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terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Como uma família pode se preparar para festa da Sagrada Família

Aquarius Studio | Shutterstock
Por Ricardo Sanches - Philip Kosloski

A festa da Sagrada Família pode ser um momento de aproximação espiritual.

Após a celebração do Natal, a Igreja celebra outra festa especial: a festa da Sagrada Família, que normalmente cai no domingo após o 25 de dezembro. Entretanto, em alguns casos, a festa pode ser celebrada em 30 de dezembro.

Santa Sé oferece algumas sugestões sobre como as famílias podem celebrar tal festa. As principais são:

  • Todos os membros da família devem assistir à Missa neste dia;
  • Fazer a renovação da nossa entrega ao patrocínio da Sagrada Família de Nazaré;
  • Promover a bênção das crianças, conforme previsto;
  • Realizar a renovação dos votos matrimoniais feitos pelos cônjuges no dia do casamento;
  • Promover a troca de promessas entre os noivos, em que formalizam o desejo de fundar uma nova família cristã.

Além disso, mesmo fora da festa, é recomendado que os fiéis recorram com frequência à Família de Nazaré em muitas circunstâncias da vida através de orações frequentes para confiar-se ao patrocínio da Sagrada Família e obter assistência na hora da morte.

Enfim, essa festa é uma bela maneira de continuar a celebração do Natal, refletindo sobre como nossas famílias podem imitar a beleza e a alegria encontradas na Sagrada Família.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

“Cantores da Estrela”, uma tradição com origens muito antigas

Os "Sternsinger" (Cantores da Estrela) | Vatican News

As crianças que participam têm a idade de 6 a 14 anos; elas não só se vestem como Reis Magos, mas cantam hinos de Natal e levam a bênção às casas: “Christus Mansionem Benedicat” - “Que Cristo abençoe esta casa” e angariam fundos para as obras de caridade destinadas a outros coetâneos. Trata-se de uma atividade que se realiza desde o mês de novembro até 6 de janeiro, Dia de Reis, momento central da iniciativa.

"Gosto de fazer os outros felizes; é belo quando batemos nas portas e as pessoas nos veem e começam a sorrir; podemos apoiar os projetos com a ação dos Cantores e ajudar outras crianças. Isso me faz feliz; gosto cantar juntos!”.

Estes são apenas alguns dos comentários das crianças e adolescentes que participam da ação dos Cantores da Estrela animada pela direção das Pontifícias Obras Missionárias Suíças (Missio Svizzera). Trata-se de uma tradição antiga que tem suas origens no Evangelho de Mateus, precisamente na passagem onde se diz que os Magos, vindos do Oriente para adorar o Menino Jesus, deixaram-se guiar pela Estrela.

Essa passagem do Evangelho de Mateus inspira os chamados "dramas natalinos" do século XIV, representados por meninos que vão de casa em casa, vestidos de Reis Magos, com a estrela nos ombros cantando canções natalinas e recebendo algum dinheiro como oferta. O século XVI marcará o desenvolvimento desta tradição com cânticos natalinos acompanhados pela bênção oferecida em sinal de felicitações para o ano que se inicia. Enraizou-se muito nos países alpinos e, embora com a difusão do protestantismo tenha sido proibida e no século XIX proibida como forma de mendigar em todo o norte da Europa, foi no início dos anos 20 do século XX que voltou a estar em voga.

Vídeo oficial da Campanha 2023: https://youtu.be/Y0io1DnG83o

São João Evangelista

São João Evangelista | cristominhacerteza
27 de dezembro
São João Evangelista

São João Evangelista é o Apóstolo João. Ele é um dos doze discípulos de Jesus. João é chamado “Evangelista” porque escreveu oQuarto Evangelho. Além disso, ele escreveu três epístolas e o livro do Apocalipse. Entre os 12 discípulos de Jesus, João era o mais novo. Quando foi chamado por Jesus, deveria ter por volta de vinte anos de idade.

João era solteiro quando foi chamado por Jesus. Na época, vivia com seus pais, Zebedeu e Maria Salomé, em Cafarnaum e Betsaida. Sua profissão era pescador. Trabalhava junto com seu pai e seu irmão Tiago, também discípulo de Jesus e, mais tarde, chamado de Tiago Maior. Provavelmente era sócio de André e Pedro na pesca.

Discípulo de João Batista

Desde cedo, João mostra uma busca de fé em sua vida. Antes de ser discípulo de Jesus, João Evangelista foi discípulo de São João Batista, juntamente com André, irmão de Pedro. Do Batista, eles receberam o batismo de arrependimento e a indicação a respeito de Jesus: “Eis o Cordeiro de Deus, Aquele que tira o pecado do mundo”(João 1, 35-37)A partir desse momento, João Evangelista e André passaram a seguir Jesus.

Relação de São João Evangelista com JESUS

O Evangelho chama João de “Discípulo que Jesus amava”. Ele tinha um enorme afeto pelo Senhor e vice-versa. Jesus o chamava de Filho do Trovão por causa de algumas reações intempestivas do jovem, como querer mandar fogo do céu sobre aqueles que rejeitaram Jesus.Mas Jesus o repreendeu e ensinou.Mais tarde, João foi chamado de o “Discípulo Amado”. Numa famosa passagem dos Evangelhos, João,seu irmão, Tiago e a mãe deles, pedem para ficarem ao lado de Jesus em sua glória. Jesus, porém, os repreendeu e deu uma grande lição de humildade.

Coragem

São João foi o discípulo que acompanhou Jesus quando o Mestre foi preso no Monte das Oliveiras e levado até à casa de Caifás.Além disso, João acompanhou Jesus até o momento derradeiro junto à cruz. Aliás, foi neste momento junto à cruz que Jesus entregou a João a guarda de sua mãe, Maria.

Ministério

No começo da Igreja, João esteve sempre ligado a Pedro. Ele foi uma das principais colunas da comunidade cristã de Jerusalém, onde São Tiago era o líder. Após o martírio de Tiago, São João foi para a Ásia Menor. Lá, ele dirigiu a pujante comunidade cristã de Éfeso. Esta comunidade tinha sido fundada pelo apóstolo São Paulo alguns anos antes.

São João e Nossa Senhora

Obedecendo ao pedido de Jesus, São João acolheu Maria e sempre a levou consigo. Os dois moraram em Éfeso durante muitos anos e ali foram os grandes líderes da comunidade. Tanto que a casa de Nossa Senhora em Éfeso transformou-se num local de peregrinação. Ali viveram esses dois grandes pilares da Igreja. Ate hoje a Casa de Nossa Senhora em Éfeso é local de peregrinação.

Perseguição

Por várias vezes São João foi preso. Ele foi perseguido pelo poder romano, sofreu torturas violentas, mas não renegou a fé em Jesus Cristo. Por fim, ele foi exilado, tendo sido enviado para a Ilha de Patmos, que fica no leste do Mar Egeu. Nesta ilha ele permaneceu até a morte do imperador Domiciano.

Escritos

As obras escritas de São João Evangelista revelam sua extraordinária personalidade. Ele se revela introspectivo nos seus escritos e como discípulo, falava pouco. Quando esteve no exílio em Patmos, São João escreveu o Livro do Apocalipse, palavra grega que quer dizer Revelação. Este é o último livro da Bíblia. São João dirigiu seu discípulo e colaborador, chamado Natan, no maravilhoso trabalho da redação do livro que se chamou “Evangelho Segundo São João”. Isso aconteceu na cidade de Éfeso, por volta do ano 90 D.C.. São João escreveu ainda 3 epístolas dirigidas aos cristãos das comunidades que ele coordenava. Mas seus escritos são para toda a Igreja, de todos os tempos. Por isso, eles fazem parte do Novo Testamento. Tanto o Evangelho quanto.

São João Evangelista, primeiro devoto do Coração de Jesus

João era chamado de “o Discípulo Amado”. Uma grande prova de afeição de Nosso Senhor Jesus Cristo pelo jovem João aconteceu durante a Última Ceia. João estava à direita do Mestre, recostadono peito de Jesus, no Coração de Jesus. Santo Agostinhoafirma: “nesse momentoestando João tão próximo da fonte de luz, ele absorveu dela os mais altos segredos e mistérios que depois derramaria sobre a Igreja”.

Morte de São João Evangelista

Pelos escritos de São João, vê-se que ele se tornou um grande teólogo, um pastor cuidadoso e cheio de amor. São João faleceu de morte natural, no ano 103 d.C., na cidade de Éfeso.Polícrates de Éfeso, bispo, afirmou no ano 190 que o Apóstolo "dormiu" (faleceu). A festa de São João Evangelista é celebrada no dia 27 de dezembro.

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Dos sermões de São Fulgêncio de Ruspe, bispo

Santo Estêvão, mártir | liturgiadashoras

Dos sermões de São Fulgêncio de Ruspe, bispo
(Sermo 3,1-3.5-6:CCL 91 A, 905-909)                   (Séc. VI)

As armas da caridade

Ontem, celebrávamos o nascimento temporal de nosso Rei eterno; hoje celebramos o martírio triunfal do seu soldado.

Ontem o nosso Rei, revestido de nossa carne e saindo da morada de um seio virginal, dignou-se visitar o mundo; hoje o soldado, deixando a tenda de seu corpo, parte vitorioso para o céu.

O nosso Rei, o Altíssimo, veio por nós na humildade, mas não pôde vir de mãos vazias. Trouxe para seus soldados um grande dom, que não apenas os enriqueceu imensamente, mas deu-lhes uma força invencível no combate: trouxe o dom da caridade que leva os homens à comunhão com Deus.

Ao repartir tão liberalmente o que trouxera, nem por isso ficou mais pobre: enriquecendo do modo admirável a pobreza dos seus fiéis, ele conservou a plenitude dos seus tesouros inesgotáveis.

Assim, a caridade que fez Cristo descer do céu à terra, elevou Estevão da terra ao céu. A caridade de que o Rei dera o exemplo logo refulgiu no soldado.

Estêvão, para alcançar a coroa que seu nome significa, tinha por arma a caridade e com ela vencia em toda parte. Por amor a Deus não recuou perante a hostilidade dos judeus, por amor ao próximo intercedeu por aqueles que o apedrejavam. Por esta caridade, repreendia os que estavam no  erro para que se emendassem, por caridade orava pelos que o apedrejavam para que não fossem punidos.

Fortificado pela caridade, venceu Saulo, enfurecido e cruel, e mereceu ter como companheiro no céu aquele que tivera como perseguidor na terra.  Sua santa e incansável caridade queria conquistar pela oração, a quem não pudera converter pelas admoestações.

E agora Paulo se alegra com Estêvão, com Estêvão frui da glória de Cristo, com Estêvão exulta, com Estêvão reina. Aonde Estêvão chegou primeiro, martirizado pelas pedras de Paulo,  chegou depois Paulo, ajudado pelas orações de Estevão.

É esta a verdadeira vida, meus irmãos, em que Paulo não se envergonha mais da morte de Estêvão, mas Estevão se alegra pela companhia de Paulo, porque em ambos triunfa a caridade. Em Estêvão, a caridade venceu a crueldade dos perseguidores, em Paulo, cobriu uma multidão de pecados; em ambos, a caridade mereceu a posse do reino dos céus.

A caridade é a fonte e origem de todos os bens, é a mais poderosa defesa, o caminho que conduz ao céu.  Quem caminha na caridade não pode errar nem temer.  Ela dirige, protege, leva a bom termo.

Portanto, meus irmãos, já que o Cristo nos deu a escada da caridade pela qual todo cristão pode subir ao céu, conservai fielmente a caridade verdadeira, exercitai-a uns para com os outros e, subindo por ela, progredi sempre mais no caminho da perfeição.

Canções de Natal com história

Presépio | Opus Dei

Canções de Natal com história

Conheça a história de canções de Natal como "El buey le dijo a la mula", "Villancico del Camimno" e "Muestramelo ya".

“Santo Agostinho – recordava D. Álvaro del Portillo – dizia que quem reza cantando, reza duas vezes”. Acrescentaria que os que cantam em família se sentem duas vezes em família.

Estava próximo o Natal de 1947. Numa residência universitária em Madrid, São Josemaria sugere a uns jovens do Opus Dei que componham ou selecionem canções populares para cantar na tertúlia, em reunião familiar.
Publicamos aqui algumas dessas singelas melodias de Natal que surgiram depois daquela sugestão: Borrico le das tu quererEl buey le dijo a la mulaSoy una mulaVillancico del camino e Muéstramelo ya.

A ideia de compor canções espalhou-se pelos países onde já havia pessoas do Opus Dei, e o Fundador da Obra começou a receber versos e músicas de todo o mundo. Numa ocasião, reuniram-se canções em várias línguas numa só melodia: El Villancico del Camino.

São textos simples, que ajudavam a meter-se nas cenas do Nascimento, que ajudavam a rezar. "Santo Agostinho – recordava D. Álvaro del Portillo – dizia que quem reza cantando, reza duas vezes". Acrescentaria que os que cantam em família se sentem duas vezes em família.

"SANTO AGOSTINHO – RECORDAVA D. ÁLVARO DEL PORTILLO – DIZIA QUE QUEM REZA CANTANDO, REZA DUAS VEZES". ACRESCENTARIA QUE OS QUE CANTAM EM FAMÍLIA SE SENTEM DUAS VEZES EM FAMÍLIA.

A sua letra e melodia refletem uma ideia de São Josemaria: viver uma piedade simples, de criança, fundada em doutrina sólida, de teólogos. A repetida referência ao boi e à mula, por exemplo, é uma amostra desse conselho: "o boi e a mula – explicava o Card. Ratzinger – não são um mero produto da imaginação piedosa mas converteram-se em acompanhantes do acontecimento do Natal em virtude da fé da Igreja na unidade entre o Antigo e o Novo Testamento. Com efeito, em Isaías 1, 3 diz-se: "O boi conhece o seu dono e o asno o estábulo do seu amo, mas Israel não conhece nada, o Meu povo nada entende". Os Padres da Igreja viram nessas palavras um discurso profético que preanuncia o novo povo de Deus, a Igreja formada pelos judeus e gentios. Para Deus, todos os homens, judeus e pagãos, eram como bois e asnos, sem razão nem entendimento. Mas o Menino do presépio abriu-lhes os olhos de modo que entendessem a voz do seu dono, a voz do Senhor" (Ratzinger, Joseph, Homilias sobre o Natal).
O último Natal do fundador do Opus Dei aqui na terra, em 1974, estava a acabar. Nessa noite de Passagem de ano estava reunido novamente com os seus filhos. Trouxeram-lhe uma imagem de Deus Menino. Com delicadeza amorosa tomou-o nas mãos e não se recatou de fazer, como dizia, "puerilidades". Vinha-lhe à lembrança o Menino Jesus do convento de Santa Isabel de Madri, com quem dançava e cantava. Agora, olhando para o Menino com ternura, cobria-O de beijos e confessava aos seus filhos: "Não me dá vergonha beijar o Menino como quando era pequeno. Quando estou para partir do mundo, não me dá nenhuma vergonha".

Partituras em pdf

Borrico le das tu querer
El buey le dijo a la mula
Muéstramelo ya
Soy una mula

Músicas em mp3

Borrico le das tu querer
https://soundcloud.com/opusdeibrasil/borrico-le-das-tu-querer?utm_source=opusdei.org&utm_campaign=wtshare&utm_medium=widget&utm_content=https%253A%252F%252Fsoundcloud.com%252Fopusdeibrasil%252Fborrico-le-das-tu-querer
El buey le dijo a la mula
Muéstramelo ya
Soy una mula

Santo Estêvão

O primeiro mártir Santo Estêvão | Vatiacan News
26 de dezembro

O primeiro mártir Santo Estêvão e os cristãos perseguidos hoje.

No dia em que a Igreja celebra Santo Estêvão, o proto-mártir e protomártir, o relatório de Ajuda a Igreja que Sofre nos convida a lembrar os cristãos perseguidos no mundo de hoje. Um número crescente em meio à violência, abuso e fechamento forçado de igrejas. Jihadistas e nacionalistas estão impulsionando o aumento da perseguição aos cristãos em todo o mundo, conforme aponta a edição atualizada do “Relatório Perseguidos, mas não Esquecidos: 2020-22”.

Vatican News

A fundação Pontifícia ACN - Ajuda à Igreja que Sofre - lançou em 22 de novembro, a edição atualizada do “Relatório Perseguidos, mas não Esquecidos: 2020-22”, um levantamento sobre os cristãos oprimidos por sua fé nos últimos dois anos.

O relatório inclui informações da ACN e de fontes locais, com testemunhos exclusivos, compilações de incidentes, estudos de caso e análises de países sobre até que ponto os cristãos são alvo de perseguição.

“Perseguidos, mas não Esquecidos: 2020-22” aponta que em 75% dos 24 países pesquisados, a opressão ou perseguição aos cristãos aumentou.

A África viu um aumento acentuado na violência terrorista de militantes não estatais - com mais de 7.600 cristãos nigerianos supostamente assassinados entre janeiro de 2021 e junho de 2022.

Em maio de 2022, um vídeo foi divulgado mostrou 20 cristãos nigerianos sendo executados pelo grupo terrorista islamista Boko Haram / ISWAP.

Na Ásia, o autoritarismo estatal levou ao agravamento da opressão. O levantamento mostra a Coreia do Norte como o pior país no continente, onde a crença e a prática religiosa são rotineira e sistematicamente reprimidas.

O nacionalismo religioso desencadeou uma crescente violência contra os cristãos na região, com grupos nacionalistas budistas cingaleses e hindus cingaleses ativos na Índia e no Sri Lanka, respectivamente. As autoridades prenderam fiéis e interromperam os cultos da Igreja.

A Índia registrou 710 incidentes de violência anticristã entre janeiro de 2021 e o início de junho de 2022, impulsionados em parte pelo extremismo político.

Durante um comício em massa em Chhattisgarh, em outubro de 2021, membros do Partido Bharatiya Janata (BJP) aplaudiram quando o líder religioso hindu de direita Swami Parmatmanand pediu que os cristãos fossem mortos.

O estudo constatou que, no Oriente Médio, uma crise migratória ameaça a sobrevivência de algumas das comunidades cristãs mais antigas do mundo.

Na Síria, os cristãos despencaram de 10% da população para menos de 2% – caindo de 1,5 milhão pouco antes do início da guerra para cerca de 300.000 hoje.

Embora a taxa de êxodo seja mais lenta no Iraque, uma comunidade que contava com cerca de 300.000 cristãos antes da invasão de 2014 pelo grupo Estado Islâmico, caiu pela metade, para 150.000 na primavera de 2022.

O Relatório também mostra que em países tão diversos como o Egito e o Paquistão, as meninas cristãs são rotineiramente sujeitas a sequestros e estupros sistemáticos.

O autor do relatório, John Pontifex, disse: “Perseguidos, mas não Esquecidos: 2020-22” fornece testemunho em primeira mão e estudos de caso provando que em muitos países os cristãos estão sofrendo perseguição – façamos tudo o que pudermos para mostrar que eles não são esquecidos".

Confira o Relatório ”Perseguidos, mas não Esquecidos: 2020-22” na íntegra, na página da ACN-Brasil: https://www.acn.org.br/relatorio-sobre-os-cristaos-perseguidos/

Sobre a ACN (Ajuda à Igreja que Sofre)

A ACN (Ajuda à Igreja que Sofre) é uma Fundação Pontifícia que auxilia a Igreja por meio de informações, orações e projetos de ajuda a pessoas ou grupos que sofrem perseguição e opressão religiosa e social ou que estejam em necessidade. Fundada no Natal de 1947, a ACN tornou-se uma Fundação Pontifícia da Igreja em 2011. Todos os anos, a instituição atende mais de 5.000 pedidos de ajuda de bispos e superiores religiosos em cerca de 130 países, incluindo: formação de seminaristas, impressão de Bíblias e literatura religiosa - incluindo a Bíblia da Criança da ACN com mais de 51 milhões de exemplares impressos em mais de 190 línguas; apoia padres e religiosos em missões e situações críticas; construção e restauração de igrejas e demais instalações eclesiais; programas religiosos de comunicação; e ajuda aos refugiados e vítimas de conflitos.

Santo Estêvão Proto-mártir
Santo Estêvão é chamado Proto-mártir, por ser o primeiro mártir da história da Igreja.

Seu martírio ocorreu entre o ano 31 e 36 da era Cristã.

Nos Atos dos Apóstolos encontramos um longo relato sobre o martírio de Estêvão, que foi um dos sete primeiros Diáconos, nomeados e ordenados pelos Apóstolos.

“Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. Por isso, levantaram-se alguns representantes da Sinagoga e começaram a discutir com Estêvão, mas não puderam resistir à sua sabedoria e Espírito com as quais falava”.

Em um longo discurso, Estêvão evoca a história do povo de Israel, dizendo: “Homens de cerviz dura, incircuncisos de coração e de ouvidos, resistis sempre ao Espírito Santo. Vós sois como os vossos pais, que mataram os profetas. Vós recebestes a Lei, promulgada pelo ministério dos anjos, e não a guardastes”.

Ao ouvirem estas palavras, reagiram contra ele, com dente e unha. Mas ele, cheio do Espírito Santo, tendo os olhos fixos no céu, viu a glória de Deus e Jesus sentado à sua direita. E disse: “Vejo os céus abertos e o Filho do homem à direita do Pai”.

Com um grande clamor, fecharam os olhos e começaram jogar pedras nele. Levando-o para fora da cidade, foi apedrejado até morrer. No entanto, Estevão balbuciava as palavras: “Senhor Jesus, recebei meu espírito”. Depois, ajoelhando-se, gritou em alta voz: “Senhor, não lhes imputeis este pecado... e adormeceu”.

As testemunhas presentes depuseram seu manto aos pés de um jovem, chamado Saulo.

O que é são as “oitavas” para a Igreja Católica

Ajdin Kamber | Shutterstock
Por Pe. Henry Vargas Holguín

E por que essas celebrações fazem parte do ano litúrgico?

Não é de se estranhar que muitos associem a palavra “oitava” principalmente ao campo musical. Mas, na esfera eclesial, especialmente na liturgia da Igreja, a oitava é outra coisa. Trata-se de uma forma de celebrar uma solenidade.

As oitavas celebradas pela Igreja

Atualmente, a Igreja celebra de modo ainda mais especial duas solenidades: Natal e Páscoa. 

De fato, essas solenidades são celebradas durante oito dias. É por isso que falamos Oitava de Natal ou Oitava de Páscoa.

Até o ano de 1969 havia também a oitava de Pentecostes, que foi suprimida do calendário romano.

Oito dias de celebrações

Chama-se, então, “oitava” à celebração continuada durante oito dias de cada uma destas duas solenidades. Em outras palavras: a oitava, seja de Páscoa ou de Natal, começa no dia (da Páscoa ou do Natal) e prosseegue nos sete dias seguintes.

As Oitavas de Páscoa e de Natal são tão importantes que, normalmente, não é permitido usar uma forma de celebração da Missa diferente daquela do dia da oitava correspondente.

A oitava de Natal

Atualmente, a Oitava de Natal inclui várias outras festas: a da Sagrada Família, a de Santo Estêvão, a de São João Evangelista, a dos Santos Inocentes, a de São Tomás Becket e a do Papa São Silvestre.

Todas essas festas nos conduzem – cada uma ao seu modo – para a Natividade de Jesus, ajudando-nos a refletir sobre a Encarnação do Verbo.

O oitavo dia da Oitava de Natal é a Solenidade de Maria, Mãe de Deus, em 1.º de janeiro.

De onde vem a tradição

As oitavas, para a Igreja, são uma prática que tem suas raízes no Antigo Testamento, já que o antigo povo de Israel celebrava suas grandes festas durante oito dias.

As festas – como os Tabernáculos, Pães Asmos, Páscoa – eram grandes festas do povo de Israel, das quais o oitavo dia era o mais solene.

E esta tradição vem, por sua vez, do tempo de Abraão. Deus fez uma aliança com Abraão e seus descendentes, cujo símbolo era a circuncisão no oitavo dia após o nascimento de todo homem (Gn 17:11-12).

É por isso que Jesus, como judeu, foi circuncidado no oitavo dia, recebendo o seu nome nesse dia (Lc 2,21).

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Papa: Santo Estêvão, testemunha da caridade, do anúncio e do perdão

Papa Francisco | Vatican News

“Caridade e anúncio, assim era Estêvão: ele soube unir a caridade e o anúncio. Deixou-nos seu testemunho no momento da morte, quando seguindo o exemplo de Jesus, perdoou seus assassinos”. Palavras do Papa Francisco no Angelus desta segunda-feira (26/12) festividade de Santo Estêvão Mártir.

Jane Nogara - Vatican News

Na festividade de Santo Estêvão Mártir, o Papa dedicou algumas palavras ao santo no Angelus desta segunda-feira (26) na Praça São Pedro. Francisco iniciou recordando que na liturgia, logo depois do Natal, são comemoradas figuras dramáticas de Santos mártires, entre eles Santo Estêvão e os Santos Inocentes, as crianças mortas pelo rei Herodes. E se pergunta o porquê, logo ressaltando que não devemos nos acomodar “porque o Natal não é a fábula do nascimento de um rei, mas a vinda do Salvador, que nos livra do mal ao tomar sobre si o nosso mal: o egoísmo, o pecado, a morte. E os mártires são os mais semelhantes a Ele”.

E explica que a palavra mártir significa testemunha: "Os mártires são testemunhas, isto é, irmãos e irmãs que, através de suas vidas, nos mostram Jesus, que venceu o mal com a misericórdia. E convida todos a se perguntarem “nós, damos testemunho dele? E como podemos melhorar nisso? Podemos ser ajudados precisamente pela figura de Santo Estêvão”.

Santo Estêvão

Santo Estêvão, continuou Francisco, como um dos sete diáconos, fora consagrado para servir à mesa, para a caridade, e isso é importante porque Estêvão não se limitava a esta obra de assistência. Isto significa que seu primeiro testemunho não foi dado em palavras, mas através do amor com o qual servia os mais necessitados.

“A todos que encontrava, falava de Jesus: compartilhava a fé à luz da Palavra de Deus e dos ensinamentos dos Apóstolos.”

O Papa em seguida afirmou que a segunda dimensão de seu testemunho é “acolher a Palavra e comunicar sua beleza, contar como o encontro com Jesus muda a vida”.

Caridade e anúncio

“Caridade e anúncio, assim era Estêvão. Porém, seu maior testemunho é ainda outro: ele soube unir a caridade e o anúncio. Deixou-nos seu testemunho no momento da morte, quando seguindo o exemplo de Jesus, perdoou seus assassinos.”

A resposta

Eis então, continuou o Papa, a resposta à nossa pergunta: “nós podemos melhorar nosso testemunho através da caridade para com nossos irmãos e irmãs, da fidelidade à Palavra de Deus e do perdão. CaridadePalavra, Perdão. É o perdão que diz se realmente praticamos a caridade para com os outros e se vivemos a Palavra de Jesus”.

Por fim Francisco nos aconselha “Pensemos em nossa capacidade de perdoar, nestes dias em que talvez encontremos, entre muitas outras, algumas pessoas com as quais não nos damos bem, que nos feriram, com as quais nunca mais fizemos as pazes. Peçamos a Jesus recém-nascido a novidade de um coração capaz de perdoar: a força para rezar por aqueles que nos feriram e para dar passos de abertura e de reconciliação”.

domingo, 25 de dezembro de 2022

Mensagem de Natal do presidente da CNBB

Mensagem de Natal do presidente da CNBB | cnbb

EM MENSAGEM DE NATAL, PRESIDENTE DA CNBB MOTIVA TRILHAR O CAMINHO DA RECONCILIAÇÃO

“Todos busquem trilhar o caminho da reconciliação considerando os ressentimentos que ficaram em razão, principalmente, de divergências políticas”. Essa é a proposta de exercício espiritual para o Natal deste ano feita pelo arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo, em mensagem divulgada na última quarta-feira, 21 de dezembro.

Dom Walmor afirma que o tempo do Natal “oferece-nos neste ano um especial convite que é verdadeiro exercício espiritual”, nessa perspectiva da reconciliação.

“Cada um possa reconhecer neste tempo do Natal que Jesus nasce para todos, independentemente, das convicções políticas, pois cada pessoa é filho e filha de Deus. Somos, pois, igualmente irmãos e irmãs um dos outros, devemos ser corresponsáveis pela vida de cada um e de cada uma”, afirmou.

Por esse motivo, dom Walmor indica que cada um evite investir energia em pontos de divisão: “ao contrário, exercite o amor ao próximo, procure aqueles que com os quais rompeu laços fraternos e juntos façam a caridade dedicando gestos solidários aos que sofrem mais. Não ofenda, não revide, não instigue brigas, viva cada dia como oportunidade para o exercício da fraternidade”.

Confira o vídeo na íntegra:

O que podemos oferecer a Jesus neste Natal?

nito - Shutterstock

Os reis magos vieram da Pérsia, iluminados por uma estrela no céu e por uma luz interior que os guiava e os dirigia para Cristo.

Enquanto em Jerusalém ninguém esperava e acreditava, os Reis Magos, na fé, procuravam o esperado Menino, sua Mãe e seu Pai em Belém. “Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo” (Mt 2,1-2). São Mateus diz que o rei Herodes ficou perturbado e com ele toda a Jerusalém.

E a misteriosa estrela os guiava até chegarem onde estava o Menino. Encontrando-O, prostraram-se diante Dele, “abrindo seus tesouros, ofereceram-lhe como presentes: ouro, incenso em mirra”. O ouro é dado ao Rei, o incenso a Deus, e a mirra à vítima a ser imolada um dia no Calvário. Que mistério!

A epifania, é esta manifestação de Jesus como Messias, Filho de Deus e Salvador do mundo. Esses “magos”, representantes das religiões pagãs, representam as primeiras nações que acolhem a Boa Nova da salvação pela Encarnação do Verbo. A vinda deles a Jerusalém para “adorar ao Rei dos Judeus” mostra que eles procuram em Israel, à luz do Messias da estrela de Davi, aquele que será o Rei das nações. Isto significa que “a plenitude dos pagãos entra na família dos patriarcas” e adquire a mesma dignidade dos judeus.

Os reis magos, que eram pagãos, souberam ver no Menino, o Deus salvador, por isso o adoraram e lhe deram presentes. E nós, o que devemos dar a Jesus? Antes de tudo precisamos seguir a sua Luz, a sua Estrela.

Ora, São João da Cruz disse que “amor só se paga com amor”. Jesus só nos deu amor: sua vida, sua morte, sua ressurreição. “Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1). Ele é o amor! Nossos presentes ao grande Menino devem ser presentes de amor.

Ele disse na Santa Ceia: “Se me amais guardareis os meus mandamentos” (Jo 14,15). Então, a primeira disposição nossa deve ser de renovar o desejo de ouvir a sua voz e obedecer-lhe. São Jerônimo disse que “quem não conhece os Evangelhos não conhece Jesus”. O primeiro passo é conhecer o que Ele ensinou; o segundo é viver o que Ele manda.

Jesus veio para “tirar o pecado do mundo” (Jo 1,29); Ele é o Cordeiro imolado pelos nossos pecados. Então, o melhor presente que você pode colocar na Sua manjedoura é o propósito firme de lutar, sem tréguas, sem desanimar, sem se cansar, contra os seus pecados; pois é a única ação que pode afastá-Lo do seu coração, onde Ele quer sempre estar.

Olhe para você mesmo diante do Presépio, e pergunte ao divino Menino o que Ele quer que você mude na sua vida. Peça-lhe a sua graça, para ouvir a sua voz e ter a graça de obedecer-Lhe. Ofereça esse propósito como o seu ouro, incenso e mirra. Ele vai gostar!

Mais do que os presentes e as micro lâmpadas piscando, Ele quer seu coração; todo, inteiro, sem divisão. Então, o melhor presente é entregar-lhe o coração, determinado a amá-lo.

(Com Cléofas)

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF