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sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Por que tudo nesta vida acaba?

Cléofas

Por que tudo nesta vida acaba?

 POR PROF. FELIPE AQUINO

Acho que você já perguntou por que tudo nesta vida é precário. A cada dia é preciso renovar uma série de procedimentos: dormir, tomar banho, alimentar-nos, renovar o desodorante vencido, a roupa suja, etc... Tudo é precário, nada é duradouro, tudo deve ser repetido.

A própria manutenção da vida depende do bater interminável do coração e do respirar contínuo dos pulmões. Todo o organismo repete sem cessar suas operações para a vida se manter. Tudo é transitório; nada eterno. Toda criança se tornará um dia adulta e, depois, idosa. Toda flor que se abre logo estará murcha, Todo dia que nasce logo se esvai… e assim tudo passa, tudo é transitório, Por que será? Qual a razão de nada ser duradouro? Compra-se uma camisa nova, e logo já está surrada; compra-se um carro novo, e logo ele estará bastante rodado e vencido por novos modelos…

Na verdade Deus dispôs tudo de modo que nada fosse sem fim aqui nesta vida. Por amor e bondade. Qual seria o desígnio de Deus nisso?

A razão profunda dessa realidade e que Deus nos quer dizer que esta vida é apenas uma “passagem”, um aperfeiçoamento, em busca de uma vida duradoura, eterna, perene, muito melhor, onde a felicidade não se acaba e não diminui. O Céu! O Pai quer dar ao filho o que tem de melhor.

Em cada flor que murcha e em cada homem que falece, sinto Deus nos dizer: “Não se prendam a esta vida transitória. Preparem-se para aquela que é eterna, muito melhor, onde tudo será duradouro, e nada precisará ser renovado dia a dia. Não haverá mais choro e nem lágrimas”.

E isto mostra-nos também que a vida está em nós, mas não é nossa. Quando vemos uma bela rosa murchar, é como se ela estivesse nos dizendo que a beleza está nela, mas não lhe pertence. Quando vemos uma bela mulher envelhecer, é como se dissesse, a beleza está em mim, mas não me pertence… Não adianta querermos construir o céu aqui nesta terra. A matéria não é Deus; ela foi criada; e tudo que foi criado um dia se acaba.

Ainda assim, mesmo com essa lição permanente que Deus nos dá, muitos de nós somos levados a viver como aquele homem rico da parábola narrada por Jesus, que abarrotou seus celeiros de víveres e disse à sua alma: “Descansa, come, bebe e regala-te” (Lc 12,19). Insensato!

A efemeridade das coisas nos ensina que aquilo que não passa, que não se esvai, que não morre, é aquilo de bom que fazemos para nós mesmos e, principalmente, para os outros. Os talentos multiplicados no dia a dia, a perfeição da alma buscada na longa caminhada de uma vida de meditação, de oração, de piedade, essas são as coisas que não passam, que o vento do tempo não leva e que, finalmente, nos abrirão as portas da vida eterna e definitiva, quando “Deus será tudo em todos” (cf. I Cor 15,28).

Aqueles que não creem na eternidade jamais se conformarão com a precariedade desta vida terrena, pois sempre sonharão com a construção do céu nesta terra. Isso é impossível. Só com os olhos no céu podemos viver bem na terra.

Retirado do livro: “Entrai pela Porta Estreita”. Prof. Felipe Aquino. Ed. Cléofas.

Uma breve história dos católicos e da direita

Shutterstock I Johnny Silvercloud I Montage Aleteia
Por Henri Quantin

Deus não é nem de direita nem de esquerda, mas, para os católicos, as consequências políticas da fé nem sempre são as mesmas. O escritor Henri Quantin leu o recém-lançado "À direita do Pai", uma história da relação entre a direita e o catolicismo na França desde 1945 - uma influência que entrou na "era da minoria" e cuja análise de experiência pode ser um instrumento precioso para o discernimento.

Confessemos que a questão de saber se Deus é de direita ou de esquerda, quando colocada seriamente, sempre nos pareceu incongruente. A mesma perplexidade nos perpassa quando estendemos a questão à Igreja ou ao Evangelho. É uma estranha inversão, tanto na ordem temporal como na ordem de prioridades, pretender submeter o Absoluto a critérios relativos, o Eterno ao transitório, o Todo-Poderoso às potências de um dia. Seria melhor perguntar o que há de evangélico num programa de direita ou de esquerda. André Frossard propôs uma linha de pensamento estimulante quando escreveu que o problema é que a esquerda não acredita no pecado original e que a direita dificilmente acredita na redenção. No plano político, este desvio teológico foi mais interessante do que o final feliz retórico esperado para a pergunta “Deus é de direita ou de esquerda?”: nem um, nem o outro.

Setenta e cinco anos de engajamentos

Por outro lado, enraizada na História, a questão das consequências políticas que os católicos puderam tirar da sua fé é fascinante. Além disso, dá uma ideia mais precisa da Encarnação do que as reflexões sobre o partido a que Jesus teria aderido. “À direita do Pai“, o grande volume recentemente publicado, em francês, pela Seuil, editado por Florian Michel e Yann Raison du Cleuziou, fornecerá informações valiosas a todos aqueles que sentem que os sucessos e decepções dos seus predecessores podem ajudá-los a discernir a legitimidade das suas batalhas terrenas e a pertinência dos seus meios de luta. Que predecessores? “Os católicos e a direita de 1945 aos nossos dias”, informa o subtítulo desse estudo inigualável – que, aliás, cumpre integralmente a sua promessa, uma vez que até as eleições presidenciais francesas de 2022 são analisadas.

Não é inútil ter em mente pelo menos os grandes momentos deste panorama de mais de setenta e cinco anos de engajamentos, ou desengajamentos, de católicos situados do centro-direita à extrema-direita do espectro político. De 1945 a 1958, a libertação e as suas consequências viram na Europa “a revanche dos democratas-cristãos”. Entre 1958 e 1974, os autores perguntam se a Quinta República, na França, era “moderna e católica”. De 1974 a 1997, os católicos de direita parecem hesitar entre a modernização e a restauração. Desde 1997, entraram na “era da minoria”.

O Absoluto e o relativo

Não se precisa ser historiador ou sequer fanático pela história para mergulhar nesse trabalho, quer se leia em profundidade, quer se passeie pelas suas páginas simplesmente conforme a própria curiosidade. Como é que a visão do comunismo dividiu os católicos no pós-guerra? Por que é que Pio XII foi saudado como santo quando morreu em 1958? Quais foram as etapas da ascensão da “geração João Paulo II”? Qual é a diferença entre os protestos contrários às novas leis sobre união civil [na França] e as mobilizações contra a equiparação da união homossexual ao casamento? Estas são apenas algumas das muitas perguntas sobre as quais o volume refresca a nossa memória, nos esclarece e nos explica, oferecendo ainda a todos os católicos de direita uma oportunidade para questionar a tendência a transformar em Absoluto o que é relativo (e relativo obviamente não significa anedótico).

O leitor também pode fazer um uso mais leve do livro, notadamente graças ao dicionário temático das “culturas da direita católica”, ao final do volume. É possível sorrir, por exemplo, diante da sociologia de Loden (ver sua “metafísica”, segundo uma observação de Jean Sévillia) e sucumbir a uma doce nostalgia perante a excelente evocação da literatura juvenil de Florian Michel. Mesmo que tal leitura não seja suficiente para conduzir o leitor à direita celestial do Pai, ela tem, entre outros interesses, o de lembrar que o cristão não pode negligenciar a História, assim como tampouco pode divinizá-la. Se usar a História para substituir a Deus é a especialidade de um marxismo assassino, abandoná-la revela um espiritualismo que faz pouco caso da Encarnação.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

O Papa: a vocação ao sacerdócio é um dom que Deus dá à Igreja e ao mundo

Papa Francisco com os participantes do Curso para Reitores e Formadores de
Seminários da América Latina | Vatican News

Ao receber em audiência os participantes do Curso para Reitores e Formadores de Seminários da América Latina, Francisco ressaltou que é "necessária uma formação de qualidade para aqueles que serão a presença sacramental do Senhor no meio de seu rebanho" e que "os formadores educam com suas vidas, mais do que com suas palavras".

Mariangela Jaguraba - Vatican News

O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta quinta-feira (10/11), na Sala Clementina, no Vaticano, os participantes do Curso para Reitores e Formadores de Seminários da América Latina.

Segundo o Pontífice, "toda formação sacerdotal, especialmente a dos futuros pastores, está no centro da evangelização, uma vez que nas próximas décadas serão eles que animarão e guiarão o santo Povo de Deus, para que possa ser em Cristo sacramento ou sinal e instrumento de união íntima com Deus e da unidade de todo o gênero humano".

É necessária uma formação de qualidade

O Papa disse que é "necessária uma formação de qualidade para aqueles que serão a presença sacramental do Senhor no meio de seu rebanho, alimentando-o e cuidando dele com a Palavra e com os Sacramentos". A esse propósito, Francisco sublinhou que a Ratio fundamentalis institutionis sacerdotalis, "O dom da vocação presbiteral", preserva a grande contribuição dada pela Exortação Apostólica Pastores dabo vobis "depois da 8ª Assembleia Geral Ordinária dos Bispos que abordou o tema: "A formação dos sacerdotes nas circunstâncias atuais". Este ano, celebra-se o 30° aniversário de publicação por São João Paulo II da Exortação apostólica Pastores dabo vobis.

Segundo o Pontífice, "essa exortação oferece explicitamente uma visão antropológica integral, que leva em conta, de forma simultânea e equilibrada, as quatro dimensões presentes na pessoa do seminarista: humana, intelectual, espiritual e pastoral". Por outro lado, a Ratio fundamentalis reafirma a perspectiva do Papa Bento XVI, que com o motu proprio Ministrorum institutio "destacou que a formação dos seminaristas continua, de forma natural, na formação permanente de sacerdotes, ambos constituindo uma única realidade".

A formação sacerdotal tem um caráter comunitário

O Papa disse ainda que a atual Ratio fundamentalis descreve o processo de formação dos sacerdotes, desde os anos de seminário, como única, integral, comunitária e missionária.

A este respeito, enfatizou que a formação sacerdotal "tem um caráter eminentemente comunitário desde sua origem; a vocação para ao sacerdócio é um dom que Deus dá à Igreja e ao mundo, um caminho para santificar-se e santificar os outros que não deve ser seguido de maneira individualista, mas sempre tendo como referência uma porção concreta do Povo de Deus".

Segundo o Papa, um dos desafios mais importantes que as casas de formação sacerdotal enfrentam hoje "é o de serem verdadeiras comunidades cristãs, o que implica não só um projeto formativo coerente, mas também um número adequado de seminaristas e formadores que garantem uma experiência realmente comunitária em todas as dimensões da formação. Uma tarefa que os bispos devem assumir sinodalmente, em particular no nível de conferências episcopais regionais ou nacionais, tarefa para a qual vocês são chamados a colaborar com lealdade e proatividade".

“Para isso, queridos sacerdotes formadores, é necessário renunciar à inércia e ao protagonismo e começar a sonhar juntos, não lamentando o passado, não sozinhos, mas unidos e abertos ao que o Senhor deseja hoje como formação para as próximas gerações de presbíteros inspirados pelas diretrizes atuais da Igreja.”

Francisco disse ainda que a missão dos reitores e formadores de seminários "não é de formar "super-homens" que pretendem saber e controlar tudo e ser autossuficientes; pelo contrário, é formar homens que sigam humildemente o processo escolhido pelo Filho de Deus, que é o caminho da Encarnação".

A dimensão humana da formação sacerdotal não é, portanto, uma mera escola de virtudes, de crescimento da personalidade ou de desenvolvimento pessoal, mas implica também e sobretudo um amadurecimento integral da pessoa fortalecida pela graça de Deus que, levando em conta os condicionamentos biológicos, psicológicos e sociais de cada um, é capaz de transformá-los e elevá-los, especialmente quando a pessoa e as comunidades se esforçam para colaborar com ela de forma transparente e verdadeira. Em última análise, as motivações vocacionais autênticas, ou seja, o seguimento do Senhor e a instauração do Reino de Deus, são a base de um processo humano e espiritual.

Os formadores educam com suas vidas

Segundo o Papa, "uma das tarefas mais importantes no processo de formação de um sacerdote é a leitura gradual e religiosa de sua própria história". De acordo com Francisco, "é preciso estar conscientes do impacto formativo que a vida e o ministério dos formadores exercem sobre os seminaristas. Os formadores educam com suas vidas, mais do que com suas palavras".

De acordo com Francisco, "um dos indicadores de maturidade humana e espiritual é o desenvolvimento e a consolidação da capacidade de escuta e da arte do diálogo, que estão naturalmente ancorados a uma vida de oração, onde o sacerdote dialoga com o Senhor todos os dias, mesmo nos momentos de aridez e confusão".

Por fim, o Papa ressaltou que a formação sacerdotal tem como instrumento privilegiado o acompanhamento formativo e espiritual dos seminaristas, a fim de lhes assegurar uma vasta e variada ajuda da comunidade de formadores, apoiada por sacerdotes de diferentes idades e diferentes sensibilidades, segundo as competências específicas de cada um deles. Também contribuem no acompanhamento formativo outras pessoas que ajudem os seminaristas em seu crescimento humano e espiritual.

quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Apresentação das Comunidades Neocatecumenais ao Cardeal Dom Paulo Cezar Costa

Centro Neocatecumenal de Brasília

COMUNIDADES DO CAMINHO NEOCATECUMENAL DE BRASÍLIA SÃO APRESENTADAS AO ARCEBISPO CARDEAL DOM PAULO CEZAR COSTA

 8 DE NOVEMBRO DE 2022 C. N. BRASIL

No domingo, 6 de novembro, as 270 comunidades do Caminho Neocatecumenal da Arquidiocese de Brasília foram apresentadas ao Arcebispo Cardeal Dom Paulo Cezar Costa. O encontro aconteceu na Arena BRB “Nilson Nelson”.

A apresentação foi conduzida pela Equipe responsável pelo Caminho Neocatecumenal no Brasil, composta pelo Padre José Folqué e Raúl Viana. Padre José agradeceu a presença de Dom Paulo, afirmando que aquele era também um momento de acolhida “sincera e verdadeira do Bispo que o Senhor colocou na Arquidiocese de Brasília”. Ele ressaltou a importância da apresentação como sinal de comunhão, uma vez que o Caminho Neocatecumenal é a Igreja e se inicia em uma paróquia com o pedido do pároco e o consentimento do Bispo.

Padre José explicou que:

“Caminho Neocatecumenal propõe colocar dentro da paróquia a renovação do Batismo, que, já na Igreja Primitiva, não era apenas um rito, mas um processo que se chamava ‘catecumenato’ e era levado pela mão do Bispo, junto com os catequistas, selando a fé com o Batismo. O Concílio Vaticano II pediu que fosse restaurada nas paróquias essa recuperação do Batismo, que fica latente após sermos batizados na infância”.

O Caminho Neocatecumenal é um Itinerário de Iniciação Cristã que nasceu na década de 1960, em Madri, Espanha, com Kiko Argüello e Carmen Hernández (Carmen faleceu em 2016 e, atualmente, corre seu processo de beatificação). Em Brasília, esse carisma chegou em abril de 1979, quando Dom José Newton de Almeida Batista, então Arcebispo, acolheu os primeiros catequistas itinerantes. Após 43 anos, dez mil pessoas estão inseridas nas comunidades neocatecumenais, que se encontram em 33 paróquias da Arquidiocese.

Os frutos deste Itinerário

O Caminho Neocatecumenal está a serviço da Igreja para a Nova Evangelização, a fim de anunciar o amor de Jesus Cristo por todas as nações.  Ao longo desses anos, este anúncio tem transformado a vida de muitas pessoas que se abrem ao chamado do Senhor, permitindo, assim, o surgimento de novas vocações: presbíteros, religiosas e famílias abertas à vida à luz da Encíclica Humanae Vitae, de São Paulo VI.

Foi com o objetivo de formar presbíteros missionários que nasceram os Seminários Missionários Arquidiocesanos Redemptoris Mater. Em Brasília, o Seminário Redemptoris Mater foi erigido em 1990 e, no momento, conta com 60 seminaristas que ali se formam. Todos eles, junto com seus formadores participaram do encontro com Dom Paulo na Arena BRB “Nilson Nelson”.

A Igreja Doméstica

Após a explanação sobre o início do Caminho em Brasília e a apresentação das etapas do percurso neocatecumenal, foram ouvidos alguns testemunhos. A família de Francisco e Franscinalva de Castro começou o Caminho Neocatecumenal há 29 anos, na Paróquia São Pedro Apóstolo (Ceilândia). Dos oito filhos do casal, dois são seminaristas.

“Deus nos abençoou com estes filhos e, em família, podemos rezar. Na mesa do altar familiar, passamos a fé aos nossos filhos, a fé que eu tenho recebido da Santa Mãe Igreja, no Caminho Neocatecumenal; e nesta família, Deus suscitou as vocações dos meus filhos”

testemunhou Francisco para Dom Paulo.

Ele também falou sobre a experiência da vida na comunidade cristã:

“O Senhor nos deu uma comunidade cristã onde pudemos viver este anúncio, com o Senhor nos chamando à conversão, a deixar o homem velho e fazer brotar em nós o homem novo. Essa foi a aliança que Deus fez conosco e à qual Ele tem sido fiel, por isso, hoje, estamos dentro de uma comunidade onde podemos viver entre nossos 48 irmãos o amor, o perdão e a presença do Senhor”.

Paloma de Oliveira Timo, de 24 anos, vive a fé em uma comunidade neocatecumenal na Paróquia Nossa Senhora da Esperança (Asa Norte). Ela testemunhou a mudança de vida na alegria de conhecer Cristo, que dá sentido à sua vida e à sua juventude buscando defender a castidade:

“Foi numa comunidade cristã que Deus me mostrou que me ama profundamente. Foi ali que a face amorosa de Deus se apresentou a mim, de um Deus que sempre cuidou de mim, que é Pai. De um coração seco, Deus me seduziu com sua beleza, com a beleza dos cantos, com a beleza da Palavra de Deus e hoje sou feliz!”

Padre Gean Rabelo Fernandes, da Paróquia Santa Maria dos Pobres (Paranoá), deu o testemunho da misericórdia de Deus na sua vida e como surgiu a sua vocação missionária durante a juventude, mesmo com os combates da fé. Por ter sempre experimentado a fidelidade de Deus na sua vida, ele afirmou estar disponível para partir em missão para qualquer lugar do mundo, conforme o envio do Arcebispo.

Desde que foi erigido o Seminário Missionário Arquidiocesano Redemptoris Mater, em 1990, a Arquidiocese de Brasília já enviou mais de 50 presbíteros em missão.

O mandato da evangelização

Ao se dirigir às comunidades, Dom Paulo manifestou alegria…

“…de ver a força daquilo que o Senhor foi fazendo a partir de 1979, quando o Caminho começou na Arquidiocese”.

O Cardeal exortou e encorajou todos os presentes a serem testemunhas do Cristo ressuscitado em toda e qualquer circunstância, seja em uma missão específica, seja na vida cotidiana:

“Quem amadurece na fé tem que ser evangelizador. Nós temos uma missão fundamental na nossa sociedade hoje. Talvez o mundo peça para entrarmos no deserto da vida das pessoas, ir ao deserto e falar ao coração das pessoas, escutá-las, se colocar ao lado delas. Este é o grande desafio da evangelização hoje, mas é um desafio no qual nós temos certeza de que não estamos sozinhos: o Senhor está conosco! E esta é a Igreja em saída de que o Papa Francisco tem falado, a Igreja que se faz presente através de vocês, nos lugares em que vocês estão para anunciar o amor de Jesus que dá vida nova e eu conto incondicionalmente com vocês!”

*Fotos cedidas ao Centro Neocatecumenal de Brasília
Fotos: Alex Gomes
Fotos: Alex Gomes
Fotos: Alex Gomes
Foto: Marcos Welber
Foto: Marcos Welber
Fotos: Alex Gomes
Fotos: Alex Gomes
Foto: Israel Gomes

Centro Neocatecumenal de Brasília
Assessoria de Comunicação

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Centro Neocatecumenal de Brasília

São Leão Magno enfrenta Átila

Guadium Press
O Papa São Leão I combateu heresias e enfrentou reis de povos bárbaros que devastavam o Império Romano, no século V. Tal foi o esplendor de seus ensinamentos e de sua luta, que recebeu o título de Magno.

Redação (16/08/2021 11:52Gaudium PressPouco se sabe sobre suas origens. Nasceu na Toscana, Itália, cerca do ano 390, tornou-se clérigo e foi escolhido pelo Papa São Sisto III como seu assessor.

Guadium Press

Em 440, tendo havido na Gália, atual França, um grave conflito entre Aécio – general que gozava de enorme prestígio no Império do Ocidente – e o prefeito romano daquela região, a Imperatriz Gala Placídia recorreu a São Sisto III, o qual enviou para lá São Leão a fim de solucionar o problema.

Entretanto, São Sisto faleceu poucos meses depois e foi eleito para sucedê-lo São Leão, que ainda se encontrava na Gália.  Regressou ele a Roma, assumiu o papado e escolheu como conselheiro São Pedro Crisólogo, o qual posteriormente foi declarado Doutor da Igreja; devido a seu elevado dom da oratória, recebeu o sobrenome “Crisólogo” que significa “palavra de ouro”.

Os Impérios do Ocidente e do Oriente eram assolados pelas heresias de Nestório e de Eutiques. São Leão mobilizou não só o clero e os leigos para combatê-las, mas também os imperadores: Teodósio II, Santa Pulquéria, Marciano e Leão o Trácio, do Oriente; Gala Placídia e Valentiniano III, do Ocidente.

Prestou apoio a São Turíbio, Bispo de Astorga, na Espanha, para combater Prisciliano, o qual negava a Santíssima Trindade e atribuía ao demônio a formação dos corpos humanos.  Essa heresia gnóstica propugnava, no fundo, a ruína da Igreja e da ordem temporal.

Átila, rei dos hunos, marcha em direção a Roma…

São Leão enfrentou também os bárbaros que devastavam diversas regiões do Império. Em 452, Átila, rei dos hunos, põe-se em marcha com suas tropas em direção a Roma a fim de conquistá-la.

Amiano Marcelino (330-395), oficial do exército romano e historiador, escreve que os hunos tinham fisionomias horríveis, usavam casacos de pele de ratos selvagens que só trocavam quando caíam aos pedaços. Comiam, bebiam e dormiam sobre seus cavalos. Alimentavam-se de raízes de plantas e carnes “cozidas” entre suas pernas e o dorso dos equinos. Não trabalhavam nem possuíam casas. Levavam uma vida perpetuamente errante.

Após conquistar Venécia e Ligúria – Norte da Itália –, Átila se aproximava de Roma. Mas São Leão Magno, cheio de Fé e confiança em Deus, foi ao seu encontro.

… que estava sem soldados e sem armas

Escreve Dr. Plinio Corrêa de Oliveira:

“A figura do famoso chefe huno passou para a História e para a lenda como a personificação da força destruidora no auge de seu ímpeto, de sua universalidade, de sua invencibilidade.

“Ao que se conta, ele mesmo se intitulava ‘flagelo de Deus’, e se jactava de uma tal força de destruição que nem a erva renascia sob as patas de seu cavalo.

“Invadindo a Europa já destroçara todas as linhas de defesa do Império romano cristianizado. A conquista de Roma representava para ele a derrota do mundo civilizado.

“A capital da Cristandade estava sem soldados, sem armas, sem defesa. Nesta situação trágica, o Papa São Leão I saiu ao encontro do rei huno, seguido apenas de pequena comitiva, e confiando unicamente na Providência Divina.

Guadium Press

“Segundo documentos antigos, Átila, ao se acercar do Santo Pontífice, percebeu no céu os vultos de São Pedro e São Paulo que, com expressão terrível, lhe ordenaram que retrocedesse.

“Obedeceu-lhes o ‘flagelo de Deus’. Roma estava salva. Em face de Átila, São Leão I passou a encarnar para todos os séculos vindouros a virtude da confiança, pela qual o fiel, mesmo nas situações mais extremas, não perde o alento e continua a lutar, esperando tranquilamente em Deus”.

Genserico, rei dos vândalos, invade Roma

Átila se retirou para outras regiões e morreu em 454. Nesse mesmo ano, o Imperador Valentiniano III – homem fraco e invejoso – matou com um punhal o General Aécio. No ano seguinte ele mesmo foi assassinado, e o trono passou às mãos de um Senador chamado Máximo.

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Mas os bárbaros não cessavam de invadir e saquear regiões do Império. Genserico, rei dos vândalos, havia tomado Cartago, Sicília, ilhas Baleares, Sardenha, Córsega e Malta.   Em 442, através de um tratado, Valentiniano III lhe cedera metade da África romana.

Em 455, ele chegou à foz do Tibre. Quase todos os habitantes de Roma fugiram. Máximo foi assassinado por soldados no momento em que se preparava para escapar.

São Leão Magno, acompanhado pelo clero, foi ao encontro de Genserico e obteve deste a promessa de que não queimaria a cidade nem mataria seus habitantes.

Ele saqueou Roma durante 14 dias, mas o morticínio e o incêndio foram evitados. Levou milhares de prisioneiros, entre os quais a Imperatriz Licínia Eudóxia, viúva de Valentino III, e suas duas filhas.

Em 461, após 21 anos de pontificado, São Leão morreu. Posteriormente, recebeu o título de Doutor da Igreja.

O que ele diria das heresias hoje difundidas?

A respeito desse grande guerreiro de Deus, comentou Dr. Plinio:

“São Leão Magno foi um dos maiores papas que a História registra. Lutou em seu pontificado contra numerosas heresias que então agitavam a Igreja.

“Com a autoridade de Papa aliada à qualidade de Santo, cuja santidade foi confirmada por um dos maiores milagres da História da Igreja – a vitória sobre Átila e suas tropas que pretendiam invadir Roma –, fez sermões advertindo o povo contra os hereges, exortando-o a denunciá-los aos sacerdotes e vigários, para sofrerem as penas canônicas e, eventualmente, também as temporais. Portanto, ele praticou uma virtude que hoje seria muito pouco apreciada, por ser oposta ao ecumenismo mal compreendido.

“O que diria São Leão Magno diante das heresias soltas em nossos dias?

“Peçamos a ele que reacenda na Igreja esse espírito de discernimento, de intransigência e de luta, que seria suficiente para evitar ao mundo os terríveis castigos pelos quais inevitavelmente vai passar, se não se converter. Que ao raiar a aurora do Reino de Maria esse espírito esteja imensamente aceso e dure até o fim dos tempos.”

Por Paulo Francisco Martos

Fonte: https://gaudiumpress.org/

O Papa: construir pontes com oração e Jesus Cristo

Encontro do Papa Francisco com membros do Colégio Nepomuceno |
Vatican News

Ao encontrar nesta manhã (10/11) a Comunidade do Pontifício Colégio Nepomuceno, de Roma, destinado a sacerdotes de nacionalidade tcheca o Papa convidou a serem construtores de pontes: com oração e com Jesus Cristo, inspirados no Padroeiro São João Nepomuceno.

Jane Nogara - Vatican News

Na manhã desta quinta-feira (10/11) o Papa Francisco recebeu a Comunidade do Pontifício Colégio Nepomuceno de Roma destinado a sacerdotes de nacionalidade tcheca. Francisco iniciou seu discurso afirmando que gostaria de compartilhar algumas reflexões com os presentes falando do Padroeiro do Colégio, São João Nepomuceno, pois nele se encontra uma raiz forte, uma raiz sempre viva, capaz de alimentar o presente e o futuro da comunidade, como fez em seu passado. 

Fiel ao segredo da Confissão

É sempre impressionante, continuou Francisco que ele tenha sido “morto porque queria permanecer fiel ao segredo da Confissão”. Disse "não" ao rei para confirmar seu "sim" a Cristo e à Igreja. “E isto”, disse o Papa, “faz pensar no que tantos sacerdotes e bispos tiveram que suportar ao longo da história sob vários regimes autoritários ou totalitários”, recordando que para eles “isso aconteceu particularmente durante os quarenta anos que se seguiram à Segunda Guerra Mundial”. Ainda falando sobre o Santo, Francisco disse: “Esta raiz de coragem e firmeza evangélica - que remonta ao seu santo padroeiro - jamais deve se tornar uma placa a ser colocada na parede, como um objeto de museu; não, ela deve permanecer uma raiz viva, porque sua seiva é necessária até hoje!”.

“Ainda hoje, na Europa e em todas as partes do mundo, ser cristão, e em particular ser ministros da Igreja, requer dizer ‘não’ aos poderes deste mundo a fim de confirmar o ‘sim’ ao Evangelho.”

Ponderando em seguida que o testemunho de São João Nepomuceno nos recorda, hoje mais do que nunca, “a primazia da consciência sobre qualquer poder mundano; a primazia da pessoa humana, a sua dignidade inalienável, que tem seu centro precisamente na consciência, entendida não em um sentido meramente psicológico, mas em sua plenitude, como abertura à transcendência”. Desejando em seguida que o Colégio que leva o nome do grande sacerdote e mártir boêmio seja sempre “uma casa e escola de liberdade, liberdade interior, fundada sobre a relação com Cristo e com o Espírito Santo”.

Pontes com oração

Em seguida o Papa falou sobre um outro ponto de reflexão ao recordar que São João de Nepomuceno é o protetor das pontes, ele, que foi jogado da Ponte Carlos de Praga no rio Moldau coroando assim seu testemunho. Convidando a todos:

“Uma forma apropriada de honrar sua memória é então tentar, na vida concreta, construir pontes onde há divisões, distâncias, incompreensões.”

Advertindo em seguida que isto “não pode ser feito sem a oração. As pontes são construídas a partir da oração, a partir da oração de intercessão: dia após dia, batendo insistentemente no coração de Cristo, são lançados os fundamentos para que duas margens distantes e hostis possam se comunicar novamente”. Continuando o tema o Papa lembrou que o ponto central para se construir pontes, é Jesus Cristo:

“Jesus Cristo é a ponte e Ele é o pontífice. É Ele que é nossa paz, é Ele que derrubou e derrubou e derruba os muros da inimizade. E é a Ele que devemos sempre dirigir e atrair pessoas, famílias, comunidades.”

Acrescentando que “isto é o que fazemos no momento central de cada um de nossos dias, quando celebramos a missa. Não podemos e não devemos estarmos nós no centro, mas Ele!”.

Riqueza humana

Por fim o Papa recordou a presença no Colégio Nepomuceno, além dos sacerdotes da República Tcheca, de outros sacerdotes de diferentes países, inclusive da África e da Ásia. “E esta realidade”, disse, “que depende da diminuição da presença europeia, pode se tornar, se bem administrada, uma riqueza humana e formativa. Nesta diversidade vocês podem praticar melhor como ser ‘pontes’, servidores da cultura do encontro, capazes de captar no outro a peculiar originalidade e ao mesmo tempo a humanidade comum”.

Vaticano ordena visita apostólica a todos os seminários na Espanha

Guadium Press
A Conferência Episcopal Espanhola (CEE) informou que, entre os meses de janeiro e fevereiro, o Papa Francisco pediu uma visita aos seminários espanhóis.

Redação (09/11/2022 11:50Gaudium Press) O Pontífice encarregou o Dicastério para o Clero a realizar esta visita canônica, cujo objetivo é determinar se as instruções do documento “O dom da vocação presbiteral”, também conhecido como Ratio Fundamentalis Institutionis Sacerdotalis, estão sendo implementadas.

A visita foi confiada a dois bispos uruguaios: Dom Milton Luis Tróccoli, bispo de Maldonado – Punta del Este – Minas, e Dom Arturo Eduardo Fajardo, bispo de Salto, ambos com experiência em seminários e pastoral vocacional.

O documento, publicado pelo Dicastério para o Clero em 2016, substituiu aquele publicado em 1985 pelo Papa João Paulo II, e enfatiza a necessidade da formação dos futuros sacerdotes em quatro dimensões: humana, intelectual, espiritual e pastoral. Além disso, introduz um novo curso introdutório ou propedêutico, o acompanhamento da etapa pastoral e a formação permanente.

Outra questão levantada é a exigência de um número mínimo de jovens no seminário para que haja vida comunitária.

No ano de 2021-2022, há pouco mais de 1.000 candidatos nos seminários espanhóis – cerca de 200 a menos do que quatro anos atrás, embora o número anual de novos participantes permaneça estável acima de 200.

Cerca de 500 sacerdotes foram ordenados na Espanha nos últimos quatro anos. Assim, segundo os dados da CEE, as 70 dioceses têm pouco mais de 16.500 sacerdotes.

Com informações Aciprensa.

Fonte: https://gaudiumpress.org/

30 mil católicos homenageiam Nossa Senhora em país 91% muçulmano

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Por Francisco Vêneto

Minúscula diante de 150 milhões de muçulmanos, a Igreja Católica é muito respeitada no país pelo alto nível das suas instituições educacionais, do seu papel decisivo na área da saúde e da sua ação humanitária.

Cerca de 30 mil católicos participaram da peregrinação anual ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima em Baromari, uma paróquia situada em um país onde 91% da população é muçulmana: Bangladesh.

A paróquia pertence à diocese de Mymensingh, formada por 85 mil fiéis organizados em 18 paróquias. Trata-se de uma minúscula porção de pessoas diante dos 150 milhões de muçulmanos do país.

Ainda assim, a Igreja Católica é muito respeitada em Bangladesh por conta do alto nível das suas instituições educacionais, do seu papel decisivo na área da saúde e da sua ação humanitária, especialmente junto às tribos.

O santuário dedicado a Nossa Senhora de Fátima foi construído em 1997, sob os incentivos do Papa São João Paulo II. Ele havia exortado os fiéis locais a fazerem uma peregrinação antes do Jubileu do Ano 2000.

Na peregrinação deste ano, muitos dos fiéis participantes quiseram agradecer por bênçãos recebidas, em particular pela sobrevivência à pandemia de covid-19 – que teve impacto devastador na vida das famílias.

Entre as celebrações, houve uma vigília de oração, adoração eucarística, via-crúcis, o santo rosário e uma procissão à luz de velas.

A celebração eucarística foi presidida pelo pe. Gabriel Corraya, vigário geral da arquidiocese de Daca, a capital do país.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF