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sexta-feira, 7 de outubro de 2022

NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO

Nossa Senhora do Rosário | Vatican News
07 de outubro

As origens do santo Rosário remontam ao ano 1212, quando São Domingos de Gusmão, durante sua permanência em Toulouse, viu a Virgem Maria, que lhe entregou o Rosário, como resposta a uma de suas orações, para saber como combater a heresia albigense. A vitória alcançada levou-o a ver na oração do Rosário o instrumento para encontrar refúgio e conforto, força e confiança para enfrentar e superar as dificuldades da vida, encontrando no terço o "escudo" para vencer as heresias. A "entrega" do rosário pela Virgem Maria e a sua simplicidade contribuíram para a difusão desta prática de piedade entre o povo, reconhecida pelo Papa Francisco como "mística do povo". À luz desta experiência, portanto, podemos entender o que aconteceu em 1571. Os muçulmanos faziam pressão nas fronteiras da Europa. Então, foi formada uma Santa Liga para impedir seu avanço. Pio V, Dominicano e muito devoto de Nossa Senhora, abençoou a bandeira de guerra, com o símbolo do Crucifixo entre os Apóstolos Pedro e Paulo e, no alto, o lema de Constantino “In hoc signo vinces”. Este símbolo, além da imagem de Nossa Senhora, com a inscrição “S. Maria succurre miseris”, foi o único que sobressaía no destacamento da Santa Liga. Ao mesmo tempo, o Papa pediu a todos os cristãos para participar da batalha mediante a oração do santo Rosário. Assim, o dia 7 de outubro de 1571 foi um triunfo. Todos estavam cientes de que a vitória foi obtida por intervenção divina. Em 1572, Pio V instituiu a festa de Santa Maria da Vitória, transformada pelo seu sucessor, Gregório XIII, na festa de “Nossa Senhora do Rosário". Nesta esteira, foram reconhecidas outras vitórias, como a de 1683, em Viena: graças à intervenção do Beato Marco de Aviano, também por intervenção divina e confiança na Virgem Maria, foi detido o avanço dos muçulmanos; como em 1687, quando o povo de Veneza suplicou à Virgem Maria para deter a peste: ao vencer a epidemia, por ex-voto, foi construída a basílica de Nossa Senhora da Saúde, comemorada em 21 de novembro. Os cristãos veem, hoje, no Rosário, um instrumento dado pela Virgem para contemplar Jesus e, ao meditar sobre a sua vida, amá-Lo e segui-Lo. É interessante notar que, em várias aparições, a Virgem Maria sempre propõe a reza do terço: em Lourdes, Fátima... recomendando, com insistência, a sua oração diária, para superar as divisões, discórdias, inquietação dos corações, entre as familiares e os povos. Hoje, o Santuário mais famoso do mundo, dedicado à Nossa Senhora do Rosário, é o de Pompeia (festejado em 8 de maio), fundado pelo Beato Bartolo Longo, em meados do século XIX.

«Naquele tempo, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem prometida em casamento a um homem de nome José, da casa de Davi. A virgem se chamava Maria. O anjo entrou onde ela estava e disse: “Ave, cheia de graça! O Senhor está contigo”. Ela se perturbou com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. O anjo, então, disse: “Não tenhas medo, Maria, pois encontraste graça junto a Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai. Ele reinará para sempre sobre a descendência de Jacó, e o seu reino não terá fim”. Maria, então, perguntou ao anjo: “Como acontecerá isso, se eu não conheço o homem?” E o anjo respondeu: “O Espírito Santo descerá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso, aquele que vai nascer será chamado santo, Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na sua velhice. Este já é o sexto mês daquela que era chamada estéril, pois para Deus nada é impossível”. Então Maria disse: “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra”. E o anjo se retirou» (Lc 1,26-38).

Perturbação

A liturgia nos insere, hoje, na escola de Maria, discípula predileta do Senhor Jesus. À luz do Evangelho, aprendemos dela o significado de "perturbação", o desejo de se maravilhar com Deus: embora fosse virgem, se tornou Mãe; Isabel também já estava no sexto mês de gravidez, apesar da sua velhice (Lc 1,36). A perturbação permitiu a Maria deixar tudo nas mãos de Deus; a sua disponibilidade permitiu desabrochar em si “Aquele”, tão esperado pelos povos.

Esta primeira atitude de Maria ensina-nos, hoje, festa de Nossa Senhora do Rosário, a confiar na intercessão da Virgem Mãe, através da reza do terço. Tudo o que pode parecer impossível, humanamente, apenas pelas forças humanas, mediante a graça de Maria, todas as batalhas da vida, internas ou externas, podem ser vencidas.

Olhar para o alto

Além da perturbação de Maria, hoje ela nos ensina a voltar nossos olhares para o alto, com confiança e confiando-nos ao Senhor. Trata-se de um gesto, que nos leva a reconhecer que não podemos fazer nada sozinhos; que não somos os artífices do nosso destino e que precisamos uns dos outros e, juntos, precisamos de Deus. O Senhor nos prometeu que nunca nos deixará sozinhos, mas devemos ser os primeiros em acreditar nisso, começando pelo desapego das coisas terrenas e aprendendo a olhar para o céu, de onde vem a Sua ajuda (Cf. Sl 122).

Confiar-nos à oração do santo Rosário é o sinal através do qual reconhecemos que Deus age em nós e em torno de nós e, por intercessão de Maria, podemos cultivar um "elevado padrão de vida". Acreditar é confiar naquele que pode fazer tudo por nós; aceitar a sua ajuda, reconhecendo que não podemos fazer tudo sozinhos; confiar nele, mesmo quando seus planos não coincidem com os nossos, a ponto de entregar-nos com confiança: “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a sua palavra”.

Tempo de Deus e tempo dos homens

Um terceiro ensinamento, que extraímos desta passagem evangélica, é aprender de Maria e com Maria a confiar no “tempo de Deus”: um tempo composto também de silêncio, espera, paciência, sobretudo para nós, que vivemos no tempo de querer “tudo e já”.

Depois, o "kronos", o “tempo dos homens”, marcado pelas horas e os afazeres do dia a dia: neste tempo se consuma, de modo voraz, o tempo superficial, apressado, uma espécie de tempo “descartável”.

Por sua vez, o "kairós" é o “momento justo, oportuno", momento das ocasiões, capaz de dar sentido a cada instante da vida; é um tempo que submete à prova o próprio tempo, que exige ir a fundo às coisas, a fim de dar frutos em tempo oportuno; é viver, da melhor maneira possível, cada encontro e experiência, porque é o tempo do amor, da escuta e da atenção aos outros; enfim, é o tempo em que cada um não se deixa arrastar pela vida, mas faz suas escolhas, aproveita das oportunidades para crescer, criando-as e recriando-as, para dar o verdadeiro sentido à existência. Chegou a hora de viver, de viver para amar. Maria nos conduz a este tempo e nos ensina a deixar-nos decantar pelo ritmo frenético da vida, a descobrir e experimentar as coisas de Deus!

Oração:

À Vossa Proteção recorremos, Santa Mãe de Deus.
Não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades,
mas livrai-nos sempre de todos os perigos,
ó Virgem gloriosa e bendita
”.

quinta-feira, 6 de outubro de 2022

O Papa: os Santos nos recordam que é possível viver o Evangelho em plenitude

O Papa Francisco em Audiência | Vatican News

“Trata-se dos Santos beatificados e canonizados, que recordam a todos que viver o Evangelho em plenitude é possível e encantador. Com efeito a santidade não é um programa feito de esforços e renúncias; mas é, antes de mais nada, a experiência de ser amados por Deus, receber gratuitamente o seu amor, a sua misericórdia”: disse o Papa Francisco aos participantes do Convênio “A Santidade Hoje”, organizado pelo Dicastério das Causas dos Santos.

Raimundo de Lima - Vatican News

“Os Santos são pérolas preciosas. Sempre vivos e atuais, não perdem jamais o seu valor, representando um comentário fascinante do Evangelho. A sua vida é como um catecismo por imagens, a ilustração desta Boa Nova que Jesus trouxe à humanidade: Deus é nosso Pai e ama a todos com imenso amor e ternura infinita.”

Foi o que disse o Papa ao receber em audiência, na manhã desta quinta-feira (06/10) na Sala Clementina, no Vaticano, os participantes do Convênio “A Santidade Hoje”, organizado pelo Dicastério das Causas dos Santos.

No discurso aos presentes, Francisco enfatizou que “o tema escolhido para o Convênio está em sintonia com a Exortação apostólica Gaudete et exsultate, que visa ‘fazer ressoar mais uma vez o chamado à santidade, procurando encarná-la no contexto atual, com os seus riscos, desafios e oportunidades’. Tal chamado está no coração do Concílio Vaticano II, que dedicou um capítulo inteiro da Lumen gentium à vocação universal à santidade, onde se afirma: ‘Todos os fiéis, seja qual for a sua condição ou estado, são chamados pelo Senhor à perfeição do Pai, cada um por seu caminho’”.

Também hoje, descobrir a santidade no povo santo de Deus

O Santo Padre foi enfático ao destacar que também hoje é importante descobrir a santidade no povo santo de Deus: nos pais que crescem amorosamente os filhos, nos homens e mulheres que se empenham na realização quotidiana do seu trabalho, nas pessoas que suportam uma condição de enfermidade, nos idosos que continuam a sorrir e a oferecer sabedoria. “O testemunho duma conduta cristã virtuosa, vivida no dia a dia por tantos discípulos do Senhor, constitui para todos nós um convite a respondermos pessoalmente ao chamado para ser santo”, disse o Papa.

Francisco observou que no meio desta multidão de crentes que ele define santos “da porta ao lado” existem aqueles que a Igreja aponta como modelos, intercessores e mestres.

Trata-se dos Santos beatificados e canonizados, que recordam a todos que viver o Evangelho em plenitude é possível e encantador. Com efeito a santidade não é um programa feito de esforços e renúncias; mas é, antes de mais nada, a experiência de ser amados por Deus, receber gratuitamente o seu amor, a sua misericórdia.

Povo de Deus sabe reconhecer estes modelos de santidade

A santidade germina da vida concreta das comunidades cristãs, prosseguiu o Pontífice. “Os Santos não provêm dum ‘mundo paralelo’; mas são crentes que pertencem ao povo fiel de Deus e estão inseridos na quotidianidade feita de família, estudo, trabalho, vida social, econômica e política. Em todos estes contextos, o Santo ou a Santa caminha e age sem medos nem convencionalismos, cumprindo nas várias circunstâncias a vontade de Deus.”

“É importante que cada Igreja particular seja solícita em identificar e valorizar os exemplos de vida cristã amadurecidos no seio do povo de Deus, que possui desde sempre um particular ‘instinto’ para reconhecer estes modelos de santidade, testemunhas extraordinárias do Evangelho. Por isso - observou -, é preciso ter em justa consideração o consenso do povo à volta destas figuras cristãmente exemplares.”

“Os fiéis estão inegavelmente dotados pela graça divina duma percepção espiritual para identificar e reconhecer, na existência concreta dalguns batizados, o exercício heroico das virtudes cristãs. A fama sanctitatis não provem, primariamente, da Hierarquia, mas dos fiéis. É o povo de Deus, nas suas diversas componentes, o protagonista da fama sanctitatis, ou seja, da opinião comum e difusa entre os fiéis a propósito da integridade de vida duma pessoa, percebida como testemunha de Cristo e das bem-aventuranças evangélicas.

Fama de santidade: espontânea, estável, duradoura e difusa

Francisco precisou que, todavia, “é necessário verificar que tal fama de santidade seja espontânea, estável, duradoura e difusa numa parte significativa da comunidade cristã. Com efeito aquela é genuína quando resiste às mudanças do tempo, às modas do momento e sempre gera efeitos salutares para todos, como podemos constatar na piedade popular”.

O Santo Padre observou ainda que um elemento que sempre comprova a fama sanctitatis ou a fama martirii é a fama signorum. “Quando os fiéis estão convencidos da santidade dum cristão, recorrem – mesmo de forma maciça e apaixonada – à sua intercessão celeste; o atendimento da oração por parte de Deus representa uma confirmação de tal convicção”, frisou.

Na santidade, o senso de humor

Antes de concluir, o Pontífice quis acrescentar a seu discurso as seguintes palavras:

Não quero terminar sem mencionar uma dimensão de santidade à qual dediquei um pequeno capítulo na Gautete et exsultate: o senso de humor. Alguém costumava dizer: "Um santo triste é um triste santo": não conta. Saber apreciar a vida com senso de humor, porque ao tomar a parte que nos faz rir, da vida, isso torna mais leve a alma. E há uma oração que, recomendo, rezai: eu a rezo todos os dias há mais de 40 anos, a oração de São Tomás Moro, que - é curioso - ele pede algo para a santidade, mas começa dizendo: "Senhor, dá-me boa digestão e algo para digerir". Ele vai ao concreto, mas realmente tira o humor de lá. A oração está na nota 101 da Gaudete et exsultate: ali está oração, para que possais rezá-la.

A positividade tóxica não é sua amiga

Shutterstock | Rido
Conocer lo que nos desasosiega es el primer paso para vivir mejor.
Por Michael Rennier

Entenda por que a necessidade implacável de só ver o lado positivo expulsa sentimentos que deveriam ser nomeados e tratados.

Certa vez, matriculei-me em um curso chamado “Sinais e Maravilhas”. Uma vez por semana, os estudantes de teologia se reuniam em um auditório com teto rebaixado, onde nos sentávamos brevemente em cadeiras mofadas cobertas com tecido amarelo da década de 1970.

Logo nos diziam para nos levantarmos, formarmos pequenos grupos e profetizarmos aos nossos colegas de classe. Éramos encorajados a verbalizar coisas boas uns sobre os outros, manter a positividade e falar sobre saúde e riqueza.

Tentar entender essa experiência foi o que me levou a uma profunda crise de fé que durou vários anos.

Só precisamos de mais fé?

Esse exemplo é extremo, mas há vários casos em que a religião é envolta em um verniz de positividade constante. A ideia é realmente muito simples: as pessoas que têm uma fé forte serão abençoadas. Isso significa que, quando experimentamos fatos negativos em nossas vidas – sejam problemas de relacionamento, problemas financeiros ou doenças – a melhor resposta é dar um grande sorriso, ter mais fé e poder. Dar voz a qualquer uma das coisas negativas que estão acontecendo em nossas vidas é admitir uma espiritualidade falha.

Alguns dos movimentos espiritualistas mais bem-sucedidos são profundamente fascinados por uma cultura de auto-ajuda que enfatiza o bem e nega o mal.

Muitas pessoas presas a esse tipo de teologia acabam em desespero, pois se convencem de que têm uma fé defeituosa. Suas vidas pessoais não condizem com a imagem que está sendo projetada nas homilias que elas ouvem e nos livros que lêem, nos quais os santos nunca têm experiências negativas.

Minha crise de fé foi causada pelo fato de eu sentir que estava do lado de fora, olhando para dentro. Todos as outras pessoas – talvez todas estivessem fingindo – estavam alegremente focadas em saúde e riqueza. Elas estavam aproveitando suas vidas. Positiva ao extremo, sua fé não admitia espaço para sofrimento ou dúvida. 

Eu ficava ali, naquela aula de profecia, cercado por colegas e, mesmo assim, totalmente sozinho. Era uma ovelha negra cheia de dúvidas e perguntas, tentando descobrir como chegar silenciosamente à porta.

Podemos ser muito positivos?

Minha experiência na faculdade me fez pensar há décadas sobre como e por que a positividade pode se tornar tóxica. A necessidade implacável de só ver o lado positivo expulsa sentimentos válidos que deveriam ser nomeados e tratados?

Ninguém, depois de compartilhar sobre o quão terrível foi seu dia, quer ouvir: “apenas saia dessa e seja feliz”. Ninguém quer que as complexidades de sua situação se reduzam a uma simples correção. A vida é mais difícil do que isso – e mais confusa.

Admito plenamente que há valor em manter uma perspectiva positiva. É sempre melhor se adaptar, ajustar e aceitar, em vez de cair em uma paralisia desesperada. É claro que é muito possível ser toxicamente negativo. O ponto, porém, é que há momentos em que precisamos de um ombro para chorar, e é prejudicial sentir que você está se impondo ao dizer a alguém como você realmente se sente. É por isso que muitas vezes nos sentimos compelidos a sorrir e afirmar que a vida é maravilhosa. O sorriso é uma comodidade para os outros, então não os sobrecarregamos. Mas é falso. Há hora e lugar para conversas sérias, e muitos sorrisos falsos fazem o verdadeiro “você” desaparecer.

Eu me pergunto se o medo de ser real, em vez de manter relacionamentos felizes e pacíficos, na verdade aumentaria a distância entre nós. Eu não posso dizer quantas vezes os paroquianos me pedem conselhos e, depois de me dizerem como estão zangados com Deus, imediatamente recuam e se desculpam vigorosamente. Eles pensam que pecaram ao expressar emoções negativas. Minha resposta é sempre a mesma: Deus é forte o suficiente para lidar com sua raiva. Na verdade, ele quer saber tudo. Ele quer que você conte a ele tudo sobre toda a bagunça negativa e sem verniz da sua vida.

Ser real é necessário para um verdadeiro relacionamento com Deus

Os Salmos, se você pensar bem, são basicamente sobre como estar super feliz e agradecido. Mas o salmista também fica meio zangado e triste. Um relacionamento com Deus não significa pisar em ovos. Sua disposição de ficar conosco enquanto nos desabafamos é precisamente o que garante que ele permaneça próximo. Apesar de, em seu mistério infinito, ele não o consertar, ele fornece algo muito melhor: seu amor.

Quando deixamos os outros envergonhados por expressarem emoções negativas, negamos a eles a oportunidade de serem amados. Estamos validando a ideia de que eles precisam resolver por conta própria, se recompor e depois voltar quando forem dignos de amizade. Essa atitude não é a verdadeira amizade, assim como uma espiritualidade toxicamente positiva não pode formar um verdadeiro relacionamento com Deus.

Não estou endossando reclamações constantes. Em vez disso, estou dizendo que precisamos expressar sentimentos negativos de maneira apropriada para que possamos nos curar e seguir em frente. Se cairmos na negação, não haverá oportunidade de cura.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Da Carta aos filadélfios, de Santo Inácio de Antioquia, bispo e mártir

S. Inácio de Antioquia | Rainha dos Céus

Da Carta aos filadélfios, de Santo Inácio de Antioquia, bispo e mártir

(Proêmio; nn.1,1-2,1;3,2-5:Funk1,225-229)       (Séc.I)

Um só bispo com o presbitério e os diáconos

Inácio, chamado também Teóforo, à Igreja de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo que está em Filadélfia na Ásia. Que alcançou misericórdia, e se firmou na concórdia com Deus, e exultou na Paixão de nosso Senhor e, por sua ressurreição, está plenamente convencida de toda misericórdia. Saúdo-a no sangue de Jesus Cristo, a ela que é minha alegria eterna e estável, principalmente se se mantiverem unidos ao bispo, a seus presbíteros e aos diáconos, nomeados por determinação do Senhor, aos quais por livre vontade firmou na estabilidade por seu santo Espírito.  

Sei que não de si mesmo, nem dos homens nem por vanglória, mas da caridade do Pai e do Senhor Jesus Cristo, recebeu vosso bispo o ministério de governar esta comunidade. Causou-me grande admiração sua modéstia que, calada, é mais vigorosa do que as futilidades dos faladores. Sua consonância com os mandamentos de Deus é igual à da cítara com as cordas. Por esta razão proclamo feliz seu piedoso espírito, sabendo-o ornado de virtudes, perfeito, bem como sua imutabilidade e brandura à semelhança da mansidão do Deus vivo. 

Portanto, filhos da luz da verdade, fugi da divisão e das doutrinas perversas. Onde estiver o pastor, segui-o como ovelhas. Todos aqueles que são de Deus e de Jesus Cristo estão com o bispo. E os que, movidos pelo arrependimento, voltarem à unidade da Igreja, também serão de Deus, de modo a viver consoante Jesus Cristo. Não vos enganeis, irmãos. Quem segue um cismático não alcançará a herança do reino de Deus (1Cor 6,10). Quem caminha segundo falsas doutrinas não aceita a paixão.  

Empenhai-vos, por conseguinte, em ter uma só Eucaristia. Pois uma só é a carne de nosso Senhor Jesus Cristo e um só o cálice na unidade de seu sangue, um só o altar, como um só o bispo com os presbíteros e diáconos, meus companheiros de ministério. Aquilo que fazeis, fazei-o em conformidade com Deus.  

Meus irmãos, muito me alonguei por vos amar e com muita alegria procurei vos fortalecer; não eu, mas Jesus Cristo. Prisioneiro por sua graça, encho-me do maior temor porque ainda não sou perfeito. Mas vossa prece a Deus me aperfeiçoará para que possa obter o quinhão que por misericórdia me foi destinado. Refugio-me no Evangelho como em Cristo corporalmente presente, e nos presbíteros da Igreja como nos apóstolos, aqui e agora.

Fonte: https://liturgiadashoras.online/

quarta-feira, 5 de outubro de 2022

Festa de Nossa Senhora Aparecida 2022

Festa de Nossa Senhora Aparecida 2022 | arqbrasilia
Festa de Nossa Senhora Aparecida 2022

Após dois anos sem evento, no próximo dia 12 de outubro, milhares de fiéis voltam a se reunir na Esplanada dos Ministérios para celebrar o Dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira de Brasília e do Brasil.

As atividades começam a partir das 9h, com a Santa Missa para as crianças, que neste ano será celebrada pelo Pe. Jomelito Ferreira, Assessor Eclesiástico da IAM (Infância e Adolescência Missionária). Durante a celebração, haverá um momento especial com a coroação de Nossa Senhora.
Logo após a missa, as crianças poderão se divertir nos brinquedos infláveis. Haverá festival de sorvete e sorteios de brindes!

Já na parte da tarde, a partir das 13h, será realizada a Tarde Mariana, com oração do Ofício da Imaculada Conceição, Catequese Mariana, oração do Santo Terço, apresentações e homenagens feitas pelos jovens de diversos grupos e movimentos da Arquidiocese de Brasília.
O momento mais aguardado da festa, a Celebração da Santa Missa ocorrerá às 17h. Este ano, o Cardeal Dom Paulo Cezar, presidirá pela primeira vez este momento de devoção popular. A Missa será concelebrada pelo do Bispo Auxiliar, Dom José Aparecido Gonçalves e por todo o clero.

Após a celebração, acontece a tradicional procissão pela Esplanada dos Ministérios, com a imagem da Padroeira. Durante o percurso serão concedidas três bênçãos: pelos doentes, pelos governantes e pelas famílias. Não se esqueça de trazer a sua vela.

As celebrações da Festa de Nossa Senhora Aparecida serão transmitidas, ao vivo, pela TV Canção Nova, Renascidos em Pentecostes e pelas redes sociais da Arquidiocese de Brasília. A programação completa está disponível no site www.arqbrasilia.com.br.

9h00 – Missa das Crianças, Coroação de Nossa Senhora e apresentação da Infância e Adolescência Missionária (IAM) (Celebrante: Pe. Jomelito Ferreira de Melo
Assessor Eclesiástico da IAM)
10h30 – Sorteios, sorvetes e brincadeiras para as crianças
13h Tarde Mariana- (Pe. Everton Vieira da Silva)
13h15 às 13h45 – Ofício da Imaculada Conceição
13h50 às 14h20 – Catequese Mariana
14h25 às 15h05 – Apresentação dos Jovens
15h10 às 15h40 – Terço Mariano
15 h45 às 16h20 Início da Novena Missionária e Terço Missionário
16 h30 – Preparação para a Santa Missa (Pe. Cristiano e Frei Flávio)
17h00 – Santa Missa (Celebrante: Cardeal Dom Paulo Cezar)
18h30 – Procissão com a Imagem de Nossa Senhora Aparecida
20h00 – Encerramento com a benção

São Benedito: um dos santos mais amados pelos brasileiros

São Benedito | Vatican News
05 de outubro

A devoção a São Benedito abrasou o Brasil. No museu do convento de Palermo é possível encontrar algumas fotos das inúmeras paróquias, capelas e até santuários brasileiros dedicados ao santo.

Bruno Franguelli, SJ

Na região periférica de Palermo-Itália, aos pés de uma bela montanha, encontra-se o antigo convento franciscano de Santa Maria de Jesus. Ali, distante dos ruídos desta grande cidade italiana, encontram-se as marcas das pegadas de um dos santos mais amados pelos brasileiros: São Benedito. E em um dos altares da bela e singela igreja do convento, repousam seus restos mortais semi incorruptos.

A devoção a São Benedito abrasou o Brasil. No museu do convento de Palermo é possível encontrar algumas fotos das inúmeras paróquias, capelas e até santuários brasileiros dedicados ao santo. Vale lembrar também das belas congadas, confrarias e irmandades que zelam pela devoção ao santo negro no Brasil. São Benedito tornou-se para os brasileiros um símbolo de humildade, dignidade étnica e serviço aos sofredores.

São Benedito | Vatican News

A vocação de Benedito

Filho de escravos provenientes do norte da África, Benedito nasceu por volta de 1526 no vilarejo de São Fratello, na ilha siciliana. Desde pequeno cultivou uma intensa vida de união com Deus e a caridade. Aos 18 anos, movido pelo desejo apaixonado de viver uma vida mais íntima com Deus, entrou para uma fraternidade de eremitas franciscanos. Já agraciado por Deus com vários dons carismáticos, principalmente o de alcançar milagres, era obrigado a esconder-se devido às multidões que o procuravam. Mesmo sendo analfabeto, era procurado constantemente pela elite social de sua época, principalmente para pedir seus conselhos. Pobre com os pobres, Benedito foi um arauto defensor da dignidade dos mais necessitados.

Entrando, mais tarde no convento de Santa Maria de Jesus, devido à uma reforma da Ordem Franciscana, Benedito assumiu o cargo de cozinheiro, mas não só, mesmo sendo leigo e com pouca instrução, chegou a ser mestre de noviços e superior de sua comunidade religiosa. Conta-se que ao ver um irmão que estava para jogar fora um pedaço de pão, Benedito imediatamente resgatou o alimento e disse: “Não jogue fora este pão, aqui contém o sangue dos pobres!” E, ainda segundo as crônicas, daquele pão surgiram gotas de sangue.

Vestes de São Benedito | Vatican News

O místico

Um dos aspectos mais marcantes da vida de Benedito era, sem dúvida, a sua intimidade com Deus e sua obediência religiosa. Oração e serviço eram dois polos que estavam e perfeito equilíbrio na vida do santo. Tinha uma profunda devoção ao menino Jesus. Diante de uma imagem de Nossa Senhora que ainda se conserva na igreja principal do convento, Benedito passava longo tempo em oração.

Conta-se que Nossa Senhora lhe oferecia o menino Jesus para que ele o sustenta-se em seu colo. E na simplicidade profunda de sua oração, permanecia brincando com o menino Deus entre seus braços. Porém, sua obediência era tão grande aos horários da comunidade que em um destes momentos, o sino do convento tocou e Benedito, para não se atrasar para o compromisso com a sua comunidade, lançou rapidamente o menino Jesus nos braços de Nossa Senhora. E, de fato, a imagem da santa parece ter o menino Jesus um pouco desajeitado nos braços.

O santo morreu em 1589, aos 63 anos e em pleno odor de santidade.

A mensagem

A vida de São Benedito é uma linda mensagem de superação, serviço e humildade. Certamente seja por isso que o santo negro, analfabeto e filho de escravos seja tão amado pelos brasileiros. Ao visitar o seu santuário, um dos franciscanos, maravilhado pela devoção dos brasileiros ao santo, afirmou:

“Se dependesse de mim, o corpo de São Benedito estaria no Brasil!”

Que São Benedito interceda por todos os brasileiros!

A Basílica de São Pedro deve ser um santuário e não um museu

Basílica de São Pedro | Guadium Press
O Cardeal Gambetti, Arcipreste da Basílica de São Pedro, explicou que uma de suas missões é devolver seu valor espiritual à maior basílica do mundo, evitando que se torne um museu devido ao fluxo de turistas.

Redação (04/10/2022 09:49Gaudium Press) Em entrevista ao jornal católico L’Avvenire, o Cardeal Mauro Gambetti, Arcipreste da Basílica de São Pedro, revelou que uma das missões que recebeu do Papa Francisco é devolver toda a sua dimensão espiritual à basílica, um dos monumentos mais visitados do mundo.

“Estamos tentando fazer deste lugar cada vez mais um santuário, com culto, com acolhimento de peregrinos, com uma pastoral adequada. Por outro lado, há a necessidade de contar esses significados por meio de outras linguagens e comunicá-los ao maior número possível de pessoas”, explica o cardeal franciscano. De fato, o Cardeal Gambetti deplora a atmosfera de “museu”, chegando a receber até 50.000 visitas por dia, “com sérios problemas para quem quer entrar, rezar ou participar das liturgias. E que, por exemplo, esses fiéis tenham que ficar na fila por mais de uma hora”.

O acesso reservado aos fiéis que desejam rezar na basílica já está sendo estudado, assim como propostas pastorais que devolveriam todo o seu sentido espiritual à basílica, “como um tempo de oração, pelo menos, ao meio-dia no Altar da Confissão de Pedro, para manter viva a percepção de que estamos dentro da igreja que abriga o túmulo do Príncipe dos Apóstolos”, ressaltou o Cardeal Gambetti.

A projeção de um filme sobre a vida de São Pedro, na fachada da Basílica de São Pedro, se insere nesta perspectiva de revalorização da maior igreja do planeta. Essas exibições acontecem todas as noites até o dia 16 de outubro.

Qual é a função das viúvas e virgens consagradas na Igreja Católica?

Imagem ilustrativa / Diocese de Lansing

AREQUIPA, 04 Out. 22 / 11:21 am (ACI).- A arquidiocese de Arequipa, Peru, começou ontem (3) a etapa de formação das candidatas que vão entrar para a Ordem das Virgens e a Consagração das Viúvas.

O arcebispo de Arequipa, dom Javier del Río Alba, disse à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, que a criação desta ordem está de acordo com a instrução Ecclesiae Sponsae Imago, emitida pela Santa Sé em junho de 2018.

“Com o estabelecimento da Ordem das Virgens e a Consagração das Viúvas, estamos recuperando em nossa arquidiocese um dom que esteve muito presente nos primeiros tempos da Igreja, segundo os testemunhos das Sagradas Escrituras e dos Santos Padres”.

Dom Javier del Río Alba disse que esta Ordem “será para elas um meio de santificação e, ao mesmo tempo, a sua consagração resultará no bem comum da nossa Igreja particular e para além das nossas fronteiras”.

Qual é a função da Ordem das Virgens e a Consagração das Viúvas?

Segundo dom Del Río, as virgens e viúvas consagradas têm a função primordial de “rezar pelas necessidades da arquidiocese e, em particular, pelas intenções do arcebispo”.

Elas também “vão participar em várias dimensões do nosso ministério evangelizador, missionário e caritativo, cada uma segundo a sua situação e carisma pessoal”.

“As virgens e viúvas consagradas serão também um sinal visível da Igreja-Esposa de Cristo. Com elas se configurará melhor a fisionomia de nossa Igreja particular. Como disse o papa Bento XVI, podem ser estrelas que orientem o caminho do mundo e tornam presente, a todos, a transitoriedade das realidades terrenas e a antecipação dos bens futuros”, concluiu.

Como participar da formação?

O ciclo propedêutico acontecerá todas as segundas-feiras, de 18h30 às 20h30 de 3 de outubro a 19 de dezembro.

Os encontros acontecerão no auditório da paróquia São João Batista de Yanahuara e serão dirigidos, em coordenação com dom Del Río, por Germán Sánchez Griese, membro consagrado da Federação Regnum Christi e doutor em Teologia da Vida Consagrada.

Del Río convida as viúvas e mulheres que nunca se casaram nem tiveram uma vida pública manifestamente contrária à castidade, a participar deste processo de discernimento para sua possível consagração ao Senhor como se fazia nos primeiros tempos da Igreja.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Vaticano adere aos acordos da ONU e de Paris sobre o Clima

Vaticano adere aos acordos da ONU | Vatican News

A Santa Sé apresentou ao Secretariado das Nações Unidas sua adesão à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima, adotada em 1992 e ao Acordo de Paris assinado em 2015. O acordo foi assinado na Casina Pio IV no Vaticano na terça-feira (04) Festa de São Francisco de Assis.

https://youtu.be/e9P1QpSm7s0

Salvatore Cernuzio – Vatican News

No dia da festa de São Francisco de Assis, que, além de seu nome, inspirou o Papa por seu compromisso com os cuidados da Casa Comum, o Cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin anunciou que a Santa Sé, em nome e por conta do Estado da Cidade do Vaticano, aderiu à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), adotada em 1992, e ao Acordo de Paris assinado em 2015. Segundo Parolin, "neste momento particular de nossa história, marcado por conflitos cada vez mais preocupantes que minam o multilateralismo, é necessário consolidar nossos esforços em favor da ecologia integral. Uma questão que, como a mudança climática, corre o risco de ser ofuscada".

O apelo do Papa aos líderes religiosos e cientistas

Parolin falou durante o encontro "Cuidar de nossa Casa Comum", organizada pela Secretaria de Estado, em colaboração com as Pontifícias Academias de Ciências e Ciências Sociais, na Casina Pio IV. Um momento importante de reflexão e partilha (online e presencial) que também ocorreu em vista da COP27 em Sharm el-Sheikh nos dias 6-18 de novembro. Mas principalmente, por ocasião do primeiro aniversário do evento "Fé e Ciência: rumo à COP26" que, realizado no Palácio Apostólico em 4 de outubro de 2021, viu numerosos líderes religiosos e cientistas, de diferentes tradições e campos da ciência, assinarem junto com o Papa um Apelo para passar com decisão e convicção da "cultura do descartável" para a "cultura do cuidado" do planeta. 

Card. Parolin: é necessária a colaboração em vários níveis

Portanto foi dado um novo passo em frente: "Com a adesão da Santa Sé, a UNFCCC quase alcança sua universalização com 198 Estados", disse o Secretário de Estado. A realização deste objetivo é o resultado de "um longo processo de estudo e análise" com o Governatorato e de "colaboração" com os Dicastérios da Cúria Romana, como foi para a redação da Laudato si'. A encíclica social de Francisco foi citada várias vezes pelos convidados, a começar por Parolin, que lembrou que o documento apela à colaboração "em diferentes níveis" entre "disciplinas", "países", "diferentes componentes da comunidade internacional (Estados, organizações, autoridades locais, setor privado, cientistas, sociedade civil)" e, sobretudo, "colaboração entre gerações". Porque "quando falamos em cuidar da Casa Comum, devemos nos preocupar" com aqueles que habitarão o mundo.

Emissões zero até 2050

É com esta visão de futuro que o Papa, recordou o cardeal Parolin, prometeu o compromisso do Estado da Cidade do Vaticano de reduzir as emissões a zero antes de 2050 e, ao mesmo tempo, promover "uma educação em ecologia integral" que possa estimular "novos estilos de vida, baseados no desenvolvimento e na sustentabilidade, na fraternidade e na cooperação entre os seres humanos e o meio ambiente".

Conversão e decisões que não podem ser adiadas

"A chamada crise socioecológica é um momento oportuno para nossa conversão e para decisões que não podem mais ser adiadas", concluiu o secretário de Estado. A ciência é clara: "Há cada vez menos tempo para aliviar o efeito da mudança climática e adaptar-se a ela. O impacto é "profundo" e não afeta apenas a natureza, mas também a economia e a sociedade.

Card. Czerny: novos projetos de combustíveis fósseis imprudentes

Um grito de alarme também foi lançado pelo Cardeal Michael Czerny, prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral: "A situação global é mais desesperada do que era há sete anos. Apesar do Acordo de Paris, o objetivo de um aumento de temperatura de apenas 1,5°C é praticamente inalcançável; o planeta já está 1,2°C mais quente. No entanto, muitos novos projetos de combustíveis fósseis estão sendo iniciados de forma imprudente, contradizendo o apelo da Agência Internacional de Energia".

A Laudato sì' inspira pessoas de boa vontade

Neste cenário, Czerny aponta uma luz que é, precisamente, a "Laudato si", que, sete anos após a sua publicação, "continua a inspirar e orientar as pessoas de boa vontade para uma abordagem ecológica cada vez mais integral". Por sua vez, o Dicastério para o Desenvolvimento Integral "apoia todos os esforços para conectar, coletar e compartilhar as vozes da sociedade civil", garantiu o prefeito. Um exemplo disso é a Plataforma de Ação "Laudato si", que atualmente reúne mais de 6 mil participantes, incluindo escolas, famílias, comunidades religiosas na América, Europa, Ásia e África. 

Card. Vérgez: projetos ambientais no Estado da Cidade do Vaticano

No Estado da Cidade do Vaticano, existem "numerosos projetos ambientais planejados e implementados" para realizar os objetivos da encíclica. Para listá-los, o recém-nomeado Cardeal Fernando Vérgez Alzaga, presidente do Governatorato, falou dos procedimentos para a coleta seletiva nas direções e escritórios (resíduos orgânicos e especiais, metais, plásticos, pilhas), para a racionalização de recursos, ou as novas técnicas de irrigação para a economia de água. Outras medidas dizem respeito ao controle energético, à redução das emissões de dióxido de carbono, a instalação de painéis solares e implementação de sistemas de domótica que, por exemplo, na ausência de pessoal, desligam a iluminação. Cardeal Vérgez disse ainda: "O nosso é um esforço coletivo para o qual todos são chamados a contribuir a fim de mudar os estilos de vida, convictos de que o clima é um bem comum de todos e para todos".

Dom Gallagher: ou ganhamos juntos ou perdemos juntos

Durante o evento, foi exibido um vídeo feito pelo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral em colaboração com o Dicastério para a Comunicação, com depoimentos dos cinco continentes. As conclusões foram confiadas a Dom Paul Richard Gallagher, Secretário das Relações com os Estados e moderador do encontro, que explicou as razões pelas quais a Santa Sé decidiu aderir à Convenção-Quadro e ao Acordo de Paris: em primeiro lugar, "a coerência com o ensinamento social da Igreja sobre ecologia", depois o desejo de "fortalecer o multilateralismo na atual situação crítica".

"Ou ganhamos juntos ou perdemos juntos", disse o arcebispo, frisando que o caminho para os objetivos dos Acordos de Paris "é longo" e que ainda há muito a ser feito em questões como os migrantes climáticos que carecem de proteção internacional, o aumento de eventos climáticos severos e medidas de resiliência. A esperança é que a COP27 possa levar à "diminuição de perdas e danos, conforme solicitado por muitos países em desenvolvimento". "É uma questão de justiça e igualdade que terá consequências em todos os países", disse Gallagher. "Precisamos acabar com a cultura do desperdício que domina nossas sociedades e que é tão obviamente insustentável".

Evitar uma catástrofe global

Por meio do Zoom, durante o encontro - aberto pelo Cardeal Peter Turkson e Joachim von Braun, respectivamente chanceler e presidente das Pontifícias Academias - falaram os ministros de Fiji, Senegal e Principado de Mônaco. Também estava conectado Simon Stiell, Secretário Executivo do Secretariado de Mudança Climática da ONU, que agradeceu à Santa Sé pelo ato 'corajoso' de hoje. Medidas como essas são necessários, disse, para "implementar mudanças transformadoras e evitar uma catástrofe global" que "mudará nosso clima, nosso mundo e nossas vidas. Para pior, para sempre".

12 ensinamentos do Papa Francisco sobre Nossa Senhora

Thaagoon / Shutterstock
Por pildorasdafe

Toda a existência de Maria é um hino à vida.

Nosso caminho de fé está unido de maneira indissolúvel a Maria, desde o momento em que Jesus, morrendo na cruz, entregou-a a nós como Mãe.

Papa Francisco, em cada uma de suas homilias sobre Nossa Senhora, nos garante que Maria vela por todos e cada um de nós, como mãe e com uma grande ternura, misericórdia e amor, e sempre nos incentiva a sentir seu olhar amável.

Apresentamos, a seguir, alguns dos ensinamentos do Papa Francisco sobre Maria:

1. Um cristão sem Maria está órfão. Também um cristão sem a Igreja é um órfão. Um cristão precisa destas duas mulheres, duas mulheres mães, duas mulheres virgens: a Igreja e a Mãe de Deus.

2. Maria faz precisamente isso conosco: nos ajuda a crescer humanamente e na fé, a ser fortes e a não ceder à tentação de ser homens e cristãos de uma maneira superficial, mas a viver com responsabilidade, a tender cada vez mais ao alto.

3. Ela é uma mãe que ajuda os filhos a crescerem, e quer que cresçam bem. Por isso, educa-os a não ceder à preguiça (que também deriva de certo bem-estar), a não conformar-se com uma vida cômoda que se contenta somente com ter algumas coisas.

4. Maria nos dá saúde. Ela é a nossa saúde.

5. É a mãe que cuida dos seus filhos para que cresçam mais e mais, cresçam fortes, capazes de assumir responsabilidades, de assumir compromissos na vida, de tender a grandes ideais.

6. Maria é mãe, e uma mãe se preocupa sobretudo com a saúde dos seus filhos. A Virgem protege a nossa saúde. O que isso quer dizer? Penso sobretudo em três aspectos: Ela nos ajuda a crescer, a enfrentar a vida, a ser livres.

7. A Virgem Maria educa seus filhos no realismo e na fortaleza diante dos obstáculos, que são inerentes à própria vida, e que Ela mesma padeceu ao participar dos sofrimentos do seu Filho.

8. Ela é uma mãe que nem sempre leva seus filhos pelo caminho mais “seguro”, porque dessa maneira eles não podem crescer. Mas tampouco somente pelo caminho arriscado, porque é perigoso. Uma mãe sabe equilibrar estas coisas. Uma vida sem desafios não existe, e uma pessoa que não sabe enfrentá-los arriscando-se não tem coluna vertebral!

9. Maria luta conosco, sustenta os cristãos no combate contra as forças do mal.

10. Maria é a mãe que, com paciência e ternura, nos leva a Deus, para que Ele desate os nós da nossa alma.

11. Maria é a mamãe boa, e uma mamãe boa não somente acompanha os filhos no crescimento sem evitar os problemas, os desafios da vida; uma mamãe boa ajuda também a tomar decisões definitivas com liberdade.

12. Toda a existência de Maria é um hino à vida, um hino de amor à vida: Ela gerou Jesus na carne e acompanhou o nascimento da Igreja no calvário e no cenáculo.

Oração

Maria,
faze-nos sentir teu olhar de Mãe,
guia-nos até o teu Filho,
faze que não sejamos cristãos de vitrine,
mas cristãos que sabem construir,
com teu filho Jesus,
o seu reino de amor,
de alegria e de paz.
Amém.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF