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segunda-feira, 19 de setembro de 2022

Denunciar o erro é mais fácil que anunciar a verdade, mas não torna as pessoas mais felizes

Shutterstock
Por Francisco Borba Ribeiro Neto

Onde falta a luz da verdade, as coisas vão se tornando cada vez mais confusas, mas agressivas e cheias de rancor.

Vivemos um tempo de denúncias e acusações. Nos jornais, nas mídias sociais, na escola e até na família, parece que o tempo todo cruzamos com alguém denunciando os erros dos outros, acusando alguém de alguma coisa. É verdade que essa é uma função importante de algumas pessoas na sociedade. O chamado “jornalismo investigativo” existe justamente para isso – prestou, e continua prestando, muitíssimos serviços para a construção de sociedades melhores ao longo da história. O mundo está repleto de erros que têm de ser conhecidos e denunciados, pessoas que precisam ser acusadas para que parem de causar o mal.

Escolher o caminho certo

Contudo, existem muitos caminhos pelos quais podemos nos perder, poucos que nos levam a nosso destino e, provavelmente, só um pode ser considerado o mais curto e adequado. Esse é o grande limite de vivermos anunciando os erros do mundo… Não dá para chegar ao caminho certo apenas eliminando os errados. Quem imagina obter sucesso agindo assim também está, com certeza, longe do melhor caminho.

É verdade que Deus parece não se repetir, que cada um de nós tem o seu caminho de realização humana. Contudo, quem percorreu o próprio caminho de realização, aprende a identificar a sinalização que indica qual é a via de cada um, e pode ajudar quem vem atrás a descobrir o próprio caminho. Essa é a missão do mestre.

O caminho da humildade

Se a verdade é tão difícil de ser encontrada, pode parecer natural que nos desobriguemos de anunciá-la, preferindo nos contentar com a denúncia dos erros. Mas essa não é a postura que mais ajuda a nós mesmos e àqueles que encontramos a serem felizes. O anúncio da verdade é sempre humilde, nunca arrogante e prepotente. Assim como não dá para chegar à verdade simplesmente denunciando os erros, também não é possível anunciar a verdade com uma postura presunçosa.

A verdade, em toda a sua riqueza e profundidade, está quase sempre além de nosso domínio. Conseguimos apreendê-la apenas parcialmente. Conseguimos saber que certos fatos aconteceram, outros não, mas saber todas as causas e implicações daquilo que acontece é sempre difícil. Essa constatação não significa que devemos adotar uma postura relativista, como se a verdade não existisse porque não conseguimos compreendê-la integralmente. Implica, isso sim, numa postura humilde, de quem sabe que a realidade é sempre maior do que nosso entendimento.

A posição verdadeira não é tanto aquela de quem pontifica a verdade para os demais. Esse exercício de proclamação da verdade pode até ser justo em certos contextos, mas dificilmente ajuda nos momentos mais críticos. Quando a confusão parece imperar e o discernimento se faz mais necessário, a primeira manifestação da verdade não é aquela que diz isto está certo, isto está errado; mas sim aquela que diz: “estou aqui para acompanhar você na sua caminhada de descoberta da verdade”.

O caminho da caridade

A grande verdade é o amor gratuito, pelo qual Deus criou o mundo e que Ele, por sua graça, compartilha mesmo que minimamente conosco. Essa é a verdade simples, que abre caminho para o real discernimento, que, mais importante do que mostrar o erro, ilumina o caminho para a resposta mais justa para todos os problemas e dificuldades que nos afligem.

Numa postura justa, o erro se evidencia no encontro com a verdade. Podemos não entender plenamente a verdade e acreditar em algumas coisas erradas, mas – num caminho verdadeiramente iluminado pelo amor de Deus – as coisas podem ir se esclarecendo e se resolvendo. Onde falta essa luz amorosa da verdade, acontece exatamente o contrário: as coisas vão se tornando cada vez mais confusas, mas agressivas e cheias de rancor. Sem essa luz, caminhamos no escuro e, mesmo que tenhamos iniciado o caminho justo, mais cedo ou mais tarde nos desviamos dele e nos perdemos.

Essas não são questões de cunho intimista ou excessivamente profundas. Podemos perceber seus desdobramentos em nosso cotidiano, cheio de “gurus” e falsos profetas, que denunciam o erro não para nos aproximar da verdade e do amor, mas sim para fazer com que nos percamos cada vez mais no rancor e no ressentimento.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Assis 2022: a arte urbana que conta sobre o Papa Francisco

Exposição de arte urbana em Assis | Vatican News

A exposição intitulada "Papal Papal", aberta de 15 de setembro a 6 de novembro, é montada no pórtico da praça inferior da Basílica de São Francisco. As obras mais significativas do artista urbano Mauro Pallotta, dedicadas ao Magistério do Pontífice e apresentadas na quinta-feira (15) em Assis, fazem parte do amplo programa do evento Economia de Francisco, que o Papa vai participar em 24 de setembro.

Gabriella Ceraso - Vatican News

Nove das reproduções mais significativas do artista urbano italiano Mauro Pallotta, conhecido como Maupal, sobre a figura do Papa Francisco: esse é o coração da exposição intitulada "Papal Papal", apresentada na quinta-feira (15) na Sala de Imprensa do Sacro Convento em Assis. A exposição estará em exposição até 6 de novembro no pórtico sul da praça inferior da Basílica de São Francisco.

A coletiva de imprensa em Assis

As obras em exposição incluem: Super Pope (Papa Francisco super-herói), Street Pope (o Papa que joga e ganha com o símbolo da paz), Papa Saviour (o Papa que carrega o planeta Terra sobre ele), Pope and Love, Papal Papal, Exemplum Omnibus, Eco Pope, Pope's Golf e Via della Pace. Para a ocasião, uma obra inédita inspirada no Santo de Assis, intitulada MURUM, foi doada aos frades da Basílica de São Francisco, que se encontra em exposição no Museu do Tesouro da Basílica.

Exposição de arte urbana em Assis | Vatican News
Exposição de arte urbana em Assis | Vatican News
Exposição de arte urbana em Assis | Vatican News

"Papal Papal": arte urbana em Assis para contar a história de Francisco

O encontro moderado pelo diretor do Departamento de Comunicações do Sacro Convento de Assis, Frei Giulio Cesareo, contou com a presença do Custódio do Sacro Convento, Frei Marco Moroni, do artista Maupal e da curadora da exposição, Azzurra Pizzi.

"Sempre me impressionou a linguagem das obras de MauPal por seu frescor, por sua capacidade de ser imediatamente compreendido, lidando com questões importantes e desafiadoras com uma leveza poética e sorridente, nunca irreverente", disse Frei Marco Moroni. "Sei que até mesmo o Papa Francisco, que é o sujeito destas obras, aprecia este artista de rua. Temos assim a oportunidade de ver suas obras expostas aqui em um lugar onde na história muitos artistas deixaram sua marca".

"Tenho seguido o magistério do Santo Padre com grande interesse desde o dia em que ele se tornou Papa, meu objetivo", disse Maupal durante a coletiva de imprensa, "é interpretar e divulgar seu caminho através de uma síntese gráfica com uma linguagem simples e adequada a todos, inclusive aos não crentes". O artista que também está presente nas páginas do L'Osservatore di Strada, o jornal concebido e realizado pela comunidade de trabalho do Dicastério da Comunicação para dar voz àqueles que normalmente não são ouvidos, aos pobres, às pessoas feridas pela vida, para participar - diz o artista - com concretude em uma "proximidade" necessária:

"O itinerário da exposição é inaugurado com as criações artísticas mais relevantes por Maupal que desde 2014 trata de temas caros ao Papa Francisco: sustentabilidade, meio ambiente, acolhimento, paz", disse Azzurra Pizzi.

domingo, 18 de setembro de 2022

Filhos, uma bênção de Deus

Editora Cléofas

Filhos, uma bênção de Deus

 POR PROF. FELIPE AQUINO

Certa vez o Papa Paulo VI disse em Roma, a um grupo de casais:

“A dualidade de sexos foi querida por Deus, para que o homem e a mulher, juntos, fossem a imagem de Deus, e, como Ele, nascente da vida”.

Isto é, doando a vida, o casal humano se torna semelhante a Deus Criador. Pode haver missão mais nobre e digna do que esta na face da terra?

Alguém disse certa vez, com muita razão, que “a primeira vitória de um homem foi ter nascido”.

Nada é tão grande e valioso neste mundo como o homem. Ensina a Igreja que “ele é a única criatura que Deus quis por si mesma” (GS,24). Por isso o Papa João Paulo II afirmou certa vez:

“A Igreja quer manter-se livre diante dos sistemas opostos para optar só pelo homem”. “O homem é a via da Igreja”.

O Catecismo da Igreja ensina que o amor do casal é criador, por vontade de Deus:

“A fecundidade é um dom, um fim do matrimônio, porque o amor conjugal tende a ser fecundo. O filho não vem de fora acrescentar-se ao amor mútuo dos esposos; surge no próprio âmago dessa doação mútua, da qual é fruto e realização. A Igreja ‘está ao lado da vida’, e ensina que qualquer ato matrimonial deve estar aberto à transmissão da vida” (CIC, 2366).

E o Catecismo ensina que o casal é chamado a participar do poder criador de Deus e de sua paternidade:

“Chamados a dar a vida, os esposos participam do poder criador e da paternidade de Deus. Os cônjuges sabem que, no ofício de transmitir a vida e de educar – o qual deve ser considerado como missão própria deles – são cooperadores do amor de Deus criador” (CIC, 2367).

Ao falar do “dom do filho”, o Catecismo ainda diz:

“A Sagrada Escritura e a prática tradicional da Igreja vêem nas famílias numerosas um sinal da bênção divina e da generosidade dos pais” (CIC, 2373; GS, 50,2).

E conclui: “os filhos são o dom mais excelente do Matrimônio e constituem um benefício máximo para os próprios pais” (CIC, 2378).

Será que acreditamos de fato nessas palavras da Igreja? Ou será que “escapamos pela tangente”, dando a “nossa” desculpa? Ah! o meu caso é diferente!

Lamentavelmente estabeleceu-se entre nós, também católicos, uma cultura “antinatalista”. Por incrível que pareça “as preocupações da vida” (Lc 12,22; Mt 6,19), tão condenadas por Jesus, sufocaram o valor imenso da vida humana, levando as gerações à triste mentalidade de “quanto menos filhos melhor”. À luz do cristianismo, é uma triste mentalidade, pois a Igreja sempre ensinou o valor incomensurável da vida.

O salmo 126 diz com todas as letras:

“Vede, os filhos são um dom de Deus: é uma recompensa o fruto das entranhas”. “Feliz o homem que assim encheu sua aljava…” (Sl 126, 3-5).

Acreditamos ainda nessas palavras?

O amor é essencialmente dom. São Tomás de Aquino dizia que “o bem é difusivo” (Suma Teológica, I, q. 5, a.4, ad 1). Em outras palavras: ou o amor se doa, ou então morre. E, para o casal, a maior doação é a da vida do filho.

Santo Ireneu (? 202) resumia em poucas palavras toda a grandeza do homem: “O homem vivo é a glória de Deus” (Contra as heresias IV, 20,7).Isto quer dizer que com a criação do homem e da mulher à sua imagem e semelhança, “Deus coroa e leva à perfeição a obra das suas mãos” (Familiaris Consórtio, 28).

Assim, Ele chamou-nos a participar do seu poder de Criador e de Pai:

“Deus abençoou-os e disse-lhes: crescei e multiplicai-vos, enchei e dominai a terra” (Gen 1,28).

Disse ainda o Papa João Paulo II:

“A tarefa fundamental da família é o serviço à vida. É realizar, através da história, a bênção originária do Criador, transmitindo a imagem divina pela geração de homem a homem. Fecundidade é o fruto e o sinal do amor conjugal, o testemunho vivo da plena doação recíproca dos esposos” (FC, 28).

Todos esses ensinamentos nos levam ao que a Igreja afirma constantemente:

“O amor conjugal deve ser plenamente humano, exclusivo e aberto à nova vida” (GS,50; HV,11; FC,29).

A situação social e cultural dos nossos tempos, dificulta a compreensão dessa verdade. Vale a pena reler o que disse o Papa João Paulo II sobre isso:

“Alguns perguntam-se se viver é bom ou se não teria sido melhor nem sequer ter nascido. Duvidam, portanto, da liceidade de chamar outros à vida, que talvez amaldiçoarão a sua existência num mundo cruel, cujos temores nem sequer são previsíveis. Outros pensam que são os únicos destinatários da técnica e excluem os demais, impondo-lhes meios contraceptivos ou técnicas ainda piores.

Nasceu assim uma mentalidade contra a vida (anti-life mentality), como emerge de muitas questões atuais: pense-se, por exemplo, num certo pânico derivado dos estudos dos ecólogos e dos futurólogos sobre a demografia, que exageram, às vezes, o perigo do incremento demográfico para a qualidade da vida.

Mas a Igreja crê firmemente que a vida humana, mesmo se débil e com sofrimento, é sempre um esplêndido dom do Deus da bondade. Contra o pessimismo e o egoísmo que obscurecem o mundo, a Igreja está do lado da vida” (Familiaris Consórtio, 30).

Muitos têm medo de não educar bem os filhos. Pois eu lhes digo que, com Deus, é possível educá-los; basta que o casal se ame, crie um lar saudável, e vivam para os filhos, com todas as suas forças e com toda dedicação. O resto, Deus e eles farão. Faça do seu filho um Homem… isto basta.

Há hoje uma mentira muito difundida – infelizmente aceita também por muitos católicos desinformados – de que a limitação da natalidade é o remédio necessário e “indispensável” para sanar todos os males da humanidade.

Não há civilização que possa me sustentar sobre uma falsa ética que destrói o ser humano, ou que impede o “seu existir”. É ilógico, desumano e contra a Lei de Deus, que, para salvar a humanidade seja necessário sacrificá-la em parte.

O renomado historiador francês, professor da Sorbonne, católico, Pierre Chaunu, na entrevista que deu à revista VEJA, de 11.07.84, sob o título A Caminho do Desastre, com sua autoridade de Catedrático, com mais de 50 livros editados, afirma, entre tantos outros alertas contra o controle da natalidade, que “estamos no limiar de um mundo de velhos” e que a humanidade corre o risco de ver a “implosão da espécie humana” (em 1984) que:

“Há quinze anos entramos num processo catastrófico. As taxas de natalidade caíram tanto nos países industrializados que já não somos capazes sequer de repor a geração atual “.

No Relatório intitulado Estado da População Mundial, em 1987, da ONU, ela e afirmou:

“Depois da revolução verde, da biotecnologia, não se duvida mais que haja condições para acabar com a fome no mundo” (Folha de São Paulo, 15/06/87).

O mesmo Relatório da ONU ainda afirmava:

“Há 453 milhões de toneladas de trigo, arroz e grãos estocados em todo o mundo, e os agricultores dos Estados Unidos e da Europa Ocidental são pagos para não produzir”.

A Folha de São Paulo, em matéria intitulada Terra não terá explosão populacional, diz a ONU (05/02/98, pag.1-14), da jornalista Cláudia Pires, de Nova York, afirma:

“Depois de anos de previsões sobre uma possível explosão populacional na Terra, demógrafos e outros especialistas no assunto acabaram concluindo que o risco de um planeta super-habitado está cada vem mais distante. Atualmente existem 5,7 bilhões de pessoas no planeta. De acordo com os especialistas, se os índices populacionais forem mantidos… o total populacional na metade do próximo século deve estar beirando os 9,4 bilhões. A cifra é a metade da prevista no início deste século”.

É urgente resgatar entre os casais cristãos o valor do filho e da prole como uma “bênção de Deus”, e que só se pode rejeitar por razões sérias; jamais por comodismo, medo ou egoísmo. Os casais cristãos estão a dever ao mundo uma resposta sobre esta questão… afinal, o maior de todos os valores é a vida. E não há trabalho mais digno e sublime do que gerar e bem educar seres humanos, os filhos de Deus.

O que o nosso mundo hoje mais precisa é de homens e mulheres com vocação autêntica para pais e mães. Chega de crianças “órfãs” de pais e mães vivos, como o Papa denunciou quando esteve aqui no Brasil. Isto ocorre porque esses últimos se preocupam mais consigo mesmos do que com os filhos.

Jamais a mulher poderá se realizar mais em outra vocação do que na maternidade. É aí que ela coopera de maneira mais extraordinária com Deus na obra da criação e, consequentemente, é aí que ela encontra a sua verdadeira realização. Afinal, São Paulo afirma a Timóteo que:

“A mulher será salva pela maternidade” (1 Tm 2,15).

Certa vez o Cardeal Raul Henriques, do Chile, disse:

“Se quando minha mãe teve o 18º filho, tivesse dito basta, vocês não teriam hoje o seu Cardeal”.

Isto porque ele nasceu depois desses dezoito. Tudo é uma questão de amor e de fé.

A Igreja, no Concílio Vaticano II ensinou que:

“Não pode haver verdadeira contradição entre as leis divinas sobre a transmissão da vida e o cultivo do autêntico amor conjugal”.

“Aos filhos da Igreja, apoiados nesses princípios, não é lícito adotar na regulação da prole os meios que o Magistério reprova quando explica a lei divina” (GS, 51).

É preciso dizer aqui que a lei de Deus não é pesada e nem impossível de ser cumprida. Jesus disse que o seu “jugo (doutrina) é suave e seu peso é leve” (Mt 11,30).

“O mandamento que hoje te dou não está acima de tuas forças, nem de fora de teu alcance (…). Mas esta palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração: e tu a podes cumprir” (Dt 30, 11-14).

Vitor Hugo disse certa vez que “um lar sem filhos é como uma colmeia sem abelhas”; acaba ficando sem a doçura do mel.

Prof. Felipe Aquino

A Pascom Brasil inicia, dia 19, a escuta de "Pasconeiros"

CNBB

EM VISTA DE SEU PLANEJAMENTO 2023, A PASCOM BRASIL INICIA, DIA 19, PROCESSO DE ESCUTA DE “PASCONEIROS”

Motivada pelo desejo sinodal e na tentativa de oferecer respostas mais concretas a partir da necessidade dos agentes, a Pascom Brasil iniciará na próxima segunda, 19 de setembro, a campanha “A Pascom Brasil quer escutar você”. Será um processo amplo diante dos questionamentos relacionados a cada eixo: espiritualidade, formação, articulação e produção.

O formulário estará disponível pelo portal da Pascom até o dia 30 de setembro. Podem participar do processo, todos os agentes que atuam na Pascom em todas as instâncias da Igreja: comunidades, paróquias, arquidioceses, dioceses e regionais.

Segundo a vice-coordenadora nacional da Pascom, Janaína Gonçalves, as respostas ajudarão muito na realização do planejamento da Pascom em nível nacional, na articulação com os Grupos de Trabalho (GTs) e facilitará para a compreensão das principais demandas dos agentes da Pascom neste momento.

“Há algum tempo estamos acompanhando a Igreja falar sobre sinodalidade, que quer dizer ‘caminhar juntos’. O Papa Francisco deixou claro que a palavra Sinodalidade pode ser simples na hora de explicar, mas não é nada fácil quando somos chamados a praticar. Para que o caminho desejado por Francisco seja percorrido com os irmãos e irmãs, com convicção e força na relação com o próprio Jesus, o início desta caminhada, ou a permanência dela, só será possível através do primeiro passo: a escuta”, afirmou.

Perguntas para escuta

Para melhor identificar as necessidades dos agentes, a escuta terá quatro perguntas que foram preparadas pela Coordenação Nacional da Pascom. Elas estarão disponíveis para preenchimento no formulário a partir de 19 de setembro, mas já informamos quais perguntas serão para ajudar no processo de reflexão.

espiritualidade é a base de todos os eixos da Pascom, sendo fundamental o cultivo da espiritualidade do comunicador. Quais as sugestões, ou necessidades, para o seu desenvolvimento?

formação tem o objetivo de qualificar as lideranças e agentes de pastorais. Pensando nisso, quais as suas sugestões para o Eixo da Formação da Pascom Brasil?

articulação é a estratégia para o fortalecimento da comunhão, da participação coletiva e da escuta atenta da realidade pastoral. Quais as necessidades você apresenta neste eixo?

No que diz respeito à produção, é necessário destacar que ele está voltado para a elaboração de materiais, nas mais diversas plataformas, sem perder a transversalidade da Pascom. Quais as suas maiores necessidades para este eixo?

Além das perguntas, o formulário terá campo para preenchimento optativo de nome, idade, tempo de atuação na Pascom e diocese. Fique atento ao calendário e não deixe de responder. Você terá até o dia 30 de setembro. Divulgue esta informação para todos os agentes da Pastoral da Comunicação de sua comunidade, paróquia, arquidiocese e diocese! É pela voz viva do Povo de Deus que a Igreja encontra a participação, a comunhão e a missão!

Com informações da Pascom Brasil

Reflexão para o XXV Domingo do Tempo Comum - Ano C

Evangelho do domingo

“Ninguém pode servir a dois senhores... a Deus e ao dinheiro. Quem é fiel nas pequenas coisas também é fiel nas grandes; quem é injusto nas pequenas também é injusto nas grandes!"

Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican News

Neste domingo nosso relacionamento com Deus é analisado para que possa crescer em maturidade e intensidade.

Com certeza interferirá de modo muito forte nosso relacionamento com o irmão. Deus, como o Pai, tem como muito importante para que nossa relação com Ele “vá de vento em popa” nossa relação com o irmão, principalmente com aquele que é carente de algum dom para que tenha uma vida feliz.

Estar bem com Deus, supõe estar bem com o irmão. Egoísmo, egocentrismo não encontra espaço no relacionamento com o Senhor. Já quando os discípulos pediram a Jesus que os ensinasse a rezar, lhes deu como modelo a oração do Pai-Nosso. Portanto quem quer rezar bem, deve ter um bom relacionamento com o outro, só assim poderá falar com o Outro.

A leitura da Profecia de Amós critica severamente aquele que maltrata o irmão, que olha a vida com olhos oportunistas para tirar proveito da situação adversa em que está o carente.

O Evangelho mostra a esperteza de um administrador corrupto que ao soube agir de modo previdente quando foi informado da chegada do momento de prestação de contas ao proprietário. Ele não se desculpa com o patrão, mas age de modo inteligente para com os devedores. Na verdade, todos são devedores em relação ao patrão.

Tanto as pessoas que haviam feito empréstimos, como o administrador que não correspondeu às promessas da contratação. Ele teve para com os devedores uma atitude amiga e envolvente que os tornassem gratos à sua ação.

Jesus o elogia porque ele soube agir de modo excelente com os bens materiais e não ficar na “rua da amargura” quando chegasse a hora de prestar contas.

Todos nós somos esse mau administrador, que não fomos fiéis às promessas batismais, especialmente ao amor a Deus e ao Próximo. Sabendo chegar nosso fim – mais cedo ou mais tarde nos encontraremos diante do Senhor e deveremos prestar contas de nossa vida, de tudo de bom que tivemos e nos foi proporcionado – tenhamos feito amigos com o que não nos pertence, ou seja, todos os bens são dons de Deus.

Se usarmos esses bens em favor do carente, estaremos transformando aquilo que é material em espiritual e além da “gratidão” de Deus porque “fizemos o bem ao menor de seus irmãos”, teremos esses carentes, gratos, rogando ao Senhor que perdoe nossas faltas. E o primeiro a rogar a Deus por nós, para que nos perdoe, será o próprio Jesus, o Filho de Deus que se fez irmão de todos os homens, especialmente dos carentes.

O Cristo de Leonardo da Vinci

Courtesy of the Leonardo da Vinci International Committee
Por Átila Soares da Costa Filho

Desenho do mestre italiano seria também um autorretrato?

Para além do que recentes exames científicos já confirmaram sobre o polêmico “Cristo de Lecco”, desenho do século XVI pertencente a uma coleção italiana privada, suas características técnicas também nos sugerem fortemente que o mesmo seja um trabalho das mãos de Leonardo da Vinci.

Um exemplo é o uso do “sfumatto”, libertando o traço do plano 2-D e o elevando a um nível de notória transcendência 3-D. A segurança e firmeza dos mesmos traços, assim como a elegância do estilo, associadas à peculiar dignidade psicológica transmitida pelo olhar da figura do Cristo se autoimpõem como marcas autorais do próprio Leonardo. Estas peculiaridades são bastante similares ao que vemos em sua obra mais célebre, a “Mona Lisa” (executado em algum momento entre 1513-1517) – a mesma, também inserida nesta experiência meditativa do autor, quando em comparação com sua versão mais jovem, a “Mona Lisa de Isleworth”, de 1506.

Implicações filosóficas

O grande interesse de Leonardo pela busca de um ideal da beleza maior (ordem) residia sobre o princípio dual ou “dos opostos” nas coisas. Essa questão do dualismo nos remete a Heráclito de Éfeso (535-475 a.C.) e seus pensamentos sobre o cosmo e o uno, o devir e a harmonia. Em especial, na iconografia de Da Vinci que aborda o tema juventude-maturidade, vemos alguns exemplos de como tais implicações filosóficas o seduziam. Como exemplificado em meu livro “A Jovem Mona Lisa”, temos, então, aquele desenho conservado na Universidade de Oxford, Christ Church, do conjunto “Alegoria à política de Milão”, executado entre 1483 e 1487.

Ali, podemos achar uma composição denominada “O Espelho das Feiticeiras” onde, diante do artefato mágico, uma mulher se coloca, ao mesmo tempo, velha e jovem. Também surge aí um outro curioso desenho: a “Alegoria da Dor e do Prazer”, de 1480, onde se vê duas figuras masculinas – um rapaz e um senhor – que se projetam do mesmo corpo. A ideia aí é ilustrar a necessidade do prazer para a existência da dor, e da dor para a existência do prazer: ou seja, a questão dos unos e dos opostos.

Cristo de Lecco

Tendo em vista os tantos pontos de analogia, o “Cristo de Lecco”, poderá ser o contraponto mais jovem ao clássico “Autorretrato” da Biblioteca Real de Turim, juntando-se à iconografia dos opostos criada nas obras de Leonardo. Suas intenções com relação a esta versão intrigam: a imagem nos revelaria um rejuvenescimento sobre si mesmo ao se idealizar na imagem do Messias, e confrontando seu autorretrato como ancião.

Além disto, deve-se ter em mente que o desenho de Turim, na verdade, é uma projeção imaginada pelo artista para uma idade mais avançada que a que realmente atingiu: ele o executou por volta dos 60 anos (tendo morrido aos 67), enquanto que a obra lembra alguém pelo menos 15 anos mais velho. Esses dados indicam um conteúdo mais narrativo e conceitual do que figurativo ou naturalista para este autorretrato: isto é, junto com a versão de Lecco, poderíamos falar num discurso sobre a harmonia dos opostos. 

Courtesy of the Leonardo da Vinci International Committee

Provável (auto) retrato de Da Vinci, o “Cristo de Lecco” seria o contraponto necessário ao celebre desenho mantido na Biblioteca Real de Turim?

A versão em Turim, finalmente, para Leonardo, só poderia ter existido se também houvesse outro ponto de equilíbrio por meio de uma versão anterior, sobre o qual ele pudesse exercer melhor um nível de pensamento além, onde os opostos orquestram o movimento da História e de toda a criação. E este contraponto é o que nos revela a descoberta de Lecco.

Se para Leonardo o núcleo da vida é a própria constância das inconstâncias, mudança e devir, a sanguínea de Lecco pode ser, então, um legado significante em forma de desenho: um testemunho da Arte como instrumento de meditação sobre os mistérios da roda invisível da vida. 

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Nossa Senhora da Defesa

Nsa. Senhora da Defesa | arquisp
18 de setembro

Nossa Senhora da Defesa

Nossa Senhora começou a ser venerada com esse título primeiramente na Catedral de Ozieri, que fica em Sassari, na Itália. Depois a devoção se espalhou pelo mundo.

Origens

O título Nossa Senhora da Defesa nasceu a partir de um episódio histórico, ocorrido na época das imigrações. Durante um rigoroso inverno, um exército dos Godos, vindos do norte, instalou-se ameaçadoramente na Bacia de Ampezzano, na Itália. Os habitantes da região logo começaram a se reunir para organizar uma defesa. Acontece que eram pobres, não tinham armas nem um exército treinado capaz de vencer inimigo tão poderoso. Por isso, começaram a se reunir para rezar, pedindo ajuda a Nossa Senhora. O povo permaneceu unido, em oração, pedindo e esperando auxílio do céu.

Nossa Senhora defende

Quando o exército Gogo partiu para o ataque, o povo intensificou as orações. De repente, ela, Nossa Senhora, apareceu sobre as nuvens. Ela estava com uma espada de fogo na mão direita e segurando o Menino Jesus no braço esquerdo. Em seguida, ela desceu sobre o local onde aconteceria o massacre. Nesse momento, nuvens espessas causaram enorme escuridão, de tal forma que os godos nada podiam ver. Atordoados e confundidos, começaram a lutar contra eles mesmos até que, por fim, destruíram-se uns aos outros. O povo italiano, emocionado e agradecido, a partir desse momento, passou a chamar a Virgem Maria de Nossa Senhora da Defesa.

Santuário

O mais antigo Santuário dedicado a Nossa Senhora da Defesa foi erguido em 1750. E, bem acima da porta principal, na fachada da igreja, uma pintura representa a história, contada através das gerações, sobre como Nossa Senhora da Defesa defendeu o povo da Bacia de Ampezzano. Entrando no santuário, vê-se no altar mor a estátua de Nossa Senhora da Defesa. Esta vem sendo venerada desde o Século XIV. Neste e em vários outros Santuários dedicados a Nossa Senhora da Defesa armazena-se milhares de relatos de milagres e graças alcançadas através da intercessão de Nossa Senhora da Defesa.

Oração a Nossa senhora da Defesa

“Oh! Nossa Senhora da Defesa, virgem poderosa, recorro a Vossa proteção contra todos os assaltos do inimigo, pois Vós sois o terror das forças malignas. Eu seguro no Vosso manto santo e me refugio debaixo dele para estar guardado, seguro e protegido de todo mal. Mãe Santíssima, Refúgio dos pecadores, Vós recebestes de Deus o poder para esmagar a cabeça da serpente infernal e com a espada levantada afugentar os demônios que querem acorrentar os filhos de Deus. Curvado sobre o peso dos meus pecados venho pedir a Vossa proteção hoje e em cada dia da minha vida, para que vivendo na luz do vosso filho, Nosso Senhor Jesus Cristo eu possa depois desta caminhada terrena, entrar na pátria celeste. Amém!”

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

Guatemala: liberdade está em risco quando nome de Deus se mistura com interesses de grupos

Foto de arquivo 2021 - 200 anos de Independsência da Guatemala (AFP)

A Independência da Guatemala, o dom da liberdade, não se refere apenas à emancipação política, mas é um apelo à "liberdade integral". "Em outras palavras, juntamente com as celebrações, somos chamados a refletir sobre a 'escravidão atual' como diz o Papa Francisco: materialismo, violência dentro e fora da família, crime organizado e tráfico de drogas, também fonte de violência", diz dom Palma Paúl, detendo-se sobre o "dom da liberdade", que se preserva e aumenta acima de tudo com a prática da Fé.

Vatican News

"O dom da liberdade está em perigo quando na já acelerada competição política o nome de Deus se mistura com os interesses de grupos, a fim de alcançar o poder para servir a si mesmos e não para servir ao cidadão: tudo isso acaba no mesmo quadro da corrupção e da impunidade."

É um convite "à oração e à reflexão sobre a vida da Igreja e da sociedade" neste mês de setembro, na Guatemala mês da Pátria e da Bíblia, lançado pelo bispo de Escuintla, dom Victor Hugo Palma Paúl, que escreve: "ser sempre grato pela Pátria é um sinal de humildade e de reconhecimento pelo dom de ser chamados a construir constantemente, com misericórdia, com justiça e segundo a fé e os valores cívicos, a terra de Escuintla".

A Palavra de Deus nos indica a autêntica liberdade

Em particular, o bispo destaca que a Palavra de Deus, celebrada de maneira especial este mês em todas as paróquias, nos indica a autêntica liberdade, "aquela que é dada pelo Filho de Deus, e precisamente porque é um dom que pode ser perdido, transformando-se em libertinagem" (cf. Gálatas 5,1-6).

A Independência da Guatemala, o dom da liberdade, não se refere apenas à emancipação política, mas é um apelo à "liberdade integral". "Em outras palavras, juntamente com as celebrações, somos chamados a refletir sobre a 'escravidão atual' como diz o Papa Francisco: materialismo, violência dentro e fora da família, crime organizado e tráfico de drogas, também fonte de violência na costa sul".

Construir Guatemala baseada na fraternidade e no perdão

O bispo de Escuintla se detém, em seguida, sobre o "dom da liberdade", que se preserva e aumenta acima de tudo com a prática da Fé. "Este dom começa na família, escola da liberdade, do amor e do respeito", evidencia o bispo Victor Hugo, onde se ensina a superar o egoísmo, a infidelidade e o amor ao dinheiro, fonte de todo o mal.

Na conclusão da mensagem, o bispo nos convida a nos perguntarmos, a partir da Palavra de Deus: "Estou eu e estamos nós livres dos deuses materiais do mundo? Em seguida, o prelado invoca a intercessão de Nossa Senhora das Dores, celebrada em 15 de setembro, Dia da Independência, "modelo de proximidade e esperança" para construir uma Guatemala diferente, baseada na fraternidade e no perdão, no culto ao verdadeiro Deus, no respeito e na proximidade a nossos irmãos e irmãs mais pobres.

(com Fides)

Papa Francisco adverte sobre o perigo de "cientistas da pastoral"

Papa Francisco no avião de volta do Cazaquistão / Vatican Media

VATICANO, 16 set. 22 / 03:26 pm (ACI).- “Às vezes - estou falando de todos, em geral, não só da Alemanha – se pensa como renovar, como tornar a pastoral mais moderna: isso é bom, mas sempre que esteja nas mãos de um pastor. Se a pastoral está nas mãos dos ‘cientistas’ da pastoral, que opinam aqui e dizem o que deve ser feito lá...” não funciona, disse o papa Francisco na entrevista coletiva no voo de volta do Cazaquistão a Roma ontem (15).

“Jesus fez a Igreja com pastores, não com líderes políticos. Ele fez a Igreja com gente ignorante, os doze eram um mais ignorante que o outro e a Igreja foi adiante”, disse o papa.

Respondendo a uma pergunta de Rudolf Gehrig, o correspondente de língua alemã no Vaticano do grupo ACI e da EWTN, grupo de comunicação a que pertence a ACI Digital, sobre o declínio na Europa dos fiéis que assistem à missa dominical, o papa disse que “é verdade que o espírito de secularização, do relativismo, questiona essas coisas, é verdade”.

O papa falou da importância de “ser coerente com a própria fé”. “Um bispo ou um padre que não é coerente, os jovens têm olfato... e então tchau!”.

“Quando uma Igreja, seja ela qual for, em algum país ou em um setor, pensa mais no dinheiro, no desenvolvimento, nos planos pastorais e não na pastoral, e se vai para aquele lado, isso não atrai as pessoas”, disse Francisco.

O papa recordou a publicação da carta que escreveu há dois anos ao povo alemão, ocasião em que "houve pastores que a publicaram e a divulgaram de pessoa a pessoa..." e disse que "quando o pastor está próximo do povo, ele diz: o povo deve saber o que o papa pensa. Acredito que os pastores devem continuar indo em frente, mas se perderam o cheiro das ovelhas e as ovelhas perderam o cheiro dos pastores, não se vai adiante”.

Para Francisco, é importante que na Igreja haja “o olfato do rebanho com o pastor e do pastor com o rebanho” e acrescentou “quando há uma crise num lugar, numa província... Eu me pergunto: o pastor está em contato, está próximo ao rebanho? Esse rebanho tem um pastor? O problema são os pastores”.

O papa Francisco sugeriu a leitura do "Comentário de santo Agostinho sobre os pastores" que "lê-se em uma hora" porque, para ele, "é uma das coisas mais sábias que foram escritas para os pastores e com isso você pode qualificar este ou aquele pastor”.

“Não se trata de modernizar: certamente é preciso atualizar-se com métodos, isso é verdade, mas se falta o coração do pastor, nenhuma pastoral funciona. Nenhuma”, concluiu o papa.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF