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quinta-feira, 24 de novembro de 2022

A importante missão de educar para a vida

Cléofas
A importante missão de educar para a vida

 POR PROF. FELIPE AQUINO

“Diante dos filhos os pais não podem ser super-heróis, que nunca erram. Ao contrário, os filhos devem saber que os seus pais também erram e que também têm o direito de serem perdoados”.

Os pais e professores são agentes determinantes na educação da criança e do adolescente. Especialmente os pais têm uma responsabilidade especial nisso. Para que a criança seja amanhã um adulto equilibrado em todas as suas dimensões humanas: física, psicológica, afetiva, sexual, moral, profissional, familiar, etc., ela precisa ter recebido dos pais uma boa “herança” de amor, segurança, carinho e firme correção dos seus erros.

Mas para que os pais possam cumprir bem esta sagrada missão precisam, antes de tudo, saber “conquistar” os filhos; não com dinheiro demais, roupa da moda, tênis de marca, etc., mas com aquilo que eles são para os filhos; isto é, seu bom exemplo, carinho, atenção, tempo gasto com os filhos…

O filho precisa ter “orgulho” do seu pai, ter “admiração” pela sua mãe, ter prazer de estar com eles, “ser seus amigos”, partilhar a vida e os problemas, tristezas e alegrias com eles. Assim ele ouvirá os seus conselhos e as suas correções com facilidade.

Se não conquistarmos os nossos filhos, com amor, carinho e correção sadia, eles poderão ir buscar isto nos braços de alguém que não convém. É preciso que cada lar seja acolhedor para o jovem, para que ele não seja levado a buscar consolo na rua, na droga, na violência… fora de casa.

Sobretudo é primordial o respeito para com o filho; levá-lo a sério, respeitar os seus amigos, as suas iniciativas boas, etc. Se você quer ser amigo do seu filho, então deve tornar-se amigo dos seus amigos, e nunca afastá-los. Acolha-os em sua casa. Deixe que o seu filho traga os seus amigos para a sua casa; então, você os poderá conhecer e evitar as más companhias para eles.

Diante dos filhos os pais não podem ser super-heróis, que nunca erram. Ao contrário, os filhos devem saber que os seus pais também erram e que também têm o direito de serem perdoados.

O educador francês André Bergè, diz que “os defeitos dos pais são os pais dos defeitos dos filhos”. Parafraseando-o podemos dizer também que “as virtudes dos pais são os pais das virtudes dos filhos”. Isto faz crescer a responsabilidade dos pais.

É importante que os pais saibam corrigir os filhos adequadamente, com firmeza é certo, mas sem humilhá-los. Não se pode bater no filho, não se pode repreendê-lo com nervosismo, ofendê-lo na frente dos seus amigos e irmãos. Isso tudo humilha o filho e o faz odiar os pais. Há pais que gritam com seus filhos e os ofendem e magoam na frente de outras pessoas; ora, esta criança ficará com ódio deste pai.

São Paulo diz aos pais cristãos: “Pais, não deis a vossos filhos motivo de revolta contra vós, mas criai-os na disciplina e correção do Senhor” (Ef 6,4).

O livro do Eclesiástico diz que: “Aquele que estraga seus filhos com mimos terá que lhes curar as feridas” (Eclo 30,7). A criança mimada torna-se problema; pensa que o mundo é dela, e que todos devem servi-la.

Podemos e precisamos corrigir os filhos, em todas as idades, sem traumatizá-los. Não é raro eu ver alguns pais tomando tapas de crianças com 1 ou 2 anos, sem fazer nada… Hoje em dia é difícil ouvir alguém dizer não para os filhos. Ora, é precisa dizer: “Você não pode bater no seu amiguinho”. “Não vai assistir a uma novela feita para adultos”. “Não vai fumar maconha”. “Não, você não vai passar a madrugada na rua”. “Não, você não vai dirigir sem carteira de habilitação”. “Não, essas pessoas não são companhias pra você”. “Não, hoje você não vai ganhar brinquedo ou comer salgadinho e chocolate”. “Não, aqui não é lugar para você ficar”. “Não, você não vai faltar na escola sem estar doente”. “Não, essa conversa não é pra você se meter”. “Não, hoje você está de castigo e não vai brincar no parque”. Quem mais usou o Não em seus sagrados Mandamentos, foi Deus, para nos guiar.

Crianças e adolescentes que crescem sem ouvir bons justos e necessários NÃOS, crescem sem saber que o mundo não é só deles. E aí, no primeiro Não que a vida dá se revoltam. Alguém muito sábio disse que se não educarmos a criança, teremos de castigar o adulto.

Prof. Felipe Aquino

Em um livro, o Papa e a alegria

Livro “La gioia” (A Alegria) com textos do Papa Francisco

Em quase dez anos de pontificado, Francisco falou várias vezes sobre a alegria e agora será lançado o livro “La gioia” (A Alegria) que reúne vários pensamentos seus sobre o assunto. A introdução é de Mons. Dario Edoardo Viganò, que explica o significado desta atitude para os cristãos: "Não simples otimismo, mas sim a capacidade de olhar a história através do olhar de Deus".

Eugenio Bonanata e Giovanni Orsenigo – Vatican News

"A alegria dos fiéis não é ingenuidade ou incapacidade de ver os problemas da história". Mons. Dario Edoardo Viganò, vice-chanceler da Pontifícia Academia das Ciências e das Ciências Sociais, ilustra assim o livro intitulado "A Alegria", no qual escreveu a introdução. Um texto desejado pelo Papa, que reúne textos nos quais falou sobre este tema - extraído de encíclicas, homilias, discursos e mensagens - com o objetivo de dar ao leitor a oportunidade de embarcar no seu próprio caminho pessoal. "Não é um livro que se lê da primeira à última página, mas pode ser lido de forma desordenada", explica Viganò. Na verdade, continua, "são textos que, especialmente neste momento de palavras gritadas, notícias terríveis e mortes, permitem alargar o coração, erguer o olhar e reapropriar-se da experiência de ser cristão".

A alegria do vinho

"A Igreja é uma experiência de povo que vive a alegria", esclarece o religioso, convidando-nos a refletir sobre a experiência das Bodas de Caná. A história do primeiro milagre de Jesus tem como ponto central o casamento, no qual, entretanto, falta um elemento importante, o vinho, que é um sinal de alegria. "Os jarros de purificação estão vazios", sublinha o Viganò. E este é o símbolo de uma relação de amor agora consumada entre Deus e seu povo. Nem mesmo a lei e a purificação podem restaurar a paixão dessa relação. "É por isso que Jesus não está presente, mas é convidado", continua. "De fato, é Cristo quem traz o vinho novo, sancionando assim uma aliança nova, eterna, última e definitiva". Uma aliança que nasce neste primeiro grande milagre do vinho, ou seja, da alegria. É por isso que para Viganò "a Igreja é um povo de homens e mulheres que não vivem sob a Lei, mas que vivem na alegria de serem filhos e filhas de Deus".

A alegria de viver do jeito de Deus

O dom do batismo nos permite receber a vida de Deus, tornando-nos assim filhos no seu filho Jesus. E isto nos torna capazes de viver as relações, em relação ao mundo ou a criação, no modo do Senhor. "Portanto a prioridade", afirma, "não é o eu, mas sobretudo o outro, assim como é para Deus, cuja prioridade sempre foi o filho". Ao contrário do que acontece com o ladrão crucificado no Calvário, que naquela ocasião diz a Jesus: 'Se és realmente o Filho de Deus, salva-te a ti mesmo, e depois me salve também'. "Se não se vive a filiação em Deus", continua Viganò, "os relacionamentos só serão instrumentais e funcionais, enquanto viver a alegria significa sentir a urgência de viver no modo de Deus".

A estrutura narrativa

Para facilitar a leitura, o livro foi dividido em três áreas temáticas, ou melhor, em 'três percursos de aproximação à alegria', que são delineados a partir de três verbos: 'ser', ou seja, a identificação da alegria entendida como uma atitude pessoal e espiritual; 'compartilhar', que é a alegria no compromisso e na amizade social; 'testemunhar', que é a alegria de viver no modo de Deus. “Ler este livro", assinala ainda, "é como caminhar nas páginas, da mesma forma que os discípulos de Emaús". Nesta passagem do Evangelho, os discípulos só reconhecem Jesus ao partir o pão, mas se perguntam: ‘Será que ele não chega ao nosso coração enquanto conversa conosco?’ “O Espírito Santo", conclui, "prepara o homem e a mulher para reconhecer o Senhor no ato de compartilhar o pão, mas ele trabalha antes disso, também quando estamos caminhando com uma pessoa que é desconhecida".

Black Friday: o que fazer diante da tentação das compras?

Prostock-studio | Shutterstock
Por Philip Kosloski

Durante a Black Friday, muitas lojas estão oferecendo promoções tentadoras. Mas antes de se apressar, aqui está uma excelente reflexão inspirada em São João Paulo II.

A Black Friday resume perfeitamente a abordagem moderna do consumo: instintiva e imediata. Um modo de consumo criticado por São João Paulo II em sua encíclica Centesimus Annus. Em vez disso, o papa polonês nos exorta a pensar antes de comprar e a considerar nossas compras à luz de toda a pessoa humana, corpo e alma.

“Se alguém se refere diretamente aos seus instintos e desconsiderar a sua realidade pessoal, consciente e livre, isso pode levar a hábitos de consumo e estilos de vida que são objetivamente ilegítimos e muitas vezes prejudiciais à sua saúde física e espiritual”, adverte o Papa. E ele nos lembra que, a cada compra, fazemos uma escolha. Uma escolha que pode ser benéfica para a sociedade e nossas almas eternas, ou que pode ser prejudicial. O mais importante é ser um consumidor informado.

O dever de doar

Enquanto São João Paulo II não condena o desejo de uma vida melhor, ele nos exorta a mudar nosso desejo de “ter” e a nos concentrarmos no verdadeiro, no bom e no belo:

Não é mal desejar uma vida melhor, mas é errado o estilo de vida que se presume ser melhor, quando ela é orientada ao ter e não ao ser, e deseja ter mais não para ser mais, mas para consumir a existência no prazer, visto como fim em si próprio. É necessário, por isso, esforçar-se por construir estilos de vida, nos quais a busca do verdadeiro, do belo e do bom, e a comunhão com os outros homens, em ordem ao crescimento comum, sejam os elementos que determinam as opções do consumo, da poupança e do investimento.

Enquanto nos preparamos para comprar os presentes de Natal e outros itens que consideramos úteis para nossa vida diária, lembremo-nos do dever da caridade. “Isto é, o dever de doar não só o “supérfluo” mas às vezes também algo “necessário”, para prover a vida dos pobres, diz São João Paulo II.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Papa compartilha a alegria de reencontrar jovens na JMJ de Lisboa em 2023

"Que Nossa Senhora guarde o nosso desejo de comunhão
e de paz", disse o Papa  (VATICAN MEDIA Divisione Foto)

O desejo veio durante a Audiência Geral e justamente na saudação aos peregrinos de língua portuguesa: "a alegria de nos encontrarmos e a vontade de estar juntos são sinais fundamentais para o mundo de hoje, dilacerado por confrontos e guerras. Que Nossa Senhora guarde o nosso desejo de comunhão e de paz". O Papa também recordou do Dia Mundial da Juventude em nível diocesano celebrado no último domingo (20).

Andressa Collet - Vatican News

A exatamente 250 dias da Jornada Mundial da Juventude que acontece no início de agosto de 2023, o Papa Francisco compartilhou a alegria do reencontro no evento mundial em Lisboa, em Portugal. Ao saudar os peregrinos de língua portuguesa na Audiência Geral desta quarta-feira (23), especialmente os provenientes de Chapecó, do Estado de Santa Catarina, e também de Portugal, o Pontífice afirmou:

“No domingo passado foi celebrado nas dioceses o Dia Mundial da Juventude, com o pensamento dirigido para o encontro de jovens que se realizará no próximo ano em Lisboa. A alegria de nos encontrarmos e a vontade de estar juntos são sinais fundamentais para o mundo de hoje, dilacerado por confrontos e guerras. Que Nossa Senhora guarde o nosso desejo de comunhão e de paz. Deus vos abençoe.”

No último final de semana, o Papa esteve na região italiana do Piemonte, de onde presidiu à missa no domingo, 20 de novembro, Solenidade de Cristo Rei, data em que também se celebra a Jornada Mundial da Juventude em nível diocesano. A partir da Catedral de Asti, o Pontífice deixou uma palavra especial aos jovens presentes na celebração e aos jovens de todo o mundo:

“Desde o ano passado, a Jornada Mundial da Juventude é celebrada nas Igrejas particulares precisamente na Solenidade de Cristo Rei. O tema, o mesmo da próxima JMJ, em Lisboa, para a qual renovo o convite para participarem, é 'Maria levantou-se e partiu apressadamente' (Lc 1,39).”

Francisco reforçou que “o segredo para permanecer jovem” está precisamente nestes dois verbos – levantar e partir. Dirigindo-se aos jovens, pediu para que “não fiquem parados pensando em si mesmos, desperdiçando a sua vida em busca de conforto ou da última moda”, mas que “se façam à estrada, saiam dos seus medos para estender a mão a quem precisa.”

“Hoje precisamos de jovens que sejam verdadeiramente transgressores. Não conformistas. Que não sejam escravos dos celulares, mas mudem o mundo como Maria, levando Jesus aos outros, tratando dos outros, construindo comunidades fraternas com os outros, realizando sonhos de paz”, afirmou o Papa.

Santos André Dung-Lac e Companheiros (mártires do Vietnã)

S. André Dung-Lac | nossasagradafamilia
24 de novembro
Santos André Dung-Lac e Companheiros

Origens

A festa católica do dia de hoje celebra um grupo grande: são cento e dezessete cristãos que foram martirizados no Vietnã. Eles foram liderados, em sua maioria, pelo padre e Santo chamado André Dung-Lac. Foram beatificados pelo papa Leão XIII em 1900. A maioria desses cristãos viveu e exerceu seu ministério evangelizador entre os anos de 1830 a 1870.

Santo André Dung-Lac

Dentre esses cristãos destacou-se o padre André Dung-Lac, um dominicano que foi mestre e exemplo para todos na Igreja Católica do Vietnã. Ele recebeu a ordenação sacerdotal no ano 1823. Em sua missão, foi pároco e missionário em várias partes do Vietnã.

Prisões e morte

Foi preso várias vezes e libertado das prisões pelos fiéis, que pagavam resgate e conseguiam a sua liberdade. Ele, porém, discordava desses resgates e dizia: "Aqueles que morrem pela fé sobem ao céu. Ao contrário, nós que nos escondemos continuamente gastamos dinheiro para fugir dos perseguidores. Seria melhor deixar-nos prender e morrer". Por fim, ele acabou morrendo por decapitação, por ordem do governo local. Morreu por não renunciar à fé cristã. Por isso, é considerado mártir e santo.  Sua morte, bem como a dos outros 116 ocorreu no dia 24 de novembro de 1839, na cidade de Hanói, no Vietnã.

O Evangelho no Vietnã

A história da evangelização do Vietnã começou no século XVI, através de missionários que partiram da Europa, sendo eles de várias congregações e ordens religiosas. A Igreja vietnamita enfrentou nada menos que quatro séculos de perseguições terríveis e sangrentas. Milhares de cristãos foram assassinados, martirizados e massacrados tanto em regiões periféricas do país, como nas montanhas e nos campos, quanto nas grandes cidades. Bispos, padres, catequistas, pais e mães de família, jovens, seminaristas, ninguém escapou da perseguição.

Discípulos e missionários

De acordo com os relatos do grande Martirológico Romano-Monástico, todas as vítimas da perseguição vietnamita eram cristãos que tinham se convertido no século XVI por missionários dominicanos. Mesmo esses missionários, que introduziram o Evangelho no Vietnã, foram mortos sob a acusação de introduzirem uma religião estranha no país.

O comunismo persegue os cristãos

Houve um período de calma que favoreceu a Igreja do Vietnã. Essa calma durou setenta anos. Nesse tempo, a igreja conseguiu promover sua reorganização, formando várias dioceses, com centenas de milhares de cristãos fervorosos, inspirados pelo sangue de seus mártires. Porém, os martírios, os assassinatos de cristãos pelo simples fato de serem cristãos voltaram ao Vietnã quando o comunismo foi introduzido no país. No ano 1955 chineses e russos destruíram todas as instituições cristãs no país. O governo comunista prendeu e matou bispos, padres e leigos de maneira cruel e sem limites. Alguns poucos conseguiram fugir através de uma única maneira possível: embarcações frágeis, sem recursos que, na maioria das vezes, naufragaram, matando outros milhares de cristãos.

O Evangelho venceu

Porém, apesar de toda essa tenebrosa perseguição comunista, o Evangelho de Jesus Cristo se manteve perseverante no coração dos cristãos vietnamitas. E, ao contrário do que os governos pretendiam, o sangue dos mártires, também no Vietnã, foi semente de novos e fervorosos cristãos. No ano 1988 o Papa João Paulo II celebrou a canonização desses mártires, liderados por Santo André Dung-Lac, cuja celebração ficou instituída para o dia em que foram mortos, 24 de novembro.

Oração a Santo André Dung-Lac e companheiros

“Deus, fonte e origem de toda a paternidade, que fortalecestes os mártires Santo André e seus Companheiros na fidelidade à cruz do vosso Filho até ao derramamento de sangue, concedei-nos, por sua intercessão, que, manifestando o vosso amor aos homens nossos irmãos, possamos chamar-nos e ser realmente vossos filhos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amém.”

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Das Homilias atribuídas a São Macário, bispo

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Das Homilias atribuídas a São Macário, bispo

(Hom. 28:PG34,710-711)            (Séc.IV)

Ai da alma em que não habita Cristo

Deus outrora, irritado contra os judeus, entregou Jerusalém como espetáculo aos gentios; e foram dominados por aqueles que os odiavam; não havia mais festas nem oblações. De igual modo, irado contra a alma por ter transgredido o mandamento, entregou-a aos inimigos que a seduziram e a deformaram.

Se uma casa não for habitada pelo dono, ficará sepultada na escuridão, desonra, desprezo, repleta de toda espécie de imundícia. Também a alma, sem a presença de seu Deus, que nela jubilava com seus anjos, cobre-se com as trevas do pecado, de sentimentos vergonhosos e de completa infâmia.

Ai da estrada por onde ninguém passa nem se ouve voz de homem! Será morada de animais. Ai da alma, se nela não passeia Deus, afugentando com sua voz as feras espirituais da maldade! Ai da casa não habitada por seu dono! Ai da terra sem o lavrador que a cultiva! Ai do navio, se lhe falta o piloto; sacudido pelas ondas e tempestades do mar, soçobrará! Ai da alma que não tiver em si o verdadeiro piloto, o Cristo! porque lançada na escuridão de mar impiedoso e sacudida pelas ondas das paixões, jogada pelos maus espíritos como em tempestade de inverno, encontrará afinal a morte.

Ai da alma se lhe falta Cristo, cultivando-a com diligência, para que possa germinar os bons frutos do Espírito! Deserta, coberta de espinhos e de abrolhos, terminará por encontrar, em vez de frutos, a queimada. Ai da alma, se seu Senhor, o Cristo, nela não habitar! Abandonada, encher-se-á com o mau cheiro das paixões, virará moradia dos vícios.

O agricultor, indo lavrar a terra, deve pegar os instrumentos e vestir a roupa apropriada para o trabalho; assim também Cristo, o rei celeste e verdadeiro agricultor, ao vir à humanidade, deserta pelo vício, assumiu um corpo e carregou, como instrumento, a cruz.

Lavrou a alma desamparada, arrancou-lhe os espinhos e abrolhos dos maus espíritos, extirpou a cizânia do pecado e lançou ao fogo toda a erva de suas culpas. Tendo-a assim lavrado com o lenho da cruz, nela plantou maravilhoso jardim do Espírito, que produz toda espécie de frutos deliciosos e agradáveis a Deus, seu Senhor.

A mensagem do Advento que toda mãe precisa ouvir

Martin Novak | Shutterstock
Por Theresa Civantos Barber

Se o artesanato e a culinária são estressantes para você, mantenha a calma: existem outras formas de viver este período de preparação para o Natal.

Não costumo dizer que “todo mundo” precisa ouvir uma determinada mensagem, mas fiquei realmente surpresa com a resposta a um post recente nas redes sociais. Muitas amigas minhas adoraram a mensagem. Daí, pensei que talvez você também precisasse ouvi-la!

O texto incentiva as mães a não se estressarem com os preparativos para o Advento. Veja só:

“Não há problema em NÃO comprar guias, coroas ou calendários do Advento. Se o artesanato, a panificação e as atividades extras te estressam, você tem permissão para beber chocolate quente, ler um bom livro e agradecer a Deus pelo merecido descanso.”

Puxa, fiquei aliviada ao ler isso, já que a maior parte do meu feed de mídia social está sendo inundada por mães divulgando seus caros calendários do Advento e elaborados preparativos para o Natal!

Eu não sou a única

Compartilhei a postagem no meu Instagram pensando que seria uma mensagem um tanto rebelde e fiquei agradavelmente surpresa quando muitas das minhas amigas a compartilharam novamente ou me enviaram mensagens agradecendo pelo texto. 

Há, de fato, muita pressão sobre as mães para criar a “magia do Advento e do Natal”. Mas não é mágica o que faz com que abramos mão de nossa paz de espírito por semanas a fio, né?

Portanto, este ano, não quero cair na armadilha de pensar que preciso gastar muito dinheiro ou fazer extravagâncias para tornar o Natal mágico. Quero me concentrar em aproveitar as delícias simples deste tempo: aconchegar-me para ler um livro ao lado de luzes cintilantes, observar lentamente os presépios um a um, acender as velas na Coroa do Advento e cantar as músicas típicas da época.

Obviamente que muitas outras mães se sentem da mesma maneira. É muito bom saber que não sou a única que ignorará toda a pressão e o hype on-line e, em vez disso, planejará levar as coisas com calma nesta época.

Claro, nem todo mundo se sente assim. Se as atividades elaboradas do Advento e do Natal lhe trazem alegria, faça e aproveite os preparativos.

Mas, e se isso não te traz alegria? Se você se encolhe com a ideia de esperar em longas filas ou enfrentar grandes multidões para fazer “aquela coisa especial do Natal”? Se você sabe que de jeito nenhum vai se lembrar de fazer aquele lindo devocional depois do segundo dia do Advento? Então simplesmente não faça isso. Tudo bem. Seus filhos não serão privados. Eles não estão perdendo.

Uma mãe tranquila e feliz vale mais do que um número infinito de atividades extravagantes em preparação para o Natal.

O que realmente importa

Diante de tantas opções para o tempo do Advento e do Natal, como saber o que é importante fazer? O que realmente importa?

Anos atrás, Blythe Fike compartilhou que, quando questionou se estava “fazendo o suficiente” para celebrar o ano litúrgico com seus filhos, um padre sábio disse a ela: “Apenas certifique-se de que eles conheçam a história”. 

Continuo focada nisso. Eu faço a coroa do Advento e leio para meus filhos a história do Natal. Falamos da história do nascimento de Jesus, da sua beleza e da sua verdade. 

Tento desacelerar e aproveitar os preparativos de Natal. Descansamos e nos deleitamos com a alegria da estação e da vinda de Cristo à terra. Eu não aceitaria fazer de outra maneira.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Cardeal Aviz: 50 anos de sacerdócio

Cardeal Aviz | Wikipedia

CARDEAL AVIZ: 50 ANOS DE SACERDÓCIO

 

 Dom Carlos José

Bispo de Apucarana (PR)

A providência Divina nunca falha! Essa é a nossa certeza, essa é nossa fé. Ao iniciarmos o ano vocacional, temos a honra de celebrar os 50 anos de vida presbiteral de um filho diocesano! Não é coincidência, é providência! Amém!

A vida humana tem um valor inestimável e, por mais que tentemos calcular esse valor, nunca saberemos se de fato, acertamos. A única certeza que temos é de que, para Deus, cada vida é importante e valiosa. A vocação de um filho sacerdote, aos olhos do Sumo e Eterno Sacerdote, Jesus Cristo, é mais que valiosa, é essencial para que o povo tenha, em Espécie, o Corpo e o Sangue Dele mesmo, feito Eucaristia, para sustento e força na caminhado rumo à santidade. Assim é a vida do Cardeal Dom João Braz de Aviz: de um valor inestimável, preciosa e essencial.

Para todos nós, filhos e filhas da Família Diocesana de Nossa Senhora de Lourdes, é imensa a alegria de podermos festejar, neste próximo dia 26 de novembro de 2022, às 11h, na bela Catedral de Nossa Senhora de Lourdes, os 50 Anos de Vida Presbiteral de Dom João Braz de Aviz. A história de vida de Dom João Braz, nascido na cidade de Mafra, no estado de Santa Catarina, em 24 de abril de 1947, tem uma forte ligação com a nossa Diocese. Aos dois anos de idade, ele, seus pais, senhor João Avelino de Aviz e senhora Juliana Hache de Aviz mais seus sete irmãos mudaram-se para a cidade de Borrazópolis, no estado do Paraná.

Com apenas 11 anos de idade, em 21 de abril de 1958, o jovenzinho, sentindo o chamado de Deus, ingressou no Seminário São Pio X, dos Padres do Pontifício Instituto para as Missões Estrangeiras, na cidade de Assis, interior de São Paulo, local onde estudavam os seminaristas menores da Diocese de Londrina. A partir da criação da Diocese de Apucarana, Borrazópolis e o seminarista passaram a integrar o novo território diocesano, tornando-se então o jovem João Braz um seminarista Apucaranense.

Estudou Filosofia no Seminário Maior Rainha dos Apóstolos em Curitiba e em Palmas, no interior do Paraná, seguindo para Roma, onde cursou Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana. Concluído seus estudos, retornou ao Brasil, sendo ordenado padre por Dom Romeu Alberti, na Catedral de Apucarana no dia 26 de novembro de 1972. Assumiu seu sacerdócio em diversas Paróquias desta Diocese, exercendo diversos encargos pastorais: foi pároco em algumas, diretor espiritual e reitor do Seminário Maior de Apucarana (em 1984 e 1985) e de Londrina (em 1986 e 1988); diretor espiritual do Seminário do Ipiranga, em São Paulo; Membro do Conselho de Presbíteros, do Colégio de Consultores e Coordenador Diocesano de Pastoral.

Um episódio marcante na vida de Dom João, deu-se quando ele exercia seu sacerdócio em Ivaiporã e, numa noite, foi feito refém por dois jovens que pretendiam assaltar um carro-forte naquela região. Ao ser obrigado pelos jovens a parar seu veículo e depois o obrigarem a pedir dinheiro aos ocupantes do carro-forte, que armados, dispararam, o sacerdote foi ferido por um tiro de escopeta e teve seu corpo atingido em várias partes por estilhaços de chumbo que, graças a Deus, não afetaram nenhum órgão vital. Embora tenha sobrevivido, têm fragmentos alojados em alguns pontos de seu corpo.

Dom João possui doutorado em Teologia Dogmática pela Pontifícia Universidade Lateranense de Roma, feito de 1989 a 1992. De 1992 a 1994 foi Reitor e professor de Teologia Dogmática no Instituto Paulo VI de Londrina e Pároco da Catedral Nossa Senhora de Lourdes de Apucarana. Foi nomeado Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Vitória com a sede Titular de Flenucleta, pelo Papa João Paulo II, no dia 06 de abril de 1994, sendo consagrado Bispo em 31 de maio de 1994 por Dom Domingos Gabriel Wisniewski, C.M. Seu lema de vida episcopal é: “Todos sejam um” (Jo 17,21). Exerceu seu episcopado também em Ponta Grossa e tornou-se Arcebispo de Maringá em 2002. Em janeiro de 2004 foi nomeado Arcebispo da Arquidiocese de Brasília, onde tomou posse em 27 de março.

Na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, foi eleito presidente do Regional Centro-Oeste e membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé e vice-presidente das Edições CNBB. Em maio de 2010, Dom João Braz de Aviz esteve à frente da organização do XVI Congresso Eucarístico Nacional, que aconteceu em Brasília, ano do cinquentenário da capital federal. Nomeado pelo Papa Bento XVI como Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedade de Vida Apostólica no Vaticano, em 04 de janeiro de 2011.

Dom João foi o quarto brasileiro a ser escolhido para chefiar um departamento do Vaticano. No ano seguinte, em 06 de janeiro de 2012, o Papa Bento XVI anunciou sua criação a Cardeal, tendo recebido o barrete cardinalício das mãos do Santo Padre em 18 de fevereiro. Em 2013 foi nomeado pelo Papa Francisco membro da Congregação para os Bispos e em 2019, o Papa o designou como presidente delegado do Sínodo dos Bispos para a Região Pan-Amazônica. Braço direito do Papa Francisco quando se trata da vida consagrada, com mansidão e firmeza serve a Igreja do mundo inteiro. Eis a nossa alegria. A Diocese de Apucarana oferece a Igreja Universal um servidor. Serviço que atinge os quatro cantos do mundo. Um cardeal servidor maior formado pela nossa amada. Diocese.

São muitas as graças de Nossa Senhora de Lourdes derramadas sobre nossa Diocese e sobre esse filho diocesano, o Cardeal Dom João Braz de Avis! Nossa ação de graças a Deus e nossas contínuas orações para que mais vocações sejam despertadas para o bem da comunidade e para honra e glória de nosso Senhor Jesus Cristo, Rei e Senhor do Universo.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Relatório ACN: perseguição aos cristãos piora no mundo

Cristãos perseguidos | Vatican News

Jihadistas e nacionalistas estão impulsionando o aumento da perseguição aos cristãos em todo o mundo, conforme aponta a edição atualizada do “Relatório Perseguidos, mas não Esquecidos: 2020-22”, produzido por Ajuda à Igreja que Sofre.

Vatican News

A fundação Pontifícia ACN - Ajuda à Igreja que Sofre - lançou nesta terça-feira, 22 de novembro, a edição atualizada do “Relatório Perseguidos, mas não Esquecidos: 2020-22”, um levantamento sobre os cristãos oprimidos por sua fé nos últimos dois anos.

O relatório inclui informações da ACN e de fontes locais, com testemunhos exclusivos, compilações de incidentes, estudos de caso e análises de países sobre até que ponto os cristãos são alvo de perseguição.

“Perseguidos, mas não Esquecidos: 2020-22” aponta que em 75% dos 24 países pesquisados, a opressão ou perseguição aos cristãos aumentou.

A África viu um aumento acentuado na violência terrorista de militantes não estatais - com mais de 7.600 cristãos nigerianos supostamente assassinados entre janeiro de 2021 e junho de 2022.

Em maio de 2022, um vídeo foi divulgado mostrou 20 cristãos nigerianos sendo executados pelo grupo terrorista islamista Boko Haram / ISWAP.

Na Ásia, o autoritarismo estatal levou ao agravamento da opressão. O levantamento mostra a Coreia do Norte como o pior país no continente, onde a crença e a prática religiosa são rotineira e sistematicamente reprimidas.

O nacionalismo religioso desencadeou uma crescente violência contra os cristãos na região, com grupos nacionalistas budistas cingaleses e hindus cingaleses ativos na Índia e no Sri Lanka, respectivamente. As autoridades prenderam fiéis e interromperam os cultos da Igreja.

A Índia registrou 710 incidentes de violência anticristã entre janeiro de 2021 e o início de junho de 2022, impulsionados em parte pelo extremismo político.

Durante um comício em massa em Chhattisgarh, em outubro de 2021, membros do Partido Bharatiya Janata (BJP) aplaudiram quando o líder religioso hindu de direita Swami Parmatmanand pediu que os cristãos fossem mortos.

O estudo constatou que, no Oriente Médio, uma crise migratória ameaça a sobrevivência de algumas das comunidades cristãs mais antigas do mundo.

Na Síria, os cristãos despencaram de 10% da população para menos de 2% – caindo de 1,5 milhão pouco antes do início da guerra para cerca de 300.000 hoje.

Embora a taxa de êxodo seja mais lenta no Iraque, uma comunidade que contava com cerca de 300.000 cristãos antes da invasão de 2014 pelo grupo Estado Islâmico, caiu pela metade, para 150.000 na primavera de 2022.

O Relatório também mostra que em países tão diversos como o Egito e o Paquistão, as meninas cristãs são rotineiramente sujeitas a sequestros e estupros sistemáticos.

O autor do relatório, John Pontifex, disse: “Perseguidos, mas não Esquecidos: 2020-22” fornece testemunho em primeira mão e estudos de caso provando que em muitos países os cristãos estão sofrendo perseguição – façamos tudo o que pudermos para mostrar que eles não são esquecidos".

Confira o Relatório ”Perseguidos, mas não Esquecidos: 2020-22” na íntegra, na página da ACN-Brasil: https://www.acn.org.br/relatorio-sobre-os-cristaos-perseguidos/

Sobre a ACN (Ajuda à Igreja que Sofre)

A ACN (Ajuda à Igreja que Sofre) é uma Fundação Pontifícia que auxilia a Igreja por meio de informações, orações e projetos de ajuda a pessoas ou grupos que sofrem perseguição e opressão religiosa e social ou que estejam em necessidade. Fundada no Natal de 1947, a ACN tornou-se uma Fundação Pontifícia da Igreja em 2011. Todos os anos, a instituição atende mais de 5.000 pedidos de ajuda de bispos e superiores religiosos em cerca de 130 países, incluindo: formação de seminaristas, impressão de Bíblias e literatura religiosa - incluindo a Bíblia da Criança da ACN com mais de 51 milhões de exemplares impressos em mais de 190 línguas; apoia padres e religiosos em missões e situações críticas; construção e restauração de igrejas e demais instalações eclesiais; programas religiosos de comunicação; e ajuda aos refugiados e vítimas de conflitos.

Os sete filhos de Santa Felicidade

Santa Felicidade | apologistasdafecatolica
23 de novembro

OS SETE FILHOS DA SANTA FELICIDADE

Os sete filhos da bem-aventurada Felicidade chamavam-se Januário, Félix, Filipe, Silvano, Alexandre, Vidal e Marcial.
Todos eles foram levados junto com a mãe diante do prefeito Públio — que os convocara por ordem do imperador Antonino — que a exortou a ter piedade desse si própria e de seus filhos. A isso ela respondeu: “não me deixarei conquistar por suas gentilezas nem me amedrontar por suas ameaças. Tenho certeza que o espírito santo está comigo e fará com que eu supere em vida e mais ainda morta “. E, voltando-se para os filhos, disse: “olhem para o Céu, filhos caríssimos, porque é lá que Cristo nos espera. Lutem com coragem por Cristo, persistam fielmente no amor a Cristo “.

Ao ouvir aquilo, o prefeito esbofeteou-a. Como a mãe e seus filhos mantenham-se firmes na fé, cada um deles foi morto com um suplício diferente diante dos olhos da Mãe, que os encorajavam.

A beata Felicidade é chamada por Gregório de mais do que mártir, porque foi utilizada sete vezes em seus filhos e uma oitava vez em seu próprio corpo. Gregório diz em uma de suas homilias:

A bem-aventurada Felicidade, que por sua fé foi escrava de Cristo, tornou-se mártir de Cristo por sua pregação. Enquanto os pais carnais costumam temer sobreviver a seus filhos, ela temeu que seus sete filhos ficassem vivos depois dela. Assim como ela os parira na carne, pariu no espírito afim de dar a Deus por suas palavras aqueles que deram ao mundo pela carne. Ela não podia sem dor ver morrer aqueles filhos de seu sangue, mas tinha no coração um amor tão forte que foi capaz de superar a dor corporal. Por isso tenho razão em chamar essa mulher de mais do que mártir, já que ela morreu tantas vezes e com tanta dor quantos eram seus filhos. Depois de ter merecido esse múltiplo martírio, obteve também para si a Palma vitoriosa dos mártires quem, por amor a Cristo, não se satisfez em morrer uma só vez.
Eles foram martirizados por volta do ano do Senhor de 110.

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF