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terça-feira, 10 de janeiro de 2023

A comunicação da esperança

Vela e texto (Foto: João Lopes Cardoso)

A guerra na Ucrânia, a crise económica pós-pandemia e as alterações climáticas são temas que vão marcar o ano 2023. O Papa pede-nos para vivermos “juntos” o futuro. O rumo da Igreja passa por Portugal com a JMJ de Lisboa e abre-se ao mundo na continuidade de um Sínodo que é, cada vez mais, caminho de todos. Entretanto, em fevereiro será publicado o relatório sobre os abusos sexuais na Igreja Católica Portuguesa. Um ano de esperança na comunicação.

Rui Saraiva – Portugal

Em 2023 serão temas críticos a guerra na Ucrânia, a crise económica pós-pandemia e as alterações climáticas. Desafios que necessitam de respostas concretas. O novo ano que nos acolhe precisa da comunicação da esperança.

Juntos para a paz e o bem comum

No título da Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz, celebrado a 1 de janeiro, descobrimos a atitude que deverá marcar o percurso deste ano de 2023: “Ninguém pode salvar-se sozinho. Juntos, recomecemos a partir da Covid-19 para traçar sendas de paz”. O Papa pede-nos para vivermos “juntos” o futuro, convocando-nos para uma atitude que nos leve a “repensar-nos à luz do bem comum”.

“Não podemos continuar a pensar apenas em salvaguardar o espaço dos nossos interesses pessoais ou nacionais, mas devemos repensar-nos à luz do bem comum, com um sentido comunitário, como um «nós» aberto à fraternidade universal. Não podemos ter em vista apenas a proteção de nós próprios, mas é hora de nos comprometermos todos em prol da cura da nossa sociedade e do nosso planeta, criando as bases para um mundo mais justo e pacífico, seriamente empenhado na busca dum bem que seja verdadeiramente comum”, escreve o Santo Padre.

JMJ, levantar e partir

É precisamente para a construção de uma sociedade mais justa, fraterna e em paz que o Papa Francisco convoca os jovens de todo o mundo para se encontrarem na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no próximo mês de agosto. O rumo da Igreja passa por Lisboa em 2023.

“Maria levantou-se e partiu apressadamente” é a frase do Evangelho de S. Lucas que serve de lema à próxima JMJ. E os jovens estão a responder a esta proposta com entusiasmo e a mobilizarem-se para fazerem da JMJ em Lisboa um verdadeiro “ponto de partida” das suas vidas, como referiu recentemente o cardeal Tolentino Mendonça.

A JMJ “vai ser um gigante ponto de partida, que nos vai projetar em tantas dinâmicas criativas que vão inaugurar uma nova era, uma nova época, na vida da Igreja, porque a Igreja vai receber o sangue novo da juventude”, afirmou o purpurado português em entrevista a dois jovens da organização do evento.

Sínodo é processo de comunicação

Entretanto, o novo ano traz-nos mais duas etapas do Sínodo. Serão as assembleias continentais entre janeiro e março e a primeira sessão da XVI Assembleia dos Sínodo dos bispos em outubro. Momentos absolutamente inéditos de um profundo processo de discernimento coletivo, promovendo a participação, o encontro, a escuta e o diálogo. Um verdadeiro processo de comunicação.

Segundo informa o Documento para a Etapa Continental, publicado em outubro pela Secretaria Geral do Sínodo, a Igreja em processo sinodal está a colocar em caminho “milhões de pessoas em todo o mundo” que se sentem “implicadas nas atividades do Sínodo”.

Para esta nova fase do Sínodo a inspiração vem de uma frase do profeta Isaías que leva a pensar “a Igreja como uma tenda”: “Alarga o espaço da tua tenda, estende sem medo as lonas que te abrigam, e estica as tuas cordas, fixa bem as tuas estacas” (Is 42,2).

A esperança no caminho

Com este estimulante lema é lançado o desafio de alargar o caminho da Igreja ao acolhimento dos outros. “Alargar a tenda exige acolher outros no seu interior, dando espaço à sua diversidade”, aponta o texto.

Trata-se de uma proposta que sublinha “a visão de uma Igreja capaz de uma inclusão radical, de pertença mútua e de profunda hospitalidade segundo os ensinamentos de Jesus”. Uma visão que “está no centro do processo sinodal”.

“Esta tenda é um espaço de comunhão, um lugar de participação e uma base para a missão”, refere o texto para a etapa continental. Nesta grande tenda alargada cabem, desde logo, as 112 sínteses sinodais enviadas em 2022 pelas conferências episcopais do mundo, na primeira fase do Sínodo. Estas sínteses são concreta expressão da escuta do povo de Deus em processo de comunicação.

E este caminho sinodal com as duas sessões em Roma em 2023 e 2024, vai ao encontro do Jubileu de 2025 com a esperança no coração, pois o lema deste evento é “Peregrinos da Esperança”. Esta temática escolhida pelo Papa Francisco para o Jubileu de 2025 faz aumentar a importância dos processos de comunhão e participação iniciados pelo Sínodo.

Comissão para os abusos

Em Portugal o ano de 2023 terá já no seu início uma etapa importante com a publicação a 16 de fevereiro do relatório da Comissão Independente para o estudo dos abusos sexuais contra as crianças na Igreja Católica Portuguesa.

Em recente entrevista à Agência Ecclesia e Rádio Renascença, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. José Ornelas, realçou o trabalho desta Comissão. “Pedimos um estudo para conhecer a realidade”, afirmou o bispo de Leiria-Fátima acrescentando a necessidade de avaliar e discernir os resultados.

Será, com certeza, este um bom momento para assumir a importância essencial da comunicação em cada uma das dioceses portuguesas, promovendo o acolhimento das vítimas e a pesquisa de informação necessária para que seja feita justiça.

Comunicar conteúdos de esperança

Para que a comunicação possa ser veículo de esperança, é muito importante que desenvolva processos de relação baseados na escuta, na partilha e no diálogo, nos quais emissor e recetor trocam de funções em modo dinâmico. Uma atitude unilateral, reativa e não planeada favorece a polémica e tem dificuldade em disponibilizar elementos informativos.

Para ser esperança, a comunicação na Igreja deve partir do coração da Palavra de Deus, fazendo discernimento e em atitude de diálogo com o mundo. Com escrutínio público e em colaboração com os órgãos de comunicação social, é mais fácil desenvolver processos de comunicação que produzam conteúdos de esperança.

Laudetur Iesus Christus

São Nicanor

S. Nicanor | A12
10 de janeiro
São Nicanor

Nicanor foi um dos sete diáconos, escolhidos pelos Apóstolos no início da Igreja, para servir ao povo de Jerusalém; os demais são Estevão, Filipe, Prócoro, Timão, Parmenas e Nicolau (At 6,1-7). Destes, temos mais notícias apenas de Estevão, primeiro mártir por Cristo (cf. At 7,55-60) e Filipe, que pregou na Samaria e converteu Simão Mago e um etíope eunuco (fato tradicionalmente considerado como o início da Igreja Ortodoxa Etíope)(At 8,9-13; 26-40).

A necessidade destes diáconos ocorreu porque, naquele período, a Igreja distribuía os auxílios recebidos em comum, mas os judeus que falavam grego alegaram que suas viúvas não estavam recebendo devidamente tais ajudas, sendo preteridas pelos que falavam hebraico. Os Apóstolos decidiram que não era correto que eles mesmos deixassem de pregar a Boa Nova para se encarregar das distribuições, e assim rezaram impuseram as mãos, para este serviço, sobre sete homens bem conceituados.

Acredita-se que São Nicanor tenha sido martirizado em 76, mas não há dados que o confirmem. O Annales Ecclesiastici de Barônio, com algumas informações sobre ele, atualmente é considerado historicamente incorreto.

Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:

O fato de que Nicanor era “bem conceituado” pelos Apóstolos é o suficiente para que entendamos a sua santidade, ainda que a Tradição ou algum escrito não tenham registrado nada mais sobre a sua vida. A escolha deste grupo de diáconos foi certamente abençoada pelo Espírito Santo e formalmente ratificada pelas orações e imposição dos Apóstolos. De fato, será incontável o número de santos no Paraíso, dos quais não haverá qualquer memória ou sequer registro nesta terra. A ação de Deus muito frequentemente, ou ainda certamente na maioria das vezes, ocorre sem qualquer percepção da nossa parte, que infelizmente nem nos damos conta de muito daquilo que Ele já nos permite acessar, quem sabe por isso somos tão facilmente ingratos ao Senhor. “Assim os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos”, nos recorda Jesus (Mt 20, 16). O que importa é que, sob as bençãos da Igreja, atuemos conforme nos indica o Espírito nas nossas vocações pessoais, procurando sempre a orientação dos bons pastores para discernir o que Deus nos pede. Isto nos deve bastar para, como o santo diácono, sermos “vencedores” – “Nicanor” é um nome de origem grega com este significado, que foi realizado na prática, e nos lembra de que era comum aos antigos o entendimento de que cada nome pessoal indicava uma missão. Por isso Jesus Cristo é o Salvador Ungido. Interessante também é recordar o simbolismo bíblico do número sete (não propriamente um seu “poder significativo”, que seria uma espécie de idolatria numerológica), que indica a perfeição. Na figura dos sete diáconos, podemos enxergar a perfeição do serviço e dos bens levados aos irmãos e a todos os necessitados, o alimento do corpo e da alma, fundamentalmente a evangelização que é nossa tarefa e glória pelo Batismo, e na caridade.

Oração:

Senhor, que destes a cada um de nós um nome pelo qual seremos reconhecidos no Céu, concedei-nos que pela intercessão de São Nicanor recebamos a imposição das Vossas mãos para cumprir o serviço que nos destinastes, e sejamos felizes no absoluto anonimato das boas obras, pois sem a humildade, origem de todas as virtudes, não poderemos receber ou distribuir as graças e auxílios que devemos aos irmãos, nem ser contados no número dos eleitos, dos Vossos escolhidos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.

O Vicariato mais extenso do mundo

A planta do Vicariato Apostólico da Arábia | Egidio Picucci
Arquivo 30Dias - 01/02 - 2006
O Vicariato Apostólico da Arábia, com seus três milhões de quilômetros quadrados, é o mais extenso do mundo. Está vinculado à Congregação para a Evangelização dos Povos (Propaganda Fide) e compreende toda a península da Arábia, com exceção do Kuwait. Sob sua jurisdição se encontram, portanto, a Arábia Saudita, Bahrein, os Emirados Árabes Unidos, Omã, Catar e o Iêmen. Criado em 1888 com sede em Áden, no Iêmen, o Vicariato está sob a responsabilidade dos frades capuchinhos. Em 1973, o regime marxista do então Iêmen do Sul expulsou todos os missionários de Áden e assim a Santa Sé transferiu a sede do Vicariato para Abu Dhabi, um dos sete emirados que formam os Emirados Árabes Unidos (os outros são: Aiman, Sharjah, Dubai, Al-Fujayrah, Ra’s al Khaymah, Um al Qaiuan).

segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Festa do Batismo do Senhor 2023

Festa do Batismo do Senhor | Vatican News
09 de janeiro
Festa do Batismo do Senhor

A Igreja do Oriente já celebrava a Epifania e o Batismo de Jesus, no ano 300, em 6 de janeiro, enquanto a Igreja do Ocidente comemorava esta festa apenas na Liturgia das Horas. Em 1969, com a Reforma litúrgica, esta festa foi marcada no Domingo após a Epifania. Onde a Solenidade da Epifania não puder ser celebrada no dia 6 de janeiro, pode ser no domingo entre 2 e 8 de janeiro e a Festa do Batismo, na segunda-feira após a Epifania. Com esta festa, termina o ciclo de Natal, embora permaneça a possibilidade de celebrar, em 2 de fevereiro, a Apresentação do Senhor ao Templo, "Luz dos povos" (também conhecida como festa das "Candeias").

Ano A

“Naquele tempo, Jesus foi da Galileia ao Jordão para encontrar João e ser batizado por ele. Mas, João quis impedi-lo, dizendo: “Sou eu que devo ser batizado por ti e tu vens a mim”? Jesus lhe respondeu: “Deixa, por enquanto, pois convém que cumpramos toda a justiça”. Então, João cedeu. Logo que Jesus foi batizado, saiu da água: eis que os céus se abriram e viu descer sobre ele o Espírito de Deus, em forma de pomba. E do céu veio uma voz, que dizia: “Este é o meu Filho amado, em quem pus toda a minha complacência” (Mt 3, 13-17).

Jesus no Jordão

O texto evangélico começa com uma conotação geográfica: Jesus deixa a Galileia e vai até o rio Jordão para ser batizado por João Batista. Ao chegar lá, Jesus não se declarou Messias e não pronunciou nenhuma palavra, mas ficou ao seu lado para ser batizado e manifestar sua solidariedade com o povo pecador. Jesus não se isolou, mas foi ao encontro dos homens, marcados pela ferida do pecado, com os quais se comprometeu, tornando-se Homem no seio de Maria. Logo, há um desígnio divino nesta ação de Jesus de "pôr-se a caminho", em seu "itinerário de salvação".

João Batista

Ao ver Jesus, João Batista disse: “Sou eu que devo ser batizado por ti e tu vens a mim?”. Deparamo-nos com a perplexidade do profeta, que, poucos versículos antes, assim se expressou: “Aquele que virá depois de mim é mais poderoso do que eu e nem sou digno de desatar a correia das suas sandálias...” (Mt 3,11). Esta passagem recorda a perplexidade de Pedro, em Cesareia, quando repreendeu Jesus por confiar aos seus seguidores sobre a sua paixão, morte e ressurreição: “Que Deus não permita isso, Senhor...! Mas, voltando-se para ele, Jesus lhe disse: “Afasta-te, Satanás! Tu és para mim um escândalo; não pensas segundo Deus, mas segundo os homens!” (Mt 16,22-23); recorda também o Cenáculo, quando Pedro rejeita lavar seus pés (Jo 13,8). As reações de Batista e de Pedro fazem emergir seu transtorno ao perceber a fragilidade e submissão de Jesus.

"Deixar acontecer"

Chega um momento em que é preciso “deixar acontecer”. O que pode parecer fora do comum, a ponto de causar transtorno aos seus interlocutores mais íntimos, faz parte de um plano de Deus, que visa "cumprir toda a justiça”. Com efeito, como Jesus mesmo declarou, ele não veio para abolir a lei e os profetas (cf. Mt 5,17), mas para levar tudo à “perfeição”: a justiça de Deus não humilha, não divide, não julga, mas une, abate as barreiras, responde às necessidades de todos, no devido respeito de todos; a justiça de Deus é superior à dos homens, não utiliza a medida do "quanto, tanto": quanto você ofendeu, tanto pagará; a justiça divina utiliza a medida do amor, da misericórdia, do perdão. Esta é a única medida capaz de transpor as distâncias e curar os corações feridos, porque as más intenções nascem do nosso interior (cf. Mc 7,15).

Os céus se abriram

A escolha de Jesus foi-lhe confirmada com os céus abertos, com o dom do Espírito e a voz do Pai, que sela a missão de Jesus: “Este é o meu Filho amado, em quem pus toda a minha complacência”. Com esta abertura dos céus, a "justiça" cancela a separação entre o homem e Deus, levando o homem de volta ao início da Criação, quando o Espírito pairava sobre as águas. Em Jesus, Deus Pai indica o homem novo, o amado, a sua complacência, como se quisesse dizer: “Por ti sou feliz, sou orgulhoso”. No entanto, a felicidade reina em cada um de nós, porque todos nós trazemos a marca de Deus, porque fomos feitos “à sua imagem e semelhança” (Gn 1,26): uma marca que ninguém jamais poderá cancelar: "E viu que tudo era muito bom” (Gn 1,31). A sua vinda comprova que lhe interessamos. “Com vocês desejo começar uma nova história de salvação, um novo início”. Tornamo-nos homens novos homens na medida em que aprendermos a reconhecer a vida como dom de amor e viver deste Amor.

LIVROS EXCLUSIVOS - Caminho Neocatecumenal no Brasil

Livros do Caminho Neocatecumenal | cn.org

LIVROS EXCLUSIVOS

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Novidades do acervo

CARMEN HERNÁNDEZ – NOTAS BIOGRÁFICAS

Esta biografia, escrita pelo professor e doutor em Filosofia, Aquilino Cayuela, passa pelas etapas da vida de Carmen Hernández, assim como sua formação científica, teológica, bíblica, eclesiológica e litúrgica. O texto se adentra com respeito e descrição na intimidade desta mulher para oferecer uma reconstrução biográfica completa e cronológica do seu curso vital. O prólogo do livro é de Kiko Argüello, que afirma:

“Nestas notas biográficas, você verá uma mulher excepcional, importantíssima para a Igreja, apaixonada por Cristo, pelas Escrituras e pela Eucaristia. Tinha clara consciência de que sua missão dada por Deus era apoiar-me, defender-me e corrigir-me pelo bem do Caminho Neocatecumenal. Agradeço a Deus por Carmen, que sempre me dizia a verdade. Ela era uma mulher profunda, autêntica e receptiva em seu relacionamento com todos. Era muito inteligente. Amava a Cristo, a Igreja e, sobretudo o Papa”.

Kiko Argüello.

EZEQUIEL – PARÁBOLAS, ALEGORIAS, CANTOS, ENIGMAS E AÇÕES SIMBÓLICAS

Ezequiel é um dos quatro grandes profetas. No entanto, talvez seja o menos conhecido deles. E não é um profeta fácil. Ele frequentemente propõe o que é chamado em hebraico de mashal, um termo genérico que abrange parábolas, alegorias, provérbios, canções, enigmas…
Profeta imerso na história, Ezequiel convida seus ouvintes ou leitores a viver atentos ao que ocorre neles e ao seu redor, a viver com os olhos e ouvidos abertos para ver e escutar o rumor dos passos de Deus sob o ruído ensurdecedor dos afazeres.

O APOCALIPSE – A REVELAÇÃO DA GLÓRIA DO CORDEIRO

Quando se abre o livro do Apocalipse, sente-se uma forte atração e uma grande vertigem. É um texto marcado pelo sangue da história e uma obra de contemplação, imersa em uma auréola de luz que circunda uma cidade perfeita e maravilhosa, na qual não existe pranto nem morte.
O Apocalipse é, pois, o livro do presente e do futuro, do combate e da esperança, da semente e do fruto, da Jerusalém histórica, na qual mora também a sanguinária Babilônia, e da nova e santa Jerusalém. É o livro do medo e da alegria, do juízo e da glória, que suscita a esperança recordando os cristãos de que Deus tem as rédeas da história em suas mãos.

HISTÓRIA DA IGREJA – IDADE PRIMITIVA

A história da Igreja é história de salvação, pois Deus é Senhor da história e como tal a conduz. A encarnação de Deus (Jo 1,14) é o princípio da Igreja e o fundamento de sua história. Como a Igreja é o corpo de Cristo, e nós somos os seus membros, com nossas qualidades e defeitos, somos herdeiros e protagonistas desta história.
A Igreja se realiza ao longo do tempo de formas diversas, mas não muda sua natureza divino-humana.
Permanece sempre igual a si mesma, amadurecendo até “completar em nós o que falta à paixão de Cristo” (Cl 1,24).

A vida dos iniciadores do Caminho Neocatecumenal.

A experiência na favela da periferia de Madri, compilação das anotações feitas ao longo dos anos, reflexões a partir dos acontecimentos de vida e das missões, recordadas com gratidão por Kiko Argüello e Carmen Hernández.

O KERIGMA – NAS FAVELAS COM OS POBRES

Neste livro, Kiko Argüello relata a experiência por ele vivida nas favelas da periferia de Madri, onde nasceu a primeira comunidade neocatecumenal, na qual se tornou visível o amor de Cristo Crucificado e se converteu em “semente” que, graças ao então arcebispo de Madri, Casimiro Morcillo, foi plantada nas paróquias de Madri e dali, expandiu-se para todo o mundo.

“Graças a Deus por este livro que, de alguma maneira, também mostra e reflete o rosto do Caminho Neocatecumenal num de seus elementos básicos: o do anúncio do Kerigma para a conversão. E graças a seu autor, que em suas páginas fala a cada um dos leitores com toda a força e o frescor do Evangelho para que, tendo seus ouvidos abertos à Palavra, acolham e sigam-no, sem temor e com toda a alegria de quem encontrou um imenso tesouro”.

(Do Prefácio escrito pelo Cardeal Antonio Cañizares).

KIKO ARGÜELLO ANOTAÇÕES 1988 – 2014

Neste livro estão compiladas anotações de Kiko Argüello feitas ao longo de 30 anos: são reflexões a partir de um acontecimento, de uma convivência ou de um encontro.

Uma história cheia de alegrias e de sofrimentos, onde transparece a luta do autor para levar adiante, com fidelidade, o encargo recebido de Deus. Esses pensamentos, lidos sem pressa e meditados no tempo que requerem, fazem pensar, rezar, admirar, perguntar. Cada um dos números deste livro é sedimento e reflexo do espírito artístico e da experiência existencial do autor; os traços do Caminho Neocatecumenal vão como que consolidando suas páginas.

CARMEN HERNÁNDEZ DIÁRIOS 1979 – 1981

Esta publicação deseja recordar com gratidão a vida e a missão de Carmen Hernández, iniciadora do Caminho Neocatecumenal junto com Kiko Argüello. Os Diários encontrados depois de sua morte no ano de 2016, que ela foi escrevendo durante muitos anos, relatam fatos, recordam pessoas e, sobretudo, manifestam sua relação pessoal em diálogo com Jesus Cristo.

“Penso que vocês têm o direito de conhecer o coração de Carmen, o seu amor imenso a Jesus Cristo. Ela dizia constantemente “Jesus meu, te amo, te amo. Vem, vem ajudar-me”. Carmen escreveu os seus diários por trinta anos, que aos poucos transcreveremos para o bem espiritual dos irmãos do Caminho e da Igreja”.

(Kiko Argüello)

Coleção do autor Emiliano Jiménez

ABRAÃO, AQUELE QUE TEVE FÉ SEGUNDO A ESCRITURA E O MIDRASH

Inspirado por midrashim antigos, gênero de literatura judaica que interpreta de forma narrativa a Torá, Emiliano Jiménez compõe uma narrativa original a respeito do patriarca Abraão. Reunindo elementos fantasiosos e fontes bíblicas, o autor reconta a história de Abraão, e faz brilhar sua fé, seu abandono em Deus e sua fidelidade à sua promessa de Deus.

HISTÓRIA DA SALVAÇÃO

A história da Salvação é a história do amor de Deus a seu Povo escolhido. A elevação e queda de Adão, a eleição do Patriarca Abraão, a fuga do povo de Israel do Egito, os profetas, e toda a história de Israel, culminam na plenitude dos tempos: a vinda de Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. Conhecer a história da Salvação nos faz entrar no mistério da Redenção de Cristo e maravilhar-nos com a realidade da filiação divina.

FIGURAS BÍBLICAS

Figuras Bíblicas apresenta as principais personagens da Sagrada Escritura, evidenciando, através delas, a atuação de Deus na história do homem. As personagens bíblicas são um espelho do homem de todas as épocas e prefiguram a vinda do Messias. Em Adão, por exemplo, pai de uma multidão de povos, se oculta o Perfeito Deus e Perfeito Homem, o primeiro de uma multidão de homens novos. Em Moisés, chefe dos israelitas, Cristo é figurado como Redentor, que conduz o Povo na passagem da morte à Vida. Em Davi, encontramos a realeza de Nosso Senhor. E em Maria, o Verbo Divino se faz carne: Aquele que havia sido anunciado pelos profetas se encarnou e viveu entre os homens, para sua salvação.

O CREDO – SÍMBOLO DA FÉ DA IGREJA

Emiliano Jiménez Hernández mostra nestas páginas como o Credo, compêndio das principais verdades da fé da Igreja,

“não se trata de um conhecimento abstrato e sim da experiência do mistério de Deus revelado na criação, manifestado na salvação histórica de Jesus Cristo e comunicado – atualizado e interiorizado – na Igreja pelo Espírito Santo”.

Por isso, o Credo apostólico não é um mero recitar de palavras, mas uma adesão pessoal à própria realidade daquilo em que se crê.

MARIA, MÃE DO REDENTOR

Em Maria, Mãe do Redentor, vemos a Mãe de Deus sob três ângulos: na história da salvação, como mãe de Cristo e como figura da Igreja. Esses três aspectos se unem no mistério de Cristo, uma vez que o mistério da salvação culmina Nele e a Igreja é, em seu corpo, o Seu prolongamento. Maria só pode ser compreendida à luz de seu Filho. E o mistério de Cristo,

“mistério da salvação, é nos revelado e continua na Igreja, instituída pelo Senhor como seu Corpo”.

(LG 52).

PAI NOSSO – FÉ, ORAÇÃO E VIDA

Ao contrário do que muitos pensam, o Deus cristão não é um Deus impessoal, distante, abstrato, mas sim um Deus que é Pai, que nos revelou a sua intimidade ao enviar seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, tornando-os, assim, participantes de sua filiação. Dar-se conta dessa filiação divina é essencial em um mundo como o atual, onde o homem sente-se órfão, em um mundo sem limites. Por isso, o desejo íntimo de Jesus é que os homens descubram a Deus como Pai: que eles conheçam a ti, ó Pai (Jo 17,3)

“No Pai-Nosso, compêndio de todo Evangelho, encontramos o eco da mensagem de Jesus, o núcleo e a chave de sua pregação; por isso ele é o fundamento da oração da Igreja, a oração cristã por excelência”.

CÂNTICO DOS CÂNTICOS – RESSONÂNCIAS BÍBLICAS

O Cântico dos Cânticos, considerado por muitos o mais belo dos livros sagrados, é um canto sublime ao amor. Baseado em Orígenes, Emiliano Jiménez Hernández percorre trecho por trecho do livro, para tornar evidente a relação entre a sacralidade do amor humano e sua participação no amor de Cristo por Sua esposa, a Igreja.

“Não se trata”, diz o autor, “de explicar intelectualmente o Cântico dos Cânticos, mas de dizê-lo em nome próprio. Cristo veio salvar a Igreja com seu amor, tornando-a capaz de amar, também ela, com amor pleno”.

O SERMÃO DA MONTANHA – RESSONÂNCIAS BÍBLICAS

“O Sermão da Montanha é o primeiro dos cinco sermões de Jesus que Mateus relata. É o primeiro não apenas por ocupar o primeiro lugar, mas também pelo valor singular que apresenta. A força de seu conteúdo e a arte de sua composição fazem dele a pérola do Evangelho, a joia da fé cristã. No Sermão da Montanha, o cristão tem a imagem do homem novo, do ser celeste que caminha sobre essa terra. É o esboço acabado da obra de arte que o espírito de Cristo deseja realizar em quem acolhe suas palavras e segue seus passos no caminho da fé para o reino de Deus. É o rascunho do homem celeste, que a graça de Deus realiza mediante o dom do Espírito Santo naqueles que colocam suas vidas em suas mãos e se deixam modelar por Ele”.

DECÁLOGO – DEZ PALAVRAS DE VIDA

A Nova Aliança que Deus fez com os homens em Cristo é um mistério inesgotável. O autor de Decálogo, dez palavras de vida, buscando na Escrituras o sentido original dos Dez Mandamentos, encontrou um mistério de amor e misericórdia de Deus para com os homens, ensinando-os a amá-Lo sobre todas as coisas, e a procurar a felicidade somente n’Ele..

“Só quero que escutemos a Maria, a Igreja, que nos diz: ‘fazei tudo o que ele vos disser’ (Jo 2,5). Fazendo o que Ele nos disser, experimentaremos o gozo do ‘vinho novo e melhor’ do Evangelho, que fala a nós. Com ele ficará saciada nossa sede de Deus, de Verdade, de Luz, de Liberdade, de Vida”.

(O autor)

Fonte: https://cn.org.br/portal/livros/

Discurso do Papa Bento XVI aos Bispos do Brasil em visita ad limina – 2009

Discurso do Papa Bento XVI | Presbíteros

Discurso do Papa Bento XVI aos Bispos do Brasil (Nordeste 1 e 4) em visita ad limina – 2009

Caríssimos Irmãos no Episcopado,

Sede bem-vindos! Com grande satisfação acolho-vos nesta casa e de todo coração desejo que a vossa visita ad Limina proporcione o conforto e o encorajamento que esperais. Agradeço a amável saudação que acabais de dirigir-me pela boca de Dom José, Arcebispo de Fortaleza, testemunhando os sentimentos de afeto e comunhão que unem vossas Igrejas particulares à Sé de Roma e a determinação com que abraçastes o urgente compromisso da missão para reacender a luz e a graça de Cristo nas sendas da vida do vosso povo.

Queria falar-vos hoje da primeira dessas sendas: a família assentada no matrimônio, como «aliança conjugal na qual o homem e a mulher se dão e se recebem» (cf. Gaudium et spes, 48). Instituição natural confirmada pela lei divina, está ordenada ao bem dos cônjuges e à procriação e educação da prole, que constitui a sua coroa (cf. ibid., 48). Pondo em questão tudo isto, há forças e vozes na sociedade atual que parecem apostadas em demolir o berço natural da vida humana. Os vossos relatórios e os nossos colóquios individuais tocavam repetidamente esta situação de assédio à família, com a vida saindo derrotada em numerosas batalhas; porém é alentador perceber que, apesar de todas as influências negativas, o povo de vossos Regionais Nordeste 1 e 4, sustentado por sua característica piedade religiosa e por um profundo sentido de solidariedade fraterna, continua aberto ao Evangelho da Vida.

Sabendo nós que somente de Deus pode provir aquela imagem e semelhança que é própria do ser humano (cf. Gen 1, 27), tal como aconteceu na criação – a geração é a continuação da criação -, convosco e vossos fiéis «dobro os joelhos diante do Pai, de quem recebe o nome toda paternidade no céu e na terra, [para] que por sua graça, segundo a riqueza da sua glória, sejais robustecidos por meio do seu Espírito, quanto ao homem interior» (Ef 3, 14-16). Que em cada lar o pai e a mãe, intimamente robustecidos pela força do Espírito Santo, continuem unidos a ser a bênção de Deus na própria família, buscando a eternidade do seu amor nas fontes da graça confiadas à Igreja, que é «um povo unido pela unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo» (Lumen gentium, 4).

Mas, enquanto a Igreja compara a família humana com a vida da Santíssima Trindade – primeira unidade de vida na pluralidade das pessoas – e não se cansa de ensinar que a família tem o seu fundamento no matrimônio e no plano de Deus, a consciência difusa no mundo secularizado vive na incerteza mais profunda a tal respeito, especialmente desde que as sociedades ocidentais legalizaram o divórcio. O único fundamento reconhecido parece ser o sentimento ou a subjetividade individual que exprime-se na vontade de conviver. Nesta situação, diminui o número de matrimônios, porque ninguém compromete a vida sobre uma premissa tão frágil e inconstante, crescem as uniões de fato e aumentam os divórcios. Sobre esta fragilidade, consuma-se o drama de tantas crianças privadas de apoio dos pais, vítimas do mal-estar e do abandono e expande-se a desordem social.

A Igreja não pode ficar indiferente diante da separação dos cônjuges e do divórcio, diante da ruína dos lares e das conseqüências criadas pelo divórcio nos filhos. Estes, para ser instruídos e educados, precisam de referências extremamente precisas e concretas, isto é, de pais determinados e certos que de modo diverso concorrem para a sua educação. Ora é este princípio que a prática do divórcio está minando e comprometendo com a chamada família alargada e móvel, que multiplica os «pais» e as «mães» e faz com que hoje a maioria dos que se sentem «órfãos» não sejam filhos sem pais, mas filhos que os têm em excesso. Esta situação, com as inevitáveis interferências e cruzamento de relações, não pode deixar de gerar conflitos e confusões internas contribuindo para criar e gravar nos filhos uma tipologia alterada de família, assimilável de algum modo à própria convivência por causa da sua precariedade.

É firme convicção da Igreja que os problemas atuais, que encontram os casais e debilitam a sua união, têm a sua verdadeira solução num regresso à solidez da família cristã, lugar de confiança mútua, de dom recíproco, de respeito da liberdade e de educação para a vida social. É importante recordar que, «pela sua própria natureza, o amor dos esposos exige a unidade e a indissolubilidade da sua comunidade de pessoas, a qual engloba toda a sua vida» (Catecismo da Igreja Católica, 1644). De fato, Jesus disse claramente: «O que Deus uniu, o homem não separe» (Mc 10, 9), e acrescenta: «Quem despede a sua mulher e se casa com outra, comete adultério contra a primeira. E se uma mulher despede o seu marido e se casa com outro, comete adultério também» (Mc 10, 11-12). Com toda a compreensão que a Igreja possa sentir face a tais situações, não existem casais de segunda união, como os há de primeira; aquela é uma situação irregular e perigosa, que é necessário resolver, na fidelidade a Cristo, encontrando com a ajuda de um sacerdote um caminho possível para pôr a salvo quantos nela estão implicados.

Para ajudar as famílias, vos exorto a propor-lhes, com convicção, as virtudes da Sagrada Família: a oração, pedra angular de todo lar fiel à sua própria identidade e missão; a laboriosidade, eixo de todo matrimônio maduro e responsável; o silêncio, cimento de toda a atividade livre e eficaz. Desse modo, encorajo os vossos sacerdotes e os centros pastorais das vossas dioceses a acompanhar as famílias, para que não sejam iludidas e seduzidas por certos estilos de vida relativistas, que as produções cinematográficas e televisivas e outros meios de informação promovem. Tenho confiança no testemunho daqueles lares que tiram as suas energias do sacramento do matrimônio; com elas torna-se possível superar a prova que sobrevém, saber perdoar uma ofensa, acolher um filho que sofre, iluminar a vida do outro, mesmo fraco ou diminuído, mediante a beleza do amor. É a partir de tais famílias que se há de restabelecer o tecido da sociedade.

Estes são, caríssimos Irmãos, alguns pensamentos que deixo-vos ao concluirdes a vossa visita ad Limina, rica de notícias consoladoras mas também carregada de trepidação pela fisionomia que no futuro possa adquirir a vossa amada Nação. Trabalhai com inteligência e com zelo; não poupeis fadigas na preparação de comunidades ativas e cientes da própria fé. Nestas se consolidará a fisionomia da população nordestina segundo o exemplo da Sagrada Família de Nazaré. Tais são os meus votos que corroboro com a Bênção Apostólica que concedo a todos vós, extensiva às famílias cristãs e diversas comunidades eclesiais com seus pastores e todos os fiéis das vossas diletas dioceses.

Quantos habitantes tem de fato o Vaticano?

Antoine Mekary | ALETEIA | 
O Vaticano durante funeral do Papa Emérito Bento XVI
Por Francisco Vêneto

Cerca da metade dos cidadãos vaticanos não residem no território do menor Estado do mundo.

É bem sabido que o Vaticano é o menor país do mundo em extensão territorial e em população. Entretanto, se a extensão diminuta é um dado facilmente mensurável, a quantidade exata de habitantes da pequena Cidade-Estado é consideravelmente mais complicada de se estabelecer.

Nem todos os cidadãos são moradores do Vaticano…

Segundo o portal oficial do Estado da Cidade do Vaticano, o total de cidadãos seria de exatos 618, dos quais apenas 246 vivem dentro das muralhas, incluindo nessa conta os 104 que são membros da Guarda Suíça. Os dados mais recentes, porém, são de 1º de fevereiro de 2019.

Desses 618 cidadãos vaticanos, um total de 70 são cardeais – porém, apenas 17 deles moram em território do microestado.

De fato, ainda segundo o site oficial do governatorado vaticano, aproximadamente a metade dos cidadãos não reside no território do menor Estado do mundo, e sim em vários outros países, devido sobretudo a missões diplomáticas.

…e nem todos os moradores são cidadãos do Vaticano

Os que de fato moram no Vaticano seriam ao todo 453 pessoas, entre cidadãos e não-cidadãos.

Portanto, nem todos os cidadãos vaticanos moram no Vaticano, e nem todos os que moram no Vaticano têm a cidadania vaticana.

A propósito da cidadania vaticana, ela pode ser obtida (e perdida) com base em disposições bastante específicas, em conformidade com o Tratado de Latrão, que foi assinado entre o Vaticano e a Itália para dar origem à atual Cidade-Estado soberana em 1929. Antes do tratado, o Vaticano estava na prática sob ocupação italiana desde 1870, no contexto do processo de unificação da Itália.

Passaporte vaticano

Nem todo cidadão vaticano é necessariamente portador de um passaporte vaticano.

Esse privilégio, aliás, se aplica a uma minoria: em fevereiro de 2019, o total de passaportes vaticanos válidos era de apenas 70.

Apesar da coincidência com o número de cardeais com cidadania vaticana, não quer dizer necessariamente que todos os 70 passaportes pertençam a eles.

Números curiosos

O portal do governatorado inclui alguns dados muito curiosos, sempre relativos a fevereiro de 2019, como a “média anual de nascimentos” no Vaticano, que seria de “cerca de uma unidade” (no caso, tratou-se do filho de um guarda suíço).

No tocante à média de óbitos, era de “cerca de 5 unidades/ano”.

Por fim, o número de animais de estimação vivendo no Vaticano era de um único morador: um cachorro.

Números divergentes

A oscilação do número real de moradores no Vaticano pode ser constatada pelas divergências de informações veiculadas por diferentes meios de comunicação.

O site Worldometers informa atualmente que a população atual do Vaticano é de 806 pessoas, “com base nas últimas estimativas das Nações Unidas”.

Já a página da Wikipédia em italiano sobre a Cidade do Vaticano afirma que o número seria de 825 pessoas no ano de 2022.

Para a BBC, em matéria atualizada em dezembro de 2022, a população vaticana seria de 453 pessoas.

Por sua vez, a National Geographic se atém aos mesmos dados do portal oficial do Estado da Cidade do Vaticano e informa que o micropaís tem “618 cidadãos, dos quais apenas 246 vivem dentro dos muros; destes, 104 são integrantes da Guarda Suíça, um grupo de forças armadas responsável pela segurança do Papa”.

Bento XVI, um ilustre morador

Cabe registrar que, até o seu falecimento no último dia 31 de dezembro de 2022, o Papa Emérito Bento XVI também era um dos mais queridos e célebres moradores permanentes do Vaticano.

Desde a sua renúncia, ele morava no pequeno mosteiro Mater Ecclesiae, situado nos jardins vaticanos.

Seu corpo, aliás, agora também repousa dentro do território do menor país do planeta, em plena cripta da Basílica de São Pedro.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF