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domingo, 18 de setembro de 2022

Reflexão para o XXV Domingo do Tempo Comum - Ano C

Evangelho do domingo

“Ninguém pode servir a dois senhores... a Deus e ao dinheiro. Quem é fiel nas pequenas coisas também é fiel nas grandes; quem é injusto nas pequenas também é injusto nas grandes!"

Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican News

Neste domingo nosso relacionamento com Deus é analisado para que possa crescer em maturidade e intensidade.

Com certeza interferirá de modo muito forte nosso relacionamento com o irmão. Deus, como o Pai, tem como muito importante para que nossa relação com Ele “vá de vento em popa” nossa relação com o irmão, principalmente com aquele que é carente de algum dom para que tenha uma vida feliz.

Estar bem com Deus, supõe estar bem com o irmão. Egoísmo, egocentrismo não encontra espaço no relacionamento com o Senhor. Já quando os discípulos pediram a Jesus que os ensinasse a rezar, lhes deu como modelo a oração do Pai-Nosso. Portanto quem quer rezar bem, deve ter um bom relacionamento com o outro, só assim poderá falar com o Outro.

A leitura da Profecia de Amós critica severamente aquele que maltrata o irmão, que olha a vida com olhos oportunistas para tirar proveito da situação adversa em que está o carente.

O Evangelho mostra a esperteza de um administrador corrupto que ao soube agir de modo previdente quando foi informado da chegada do momento de prestação de contas ao proprietário. Ele não se desculpa com o patrão, mas age de modo inteligente para com os devedores. Na verdade, todos são devedores em relação ao patrão.

Tanto as pessoas que haviam feito empréstimos, como o administrador que não correspondeu às promessas da contratação. Ele teve para com os devedores uma atitude amiga e envolvente que os tornassem gratos à sua ação.

Jesus o elogia porque ele soube agir de modo excelente com os bens materiais e não ficar na “rua da amargura” quando chegasse a hora de prestar contas.

Todos nós somos esse mau administrador, que não fomos fiéis às promessas batismais, especialmente ao amor a Deus e ao Próximo. Sabendo chegar nosso fim – mais cedo ou mais tarde nos encontraremos diante do Senhor e deveremos prestar contas de nossa vida, de tudo de bom que tivemos e nos foi proporcionado – tenhamos feito amigos com o que não nos pertence, ou seja, todos os bens são dons de Deus.

Se usarmos esses bens em favor do carente, estaremos transformando aquilo que é material em espiritual e além da “gratidão” de Deus porque “fizemos o bem ao menor de seus irmãos”, teremos esses carentes, gratos, rogando ao Senhor que perdoe nossas faltas. E o primeiro a rogar a Deus por nós, para que nos perdoe, será o próprio Jesus, o Filho de Deus que se fez irmão de todos os homens, especialmente dos carentes.

O Cristo de Leonardo da Vinci

Courtesy of the Leonardo da Vinci International Committee
Por Átila Soares da Costa Filho

Desenho do mestre italiano seria também um autorretrato?

Para além do que recentes exames científicos já confirmaram sobre o polêmico “Cristo de Lecco”, desenho do século XVI pertencente a uma coleção italiana privada, suas características técnicas também nos sugerem fortemente que o mesmo seja um trabalho das mãos de Leonardo da Vinci.

Um exemplo é o uso do “sfumatto”, libertando o traço do plano 2-D e o elevando a um nível de notória transcendência 3-D. A segurança e firmeza dos mesmos traços, assim como a elegância do estilo, associadas à peculiar dignidade psicológica transmitida pelo olhar da figura do Cristo se autoimpõem como marcas autorais do próprio Leonardo. Estas peculiaridades são bastante similares ao que vemos em sua obra mais célebre, a “Mona Lisa” (executado em algum momento entre 1513-1517) – a mesma, também inserida nesta experiência meditativa do autor, quando em comparação com sua versão mais jovem, a “Mona Lisa de Isleworth”, de 1506.

Implicações filosóficas

O grande interesse de Leonardo pela busca de um ideal da beleza maior (ordem) residia sobre o princípio dual ou “dos opostos” nas coisas. Essa questão do dualismo nos remete a Heráclito de Éfeso (535-475 a.C.) e seus pensamentos sobre o cosmo e o uno, o devir e a harmonia. Em especial, na iconografia de Da Vinci que aborda o tema juventude-maturidade, vemos alguns exemplos de como tais implicações filosóficas o seduziam. Como exemplificado em meu livro “A Jovem Mona Lisa”, temos, então, aquele desenho conservado na Universidade de Oxford, Christ Church, do conjunto “Alegoria à política de Milão”, executado entre 1483 e 1487.

Ali, podemos achar uma composição denominada “O Espelho das Feiticeiras” onde, diante do artefato mágico, uma mulher se coloca, ao mesmo tempo, velha e jovem. Também surge aí um outro curioso desenho: a “Alegoria da Dor e do Prazer”, de 1480, onde se vê duas figuras masculinas – um rapaz e um senhor – que se projetam do mesmo corpo. A ideia aí é ilustrar a necessidade do prazer para a existência da dor, e da dor para a existência do prazer: ou seja, a questão dos unos e dos opostos.

Cristo de Lecco

Tendo em vista os tantos pontos de analogia, o “Cristo de Lecco”, poderá ser o contraponto mais jovem ao clássico “Autorretrato” da Biblioteca Real de Turim, juntando-se à iconografia dos opostos criada nas obras de Leonardo. Suas intenções com relação a esta versão intrigam: a imagem nos revelaria um rejuvenescimento sobre si mesmo ao se idealizar na imagem do Messias, e confrontando seu autorretrato como ancião.

Além disto, deve-se ter em mente que o desenho de Turim, na verdade, é uma projeção imaginada pelo artista para uma idade mais avançada que a que realmente atingiu: ele o executou por volta dos 60 anos (tendo morrido aos 67), enquanto que a obra lembra alguém pelo menos 15 anos mais velho. Esses dados indicam um conteúdo mais narrativo e conceitual do que figurativo ou naturalista para este autorretrato: isto é, junto com a versão de Lecco, poderíamos falar num discurso sobre a harmonia dos opostos. 

Courtesy of the Leonardo da Vinci International Committee

Provável (auto) retrato de Da Vinci, o “Cristo de Lecco” seria o contraponto necessário ao celebre desenho mantido na Biblioteca Real de Turim?

A versão em Turim, finalmente, para Leonardo, só poderia ter existido se também houvesse outro ponto de equilíbrio por meio de uma versão anterior, sobre o qual ele pudesse exercer melhor um nível de pensamento além, onde os opostos orquestram o movimento da História e de toda a criação. E este contraponto é o que nos revela a descoberta de Lecco.

Se para Leonardo o núcleo da vida é a própria constância das inconstâncias, mudança e devir, a sanguínea de Lecco pode ser, então, um legado significante em forma de desenho: um testemunho da Arte como instrumento de meditação sobre os mistérios da roda invisível da vida. 

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Nossa Senhora da Defesa

Nsa. Senhora da Defesa | arquisp
18 de setembro

Nossa Senhora da Defesa

Nossa Senhora começou a ser venerada com esse título primeiramente na Catedral de Ozieri, que fica em Sassari, na Itália. Depois a devoção se espalhou pelo mundo.

Origens

O título Nossa Senhora da Defesa nasceu a partir de um episódio histórico, ocorrido na época das imigrações. Durante um rigoroso inverno, um exército dos Godos, vindos do norte, instalou-se ameaçadoramente na Bacia de Ampezzano, na Itália. Os habitantes da região logo começaram a se reunir para organizar uma defesa. Acontece que eram pobres, não tinham armas nem um exército treinado capaz de vencer inimigo tão poderoso. Por isso, começaram a se reunir para rezar, pedindo ajuda a Nossa Senhora. O povo permaneceu unido, em oração, pedindo e esperando auxílio do céu.

Nossa Senhora defende

Quando o exército Gogo partiu para o ataque, o povo intensificou as orações. De repente, ela, Nossa Senhora, apareceu sobre as nuvens. Ela estava com uma espada de fogo na mão direita e segurando o Menino Jesus no braço esquerdo. Em seguida, ela desceu sobre o local onde aconteceria o massacre. Nesse momento, nuvens espessas causaram enorme escuridão, de tal forma que os godos nada podiam ver. Atordoados e confundidos, começaram a lutar contra eles mesmos até que, por fim, destruíram-se uns aos outros. O povo italiano, emocionado e agradecido, a partir desse momento, passou a chamar a Virgem Maria de Nossa Senhora da Defesa.

Santuário

O mais antigo Santuário dedicado a Nossa Senhora da Defesa foi erguido em 1750. E, bem acima da porta principal, na fachada da igreja, uma pintura representa a história, contada através das gerações, sobre como Nossa Senhora da Defesa defendeu o povo da Bacia de Ampezzano. Entrando no santuário, vê-se no altar mor a estátua de Nossa Senhora da Defesa. Esta vem sendo venerada desde o Século XIV. Neste e em vários outros Santuários dedicados a Nossa Senhora da Defesa armazena-se milhares de relatos de milagres e graças alcançadas através da intercessão de Nossa Senhora da Defesa.

Oração a Nossa senhora da Defesa

“Oh! Nossa Senhora da Defesa, virgem poderosa, recorro a Vossa proteção contra todos os assaltos do inimigo, pois Vós sois o terror das forças malignas. Eu seguro no Vosso manto santo e me refugio debaixo dele para estar guardado, seguro e protegido de todo mal. Mãe Santíssima, Refúgio dos pecadores, Vós recebestes de Deus o poder para esmagar a cabeça da serpente infernal e com a espada levantada afugentar os demônios que querem acorrentar os filhos de Deus. Curvado sobre o peso dos meus pecados venho pedir a Vossa proteção hoje e em cada dia da minha vida, para que vivendo na luz do vosso filho, Nosso Senhor Jesus Cristo eu possa depois desta caminhada terrena, entrar na pátria celeste. Amém!”

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

Guatemala: liberdade está em risco quando nome de Deus se mistura com interesses de grupos

Foto de arquivo 2021 - 200 anos de Independsência da Guatemala (AFP)

A Independência da Guatemala, o dom da liberdade, não se refere apenas à emancipação política, mas é um apelo à "liberdade integral". "Em outras palavras, juntamente com as celebrações, somos chamados a refletir sobre a 'escravidão atual' como diz o Papa Francisco: materialismo, violência dentro e fora da família, crime organizado e tráfico de drogas, também fonte de violência", diz dom Palma Paúl, detendo-se sobre o "dom da liberdade", que se preserva e aumenta acima de tudo com a prática da Fé.

Vatican News

"O dom da liberdade está em perigo quando na já acelerada competição política o nome de Deus se mistura com os interesses de grupos, a fim de alcançar o poder para servir a si mesmos e não para servir ao cidadão: tudo isso acaba no mesmo quadro da corrupção e da impunidade."

É um convite "à oração e à reflexão sobre a vida da Igreja e da sociedade" neste mês de setembro, na Guatemala mês da Pátria e da Bíblia, lançado pelo bispo de Escuintla, dom Victor Hugo Palma Paúl, que escreve: "ser sempre grato pela Pátria é um sinal de humildade e de reconhecimento pelo dom de ser chamados a construir constantemente, com misericórdia, com justiça e segundo a fé e os valores cívicos, a terra de Escuintla".

A Palavra de Deus nos indica a autêntica liberdade

Em particular, o bispo destaca que a Palavra de Deus, celebrada de maneira especial este mês em todas as paróquias, nos indica a autêntica liberdade, "aquela que é dada pelo Filho de Deus, e precisamente porque é um dom que pode ser perdido, transformando-se em libertinagem" (cf. Gálatas 5,1-6).

A Independência da Guatemala, o dom da liberdade, não se refere apenas à emancipação política, mas é um apelo à "liberdade integral". "Em outras palavras, juntamente com as celebrações, somos chamados a refletir sobre a 'escravidão atual' como diz o Papa Francisco: materialismo, violência dentro e fora da família, crime organizado e tráfico de drogas, também fonte de violência na costa sul".

Construir Guatemala baseada na fraternidade e no perdão

O bispo de Escuintla se detém, em seguida, sobre o "dom da liberdade", que se preserva e aumenta acima de tudo com a prática da Fé. "Este dom começa na família, escola da liberdade, do amor e do respeito", evidencia o bispo Victor Hugo, onde se ensina a superar o egoísmo, a infidelidade e o amor ao dinheiro, fonte de todo o mal.

Na conclusão da mensagem, o bispo nos convida a nos perguntarmos, a partir da Palavra de Deus: "Estou eu e estamos nós livres dos deuses materiais do mundo? Em seguida, o prelado invoca a intercessão de Nossa Senhora das Dores, celebrada em 15 de setembro, Dia da Independência, "modelo de proximidade e esperança" para construir uma Guatemala diferente, baseada na fraternidade e no perdão, no culto ao verdadeiro Deus, no respeito e na proximidade a nossos irmãos e irmãs mais pobres.

(com Fides)

Papa Francisco adverte sobre o perigo de "cientistas da pastoral"

Papa Francisco no avião de volta do Cazaquistão / Vatican Media

VATICANO, 16 set. 22 / 03:26 pm (ACI).- “Às vezes - estou falando de todos, em geral, não só da Alemanha – se pensa como renovar, como tornar a pastoral mais moderna: isso é bom, mas sempre que esteja nas mãos de um pastor. Se a pastoral está nas mãos dos ‘cientistas’ da pastoral, que opinam aqui e dizem o que deve ser feito lá...” não funciona, disse o papa Francisco na entrevista coletiva no voo de volta do Cazaquistão a Roma ontem (15).

“Jesus fez a Igreja com pastores, não com líderes políticos. Ele fez a Igreja com gente ignorante, os doze eram um mais ignorante que o outro e a Igreja foi adiante”, disse o papa.

Respondendo a uma pergunta de Rudolf Gehrig, o correspondente de língua alemã no Vaticano do grupo ACI e da EWTN, grupo de comunicação a que pertence a ACI Digital, sobre o declínio na Europa dos fiéis que assistem à missa dominical, o papa disse que “é verdade que o espírito de secularização, do relativismo, questiona essas coisas, é verdade”.

O papa falou da importância de “ser coerente com a própria fé”. “Um bispo ou um padre que não é coerente, os jovens têm olfato... e então tchau!”.

“Quando uma Igreja, seja ela qual for, em algum país ou em um setor, pensa mais no dinheiro, no desenvolvimento, nos planos pastorais e não na pastoral, e se vai para aquele lado, isso não atrai as pessoas”, disse Francisco.

O papa recordou a publicação da carta que escreveu há dois anos ao povo alemão, ocasião em que "houve pastores que a publicaram e a divulgaram de pessoa a pessoa..." e disse que "quando o pastor está próximo do povo, ele diz: o povo deve saber o que o papa pensa. Acredito que os pastores devem continuar indo em frente, mas se perderam o cheiro das ovelhas e as ovelhas perderam o cheiro dos pastores, não se vai adiante”.

Para Francisco, é importante que na Igreja haja “o olfato do rebanho com o pastor e do pastor com o rebanho” e acrescentou “quando há uma crise num lugar, numa província... Eu me pergunto: o pastor está em contato, está próximo ao rebanho? Esse rebanho tem um pastor? O problema são os pastores”.

O papa Francisco sugeriu a leitura do "Comentário de santo Agostinho sobre os pastores" que "lê-se em uma hora" porque, para ele, "é uma das coisas mais sábias que foram escritas para os pastores e com isso você pode qualificar este ou aquele pastor”.

“Não se trata de modernizar: certamente é preciso atualizar-se com métodos, isso é verdade, mas se falta o coração do pastor, nenhuma pastoral funciona. Nenhuma”, concluiu o papa.

Fonte: https://www.acidigital.com/

O Papa recebe o presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara

A Audiência do Papa Ao Presidente Alassane Ouattara (Vatican Media)

A audiência de Francisco com o mandatário da nação africana, Alassane Ouattara, na manhã deste sábado, 17 de setembro, no Palácio Apostólico, e a prossecução das conversações no Vaticano. Entre os temas abordados, o processo de reconciliação no país do oeste da África e a questão da segurança na região do Sahel.

Raimundo de Lima - Vatican News

O Santo Padre Francisco recebeu em audiência este sábado, 17 de setembro, no Palácio Apostólico Vaticano, o Presidente da República da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, que posteriormente se encontrou com o Secretário de Estado Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, acompanhado do Secretário das Relações com os Estados e as Organizações Internacionais, dom Paul Richard Gallagher.

Audiência do Papa Francisco ao Presidente Ouattara, acompanhado de sua comitiva
(Vatican Media)
O Presidente Alassane chegando ao Palácio Apostólico (Vatican Media)
O Presidente Ouattara, a consorte e comitiva com o Papa (Vatican Media)

Reconciliação e contribuição da Igreja no país africano

Um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé informa que durante as cordiais conversações na Secretaria de Estado foram enfatizadas as boas relações entre a Santa Sé e a Costa do Marfim, e alguns aspectos da situação social e econômica do país foram discutidos no contexto do processo de reconciliação, bem como a apreciada contribuição da Igreja católica nos campos da educação e da saúde.

África Ocidental, região do Sahel e segurança regional

Ademais, na prossecução das conversações houve também uma troca de opiniões sobre a situação internacional, com referência aos países da África Ocidental e da região do Sahel e à segurança regional.

sábado, 17 de setembro de 2022

Arcebispo ortodoxo e quase todas as suas paróquias se convertem à Igreja Católica

Ігор Ісіченко | Facebook
Arcebispo ortodoxo ucraniano Ihor Isichenko, que se converteu à Igreja Católica
Por Francisco Vêneto

O impacto da decisão de Ihor Isichenko é poderoso, já que ele é um dos líderes cristãos de maior prestígio na Ucrânia.

Um arcebispo ortodoxo ucraniano e quase todas as suas paróquias se convertem à Igreja Católica, mais especificamente à Igreja Greco-Católica da Ucrânia, que está em plena comunhão com a Santa Sé.

Segundo informações do site católico The Pillar, o arcebispo Ihor Isichenko, anteriormente líder da Igreja Autocéfala Ucraniana na diocese de Kharkiv-Poltava, percorreu uma trajetória de mais de sete anos de conversão até efetivar plenamente a sua união à Igreja Greco-Católica do seu país no começo deste ano.

O processo de conversão teve início devido à sua constatação de que as divisões internas entre os ortodoxos eram profundas demais para possibilitar a unidade. Ele concluiu que o caminho da comunhão se daria na Igreja Greco-Católica Ucraniana.

O impacto da sua decisão é poderoso, já que Ihor Isichenko é um dos líderes cristãos de maior prestígio na Ucrânia.

De fato, desde a sua união ao catolicismo, a maior parte das paróquias sob a sua antiga jurisdição como arcebispo ortodoxo também aderiram à Igreja Católica, passando a fazer parte do Exarcado Católico Ucraniano de Kharkiv e da Arquieparquia de Kiev.

As restantes optaram por ingressar em outras comunhões ortodoxas.

Quanto a dom Ihor Isichenko, ele agora é arcebispo emérito e exerce um cargo diretivo na Universidade Católica Ucraniana.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Papa Francisco fala sobre relação da Santa Sé com a China

Imagem Ilustrativa / Pixabay

Vaticano, 16 set. 22 / 01:11 pm (ACI).- O papa Francisco falou sobre as relações da Santa Sé com a China no voo de volta de sua viagem ao Cazaquistão e disse que “há uma comissão bilateral Vaticano-Chinesa que está indo bem, lentamente, porque o ritmo chinês é lento, eles têm uma eternidade para ir adiante".

Para o papa, os chineses são "um povo com uma paciência infinita".

Respondendo sobre as relações entre a Santa Sé e o governo chinês, pouco antes do julgamento contra o bispo emérito de Hong Kong, cardeal Joseph Zen Ze-kiun, o papa disse que “para entender a China precisa-se de um século, e nós não vivemos um século".

O bispo emérito de Hong Kong e outros quatro serão julgados a partir da próxima segunda-feira, 19 de setembro, acusados de não registrar adequadamente um fundo de ajuda humanitária pró-democracia do qual eram curadores.

Para Francisco, “a mentalidade chinesa é uma mentalidade rica e quando fica um pouco doente, perde sua riqueza, é capaz de cometer erros”. E, “para entender”, o papa disse que “escolhemos o caminho do diálogo”.

“Partindo das experiências que tivemos em precedência: pensemos nos missionários italianos que foram para lá e foram respeitados como cientistas; pensemos também hoje, muitos sacerdotes ou crentes que foram chamados pelas universidades chinesas porque isso dá valor à cultura", disse Francisco. “Não é fácil entender a mentalidade chinesa, mas ela deve ser respeitada, eu sempre a respeito. E aqui no Vaticano há uma comissão de diálogo que está indo bem, o cardeal Parolin a preside e no momento ele é o homem que mais sabe sobre a China e o diálogo chinês”.

Francisco disse que "é uma coisa lenta, mas estão sendo dados passos adiante".

“Não me agrada descrever a China como antidemocrática por ser um país muito complexo... Sim, é verdade que há coisas que nos parecem antidemocráticas, isso é verdade. O cardeal Zen vai a julgamento nestes dias, se não me engano. E ele diz o que sente”.

Para o papa, “pode-se ver que ali há limitações”. “Mais do que qualificar, porque é difícil, não me agrada qualificar, são impressões, tento apoiar o caminho do diálogo. Com o diálogo se esclarecem muitas coisas”, disse ele.

Francisco disse que este caminho de diálogo é aplicável em outras áreas além da relação da China com a Igreja Católica, "por exemplo a extensão da China, os governadores das províncias são todos diferentes, há culturas muito diferentes dentro da China, é um gigante”.

“Entender a China é algo gigantesco. Mas não devemos perder a paciência”, disse o papa.

Respondendo sobre se conseguiu ter algum tipo de contato com o presidente chinês, Xi Jinping, que estava no Cazaquistão nestes dias, o papa disse: " Ele estava em visita de Estado lá, mas eu não o vi".

A agência de notícias Reuters informou que, segundo uma fonte, a Santa Sé sondou a China para que houvesse um encontro do papa com o presidente chinês Xi Jinping no Cazaquistão. O governo chinês teria agradecido a proposta e alegado que em virtude dos compromissos do presidente, não seria possível. A Santa Sé e a China não mantêm relações diplomáticas.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Jovens brasileiros participarão de Evento Global da Economia de Francisco e Clara

A Economia de Francisco | CNBB

JOVENS BRASILEIROS PARTICIPARÃO DE CONFERÊNCIA E VÃO APRESENTAR EXPERIÊNCIAS NO EVENTO GLOBAL DA ECONOMIA DE FRANCISCO E CLARA

Num processo convocado em 2019 pelo Papa Francisco, o evento global da Economia de Francisco terá seu ápice na próxima semana, de 22 a 24 de setembro, com a reunião de jovens de todo o mundo em Assis, na Itália, a partir da proposta de uma nova economia, diferente da “economia que mata”, como tem sido caracterizada a realidade econômica atual. E mais de 100 jovens do Brasil devem estar presentes nas atividades, entre as quais a assinatura pelo Papa Francisco do Pacto por uma nova economia.

A jovem catarinense Gabriela Consolaro Nabozny, membro da Articulação Brasileira pela Economia de Francisco e Clara e formadora nacional da Juventude Franciscana do Brasil, é uma das que estarão em Assis para participar da programação do evento global. No dia 23 de setembro, ela irá mediar uma das seis conferências que reunirão jovens economistas e empresários em diálogo com palestrantes internacionais.

Pontes entre o centro e a periferia

“No evento principal, vou participar de uma conferência com o padre Vilson Groh, de Florianópolis (SC), e que trabalha nas periferias há 40 anos e desenvolve muitos projetos sociais. Nessa conferência, de título “Os caminhos para um novo pacto educativo e econômico, construindo pontes entre o centro e a periferia“, nós vamos discutir um pouco da territorialização da economia de Francisco e Clara”, contou Gabriela.

A partilha na conferência diz respeito à incidência das propostas do Pacto Educativo Global e do pacto por uma nova economia na vida das comunidades e na vida do povo. “Faremos esse debate para partilhar um pouco das nossas realidades aqui do Brasil, principalmente das periferias, no evento global”, ressalta.

Casas de Francisco e Clara

Gabriela conta também que seu grupo vai apresentar um projeto desenvolvido em Florianópolis, que é um espaço imerso nas comunidades chamado Casas de Francisco e Clara para discutir novas economias, novas relações, a partir da economia de Francisco e Clara e do magistério do Papa Francisco.

“Aqui em Florianópolis, conseguimos alugar uma casa na comunidade do Monte Serrat, em que vamos receber intercambistas de vários países que trabalharão nos projetos sociais do bairro e também continuaremos fazendo formações, partilha, teremos um espaço de trabalho, de estudo para os jovens da comunidade. Também será um lugar de contemplação, de mística, de espiritualidades plurais e libertadoras. E algumas dessas ações nós vínhamos desenvolvendo na comunidade, mas ainda não tínhamos esse espaço exclusivo pra isso”, revela.

No último 7 de setembro, o local recebeu a primeira reunião por ocasião do Grito dos Excluídos.

“Apresentaremos esse projeto a partir de um pôster e levaremos um pouco de toda essa caminhada que, desde 2019, a gente trilha aqui no Brasil com tantas pessoas, de tantas partes do Brasil que também contribuíram pra gente pensar novas economias e nem todas estarão conosco em Assis, mas, certamente, levaremos todas nas nossas discussões, nas nossas propostas, nas nossas inserções, apresentações”, ressaltou Consolaro.

Sobre a preparação, ela partilhou das idealizações feitas a respeito da experiência que virá, mas que o processo é acompanhado pela oração e pela expectativa da comunidade.

Educação financeira

Quem também apresentará no evento uma experiência é o casal de jovens da arquidiocese de Cascavel (PR), Ana Carolina Fernandes Alves, que é mestre em economia, e Augusto Luis Pinheiro Martins, que é filósofo, teólogo e pós-graduado em análise comportamental e clínica. Eles desenvolveram um projeto chamado ‘Educação financeira para a vida’, que nasceu a partir do Trabalho de Conclusão de Curso de Ana Carolina, na faculdade. “Vimos a necessidade que o povo tem de saber lidar melhor com as finanças e estamos propondo uma economia que inclua, que gere vida”, salientou Ana.

Ana Carolina e Augusto Luís | CNBB

O conteúdo une a economia com a espiritualidade e a Doutrina Social da Igreja, a partir da espiritualidade Franciscana e Inaciana. “Bebemos das fontes de São Francisco, Santa Clara e Santo Ignácio de Loyola para desenvolver esse trabalho”, disse a economista.

O projeto tem o objetivo de educar as famílias, pessoas, instituições e comunidades para uma melhor relação com o dinheiro, a partir de vários desdobramentos práticos, como: programas de rádio em podcasts, que já são ouvidos em 44 países e reproduzidos por duas rádios, uma do Paraná e outra de Santa Catarina; além de oficinas, palestras e cursos presenciais em universidades, paróquias e grupos de jovens. As informações dessa experiência são da Revista Nossa Senhora Aparecida e do site da Arquidiocese de Cascavel, publicadas no Regional Sul 2 da CNBB.

O Papa: o amor se expressa por meio de ações de partilha

Audiência do Papa Francisco na Sala Paulo VI, 17/09/2022 (AFP)

O Papa recebeu este sábado, dia 17, cerca de 1500 peregrinos das dioceses italianas de Alessandria e Spoleto-Núrcia falando sobre a importância da Eucaristia na vida cristã: é necessária uma conversão pastoral e missionária, que não pode deixar as coisas como estão. Em particular aos fiéis da diocese piemontesa, Francisco recomendou que o atual caminho sinodal faça crescer a comunhão fraterna, aos jovens da Confirmação da diocese da Úmbria para serem testemunhas de Jesus na vida cotidiana.

Manuel Tavares/Raimundo de Lima - Vatican News

O Santo Padre recebeu, na manhã deste sábado (17/9), na Sala Paulo VI, no Vaticano, cerca de 1500 peregrinos das dioceses de Alessandria e Spoleto-Núrcia, norte da Itália.

Em seu discurso, o Papa dirigiu-se, primeiro, aos peregrinos de Alessandria, que vieram a Roma por ocasião do 450º aniversário da morte de São Pio V, o único Papa piemontês, nascido em Bosco Marengo, atual território da Diocese de Alessandria.

Pio V, um reformador da Igreja

Falando sobre Pio V, o Papa disse que ele “enfrentou muitos desafios pastorais e governamentais, em apenas seis anos de Pontificado: foi um reformador da Igreja, que fez escolhas corajosas. Desde então, o estilo de governo da Igreja mudou e seria um erro anacrônico avaliar algumas de suas obras com a mentalidade de hoje. Da mesma forma, devemos cuidar para não reduzir este Pontífice a uma memória nostálgica ou embalsamada, mas a colher seus ensinamentos e testemunho. Assim, podemos notar que o núcleo central de toda a sua vida foi a fé”. Aqui, Francisco fez umas considerações de como encarnar, hoje, os ensinamentos de São Pio V:

Em primeiro lugar, convidam-nos a ir à busca da verdade. Jesus é a Verdade, não só no sentido universal, mas também comunitário e pessoal. Seu desafio é ir, hoje, à busca da verdade na vida cotidiana da Igreja e das comunidades cristãs. Esta busca, porém, pode ser feita apenas mediante o discernimento pessoal e comunitário, a partir da Palavra de Deus”.

Esta busca, através do discernimento, explicou ainda o Papa, leva a comunidade a crescer com um conhecimento cada vez mais íntimo de Jesus Cristo. Desta forma, o Senhor da Verdade torna-se fundamento da vida comunitária, entrelaçado por laços de amor. O amor expressa-se por meio de ações de partilha, da dimensão física à espiritual, que dão visibilidade ao segredo que carregamos em nossos "vasos de argila".

Reforma litúrgica e Concílio Vaticano II

São Pio V, disse Francisco, sempre trabalhou para a reforma da Liturgia da Igreja. Após quatro séculos, o Concílio Vaticano II fez uma nova reforma, para melhor atender às necessidades do mundo de hoje. Nos últimos anos, acrescentou o Papa, falou-se muito sobre a Liturgia, sobretudo, de suas formas externas. Mas, o maior esforço deve ser feito para que a celebração Eucarística se torne, efetivamente, fonte da vida comunitária. De fato, afirmou: “A Palavra de Deus, ganha mais vitalidade, em particular, na celebração da Santa Missa, tanto mediante a Palavra como a Eucaristia, onde, de certa forma, tocamos a carne de Cristo”. Aqui, Francisco falou sobre o sentido da Liturgia:

Diante das encruzilhadas do caminho das comunidades, bem como das cruzes de nossa vida pessoal, a Liturgia nos insere no sacerdócio de Cristo, dando-nos uma modalidade nova... No fim da Liturgia, após ter tocado a Carne eucarística de Cristo, a comunidade evangelizadora é enviada. Através de suas obras e gestos, insere-se na vida dos outros, encurta a distância, passa por eventuais humilhações e assume a vida humana, tocando a carne sofredora de Cristo no povo".

Enfim, Francisco recordou que São Pio V recomendava a oração, sobretudo a reza do terço, pois, “os primeiros passos da Igreja no mundo foram marcados pela oração, pela imagem de uma Igreja a caminho e atuante, que encontra na oração a base e o impulso para sua ação missionária. Logo, a Igreja primitiva orientou seu caminho eclesial no ensinamento dos Apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações”.

Caminho sinodal

Ao término do seu discurso, o Papa convido os fiéis de Alessandria “a caminhar juntos na renovação pastoral da sua Diocese, que está prestes a dar início à constituição das Unidades Pastorais, no âmbito do caminho sinodal”.

A seguir, o Santo Padre passou a cumprimentar os jovens da Diocese de Spoleto-Núrcia, que receberam o sacramento da Confirmação, que representam a nova geração e as tantas flores que estão desabrochando, mas, de modo especial, os jovens discípulos de Jesus!

Falando sobre o Sacramento da Confirmação, o Papa fez uma pergunta: “Quem se lembra do dia do seu Batismo?” É importante saber isso, porque o Sacramento da Confirmação confirma o nosso Batismo:

A vida cristã é uma casa que deve ser construída sobre os fundamentos do Batismo. Sempre, durante toda a nossa existência. Seu fundamento é o Batismo. Por isso, é importante lembrar e comemorar o dia em que fomos batizados”.

Pedras vivas na construção da comunidade cristã

Aqui, Francisco referiu-se às regiões abaladas pelo terremoto, das quais provêm os fiéis e jovens de Spoleto-Núrcia, que sabem a diferença entre uma casa sólida e uma frágil, que desmorona. Eles levaram ao Papa uma pedra da antiga Abadia de Santo Eutizio de Ferento, como símbolo da sua reconstrução.

Por isso, o Santo Padre concluiu suas palavras, exortando os presentes a “serem pedras vivas na construção da comunidade cristã, da família, da paróquia e dos ambientes onde vivem: pedras vivas, que, com o poder do Espírito Santo, confirma o nosso Batismo, com o Sacramento da Confirmação, como filhos de Deus e membros da Igreja.

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF