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quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Conheça a Irmã Ignatia, a fantástica freira por trás dos Alcoólicos Anônimos

Sister Ignatia Gavin - Cause for Canonization
Por Dr. Patrick McNamara

Entenda como nasceu esta obra que transformou a vida de milhões de famílias no mundo inteiro tratando o corpo, a mente e a alma.

Você sabia que a extraordinária iniciativa dos Alcoólicos Anônimos nasceu com a crucial ajuda de uma freira católica?

Não, não se trata de uma iniciativa especificamente católica: os AA não estão vinculados a nenhuma religião em particular. Entretanto, em seus primeiros anos, os católicos exerceram papel decisivo na consolidação desta obra – e uma das figuras-chave entre esses católicos foi a irmã Ignatia Gavin, S.C. (1889-1966), uma religiosa do Estado norte-americano de Ohio.

Ela ajudou o Dr. Robert H. Smith, co-fundador dos Alcoólicos Anônimos, a combater a ideia equivocada de que o alcoolismo fosse “apenas um defeito moral” e não uma verdadeira doença – espiritual, mental e física.

Em 1951, de fato, a escritora Katherine Neuhaus Haffner registrou a este respeito:

“[O AA] não é, como se supõe, apenas mais um movimento em favor da temperança ou mais uma cruzada fanática pela reforma dos costumes. É uma sociedade que opera em grupos, baseada em princípios espirituais, e esses princípios estão lado a lado com o que é ensinado pela Igreja Católica”.

A infância de Bridget, futura irmã Ignatia

O nome de batismo da futura Irmã Ignatia era Bridget Della Mary Gavin. Ela era uma das três crianças nascidas de um casal de camponeses da Irlanda.

Segundo Mary Darrah, sua biógrafa, Bridget já nutria desde pequena uma “crua compaixão” pelos alcoólatras:

“Sempre que eu via qualquer pessoa sob a influência do alcoolismo, aquilo realmente me partia o coração. Eu tentava oferecer eterna reparação ao Sagrado Coração de Nosso Senhor para compensar aquela ofensa contra a Sua Divina Majestade”.

Em 1896, os Gavins emigraram da Irlanda para Cleveland, em Ohio, uma cidade industrial com grande população operária – e onde o alcoolismo era um problema de proporções enormes. Nesse contexto, vários párocos criavam grupos de abstinência e os jovens faziam uma espécie de “promessa” de não beber.

O chamado à vida religiosa

Bridget pensava em ser freira, mas a sua mãe se opunha. Ela se formou em escolas católicas, estudava e dava aulas de música. Ficou até noiva.

Em 1914, porém, acabou conseguindo ingressar a congregação das Irmãs da Caridade de Santo Agostinho, que administram escolas e hospitais em todo o Estado de Ohio.

Aos 25 anos, considerada uma “vocação tardia” para os padrões da época, professou os votos religiosos e adotou o nome de Ignatia em homenagem a Santo Inácio de Loyola, o fundador dos jesuítas, a quem admirava profundamente e por cujos ensinamentos espirituais tinha grande apreço, em particular pelo conceito de “amar com atos concretos”.

Ao longo de anos, a irmã deu aulas de música em escolas de Ohio até que, em 1933, sofreu um grave colapso físico e mental que quase a matou. Seu médico lhe disse que não poderia continuar trabalhando como maestrina de música sob tanta pressão.

O trabalho no hospital

Em decorrência daquele episódio, aceitou um posto de trabalho mais tranquilo e menos distinto como responsável pelas admissões no Hospital St. Thomas, em Akron, que tinha sido fundado pela sua própria congregação em 1928.

Foi nas instalações do hospital que ela conheceu o Dr. Robert Holbrook Smith, o Dr. Bob – ele próprio um alcoólatra afastado dos hospitais mais prestigiosos da região. Ambos prepararam o terreno para a aceitação generalizada de que o alcoolismo é, sim, um diagnóstico legítimo de uma doença que precisa de tratamento hospitalar. E, juntos, tralharam nesse campo durante mais de dez anos, o Dr. Bob adoecer e falecer em 1950.

Antes disso, porém, já em 1934, a Irmã Ignatia tinha começado a cuidar de alcoólatras, de modo privado, com a ajuda de um jovem estagiário, o Dr. Thomas Scuderi. Ela tentava tratá-los tanto da perspectiva médica quanto da pastoral, um campo então inexplorado. Numa época em que os alcoólatras crônicos eram rotineiramente enviados para hospícios, a Irmã Ignatia percebia que eles precisavam de um tratamento que não ficasse na mera medicação.

No entanto, outros médicos – e outras freiras- não agiam da mesma forma. Os hospitais, no geral, tinham “pouco entusiasmo” por acolher as pessoas que bebiam demais.

O “Anjo do AA”

Em 1935, o Dr. Smith e o corretor da Bolsa de Nova York Bill Wilson fundam os Alcoólicos Anônimos como um programa de regeneração moral e espiritual. Trabalhando com eles, a Irmã Ignatia abriu o primeiro centro de tratamento hospitalar para alcoólatras, considerado um modelo histórico para muitos programas de tratamento químico nos Estados Unidos.

Embora tivesse compleição pequena e frágil, a irmã tinha “uma intensidade que superava as suas outras características”, conforme escreveu a sua biógrafa, acrescentando:

“O anjo do AA era uma mulher forte e empática, que encontrava o bem em todas as situações e que estava decidida a tornar o mundo um pouco melhor do que o tinha encontrado. Ignatia tinha todo o carisma de uma alma amiga”.

Não faltaram pacientes dando testemunhos fortes como “ela salvou a minha vida”, “eu encontrei a Deus e a sobriedade graças a ela” ou “ela me deu amor quando não havia nada em mim que pudesse ser amado”. Esse amor, entretanto, era exigente: total abstinência de álcool e drogas, reconhecimento de que precisamos de poder superior, comprometimento com o programa do AA e apoio àqueles que ainda sofriam o alcoolismo.

Tratamento do corpo, da mente e da alma

Ignatia via um claro paralelo entre os escritos de Santo Inácio de Loyola e os Doze Passos dos AA. Levava frequentemente consigo um compêndio dos pensamentos do santo fundador e um exemplar da Imitação de Cristo, clássico da espiritualidade católica escrito no século XIV. Dava cópias de ambos os textos aos pacientes já nos primeiros dias do tratamento. Mas sabia acolher também os que não eram católicos. A um paciente protestante, ela afirmou:

“A importância da nossa religião está em ajudar as pessoas ao nosso redor a encontrarem o paraíso. Na sua essência, o catolicismo não está tão distante quanto você imagina das crenças dos nossos irmãos separados. O amor consegue superar qualquer obstáculo”.

Em 1952, a Irmã Ignatia abriu o Rosary Hill Solarium em Cleveland, onde trabalhou durante 14 anos. Ao longo da sua vida, estima-se que cerca de 15 mil alcoólatras estiveram sob seus cuidados. Como fruto do seu ministério, um autor escreveu que “o mundo dos alcoólatras mudou”.

A Irmã Ignatia faleceu em 1º de abril de 1966, aos 77 anos. A multidão que fez questão de comparecer ao seu velório foi tamanha que as irmãs serviram mais de 6.000 xícaras de café. Na missa de exéquias, celebrada na Catedral de Cleveland, não houve espaço suficiente para todos.

Naquela ocasião, alguém afirmou:

“Se a Igreja Católica não a canonizar, os protestantes a canonizarão”.

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Adaptado de artigo original de Patrick McNamara, PhD, para Aleteia em inglês

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Edith Bruck: o horror na Europa, temo pelos jovens e a esperança no futuro

Papa Francisco com a escritora Edith Bruck no evento
"Grito da Paz" no Coliseu  (Vatican Media)

A escritora, sobrevivente do Holocausto, estava presente no encontro “O Grito da Paz” no Coliseu: "Sinto pelos jovens forçados a viver a guerra ao vivo. Não deixem de ter esperança e não alimentem o mal". O abraço com o Papa Francisco: " Ele sente que não tenho ódio por ninguém. Nossa amizade é a de dois seres humanos preocupados com o mundo".

Salvatore Cernuzio 

"O grito de paz não parece chegar ao mundo, quase como se fosse um grito no deserto... Porque continua, continua, este horror que está próximo de nós. Mas todos os horrores nos afetam, em todos os lugares. Hoje há 49 guerras espalhadas pelo mundo. Não se sabe como sair, o que fazer. Para mim, reviver este período, embora não seja nada parecido com o Holocausto, é absolutamente insuportável".

Edith Bruck estava sentada na primeira fila, entre os monges budistas e líderes muçulmanos, no Parque Arqueológico do Coliseu, durante o encontro promovido pela Comunidade de Santo Egídio "Grito da Paz". De aspecto minuto e ágil, apesar de seus 91 anos, protegida por uma malha cinza, a conhecida escritora húngara, sobrevivente do Holocausto e testemunha direta de um dos capítulos mais escuros da história mundial, foi a primeira entre os convidados a saudar a chegada do Papa sob o grande palco montado aos pés do antigo Anfiteatro Flaviano.

O encontro com Francisco: "Dois seres humanos que se preocupam com o mundo”

Francisco sorriu ao vê-la, apertou suas mãos. Ela se inclinou e eles se abraçaram. No palco, a poetisa, amiga do Pontífice desde a famosa visita a sua casa em Roma em 2019, acompanhada por algumas crianças, levantou o pergaminho branco com o Apelo de Roma, o "grito da paz", escrito pelo Papa e pelos líderes religiosos mundiais. Depois, uma nova saudação ao Papa e algumas palavras sussurradas ao seu ouvido, enquadrado pelas câmeras.

"O Papa e eu nos queremos muito bem, eu muito, creio que ele também...", diz a escritora ao Vatican News à margem do encontro, em meio a pedidos de fotos e declarações. "O que existe entre nós é um encontro entre dois seres humanos que se preocupam com o mundo. Ele sente que não tenho ódio por nenhum ser humano, eu sinto sua humanidade. É a amizade entre dois seres humanos".

Edith Bruck distribui às crianças o apelo "Grito da Paz"

A dor pelos jovens

E assim como um ser humano, a senhora Bruck confessa que sente uma grande tristeza, no meio deste novo abismo criado por oito meses na Europa, para as novas gerações. "Sinto muito pelos jovens que têm que ver a crueldade humana pela primeira vez em suas vidas e não sei que danos pode causar neles. Temo que possam perder a esperança no futuro. Isto me faz sofrer muito porque eu vivi por dentro, eles veem a guerra ao vivo. É horrível...".

Há 62 anos, Edith Bruck vai às escolas "para falar, para testemunhar, para mudar o pouco que posso mudar". Ela leva para meninos e meninas seu testemunho como sobrevivente, como uma criança da qual o que lhe era mais querido foi roubado, como contou em seu best-seller O Pão Perdido. "Sinto muito porque muitas vezes tenho vergonha de contar o que aconteceu e não me sinto à vontade", disse ainda ao Vatican News. "Ninguém poderá jamais descrever, ninguém poderá jamais recontar completamente o que aconteceu, mas agora os jovens veem algo monstruoso, algo inimaginável nos dias de hoje. E tudo continua... O grito do Papa, o nosso grito, o grito de todo ser humano que quer a paz, parece ser inútil".

Luz no escuro

Todavia, Edith Bruck não perde a esperança. Não a perde precisamente porque olha para os jovens que encontra todos os dias. "Mesmo na escuridão total há sinais de luzes, há sinais de humanidade. Essa humanidade que está dentro de cada um de nós, mas que deve ser nutrida dia após dia para deixar o mal 'faminto'".

A importância de rezar pelos padres que passam por dificuldades

Krakenimages.com | Shutterstock
Por Philip Kosloski

Muitos santos insistem na importância de rezar pelos padres, para que eles permaneçam fiéis à sua vocação. Veja e reze:

Ser um padre católico no século XXI não é uma tarefa fácil. Os padres geralmente não são vistos favoravelmente pela cultura secular, e estão constantemente sob suspeita.

Além disso, os párocos em particular estão frequentemente sozinhos, vivendo numa antiga reitoria, a cargo de 3-4 igrejas, a quilômetros de distância do padre mais próximo.

Este tipo de isolamento pode muitas vezes levar a um aumento de ataques espirituais, onde um padre começa a duvidar da sua vocação e se volta para dentro para procurar o consolo dos seus próprios vícios.

Com isto em mente, não deveria ser surpresa que muitos santos dedicassem toda a sua vida a rezar pelos padres, encorajando-nos a fazer o mesmo.

São João Paulo II fez um discurso aos padres nos Estados Unidos em 1979, no qual fez um apelo à população católica local para que rezasse pelos padres.

Por vezes ouvimos as palavras: “Rezem pelos sacerdotes”. E hoje invoco essas palavras como um apelo a todos os fiéis da Igreja. Rezem pelos sacerdotes, para que cada um deles diga repetidamente sim ao chamado que recebeu, permaneçam constantes na pregação da mensagem do Evangelho, e sejam fiéis para sempre como companheiros de nosso Senhor Jesus Cristo.

Santa Teresa de Lisieux era outra santa apaixonada por rezar pelos padres, como se pode ver nas suas muitas cartas.

Rezar pelos pecadores fascinou-me, mas rezar pelas almas dos sacerdotes, que eu pensava serem mais puras do que o cristal, pareceu-me estranho! Ah! Compreendi a minha vocação na Itália: não ia longe demais para ter tal conhecimento útil… Vivi com muitos padres santos durante um mês e compreendi que, se a sua dignidade sublime os eleva acima dos anjos, isso não significa que não sejam fracos e frágeis… Esta é a vocação do Carmo, porque o único objetivo das nossas orações e dos nossos sacrifícios é ser apóstolo dos apóstolos, rezar por eles enquanto evangelizam as almas com palavras e sobretudo com o exemplo.

São João Vianney compôs a sua própria oração pelos padres, orando para que “eles sejam dignos representantes de Cristo Bom Pastor”.

Dom Jean-Baptiste Chautard escreveu no seu livro “A Alma do Apostolado” uma ilustração útil que mostra porque precisamos rezar, não só pelos padres, mas também por bons e santos padres.

A um sacerdote santo corresponde um povo fervoroso; a um sacerdote fervoroso, um povo piedoso; a um sacerdote piedoso, um povo honesto; a um sacerdote honesto, um povo ímpio.

Como os padres continuam a lutar e a enfrentar dificuldades para se manterem fiéis à sua vocação no mundo moderno, não deixe de rezar por eles diariamente.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

terça-feira, 25 de outubro de 2022

O Reino de Deus como dom vivido na humanidade na visão patrística

Trindade - ícone de padre Ferenc Janka

"O Reino de Deus é o próprio Senhor Jesus Cristo que inicia neste mundo e um dia na eternidade. Tudo começa nele e termina na vida divina com Deus Uno e Trino."

Por Dom Vital Corbellini, Bispo de Marabá (PA)

O Reino de Deus foi o centro da pregação de Jesus encarnado em meio ao seu povo. “O Reino de Deus está próximo de vós’ (Lc 10,9), era a mensagem que Jesus disse aos setenta e dois discípulos ao povo pregar nas vilas e povoados para onde ele deveria ir (Lc 10,1). O Reino de Deus é Deus reinar na vida da pessoa, da família, da comunidade e da sociedade.

O Senhor se serviu desta categoria bíblica, pois ela vinha dos profetas, para aprofundar a verdade das coisas divinas e humanas em Jesus Cristo. O Reino de Deus é o próprio Senhor Jesus Cristo que inicia neste mundo e um dia na eternidade. Tudo começa nele e termina na vida divina com Deus Uno e Trino. A seguir ver-se-á este dado como foi aprofundado nos santos padres, os primeiros escritores cristãos.

A comparação do Reino dos céus com o reino deste mundo

Atenágoras de Atenas, filósofo grego cristão do século II afirmou a importância do Reino celeste para os imperadores que governavam o reino terrestre. Ele se dirigia aos máximos imperadores para dizer que eles deveriam desfazer-se das calúnias que eram dadas contra os cristãos e oferecer a razão da religião cristã. Eles deveriam examinar o império celeste, porque tudo foi posto na mão deles pelo império de cima, de modo que a alma do rei está nas mãos de Deus e tudo procede dele, também o império romano[1].

O Reino de Deus está dentro das pessoas

São Jerônimo, presbítero dos séculos IV e V afirmou a presença do Reino dos céus nas pessoas, por parte de Jesus (Lc 17,21). Ele era convicto da sua presença no meio do povo de Deus. Ele disse se não fosse possível alcançar a sua cabeça, pelo menos é fundamental lavar com as lágrimas os seus pés presentes nas pessoas. O arrependimento do fiel é perfume para o Senhor. É preciso observar quanto é grande a misericórdia do Senhor. O fato é que os pecados das pessoas mandam um mau odor na realidade humana; no entanto se a pessoa se converte, se arrepende dos pecados, os pecados são mandados embora, eliminados e o fiel vive a graça de ser um perfume do Senhor no meio do mundo. Desta forma é preciso rezar para que o Senhor tome a vida da pessoa pela mão para que se levante, sirva os outros e a Cristo[2].

Reino das pessoas justas

Santo Ireneu de Lião, bispo nos séculos II e III afirmou a importância do reino das pessoas justas não sendo esta uma categoria abstrata, mas certa, real, realizada por Deus para as pessoas que fizeram o bem e agiram na caridade. Será Deus Uno e Trino a ressuscitar as pessoas de modo que os fiéis viverão para sempre com Deus. A condição dos ressuscitados será pela incorruptibilidade para ser capaz de ver a glória de Deus. O Reino de Deus será a condição de vida das pessoas ressuscitadas que viverão para sempre com o Senhor na glória[3].

Os seguidores do Senhor

São Justino, padre da Igreja de Roma, século II afirmou que os cristãos seguiam a doutrina do Senhor. Eles eram fieis observadores da Palavra do Senhor. Eles tinham presentes a palavra do Senhor que dizia que era melhor entrar no Reino dos céus com um só olho do que ser mandado para o fogo eterno com os dois (Mt 5,29)[4]. Os cristãos assumiam as palavras do Mestre que era para buscar antes o Reino dos céus, e tudo será dado em acréscimo (Mt 6,25) através de seus pensamentos, e obras de caridade[5].

O batismo, novo renascimento

São Justino colocou ainda a importância do batismo em vista do renascimento com Cristo e com a Igreja. Ele dá o perdão dos pecados. Ele tem como ponto iluminador a palavra de Jesus Cristo que disse que se os fiéis não nascerem de novo, não entrarão no Reino dos Céus (Jo 3,3-4). São Justino seguia a palavra do Mestre que dizia que não se tratasse de entrar novamente no seio da mãe[6], mas de reviver o coração para o Senhor através de práticas de amor com Deus, com o próximo e consigo mesmo.

O Senhor é o Rei da Glória

São Justino também especificou que o Reino de Deus tem como rei, o próprio Senhor. No Diálogo com Trifão, disse o padre da Igreja de Roma que ao Senhor é a terra e o que ela contém e todos os que habitam nela. Quem é que subirá à montanha do Senhor?! Quem tem as mãos inocentes, puro o coração e nem jura para enganar o seu próximo. Nesta pessoa haverá a benção do Senhor e a misericórdia de Deus. Quem é o rei da glória? É o Senhor das potências, ele é o rei da glória (Sl 24)[7]. A Deus pertencem os poderosos da terra (Sl 46)[8]. O Reino de Deus tem o seu próprio rei, o Senhor no qual todos os seres humanos pertencem a Ele.

As obras de misericórdia

São Pedro Crisólogo, bispo de Ravena, século V afirmou a importância das obras de misericórdia para entrar no Reino de Deus. A pessoa é chamada a fazer a esmola como obra de misericórdia para os pobres a fim de que não seja conhecida à terra, mas nos céus, não seja apresentada aos seres humanos, mas a Deus. O Senhor não julga pelas coisas que a pessoa faz pelas mãos, mas pela intenção; não pelo lugar determina as obras , mas ele quer a misericórdia para que se cumpra diante dele, porque somente Ele é recompensador e testemunha da misericórdia, pois ele mesmo se identificará no dia do julgamento para a entrada das pessoas no reino de Deus que tinha fome e as pessoas deram a ele de comer (Mt 25,35). Ele quer que nos pobres, as pessoas doam a ele mesmo, sendo o devedor do dom e que nada seja perdido para quem doa. O fato é que Deus pede pouco com as obras de misericórdia, mas multiplicará muito em vista do Reino de Deus[9].

 O Reino de Deus é o Senhor Jesus Cristo e a Igreja é instrumento do Reino. As pessoas são chamadas a construir o Reino de Deus neste mundo e um dia participem na eternidade, no Reino de Deus, com obras de caridade. O Reino de Deus é dom e é compromisso humano para ser vivido e anunciado para as famílias, comunidades e sociedade. Um dia ele será a vida em plenitude às pessoas, porque é o Reino de Deus.

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[1] Cfr. Atenágoras de Atenas. Petição em favor dos cristãos, 18. In: Padres Apologistas. São Paulo, Paulus, 1995, pg. 139.

[2] Cfr. Girolamo. Commentario in Marco, 2. In: I Padri vivi. Commenti patristici al Vangelo domenicale – Anno B, a cura di Marek Starowleyski. Roma, Città Nuova Editrice, 1984, pg. 140.

[3] Cfr. Ireneu de Lião, V,35,2, São Paulo, Paulus, 1995, pg. 616..

[4] Cfr. Justino de Roma. I Apologia, 15,2. São Paulo, Paulus, 1995, pgs. 30-31

[5] Cfr. Idem, 15, 16, pg. 32.

[6] Cfr. Idem, 61,4, pg. 76.

[7] Cfr. IdemDiálogo com Trifão, 36,3-6, pgs. 163-164.

[8] Cfr. Idem, Idem, 37,1, pg. 164.

[9] Cfr. Pietro Crisologo. Sermoni sul Vagelo di san Matteo, 11. In: La teologia dei padri, v. 3. Roma, Città Nuova Editrice, 1982, pg. 278.

“De volta ao paraíso”

Luis Santos | Shutterstock
Por Vanderlei de Lima

Você sabe o que são os apoftegmas?

Esta obra das Edições Subiaco e Lumen Christi, em coedição, publicada em dois alentados volumes – o I em 2019 e o II em 2022 –, traz, em ordem alfabética, o que o próprio subtítulo sugere: “a vida dos Padres do Deserto e seus Apoftegmas”.

Ela é, na verdade, a segunda edição revista e ampliada de Apoftegmas: a sabedoria dos antigos monges lançada, em 1979, pelas Edições Lumen Christi, tendo Dom Estêvão Bettencourt, OSB, por tradutor do grego. Há tempos esgotada, eis que, agora, reaparece, com duas excelentes novidades: a longa e oportuna introdução (cf. p. 11-115 no volume I) e as notas, ambas elaborada por Dom Justino de Almeida Bueno, OSB. Ele também retocou alguns pontos traduzidos por seu confrade e lhe acrescentou outros apoftegmas (cf. p. 107-108).

Aqui, surge a grande questão: Que se entende por apoftegmas? – A resposta não é tão simples. Com efeito, para designar as palavras dos Padres do Deserto são usados três termos gregos: logoslogion e rhêma. As duas primeiras se referem sempre à Palavra de Deus ou de Cristo, já a terceira (rhêma) faz eco a dabar, termo hebraico a significar, mais do que a mera palavra, uma coisa, um fato, um acontecimento. Não é algo morto, ou do passado, guardado na memória, mas uma palavra viva e que, portanto, produz frutos no hoje da nossa existência. Desse modo, ao se “chamar de rhêma a palavra de um Padre do Deserto, quer-se ressaltar que não é uma palavra vazia ou solta, mas uma palavra portadora de vida e eficaz, porque vem de Deus ou de um homem de Deus; que se torna fonte de vida para o discípulo que a recebe com fé e a coloca em prática” (p. 95). Daí se segue que “enquanto rhêma indica o caráter próprio da palavra por seu conteúdo, apoftegma designa a forma literária” (idem).

Mais: “Conforme era costume, na Antiguidade clássica distinguia-se a sentença (gnômé), o apoftegma e o relato (chreia). Enquanto a sentença podia ser colocada por escrito sem ter sido pronunciada, e no relato circunstanciado de um fato o principal não era a palavra, mas o próprio relato, no apoftegma, ao contrário, a palavra era o essencial porque estava em relação com as circunstâncias em que foi pronunciada e que esclarecem o seu sentido” (ibidem). 

De tudo isso, Dom Justino conclui ser melhor não tentar traduzir o termo apoftegma. Eis o seu interessante raciocínio: “Poderíamos traduzir a palavra apoftegma por ‘dito breve’ – ‘sentença, máxima’ – como Dom Estêvão Bettencourt fez na primeira edição dessa coleção que estamos introduzindo. Porém, não a substituir por uma tradução deve-se ao fato de que perderia toda a força que o termo original tem para exprimir o que significam, no seu conjunto, as palavras dos Padres do Deserto” (p. 96). Ainda: como a experiência pessoal e religiosa dos Padres do Deserto é pioneira na Igreja, “as coleções de apoftegmas são o resultado bruto, ainda não sistematizado, dessas experiências. Isso as torna uma documentação única que, apesar de sua heterogeneidade e das vicissitudes atravessadas para chegar até nós, nos restitui, nas suas grandes linhas, a experiência desses pioneiros do deserto” (p. 98). 

Longe, porém, de ser algo que se volta apenas para o além e se esquece do aquém, a rica espiritualidade dos Padres do Deserto leva em conta o ser humano no seu todo em suas peculiaridades próprias. Nas palavras de Paul Evidokimov, “a ascese do deserto é uma imensa psicanálise seguida de uma psicossíntese da alma humana universal” (p. 113). Eis um exemplo de que o ser humano deve se sacrificar pelo Reino de Deus, mas sem menosprezar a própria natureza humana carente de repouso, por exemplo: “836. Sisoés 33. Narrava um dos Padres a respeito do abade Sisoés de Calamon que, desejando um dia vencer o sono, suspendeu-se acima do precipício de Petra; um anjo, porém, apareceu para desamarrá-lo e ordenar-lhe que não mais fizesse aquilo, e nem ensinasse os outros a fazê-lo” (volume II, p. 187).

Possa, pois, esta obra encontrar o seu lugar no nosso conturbado século XXI.

Mais informações aqui.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Youtube some com canal da EWTN Polônia e para transmissão da adoração eucarística

Imagem ilustrativa / Hello I'm Nik (Unsplash)

VARSOVIA, 25 Out. 22 / 10:33 am (ACI).- O YouTube eliminou sem aviso prévio e com justificativas contraditórias o canal EWTN Polônia, que conseguiu reunir quase um milhão de usuários por mês em transmissões da adoração eucarística.

O canal tinha 4,5 mil vídeos e mais de 146 mil inscritos. O YouTube é de propriedade da Alphabet, que também é proprietária do Google.

Em comunicado divulgado ontem (24), a EWTN Polônia disse que "o canal foi fechado completamente sem aviso prévio, sem correspondência ou informação, em violação às regras e regulamentos estabelecidos pelo YouTube".

Apesar dos procedimentos de apelação e contato com o departamento técnico do YouTube e representantes do Conselho de Administração do Google na Europa, o canal não foi restaurado.

A EWTN Polônia afirmou que as razões que receberam para justificar o fechamento são contraditórias.

“Uma vez é 'violação das regras da comunidade', outra vez é 'tomada de controle (por terceiros) de uma conta Google para enviar SPAM', outra vez é 'tomada de controle do canal do YouTube'”, disse.

"Quaisquer que sejam as razões, por mais de 48 horas nossos pedidos para restaurar o canal foram ignorados", declarou.

Em abril de 2021, o YouTube suspendeu o canal EWTN Polônia, alegando "violação das regras da comunidade".

"Após a intervenção de nossos telespectadores e da comunidade internacional", o canal católico, "foi restaurado depois de 24 horas", disse eWTN Polônia. "Nesta situação difícil, pedimos suas orações e apoio".

Fonte: https://www.acidigital.com/

Menina Benigna é Beata, “exemplo de não subjugação das mulheres”

Cardeal Leonardo Steiner na Missa de beatificação de Benigna Cardoso |
Foto: Diocese de Crato (CE)

O Ceará tem sua primeira Beata: o Cardeal Leonardo Steiner foi o representante do Papa Francisco na cerimônia de beatificação de Benigna Cardoso da Silva. A missa foi realizada no dia do seu martírio, que ocorreu em 24 de outubro de 1941, no Parque de Exposição Pedro Felício Cavalcanti da cidade de Crato, com a participação de pelo menos 60 mil pessoas.

Bianca Fraccalvieri - Vatican News

A luta ao feminicídio foi invocada pelo representante do Papa Francisco, cardeal Leonardo Steiner, na missa a beatificação de Benigna Cardoso da Silva.

Depois de lida a biografia da jovem leiga mártir,  o arcebispo de Manaus leu a carta apostólica assinada pelo Papa na qual se acolhe o pedido dos bispos para declarar Bem-aventurada a Menina Benigna e se estabelece o dia 24 de outubro como data de sua memória litúrgica. Na sequência, sua relíquia foi levada ao altar por duas de suas irmãs de criação e por alguns jovens, enquanto se entoava o hino à nova Beata.

Menina Benigna | Foto: Luiz Felipe Araújo

A jovem morreu aos 13 anos numa tentativa de estupro, quando ia buscar água numa fonte. E foram as cenas de vida cotidiana da menina que inspiraram a homilia do arcebispo de Manaus:

“Na tarde da sexta-feira, 24 de outubro de 1941, Benigna foi à fonte, em busca de água. Conhecia o caminho para matar a sede, servir aos da casa, regar as plantas. Lugar da água, da vida, tornou-se lugar da agressão, da violência, torna-se lugar da morte. Lugar da morte, fonte de resistência, de transparência, de fortaleza, de dignidade. Junto à fonte, Benigna oferece a sua vida na fidelidade a Jesus.”

Desde cedo, a Palavra e a Eucaristia foram bebida e alimento de Benigna. Dessa fonte, recebeu forças para perseverar, resistir, temperar-se, permanecer fiel aos desejos do seu coração.

Na sua tenra idade, lia as histórias da Sagrada Escritura, participava da comunidade, cuidava das tias doentes, mesmo sendo assediada e aconselhada a afastar-se para outro local. Cresceu na bondade, na generosidade, no cuidado das pessoas idosas, aprendeu na infância a amar Jesus!

“O seu amor, a sua misericórdia, a levou ao martírio”, ressaltou Dom Leonardo, que citou na homilia inclusive o jovem Raimundo Raul Alves Ribeiro, por cujas mãos Benigna encontrou a morte a facadas.

“Bem ressoam as palavras do Apóstolo diante da brutalidade, mesmo dos nossos dias em relação às crianças abusadas e o feminicídio, e diante da figura iluminadora de nossa Beata: ‘Somos afligidos de todos os lados, mas não vencidos pela angústia; postos entre os maiores apuros, mas sem perder a esperança; perseguidos, mas não desamparados; derrubados, mas não aniquilados’.

“Hoje louvamos a Deus pela vida e pelo testemunho daquela que pelo martírio foi bem-nascida para a Igreja como Bem-aventurada, indicadora e defensora da dignidade da mulher. Benigna exemplo de não subjugação das mulheres, defensora da própria força e valor, da dignidade e da beleza, da sexualidade e da maternidade, do vigor e da ternura. Preferiu a morte que a paixão, preferiu a morte que romper com a sua dignidade.”

Hoje, portanto, a Bem-aventurada é invocada como defensora da dignidade de mulher, como ícone contra o abuso sexual de crianças e adolescentes. De fato, destacou Dom Leonardo, neste mesmo dia da beatificação foi instalado o Juizado de Violência Doméstica e familiar contra a Mulher na Comarca de Crato, para garantir os direitos fundamentais das mulheres nas relações domésticas e familiares.

“Benigna nos anima a criar um ambiente familiar e social de cuidado, respeito e dignidade entre nós. Heroína da castidade! Que a sua santa alma converta esta paróquia e seja a proteção das crianças e das famílias. Estes são os votos que faço à nossa ‘santinha’” (Livro de batismo). São os votos que fazemos todos nós!”, concluiu o cardeal, citando por fim outra figura importante do Ceará, Padre Cícero, cujo processo de beatificação está em andamento:

“Como foi perseverante a menina, Padre Cícero nos ajude a ser perseverantes e não abandonemos a fé em Jesus.”

Missa de beatificação em Crato | Foto: Diocese de Crato (CE)
Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santo Antônio de Sant’Ana Galvão

S. Antônio de Sant'Ana Galvão | Guadium Press
25 de outubro
A Igreja celebra no dia de hoje, 25 de outubro, a memória litúrgica de Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, conhecido também como Frei Galvão, o primeiro santo nascido no Brasil.

Redação (25/10/2021 09:48, Gaudium Press) Nascido no dia 10 de maio de 1739, na cidade paulista de Guaratinguetá, Santo Antônio de Sant’Anna Galvão ainda jovem sentiu o chamado de Deus à vida religiosa.

Ingressou no convento franciscano de São Boaventura de Macacu, no Rio de Janeiro (RJ), aos 16 anos. Realizou seus votos solenes em 1761, sendo ordenado sacerdote um ano depois. O Santo foi enviado para o convento de São Francisco, em São Paulo, onde além de continuar os estudos, iniciou seu apostolado evangelizador.

No ano de 1774, fundou o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência, atual Mosteiro da Imaculada Conceição da Luz, das Irmãs Concepcionistas da Imaculada Conceição, também conhecido como Mosteiro da Luz. Em 1811 fundou o Recolhimento de Santa Clara, em Sorocaba (SP).

Passou os últimos dias de sua vida aos cuidados das religiosas do Convento da Luz, entregando sua alma a Deus no dia 23 de dezembro de 1822, aos 84 anos de idade. O Papa São João Paulo II o beatificou em 25 de outubro de 1998. Sua canonização ocorreu no dia 11 de maio de 2007, tendo sido presidida pelo Papa Bento XVI.

Santuário de S. Frei Galvão | Guadium Press

Frases de São Frei Galvão

01 – “Depois do parto, ó Virgem, permaneceste intacta: Mãe de Deus, intercedei por nós”.

02 – “Não tema que a vida tenha fim, tema que ela nunca tenha começado”.

03 – “Fiel à graça divina, que alimentemos viva consciência do nosso nada e nos deixemos atrair pelo tudo da Cruz”.

04 – “Tirai-me antes a vida que ofender o vosso bendito Filho, meu Senhor”.

05 – “Saibam que, ao observar a virtude da obediência, ninguém erra em obedecer, pois ainda que os superiores e confessores errem no que ordenam, o súdito sempre acerta em obedecer”.

06 – “Vos peço pela paixão, morte e chagas do Vosso Filho, pela Vossa pureza e Conceição Imaculada”.

07 – “A caridade é mansa e benigna, quem tem essa virtude não se afasta facilmente, não julga mal, nem se perturba por qualquer causa, e é muito capaz de sossegar e compor os ânimos e gênios mais descontrolados”.

08 – “Quanto mais silêncio se guardar, menos perigo de pecar teremos; haverá mais sossego e recolhimento na alma e mais gosto pela oração”.

09 – “A virtude do silêncio tem muito valor, porque pela boca se peca e difícil é falar sem errar. É pela língua que mais se peca e muitas vezes só com uma palavra se pode cometer culpa grave; facilmente poderá entrar a murmuração e coisas que desagradam a Nosso Senhor”.

S. Frei Galvão | Guadium Press

Oração a São Frei Galvão

São Frei Galvão, Deus fez em Ti maravilhas e através de Ti anunciou o Evangelho do amor, do acolhimento e da misericórdia para com os mais fracos e sofredores. Com o coração agradecido por tão grande dom à nação brasileira, nós Te pedimos: intercede por nós junto a Deus para que possamos vivenciar na comunidade eclesial os valores evangélicos que de modo tão heroico viveste. Dá-nos a coragem e perseverança na fé e abertura ao Espírito Santo de Deus para que possamos ser sal da terra e luz do mundo. Amém. (EPC)

Fonte: https://gaudiumpress.org/

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Criação da Paróquia Santa Clara de Assis, no Sol Nascente (DF)

Santa Clara de Assis | arquidiocesebh

Criação da Paróquia Santa Clara de Assis, no Sol Nascente.

Nesse domingo, 23/10, o Cardeal Dom Paulo César juntamente com a comunidade Provincial dos Franciscanos, e a comunidade de Santa Clara se reuniram para a celebração da criação da paróquia de número 155 da Arquidiocese de Brasília, a Paróquia Santa Clara de Assis, no Sol Nascente. Essa é a 3ª paróquia criada por Dom Paulo desde sua chegada em Brasília. O Pároco Frei Henrique, Franciscano Conventual foi empossado como pároco desta nova paróquia. Ela foi desmembrada da Paróquia São Marcos e São Lucas da Ceilândia.

A Paróquia Santa Clara tem cerca de 2.625 metros de área, está num setor que iniciou como explosão demográfica, com  ocupações irregulares entre os anos de 1980 e 1990. Faz parte desta  nova paróquia às seguintes capelas: São Benedito, Nossa Senhora da Estrada, Santo Antônio, Felipe Neri e outras. O setor conta com cerca de 100 mil pessoas residindo, sendo  uma área territorial considerada a segunda maior favela do Brasil.
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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF