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sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Jesus Mestre do acompanhamento e condições para ser acompanhado

Jesus, acompanhador | Sementes do Verbo

JESUS MESTRE DO ACOMPANHAMENTO E CONDIÇÕES PARA SER ACOMPANHADO

Dom Antônio Assis Ribeiro
Bispo auxiliar de Belém (PA)

Introdução

Olhemos para Jesus no exercício do ministério do acompanhamento, pois Aquele que se encarnou, assumiu a condição humana e fez caminho com a humanidade. Por outro lado, ele mesmo se apresentou como “o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6).

Na pessoa de Jesus Cristo o Deus conosco se fez pedagogo e mestre do acompanhamento nas mais variadas situações da humanidade com sensibilidade insuperável e perfeito espírito ético. Jesus Cristo com suas atitudes no processo de acompanhamento das pessoas é para todo acompanhante e acompanhado, o modelo e a referência permanente.

1. Jesus acompanha a humanidade

O Salvador vai ao encontro da humanidade nas suas mais variadas manifestações de carências: físicas, afetivas, psicológicas, morais, espirituais etc. O encontro de Jesus com as pessoas foi tanto individualmente quanto de forma coletiva. Muitos foram os indivíduos que receberam especial atenção por parte de Jesus Cristo, como Nicodemos, a Samaritana, Bartimeu, Zaqueu, o jovem rico, Madalena, Marta, Maria, Lázaro etc. Dentre os diversos grupos, Jesus deu especial atenção aos doze.

Jesus se encontrando com as pessoas, as acolhia no contexto existencial em que elas viviam, as escutava, acolhia suas demandas. Dessa forma, Jesus percebeu aflição, opressão interior, fome, desorientação a ponto de afirmar que elas estavam “como ovelhas sem pastor” (Mc 6,34).

O processo de acompanhamento dos doze foi complexo, dinâmico e aconteceu de forma coletiva (todos), em grupos (dois ou três) e individualmente de acordo com as circunstâncias, contextos e jeito de ser de cada um. Jesus os chamou a segui-lo, com eles compartilhou sua vida, ideias, preocupações; com eles comeu, foi ao deserto, à montanha, ao mar; com eles Jesus caminhou e, na presença deles, fez milagres e enfrentou adversários.

Jesus não tinha um lógico plano de formação a ser seguido; mas constatamos pelas narrações dos evangelhos, que a mais profunda exigência feita aos doze era que o conhecessem, entrassem em profunda comunhão consigo e não se deixassem conduzir por nenhuma forma de fantasia, ideias errôneas e nem falsas expectativas.

2. Atitudes de Jesus acompanhando os doze

O processo de acompanhamento dos doze compreende muitos conteúdos e iniciativas por parte de Jesus: contempla a fragilidade deles que se manifesta nas intrigas, dificuldades de compreensão, medo, fuga, abandono, traição, disputas (cf. Mt 17,6; 26,56; Mc 4,41; Mt 20,24; Lc 5,10); Jesus se alegra com suas conquistas e méritos (cf. Lc 10,20); Jesus escuta e acolhe seus sustos, admiração, perplexidades (cf. Mt 17,6; Mt 19,25; Mc 6,51).

Jesus reserva-lhes especiais momentos de formação (cf. Mc 9,30ss; Mc 6,31; Lc 24,27); capacita-os para a missão dando-lhe autoridade (cf. Mt 10,1; Mc 6,8-13); acolhe suas frustrações diante dos desafios da missão (cf. Mc 9,28; Lc 24,19ss); proporciona-lhe a experiência de oração (cf. Lc 6,12; Lc 22,45); dá atenção personalizada a cada um (cf. Mc 14,30; Mc 14,34); adverte sempre que percebe que alguma ideia não está em conformidade com o Reino de Deus (cf. Mt 17,23; Mc 4,40; Lc 9,46; Mc 8,27-31); Jesus promove a responsabilidade deles e os exercita a cresceram na autonomia (cf. Mt 14,19; Mt 21,6; Mc 6,31); dá-lhes espaço de liberdade para decisão pessoal (cf. Mt 16,24; Mc 4,23; Lc14,26; Mc 10,22). Jesus não forja um caminho e nem alicia ninguém.

No processo de acompanhamento dos doze, Jesus não usa somente as palavras, mas também faz experiências com eles. Essas duas modalidades de expressão formativas são acompanhadas de importantes atitudes pedagógicas de Jesus. Vejamos algumas: Jesus usa sempre uma boa dosagem de ternura e firmeza; respeita sempre a liberdade de seus interlocutores; não se deixa enganar, percebe armadilhas, desconfia das más intenções; é severo contra hipocrisia e a falsidade das pessoas; é sempre muito honesto com seus discípulos, nada lhes esconde; não negocia nada e nem lamenta quando alguém se afasta. Quem não aceita segui-lo pode deixá-lo (cf. Mt 19,22;Mt 22,22; Jo 6,67).

Jesus em todos os contextos conserva sua transcendência e liberdade; Jesus tem postura e palavras irrevogáveis: não volta atrás; adota uma linguagem acessível, compreensível; adapta-se com facilidade aos contextos das pessoas, sem mascarar a verdade; acredita e sempre incentiva à superação, estimula processos de mudança, desafia. Dependendo das circunstâncias, palavras e atitudes de Jesus, os apóstolos reagem: criticam, murmuram, questionam, comentam, se calam, se assustam, obedecem, acolhem, escutam, não compreendem, se alegram, se entusiasmam, se admiram, se entristecem, refletem, acreditam… No processo de acompanhamento de qualquer pessoa pode acontecer tudo isso.

3. Condições para o acompanhamento

A experiência de ser acompanhado não é gratuita; requer atitudes específicas que comprometem a pessoa com determinadas atitudes. Vejamos algumas:

a) Vontade pessoal: ninguém deve ser forçado ao acompanhamento, caso contrário, orientações e conselhos perdem a força; por sua natureza tanto o acompanhamento, quanto o aconselhamento espiritual exigem a participação da liberdade da pessoa.

b) Abertura: querer ser acompanhado é consequência do reconhecimento de uma necessidade pessoal. Quem não se sente carente, não busca a plenitude e se acomoda, se fecha. Não existe acompanhamento onde há blindagem pessoal. O acompanhamento espiritual requer comunicação, confidência, abertura do coração. Sem essa experiência, nada acontece! Todavia, a abertura do coração acontece mediante um processo!

c) Confiança: a confiança é a condição básica para que aconteça abertura do coração e sejam partilhados os sentimentos, pensamentos, experiências de vida, preocupações de cada dia, perspectivas de futuro… A confiança é chave que abre a porta do coração! Nada se impõe e o que não é gratuito, violenta! Confissão forjada é crime de tortura psicológica!

d) Disponibilidade: o acompanhamento é uma experiência, não é um fato isolado… isso exige de ambas as partes a disponibilidade para o encontro sistemático e com tempo livre de outras preocupações; não se estipula tempo para cada encontro! Mas também é preciso bom senso na gestão do tempo e dos assuntos a serem tratados.

e) Docilidade: a docilidade é a disponibilidade interior para acolher as orientações, fazê-las suas, refleti-las, aprofundá-las, exercitarse, deixar-se trabalhar; quando não há docilidade (flexibilidade, senso de humildade) impera o subjetivismo pessoal e nada muda. A docilidade conduz à experiência do protagonismo pessoal no processo de acompanhamento, de crescimento pessoal; isso significa senso de correspondência e comprometimento para possível mudança de visão de mundo e atitudes.

f) Reta intenção: tanto para o acompanhante quanto para o acompanhado se exige reta intenção, transparência, motivações autênticas, fronteiras a serem respeitadas.

g) Projeto de vida: todo o processo de acompanhamento espiritual deve estar a serviço do projeto de vida da pessoa acompanhada, ou do projeto de vida a ser discernido, ou já assumido definitivamente.

PARA A REFLEXÃO PESSOAL:

1) Qual das atitudes de Jesus mais lhe chamou a atenção?

2) Qual é a relação entre acompanhamento e situação existencial do acompanhado?

3) Por que há condições para o acompanhamento?

Existe uma idade ideal para casar?

Phovoir / Shutterstock
Por Marzena Devoud

Dicas para as pessoas que escolheram casar tarde tenham um relacionamento frutífero.

Casar tarde, ou seja, com idade mais avançada, é uma boa ou uma má ideia? Existe uma idade ideal para casar?

Para Camille Rochet, psicóloga e terapeuta de casais, a resposta é “não”. Diz ela:

“Claro, dizem que as grandes decisões da vida são tomadas antes dos 30 anos. Sim, pode ser mais fácil, até porque o relógio biológico da mulher permite que ela tenha filhos com mais facilidade nessa idade. Mas, tirando essa preocupação, não acho que exista uma idade ideal para se casar. É uma questão pessoal”.

Idade e relacionamento feliz

A psicóloga suíça Gisela Labouvie-Vief realizou um estudo com pessoas com mais de 45 anos e revelou, entre outras coisas, que a idade proporciona uma maior capacidade de criar um relacionamento feliz. 

De acordo com Labouvie-Vief, as pessoas na faixa dos 40 e 50 anos são mais capazes de conciliar suavemente os conflitos entre suas próprias necessidades e as de seu cônjuge.

O medo de pensar fora da caixa desaparece mais tarde na vida; a experiência nos torna mais flexíveis, mais curiosos sobre os outros e mais autênticos. Todos esses traços inspiram confiança e trazem uma grande dose de serenidade a um casal.

Segundo Labouvie-Vief, esse potencial para formar um casamento duradouro vem do fato de que, entre os 40 e os 50 anos, nossa experiência emocional se torna mais profunda e harmoniosa. Permite-nos abrir a nossa vida interior de uma forma mais rica, mais vívida, mais atraente… Não é esta uma das chaves para uma vida feliz juntos?

Entrega extraordinária

A terapeuta Camile Rochet explica:

“Os casais que se casam tarde, e eu conheço muitos deles, esperaram tanto por sua vida juntos e por começar sua família que estão preparados para se entregar ao cônjuge de uma maneira, muitas vezes, extraordinária.Como puderam aproveitar a vida de solteiro para realizar alguns de seus sonhos, adquirir experiências e florescer, tornam-se muito generosos em acolher o cônjuge, uma vez tomada a decisão de se casar”.

Prontos para o comprometimento

É claro que existem obstáculos reais ao casamento tardio. Em particular, pode ser um problema quando ambas as pessoas estão muito acomodadas em sua solteirice, caracterizada por uma grande liberdade. Nem sempre é fácil abrir mão disso em favor das responsabilidades e restrições familiares. Com o casamento, ambos têm que renunciar a certas comodidades.

“A situação dos casais maduros não tem nada a ver com a dos casais jovens que estão iniciando a vida profissional e social”, diz a psicóloga. Na verdade, nem sempre é fácil mudar de emprego para se juntar ao cônjuge ou desistir do apartamento para morar com o outro. Para algumas pessoas, deixar a vida que tinham antes pode ser complicado. Requer trabalho real para fazer a transição para uma vida a dois. Além disso, as feridas acumuladas durante os anos de vida de solteiro podem aparecer e enfraquecer o casal.

Mas como se preparar para um casamento tardio? Quais são as atitudes que você precisa para ter sucesso na vida conjugal? Aqui estão três dicas de Camille Rochet:

1. Questionar tudo

Muitos pessoas que optam por casar tarde se conhecem por meio de redes sociais, sites de namoro ou dentro de um círculo mais amplo. Consequentemente, muitas vezes há diferenças de origem, ambiente e cultura entre os cônjuges, o que pode causar mal-entendidos ou divergências, especialmente em relação à educação dos filhos. É essencial estar atento a essas diferenças de opinião, aceitá-las e gerenciá-las no dia a dia. Questionar completamente para acolher o outro é essencial para um casamento bem-sucedido.

2. Pensar sobre os filhos

O relógio biológico da mulher é um problema real no casamento tardio. As chances de ter filhos são menores do que para casais mais jovens. Essa pressão pode causar ansiedade (medo de não ter filhos) e/ou sofrimento (descobrir que não pode ter filhos), que são difíceis de administrar para um casal. É importante falar sobre isso antes do casamento.

3. Adequar a vida espiritual

Nos casamentos tardios, ambos os cônjuges chegam com sua própria história de vida de fé. Cada um cresceu em sua vida espiritual à sua maneira. Às vezes, um tem uma intensa vida de oração, enquanto o outro está longe disso. É importante refletir juntos sobre suas diferenças e ver como aceitar a jornada um do outro com flexibilidade. Dessa forma, você pode se ajustar suavemente e se conectar espiritualmente, respeitando a liberdade interior de cada pessoa.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Santo Hilarião

S. Hilarião | arquisp
21 de outubro

Santo Hilarião

Os pais (pagãos) haviam-no mandado completar os estudos em Alexandria do Egito, onde Hilarião se converteu ao cristianismo, entusiasmado pela vida que levavam os monges, particularmente os eremitas, nas proximidades da cidade.

Assim, depois da morte dos pais, voltou à pátria para distribuir aos pobres todos os bens herdados, depois retirou-se a Maiuna, nas margens do deserto, e levou vida de árdua penitência, sendo alvo do demônio, que se lhe apresentava sob falsas aparências para tentá-lo.

Como sucedia naquela época, em redor de um eremita conviviam outros monges para fazer vida comum. Nasceu assim o primeiro convento palestino.

A fama de sua santidade e os dotes de taumaturgo atraíram-lhe sempre mais numerosos discípulos, e Hilarião, para subtrair-se à não obstante afetuosa presença de tantos devotos, recorreu a uma verdadeira e própria fuga, em direção à Líbia. Depois de percorrer distâncias, aportou na Sicília. Mas também aí sua presença não passou despercebida. Subiu então a península itálica e encontrou refúgio na Dalmácia. Daí retomou o caminho do sul e sua última etapa foi a ilha de Chipre, onde viveu os últimos cinco anos, visitado de tempos em tempos por seu fiel discípulo Eusíquio.

Depois da morte do mestre, Eusíquio subtraiu-lhe o corpo, levando-o a Gaza, suscitando protestos dos cipriotas, que o consideravam seu santo protetor. Os cruzados, séculos depois, encontraram em Gaza sempre viva a devoção a este santo eremita, testemunhada por uma igreja a ele dedicada, junto da qual eles construíram sua fortaleza. Parece que as relíquias do santo não tiveram estável morada na pátria, em Gaza, pois que, segundo uma tradição, teriam sido novamente furtadas e levadas para a França, para Duraval, no tempo de Carlos Magno.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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Dia Nacional de Valorização da Família

Papa Francisco com uma família | cnbb

DIA NACIONAL DE VALORIZAÇÃO DA FAMÍLIA É COMEMORADO NESTA SEXTA-FEIRA

Uma família valorizada gera uma sociedade bem edificada

Nesta sexta-feira, 21, é celebrado o Dia Nacional de Valorização da Família. A data foi instituída dia 17 de maio de 2012, a partir da Lei n. 12.647 e celebrada pela primeira vez em 2013. Para nós cristãos é uma data que traz a reflexão sobre a importância da Sagrada Família de Nazaré, como exemplo para a formação de nossas famílias. A igreja celebra a Semana Nacional da Família todos os anos, em agosto. Este ano, trouxe a temática “Misericórdia na Família: Dom e Missão”. É no seio familiar que as pessoas têm a oportunidade de experimentar, pela primeira vez, a vivência social passando por realidades edificantes, mas também de limitações. Porém, tem na família a oportunidade de descobrir-se como ser de relacionamentos.

A família precisa ser valorizada, cuidada não só pela igreja, mas pelas instituições governamentais porque na família como base da sociedade cada pessoa aprende a ser cidadão e nosso país precisa que cada vez mais as pessoas aprendam a desenvolver a cidadania em prol de uma sociedade mais, justa igualitária e fraterna. Uma família valorizada gera uma sociedade bem edificada.

Papa: é urgente uma nova economia mundial que seja inclusiva

Papa Francisco em encontro na Sala Paulo VI | Vatican News

Inclusiva, explicou Francisco em discurso aos participantes do Congresso Internacional da Uniapac, ao dar uma vida digna aos jovens, pobres, migrantes e marginalizados com a criação de empregos. Na audiência desta sexta (21) a empresários de 40 países, também provenientes do Brasil, o Papa afirmou que qualquer nova economia para o bem comum também deve cuidar da natureza, assegurando um futuro sustentável às novas gerações.

Andressa Collet - Vatican News

A Sala Paulo VI, no Vaticano, recebeu nesta sexta-feira (21) mais de 800 gestores e empresários de 40 países, inclusive cerca de 20 deles do Brasil, que participam do 27° Congresso Mundial da Uniapac - a União Cristã Internacional de Executivos, uma organização ecumênica sem fins lucrativos com sede em Paris. O evento de três dias termina neste sábado (22), com o ponto alto justamente no encontro com o Papa Francisco que procurou reforçar o compromisso da nobre vocação da classe através do tema que orienta o evento, ou seja, "a coragem de mudar" o modo de viver dentro das empresas, as relações entre dirigentes e dependentes e até com o meio ambiente.

“A mudança sempre requer coragem. Mas a verdadeira coragem também exige que sejamos capazes de reconhecer a graça divina na nossa vida.”

A nova economia para o bem comum

A graça de Deus, continuou o Papa em discurso, permite guiar as relações dentro do mundo dos negócios para se criar uma nova economia para o bem comum, mesmo diante de tantos desafios para colocá-la em prática. "Não há dúvida de que nosso mundo precisa urgentemente 'de uma economia diferente, aquela que faz viver e não mata, inclui e não exclui, humaniza e não desumaniza, cuida da criação e não a destrua", disse Francisco ao citar mensagem do evento 'Economia de Francisco' (2019).

"Portanto, qualquer 'nova economia para o bem comum' deve ser inclusiva. Muitas vezes o slogan 'não deixar ninguém para trás' é proferido sem qualquer intenção de oferecer o sacrifício e o esforço para realmente transformar essas palavras em realidade. [...] No cumprimento da profissão, vocês, líderes de empresas e empresários, são chamados a agir como fermento para garantir que o desenvolvimento chegue a todas as pessoas, mas especialmente às mais marginalizadas, mais necessitadas, de modo que a economia possa sempre contribuir para o crescimento humano integral."

Francisco, assim, elencou os trabalhadores à margem do mercado de trabalho aos quais os empresários são chamados a priorizar com a criação de emprego: os pouco qualificados; diaristas; do setor informal; trabalhadores migrantes e refugiados; aqueles que "realizam o que é comumente chamado de 'trabalho de três dimensões': perigoso, sujo e degradante; pobres e marginalizados.

“Na verdade, a porta de entrada para a dignidade de um homem é o trabalho. Não basta levar o pão para casa, é necessário ganhar o pão que eu levo para casa.”

A "economia do Evangelho"

A Uniapac, que representa mais de 45 mil executivos da Europa, América Latina, América do Norte, África e Ásia, procura promover a visão dessa economia a serviço da pessoa e do bem comum. Mas o Papa vai além e pede que também seja integrada a uma "economia de cuidado", inclusive do meio ambiente, sem destruir a criação. Esse é um dos pontos principais do Pacto assinado no fim de setembro, em Assis, por mil jovens economistas e empreendedores para melhorar o sistema econômico global, que Francisco compartilhou na audiência desta sexta (21). "Para uma nova economia do bem comum", eles propuseram uma "economia do Evangelho", que, entre outras coisas, inclui:

- uma economia de paz e não de guerra;
- uma economia que cuida da criação e não a destroi;
- uma economia a serviço da pessoa, da família e da vida;
- uma economia onde o cuidado substitui o descarte e a indiferença;
- uma economia que não deixa ninguém para trás;
- uma economia que reconhece e protege o trabalho decente e seguro para todos;
- uma economia em que as finanças sejam amigas e aliadas da economia real e do trabalho, e não contra eles.

“Gostaria de encorajá-los, líderes de empresas e empresários maduros e bem-sucedidos, a considerar uma nova aliança com os jovens que criaram e se comprometeram com esse Pacto. É verdade que os jovens sempre trazem problemas, mas têm o talento de mostrar o verdadeiro caminho. Para caminhar com eles, ensiná-los e aprender com eles, ensiná-los também; e, juntos, dar forma a 'uma nova economia para o bem comum'. Obrigado pelo que fazem, obrigado por estarem aqui.”

Santa Úrsula e companheiras

Sta. Úrsula e companheiras | arquisp
21 de outubro

Santa Úrsula e companheiras

Úrsula nasceu no ano 362, filha dos reis da Cornúbia, na Inglaterra. Era uma linda menina, meiga, inteligente e caridosa. Cresceu muito ligada à religião, seguindo os princípios da fé e amor em Cristo. A fama de sua beleza espalhou-se e logo os pedidos de casamento surgiram. Mas por motivos políticos seu pai aceitou a proposta feita pelo duque Conanus, pagão, oficial de um grande exército amigo.

Quando soube que o pretendente não era cristão, Úrsula primeiro recusou, mas depois, devendo obediência a seu pai e rei, aceitou, com a condição de esperar três anos, período que achou suficiente para o duque converter-se ou desistir da aliança. Para isso rezava muito junto com suas damas da Corte.

Mas parecia ser um matrimônio inevitável. Na época acertada, uma expedição, com dois navios, partiu levando Úrsula e suas damas. Eram jovens virgens como ela e se casariam, também, com guerreiros escolhidos pelo duque Conanus. As lendas e tradições falam em onze mil virgens, mas, depois, outros escritos da época e pesquisas arqueológicas revelaram que eram onze meninas. O fato real e trágico foi que, navegando pelo rio Reno, quando chegaram a Colônia, na Alemanha, a cidade estava sob o domínio do exército de Átila, rei dos hunos, povo bárbaro e pagão.

Logo os soldados hunos mataram todos da comitiva e, das virgens, apenas Úrsula escapou, pois Átila ficou maravilhado com a beleza e juventude da nobre princesa. Ele tentou seduzi-la e propôs-lhe casamento. A custo da própria vida, Úrsula recusou-o, dizendo que era já era esposa do mais poderoso de todos os reis da Terra, Jesus Cristo. Cego de ódio, ele mesmo a degolou. Tudo aconteceu em 21 de outubro de 383.

Em Colônia, uma linda igreja guarda o túmulo de santa Úrsula e suas companheiras.

Na Idade Média a italiana Ângela de Mérici, leiga e terciária franciscana, fundou uma Congregação de religiosas chamada Companhia de Santa Úrsula, destinada à formação cristã das famílias através da educação das meninas, futuras mães em potencial. Um avanço para as mulheres, pois até então só os homens eram contemplados com a instrução. A fundadora escolheu santa Úrsula como padroeira após uma visão que teve. Atualmente, as irmãs ursulinas, como são chamadas as filhas de santa Ângela, celebrada em 27 de janeiro, estão presentes nos cinco continentes. Com isso, a festa de santa Úrsula, no dia 21 de outubro, mantém-se sedimentada e muito robusta em todo o mundo católico.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Jornada Mundial da Juventude - JMJ LISBOA 2023

Kiko Argüello no Encontro Vocacional durante a Jornada Mundial da Juventude, 
em Colônia, Alemanha, em 2005

JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE – JMJ LISBOA 2023

Queridos irmãos,

De Portugal, damos algumas informações sobre a próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 23.

As datas oficiais da Jornada são de 1º a 6 de agosto de 2023. A Vigília com o Papa será no sábado dia 5, e no domingo dia 6 a Eucaristia final. 

A página web oficial da JMJ é:

www.lisboa2023.org

As inscrições para a Jornada, nas distintas modalidades, serão abertas no final de outubro.

É muito importante a inscrição oficial porque, segundo informações, só assim os ônibus particulares receberão identificação para circular até os diferentes lugares de estacionamento.

Encontro Vocacional em Israel, ano jubilar 2000
Encontro Vocacional em Israel, ano jubilar 2000

O Encontro Vocacional com Kiko, Padre Mario e María Ascensión está previsto para a segunda-feira 7 de agosto. Mais adiante daremos mais informações.

O Centro Neocatecumenal de Lisboa irá habilitar uma página web para ajudar os irmãos no que se refere a lugares de interesse, itinerários, lugares de missão e, eventualmente, algum lugar para celebrar.

A inscrição também deverá ser realizada em nossa página web para poder coordenar o Encontro Vocacional, número de participantes, bispos, etc.

A página web para os irmãos do Caminho é:

www.lisboa2023cnc.org

Tudo o que se refere a alojamento em paróquias, ginásios, centros religiosos, etc. fica a disposição da organização oficial da Jornada; os grupos que quiserem alojamento terão que solicitar com a inscrição oficial da Jornada.

No que se refere a hotéis, terão que gerir com as agências de viagem.

Pedimos à Virgem Maria de Fátima que nos ajude a fazer a vontade de Deus e que nos acompanhe nesta Jornada Mundial da Juventude e suscite vocações entre nossos jovens.

Rezem por nós. A Paz e boa peregrinação.

Equipe de Itinerantes de Portugal, P. Angel Bello, Fernando e Ana, Davide.
JMJ Colônia, Alemanha 2005
JMJ Colônia, Alemanha 2005
JMJ Colônia, Alemanha 2005

Jardins Vaticanos: convite para o silêncio e a oração

Jardins Vaticanos | Foto: Laura Lo Monaco

Você sabia que no interior do Vaticano existem belíssimos jardins?

Laura Lo Monaco - Vatican News
Você sabia que no interior do Vaticano existem belíssimos jardins?
Muitas pessoas que entram na cidade do Estado do Vaticano para participar da oração do Angelus com o Papa Francisco aos domingos ou para visitar a Basílica de São Pedro nem imaginam que metade do território do menor país do mundo é composto por extensos e belos jardins.

Muros do Vaticano - Vista de Roma | Foto: Laura Lo Monaco

Construído em um terreno caracterizado por um relevante desnível, a origem dos jardins é atribuída ao Papa Nicolau III (1277-1280), homem de grande cultura e esperto em ervas medicinais, que transferiu a residência papal do Palácio de Latrão para o Vaticano em 1279.

Os documentos da época descrevem o jardim original como um hortus conclusus, uma típica realização medieval cercada por muros, rica de significado simbólico relativo ao culto da Virgem Maria. O que hoje possui 23 hectares de extensão começou como um simples pomar (pomerium), um relvado (pratellum) e um jardim (viridarium).
Um personagem importante na história dos Jardins Vaticanos é Johannes Faber, célebre naturalista e médico alemão que no começo do século XVII foi responsável por aumentar a variedade de flores exóticas importadas do mundo todo. Hoje os Jardins Vaticanos são um amplo espaço de convivência, mas principalmente um local onde é possível silenciar o coração e se colocar em oração. Afinal, contemplar a beleza da natureza é também uma forma de se aproximar do nosso Deus criador.

Imagem de Nossa Senhora | Foto: Laura Lo Monaco

Torre de São João

A Torre de São João é uma estrutura circular localizada em uma colina na ponta mais ocidental da Cidade do Vaticano em frente ao heliporto e com vista para os Jardins. A Torre é uma estrutura medieval de uma antiga muralha construída pelo Papa Nicolau III e foi reconstruída pelo Papa João XXIII no início da década de 1960. Atualmente a Torre é utilizada como moradia temporária do Papa durante os períodos de reforma do palácio apostólico.

Torre de São João | Foto: Laura Lo Monaco

Fonte da Águia

No começo do século XVII, a presença da água nos Jardins Vaticanos se transformou não somente em um símbolo, mas também em algo espetacular e cenográfico, graças ao Papa Paulo V (1605-1621). Em Roma, ele foi responsável por reativar o Aqueduto Trajano, por reconstruir o Aqueduto de Água Paula e pela construção de cinco novas fontes nos Jardins Vaticanos. Se trata de fontes muito diferentes entre si e que constituem quase como um mostruário de diferentes movimentos artísticos daquela época, que iam de modelos simples e rigorosos até os modelos barrocos mais detalhados. Entre elas se destaca a majestosa Fonte da Águia, construída por volta de 1611 e projetada por Carlo Maderno e Giovanni Vasanzio.

Turistas na Fonte da Águia | Foto: Laura Lo Monaco

Gruta de Nossa Senhora de Lourdes

Na porção oriental dos jardins do Vaticano há uma reprodução do célebre santuário de Massabielle, onde a Virgem apareceu à Bernadette Soubirous. Projetada pelo arquiteto Costantino Sneider, o local recebe todos os anos no mês de maio peregrinos e cardeais para a conclusão do mês mariano, que conta com diversas atividades ligadas à devoção Mariana. No ano de 2020, o tradicional encerramento do mês Mariano na Gruta recebeu também o Papa Francisco, que confiou à Virgem Maria todas as dores e esperanças da humanidade em meio a pandemia do coronavírus.

Rosa nos Jardins do Vaticano | Foto: Laura Lo Monaco

Jardim com plantas da Bíblia

Uma secção que desperta muita curiosidade dos visitantes é o jardim com plantas bíblicas: um espaço dedicado ao cultivo de árvores que são citadas nas Sagradas Escrituras. Um exemplo é a videira, citada em João 15, 1-2:

“Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor. Ele corta todo ramo que em mim não dá fruto, e poda todo aquele que dá fruto, para que produza mais.”

Como visitar

Os Jardins Vaticanos são abertos à visitação somente com guia credenciado em duas modalidades: a pé ou com um open bus. As visitas já incluem um áudio guia disponível em diversos idiomas. Para agendar o seu passeio, acesse o site: https://m.museivaticani.va/content/museivaticani-mobile/it.html.

Fotos: Laura Lo Monaco - filme analógico.

O tênis amarelo do Papa?

© Jim Sichko / Instagram
Por Cécili Séveirac

Quando o padre Jim Sichko foi convidado para se encontrar com o Papa Francisco, ele deu ao Santo Padre um presente no mínimo original.

Não passou despercebido pelo Papa o Padre Jim Sichko, que conseguiu fazer-se notar durante a sua estadia em Roma a 12 de Outubro. O Papa Francisco recebeu das mãos do padre americano um presente que não podia ser mais surpreendente, mas que estava muito de acordo com os tempos: tênis da Nike, coloridos de amarelo vivo, para não dizer cintilante, com as palavras “Papa” e “Francisco” na parte de trás de cada calçado, assim como o brasão papal.

Tênis amarelo do Papa | ACIdigital

O tênis foi especialmente criado para a ocasião, a pedido do Padre Sichko, que recorreu à True Blue Customs, uma empresa especializada na personalização produtos. Foram necessárias dez horas para personalizar o tênis, o que aparentemente constituiu uma agradável surpresa para o Papa Francisco.

O Padre Sichko prega nos Estados Unidos na diocese de Lexington, Kentucky. Foi nomeado em 2016 pelo Papa como Missionário da Misericórdia, um estatuto que confere aos padres beneficiários amplos poderes, incluindo a capacidade de perdoar pecados normalmente deixados à autoridade papal. Entre outros, a profanação das espécies consagradas, ou seja, do Corpo e Sangue de Cristo, ou a violação do segredo da confissão. Há um total de 1.000 Missionários da Misericórdia, 100 dos quais estão nos Estados Unidos. Ao Padre Sichko não falta audácia nem humor: mas é improvável que vejamos um detalhe amarelo na batina branca do Papa.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Ceará se prepara para a beatificação da Menina Benigna

A beatificação acontece em 24 de outubro | Vatican News

A jovem Benigna Cardoso, de Santana do Cariri, no Ceará, será a próxima Beata brasileira em cerimônia marcada para a próxima segunda-feira, dia 24 de outubro. A missa será presidida pelo cardeal Leonardo Steiner no Parque de Exposições da Expocrato para cerca de 60 mil pessoas.

Andressa Collet - Vatican News

“A vida dos santos constitui uma ajuda preciosa para reconhecer o estilo de Deus na própria vida: permite familiarizar com o seu modo de agir. O comportamento de alguns santos interpela-nos, mostrando-nos novos significados e oportunidades.”

O Papa Francisco, com essas palavras, lembrou do testemunho dos santos durante a catequese da Audiência Geral desta quarta-feira (19). Nesse caminho da santidade também está a Menina Benigna que na próxima segunda-feira, 24 de outubro e dia do seu martírio, vai se tornar a primeira Beata do Ceará. A cerimônia, que deve ser acompanhada por cerca de 60 mil pessoas, será realizada no Parque de Exposições Pedro Felício Cavalcanti, no Crato, que abriga a feira "Expocrato". O cardeal Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus, vai presidir a missa.

A história da próxima Beata brasileira

A Serva de Deus, considerada “heroína da castidade”, será a primeira Beata nascida no Ceará a receber esse ato, que é um passo para o caminho da canonização. O testemunho de santidade da Menina Benigna começou logo após o martírio, há mais de 70 anos. 

Benigna Cardoso nasceu em Santana do Cariri em 1928. Em 1941, aos 13 anos de idade, ela foi assassinada com golpes de facão dados por Raul Alves, após recusar ter relações sexuais com o criminoso. Após a morte, a Menina Benigna passou a ser venerada como mártir na Região do Cariri e virou símbolo da resistência contra o feminicídio e a violência sexual contra crianças e adolescentes.

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF