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domingo, 25 de setembro de 2022

Reflexão para o XXVI Domingo do Tempo Comum - Ano C

Representação da parábola do rico e de Lázaro | Vatican News

“A única força capaz de mudar o coração do rico, fechado em si mesmo, é a Palavra de Deus. Ela tem o poder de abrir os corações!”

Padre Cesar Augusto. SJ - Vatican News

A reflexão sobre a primeira leitura da liturgia deste domingo nos coloca no interior de uma sociedade onde um grupo, formado pelos nobres da Samaria (governantes, palacianos, chefes políticos e latifundiários) desfrutava das conquistas militares do rei Jeroboão.

Nesse ambiente surgiu a fala discordante do Profeta Amós que dizia estarem enganados os poderosos ao esperarem o Dia de Javé como um dia de glória. O Dia de Javé será um dia de castigo, culminando com a destruição da própria Samaria e com o exílio de seus moradores. Ele foi claríssimo ao dizer: “o bando dos gozadores será desfeito”.

Eis os motivos: enriquecimento à custa do pobre e “não se preocupar com a ruína do povo”.

Será que também não existem pobres que desejariam usufruir dessas benesses e sonham em ser como um desses ricos? Pessoas vendem seu corpo, sua inteligência para poderem conviver nesse mundo de privilegiados. Deixam-se corromper para isso.

O Evangelho nos apresenta a reflexão de Jesus diante desse quadro. Ele usa a parábola do rico e de Lázaro para nos dar o seu recado. O rico, que nem nome possui, é descrito como alguém que se veste com luxo, usando roupas importadas, se banqueteando diariamente e morando em uma mansão.

Do lado de fora, um sem-teto, Lázaro. Ele via entrar os comensais em traje de festa. Sentia vontade de comer, queria matar a fome, a sede, mas nada lhe era dado. Ao contrário, ainda era incomodado pelos cães que lambiam suas feridas. Era o excluído!

Contudo, Deus - que optou preferencialmente pelos pobres - ao permitir a morte dos dois, acolhe Lázaro em sua casa, enquanto o rico continua em seu fechamento, agora absolutizado pela morte. Neste momento, o nome Lázaro revela seu significado, Deus ajuda, e de fato Deus o ajudou. Enquanto o rico, sem nome, fica agora totalmente ignoto, morto, sepultado e desconhecido!

Dentro da parábola vemos também o resultado, a consequência da atitude surda, absolutamente insensível do rico. O abismo que ele criou, excluindo o pobre de toda e qualquer participação nos bens que ele julgava possuir, volta agora contra ele mesmo. É tão grande que é impossível haver comunicação entre eles. Pior, a inversão foi drástica. Aquele que sempre esteve saciado suplica por uma gota d’água e pede que Lázaro faça isso.

Existe nesse trecho do Evangelho algo que muitas vezes passa despercebido e que não deveria, porque é importante. Quando Abraão fala com o rico, apesar de se dirigir a uma pessoa, usa o plural – “... nem os daí poderiam atravessar até nós.” O rico não está só. Outros o antecederam na ocupação de acumular bens gananciosamente.

Mas o rico faz um segundo pedido a Abraão, que salve os irmãos dele, para que não tenham a mesma sorte. Para isso ele pede a ida de Lázaro à casa deles, para que, vendo um morto, se convertam. Abraão diz ser inútil isso. Para salvá-los, já existe Moisés e os profetas. Veladamente aí está que nem a ressurreição de Jesus irá salvá-los, caso não se abram ao pobre. De fato, quantas pessoas batizadas vivem uma existência surda e insensível em relação aos excluídos! A partilha gera vida, o acúmulo, morte!

A única força capaz de mudar o coração do rico, de ser fechado em si mesmo, é a Palavra de Deus. Ela tem o poder de abrir os corações!

Quem são os anglicanos e o que os separa dos católicos?

Antony J. McCallum | Wikipedia | CC BY-SA 4.0
Catedral de Canterbury (Cantuária)
Por Lucandrea Massaro

Nos últimos anos, tem havido uma "onda de conversões" de sacerdotes e bispos anglicanos ao catolicismo.

Afinal, quem são os anglicanos? O que os separa dos católicos? Essas perguntas retornaram às conversas nos últimos dias devido ao falecimento da rainha Elizabeth II e às diversas cerimônias envolvidas no seu funeral.

Em 2 de dezembro de 1960, o Papa São João XXIII encontrou o arcebispo de Canterbury, Geoffrey Francis Fisher. Foi o primeiro encontro entre um Papa e o primaz da comunhão anglicana desde 1559 – ou seja, em 401 anos de estrita separação. Desde então, as relações entre o anglicanismo e a Santa Sé foram se tornando mais cordiais, a ponto de ter havido, nos últimos anos, uma “onda de conversões” de sacerdotes e bispos anglicanos ao catolicismo.

Mas quem são os anglicanos e o que os separa até hoje da comunhão com Roma?

As origens históricas: um divórcio

O que separou os anglicanos de Roma foi, literalmente, uma… separação: a do rei Henrique VIII de sua esposa. Depois que o arcebispo Cranmer aprovou a anulação do casamento do rei com Catarina de Aragão, uma série de medidas aprovadas pelo Parlamento (em 1533) rompeu as relações entre a Inglaterra e a Santa Sé, submetendo o clero inglês inteiramente à Coroa britânica.

Naquele primeiro momento, não houve alterações doutrinárias particulares, de modo que a nova igreja cismática permaneceu de fato católico-apostólica. Com o passar do tempo, no entanto, os impulsos protestantes rapidamente transformaram a Igreja da Inglaterra em uma confissão muito diferente da católica em termos de doutrina.

De católica a “católico-protestante”

Apesar das mudanças impostas por Cranmer, a Igreja Anglicana conservou, sobretudo no seu começo, inúmeras características católicas. Após a morte de Henrique VIII (1547), uma nova liturgia em inglês (“Prayer Book”, ou seja, “Livro de Oração”) foi aprovada em 1549 por Cranmer – que viria a morrer no decorrer da efêmera reação católica de Maria Tudor (1516-1558). A nova liturgia anglicana se tornou mais “protestante” em uma segunda edição lançada já em 1552.

Sob o reinado de Elizabeth I (1533-1603, rainha desde 1558), o “Livro de Oração” foi revisto (1559) num sentido menos anticatólico, mas os “Quarenta e dois artigos de fé”, que datavam de 1553, se tornaram em 1571 os “Trinta e nove artigos”, de orientação mais protestante, ainda que moderada. Desde a época de Elizabeth I, a religião anglicana, que alguns consideram um “terceiro gênero” entre catolicismo e protestantismo, se apresenta como uma combinação de elementos de origem católica (temperados por uma aversão a Roma e ao papado) e de origem protestante. Aos poucos, as duas tendências se organizam em correntes ou partidos chamados de “Alta Igreja” (mais conservadora e menos afastada do catolicismo) e “Baixa Igreja” (mais alinhada ao protestantismo).

Entre os séculos XVIII e XIX, surgem no contexto das duas correntes um movimento “evangélico”, ligado a posteriores transformações das primeiras comunidades protestantes espalhadas pelo mundo, e, mais tarde, um movimento mais pró-católico denominado “movimento de Oxford”, impulsionado por uma série de panfletos chamados “Tracts for the time”, publicada a partir de 1833. Entre os líderes do “movimento de Oxford” destacou-se John Henry Newman (1801-1890), que, em 1845, se converteu à Igreja Católica e chegou a tornar-se cardeal; além dele, destacou-se também Edward Bouverie Pusey (1800-1882), que, permanecendo na Igreja Anglicana, organizou dentro dela uma influente tendência “anglo-católica”.

Atualmente, as distinções entre “Alta Igreja” e “Baixa Igreja” são menos relevantes, e, como um todo, a Igreja Anglicana está bastante dividida em questões como a ordenação sacerdotal de mulheres e a equiparação da união civil homossexual ao sacramento do matrimônio.

A Igreja Anglicana de hoje

Hoje em dia, a Comunhão Anglicana é a federação de igrejas derivadas do anglicanismo nos países em que o antigo Império Britânico fundou igrejas. Além, é claro, da “igreja-mãe” na Inglaterra e no País de Gales, existem as da Irlanda, África Central, América Central, América do Sul , Austrália, Bangladesh, Burundi, Canadá, Coreia, Japão, Hong Kong, Quênia, Índia, Índias Ocidentais, Ilhas Malvinas, Melanésia, México, Mianmar, Nigéria, Nova Zelândia e Polinésia, Paquistão, Papua-Nova Guiné, Províncias do Sul da África, Províncias da África Ocidental, Províncias do Sudeste Asiático, Províncias do Oceano Índico, Sri Lanka, Tanzânia, Uganda; Igrejas Episcopais da Escócia, Brasil, Cuba, Filipinas, Jerusalém e Oriente Médio, Ruanda e Sudão; Igreja Evangélica Lusitana; Igreja protestante episcopal americana (na qual se organizaram as paróquias anglicanas após a independência dos Estados Unidos); e, finalmente, a Igreja reformada episcopal da Espanha.

Trata-se, de fato, de uma “fellowship”, espécie de associação, das dioceses, províncias e igrejas regionais anglicanas devidamente constituídas, cujo conselho comum dos bispos se reúne a cada 10 anos na conferência de Lambeth, presidida pelo arcebispo da Cantuária (Canterbury), que é reconhecido como uma espécie de primaz de honra do anglicanismo.

O ecumenismo e a relação com a Igreja de Roma

Desde a década de 1960, as tendências ecumênicas se fortaleceram dentro da Comunhão Anglicana. O diálogo é particularmente vivo com a Igreja Católica Apostólica Romana. De significado histórico foram as visitas dos arcebispos de Canterbury aos Papas: G.F. Fisher em 1960 a São João XXIII; M. Ramsey em 1966 e D. Coggan em 1977 a São Paulo VI; R. Runcie em 1989 e G.L. Carey em 1992 e 1996 a São João Paulo II; e R. Williams em 2006 ao Papa Bento XVI. Particularmente histórica foi também a visita de São João Paulo II a Canterbury em 1982. Desde 2012, o atual primaz anglicano Justin Welby já se encontrou duas vezes com o Papa Francisco.

Um problema muito complexo para o diálogo ecumênico é o da ordenação sacerdotal de mulheres, que não é aceita nem pela Igreja Católica nem pela Ortodoxa, mas foi aprovada pelo Sínodo Geral da Igreja da Inglaterra em 1994. Esta situação se complicou ainda mais com a decisão de ordenar mulheres também como “bispas”, em 2014. No entanto, também houve avanços significativos, como o reconhecimento anglicano do papel de Maria na história da Salvação, em 2005, e a declaração católico-luterana sobre a “justificação pela fé” em 1999.

A problemática da ordenação é central nas relações entre Roma e os anglicanos. O Papa Leão XIII, com a bula Apostolicae Curae, de setembro de 1896, declarou nulas as ordenações anglicanas devido a interpretação diferente do sacrifício da Santa Missa e do papel dos bispos entre as duas Igrejas. Com a decisão anglicana de ordenar mulheres em todos os graus do sacerdócio, surgiu um novo obstáculo entre as duas comunidades eclesiais, mas também se abriu um verdadeiro êxodo de fiéis e clérigos anglicanos para o catolicismo.

Os ordinariatos anglo-católicos

Em 4 de novembro de 2009, o Papa Bento XVI promulgou a constituição apostólica Anglicanorum Coetibus, para acolher os grupos de cristãos de tradição anglicana que queriam entrar em plena comunhão com a Igreja Católica, ainda que mantendo elementos da herança cultural e litúrgica anglicana. Esta foi a origem dos ordinariatos anglo-católicos, aos quais, só nos primeiros cinco anos, ingressaram mais de 3.000 ex-anglicanos em quase 90 comunidades espalhadas pela Grã-Bretanha, Estados Unidos, Canadá e Austrália.

Uma Igreja à mercê da opinião?

Ao longo da história, a maioria das igrejas se mostrou cautelosa quanto às idas e vindas das tendências sociais e culturais, o que valeu também para a Igreja da Inglaterra ao longo da maior parte da sua história.

Entretanto, nas décadas recentes, a comunhão anglicana passou a ceder rapidamente a supostas “demandas” que julgava relacionadas com a sociedade em geral, como a relativização dos conceitos de família e matrimônio e até de sacerdócio. Pode-se dizer que a Igreja da Inglaterra se curvou a expectativas ideológicas de uma parcela de cidadãos britânicos: em vez de proclamar a Verdade, decidiu adaptar-se às opiniões.

Aumento das conversões ao catolicismo

O resultado foi a intensificação das conversões de anglicanos ao catolicismo, especialmente entre o episcopado.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Santa Aurélia e Santa Neomísia

Santa Aurélia e Santa Neomísia | arquisp
25 de setembro

Santa Aurélia e Santa Neomísia

Aurélia nasceu na Ásia Menor, no Oriente e era muito unida à sua irmã Neomisia. Elas costumavam procurar pobres e doentes pelas ruas para fazer-lhes caridade. E assim fizeram durante toda a adolescência, mantendo-se muito piedosas e fervorosas cristãs. Aurélia sempre dizia à irmã que, ao atingirem a idade suficiente, iriam visitar todos os lugares sagrados da Palestina, em uma longa peregrinação.

De fato, Aurélia e Neomísia foram para a Terra Santa e viram onde Jesus nasceu e viveu. Depois, fizeram todo o trajeto percorrido por ele até o monte Calvário, onde foi crucificado e morreu para salvar-nos. Aurélia, envolvida pela religiosidade da região e com o sentimento da fé reforçado, decidiu continuar a peregrinação até Roma. Assim, visitaria o célebre santuário da cristandade do Ocidente, sempre acompanhada pela irmã.

Elas não sabiam que os sarracenos muçulmanos estavam invadindo várias regiões italianas e que, avançando, já tinham atacado e devastado a Calábria e a Lucânia. Quando chegaram a Roma, as duas foram surpreendidas, na via Latina, por um grupo de invasores, que as identificaram como cristãs. Ambas foram agredidas e chicoteadas até quase à morte. Mas um fortíssimo temporal dispersou os perseguidores, que abandonaram o local. Por isso as duas foram libertadas e puderam seguir com sua viagem.

Mas, estando muito feridas, resolveram estabelecer-se na pequena Macerata, situada aos pés de uma colina muito perto da cidade de Anagni. Lá, elas retomaram a vida de caridade, oração e penitência, sempre auxiliando e socorrendo os pobres, velhos e doentes. Aurélia também tinha os dons da cura e da profecia. Assim, a fama de santidade das duas irmãs cristãs difundiu-se entre a população. Diz a tradição que Aurélia salvou os fiéis da paróquia daquela diocese. Foi num domingo de chuva, ela correu para avisar o padre que parasse a missa, pois iria cair um raio sobre a igreja. O padre, inspirado pelo Espírito Santo, ouviu seu conselho e os fiéis já estavam a salvo quando o incidente aconteceu.

Aurélia e a irmã adoeceram e morreram no mesmo dia, 25 de setembro, de um ano não registrado. Os seus corpos foram sepultados na igreja de Macerata. Mais tarde, o bispo daquela diocese, aproveitando a visita do papa Leão IX à cidade, preparou uma cerimônia solene para trasladar as relíquias das duas irmãs para a catedral de Anagni. Outra festa foi preparada quando a reconstrução da catedral terminou. Então, as relíquias de Aurélia e Neomísia foram colocadas na cripta de são Magno, logo abaixo do altar dedicado a ele.

O culto a santa Aurélia é um dos mais propagados e antigos da tradição romana. Ao longo dos séculos, Aurélia deu nome a gerações inteiras de cristãs, que passaram a festejar a santa de seu onomástico como protetora pessoal. De modo que a festa de santa Aurélia, no dia 25 de setembro, foi introduzida no calendário litúrgico da Igreja pela própria diocese de Anagni. O único texto que registrou esta tradição faz parte do Cod. Chigiano C.VIII. 235, escrito no início do século XIV. Somente em 1903 o culto obteve a confirmação canônica. Assim, as urnas contendo as relíquias das irmãs são expostas aos devotos e peregrinos durante a celebração litúrgica. Contudo há um fato curioso que ocorre nesta tradição desde o seu início. É que a maioria dos devotos só lembra que é o dia da festa de santa Aurélia, e apenas a ela agradecem pela intercessão nas graças alcançadas.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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Jovens africanos: somos apaixonados pelos ideais de Francisco

A moçambicana Sadia Mariano | Vatican News

Presente em Assis a jovem moçambicana Sadia Mariano, única representante dos jovens desse país africano que, conversou com a Rádio Vaticano – Vatican News: falou de esperança.

Silvonei José – Assis – Vatican News

Uma oportunidade para repensar a economia. A "Economia de Francisco", um movimento internacional de jovens economistas, empreendedores e transformadores comprometidos com um processo de diálogo inclusivo e mudança global, é uma onda de entusiasmo que abraçou Assis. Após a abertura do evento na quinta-feira, 22 de setembro, os jovens se encontraram na cidade de São Francisco para oficinas e mesas redondas. As questões econômicas foram abordadas e os desafios contemporâneos indicados. O dia de abertura foi também um "dia de colheita": foram apresentados projetos já implementados em várias regiões do mundo. Sementes e frutos que alimentam uma nova economia, a desejada pelo Papa. Nesta sexta-feira, 23 de setembro, as visitas aos lugares de São Francisco para momentos de reflexão e oração pessoal precederam outra etapa crucial deste encontro internacional: o trabalho temático em profundidade nas diversas aldeias, 12 no total.

Encontro Economia de Francisco | Vatican News

Os temas, inspirados nas encíclicas do Papa Francisco Laudato si' e Fratelli tutti, percorrem várias questões incluindo agricultura e justiça, energia e pobreza. O segundo dia de trabalho se conclui à noite com visitas guiadas à Basílica de São Francisco e à Basílica de Santa Maria dos egli Angeli.

O ponto alto deste terceiro evento global, o primeiro presencial, é o encontro com o Papa Francisco para a assinatura do Pacto com os jovens. Cerca de mil deles, economistas e empresários, chegaram à cidade de São Francisco vindos de 120 países. Um povo, cheio de entusiasmo e talento, que trouxe à Assis as esperanças do mundo.

Jovem do Quênia - Wendy Omanga | Vatican News

Além de Assis

A economia de Francesco não para em Assis. O objetivo é conscientizar a partir de baixo a necessidade de uma economia cada vez mais orientada para o desenvolvimento e cada vez menos para a especulação financeira. Os coordenadores regionais são cerca de 50 jovens empenhados em divulgar o movimento e estimular projetos.

Dez dados que todo católico deveria saber sobre a Bíblia

Imagem ilustrativa. Crédito: Lennon Caranzo / Unsplash
Por Cynthia Pérez

REDAÇÃO CENTRAL, 24 Set. 22 / 06:00 am (ACI).- Por ocasião do mês da Bíblia, o portal católico de recursos apostólicos Catholic Link compartilhou dez informações sobre as Sagradas Escrituras que podem ajudar no apostolado.

A Bíblia é um texto cheio de “histórias fascinantes” escrito por pessoas comuns, que se entregaram à “vontade de Deus”, diz Catholic Link. Eles, sob a inspiração do Espírito Santo, transmitiram um dos “tesouros espirituais mais importantes da nossa fé” e o “fundamento cultural do ocidente”.

Mais do que um “compilado de regras e uma moral espiritual particular”, diz Catholic Link, a Bíblia nos mostra “o próprio Deus comunicando-se com seus filhos, é uma carta de amor, uma rota de navegação, um livro de perguntas e respostas, um manual de instruções do fabricante, um compêndio de testemunhos de homens frágeis sustentados por Deus em momentos difíceis”.

Assim, todo aquele que lê as Sagradas Escrituras pode conhecer a vontade de Deus, aprender a relacionar-se com os outros e viver a “vida em plenitude”. A Bíblia é alimento espiritual para os católicos, pois, como disse o papa Francisco, ali encontramos “a força da nossa vida”.

O portal afirmou que não basta ler a Bíblia “como se fosse um livro qualquer”, pois “não é mera literatura”. Para ler a Bíblia, é “necessário mergulhar nas profundezas de seus versículos, mas também de seu contexto, de sua história, de sua origem”. O papa encorajou os católicos a se aprofundar no seu conteúdo através da Lectio Divina.

Abaixo, uma lista de dez aspectos da Sagrada Bíblia. Mais do que para satisfazer uma curiosidade, essa informação pode ajudar no apostolado:

1. A Bíblia vem do latim “bíblia”, termo que vem do grego βιβλία (biblía), que significa “livros”.

2. A Bíblia católica é composta por 73 livros. No Antigo Testamento são 46 livros; no Novo Testamento, 27.

3. A Bíblia foi escrita em três línguas. O Antigo Testamento foi escrito em hebraico e algumas pequenas partes em aramaico. Há livros do Antigo Testamento que só chegaram a nós em grego, mas podem ter sido traduzidos de originais hebraicos, como o Eclesiástico. O Novo Testamento foi escrito em grego, a língua internacional da região em volta do Mediterrâneo na época.

4. Na Bíblia, há pelo menos 185 canções. Pelo menos 150 canções estão contidas no livro dos Salmos e nos Testamentos.

5. A Bíblia foi escrita por mais de 40 autores, entre os quais se encontram pessoas de diferente condição e posição, como profetas, reis, evangelistas, apóstolos, etc.

6. O livro mais longo da Bíblia é de Jeremias e o mais curto é a terceira carta de João.

7. A Bíblia foi escrita por pessoas de diferentes ocupações: reis, fazendeiros, pescadores, profetas, um médico, um escriba, entre outros.

8. A Bíblia foi escrita em três continentes. A maior parte dela foi escrita na Ásia, no território que hoje é Israel. Algumas passagens foram escritas na África, no Egito, e várias epístolas do Novo Testamento foram escritas em cidades da Europa.

9. Na Bíblia, há mais de 40 milagres de Jesus, que incluem curas, exorcismos, ressurreição dos mortos e controle sobre a natureza.

10. O livro mais antigo da Bíblia não é Gênesis, como muitos acreditam, mas o livro de Jó, escrito por volta de 1400 a.C.

Fonte: https://www.acidigital.com/

O Pacto dos jovens: que a economia se torne uma Economia do Evangelho

Francisco com os jovens em Assis  (Vatican Media)

O Papa Francisco, em Assis, assinou com os jovens um Pacto no qual se comprometem a gastar suas vidas para que a economia de hoje e de amanhã se torne uma Economia do Evangelho.

Silvonei José – Assis – Vatican News

Na manhã deste sábado, 24 de setembro, o Papa Francisco assinou com cerca de mil jovens provenientes de 120 países, reunidos em Assis para a o evento global “Economia de Francisco” o Pacto, individualmente e todos juntos, no qual se comprometem a gastar suas vidas para que a economia de hoje e de amanhã se torne uma Economia do Evangelho. Portanto:

uma economia de paz e não de guerra,

uma economia que contraste a proliferação das armas, especialmente as mais destrutivas,

uma economia que se preocupa com a criação e não a saqueia,

uma economia a serviço da pessoa, da família e da vida, respeitosa de toda mulher, homem, criança, idoso e especialmente dos mais frágeis e vulneráveis,

uma economia onde o cuidado substitui o descarte e a indiferença,

uma economia que não deixa ninguém para trás, para construir uma sociedade na qual as pedras descartadas pela mentalidade dominante se tornem pedras angulares,

uma economia que reconhece e protege o trabalho digno e seguro para todos, especialmente para as mulheres,

uma economia onde a finança é amiga e aliada da economia real e do trabalho e não contra elas,

uma economia que sabe valorizar e preservar as culturas e as tradições dos povos, todas as espécies vivas e os recursos naturais da Terra,

uma economia que combate a miséria em todas as suas formas, reduz as desigualdades e sabe dizer, com Jesus e com Francisco, "bem-aventurados os pobres",

uma economia guiada pela ética da pessoa e aberta à transcendência, 

uma economia que cria riqueza para todos, que gera alegria e não apenas bem-estar, pois a felicidade não compartilhada é muito pouco.

Papa Francisco no encontro com os jovens | Vatican News

Os jovens reafirmam neste Pacto: nós acreditamos nesta economia. Não é uma utopia, porque já a estamos construindo. E alguns de nós, em manhãs particularmente luminosas, já vislumbram o início da terra prometida.

Assis, 24 de setembro de 2022

Economistas, empreendedoras, empreendedores, transformadores, estudantes, trabalhadores e trabalhadoras.

sábado, 24 de setembro de 2022

São Gerardo Sagredo

S. Gerardo Sagredo | arquisp
24 de setembro

São Gerardo Sagredo

Gerardo Sagredo, filho de pais ilustres e piedosos, nasceu no ano 980, em Veneza, Itália. Sagrado sacerdote beneditino, foi como missionário para a Corte da Hungria, onde, depois de ser orientador espiritual e professor do rei Estêvão I, uniu-se ao monarca, também santo da Igreja, para converter seu povo ao cristianismo. Decisão que o santo monarca tomou ao retornar do Oriente, onde, em peregrinação, visitara os lugares santos da Palestina. O rei, então, pediu a Gerardo que o ajudasse na missão evangelizadora, porque percebera que Gerardo possuía os dotes e as virtudes necessárias para a missão, ao tê-lo como seu hóspede na Corte.

Educado numa escola beneditina, Gerardo recebeu não só instrução científica como também a formação religiosa: entregou-se de corpo, alma e coração às ciências das leis de Deus e à salvação de almas. Aliás, só por isso aceitou a proposta do santo monarca. Retirando-se com alguns companheiros para um local de total solidão, buscou a inspiração entregando-se, exclusivamente, à pratica da oração, da penitência e dos exercícios espirituais. Mas assim que julgou terminado o retiro, e sentindo-se pronto, dedicou-se com total energia ao serviço apostólico junto ao povo húngaro.

Falecendo o bispo de Chonad, o rei Estêvão I, imediatamente, recomendou Gerardo para seu lugar. Mesmo contra a vontade, Gerardo foi consagrado e assumiu o bispado, conseguindo acabar, de uma vez por todas, com a idolatria aos deuses pagãos, consolidando a fé nos ensinamentos de Cristo entre os fiéis e convertendo os demais.

Uma das virtudes mais destacadas do bispo Gerardo era a caridade com os doentes, principalmente os pobres. Conta a antiga tradição húngara que ele convidava os doentes leprosos para fazerem as refeições em sua casa, acolhendo-os com carinhoso e dedicado tratamento. Até mesmo, quando necessário, eram alojados em sua própria cama, enquanto ele dormia no duro chão.

Quando o rei Estêvão I morreu, começaram as perseguições de seus sucessores, que queriam restabelecer o regime pagão e seus cultos aos deuses. O bispo Gerardo, nessa ocasião, foi ferido por uma lança dos soldados do duque de Vatha, sempre lutando para levar a fiéis e infiéis a verdadeira palavra de Cristo. Gerardo morreu no dia 24 de setembro de 1046.

As relíquias de são Gerardo Sagredo estão guardadas em Veneza, sua terra natal, na igreja de Nossa Senhora de Murano. E é festejado pela Igreja Católica, como o "Apóstolo da Hungria", no dia de sua morte.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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Católicos ultrapassam número de protestantes na Irlanda do Norte

Shutterstock I Ana Candida
Belfast (Irlande du Nord).

Os católicos são agora maioria na Irlanda do Norte, de acordo com os resultados do censo. Uma reviravolta histórica.

42,3% da população da Irlanda do Norte se identifica agora como católica, anunciou a Agência de Estatística e Investigação da Irlanda do Norte (Nisra) na quinta-feira, 22 de Setembro, de acordo com os resultados de um recenseamento recente.

No total, 37,3% da população identificam-se como protestantes ou de outras fés cristãs. No último recenseamento realizado em 2011, 45% da população identificou-se como católica e 48% como protestante ou outras religiões cristãs, uma diferença que já era muito menor do que dez anos antes. Em 2001, 53% da população identificou-se como protestante, 44% como católica. No restante da ilha, os católicos são a maioria.

De fato, a Irlanda do Norte, marcada por décadas de violência intercomunal, surgiu há 101 anos com uma divisão geográfica que assegurou uma maioria protestante e, portanto, poder aos sindicalistas, que favoreceram a adesão ao Reino Unido. Os apelos a uma maior igualdade entre protestantes e católicos – a maioria dos quais favoráveis à reunificação com a República da Irlanda – foram uma das primeiras fontes de violência. As três décadas de conflito deixaram 3.500 pessoas mortas e terminaram com o Acordo da Sexta-feira Santa em 1998, que estabeleceu a partilha do poder entre as comunidades.

Rumo a um referendo de independência?

Os resultados do recenseamento poderiam assim colocar rapidamente sobre a mesa a questão de um referendo de independência e de uma reunificação da província com a República da Irlanda. Além disso, uma pergunta do censo revela qual a identidade nacional que os pesquisados reivindicam. 31,8% sentem-se “apenas britânicos”, uma queda significativa em relação a dez anos atrás, quando 40% diziam ser apenas britânicos. Entretanto, 29,1% disseram que se sentiam apenas irlandeses, e 19,7% disseram apenas irlandeses do Norte.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Uma economia de paz e amiga da terra: em Assis, o apelo do Papa aos jovens

Papa Francisco em Assis | Vatican News

Uma festa de música, testemunhos, alegria e emoção: assim foi o encontro do Papa com os jovens da "Economia de Francisco", que se reuniram esta semana em Assis para repensar uma nova economia mundial. Antes de pronunciar seu discurso, o Pontífice ouviu o testemunho de oito jovens de várias proveniências que ilustraram projetos concretos inspirados pela iniciativa.

Bianca Fraccalvieri – Vatican News

É possível mudar, transformar uma economia que mata numa economia da vida. Esta foi a principal mensagem que o Papa Francisco ofereceu aos jovens reunidos em Assis para o evento “Economia de Francisco”.

Três anos se passaram desde a convocação do Papa até a sua realização e hoje a juventude mundial se encontra a viver e crescer num período desafiador entre crise ambiental, pandemia e guerras. Os jovens herdaram grandes riquezas, mas ao mesmo tempo um planeta degradado e privado de paz. Neste cenário, os jovens são chamados a se tornarem artesãos e construtores da casa comum. As finanças são etéreas, é preciso redescobrir as raízes humanas da economia, exortou Francisco. 

“Uma nova economia, inspirada em Francisco de Assis, hoje pode e deve ser uma economia amiga da terra e uma economia de paz. Trata-se de transformar uma economia que mata numa economia da vida, em todas as suas dimensões.”

Mudança rápida e firme

E os jovens têm este potencial transformador, afirmou o Papa. Mas advertiu para que não sejam como os estudantes das Faculdades de Economia, com a cara fechada, mas sim criativos e otimistas. Este entusiasmo deve ser aplicado imediatamente para uma conversão ecológica. Uma economia humana pede uma nova visão do meio ambiente. Nos últimos dois séculos, acrescentou Francisco, a terra foi saqueada para aumentar o nosso bem estar, mas não o bem estar de todos. “É este o tempo de uma nova coragem para abandonar as fontes fósseis de energia, de acelerar o desenvolvimento de fontes com impacto zero ou positivo.”

Mas para mudar é preciso estar disposto a fazer sacrifícios. Passar de um estilo de vida insustentável para um estilo sustentável significa transformar as dimensões social, relacional e espiritual. “É necessária uma mudança rápida e firme. E o digo seriamente. Conto com vocês! Por favor, não nos deixem tranquilos e deem-nos o exemplo”, exortou o Papa, pedindo coragem e uma "pitada" de heroismo. E citou a experiência de um jovem que recusou emprego quando descobriu que seria operário numa fábrica de armas.

A poluição da desigualdade

Quando tentamos salvar o planeta, não podemos ignorar o homem e a mulher que sofrem. O grito da terra e o grito dos pobres é o mesmo. A poluição que mata não é somente aquela provocada pelo dióxido de carbono, mas também a desigualdade polui o nosso planeta. As calamidades ambientais não podem cancelar as calamidades da injustiça social e da injustiça política.

Fazer economia inspirando-se em Francisco de Assis significa comprometer-se em colocar os pobres em primeiro lugar. Sem o amor pelos pobres e por toda pessoa vulnerável, não há “Economia de Francisco”. Enquanto o sistema produzir descartados e atuarmos segundo este sistema, seremos cúmplices de uma economia que mata. São Francisco não ensina somente a amar os pobres, mas também a pobreza. O capitalismo quer ajudar os pobres, mas não os estima. Não devemos amar a miséria, explicou o Papa. Pelo contrário, devemos combatê-la. Mas o Evangelho diz que sem estimar os pobres não se combate nenhuma miséria.

Este estilo de vida insustentável acomete também as relações humanas, a começar pela família, incapaz de acolher e cuidar de novas vidas. O resultado é o inverno demográfico, onde se prefere ter relações afetivas com cães e gatos. E as mulheres são as primeiras a serem penalizadas por terem que optar entre filhos e carreira. O consumismo atual procura preencher o vazio das relações humanas com mercadorias sempre mais sofisticadas – "as solidões são um negócio do nosso tempo!" -, mas assim gera uma penúria de felicidade.

O capital espiritual

O capitalismo gera ainda uma insustentabilidade espiritual. A técnica nos ensina o “que” fazer e “como” fazer, mas não ensina o “porquê”. A falta de sentido torna os jovens frágeis e incapazes de elaborar sofrimentos e frustrações, o que faz do capital espiritual um motor imprescindível para a mudança.

O Pontífice fez estas reflexões para deixar aos jovens três indicações de percurso: olhar o mundo com os olhos dos mais pobres, investir em criar trabalho digno para todos e concretude para que todas as ideias se transformem em ação.

O Papa concluiu com uma oração:

Pai, pedimos seu perdão por ferir gravemente a terra, por não respeitar as culturas indígenas, por não estimar e amar os mais pobres, por criar riqueza sem comunhão. Deus vivo, que por seu Espírito inspirou os corações, os braços e as mentes destes jovens e os colocou em direção a uma terra prometida, olha com bondade para sua generosidade, seu amor, sua disposição para passar a vida por um grande ideal. Abençoe-os em seus esforços, seus estudos, seus sonhos; acompanhe-os em suas dificuldades e sofrimentos, ajude-os a transformá-los em virtude e sabedoria. Apoiá-los em seus desejos de bondade e vida, sustentá-los em suas decepções diante de maus exemplos, não desanimar e continuar em seu caminho. Senhor, cujo Filho unigênito se tornou carpinteiro, dá-lhes a alegria de transformar o mundo com amor, inteligência e mãos. Amém.

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Documentário: Dom Paulo Cezar, o servidor do povo de Deus

Dom Paulo Cezar | arqbrasilia
Confira o documentário: Dom Paulo Cezar, o servidor do povo de Deus. Nele, dom Paulo Cezar nos conta sobre a emoção de ser criado Cardeal pelo Papa Francisco, as novas responsabilidades, o papel na Igreja, bem como, o trabalho na Arquidiocese e no Vaticano. Além disso, você vai poder conferir depoimentos da equipe de dom Paulo e imagens inéditas da chegada do Cardeal ao Brasil.

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF