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quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

Papa: “Diante do Príncipe da Paz que vem ao mundo, deponhamos toda arma de todo gênero”

Felicitações do Papa à Cúria Romana | Vatican News

Cada um de nós é responsável pela paz, disse Francisco ao receber os membros da Cúria Romana para as felicitações de Natal. A cultura da paz começa dentro de nós mesmos, erradicando a raiz do ódio e ressentimento.

Bianca Fraccalvieri – Vatican News

Gratidão, conversão e paz: estes foram os temas do discurso do Papa aos seus mais estreitos colaboradores da Cúria Romano, recebidos em audiência para os votos de Feliz Natal.

Ao iniciar, Francisco recordou que o nascimento de Jesus é um convite a voltar ao essencial da vida: “A humildade do filho de Deus que vem na nossa condição humana é, para nós, escola de adesão à realidade”.

“Assim como Ele escolhe a pobreza, que não é simplesmente ausência de bens, mas essencialidade, do mesmo modo cada um de nós é chamado a voltar ao essencial da própria vida, para abandonar o que é supérfluo e que pode se tornar um empecilho no caminho da santidade.”

O Papa agradeceu ao Senhor por todos os benefícios que concedeu este ano, mas entre todos espera que esteja o da conversão. “Esta nunca é um discurso concluído. A pior coisa que pode nos acontecer é pensar que não precisamos mais de conversão, seja em nível pessoal, seja comunitário.”

Converter-se é aprender sempre mais a levar a sério a mensagem do Evangelho e tentar colocá-lo em prática na nossa vida. Dos eventos eclesiais que marcaram 2022, Francisco citou as comemorações dos 60 anos do início do Concílio Vaticano II, que definiu como “uma grande ocasião de conversão para toda a Igreja”, na tentativa de compreender melhor o Evangelho, de torná-lo atual, vivo e atuante neste momento histórico. E nesta ótica, se insere a atual reflexão sobre a sinodalidade da Igreja.

Sem conversão, afirmou, pode-se cair na soberba espiritual, no imobilismo, no erro de querer cristalizar a mensagem de Jesus em uma única forma válida para sempre. A verdadeira heresia não consiste somente em pregar outro Evangelho, mas em deixar de traduzi-lo nas linguagens e nos modos atuais. Conservar significa manter vivo e não aprisionar a mensagem de Cristo.  

A conversão, disse ainda Francisco, leva a uma atitude de vigilância em relação ao mal, que se transforma sempre em algo mais insidioso. “É uma verdadeira luta”, reconheceu o Papa. E a simples denúncia não é suficiente, com a ilusão de ter resolvido o problema, mas é preciso promover mudanças para não permanecer prisioneiro das lógicas do mal. São os “demônios educados”, que se combatem com a prática cotidiana do exame de consciência.

“Queridos irmãos e queridas irmãs, a todos nós terá acontecido de nos perder como aquela ovelha ou de nos afastar de Deus como o filho menor”, disse o Pontífice. O importante é não “baixar a guarda” e cair na tentação de se sentir seguros só por trabalhar dentro dos muros da instituição, a serviço da Santa Sé, no coração do corpo eclesial. “Nós estamos mais em perigo do que todos os outros, porque assediados pelo ‘demônio educado’, que não vem fazendo barulho, mas trazendo flores”, alertou Francisco.

Por fim, o Papa dedicou a parte final do discurso ao tema da paz.

“Nunca como neste momento sentimos um grande desejo de paz. Penso na martirizada Ucrânia, mas também nos muitos conflitos que estão em andamento em várias partes do mundo. A guerra e a violência são sempre uma falência. A religião não deve se prestar a alimentar conflitos. O Evangelho é sempre Evangelho de paz, e em nome de nenhum Deus se pode declarar ‘santa’ uma guerra.”

Dirigindo seu pensamento a quem sofre, Francisco recordou que a cultura da paz não se constrói somente entre povos e nações, mas começa no coração de cada um de nós. Por isso, todos podemos contribuir buscando erradicar de dentro de nós toda raiz de ódio e ressentimento pelas pessoas que vivem ao nosso lado.

“Se é verdade que queremos que o clamor da guerra pare deixando lugar à paz, então cada um inicie de si mesmo.” Não existe só a violência das armas, recordou, mas a violência verbal, psicológica, do abuso de poder e das maledicências. E fez então um apelo:

“Diante do Príncipe da Paz que vem ao mundo, deponhamos toda arma de todo gênero.”

A misericórdia, disse ainda, é aceitar que o outro também tem seus limites. Se Deus nos perdoa sempre, devemos agir também assim com os demais.

“Deus se fez menino e este menino, uma vez adulto, se deixou pregar na cruz. Não há nada mais fraco do que um homem crucificado, mas é naquela fraqueza que se manifestou a onipotência de Deus”, finalizou Francisco, deixando seus votos de gratidão, conversão e paz neste Natal.

Santa Francisca Xavier Cabrini

Santa Francisca Xavier Cabrini | blogdamissaoatos
22 de dezembro

Santa Francisca Xavier Cabrini

Origens

Francisca Cabrini nasceu no dia 15 de julho de 1850 na pequenina cidade de Santo Ângelo Lodigiano, que fica na região da Lombardia, Itália. Ela foi a penúltima entre quinze filhos. Seus pais se chamavam Antônio e Estela. Eram camponeses pobres da região. Desde pequena Francisca se enchia de entusiasmo quando lia a vida dos santos. Sua história preferida era a vida de são Francisco Xavier. Tinha tal veneração por ele que adotou seu sobrenome.

Miséria e superação

Francisca Cabrini viveu sua infância e sua adolescência em meio a tristezas, sacrifícios e dificuldades. Foi vítima da miséria que reinava na região norte da Itália. Sempre teve saúde fraca, sendo bastante franzina. Porém, mesmo estando na miséria, aprendeu a ler e desenvolveu grande capacidade intelectual. Tinha tal apreço pela leitura e gostava tanto de estudar que seus pais, com muito sacrifício, conseguiram forma-la professora.

A professora e o sonho

Mal tinha acabado de se formar, Francisca Cabrini ficou órfã. Em apenas um ano seu pai e sua mãe faleceram. Francisca começou, então, a trabalhar dando aulas e ajudando em obras de caridade muito necessárias principalmente na paróquia em que ela vivia. Ao mesmo tempo, alimentava o sonho de se tornar religiosa.

Rejeitada em dois conventos

Aos poucos, Francisca Cabrini foi alimentando a coragem e, finalmente, decidiu pedir admissão em dois conventos. Porém, em nenhum deles foi aceita por causa da sua saúde frágil e debilidade física. Por outro lado, o padre da paróquia em que ela atuava queria que ela continuasse trabalhando ali, pois sua caridade fazia grande diferença na paróquia.

Palavra surpreendente

Francisca Cabrini, embora decepcionada com os coventos, nunca abriu mão do sonho de se tornar religiosa e missionária. Ao completar trinta anos, abriu seu coração para um bispo, expondo o quanto almejava abraçar a vida religiosa e um trabalho missionário.  O bispo, inspirado por Deus, a aconselhou dizendo: "Quer ser missionária? Pois se não existe ainda um instituto feminino para esse fim, funde um". Francisca acolheu essas palavras como vindas da parte de Deus e pôs mãos à obra.

Cabrinianas

Assim, com a ajuda do vigário, ela fundou o Instituto das Irmãs Missionárias do Sagrado Coração de Jesus, em 1877. Colocou sua obra debaixo da proteção de são Francisco Xavier. Mais tarde, a Congregação recebeu o apelido carinhoso de “Irmãs Cabrinianas”, por causa do sobrenome de Santa Francisca Cabrini. E a Obra conseguiu o apoio importante do papa Leão XIII. Este, deu às Cabrinianas um rumo surpreendente para as missões: "O Ocidente, não o Oriente, como fez são Francisco Xavier".

Porque o Ocidente?

A época era de grandes migrações com destino às Américas, devido às guerras que maltratavam a Itália. Por isso, a migração era grande para as Américas. O povo chegava nos novos países com total desorientação. Tinham muita necessidade de apoio, amizade, solidariedade e, também, orientação espiritual. Por isso, Santa Francisca formou missionárias cheias de disposição e fé, como ela mesma. A missão delas era a de acompanhar os imigrantes em sua odisseia rumo ao desconhecido.

Amor concreto

Nas terras aonde as Cabrinianas chegavam, elas sempre fundavam hospitais, asilos para os necessitados e escolas para formar pessoas. Elas levavam sempre o calor humano, o amparo, a segurança e o conforto para os imigrantes. Em trinta anos de trabalho intenso, Santa Francisca Cabrini fundou sessenta e sete Casas em países como Itália, França e Américas do Norte e do Sul, inclusive no Brasil. Aquela franzina e frágil professora atravessou oceanos incontáveis vezes. Enfrentou sem medo os perigos, os políticos poderosos, as forças inimigas para defender os imigrantes.

Morte

Madre Cabrini, como era chamada por todos, faleceu na cidade de Chicago, Estados Unidos, no dia 22 de dezembro de 1917. Sua canonização foi celebrada em 1946. Desde então, passou a ser invocada e festejada no mundo inteiro como padroeira dos Imigrantes.

Oração a Santa Francisca Xavier Cabrini

“Ó Deus, concedei-nos, pelas preces de Santa Francisca Xavier Cabrini, a quem destes perseverar na imitação de Cristo pobre e humilde, seguir a nossa vocação com fidelidade e chegar àquela perfeição que nos propusestes em vosso Filho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. Santa Francisca Xavier Cabrini, rogai por nós.”

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

Novo Bispo Auxiliar de Brasília envia carta ao Cardeal Paulo Cezar Costa e aos fiéis da Arquidiocese

Mons. Antônio Aparecido | arqbrasilia

Na manhã desta quarta-feira (21/12), o Santo Padre nomeou Monsenhor Antônio Aparecido como Bispo Auxiliar para a Arquidiocese de Brasília. O novo Bispo enviou carta direcionada ao Arcebispo de Brasília, Cardeal Paulo Cezar Costa, e aos fiéis da Capital Federal manifestando sua unidade com a Igreja Particular que o recebe e onde servirá auxiliando Dom Paulo Cezar no pastoreio no rebanho.

Abaixo, confira a íntegra da Carta do Monsenhor Antônio Aparecido de Marcos Filho ao Cardeal Arcebispo de Brasília e aos fiéis.

São Carlos, 21 de dezembro do ano da graça do Senhor de 2022

Vossa Eminência Reverendíssima, Dom Paulo Cezar Cardeal Costa,

Na manhã desta quarta-feira, sua Santidade, o Papa Francisco, viu por bem nomear-me bispo titular de Centenaria e vosso auxiliar em Brasília. Por tal, envio essa carta cordial, pedindo que a transmita a todo o povo de Deus dessa importante arquidiocese, se oportuno.

Ao receber a nomeação, tomei-me de admiração e espanto. Pensei, e ainda penso, que Nosso Senhor Jesus Cristo queira trabalhar com os “fracos, a fim de confundir os fortes” (Cf. ICor 1, 27-29). Tudo que tenho e sou é dom da Graça de Deus. Nada, absolutamente nada, fora recebido a não ser pela Graça. Foi essa mesma Graça que me manteve, sustentou-me, chamou-me e enviou-me. Assim, noto que, apesar da minha fraqueza, Nosso Senhor sempre foi fiel, sempre veio ao meu encontro e sempre me manteve, mesmo na minha fraqueza. Digo isso para reforçar: tudo é graça. Nada é mérito, nada é conforme a minha vontade, tudo deve ser conforme a Vontade d’Ele: “fiat voluntas tua”.

Por isso, a minha primeira atitude é de louvor e gratidão a Nosso Senhor. Ele quem tudo fez, Ele quem tudo quis, Ele que a todos salva. O espanto que mencionei, faz sentido justamente dessa forma: um Deus imenso e infinito que vem ao nosso encontro e, na minha fraqueza, escolheu-me. Assim, meu desejo é de que, na minha pequenez, não se possa ver outra coisa, senão a grandeza de Deus. Que seja eu, na minha miséria, um instrumento de Sua Misericórdia.

Assim, agradeço unicamente a Ele, mas também àqueles que Ele colocou em meu caminho como canais de Sua Graça misericordiosa. À Sua Eminência Reverendíssima, Dom Paulo Cardeal Costa, pela amizade e carinho. Vossa Eminência sabe o quanto lhe sou grato. Sabe o quanto lhe sou devotado e quão cara me é vossa paternal amizade. Estando como nosso bispo, em São Carlos, fez-me um dos homens de sua confiança. Claro, sempre me fora notório sua bondade, amor à Igreja e disponibilidade ao serviço pastoral. E, assim, sendo um pastor próximo de suas ovelhas e dos presbíteros, seus delegados no meio do povo, quis ter em mim, apesar de mim, alguém que vos auxiliasse nos trabalhos diversos. Sempre fui temeroso, mas sempre aceitei com amor cada missão que, dada por Vossa Eminência, era confiada a mim pelo próprio Cristo.

Desse mesmo modo, quis agora unir-me à missão divina confiada por Nosso Senhor aos apóstolos, que se estende até o fim dos séculos (cf. Mt 28, 20). Pedindo à Sua Santidade meu auxílio, não pude, diante de Deus e de tanto amor recebido, negar tal missão. Assim, miro a grandeza e a responsabilidade que acompanham tal ministério, plenitude do sacramento da Ordem, que me será confiado, mas confio na Palavra de Nosso Senhor de que Ele falará em nosso lugar (cf. Mt 10,19).

A missão dos apóstolos continua ininterruptamente na sociedade hierarquicamente organizada da Igreja de Deus (Cf. LG 20). E, agora, olhando para mim, suplico ao Senhor da Messe que cumpra seu desígnio benevolente. Os bispos assumem o serviço da comunidade com o auxílio dos presbíteros e dos diáconos. Por isso, quero me unir com alegria aos trabalhos pastorais que Vossa Eminência realiza em vossa grei, guiando seu rebanho aos campos do Bom e Belo Pastor, bem como ao seu auxiliar, a Excelência Reverendíssima, Dom José Aparecido Gonçalves de Almeida, que certamente muito me ensinará e, conosco, buscará a salvação das almas, suprema lei da Igreja.

Ao clero dessa importante arquidiocese do nosso querido país, elevo o desejo de ser irmão. Colaborador, com Vossa Eminência e os seus, na implantação dos valores evangélicos e da vivência das virtudes, a fim de construirmos uma vida perfeita, à estatura de Cristo. São eles vosso rebanho. É Vossa Eminência o seu pastor. Conquanto, caminhamos todos juntos para o mesmo redil, onde seremos todos ovelhas a ser apascentadas por Ele. Fato é, sou um homem interiorano, simples, filho de lavradores e, com cada um do vosso clero, quero continuar a ser assim: simples, amigo, próximo, irmão. Como diria Santo Agostinho, para eles Bispo, com eles cristão.

A todo o povo de vossa arquidiocese, suas ovelhas, quero unir-me. Meu anseio é fazer desse ministério que vou abraçar tão somente aquilo que Deus quiser que eu faça. Não quero colocar meus projetos, meus desejos, minhas convicções à frente do que são os projetos, anseios e a Verdade Revelada. Que minha vida seja feita conforme a Divina Vontade. O lema que escolhi: “Populus tuus populus meus” (Cf. Rt 1,16) diz respeito a isso. O chamado de Abraão, como protótipo de todo chamado, é de que saiamos. Sair de si, sair de sua casa, sair de sua família, sair de sua segurança, sair de tudo que se construiu, sair de sua diocese… É ir aonde Deus mandar. Mas, qual a garantia de que Ele está conosco? É de que o povo d’Ele está aí. Somos todos família de Deus, seguidores de Cristo, e, deste modo, aonde estiver o povo que é d’Ele, aí devo estar, aí posso estar, aí Ele há de me enviar, como Seu servidor, na expansão do Seu Reino.

Quando deixei minha casa, minha família, minha pequena cidade de Ibaté, saí em busca do chamado que Ele me fazia. Em todos esses anos, por onde andei e passei para realizar as missões que Ele me confiava pela Sua Santa Igreja, aí encontrei Seu povo: fomos família, fomos irmãos, fomos servos de um mesmo Senhor. Assim o quero ser até o fim. Sou grato à Diocese de São Carlos, minha mãe, minha Igreja até então. Foi nessa minha Galileia que Deus me chamou! Este lema que escolhi mostra que, assim como Rute abraçou a história do povo de Israel, quero abraçar a história desse povo da Igreja de Brasília, como um estrangeiro que passa a ser parte daquele povo e, assim, daquela história.

Por fim, confio-vos, e a cada um desses vossos fiéis, à Virgem Maria, a Santíssima Senhora, a Virgem Aparecida. Ela, Rainha e Padroeira do Brasil, é Mãe, é Senhora e é modelo de servidora do Evangelho e do chamado de Deus. A São José, pai nutrício de Nosso Senhor, patrono da Igreja universal, confio as vossas causas mais difíceis, bem como as minhas e a de todo o Povo de Deus, para que ele nos ajude a viver com fidelidade a justiça e o amor.

Despeço-me suplicando vossa bênção apostólica, dando-lhe um abraço filial.

Mons. Antonio Aparecido de Marcos Filho

Bispo eleito titular de Centenaria e auxiliar de Brasília

quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

"Belém é aqui": São Francisco e a revolução do presépio de Greccio

Afresco do presépio de Greccio | Vatican News

Quase 800 anos depois do primeiro presépio, criado pelo pequeno frade de Assis no Natal de 1223, um livro do padre Enzo Fortunato intitulado "Uma alegria nunca vivida" repassa a história das sagradas representações da Natividade de Jesus, de Belém a Greccio, passando por Scala, na Costa Amalfitana, onde Santo Afonso Maria de Ligório encontrou inspiração para o seu "Tu scendi dalle stelle". Arcebispo Fisichella: "Na gruta, Deus nos fala como uma criança, para nos dizer que está conosco".

Alessandro Di Bussolo – Cidade do Vaticano

Uma viagem aos lugares do presépio, desde Belém, onde tudo começou passando por Greccio, onde Francisco fez o primeiro presépio há quase 800 anos e terminando na gruta de Scala, na Costa de Amalfi, onde Santo Afonso Maria de Ligório teve a inspiração para compor "Tu scendi dalle stelle", a mais famosa canção de Natal. É o que conta o frade menor conventual padre Enzo Fortunato, jornalista e ex-diretor da Sala de Imprensa do Sacro Convento de Assis, natural precisamente de Scala, no livro Una gioia mai provata. San Francesco e l’invenzione del presepe, Edizione San Paolo ("Uma alegria nunca vivida. São Francisco e a invenção do presépio", em tradução livre).

“Uma alegria nunca vivida” em Greccio, no Natal de 1223

A alegria é aquela dos presentes na noite de Natal de 1223, pastores, gente comum e nobres de Greccio, na Missa organizada numa gruta pelo frei Francisco, com uma manjedoura, um boi e um burro. Francisco canta o Evangelho e no sermão fala do pobre rei a quem chama de "o menino de Belém".

Como narra Boaventura de Bagnoregio em sua Lenda Maior, um cavaleiro que havia deixado a milícia para se juntar a Francisco, "afirmou ter visto, dentro da manjedoura, uma bela criança adormecida que o bem-aventurado Francisco, assegurando-a com os dois braços, pareceu despertar do sono".

E a alegria também foi aquela do pequeno Enzo que, como caçula da família - recorda na apresentação o franciscano - carregava a imagem do menino em procissão desde o presépio, para ser beijado por todos os presentes.

"Uma invenção que é o seu maior protesto silencioso", comenta padre Fortunato em entrevista ao Vatican News, como já havia feito na apresentação do livro na Basílica de Sant'Anastasia al Palatino, em meados de novembro no Dia Mundial dos Pobres. “Protesto contra uma sociedade e uma Igreja que usavam a Cruz de Cristo como bandeira para as Cruzadas, que haviam esquecido o valor da ternura e da atenção para com o próximo, o mais fraco, o leproso. Justamente por isso foi escolhido o Dia dos Pobres para a apresentação do livro, para ajudar a todos a refletir sobre nosso estilo de vida e as tantas formas de pobreza no mundo”.

A gruta do primeiro presépio de São Francisco em Greccio | Vatican News

Gambetti: Deus se faz homem para compartilhar nossa solidão

Na apresentação, também pronunciou-se o cardeal Mauro Gambetti, vigário do Papa para a Cidade do Vaticano e ex-custódio do Sacro Convento de Assis, para sublinhar que “o Senhor do universo no Natal torna-se pobre para pobres que somos, sozinhos de uma solidão radical. Ele se faz homem para compartilhar conosco nossa solidão. E nesta solidão se experimenta mais o desejo de comunhão. Uma busca de beleza e pde luz que vem do alto".

O escritor "a procura" Erri De Luca, concentrou a atenção na pobreza dos pastores, os primeiros capazes de escutar a mensagem divina. E sobre o amor a Maria graças ao qual José acredita no inverossímil, "como inverossímil é, muitas vezes, a verdade". “Gosto, no presépio – disse – do fato de serem todos pobres, não há ricos”. E concentrou-se na figura de José, Josef, aquele que acrescenta que "é a terra que permite que a planta de Maria cresça e dê o fruto de Jesus".

Fisichella: simples para entender o presépio e ver os invisíveis

O arcebispo Rino Fisichella, delegado do Papa para a organização do Jubileu de 2025, também esteve entre os presentes, destacando a mensagem de simplicidade do presépio, “uma simplicidade de que todos precisamos hoje e que nos remete à criança que está em nós, àquela beleza em que o homem descobre a capacidade de amar”. Se não a redescobrirmos, acrescentou, “não conseguimos entender o presépio e as formas de invisibilidade que existem hoje”. Com efeito, a oração de Jesus louva o Pai "porque escondeu estas coisas aos sábios e as revelaste aos pequeninos" que sabem ouvir.

Eis o que o arcebispo Fisichella disse ao Vatican News sobre o livro:

Quanto é importante o presépio e a contemplação de sua beleza para a primeira evangelização e a catequese dos pequenos? E como valorizá-lo também para os mais velhos?

Tem uma importância fundamental, pois o presépio é a transmissão da fé. O Papa Francisco nos lembrou disso, é uma obra de evangelização. Na carta que o Papa escreveu (Admirabile signum, ed) ele diz que São Francisco, ao criar o presépio pela primeira vez em Greccio em 1223, fez uma grande obra de evangelização. Vemos isso também agora. Só para dar um exemplo: os 100 presépios do Vaticano que montamos no período do Natal, somente no ano passado foram visitados por mais de 190.000 pessoas. Diante do presépio nos descobrimos simples, nos descobrimos com a bondade. A mensagem que vem do presépio é uma provocação: retorna em ti mesmo, redescobre o que é essencial para a vida.

O livro de autoria do Pe Enzo Fortunato | Vatican News

O valor do livro do padre Enzo Fortunato, é precisamente recordar-nos dessas coisas?

Com certeza sim, porque nos recorda a sua biografia, nos recorda uma parte que diz respeito a tantos de nós. Como começamos a fazer o presépio, mas acima de tudo como podemos continuar a fazer o presépio mantendo-o vivo nas nossas vidas.

O senhor recordou as palavras de Santo Agostinho: "O presépio diz-nos que Deus ainda habita entre nós". Assim, a verdadeira felicidade, recordando também a carta do Papa Francisco, consiste em saber, como narra o presépio, quão próximo Deus está de nós?

O presépio fala-nos da ternura de Deus, não nos esqueçamos disso. E esta ternura de Deus é o que devemos descobrir. Estamos sempre habituados a ter a imagem de Deus, do Filho de Deus, de Jesus na cruz, o Crucifixo é o que mais nos toca. Mas houve um tempo em que Deus, o Filho de Deus se fez criança, com a simplicidade de uma criança. Deus também nos fala como criança, e Santo Agostinho recorda-nos muitas vezes o que nos diz. Recorda-nos que aquele que era o Logo falou por meio de gemidos. Ser capazes na nossa vida de redescobrir tudo isto, o gemido de Deus, ou seja, a linguagem que Deus usa para cada um de nós quando vem ao nosso encontro, é a coisa mais bela, porque chega até nós naquele momento da vida em que temos mais profundamente temos necessidade dele.

Momento da apresentação do livro do sacerdote franciscano |
Vatican News

Padre Fortunato: Francisco e a ternura do presépio

"Assim como os habitantes de Greccio da época, também nós não precisamos ir a Belém para descobrir como nosso Deus é "humano" e próximo de nossa vida concreta" escreve  no prefácio da livro Dom Domenico Pompili, bispo de Verona, mas pastor em Rieti quando, em 1º de dezembro de 2019, o Papa Francisco assinou em Greccio a já mencionada Carta Apostólica Admirabile signum sobre o significado e o valor do presépio. E de "Belém é aqui", a mensagem de Francisco com seu presépio, fala também o padre Enzo Fortunato:

Por que o senhor quis dar essa estrutura ao livro, essa viagem de Belém a Scala passando por Greccio, e depois as vozes de seus leitores sobre seus presépios?

Antes de tudo, porque se quer sempre ir ao início de uma história e, portanto, olhar para Belém porque acredito que nos diz quem é o coração desta festa, a pessoa que queremos colocar no centro deste momento tão forte para a Igreja, para a liturgia, para a sociedade, mas também para os não crentes. Porque recordamos que a partir daquele momento se começará a dizer antes de Cristo e depois de Cristo. Depois de Belém fui para Greccio, e é a segunda etapa deste itinerário, porque São Francisco inventa o primeiro presépio da história. E aqui quis fazer um pouco de verdadeiro retorno ao primeiro presépio. São Francisco não o inventou por um fato folclórico, mas foi seu protesto suave em relação à sociedade que erguia a cruz como uma espada para ir conquistar os lugares santos. Francisco leva de volta à verdadeira dimensão, isto é, à celebração da ternura. O presépio proposto por Francisco é simplesmente o boi e o burro, porque no imaginário coletivo o boi e o burro representavam dois grandes povos que a Igreja e a sociedade combatiam: os judeus e os muçulmanos. Mas Francisco nos diz que Jesus veio para todos. Eis porque a gruta é o único lugar que no presépio não tem uma porta, e isso significa que teu coração é chamado a não ser parafusado, com barras, acorrentado, mas aberto, livre, capaz de acolher e fazer sair todas aquelas energias, aqueles sentimentos positivos extraordinários que o Natal nos sugere. E por fim Scala, embora ali possa existir "um conflito de interesses" porque eu nasci e cresci lá, mas não é assim: em Scala, Santo Afonso tem a inspiração para o primeiro canto em dialeto, para aproximar as pessoas ignorantes, simples, ao mistério do Natal e cria "Tu scendi dalle stelle". Então o escreverá em Nola, e ali haverá a primeira execução, mas a gruta de Scala, entre os pastores, nesses lugares que lembravam, de certa forma, Belém, uma periferia dos romanos abandonada, rejeitada se tornar o coração do Natal . E então eu levei os leitores para Scala porque ali Santo Afonso foi inspirado. Três etapas que nos sugerem a paz, Belém, a fraternidade Greccio e a alegria Scala.

Vamos à invenção do presépio, há 800 anos em Greccio por Francisco. É um hino à simplicidade: só a Manjedoura, o boi e o burro. Como explicar no texto a lenda, a tradição, da visão da estatueta do Menino Jesus que ganha vida nos braços de Francisco?

Estamos diante de um Francisco que é provado: está voltando de Roma, onde o Papa havia aprovado a regra há um mês, portanto poderia ser motivo de alegria. Mas logo depois Francisco renunciará, porque na ordem franciscana existem diferentes atritos, diferentes opiniões, assim Francisco deixa a liderança da ordem para permanecer seu pai espiritual, com o o governo que passa primeiro para Cattaneo e depois para o irmão Elia. Um Francisco, portanto, que é provado interiormente e a resposta de Francisco é a invenção do presépio. São várias as sugestões sobre isso: a primeira é a essencialidade do Natal que Francisco quer viver, mesmo chamando o Natal de festa das festas, com uma referência motivadora e forte a um Deus que fala homem. O homem não está mais sozinho, ele tem um companheiro de viagem. Depois Francisco quer representar a Manjedoura e o boi e o burro ao lado dela, para dizer: "Belém é aqui". Recordemos que no século XIII havia as Cruzadas, ou as grandes peregrinações com um rendimentos muito elevado para quem organizava essas romarias, portanto também da Igreja. Francisco, ao contrário, diz "Belém é aqui" e é no coração que Jesus deve nascer, é preciso estar perto dos últimos. De fato, irá querer os pastores de Greccio. E sobre a questão do menino, Francisco quer essencialmente recordar a Manjedoura, porque Francisco sabe que esta encarnação acontece todos os dias por meio da Eucaristia. O presépio nos recorda a gruta do pão, nos recorda a Eucaristia, e Francisco quer nos levar ao coração da Igreja, que se alimenta e vive da Eucaristia. Depois, lhe será levado uma imagem do Menino Jesus, uma reprodução em tamanho natural, que ele levará nos braços, e que segundo os presentes, segundo os cronistas da época, parecia estar falando com Francisco. Foi o que aconteceu na noite de 1223 em Greccio. Certamente o ambiente, como o de Belém, como o de Scala é muito essencial, remete aos barrancos, às cavernas…

Papa Francisco em 01/12/2019 no Santuário franciscano de Greccio |
Vatican News

Podemos dizer que é um livro que contempla a beleza, mas também a provocação do presépio como aquele das cores vivas e das figuras dos ofícios de hoje do artista suíço Metzler em 2001 em Assis?

A beleza do Natal evoca luzes, harmonia, uma extraordinária vivacidade e essencialidade. Um pouco como está representado na fachada da Basílica de São Francisco de Assis, mas também em muitas casas. Devemos voltar ao simbolismo desta Noite Santa que está em meio à escuridão, no coração da noite uma lágrima, um grito, uma luz. Sempre me perguntei por que o encontro mais importante de Deus com a história e com a humanidade acontece à noite. Porque creio que o Senhor nos quer dizer que qualquer noite que enfrentamos tem a possibilidade de ser um prenúncio de luz, um prenúncio de um verbo extraordinário para o caminho espiritual: recomeçar, retomar o caminho.

O senhor mencionou isso na apresentação na Basílica de Sant'Anastasia. Que força poderão ter os presépios nas igrejas e nos lares da Ucrânia?

Entretanto, fiz um convite e renovo: façam o presépio e assumam as consequências dele. O presépio chama-nos a ser inclusivos, chama-nos a colocar no centro a palavra «paz», chama-nos a saber estar um ao lado do outro, a saber ser irmãos, a saber enobrecer a vida quotidiana. Nos presépios hoje existem todos os ofícios, ou seja, tem a nossa vida, praticamente. E pensando na Ucrânia, convida-nos a dizer: mobilizemos todas as nossas forças para sermos sempre instrumentos de paz. Creio que o presépio, neste contexto de guerra, nos diz a preciosidade deste dom tão importante, a paz, e nos convida a estar perto daqueles que querem esta paz e não a podem viver, como os ucranianos de hoje.

Por que o Verbo se fez Homem?

O Nascimento de Jesus | Cléofas

Por que o Verbo se fez Homem?

 POR PROF. FELIPE AQUINO

O maior acontecimento da história humana foi a Encarnação do Verbo. “Por nós, homens, e para a nossa salvação”, diz o nosso Credo, desceu à Terra, no seio virginal de Maria e se fez um de nós; “armou a sua tenda entre nós”; se fez nosso Irmão, e nos reconciliou com Deus por seu sacrifício na Cruz. “O Pai enviou seu Filho como o Salvador do mundo” (1Jo 4,14). “Este apareceu para tirar os pecados” (1Jo 3,5).

O pecado de todos os homens ofende a Majestade infinita de Deus; fere a justiça e o direito divinos; e isso não pode ser reparado por uma recompensa apenas humana. Só Deus poderia reparar uma ofensa infinita praticada contra Deus; então, Deus mesmo, na pessoa do Verbo encarnado, feito homem, veio reparar essa ofensa. No seio da Trindade o Verbo se ofereceu para essa Missão: fazer-se homem, para, no lugar do homem oferecer a oblação de valor infinito de sua vida pela salvação de todos os seus irmãos. “Ó Senhor, quanto Te custou nos ter amado!”, exclamou o doutor da Igreja Santo Afonso de Ligório.

A Carta aos Hebreus fala desse mistério: “Por isso, ao entrar no mundo, Ele afirmou: Não quiseste sacrifício e oferenda. Tu, porém, formaste-me um corpo. Holocaustos e sacrifícios pelo pecado não foram de teu agrado. Por isso eu digo: Eis-me aqui… para fazer a tua vontade” (Hb 10,5-7; Sl 40,7-9).

A Igreja reza na Liturgia: “No momento em que Vosso Filho assume nossa fraqueza, a natureza humana recebe uma incomparável dignidade: ao tornar-se ele um de nós, nós nos tornamos eternos” (Prefácio da Or. Eucarística do Natal III). “Quando Cristo se manifestou em nossa carne mortal, vós nos recriastes na luz eterna de sua divindade” (Pref. Or. Euc. da Epifania).

O grande Padre da Igreja, São Gregório de Nissa (†340), assim explicou:

“Doente, nossa natureza precisava ser curada; decaída, ser reerguida; morta, ser ressuscitada. Havíamos perdido a posse do bem, era preciso no-la restituir. Enclausurados nas trevas, era preciso trazer-nos à luz; cativos, esperávamos um Salvador; prisioneiros, um socorro; escravos, um Libertador. Essas razões eram sem importância? Não eram tais que comoveriam a Deus a ponto de fazê-lo descer até nossa natureza humana para visitá-la, uma vez que a humanidade se encontrava em um estado tão miserável e tão infeliz?” (Or. Cath. 15: PG 45,48B)

O nosso Catecismo explica que “o Verbo se fez carne para que, assim, conhecêssemos o amor de Deus”: “Nisto manifestou-se o amor de Deus por nós: Deus enviou seu Filho Único ao mundo para que vivamos por Ele” (1 Jo 4,9). “Pois Deus amou tanto o mundo, que deu seu Filho Único, a fim de que todo o que crer nele não pereça, mas tenha a Vida Eterna” (Jo 3,16).

O Verbo se fez carne “para ser nosso modelo de santidade”: “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim…” (Mt 11,29). “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai a não ser por mim” (Jo 14,6). E o Pai, no monte da Transfiguração, ordena: “Ouvi-o” (Mc 9,7).

O Verbo se fez carne para tornar-nos “participantes da natureza divina” (2Pd 1,4): “Pois esta é a razão pela qual o Verbo se fez homem, e o Filho de Deus, Filho do homem: é para que o homem, entrando em comunhão com o Verbo e recebendo, assim, a filiação divina, se torne filho de Deus” (S. Irineu).

Não foi sem razão que o grande compositor alemão Johann Christian Bach (†1782) compôs a magnifica música “Jesus, alegria dos homens”.

Prof. Felipe Aquino

Conheça o maior presépio iluminado do mundo

Shutterstock/Matteo Andrei
Por Maria Paola Daud

O presépio tem mais de 300 figuras em tamanho real iluminadas de maneira sustentável.

Em Manarola, no coração do Parque Nacional Cinque Terre (Itália), uma tradição que se renova há anos: sempre no dia 8 de dezembro é aceso o maior presépio iluminado do mundo.

O presépio, que ilumina a cidade por cerca de um mês, foi construído por Mário Andreoli, ex-funcionário das ferrovias italianas e agora aposentado.

Um árduo trabalho que começou em 1961, quando Mário, limpando seu porão, ao invés de jogar fora todo o material em desuso, resolve reciclá-lo e construir um enorme presépio.

O que vemos hoje é o resultado de 61 anos de trabalho meticuloso e apaixonado: um presépio povoado por mais de 300 figuras em tamanho real iluminadas por mais de 1.700 lâmpadas.

As figuras são em tamanho natural: Menino Jesus, Maria, José, pastores, pescadores, ovelhas, golfinhos, gaivotas, camelos, anjos, magos, etc. No ano do coronavírus, foram incluídos médicos e enfermeiros.

Um maravilhoso cartão postal que atrai milhares de turistas, em uma terra que já é uma das mais belas áreas naturais mediterrâneas da Ligúria.

Pesebre iluminado de Manarola, el más grande del mundo
Figuras iluminadas compõem o presépio de Manarola.

Um berço totalmente verde

O presépio de Manarola foi oficialmente inaugurado em 2007 e naquele mesmo ano entrou para o Guinness Book of Records como o maior presépio iluminado do mundo.

No ano seguinte, a representação tornou-se ecologicamente correta porque foi construído um sistema fotovoltaico específico para gerar a eletricidade necessária para ser autossuficiente.

Associação

Há alguns anos, a Associação de Presépios de Manarola foi criada para ajudar Mario Andreoli porque sempre é mais difícil para ele continuar com seu projeto devido ao seu estado de saúde e à idade avançada.

A associação leva seu nome e é formada por moradores e vizinhos, que concordam em dar continuidade a esta bela obra de Marioli.

https://youtu.be/gHsu7M0fMIo

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Papa Francisco nomeia Bispo Auxiliar para a Arquidiocese de Brasília

Mons. Antônio Aparecido | arqbrasilia
ARQUIDIOCESE DE BRASÍLIA (DF) TEM NOVO BISPO AUXILIAR NOMEADO PELO PAPA FRANCISCO

O Papa Francisco nomeou, nesta quarta-feira, 21 de dezembro, o padre Antonio Aparecido de Marcos Filho, do clero de São Carlos (SP), como bispo titular de “Centenaria” e auxiliar na arquidiocese de Brasília (DF). Até então ele exerceu a função de reitor do seminário diocesano de São Carlos – Teologia e foi pároco da paróquia São João Batista, em São Carlos.

Trajetória eclesial

Padre Antonio Aparecido de Marcos Filho, nasceu em Ibaté (SP), dia 5 de agosto de 1966, filho de Antonio Aparecido de Marcos e de Maria Aparecida Alexandrin de Marcos. Sendo o sexto de sete irmãos. Estudou Filosofia no seminário diocesano de São Carlos, em São Carlos-SP (1992-1994) e Teologia na pontifícia Universidade Católica de Campinas, em Campinas-SP (1995-1998). Licenciou-se em Filosofia pela Instituto de Ciências Sociais e Humanas (2018) e especializou-se lato sensu em Sagrada Escritura pelo Centro Universitário Claretiano (2021).

Foi ordenado diácono em 11 de dezembro de 1998 e sacerdote em 10 de setembro de 1999, incardinado na diocese de São Carlos. Exerceu as seguintes tarefas: administrador paroquial de Nossa Senhora do Vale em Araraquara (1999-2001); Pároco do Divino Espírito Santo, em Dois Córregos (2001-2005); Pároco de São João Batista, em Bocaina (2005-2009); Pároco de Nossa Senhora Aparecida, em Barra Bonita (2009); Pároco de Sant’Ana, em Araraquara (2009-2017); Pároco de São Sebastião do Patrimônio da Serra, em Brotas (2017-2018).

Foi ainda vigário paroquial de Nossa Senhora das Dores, em Brotas (2017-2018); Vigário paroquial de São Nicolau de Flüe, em São Carlos (2018-2019); Vigário paroquial de Nossa Senhora Aparecida, em São Carlos (2020); Coordenador de Região Pastoral (2000); Membro do Conselho de Presbíteros e do Colégio de Consultores (2017-2022); Membro do Conselho de Formadores (2017-2022); Membro da Comissão Diocesana para a proteção de menores e pessoas em situação de vulnerabilidade (2019-2022); Reitor do Seminário Propedêutico (2017-2018).

Saudação da CNBB ao monsenhor Antonio Aparecido de Marcos Filho

Prezado Monsenhor Antonio Aparecido de Marcos Filho,

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) envia felicitações pela sua nomeação como novo bispo auxiliar na arquidiocese de Brasília (DF), oportunidade de se somar ao pastoreio do cardeal dom Paulo Cezar Costa junto à porção do povo de Deus que vive naquela Igreja particular.

Desejamos um profícuo ministério e, ao saudá-lo, sob as luzes da quarta vela do Advento, recordamos as palavras do Papa Francisco em sua mensagem ao 56º Dia Mundial da Paz:

“Embora apareçam tão trágicos os acontecimentos da nossa existência sentindo-nos impelidos para o túnel obscuro e difícil da injustiça e do sofrimento, somos chamados a manter o coração aberto à esperança, confiados em Deus que Se faz presente, nos acompanha com ternura, apoia os nossos esforços e sobretudo orienta o nosso caminho.

Por isso, São Paulo não cessa de exortar a comunidade a vigiar, procurando o bem, a justiça e a verdade: ‘não durmamos (…) como os outros, mas vigiemos e sejamos sóbrios’ (5, 6). É um convite a permanecer despertos, a não nos fechar no medo, na dor ou na resignação, não ceder à dissipação, nem desanimar, mas, pelo contrário, a ser como sentinelas capazes de vigiar vislumbrando as primeiras luzes da aurora, sobretudo nas horas mais escuras”.

Que Deus, o Emanuel, que sempre vem morar conosco, o cumule de esperanças e renovação neste tempo de Natal!

Em Cristo,

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)
Presidente da CNBB

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
Primeiro Vice-Presidente da CNBB

Dom Mário Antônio da Silva
Arcebispo de Cuiabá (MT)
Segundo Vice-Presidente da CNBB

Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)
Secretário-geral da CNBB

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF