Translate

domingo, 23 de outubro de 2022

São João de Capistrano: uma figura admirável

S. João de Capistrano | Guadium Press
23 de outubro
Pelo fervor de suas pregações, São João de Capistrano podia ser comparado a um leão que ruge.

Redação (23/10/2020 15:00, Gaudium Press) No dia de hoje, 23 de outubro, a Igreja celebra a memória de São João de Capistrano. Nascido na cidade italiana de Capistrano no ano de 1386, João cursou os estudos jurídicos na universidade de Perusa, tornando-se mais tarde juiz de direito e governador de uma cidade na Itália.

Por conta de intrigas políticas acabou sendo preso. Após o falecimento de sua esposa, João decidiu entrar em uma Ordem religiosa. Para alcançar este objetivo, vendeu os seus bens, deu aos pobres e ingressou nos Franciscanos. Antes de ser aceito, passou por duras provas vocacionais nas quais demonstrou suas virtudes.

S. João de Capistrano | Guadium Press

São João de Capistrano exímio pregador e diplomata

Ao ser ordenado sacerdote, se consagrou ao poder do Espírito no apostolado da pregação. Vivendo de forma profunda o espírito de mortificação, realizou inúmeras viagens por toda a Europa para evangelizar. Além disso, São João de Capistrano enfrentou a ameaça dos turcos contra a Europa e a tentativa de desunião no seio da própria Ordem Franciscana.

Devido sua sabedoria e prudência, e também por sua experiência como juiz e governador, quatro Papas (Martinho V, Eugênio IV, Nicolau V e Calixto III) o empregaram como embaixador em delicadas missões diplomáticas.

Em três ocasiões os Papas tentaram nomeá-lo como Bispo de importantes cidades, entretanto, o religioso preferiu seguir sendo apenas um humilde pregador, pobre e sem títulos honoríficos.

S. João de Capistrano | Guadium Press

São João de Capistrano valente defensor do cristianismo

No ano de 1453, os turcos muçulmanos propuseram invadir a Europa para acabar com o Cristianismo. Sabendo disso, São João foi até a Hungria e ali pregou ao povo, incitando-o a sair em defesa da religião. Logo se formou um valente exército de fiéis católicos.

Quando os muçulmanos chegaram perto de Belgrado com seus 200 canhões, uma grande frota de navios de guerra pelo rio Danúbio, e 50 mil jenízaros a cavalo. Alguns chefes católicos se sentiram inseguros e pensaram em retirar-se pois eram numericamente inferiores.

S. João de Capistrano | Guadium Press

Neste momento, João de Capistrano interveio e, empunhando um crucifixo, percorreu todas as fileiras, animando os soldados com a lembrança de que iam combater por Jesus Cristo, o grande Deus dos exércitos. O exemplo de confiança e coragem do Santo inspirou os cristãos, que lutaram com ímpeto suficiente para derrotar o exército otomano.

São João de Capistrano faleceu no dia 23 de outubro de 1456, aos 71 anos de idade, sendo beatificado pelo Papa Leão X e canonizado pelo Papa Alexandre VIII no ano de 1690. (EPC)

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Papa é o primeiro inscrito na JMJ Lisboa 2023

Momento da inscrição do Papa Francisco na JMJ2023 | Vatican News

O objetivo principal das Jornadas é recolocar no centro da fé e da vida de cada jovem a pessoa de Jesus, para que Ele se torne seu ponto de referência constante e seja também a verdadeira luz de todas as iniciativas e todo compromisso educativo para com as novas gerações. É o "refrão" de cada Jornada Mundial. (São João Paulo II)

Laura Lo Monaco - Cidade do Vaticano
Ao lado de três jovens portugueses (as duas jovens estudam em Roma), o Papa fez sua inscrição na JMJ Lisboa 2023 pela internet através de um tablet após o Angelus deste domingo, dia 23 de outubro. Com um click, Francisco garantiu sua presença no maior evento jovem do mundo, que está marcado para se realizar entre os dias 1 e 6 de agosto de 2023 na cidade de Lisboa, capital portuguesa:

Abrem-se hoje as inscrições para a 37ª Jornada Mundial da Juventude, que terá lugar em Lisboa em agosto de 2023. Convidei dois jovens portugueses para estarem aqui comigo enquanto também me inscrevo como peregrino (clique no tablet). Eu me inscrevi! Queridos jovens, convido-vos a participar neste encontro no qual, depois de um longo período de distanciamento e isolamento, redescobriremos a alegria do abraço fraterno entre os povos e entre as gerações, do qual temos tanta necessidade.

«Maria levantou-se e partiu apressadamente» (Lc 1, 39) foi a citação bíblica escolhida pelo Papa Francisco como lema da Jornada Mundial da Juventude 2023. A JMJ se consolidou como uma grande peregrinação, uma festa da juventude, uma expressão da Igreja universal e um momento forte de evangelização do mundo juvenil.
Peregrinos de mais de 50 dioceses do Brasil já estão se preparando para o evento, que será o primeiro após a pandemia do coronavírus. O evento que reúne jovens do mundo inteiro foi instituído pelo Papa João Paulo II:

“O evento visa promover o encontro dos jovens com o Papa e ser um momento de renovação da fé.”

Na Carta enviada ao cardeal Eduardo Francisco Pironio por ocasião do Seminário de Estudos sobre as Jornadas Mundiais da Juventude realizado em Czestochowa, em maio de 1996, o Papa Wojtyla escreveu:  

O objetivo principal das Jornadas é recolocar no centro da fé e da vida de cada jovem a pessoa de Jesus, para que Ele se torne seu ponto de referência constante e seja também a verdadeira luz de todas as iniciativas e todo compromisso educativo para com as novas gerações. É o "refrão" de cada Jornada Mundial. 

A JMJ teve sua primeira edição em Roma no ano de 1986 e se realiza a cada 3 anos, já passando por mais de 20 cidades em 3 continentes diferentes. Buscando o protagonismo jovem, a Jornada Mundial da Juventude também busca promover a paz, a união e a fraternidade entre os povos e as nações de todo o mundo.

No ato simbólico de domingo, Papa Francisco deu início ao período de inscrição da JMJ. Todas as informações sobre a JMJ Lisboa 2023, podem ser acessadas através do site: https://www.lisboa2023.org/pt/.

Justificado

O fariseu e o publicano | cebi

JUSTIFICADO

Dom Rodolfo Luís Weber
Arcebispo de Passo Fundo

A liturgia dominical continua com tema da oração a partir da parábola do fariseu e do publicano (Lucas 18, 9-14). Nela se revela o íntimo dos homens que rezam e também a Deus a quem é dirigida a oração. Os destinatários da parábola são “alguns que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros”. Quem são estes alguns? Jesus deixa em aberto. Confiar na própria justiça significa confiar firmemente em si mesmo. O “justo” no Antigo Testamento é o homem que cumpre a vontade de Deus e que deposita nele a confiança. Deus é a rocha de apoio e o verdadeiro sustento da existência. Quem “confia na própria justiça” não confia em Deus e nem nos outros, pois só confia em si e todos lhe são devedores.

A parábola do fariseu e do publicano é breve, mas muito rica. Convida o leitor a fazer parte dela. Antes de qualificar os personagens, Jesus diz que são “dois homens” que vão rezar no Templo. Antes de identificar as diferenças é acentuada a unidade, a sua humanidade comum, indistinta na essência e na dignidade. Ambos foram rezar, no mesmo lugar e dirigiram-se ao mesmo Deus. Na pluralidade das situações humanas faz-se necessário ressaltar, em primeiro lugar, o une e depois as diferenças.

A unidade dos “dois homens” se rompe a partir do lugar que ocupam na sociedade e na religião. Os fariseus, que se pode traduzir por “os separados”, buscavam uma prática perfeita da Lei, a tal ponto que faziam obras que excediam o determinado pelo dever. Como consequência, sentiam orgulho da sua situação e desprezavam os outros. A oração que o fariseu faz revela o seu interior. “Ó Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens, ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este cobrador de impostos”.

Os cobradores de impostos tinham adquirido o direito do Estado para cobrar taxas e impostos dos devedores. Sobre eles recaiam desconfianças sobre a sua honestidade e por serem aliados dos romanos. Porém, diante de Deus, o cobrador teve a seguinte postura: “ficou à distância, e nem atrevia a levantar os olhos para o céu; mas batia no peito, dizendo: “Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador”.

Ao final Jesus dá o sentido da parábola: “este último voltou para a casa justificado, o outro não”. O Cardeal José Tolentino de Mendonça comentando a parábola afirma: “justificado tem aqui o sentido de “agraciado com a aceitação de Deus”, “de encontro de graça a seus olhos”. (…) Mas “justo” aos olhos de Deus não é, antes de tudo, o que se dedica ao cumprimento de um extenso programa moral, mas sim aquele que, confiando na misericórdia divina, reconhece a própria limitação, a carência. Por isso se diz que o cristão não um homem “justo”, mas “justificado”, não é um ser “gracioso”, mas “agraciado”.

Agora, a parábola para ficar completa, precisa ser contada assim: “Três homens subiram ao templo para rezar: um era fariseu, outro publicano e o outro o leitor da parábola”. Todos os personagens precisam do perdão e da misericórdia de Deus. E o leitor também.

Continua o Cardeal José Tolentino: “O “modelo de ação” é dado ao leitor na abundante misericórdia de Deus, que sabe acolher-nos e cancelar as muitas distâncias por onde a vida se dispersa. O coração de Deus ensina o que não desprezar, não excluir. O fato de a oração do fariseu não ter sido aceita diz-nos isso. Que no coração de Deus não há lugar para divisão, para muros. Que Deus não podia por isso legitimar tal oração. Em Jesus presentifica-se plenamente este desígnio de misericórdia de Deus. Ele soube abolir as fronteiras de toda ordem que

segmentavam as relações (…) No fim das contas, ele disse-nos que é o outro quem nos torna justos”.

Papa no Angelus: onde há muito eu, há pouco Deus

Papa Francisco | Vatican News

"Para subir em direção a Ele é preciso descer dentro de nós mesmos: cultivar a sinceridade e a humildade de coração, que nos dão um olhar honesto sobre nossas fragilidades e pobrezas. De fato, na humildade nos tornamos capazes de levar a Deus, sem fingimentos, o que somos, os limites e as feridas, os pecados e as misérias que pesam em nosso coração, e de invocar sua misericórdia para que nos cure, nos cura e nos levante."

https://youtu.be/Ug2g_DWIc_Y

Jackson Erpen - Cidade do Vaticano

"Quanto mais descemos com humildade, mais Deus nos faz subir em direção ao alto."

"Subir e descer", dois verbos presentes na passagem de Lucas (Lc 18,9-14) do Evangelho da liturgia deste domingo inspiraram a reflexão do Papa Francisco antes de rezar o Angelus neste XXX Domingo do Tempo Comum. De fato, a" parábola está entre dois movimentos". De um lado o fariseu, "um homem religioso", e de outro o cobrador de impostos, o publicano, "um pecador declarado".

Subir, necessidade do coração de ir ao encontro do Senhor

Aos peregrinos reunidos na Praça São Pedro, o Papa começou explicando que os dois sobem ao templo para rezar, "mas somente o publicano eleva-se verdadeiramente a Deus, porque com humildade desce à verdade de si mesmo e apresenta-se tal como é, sem máscaras, com a sua pobreza". Ou seja, o primeiro movimento é "subir". E explica:

De fato, o texto começa dizendo: "Dois homens subiram ao Templo para rezar". Este aspecto evoca tantos episódios da Bíblia, onde para encontrar o Senhor se sobe ao monte da sua presença: Abraão sobe ao monte para oferecer o sacrifício; Moisés sobe ao Sinai para receber os mandamentos; Jesus sobe ao monte, onde é transfigurado. Subir, portanto, expressa a necessidade do coração de separar-se de uma vida plana para ir ao encontro do Senhor, libertar-nos do próprio eu; de elevar-se das planícies do nosso eu para subir em direção a Deus; de recolher o que vivemos no vale para levá-lo diante do Senhor. Isso é subir, e quando nós rezamos, subimos.

Quanto mais descemos, mais Deus nos faz subir ao alto

Mas - observou Francisco - para viver o encontro com Deus e ser transformados pela oração, para nos elevarmos a Ele, precisamos do segundo movimento, descer:

Para subir em direção a Ele é preciso descer dentro de nós mesmos: cultivar a sinceridade e a humildade de coração, que nos dão um olhar honesto sobre nossas fragilidades e pobrezas interiores. De fato, na humildade nos tornamos capazes de levar a Deus, sem fingimentos, o que realmente somos, os limites e as feridas, os pecados e as misérias que pesam em nosso coração, e de invocar sua misericórdia para que nos cure, nos cure e nos levante. Será Ele a nos levantar, não nós. Quanto mais descemos com humildade, mais Deus nos faz subir em direção ao alto.

O risco de cair na "soberba espiritual"

Com efeito - acrescentou - o publicano da parábola "fica humildemente à distância, não se envergonha, pede perdão e o Senhor o levanta". O fariseu, por outro lado, "se exalta, seguro de si mesmo, convencido de estar bem: de pé, começa a falar ao Senhor apenas de si mesmo, começa a louvar a si mesmo, a listar todas as boas obras religiosas que faz e despreza os outros. Diz: "Não como aquele lá":

Por que a soberba espiritual faz isso - “Mas padre, por que nos fala sobre a soberba espiritual? - Mas todos nós corremos o perigo de cair nisto: leva-te a acreditar-te bom e a julgar os outros e isso é a soberba espiritual: "Eu estou bem, sou melhor que os outros, ele é isso, aquele é aquilo…". E assim, sem perceber, adoras a ti mesmo e apaga teu Deus. É uma subida que volta para si mesmo. Esta é a oração sem humildade.

Onde há muito eu, há pouco Deus

O Papa então chamou a atenção para o fato de que "o fariseu e o publicano têm muito a ver conosco", convidando a olharmos para nós mesmos:

Verifiquemos se em nós, como no fariseu, existe "a íntima presunção de ser justos" que nos leva a desprezar os outros. Acontece, por exemplo, quando buscamos elogios e sempre fazemos uma lista de nossos méritos e de nossas boas obras, quando nos preocupamos mais em parecer do que em ser, quando nos deixamos aprisionar pelo narcisismo e pelo exibicionismo. Vigiemos, irmãos e irmãs, nosso narcisismo e exibicionismo, baseados na vanglória, que levam também nós cristãos, nós sacerdotes, nós bispos a ter sempre uma palavra nos lábios. Qual palavra? "Eu, eu ,eu": "eu fiz isso, eu escrevi aquilo, eu havia dito, eu havia entendido antes de vocês", e assim por diante. Onde há muito eu, há pouco Deus.

Francisco recordou que em seu país, essas pessoas são chamadas de "eu-comigo-para mim-somente eu", ilustrando com o exemplo de um sacerdote que era muito "centrado em si mesmo", e para brincar, as pessoas diziam que quando ele fazia a incensação, fazia ao contrário, pois incensava a si mesmo, "se auto incensava."

Peçamos a intercessão de Maria Santíssima - disse ao concluir - a humilde serva do Senhor, imagem viva daquilo que o Senhor ama realizar, derrubando os poderosos de seus tronos e elevando os últimos.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Da Carta aos coríntios, de São Clemente I, papa

S. Clemente I, papa | frasesdesantos

Da Carta aos coríntios, de São Clemente I, papa

(Cap.19,2-20,12: Funk 1,87-89)            (Séc.I)

Benfazejo em tudo, Deus dispôs o mundo com justeza e harmonia

Consideremos com amor o Pai e Criador do mundo inteiro e unamo-nos com firmeza a seus magníficos e desmedidos dons da paz e aos benefícios. Pelo pensamento contemplemo-lo e demoremos o olhar do espírito em sua vontade generosa. Vejamos quão clemente se mostra para com toda criatura sua.

Os céus movidos por seu governo, se lhe submetem em paz; o dia e a noite, sem se embaraçarem mutuamente, realizam o curso que lhes determinou. O sol, a luz e todo o coro dos astros, em conformidade com sua ordem, desenvolvem, sem se enganar e em concórdia, a disposição para eles fixada. De acordo com a sua vontade, em tempo oportuno, a terra fecunda produz abundante alimento para os homens, as feras e todos os animais que nela existem, sem hesitação, sem alterar nada do que lhe foi ordenado.

Os inescrutáveis abismos, as regiões inacessíveis do oceano mantêm-se dentro de suas leis. A grandeza do mar imenso, reunida em ondas por sua determinação, não ultrapassa os limites postos a seu redor, mas como lhe ordenou, assim faz. Pois disse: Até aqui virás, e em ti mesmo se quebrarão tuas vagas (Jó 38,11). O oceano intransponível aos homens e os mundos que existem para além dele são governados pelos mesmos decretos do Senhor.

As estações da primavera, verão, outono e inverno se sucedem em paz umas às outras. Os guardas dos ventos no tempo marcado executam seu encargo sem obstáculo; também as fontes perenes, criadas para o uso e a saúde, oferecem sem falhas sua abundância para o sustento da vida humana; e os animais pequeninos, em paz e concórdia, fazem seus agrupamentos.

O grande artífice e Senhor de tudo ordenou que estes seres todos se fizessem em paz e concórdia, beneficiando a tudo, porém, com superabundância, a nós, que nos refugiamos em sua misericórdia por nosso Senhor Jesus Cristo, a quem a glória e a majestade pelos séculos dos séculos. Amém.

sábado, 22 de outubro de 2022

Aprenda o hino ao Espírito Santo que São João Paulo II rezava desde os 11 anos de idade

ArchiviFarabola/EAST NEWS | Karol Wojtyła e colegas da escola
Por Francisco Vêneto

Na festa litúrgica do santo papa polonês, aprenda a oração que o pai dele recomendou antes de uma prova de matemática!

Existe um antiquíssimo e precioso hino ao Espírito Santo que São João Paulo II aprendeu a rezar quando tinha 11 anos de idade e nunca mais deixou de recitar todas as manhãs.

Aliás, ele mesmo contou que aprendeu esse hino para passar numa prova de matemática! Durante um encontro com membros da Renovação Carismática em janeiro de 1980, o Papa polonês relatou:

“Quando eu era criança, aprendi a orar ao Espírito Santo. Aos 11 anos, estava muito triste porque tinha muitos problemas com a matemática. Então o meu pai me mostrou o ‘Veni Creátor Spíritus’ num livreto e me disse: ‘Reze e você vai ver como Ele ajuda a entender’. Desde então, eu recito este hino todos os dias, há mais de 40 anos, e tenho visto o quanto o Espírito Divino nos ajuda”.

Hino ao Espírito Santo com mil anos de tradição

O “Veni Creátor Spíritus“, de fato, é um dos mais tradicionais hinos litúrgicos dedicados ao Espírito Santo. Foi composto no século IX, ou seja, tem mais de mil anos de história.

Costuma ser rezado em grandes solenidades como o Pentecostes, em celebrações especiais como a do sacramento da confirmação ou as ordenações sacerdotais e episcopais, em ocasiões históricas como a eleição de um Papa na Capela Sistina e, também, na singela cotidianidade da vida de qualquer católico.

Ao se aproximar a festa litúrgica do santo papa polonês, neste dia 22 de outubro, aprenda você também esta bela oração!

Hino “Vinde, Espírito Criador” em português

Vinde Espírito Criador,
a nossa alma visitai
e enchei os corações
com vossos dons celestiais.

Vós sois chamado o Intercessor,
de Deus excelso dom sem par,
a fonte viva, o fogo, o amor,
a unção divina e salutar.

Sois o doador dos sete dons
e sois poder na mão do Pai,
por Ele prometido a nós,
por nós seus feitos proclamai.

A nossa mente iluminai,
os corações enchei de amor,
nossa fraqueza encorajai,
qual força eterna e protetor.

Nosso inimigo repeli
e concedei-nos vossa paz,
se pela graça nos guiais,
o mal deixamos para trás.

Ao Pai e ao Filho Salvador,
por vós possamos conhecer
que procedeis do Seu amor,
fazei-nos sempre firmes crer.

Amém.

Original em latim: “Veni Creator Spiritus”

Veni creátor Spíritus,
mentes tuórum vísita,
imple supérna grátia,
quæ tu creásti péctora.

Qui díceris Paráclitus,
altíssimi donum Dei,
fons vivus, ignis, cáritas
et spiritális únctio.

Tu septifórmis múnere,
dígitus patérnæ déxteræ,
tu rite promíssum Patris,
sermóne ditans gúttura.

Accénde lumen sénsibus,
infúnde amórem córdibus,
infírma nostri córporis
virtúte firmans pérpeti.

Hostem repéllas lóngius
pacémque dones prótinus;
ductóre sic te prǽvio
vitémus omne nóxium.

Per Te sciámus da Patrem
noscámus atque Fílium,
te utriúsque Spíritum
credámus omni témpore.

Deo Patri sit glória,
et Fílio, qui a mórtuis
surréxit, ac Paráclito,
in sæculórum sǽcula.

Amen.

Fonte:  https://pt.aleteia.org/

Cai número de padres, religiosas e seminaristas em 2020

Religiosas no Vaticano / Daniel Ibáñez

Vaticano, 21 Out. 22 / 02:55 pm (ACI).- A Agência Fides publicou hoje (21) um relatório que mostra uma diminuição no número de padres, religiosas e seminaristas no mundo. O número total de católicos aumentou em todos os continentes, exceto na Oceania.

Por ocasião do 96° Dia Mundial das Missões, celebrada no domingo (23), a Agência Fides apresentou, como de costume, algumas estatísticas coletadas para oferecer um panorama da Igreja missionária no mundo.

Segundo o relatório houve um aumento em 15,209 milhões de católicos no mundo em 2020, em comparação com o ano anterior. Esse crescimento ocorreu principalmente na Ásia, América, África e Europa.

O número de bispos em todo o mundo diminuiu em uma única unidade, com um total de 5.363. No entanto, os bispos diocesanos estão aumentando, enquanto os bispos religiosos estão diminuindo. No total, há 4.156 bispos diocesanos e 1.207 bispos religiosos.

O número de padres no mundo teve uma queda de 4.117, chegando à quantidade de 410.219. Nota-se novamente um decréscimo considerável na Europa, à qual se somam a América e a Oceania. No entanto, o número de sacerdotes está aumentando na África e na Ásia.

Os diáconos permanentes no mundo continuam aumentando, chegando ao número de 48.635. Os aumentos ocorreram na América e Oceania, enquanto os decréscimos foram na Europa, Ásia e África.

Os religiosos não sacerdotes aumentaram em 274 unidades, atingindo o número de 50.569. As diminuições são registradas na América e na Oceania. Os aumentos se deram na Europa, Ásia e África.

A tendência para uma diminuição global de religiosas é confirmada, com uma queda neste ano de 10.553. Atualmente, há um total de 619.546 freiras no mundo. Os aumentos são registrados novamente na África e na Ásia e as diminuições na Europa, América e Oceania.

Os seminaristas maiores, diocesanos e religiosos, este ano diminuíram globalmente tiveram uma queda de 2.203, chegando ao número de 111.855. O aumento é registrado apenas na África, enquanto diminui nos demais continentes.

O número de seminaristas menores, diocesanos e religiosos, também diminuiu em 1.592 unidades, totalizando 95.398. As quedas foram registradas na América, Ásia e Europa, enquanto aumentos foram verificados na África e Oceania.

No campo da instrução e educação, a Igreja administra 72.785 creches em todo o mundo, com 7.510.632 alunos; 99.668 escolas primárias, com 34.614.488 alunos; 49.437 escolas secundárias, com 19.252.704.763 alunos.

Da mesma forma, os institutos de saúde beneficentes e de assistência administrados pela Igreja no mundo incluem 5.322 hospitais, 14.415 dispensários, 534 leprosários, 15.204 asilos para idosos, doentes crônicos e deficientes, 9.230 orfanatos, 10.441 creches, 10.362 clínicas matrimoniais, 3.137 instituições de ensino ou reeducação social e 34.291 instituições de outros tipos.

As circunscrições eclesiásticas dependentes do dicastério para a Evangelização são um total de 1.118, segundo a última variação registrada. A maioria das circunscrições eclesiásticas confiadas ao dicastério está na África, com 518, e na Ásia, com 483, seguido por América, com 71, e Oceania, com 46.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Encontros entre fé e cultura para contar a história de São Pedro

Imagem de São Pedro | Vatican News

Conhecer ou redescobrir a figura do Apóstolo Pedro através da história, das artes e da cultura. Este é o objetivo do ciclo de quatro encontros intitulado "Lectio Petri" que acontecerá na Basílica do Vaticano de outubro a março. A iniciativa, promovida pela Basílica de São Pedro, a Fundação Fratelli Tutti e o Pátio dos Gentios, foi apresentada na quinta, 20 de outubro, na Sala de Imprensa da Santa Sé.

Paolo Ondarza - Cidade do Vaticano

"Que a Basílica de São Pedro encontre o mundo e se abra para o mundo". Com este desejo, o cardeal Mauro Gambetti, arcipreste da Basílica de São Pedro e vigário geral do Papa para a Cidade do Vaticano, apresentou nesta quinta-feira (20/10) o ciclo Lectio Petri que começará, com o primeiro de quatro encontros, na terça-feira, 25 de outubro, às 18h30.

Uma figura fascinante e complexa

O cardeal Gianfranco Ravasi, presidente emérito do Pontifício Conselho de Cultura e fundador do “Cortile dei gentili” (Pátio dos Gentios), comentará algumas das passagens mais significativas dos Evangelhos que descrevem o Apóstolo e sua vocação. O título do encontro é "A Vida de São Pedro. As sequelas, as lágrimas e o martírio". "Pedro", explicou o cardeal, "é uma figura fascinante e complexa, narrada desta forma nos Evangelhos, com suas fraquezas e fragilidades. Sua história está repleta de momentos diferentes, quase poderíamos defini-los como 'fases', as mesmas que um crente pode passar hoje: a vocação, a crise que levou à traição, e depois a conversão e a reabilitação final. Ele é um personagem um tanto moderno que merece ser explorado em profundidade. Sua figura não é apenas a história de um canonizado, mas a de uma pessoa que arrasta consigo sua própria fraqueza".

Cardeal Gianfranco Ravasi | Vatican News

Os teólogos no diálogo ecumênico

Quatro encontros foram agendados até agora. Após o primeiro, também na terça-feira, 22 de novembro, haverá um diálogo entre um teólogo católico, um protestante e um ortodoxo sobre o tema do primado petrino. O tema desta reunião será: "Sobre esta pedra construirei minha Igreja".

Pedro, entre a fé e a cultura

A Lectio Petri de 17 de janeiro terá como tema "Dar razões à esperança que há em nós", o foco será a figura do Santo na história e na cultura. Mais uma vez o cardeal Ravasi falará, comentando as duas Cartas de Pedro e algumas passagens da Carta de Plínio, uma das mais antigas fontes que descrevem a vida dos primeiros cristãos. As conclusões serão confiadas ao professor Giuliano Amato, presidente emérito do Tribunal Constitucional italiano e presidente da Fundação Pátio dos gentios, com uma reflexão sobre a relação entre a fé e a sociedade.

O abraço de toda a humanidade

"Pedro, cujo nome é o mais citado no Novo Testamento, depois do de Cristo", explica Ravasi, "foi um mediador entre as Igrejas judaico-cristã e pagã e, segundo o apóstolo Paulo, foi o primeiro testemunho oficial da ressurreição de Cristo, mas seu impacto não diz respeito apenas à fé e à tradição católica". Esta iniciativa é particularmente significativa precisamente por causa disto: cada encontro contribuirá com um aspecto diferente, um perfil diferente do apóstolo Pedro, na teologia, nas artes, na história e na cultura. Queremos nos dirigir aos crentes, mas também aos não crentes" A este respeito, o cardeal lembrou como Bernini, ao projetar as colunas da Praça de São Pedro, pretendia representar dois braços capazes de abraçar não só os católicos, mas toda a humanidade: a Basílica do Vaticano é, portanto, segundo o fundador do Pátio dos Gentios, "um lugar interreligioso e intercultural".

Cardeal Mauro Gambetti | Vatican News

Testemunhas, como Pedro

Concluindo os encontros, no próximo 7 de março, será a Lectio Petri "Quo vadis" com a contribuição de personalidades do mundo da cultura para contar como a figura de Pedro atravessou os séculos nas artes, literatura e música. "Começaremos com quatro compromissos, mas", revela o cardeal Gambetti, "gostaríamos de reapresentar ciclicamente estes Itinerários de Arte e Fé". Pedro é um missionário que deve ser cada vez mais conhecido: de fato, sua figura nos diz que o divino também pode se manifestar para o mundo através de nosso pobre testemunho".

O videomapping na Basílica de São Pedro foi um sucesso

Ao concluir, o cardeal comentou com satisfação os dados referentes à projeção, de 2 a 16 de outubro, sobre a fachada da Basílica "Segue-me. A Vida de Pedro": "Estamos completando a coleta de dados. Desde as primeiras impressões, o balanço é muito positivo, animador e encorajador. A qualidade do conteúdo é importante e o fato de se dirigir a todos é certamente um valor agregado. A intenção, de fato, é ir ao encontro do mundo: que a Basílica possa estar aberta ao mundo".

São João Paulo II

S. João Paulo II | arquisp
22 de outubro

São João Paulo II

João Paulo II nasceu no dia 18 de maio de 1920 na cidade de Wadovice na Polônia sob o nome de Karol Wojtyla. Sua história está totalmente ligada a história do seu país, oprimido até a 1ª Guerra Mundial e em sua grande maioria católico. A Polônia era praticamente uma vitoriosa em meio a tantos países vizinhos protestantes e ortodoxos. Ali, ser católico era motivo de orgulho a pátria e o nosso papa João Paulo II, desde criança, foi um católico fervoroso e muito nacionalista.

Os primeiros passos na Igreja Católica

Tinha o sonho de ser ator e aos 19 anos seu maior sonho era ajudar a Polônia a vencer a guerra e queria fazer isso através do teatro, utilizando-o como "arma" para "ganhar espíritos". A Polônia tinha sido invadida por Hitler e os nazistas haviam proibido qualquer tipo de missa ou seminário mas em 1942, com 22 anos, entrou para o seminário “clandestinamente” e surpreendeu a todos quando anunciou que queria ser padre. A intenção continuava a mesma, mas agora tinha o propósito da Igreja Católicapor trás de dela.
João Paulo II manteve-se firme e tranquilo durante todo o processo principalmente contra os comunistas que eram contra o catolicismo e com seu carisma e diplomacia conseguiu subir rapidamente na hierarquia da Igreja Católica. No dia 1º de novembro de 1946 aconteceu a sua ordenação sacerdotal na Cracóvia e em 1948 após a sua gradução como doutor, voltou a Polônia onde foi vigário e capelão dos Universitários.

A nomeação como Papa

Em 1960, a Igreja Católica na Polônia vivia o momento oposto da Igreja Católica no Ocidente. Enquanto uma era muito respeitada e admirada a outra ia de mal a pior. Por conta disso, em 1962 o Papa João XXIII convocou o “Concílio do Vaticano” com o intuito de de modernizar o catolicismo e reverter a atual situação que a Igreja se encontrava.
João Paulo II, recém promovido a bispo, foi um dos convidados do Concílio e sua participação foi muito firme e discreta, fato que despertou o interesse do Papa VI(sucessor de João XXIII) em querer escutar mais as suas propostas e ideias. Karol foi responsável por influenciar muitas realizações na Igreja até a morte do Papa VI e a fatídica morte do Papa João Paulo I (seu sucessor) que morreu após 33 dias no cargo. Diante dessa situação, houve uma votação e com 99 votos de 108 era eleito como novo papa, Karol Wojtyla, que escolheu o nome de João Paulo II em homenagem aos seus 3 antecessores.

Realizações e fatos

Na missa inaugural, João Paulo II declarou publicamente a sua vontade de estar com os poloneses. Nunca um Papa tinha entrado em um bloco comunista, mas sob ameaça de revolta, o dirigente na época foi obrigado a ceder e proporcionar ao povo uma visita de 8 dias a sua terra Natal sendo recebido pelo grito “queremos Deus”.
Em 1981, sofreu um atentado onde levou dois tiros e por pouco não morreu. Até hoje não se sabe quem foram os responsáveis, mas desconfia-se da participação de algum governo comunista. Mesmo depois disso, o Papa seguiu firme nos seus propósitos e continuou criticando os comunistas e usava suas armas mais fortes: diplomacia agressiva, espionagem e encontros secretos. Prova de seu carisma e popularidade foi o encontro de diversos líderes religiosos em 1986 onde a seu pedido houve uma trégua mundial que foi respeitada em várias nações em guerra. Inclusive, foi um dos grandes responsáveis pela queda do comunismo.
Em 1991, lutou contra a queda dos costumes da Igreja e também contra os escândalos de pedofilia na igreja americana além de lutar também dentro da própria Igreja onde acusou muitos dérigos e teólogos que defendiam casamento de padres, ordenação de mulheres e outras teses polêmicas.
No final de seu pontificado, já estava com a saúde bem debilitada e sofrendo do mal de Parkinson e com dificuldades para falar, respirar e andar teve que parar com as viagens que lhe renderam o carinhoso título de “grande missionário” e também com as aparições em público.

Canonização

A trajetória do Papa João Paulo II até o pontificado é cheia de fé, coragem e determinação e não podemos deixar de exaltar esses elementos como fatores essenciais para a sua canonização e popularidade até nos dias de hoje

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

sexta-feira, 21 de outubro de 2022

“Trono do corpo e do sangue de Cristo”, o altar e a sua bissecular história

Altar | Guadium Press
Com o decorrer dos séculos, os objetos e símbolos litúrgicos foram se desenvolvendo e aperfeiçoando.

Redação (20/10/2022 15:29Gaudium Press) Desde os tempos apostólicos, a Celebração Eucarística foi o eixo em torno do qual se constituiu a Liturgia da Igreja Católica, e por uma razão muito sublime: a presença real e substancial de Nosso Senhor Jesus Cristo na sagrada hóstia, em corpo, sangue e divindade sempre foi o motivo de incremento da piedade dos fiéis.

A justo título, por ser a Missa um “sagrado banquete”, era conveniente que sua efetivação se desse sobre uma mesa – também sagrada –, a qual, posteriormente, foi chamada de altar. Por isso, de tal modo o sacramento da Eucaristia se associou a essa “mesa sagrada”, que não há dúvida de que a ele nos referimos quando dizemos “sacramento do altar”.

Neste sentido, são esclarecedoras as palavras do bispo Optato de Mileto, do século IV: “O altar é o trono do corpo e do sangue de Cristo”,[1] razão pela qual o altar foi se constituindo como objeto de especial reverência e respeito por parte dos fiéis, desde a Igreja primitiva.

No início do cristianismo

Nos três primeiros séculos de cristianismo, a Igreja enfrentou terríveis e sucessivas cargas de perseguição. Visto que a morte pairava sobre a cabeça daqueles que ostentassem o nome de cristão, a Igreja nascente viu-se obrigada a realizar suas celebrações em catacumbas ou até mesmo em pequenas casas de família. Era, pois, necessário que os altares pudessem ser movidos de um lugar a outro, a fim de não estarem expostos a qualquer tipo de profanação por parte dos pagãos.

A maior parte dos altares desta época era, então, de madeira. Quando, porém, em 313, Constantino deu liberdade de culto aos cristãos, o altar – bem como toda a liturgia – desenvolveu-se em larga medida.[2]

Em primeiro lugar, os altares passaram a ser de pedra e fixos no solo, pois já não havia perigo – iminente pelo menos – de profanações. Ademais, uma vez que se estava desenvolvendo a arquitetura dos templos, não convinha colocar um altar de madeira numa Igreja imponente, sendo ela de pedra. Entretanto, havia um motivo ainda mais belo: uma vez que o altar representa o próprio nosso Senhor, que é a Pedra Angular da Igreja, seria arquitetônico que também fosse elaborado em pedra, simbolizando de modo mais perfeito a Cristo.[3]

As relíquias dos mártires

No século IV, o culto aos mártires cresceu muitíssimo, e os cristãos passaram a depositar suas relíquias sob os altares.

Como sabemos, a Igreja é o Corpo Místico de Cristo, e cada membro seu é também um membro inseparável de Cristo. Com efeito, quando a Igreja é perseguida em seus membros, é o próprio Cristo que é perseguido: christianus alter Chirtus, o cristão é um outro Cristo.

Ora, o altar, sendo uma representação de Jesus, não pode estar completo sem os seus membros. Deste modo, como os mártires são membros de Cristo, é inteiramente louvável que tenham um lugar sob o altar. Ademais, quão belo é associar o sacrifício dos mártires ao Sacrifício da Cruz que se renova em cada Missa.[4]

Força dos símbolos cristãos

Com o decorrer dos séculos, do ponto de vista artístico, o altar desenvolveu-se muito, chegando a ser construído com retábulos e tabernáculos, onde se guarda o Santíssimo.

De modo semelhante, todos os outros objetos e símbolos litúrgicos foram sendo aperfeiçoados. Entretanto, o que lhes dá força é o seu caráter de perenidade. Se, por acaso, fosse possível dissociá-los desta tradição bimilenar, com certeza perderiam muito do seu brilho e do seu valor.

Em outras palavras, encanta aos fiéis saber que há objetos do culto católico com dois mil anos de História, nascidos da fé ardente dos Apóstolos e dos primeiros cristãos.

Por Lucas Rezende


[1] Cf. RIGHETTI, Mario. Historia de la liturgia. Madrid: BAC, 1955, p. 464.

[2] Cf. NEUNHEUSER, Burkhard Gottfied. Históra da liturgia através das épocas culturais. São Paulo: Loyola, 2007, p. 85.

[3] Cf. RIGHETTI, Mario. Op.cit., p. 457.

[4] Cf. ibid., p. 447-448.

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF