um pai que espera ansiosamente o regresso do filho rebelde, que o abraça quando o avista, que o faz reentrar em sua casa e que faz uma grande festa para celebrar o reencontro.

LEITURA I – Ex 32, 7-11.13-14

MENSAGEM

O tema fundamental que o texto nos propõe gira à volta da resposta de Deus ao pecado do Povo.
A primeira parte (vers. 7-10) descreve o pecado do Povo e uma primeira reação de Deus. Perante a ausência de Moisés no monte sagrado, o Povo constrói um bezerro de oiro. O bezerro de ouro não pretende ser um novo deus, mas uma imagem de Jahwéh (“este é o teu Deus, Israel, que te fez sair da terra do Egito” – vers. 8); de qualquer forma, o Povo “desviou-se do caminho” que Deus lhe havia ordenado, pois infringiu o segundo mandamento do Decálogo (segundo o qual, Israel não devia fazer imagens de Jahwéh: por um lado, o não representar Deus permitia salvaguardar a transcendência de Jahwéh, já que a “imagem” era uma definição de Deus e Deus não pode ser definido pelo homem; por outro lado, a luta contra os deuses e cultos pagãos era impossível se não se proibiam também os seus símbolos e imagens). O pedido de Deus a Moisés (“agora deixa-Me; a minha cólera vai inflamar-se contra eles e destruí-los-ei; mas farei de ti uma grande nação” – vers. 10) pode ser posto em paralelo com a promessa a Abraão de Gn 12,2: Deus fala de tudo recomeçar com Moisés, como fez com Abraão.
Na segunda parte (vers. 11-14), descreve-se a intercessão de Moisés e a misericórdia de Deus. O texto começa com a referência a Moisés que “deitou água na fervura” (literalmente: “acalmou a face de Deus” – vers. 11a). As palavras de intercessão de Moisés (vers. 11b-13) não fazem referência aos méritos do Povo, mas à honra de Deus e à sua fidelidade às promessas assumidas para com o Povo no âmbito da aliança.
A resposta final de Deus (vers. 14) põe em relevo a sua misericórdia. Não são os méritos do Povo que sustêm o castigo; mas é o amor de Deus, a sua lealdade aos compromissos, a sua “justiça” (que é misericórdia, ternura, bondade) que acabam por triunfar. O amor infinito de Deus pelo seu Povo acaba sempre por falar mais alto do que a sua vontade de castigar os desvios e infidelidades.

LEITURA II – 1 Tim 1, 12-17

MENSAGEM

No texto que nos é proposto, Paulo recorda, agradecido, a sua história de vocação. O apóstolo afirma que recebeu de Cristo o seu ministério; e proclama que isso se deve, não aos seus méritos, mas à misericórdia de Deus.
Paulo tem consciência do seu passado de perseguidor violento da Igreja de Cristo. É verdade que Paulo atuou dessa forma por ignorância; no entanto, isso não o exime de culpa… Apesar desse passado duvidoso, Deus, na sua bondade, cumulou-o da sua graça.
Paulo reconhece que Cristo “veio ao mundo para salvar os pecadores”, entre os quais Paulo se inclui. Pelo exemplo de Paulo, fica evidente a misericórdia e a magnanimidade de Deus, que se derrama sobre todos os homens, sejam quais forem as faltas cometidas. A partir deste exemplo, todos os homens são convidados a tomar consciência da bondade de Deus e a responder-lhe da mesma forma que Paulo: com o dom da vida e com o empenho sério no testemunho desse projeto de amor que Deus tem para oferecer. O profundo reconhecimento que Paulo sente diante da misericórdia com que Deus o distinguiu leva-o a um canto de louvor que, neste texto, apresenta contornos litúrgicos (“ao rei dos séculos, Deus imortal, invisível e único, honra e glória pelos séculos dos séculos, amém” – vers. 17).

EVANGELHO – Lc 15, 1-32

MENSAGEM

As três parábolas da misericórdia pretendem, portanto, justificar o comportamento de Jesus para com os publicanos e pecadores. Elas definem a “lógica de Deus” em relação a esta questão.

A primeira parábola (vers. 4-7) é a da ovelha perdida. Trata-se de uma parábola que, lida à luz da razão, é ilógica e incoerente, pois não é normal abandonar noventa e nove ovelhas por causa de uma; também não faz sentido todo o espalhafato criado à volta de um facto banal como é o reencontro com uma ovelha que se extraviou… Nesses exageros e nessas reações desproporcionadas revela-se, contudo, a mensagem essencial da parábola… O “deixar as noventa e nove ovelhas para ir ao encontro da que estava perdida” mostra a preocupação de Deus com cada homem que se afasta da comunidade da salvação; o “pôr a ovelha aos ombros” significa o cuidado e a solicitude de Deus, que trata com cuidado e com amor os filhos que se afastaram e que necessitam de cuidados especiais; a alegria desproporcionada do pastor que encontrou a ovelha mostra a alegria de Deus, sempre que encontra um filho que se afastou da comunhão com Ele.
A segunda parábola (vers. 8-10) reafirma o ensinamento da primeira. O amor misericordioso e constante de Deus busca aquele que se perdeu e alegra-se quando o encontra. A imagem da mulher preocupada, que varre a casa de cima a baixo, ilustra a preocupação de Deus em reencontrar aqueles que se afastaram da comunhão com Ele. Também aqui há, como na parábola anterior, a referência à alegria do reencontro: essa alegria manifesta a felicidade de Deus diante do pecador que volta.
A terceira parábola (vers. 11-32) apresenta o quadro de um pai (Deus), em cujo coração triunfa sempre o amor pelo filho, aconteça o que acontecer. Ele continua a amar o filho rebelde e ingrato, apesar da sua ausência, do seu orgulho e da sua autossuficiência; e esse amor acaba por revelar-se na forma emocionada como recebe o filho, quando ele resolve voltar para a casa paterna. Esta parábola apresenta a lógica de Deus, que respeita absolutamente a liberdade e as decisões dos seus filhos, mesmo que eles usem essa liberdade para buscar a felicidade em caminhos errados; e, aconteça o que acontecer, continua a amar, a esperar ansiosamente o regresso do filho, preparado para o acolher com alegria e amor. É essa a lógica que Jesus quer propor aos fariseus e escribas (os “filhos mais velhos”) que, a propósito dos pecadores que tinham abandonado a “casa do Pai”, professavam uma atitude de intolerância e de exclusão.
O que está, portanto, em causa nas três parábolas da misericórdia é a justificação da atitude de Jesus para com os pecadores. Jesus deixa claro que a sua atitude se insere na lógica de Deus em relação aos filhos afastados. Deus não os rejeita, não os marginaliza, mas ama-os com amor de Pai… Preocupa-se com eles, vai ao seu encontro, solidariza-Se com eles, estabelece com eles laços de familiaridade, abraça-os com emoção, cuida deles com solicitude, alegra-Se e faz festa quando eles voltam à casa do Pai. Esta é a forma de Deus atuar em relação aos seus filhos, sem excepção; e é essa atitude de Deus que Jesus revela ao acolher os pecadores e ao sentar-Se com eles à mesa. Por muito que isso custe aos fariseus, essa é a lógica de Deus; e todos os “filhos de Deus” devem acolher esta lógica e atuar da mesma forma.
Grupo Dinamizador:
P. Joaquim Garrido, P. Manuel Barbosa, P. José Ornelas Carvalho
Província Portuguesa dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos)
LISBOA – Portugal

Fonte: www.dehonianos.org

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF