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quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

São Sofrônio

S. Sofrônio | catedralortodoxa
08 de dezembro
São Sofrônio

Sofrônio tinha ascendência árabe; nasceu em Damasco, na Síria, no fim do século VI (560?). Piedoso e com amor pelo conhecimento desde a juventude, foi chamado de “O Sábio” pela facilidade com a Filosofia. Foi professor de Retórica e mais tarde destacou-se como teólogo, frente à heresia monotelista.

Em 580 tornou-se asceta, no Egito, e entrou para o Mosteiro de São Teodósio, situado entre Belém e Jerusalém. Ali tornou-se filho espiritual do monge e sacerdote João Mosco, famoso cronista. Passaram a viajar juntos na Síria, Ásia Menor e Egito, registrando e escrevendo sobre a vida de diferentes ascetas (na sua obra “Prado Espiritual”, dedicada a Sofrônio e obra importante no II Concílio de Nicéia em 787, ou VII Concílio Ecumênico do Cristianismo, o último a ser aceito tanto pela Igreja Católica quanto pela Igreja Ortodoxa, João Mosco refere, por exemplo, a história de São Gerásimo, falecido em 475, o qual curou um leão que passou a servi-lo como um animal doméstico). Permaneceram dois anos em Alexandria, auxiliando São João o Esmoleiro (Esmoler; ou também São João Misericordioso) no combate ao monofisismo. Em 619, tendo ido a Roma em peregrinação, falece João Mosco, e Sofrônio acompanha o traslado do seu corpo para o sepultamento no Mosteiro de São Teodósio.

Enquanto isso, o imperador romano do Oriente, Heráclio, após concluir a paz com os persas invasores entre 628-630, procurava unir seus súditos, divididos entre cristãos e monofisitas (heresia surgida dois séculos antes proclamando haver apenas uma natureza em Cristo, a divina, que teria absorvido a humana). Propôs assim, juntamente como patriarca Sérgio I de Constantinopla, o chamado monoenergismo, que admitia corretamente as duas naturezas de Cristo, mas afirmava ter Ele apenas uma “energia” (energeia), ou “atividade” (um termo cuja definição foi deixada deliberadamente vaga), divina – deste modo, pretendiam agradar a ambos os lados. Em 632 foi aceita esta “fusão” pelos patriarcas de Constantinopla, Alexandria e Antioquia (mas não pelos fiéis); o Papa Honório, a princípio, parece não ter percebido a gravidade do problema, e não se manifestou claramente contra o monoenergismo. Contudo Sofrônio, do seu mosteiro, opôs-se energicamente. Em 633 viajou parra Alexandria e Constantinopla na tentativa de demover seus patriarcas da heresia, mas sem sucesso. Infelizmente, as suas muitas obras sobre o tema foram perdidas – uma como que antologia de cerca de 600 textos dos Padres Gregos, isto é, os apologistas que escreveram em Grego, como por exemplo Santo Ireneu, São João Crisóstomo, etc., defendendo as duas vontades em Jesus.

Retornando à Palestina em 634, Sofrônio foi eleito patriarca de Jerusalém pela sua sabedoria, piedade e ortodoxia na Fé. Logo convocou um sínodo em Chipre para tratar da heresia, escrevendo uma carta na qual expunha e defendia a correta doutrina cristã (ratificada no III Concílio de Constantinopla, ou VI Concílio Ecumênico de 680-681, onde ficaram definitivamente condenadas as heresias monoenergita e monotelita). Os bispos, porém, não o apoiaram. Como a situação não ficasse bem resolvida, em 638 Heráclio e Sérgio I propuseram outra alternativa, o monotelismo, onde, além de uma única “energia”, Cristo teria igualmente apenas uma vontade (Sua vontade humana “absorvida” pela vontade divina). Esta nova versão herética foi tão combatida quanto a anterior, tanto por São Sofrônio quanto por São Máximo, estendendo-se o confronto ainda após a morte de Heráclio, em 641. Por fim, o concílio de 680-681 definiu dogmaticamente a respeito das vontades e operações, divina e humana, de Jesus, que não se misturam nem se contradizem, assim como o Concílio de Calcedônia (em 451) esclareceu a respeito das Suas duas naturezas, divina e humana.

A união dos cristãos era fundamental para o imperador Heráclio, que depois dos persas teve que enfrentar o avanço do Islamismo na Palestina no ano do patriarcado de Sofrônio (634), por isso a tentativa monotelita. Mas Damasco foi tomada pelos maometanos em 636, após a batalha de Jarmuque, acabando com a resistência imperial na região; o controle muçulmano foi entendido por São Sofrônio como “o inevitável castigo aos cristãos fracos e vacilantes pelos involuntários representantes de Deus", uma referência clara à insistência nas heresias.

Com o cerco a Jerusalém, em 637, São Sofrônio teve que pregar o sermão da Natividade nesta cidade, pois Belém já era inacessível. A ameaça da fome obrigou a rendição ao califa Omar em 638, e Sofrônio ainda negociou com ele certas liberdades civis e religiosas para os cristãos, pelo Acordo de Omar, que, contudo, não foi plenamente cumprido. Pouco tempo depois, depauperado pelas lutas contra as heresias e aos 78 anos, Sofrônio faleceu a 11 de março. Ele é venerado na Igreja Católica e na Ortodoxa (nesta e em algumas fontes católicas, o dia da sua festa é também 11 de março).

Além dos textos contra as heresias, Sofrônio escreveu muitas outras obras, como: os elogios funerários (encômios) de São Ciro e São João, mártires de Alexandria; um agradecimento pela recuperação da sua própria vista; 23 poemas sobre temas como o cerco muçulmano a Jerusalém e sobre diversas celebrações litúrgicas; a “Vida de Santa Maria do Egito” (ou Maria egipcíaca); comentários sobre a Liturgia; quase mil tropários (poemas de forma típica do rito das Igrejas do Oriente), sermões e homilias, incluindo vários sobre Nossa Senhora.

Reflexão:

O apreço à santidade e à sabedoria levou São Sofrônio a buscar incansavelmente, ao longo de toda a sua vida, a Verdade, única fonte de felicidade e realização – e salvação. Na vida ascética monacal e nas peregrinações e viagens para conhecer e registrar a vida e o exemplo dos santos, pode-se dizer, na vida contemplativa e na vida ativa, deu-nos ele o exemplo de tudo direcionar para Cristo e Nele fundamentar as ideias e ações. E não por mera coincidência defrontou-se este santo com os inimigos internos e externos da Igreja, no seu caso as últimas heresias cristológicas e o avanço muçulmano: para nós, hoje, há o combate contra a ideologização política e socializante da Igreja, vinda de dentro, e os perigos concretos de perseguição política, cultural e em alguns casos mesmo territorial em nações onde o Catolicismo é a base histórica. Seu diagnóstico sobre a queda de Constantinopla é um alerta atualíssimo para os que se afastam da Verdade de Deus: “o inevitável castigo aos cristãos fracos e vacilantes pelos involuntários representantes de Deus". “Involuntários” parece indicar o sentido dos que de fato “não têm vontade” de seguir a sã Doutrina... De certo modo cabe também para a atualidade prestar atenção se, como nos princípios dos monotelitas e monoenergitas, não estão os católicos mais afeitos a uma única vontade – mas, neste caso, só a “humana”, e não à divina – e se não se dá mais importância a “energias” mal definidas do que à realidade da atividade Toda Poderosa de Deus, e da nossa concomitante livre-escolha e, portanto, responsabilidade, como imagem e semelhança que Dele somos por natureza. Vale a pena considerar estes pontos; pois tudo o que fazemos e o que por fim teremos depende disto.

Oração:

Senhor Deus, Amor Todo Poderoso e o único em Quem se pode confiar, concedei-nos por intercessão de São Sofrônio a graça, a coragem e a determinação de, por amor à Verdade, isto é, a Vós como Pai, Filho e Espírito Santo, jamais deixarmos de lutar pelo que nos ensinastes por Jesus, na Vossa única e Santa Igreja Católica, para a Vossa glória, o bem das nossas almas e as dos nossos irmãos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.

Cheia de Graça

Madonna Mater Ecclesiae | Vatican News
08 de dezembro

A Igreja católica celebra no dia 8 de dezembro a solenidade da Imaculada Conceição, festa inscrita em seu calendário litúrgico pelo Papa Sisto IV, em 1477, ou seja, muitos séculos antes que Pio IX, em 1854, declarasse solenemente o dogma da Imaculada Conceição de Maria.

Geraldo De Mori – Religioso Jesuíta

Alegra-te, cheia de graça! O Senhor está contigo” (Lc 1,28

Neste dogma mariano, como nos demais declarados pela Igreja, a saber, Mãe de Deus, Sempre Virgem, Assunta ao céu, vale o adágio central que une liturgia e teologia, expresso na fórmula latina lex orandi, lex credendi, segundo o qual aquilo que a Igreja reza é o que ela crê. Em muitos lugares no Brasil essa festa solene impacta o calendário civil, sendo dia “feriado”. Além do mais, a própria imagem venerada como padroeira nacional, é uma imagem da Imaculada Conceição, à qual se deu o nome de Aparecida. As orações litúrgicas e a piedade popular associam essa devoção a um dos temas centrais da doutrina cristã: o pecado original, do qual Maria teria sido preservada desde o momento de sua concepção, donde o nome “Conceição”, que remete justamente a esse momento em que Maria passou a existir no seio de sua mãe. Esse dogma, profundamente enraizado na consciência dos fiéis católicos, nem sempre é bem compreendido, necessitando, por isso, da inteligência que esclarece a fé.

Na consciência da fé de muitas pessoas, o ser “Imaculada” de Maria está associado a uma “pureza”, ou ausência de “mácula”, ou seja, da “mancha” que o pecado de Adão e Eva deixa em cada ser humano ao nascer. O fato de Maria ter sido preservada desta “mancha” desde sua concepção, associa indevidamente o pecado original ao ato da concepção, ou seja, ao ato sexual, que é então visto por muitos como “lugar” da transmissão do pecado original. Essa maneira de entender o dogma da Imaculada é fruto de uma suspeita com relação ao ato sexual, presente em Santo Agostinho, um dos teólogos que elaborou a doutrina que deu origem ao dogma do pecado original. Para ele, a “transmissão” do pecado de Adão e Eva se dava através das relações sexuais. Ora, a Igreja nunca “canonizou” essa opinião do Bispo de Hipona, mas sempre afirmou a bondade dos atos que expressam o amor entre o casal, dos quais são gerados seus filhos.

O termo “imaculada”, que significa “sem mácula” ou “sem mancha”, recolhe uma experiência profunda da consciência religiosa do ser humano, a de estar manchado ou a de manchar algo ou alguém. Essa experiência está na origem da experiência de responsabilidade moral pelo mal presente no mundo. Segundo o filósofo Paul Ricoeur, não se pode “surpreender” a entrada do mal no mundo, mas somente identificá-la através da “confissão” de quem está em sua origem. Essa confissão se dá de modo simbólico e sua primeira expressão na consciência religiosa é a da “mancha”, que faz com que o fiel se sinta “sujo” ou “impuro”, pois o mal que cometeu “polui” suas relações consigo, com os demais seres humanos e com o mundo. Por isso, em muitas religiões surgiram ritos que oferecem o “remédio” contra essa impureza. No cristianismo, o rito batismal “lava” do pecado original. Mesmo assim, muitos fiéis necessitam continuamente sentir-se purificados de suas faltas, daí sua busca por aspergir-se ou por serem aspergidos com água. O Salmo 50 diz isso de modo emblemático: “asperge-me com o hissopo, e ficarei limpo; lava-me e ficarei mais branco do que a neve” (Sl 50,9).

Em que consistiria então o dogma da Imaculada Conceição de Maria? Sua associação com o tema da “mácula”, recolhe, sem dúvida alguma, a experiência originária do surgimento da consciência moral da humanidade, que se expressa na ideia da “mancha”, a qual está na origem da ideia de responsabilidade frente ao mal. Mas, na teologia do pecado original, a “queda” dos primeiros pais não é vista como “mancha”, mas, segundo o texto de Gn 2-3, como “desobediência” à “lei” divina que havia prescrito a Adão não comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 2,17; 3,3.6.11). Em todo o Antigo Testamento, o pecado cometido pelo povo eleito, mais que associado à “mancha” era uma ruptura de relação entre o povo e Deus, que em termos bíblicos se expressava como quebra da aliança. Embora muitos textos também tragam a ideia da “mácula”, em geral, o pior pecado era não “escutar” a palavra divina (Dt 6,4). Curiosamente, no texto de Gn 3, quando a serpente pergunta à mulher se era verdade que Deus lhes havia proibido de comerem dos frutos do jardim, ela responde que não, somente do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 3,1-3). Em seguida, ao recordar a lei dada por Deus, a serpente propõe uma interpretação segundo a qual Deus não queria que eles comessem pois “se tornariam como ele, conhecedores do bem e do mal” (Gn 3,4-5). A verdadeira escuta supõe, portanto, discernimento, para não se deixar seduzir pelas astúcias do inimigo, e esse exercício demanda uma escuta profunda.

O autor da carta aos hebreus afirma que Jesus é em tudo semelhante aos humanos, exceto no pecado (Hb 4,15). A tradução da CNBB traz uma versão que ajuda a entender o que está em questão da doutrina da Imaculada Conceição. Segundo o texto, “ele mesmo foi tentado em tudo, sem, todavia, pecar”. Outro texto da mesma carta, afirma que ele “aprendeu, pela obediência o que significa ser filho” (Hb 5,8). A palavra obediência tem em sua etimologia a ideia de “estar à escuta”, ou seja, mais que submissão, muitas vezes cega a uma ordem ou lei, trata-se de deixar-se interrogar pela vontade divina, para realizá-la em sua intenção mais profunda. A vida de Jesus foi uma contínua busca de fazer essa vontade. Por isso, ele aparece nos evangelhos como aquele que vence satanás, não só no episódio das tentações, mas também nos exorcismos. No fundo, a convicção bíblica, que Jesus realiza em plenitude, é que o ser humano foi criado para ser filho, e que se ele “escuta” isso profundamente, ou seja, se ele acredita nisso, se ele tem fé, ele poderá, como Jesus, vencer as artimanhas do inimigo que leva a pecar.

Maria, num dos textos do evangelista Lucas que recolhe essa convicção, é evocada por uma mulher da multidão como “bem-aventurada”, por ter gerado e amamentado Jesus (Lc 11,27). A essa afirmação ele responde: “bem-aventurados, antes, os que ouvem a Palavra de Deus e a guardam” (Lc 11,28). Nesse texto se encontra em síntese o significado mais profundo da festa da Imaculada Conceição. Ela é sem pecado porque foi quem mais escutou a Palavra. O próprio evangelista Lucas recolhe isso na resposta que ela deu ao Anjo Gabriel: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38). Como Jesus, que aprendeu pela “obediência” o que significa ser filho (Hb 5,8), Maria, aprendeu, pela escuta da Palavra, que o mal e o pecado só podem ser vencidos, em sua raiz, se a escuta vira adesão, pela fé, à vontade divina.

Portanto, mais que uma “pureza” milagrosa, dada como graça excepcional, Maria viveu em sua aventura humana de fé, o enfrentamento das seduções do maligno. E, graças à fé na Palavra divina, que era seu próprio Filho, saiu vitoriosa. É esse caminho que os que são seus “devotos” são chamados a trilhar, colocando-se, como ela, na atitude da perfeita escuta à vontade divina, que dá a graça da vitória sobre todo pecado.

Geraldo De Mori SJ é professor e pesquisador no departamento de Teologia da FAJE

quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

Presépio feito durante a pandemia por uma artesã e seu pai em homenagem aos idosos

CNBB

PRESIDENTE DA CNBB ABENÇOA PRESÉPIO FEITO DURANTE A PANDEMIA POR UMA ARTESÃ E SEU PAI EM HOMENAGEM AOS IDOSOS

No último domingo, 4 de dezembro, o arcebispo de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo, abençoou o presépio da Catedral Cristo Rei.

“Abençoar esse Presépio é reafirmar uma tradição antiga da nossa Igreja, inspirada em São Francisco de Assis, para nos lembrar que caminhamos em um mundo em meio a muitas lutas, mas não estamos sozinhos. Portanto, o Presépio em cada igreja, em cada casa e nas ruas é exatamente a lembrança que só existe um único Senhor e Salvador, Cristo Jesus”, sublinhou dom Walmor.

O Presépio da Catedral Cristo Rei foi apresentado pela primeira vez aos fiéis e peregrinos e está aberto à visitação. As cenas que retratam o nascimento de Jesus, foram criadas em um momento muito especial, de união e fraternidade.

Feito por filha e pai

CNBB

Segundo a artista plástica Sônia Toledo, 72 anos, e seu pai, o médico Jair Ferreira Toledo, de 103 anos, criadores da obra, o presépio faz uma homenagem aos idosos. Moldado no barro, as figuras humanas e os animais foram feitos durante a pandemia da Covid-19, um trabalho dedicado que durou oito meses. O médico Jair Ferreira Toledo, aos 103, disse ter descoberto uma nova vocação ao criar o presépio.

Enquanto Sônia moldava as figuras humanas, expressando gestos e emoções, com capricho e ternura seu Jair Toledo foi responsável por moldar os animais. Ele deu vida aos bichinhos, representando-os em sua rotina com impressionante riqueza de detalhes.

Filha e pai trabalharam lado a lado, pacientemente, construindo cada integrante da cena. Jair Toledo moldou dezenas de animais. Sônia, além das figuras humanas, pintou a tela de fundo, com a estrela de Belém. Eles contaram com ajudantes e agora o presépio, pronto, aguarda a chegada do seu personagem mais importante: o Menino Jesus.

O médico e artesão, Jair Toledo não está mais entre nós, foi chamado pelo Pai, aos 104 anos, em janeiro deste ano e deixou esta linda memória. Ao finalizar o presépio, o artista Jair Toledo observou com simplicidade, sabedoria e gratidão: “O criador foi muito gentil comigo, me permitiu chegar a esta idade trabalhando em algo tão prazeroso. Até os 86 anos eu ainda atuava como médico, fui obstetra e clínico, mas não fiz medicina para ganhar dinheiro, fiz para aliviar a vida do meu semelhante.”

CNBB

Com informações e foto:
Assessoria de Comunicação da arquidiocese de Belo Horizonte (MG)

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Os 4 tipos essenciais de oração, segundo Charles de Foucauld

Josh Applegate | Unsplash | CC0
Por  Marzena Devoud

Desde sua conversão até o final de sua vida, Charles de Foucauld foi absolutamente fiel a Jesus. Ele tinha seu próprio método para aprofundar esta fidelidade a cada dia. Aprenda aqui com este grande santo:

“Entendi que não poderia fazer outra coisa senão viver somente para o Senhor”, escreveu Charles de Foucauld a seu amigo Henry de Castries. Desde sua conversão até o final de sua vida, ele foi absolutamente fiel a Jesus. Este amor não era um mero sentimento, era uma firme vontade. Alguns meses antes de sua morte, ele escreveu: “O amor consiste não em sentir que se ama, mas em querer amar”. Segundo Charles de Foucauld, citado por Maurice Bouvier em seu livro Le Christ de Charles de Foucauld (Desclée Mame), esta relação pessoal com Jesus consiste em imitá-lo. Ele explicou muito bem a seu amigo de liceu Gabriel Tourdes em 1902:

A imitação é inseparável do amor, você sabe que: quem ama quer imitar. Este é o segredo de minha vida: perdi meu coração para este Jesus de Nazaré crucificado há 1900 anos e passo minha vida tentando imitá-lo o máximo que minha fraqueza pode.

Para conseguir isto, Foucauld teve seu “método”. Consistia em quatro tipos de orações que eram essenciais aos seus olhos: a oração de adoração, a oração de ação de graças, o ato de arrependimento e, finalmente, a oração de petição. Por que estas quatro orações? Aqui está a explicação do monge:

1A ORAÇÃO DE ADORAÇÃO

adoration

“Deus é tão grandioso! Há tanta diferença entre Deus e tudo o que não é Ele”, escreveu o futuro santo em 1901. Para Charles de Foucauld, é importante “atirar-se aos pés de Deus” em um ato de adoração. É a maneira mais simples de expressar todo o seu amor por Ele. As palavras de Cristo: “Ao Senhor teu Deus te curvarás” (Mt 4,10), que significa para Charles de Foucauld que a reverência do homem a Deus deve ser acompanhada por uma consciência da insignificância da criação. Cabe à criação respeitar e amar seu Criador. Adorar a Jesus é oferecer todos os pensamentos, coração e alma a Ele, pois somente em Deus “até mesmo o nada adquire significado”.

2A ORAÇÃO DE AÇÃO DE GRAÇAS

A segunda oração fielmente praticada por Charles de Foucauld é a de ação de graças. Segundo ele, as palavras “Obrigado por estar a seus pés” devem ser as primeiras palavras que uma pessoa diz quando se ajoelha diante do Santíssimo Sacramento. Como ele explica em suas “Meditações sobre os Salmos”, a ação de graças deve primeiro ser precedida por um ato de renúncia ao mal e a tudo o que não é a vontade de Deus. Charles de Foucauld aconselha a dar graças a Deus pelas bênçãos que constantemente envolvem cada momento da vida e por todo o bem que a alma da pessoa que reza já possui. Segundo ele, é essencial agradecer não apenas pela própria vida, mas também pela vida de todas as pessoas que querem amar a Deus com ardor. Assim, a oração de ação de graças deve concluir com uma invocação da bondade do coração de Deus, de sua misericórdia, reconhecendo a necessidade de seu amor, que é necessário para combater as tentações ao longo da vida.

3O ATO DE ARREPENDIMENTO PARA COM DEUS

O terceiro tipo de oração praticada por Charles de Foucauld é o ato de arrependimento para com Deus pelos próprios pecados, assim como pelos dos outros. Em suas meditações sobre a Sagrada Escritura, escritas entre 1896 e 1898, o futuro santo insiste na importância de purificar a alma após cada imperfeição e cada falha. Ele mesmo fazia um exame de consciência todos os dias: de manhã, ao meio-dia e à noite. Segundo ele, a confissão frequente é necessária para iniciar o caminho de reconciliação com Deus antes de receber a comunhão. Charles muitas vezes pediu perdão por se entregar com zelo excessivo ao trabalho físico em detrimento do tempo de adoração diante do Santíssimo Sacramento. Seu sentimento de arrependimento também se aplicava ao descuido na forma como se comportava na igreja ou porque às vezes pensava no que os outros diriam sobre ele. Ele implorou a Deus que o perdoasse por seu orgulho e por sua fuga das dificuldades da vida. Ele também lamentou que tivesse muito pouco desejo de sofrer por amor de Cristo.

4A ORAÇÃO DE PETIÇÃO

Ao recomendar a oração da petição, Charles de Foucauld indica rezar por si mesmo, pelos entes queridos e por aqueles com os quais é difícil se relacionar. Em sua oração de petição, Charles desejava abraçar todos os seus amigos que haviam sido assassinados nas guerras, aqueles que estavam presos, feridos ou sofrendo nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial em curso. Ele orou a Deus para que o mal que seu país estava experimentando na época fosse transformado em bem para as almas. Então ele rezou por todos os franceses e todos os seus aliados, pedindo sua conversão, a santificação dos vivos e a salvação dos mortos. Ele pediu a Deus a salvação de toda a humanidade, e de todos aqueles com quem ele entrou em contato diariamente: “Converta todos os pecadores à vida”, escreveu ele em suas notas espirituais (L’Esprit de Jésus, Nouvelle Cité). Meditando sobre os últimos momentos da vida de Cristo na cruz, Carlos escreveu um comentário sobre as palavras de Jesus:

“Pai, em tuas mãos entrego meu espírito” (Lc 23, 46).

Esta meditação se tornaria a famosa Oração de Abandono, expressando a essência de sua espiritualidade, que veio em particular destas quatro preces praticadas pelo santo desde sua conversão até o último dia de sua vida.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

CNBB apresenta tradução do Missal Romano

CNBB

CNBB APRESENTA TRADUÇÃO DO MISSAL ROMANO À SANTA SÉ NO PRÓXIMO DIA 15

Após 19 anos de trabalho da Comissão Episcopal para os Textos Litúrgicos (CETEL), a revisão da tradução brasileira da 3ª Edição Típica do Missal Romano será apresentada à Santa Sé. O bispo de Paranaguá (PR) e presidente da Comissão, dom Edmar Peron, e o assessor, padre Leonardo Pinheiro, levarão o material aprovado na etapa presencial da 59ª Assembleia Geral da CNBB, em agosto, para o Dicastério para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. O encontro está marcado para o dia 15 de dezembro. Na oportunidade, também será entregue a tradução do Ritual de Instituição de Catequistas. 

Serão levadas para apreciação duas versões impressas dos dois documentos, além das versões digitais. Junto com o missal irá ainda um documento no qual estão as explicações do processo de revisão da tradução da terceira edição típica do Missal Romano. A produção é fruto do trabalho da Comissão para os Textos Litúrgicos (Cetel), da Comissão para a Liturgia e da Edições CNBB

Terceira Edição do Missal Romano

Antes de chegar à Santa Sé, o material diagramado pela Edições CNBB foi apresentado para o secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, e o subsecretário-adjunto geral, padre Patriky Samuel Batista. Na segunda-feira, 5 de dezembro, dom Joel pôde conferir como a nova edição do Missal Romano está organizada e outros detalhes da diagramação. 

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Também antecede o encontro na Cúria Romana uma reunião em Fátima, Portugal, com a Comissão para a para a Liturgia da Conferência Episcopal Portuguesa. Dom Edmar e padre Leonardo, embarcam na próxima quarta-feira, 7 de dezembro. 

Características

“Nós podemos perceber que o trabalho não é só de adequação, mas também trazer para o texto inúmeros outros textos que foram sendo enriquecidos ao longo desses últimos anos, para uma versão mais completa”, comentou dom Joel ao verificar as novidades contidas na terceira edição do Missal Romano.  

Exemplos disso são as calendas do Natal e o anúncio da Páscoa e das Festas móveis. A edição preparada pela CNBB tem o original do latim e a fórmula tradicionalmente utilizada no Brasil.  

Outra característica é que a liturgia de cada dia está em sequência, começando pelo Primeiro domingo do Advento, início do Ano Litúrgico. Assim, o Missal se torna “mais simples e mais prático para o uso nas celebrações, sem que sejam necessárias muitas mudanças de página ao longo da missa”, explicou dom Joel.

Sobre a diagramação, esta contou com a inserção de ilustrações tiradas da obra de Cláudio Pastro encontradas no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. São imagens escolhidas pela Comissão para a Liturgia da CNBB referentes aos tempos litúrgicos e às solenidades, por exemplo. 

Próximos passos

Com a apresentação da tradução ao Dicastério para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, o passo seguinte é aguardar o posicionamento do organismo cúria romana, segundo padre Leonardo Pinheiro. Ele explicou que as aprovações podem ocorrer em dois modos: confirmatio ou recognitio. A primeira refere-se à confirmação da tradução do material a partir do texto original em latim oferecido pela Santa Sé. Já o segundo modo de aprovação é o reconhecimento do que foi inserido pela Conferência, como algumas “riquezas da Igreja no Brasil” que foram colhidas pelo episcopado para compor a nova edição. Tais inserções estão sinalizadas no documento. 

Ritual para a Instituição de Catequistas 

Também aprovado na etapa presencial da 59ª Assembleia Geral da CNBB, o Ritual para a Instituição de Catequistas vai ser apresentado para aprovação pela Santa Sé. O material está relacionado à carta apostólica Antiquum Ministerium, do Papa Francisco, por meio da qual foi instituído na Igreja o ministério de catequista.  

CNBB

Em dezembro do ano passado, a então Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos publicou uma edição típica em latim do Rito de Instituição do ministério laical de Catequista. A orientação dada era de que a edição pudesse ser “amplamente adaptada por parte das Conferências Episcopais, as quais tem a tarefa de deixar claro o perfil e o papel dos Catequistas, de oferecer-lhes programas de formação adequados, de formar as comunidades para que entendam o serviço dos catequistas”. Assim foi preparado o material com a coordenação da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB e posterior diagramação pela Edições CNBB.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

INICIO DO CAMINHO NEOCATECUMENAL NO BRASIL

cn.org.br

INICIO DO CAMINHO NEOCATECUMENAL NO BRASIL

POST 12 DE JANEIRO DE 2021 C. N. BRASIL

As primeiras comunidades neocatecumenais no Brasil se formaram em 1974 na diocese de Umuarama, PR. Rapidamente, passou ao estado de São Paulo e bispos e presbíteros de outras dioceses passaram a pedir o Caminho Neocatecumenal.

Hoje está presente em mais de 100 dioceses com mais de 1.800 comunidades espalhadas em quase todos os estados.

40 ANOS DEPOIS…

Dom Odilo Pedro Scherer – Cardeal Arcebispo de São Paulo, durante a Eucaristia em Ação de Graças pelos 40 anos da presença do Caminho Neocatecumenal na Arquidiocese de São Paulo, em 28 de junho de 2015.

“Que Deus abençoe a vocês e abençoe muito isto que é o significado do Caminho que está plenamente dentro do que o Concílio Vaticano II propôs como evangelização”

Dom Odilo Pedro Scherer, Cardeal Arcebispo de São Paulo

Dom Odilo Pedro Scherer, Cardeal Arcebispo de São Paulo, durante a
Eucaristia em Ação de Graças pelos 40 anos do Caminho Neocatecumenal
em São Paulo

Cardeal Dom Sérgio da Rocha – Durante a Eucaristia em Ação de Graças pelos 40 anos da presença do Caminho Neocatecumenal na Arquidiocese de Brasília, em 8 de julho de 2019.

“Reconhecemos que o Caminho, na Igreja e de modo especial, na nossa Arquidiocese é um grande dom de Deus, como afirmou o Papa Francisco no encontro dos 50 anos do Caminho em Roma, no ano passado!

Todos nós somos chamados a seguir Jesus e sermos verdadeiros discípulos na comunidade e com a comunidade, para poder sair ao encontro dos irmãos nas mais diferentes situações e ambientes onde vivem para anunciar e testemunhar nossa alegria de seguir Jesus, de ser Cristão e participar da comunidade. Como é bom estarmos juntos, como é bom viver em comunidade, rezar e celebrar em comunidade, escutar juntos a palavra de Deus, juntos procurar viver a Palavra de Deus, um ajudando o outro”.

Cardeal Dom Sérgio da Rocha

Cardeal Dom Sérgio da Rocha durante a Eucaristia em Ação de Graças
pelos 40 anos do Caminho Neocatecumenal em Brasília

Cardeal Dom Orani Tempesta durante o Encontro Vocacional do Caminho Neocatecumenal, que aconteceu ao final da Jornada Mundial da Juventude, em 29 de julho de 2013, no Rio de Janeiro.

“Nós somos enviados para anunciar, proclamar a Palavra, que leve às pessoas a sua profissão de fé em Cristo ressuscitado; a escutar a Palavra e com Cristo ressuscitar. Para isso, o Papa Francisco (…) dizia que os jovens não podem ter medo de, vivendo essa Palavra, acolhendo a Cristo, de nadar contra a corrente e serem revolucionários no mundo de hoje (…) revolução do amor de Cristo neste mundo, e de viver o Evangelho.

Por isso, o anúncio do Cristo ressuscitado ao mundo, muitas vezes vazio, sem sentido, cheio de mortes (…) deve estar muito presente no coração de cada um e cada uma, de todos nós que estamos aqui.

O Senhor nos convida a essa experiência de ressurreição de acolhimento de uma nova vida que se renova cada vez mais em nossos corações, e ao mesmo tempo, nos envia para fazer o mesmo, mas pra isso, ele necessita também de pessoas, homens e mulheres, que sejam testemunhas. (…) É o convite para que as pessoas que são chamadas à vida cristã, a viver o seu batismo, acolher Cristo, a proclamar a sua fé, a escutá-lo e com Ele ressuscitar, a não ter medo.”

Dom Orani Tempesta, Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro

Cardeal Dom Orani Tempesta durante o Encontro Vocacional na Jornada
Mundial da Juventude 2013, no Rio de Janeiro
Fonte: https://cn.org.br/

Santo Ambrósio

Santo Ambrósio | arquisp
07 de dezembro

Santo Ambrósio

Conselheiro e pai espiritual de três imperadores romanos, Graciano, Valentiniano II e Teodósio I, Ambrósio é o símbolo da Igreja nascente, após os sofridos anos de perseguições e vida escondida. Foi graças à sua atuação que a Igreja de Roma conseguiu tratar com o poder público sem servilismo.

Tanto que Ambrósio chegou a repreender asperamente o imperador Teodósio I, obrigando-o a fazer uma penitência pública por ter massacrado a população da Tessalônica para conter uma revolta. A sua figura representa o ideal de bispo pastor, que se deve impor como símbolo de liberdade e de pacificação para o Povo de Deus.

Nasceu em Trèves, atual Alemanha, por volta do ano 339. Era de família cristã: seu pai era alto funcionário do Império Romano, governador de uma província do outro lado dos Alpes, no norte da Itália. Quando o pai morreu, a família foi para Roma, onde Ambrosio estudou direito, retórica e iniciou sua carreira jurídica.

Certa vez, estava em Milão quando o bispo morreu. Bom jurista e funcionário imperial, procurou evitar um conflito nas novas eleições eclesiásticas com um discurso firme e muito sensato. Foi tão sereno e equilibrado que, ao final, a assembléia o aclamou o novo bispo de Milão. Muito surpreso, recusou, dizendo que essa não era a sua intenção, até porque era um pecador, e não era ainda batizado, ainda se preparava para esse sacramento. Mas não adiantou. Logo foi batizado e consagrado.

Desde então, dedicou-se com afinco ao estudo das Sagradas Escrituras. Não era intelectual, mas suas obras litúrgicas, comentários sobre as Escrituras e tratados ascético-morais o fizeram especialista da doutrina cristã e da arte de administrar a comunidade cristã a ele confiada.

A marca do seu apostolado foi impressa pela importância que deu aos valores da virgindade de Maria e dos mártires de Cristo. Considerado o pai da liturgia ambrosiana, recebeu com mérito o título de doutor da Igreja.

Os livros de sua autoria que chegaram até nós são, quase todos, a reprodução de suas pregações e sermões. Agostinho, convertido por ele e um dos seus ouvintes freqüentes, conta que o prestígio dos sermões do bispo Ambrósio de Milão era enorme, graças ao eficaz tom de voz e sua eloqüência com a escolha das palavras. Por isso foi chamado de "o apóstolo da amizade".

Morreu em Milão, em 4 de abril de 397, uma Sexta-Feira Santa. Santo Ambrósio é venerado no dia 7 de dezembro, data em que, no ano 374, foi aclamado pela população bispo de Milão.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

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terça-feira, 6 de dezembro de 2022

É verdade que, segundo a Bíblia, não se deve celebrar o Natal?

Mike Kuhlman | Shutterstock
Por Jorge Luís Zarazúa

Alguns grupos dizem não se deve celebrar, porque nenhum dos quatro evangelhos especificaria a data. Entenda:

Esta é a reivindicação de alguns grupos proselitistas, especialmente as Testemunhas de Jeová. Dizem que é proibido celebrar o Natal porque nenhum dos quatro evangelhos especifica a data do nascimento de Cristo.

É como dizer: “Como sua certidão de nascimento não pode ser encontrada, não vamos dar-lhe uma festa de aniversário”.

Por outro lado, eles consideram que no mês de dezembro, sendo extremamente frio no hemisfério Norte, é impossível que os pastores estejam cuidando de suas ovelhas no campo, como aparece no relato do Evangelho.

Além disso, deve-se lembrar também que as Testemunhas de Jeová estão proibidas de celebrar qualquer festa de aniversário.

Por que 25 de dezembro?

Os primeiros cristãos não pensavam assim. A partir do século IV começaram a celebrar esta festa no dia 25 de dezembro, levando em conta que a partir de 25 de dezembro o dia é mais longo e o sol brilha mais sobre a terra.

Como Cristo é “a luz do mundo” (Jo 9,5) e “o sol que nasce do alto para brilhar sobre aqueles que vivem na escuridão e na sombra da morte” (Lc 1), foi considerado apropriado coincidir a lembrança do nascimento de Jesus com a data em que a presença do sol aumenta em relação à terra.

Na realidade, o que celebramos em 25 de dezembro não é uma data, mas um evento, ou seja, o nascimento de Jesus e o amor misericordioso do Pai:

Pois Deus amou tanto o mundo que deu seu único Filho, para que todo aquele que nele crê não morra, mas tenha a vida eterna.

Entretanto, pesquisas mais recentes descobriram que o dia 25 de dezembro representa uma data histórica, como veremos abaixo.

Outra razão

É comumente aceito que a celebração do Natal do Senhor foi introduzida na primeira metade do século IV pela Igreja de Roma, por razões ideológicas.

Teria sido colocado em 25 de dezembro para contrabalançar uma perigosa festa pagã, o Natale Solis invicti (talvez Mithra, como é provável, ou talvez o título de um imperador romano).

Esta festa teria sido fixada no solstício de inverno (21-22 de dezembro), quando o sol retomou sua marcha triunfal em direção a sua máxima irradiação.

Portanto, na esfera cristã, recuando nove meses, a celebração do anúncio do Anjo à Virgem Maria de Nazaré, e sua Imaculada Conceição do Filho e Salvador, teria sido fixada em 25 de março.

Portanto, seis meses antes do nascimento do Senhor, a festa do nascimento de seu precursor e profeta João Batista também teria sido colocada.

Esta é ou não uma data histórica?

Segundo as últimas pesquisas (cf. Tommaso Federici, 25 de dezembro: uma data histórica, em 30 Dias, novembro de 2000, pp. 45-50), 25 de dezembro como o dia em que Jesus nasceu é uma data histórica.

Como foi possível chegar a esta conclusão?

Tomando como ponto de partida o anúncio do anjo a Zacarias (Lc 1:5-25).

Bem, em que data foi a vez de Zacarias exercer seu ministério sacerdotal no templo (Lc 1,8)? Sendo da classe de Abias (Lc 1:5), caiu sobre ele nos últimos dias de setembro (entre os dias 20 e 30).

Portanto, seis meses depois Maria recebeu o anúncio do anjo (Lc 1,28; anúncio do anjo a Maria, 25 de março); nove meses depois nasceu João Batista (Lc 1,57-66; nascimento de João Batista, 24 de junho) e nove meses após o anúncio do anjo a Maria (25 de março) nasceu Jesus (25 de dezembro).

Os dias 23 de setembro e 24 de junho para o anúncio e nascimento de João Batista, e 25 de março e 25 de dezembro para o anúncio do Senhor e seu nascimento, não foram datas arbitrárias ou copiadas das ideologias da época.

As Igrejas haviam preservado memórias ininterruptas, e quando decidiram celebrá-las liturgicamente, apenas sancionaram o uso imemorial da devoção popular.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Vatican News começa a publicar "YouTube Shorts"

Primeiro vídeo mostra inauguração do presépio e da árvore
de Natal na Praça São Pedro | Vatican News

Os “shorts” são vídeos de até um minuto de duração, em formato vertical, focado para usuários de smartphones. Serão publicados pelo menos quatro vídeos por semana, com conteúdo exclusivo para o YouTube.

Vatican News

Mais uma novidade para quem nos acompanha nas redes sociais: a partir deste dia 6 de dezembro, o Vatican News começa a publicar “YouTube Shorts” em quatro línguas: português, inglês, espanhol e italiano.

Os “shorts” são vídeos de até um minuto de duração, em formato vertical, focado para usuários de smartphones. Serão publicados pelo menos quatro vídeos por semana, com conteúdo exclusivo para o YouTube.

O primeiro deles é dedicado à cerimônia de inauguração do presépio e da árvore de Natal na Praça São Pedro, acompanhado de uma reflexão do Papa Francisco. 

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF