Translate

terça-feira, 31 de janeiro de 2023

RD Congo e Sudão do Sul: Papa dá início à sua 40ª Viagem Apostólica

Papa Francisco embarcando no voo que o levará a Kinshasa |
Vatican News

Esta é a primeira viagem internacional de Francisco em 2023. Um Pontífice assim, retorna à República Democrática do Congo após 37 anos. Já o Sudão do Sul, o país mais jovem do mundo desde a declaração de independência em 2011., pela primeira vez receberá a visita de um Papa. "Uma bela viagem" para levar "uma palavra de paz", disse o diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Matteo Bruni, na coletiva de apresentação da viagem.

Vatican News

"Uma peregrinação ecumênica de paz”: assim o Papa definiu no Angelus do último domingo sua 40ª Viagem Apostólica, que o leva à República Democrática do Congo e ao Sudão do Sul. O voo A 359/AZ² da Ita Airways decolou às 8h29 do Aeroporto Fiumicino. O Santo Padre embarcou no avião que o leva à Kinshasa, primeira etapa da viagem, em cadeira de rodas.

Ainda na manhã desta terça-feira, 31, antes de deixar a Casa Santa Marta e dirigir-se ao aeroporto, Francisco encontrou-se com uma dezena de migrantes e refugiados provenientes justamente da República Democrática do Congo e do Sudão do Sul, acolhidos e apoiados, com suas famílias, pelo Centro Astalli. Com eles estava o prefeito do Dicastério para a Caridade, cardeal Konrad Krajewski.

Ao chegar ao aeroporto de Fiumicino, o carro do Santo Padre parou brevemente na proximidade do Monumento aos Caídos de Kindu, os 13 aviadores italianos mortos no Congo em 11 de novembro de 1961. Às vítimas daquele sangrento massacre e a todos aqueles que perderam a vida participando nas missões humanitárias e de paz, o Papa Francisco dedicou uma oração, e depois seguiu em direção ao avião.

Papa em oração diante do Monumento aos Caídos | Vatican News

Ecumenismo de testemunho

Nesta 40ª viagem internacional, que se realiza a partir deste 31 de janeiro até 5 de fevereiro, levará a estes dois países africanos a palavra de Deus, a esperança da paz e do diálogo. Uma viagem que no Sudão do Sul terá uma forte conotação ecumênica, pois ao lado do Sucessor de Pedro, estará o arcebispo de Cantuária, Justin Welby, e o moderador da Assembleia Geral da Igreja da Escócia, Iain Greenshields. Será "um ecumenismo de testemunho" reiterou o cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin em entrevista ao Vatican News antes da viagem, especificando que esta visita se move na linha da proximidade com as Igrejas e comunidades locais, que estão "vivas e ativas", e a "sociopolítica" que espera a reconciliação, em duas realidades que por diferentes razões estão vivendo o drama de milhões de refugiados, da guerrilha, das tensões étnicas e políticas.

Antes de sair do Vaticano, o encontro com refugiados na Santa Marta
Vatican News

Encontro com vítimas e pessoas deslocadas

Francisco se deslocará em carro aberto durante os vários compromissos e se encontrará com representantes de instituições, Igrejas e sociedades locais. Estas incluem vítimas da parte oriental da República Democrática do Congo e pessoas deslocadas internamente do Sudão do Sul. Dois momentos que prometem ser comoventes, como foi a viagem a Bangui, a capital da África Central, uma etapa marcada pela incerteza devido à violência ocorrida alguns dias antes na capital. Na época o Papa quis ir, embora desaconselhado por muitos: "Eu só tenho medo de mosquitos", havia dito aos jornalistas no avião. E a resposta foi o "ambiente festivo nas ruas".

Papa saúda delegação que o acompanha na Viagem Apostólica
Vatican News

Prevista grande participação na Missa em Kinshasa

O Papa fará sete discursos em Kinshasa e cinco em Juba (todos transmitidos pelo Vatican News, com comentários em português). A Missa de 1° de fevereiro no Aeroporto Kinshasa-Ndolo, celebrada segundo o rito zairense do Missal Romano, deverá ser um dos eventos com maior presença de fiéis da viagem. A área pode abrigar até um milhão e meio de pessoas e, de acordo com a imprensa local este será o número de presentes na celebração do Pontífice. O palco onde a celebração será realizada é o maior já construído na República Democrática do Congo, e também está equipado com um elevador para permitir que o Papa chegue mais facilmente. O coro que animará a Missa também está entre os maiores de todos os tempos: 700 pessoas.

Peregrinação ecumênica a Juba

O primaz Anglicano Welby e o moderador Greenshield se unirão ao Papa em Juba, a capital do Sudão do Sul, na margem oeste do Nilo Branco, onde Francisco encontrará também o presidente Salva Kiir. Em Juba, vale a pena mencionar o encontro, ou melhor, o abraço do Bispo de Roma, no Salão da Liberdade, com os grupos de deslocados internos, reunidos em vários campos muitas vezes nas bases das missões da ONU. "Mais de 2 milhões no país, 33 mil somente na área de Juba". Entre elas, as crianças de Bentiu, capital do Estado de Unity, flageladas por enchentes devastadoras e epidemias de cólera. Parolin havia visitado o acampamento em sua viagem de julho.

São João Bosco

São João Bosco | comshalom
31 de janeiro
São João Bosco

Dom Bosco, também chamado de São João Bosco, foi aclamado pelo Papa João Paulo II como o Pai e Mestre da Juventude, nasceu em 16 de agosto de 1815 em uma comuna italiana chamada Colle dos Becchi, na região de Piemonte, Itália, perto da cidade de Castelnuovo de Asti. Hoje a cidade se chama Castelnuovo Dom Bosco em homenagem a ele e contam com apenas 3.036 habitantes.

Dom Bosco foi padre, educador e criador do sistema preventivo em educação. Dedicou toda sua vida a educação e a religião, além de se empenhar no desenvolvimento da imprensa católica.

Morreu no ano de 1888, na cidade de Turim, Itália, com 72 anos. A beatificação de João Bosco, aconteceu em 1929, pelo então Papa Pio XI.

A infância difícil de Dom Bosco

Filho de camponeses pobres e analfabetos, o pequeno João Bosco ficou órfão de pai aos dois anos de idade. Por isso, sua infância e juventude transcorreram em meio a grandes dificuldades, tanto financeiras quanto familiares. Uma grande marca de sua personalidade era a persistência na busca dos objetivos. Quando menino, era muito determinado nos estudos, mas sem ter meios para tanto, chegou a mendigar para continuar estudando. João Bosco trabalhou como sapateiro, ferreiro, carpinteiro, alfaiate e, quando conseguia um tempo livre, estudava música, uma de suas grandes aptidões.

A influência da mãe

Sua mãe era analfabeta, mas cheia de fé e sabedoria. Era ela a principal fonte de incentivo de Dom Bosco, ela o ajudou a crescer no amor de Deus e na ética cristã. Isto o auxiliou em todos os momentos e fez com que  não desistisse, mesmo diante de tantas dificuldades.

Dom Bosco, apóstolo desde pequeno

Desde menino, João Bosco se sentia chamado a falar de Deus a seus amigos, pois ele enxergava a realidade à sua volta: muitas crianças vindas do campo, na maioria órfãs como ele, em busca de emprego, mas que acabavam na rua passando fome, convivendo com o crime ou explorados por aqueles que buscavam mão-de-obra barata. Quando podia, João Bosco atraía um grupo de meninos e apresentando-lhes uma performance de teatro, de mágica ou de música e, logo depois, dava uma mensagem de fé, de amor, de catequese.

Entende-se que tal vocação tenha surgido de um sonho, onde Dom Bosco estava brigando com outros meninos e um homem, alguns acreditam ser Jesus Cristo, se aproximou e disse para educar, não com pancadas, mas com carinho.

Com sua missão em mente o menino manifestou sua vocação sacerdotal. João Bosco dizia: Quando crescer quero ser padre para cuidar dos meninos. Todo menino é bom; se há meninos maus é porque não há quem cuide deles.

Padre Dom Bosco a serviço dos meninos de rua

Em 1835, com 20 anos, entrou para o seminário. Tornou-se padre seis anos depois, em 5 de junho de 1841, quando passou a ser chamado de Dom Bosco. Logo começou seu trabalho com meninos de rua, evangelizando-os e ensinando a eles uma profissão.

O trabalho frutificou e em 1846, Dom Bosco pensava em organizar uma associação religiosa, contudo, a disputa pela separação entre Estado e Igreja na Itália não permitia uma ordem em moldes religiosos. A solução veio com a ideia de se criar uma organização de cidadãos que se dedicavam às atividades educativas, tudo em moldes civis que serviriam como uma associação de cidadãos aos olhos do Estado e como uma associação de religiosos perante a Igreja.

Dom Bosco então conseguiu um terreno no bairro de Valdocco, em Turim. Mudou-se para lá e fundou a obra que mudaria a vida de muitos meninos, oferecendo a eles moradia, segurança, diversão, catequese e profissionalização. Chamou este local de Oratório São Francisco de Sales. Assim começou a maravilhosa obra dos oratórios festivos de Dom Bosco.

A grande obra dos Salesianos

Vendo os frutos desse trabalho, muitos colaboradores se juntaram a ele para trabalhar na missão de evangelizar e dar um futuro a adolescentes e jovens desamparados. Em 1855 Dom Bosco deu o nome de Salesianos a seus colaboradores. Os primeiros salesianos fizeram os votos religiosos de castidade, pobreza e obediência. Em 1859 fundou a Congregação Salesiana, com a missão de cuidar dos meninos. O nome Salesiano foi uma homenagem a São Francisco de Sales, o santo da delicadeza no trato com as pessoas.

Salesianas para cuidar das meninas

Maria Mazzarello, juntamente com sua amiga Petronilla, fundou uma oficina de costura para meninas. O projeto deu certo e logo em 1863 a organização passou a acolher meninas órfãs. Vendo o trabalho de Maria, Dom Bosco fundou em 1972 o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, que teriam a missão de cuidar das meninas. Maria Domingas Mazzarello, mais tarde, foi canonizada e passou a ser chamada de Santa Maria Domingas Mazzarello. Sua obra, em conjunto com o Oratório São Francisco de Sales, socorreu milhares de crianças meninas carentes e proporcionaram formas de educação e aprendizado profissional.

A obra de Dom Bosco se espalha pelo mundo

A obra de Dom Bosco não se conteve apenas na Itália, em 1875 foram enviados os primeiros Missionários Salesianos para a América do Sul. Em seguida, enviou salesianos ao Brasil para fundar o Colégio Santa Rosa em Niterói, RJ, e o Liceu Coração de Jesus em São Paulo. Ambos com a mesma missão de resgatar e formar adolescentes, nos moldes do Orátorio São Francisco de Sales. A congregação se espalhou pelo mundo e se tornou uma das maiores da Igreja Católica.

Dom Bosco vai para o céu

Dom Bosco faleceu aos 72 anos, em 31 de janeiro de 1888. Deixou a Congregação Salesiana espalhada por vários países. Logo sua fama de taumaturgo (intercessor de milagres), de educador da juventude, de defensor da Igreja Católica e de apóstolo da Virgem Auxiliadora se espalhou pelo mundo. Com tantos atributos o Papa Pio XI, que era amigo de Dom Bosco, canonizou-o na Páscoa de 1934 e consagrou sua celebração anual no dia 31 de Janeiro.

Legado para a humanidade

Hoje, no Século 21, a herança de Dom Bosco continua atual. Seu amor pelos jovens e sua sabedoria pedagógica ainda não foram superados. Dom Bosco é o grande santo Mestre e Pai da Juventude. Sua obra salvou milhares de jovens e seu pedido de que Os jovens sejam amados, mas que eles próprios saibam que são amados, ainda é levado por todo o mundo.

A medalha de Dom Bosco

Por tudo isso, usar uma medalha de Dom Bosco significa mostrar um grande ideal: o do amor à juventude, e de esperança por mundo melhor. Veja como o pensamento dele ainda condiz com a realidade do mundo atual:

Basta que sejam jovens para que eu os ame.

Prometi a Deus que até meu último suspiro seria para os jovens.

O que somos é presente de Deus; no que nos transformamos é o nosso presente a Ele. Ganhem o coração dos jovens por meio do amor.

A música dos jovens se escuta com o coração, não com os ouvidos.

Oração a São João Bosco

Oh! Pai e mestre da juventude, São João Bosco, que tanto trabalhastes pela salvação das almas, sede nossa guia em buscar o bem da nossa e a salvação do próximo, ajudai-nos a vencer as paixões e o respeito humano, ensinai-nos a amar a Jesus Sacramentado, a Maria Santíssima Auxiliadora e ao Papa, e obtende-nos de Deus uma santa morte, para que possamos um dia achar-nos juntos no Céu.

Assim seja.

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Pesquisa revela: casar jovem e sem morar junto antes resulta em casamentos mais duradouros

Antonio Guillem|Shutterstock | Pedido de casamento
Por Paola Belletti

Muitos casais vivem juntos antes do matrimônio, mas isso pode provocar muita dor e desgosto.

Há uma suposição geral – tão difundida que não precisa mais ser demonstrada – de que para se ter um casamento de qualidade e duradouro é preciso primeiro terminar a faculdade, iniciar uma carreira de sucesso e, depois, procurar um(a) parceiro(a) com as mesmas qualificações.

Apesar da facilidade do divórcio, o casamento ainda é visto sob a ótica da exclusividade, fidelidade e permanência. Como consequência, outra ideia se tornou amplamente compartilhada e promovida antes de se embarcar em um compromisso tão definitivo: fazer primeiro um “test drive” do relacionamento – um período de coabitação – para ver como funciona viver junto debaixo do mesmo teto.

Múltipla escolha é a pior escolha

Querendo ou não, tomamos emprestada essa abordagem do casamento de uma mentalidade de consumidor: antes de confirmar uma compra, preciso testar se o produto ou serviço atende às minhas expectativas. Mas a pesquisa sociológica mostra que esta não é a melhor estratégia quando se trata de casamento.

Mais parceiros, menos compromisso

A psicóloga Galena Rhoades, que estuda relacionamentos entre jovens adultos, argumenta:

“Geralmente pensamos que ter mais experiência é melhor. Mas o que descobrimos é que, no que diz respeito aos relacionamentos, é exatamente o oposto. Por exemplo, descobrimos que pessoas que já foram casadas antes, pessoas que viveram com o namorado ou a namorada antes e tiveram mais parceiros sexuais antes do casamento foram associadas a uma qualidade conjugal inferior posteriormente.”

Ela afirma que comparar constantemente as alternativas e ter experiências de rompimento em relacionamentos anteriores podem enfraquecer o compromisso conjugal.

O modelo antigo é o mais eficaz

O professor de sociologia e diretor do National Marriage Project (University of Virginia), W. Bradford Wilcox, juntamente com o demógrafo Lyman Stone, também mostraram em um estudo o quanto é mais eficiente o chamado modelo tradicional e tão depreciado do casamento.

Dan McLaughlin cita Wilcox na National Review:

“Muitos jovens adultos hoje acreditam que a coabitação também é um pilar de casamentos bem-sucedidos, uma das razões pelas quais mais de 70% dos que se casam hoje vivem juntos antes do casamento. Mas a sabedoria convencional aqui está errada: os casais americanos que vivem juntos antes do casamento têm menos probabilidade de ter um casamento feliz e mais probabilidade de se separarem. Casais que coabitavam tinham 15% mais chances de se divorciar do que aqueles que não o faziam, de acordo com nossa pesquisa. Um estudo de Stanford citou outra pesquisa que descobriu que a ligação entre coabitação e divórcio era especialmente forte para mulheres que moravam com alguém que não fosse seu futuro marido.”

Risco de divórcio

É uma crença comum entre os jovens que é muito mais conveniente casar por volta dos 30 anos se você quiser ter menos risco de divórcio. No entanto, o risco de divórcio é bastante reduzido para seus colegas de fé religiosa (não apenas o cristianismo), que geralmente se casam na faixa dos 20 anos. Wilcox afirma:

“A sabedoria convencional sustenta que passar os 20 anos focando em educação, trabalho e diversão, e depois casar por volta dos 30 é o melhor caminho para maximizar suas chances de forjar uma vida familiar forte e estável. Mas a pesquisa conta uma história diferente, pelo menos para casais religiosos. Guardar a coabitação para depois do casamento e dotar seu relacionamento de significado sagrado parece maximizar suas chances de ter um casamento estável e feliz.”

Terra Santa, a dor do Papa: que sejam encontrados imediatamente caminhos de paz

O pranto de familiares pelas vítimas da violência na Terra Santa
(AFP or licensors)

“A escalada de morte que aumenta dia após dia nada mais faz do que fechar as poucas luzes de confiança que existem entre os dois povos”. Assim falou Francisco após a oração do Angelus, recordando as notícias de violências vindas da região.

Vatican News

Depois do Angelus do domingo (29) o Papa Francisco voltou seus pensamentos para a Terra Santa e, com um coração profundamente entristecido, recordou em particular a morte de dez palestinos, incluindo uma mulher, mortos durante ações militares israelenses antiterroristas na Palestina; e o que aconteceu perto de Jerusalém na sexta-feira à noite, quando sete judeus israelenses foram mortos por um palestino e três ficaram feridos ao saírem da sinagoga.

O aumento de mortes fecha a possibilidade de confiança

"As mortes que aumentam dia após dia só fecham as poucas luzes de confiança que existem entre os dois povos".

O Pontífice lembrou que "desde o início do ano, dezenas de palestinos foram mortos em tiroteios com o exército israelense". Concluindo disse ainda: "Apelo aos dois Governos e à Comunidade Internacional para que encontrem, imediatamente e sem demora, outros caminhos, que possam incluir o diálogo e a busca sincera da paz. Rezemos por isto, irmãos e irmãs.

Apresentação do Senhor

Apresentação do Senhor | diocesedesaojoaodelrei

APRESENTAÇÃO DO SENHOR

Dom Eurico dos Santos Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora (MG) 

Meus olhos viram a tua salvação (Lc 2,30) 

Celebramos nesta quinta-feira, 2 de fevereiro, a Festa da Apresentação do Senhor. O Menino Jesus é levado ao Templo, por Maria e José, e é oferecido ao Pai. Assim como toda oferta implica uma renúncia, a Apresentação do Senhor começa a nos preparar para o sofrimento da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus. 

A Festa da Apresentação do Senhor ocorre 40 dias após celebrarmos o Natal. Ela nos lembra, ainda, que está cada vez mais próximo da celebração da Semana Santa. A Festa da Apresentação do Senhor reforça que devemos ficar vigilantes com as velas acesas e todos prontos para irmos ao encontro de Nosso Senhor. 

Maria e José unem-se à oferta do seu divino Filho estando a seu lado e colaborando, cada um a seu modo, na obra da Redenção. Cumprindo a Lei Hebraica, os pais de Jesus levam o primogênito do sexo masculino para ser consagrado ao Senhor. A lei também dizia que a Mãe, após dar à luz, necessitava passar por um ritual de purificação no Templo. 

Na sua chegada ao Templo, a Sagrada Família é recebida pelo profeta ancião, Simeão, que guardava dia e noite no templo, sob a promessa do Senhor de que não partiria da vida terrena sem antes ver o Messias. O profeta diz ao avistar a criança: “Ó Soberano, como prometeste, agora podes despedir em paz o teu servo. Pois os meus olhos já viram a tua salvação, que preparaste à vista de todos os povos: luz para revelação aos gentios e para a glória de Israel, teu povo” (Lc 2,29-32). 

A profetiza Ana também vai ao encontro da Sagrada Família. Portanto, vemos a Antiga Aliança, representada por Simeão e Ana, que se alegra com a chegada da Nova Aliança, o Menino Jesus, levado por Maria e José. Esse mistério é contemplado nos mistérios Gozosos do Rosário.  

E, então, Simeão, ao abençoar o Menino Jesus, agradece a Deus e diz à mãe do menino: “Este menino está destinado a causar a queda e o soerguimento de muitos em Israel, e a ser um sinal de contradição, de modo que o pensamento de muitos corações será revelado. Quanto a você, uma espada atravessará a sua alma” (Lc 2,34-35). 

A Sagrada Família era fiel à lei judaica, cumprindo todos os preceitos da religião, e repassando esses ensinamentos a Jesus. Por isso, José é considerado o justo, pois servia fielmente à lei judaica. As famílias consideradas mais ricas de Israel ofereciam outros animais na apresentação de seus filhos no templo, como cordeiros e cabritos. Mas as famílias mais humildes, como era o caso da Sagrada Família, ofereciam animais mais simples, como um par de rolas ou dois pombinhos.  

A partir da celebração dessa festa, lembramos outras duas celebrações nessa mesma data, 2 de fevereiro: Nossa Senhora da Candelária e Nossa Senhora da Luz ou dos Navegantes.  

Assim, somos convidados a ir à celebração Eucarística, ao encontro do Senhor, com as nossas velas acesas, tendo a certeza absoluta de que Ele ilumina as nossas vidas e, com essa luz que Ele e nos ilumina, vamos iluminar todos aqueles que nos cercam. É nesta celebração, também, que nos preparamos para a festa central do cristianismo, que é a Páscoa.  

Imersos na Festa Litúrgica da Apresentação do Senhor, que possamos reconhecer Jesus como o Sacerdote por Excelência, por meio de sua entrega em prol do Mistério da Salvação a todos nós: Luz que ilumina as nações e glória a todos os povos. Jesus, Luz das Nações e glória de Israel, se manifesta no rosto de milhares de irmãos e irmãs, que acolhem os dons do Espírito Santo na vivência alegre dos múltiplos carismas suscitados. 

Apresentemos ao Senhor as nossas vidas, as nossas fragilidades e angústias e, principalmente, a vida da nossa família, oferecendo-a ao Senhor. Que saibamos escutar a voz do Senhor nesse dia e aceitemos os planos d’Ele para a nossa vida.  

Que a Virgem Maria, a Virgem das Luzes, a Senhora da Luz, da Candelária e das Candeias nos guie e proteja sempre. Amém.  

Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

A cura do homem da mão seca à luz da Medicina e da Fé

Jesus Cervantes | Shutterstock
Por Igor Precinoti - Vanderlei de Lima

Fazendo uma análise das Escrituras à luz dos conhecimentos médicos atuais, qual seria o problema na mão daquele homem e como a Medicina o trataria hoje?

No Evangelho de São Lucas 6,6-10, é descrita a cura do homem da mão seca.

“Num outro sábado, Jesus entrou na sinagoga e começou a ensinar. Lá estava um homem que tinha a mão direita seca. Os escribas e os fariseus observavam Jesus, para ver se ele faria uma cura no dia de sábado, a fim de terem motivo para acusá-lo. Ele, porém, conhecendo-lhes os pensamentos, disse ao homem da mão seca: ‘Levanta-te e fica aqui no meio!’. Ele se levantou e ficou de pé. Jesus disse-lhes: ‘Eu vos pergunto: em dia de sábado, o que é permitido, fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixar morrer?’. Passando o olhar sobre todos eles, Jesus disse ao homem: ‘Estende a mão!’. O homem assim o fez e a mão ficou curada.”

Fazendo uma análise das Escrituras à luz dos conhecimentos médicos atuais, qual seria o problema na mão deste homem e como a Medicina o trataria hoje?

Raciocinemos! Todas as células e órgãos do corpo necessitam de oxigênio e nutrientes. Ora, estes componentes são distribuídos para todas as partes do corpo através dos vasos sanguíneos. Existem, porém, algumas situações em que esta distribuição de oxigênio e nutrientes se torna prejudicada, ocorrendo sofrimento e até a morte das células e órgãos que deixam de ser nutridos adequadamente. Pois bem, quando este suprimento é criticamente insuficiente pode levar a uma condição chamada gangrena. 

A gangrena é uma doença caracterizada pela deterioração dos tecidos do corpo. Pode resultar de comprometimento dos vasos sanguíneos (causando uma isquemia) ou de alguma infecção. Quando essa gangrena é causada por infecção, a chamamos de úmida; se é causada pela isquemia (comprometimento dos vasos sanguíneos), é chamada de seca. Na gangrena seca, o local afetado (normalmente as mãos, os pés, os dedos etc.) torna-se frio, tem uma coloração escurecida e, aos poucos, vai perdendo líquido para o ambiente, desidrata-se. Com o tempo, o local afetado vai diminuindo de tamanho, ficando cada vez mais seco e a pele se escurece tomando uma aparência mumificada. 

Estas características nos permitem concluir que a doença a atingir o homem referido por São Lucas era uma gangrena seca. E atualmente, com todo conhecimento e tecnologia que temos, a única opção terapêutica para a gangrena seca é ainda a amputação do local. Ora, considerando que os tratamentos para a gangrena são mutilantes, o ideal é a prevenção. Por isso, é importante conhecer os fatores que estão relacionados ao surgimento da doença. São eles: diabetes, tabagismo, uso de drogas, uso prolongado de torniquetes, mas, dentre todas os fatores mencionados, o tabagismo é o maior. Desta forma, é importante que todos os que ainda possuem esse hábito façam um exame de consciência e procurem ajuda para interromper o uso do tabaco.  

Do ponto de vista teológico, sem entrarmos na exegese (= interpretação) do texto em si, devemos afirmar, sem sombra de dúvidas, que a cura narrada por São Lucas é um verdadeiro milagre. A etimologia da palavra milagre se prende a miraculum, i, do Latim, e quer dizer algo admirável ou capaz de despertar admiração. Na Teologia, se liga a semeion, do grego, e quer dizer sinal. Sinal de Deus para confirmar algo por Ele apresentado aos homens. É a sua assinatura única e infalsificável.

Para se ter o milagre, precisamos estar diante de um fato real, inexplicável pelas ciências contemporâneas ao fato em questão e tal ocorrência se dar em autêntico contexto religioso. Vejamos: 1) Real – O episódio apresentado como possível milagre há de ser um caso autêntico, histórico, passível de pesquisas e comprovações. 2) Inexplicável pelas ciências contemporâneas ao fato – O fato real deve ser submetido ao exame de cientistas da área em foco, sejam eles de quais correntes filosóficas ou religiosas forem, desde que ajam com honestidade e real espírito científico perante a questão. 3) Realizado em autêntico contexto religioso – Para a Igreja não basta ter um fato real e inexplicável pelas ciências contemporâneas a ele. É preciso que tal fato seja realizado num contexto de fé pura e autêntica em resposta à prece humilde dos fiéis ou em confirmação a uma doutrina da qual se tem dúvida.

Eis uma passagem bíblica que muito une a Medicina e a Fé.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Mundo descarta nascituros, velhos e pobres, diz o papa Francisco

Papa Francisco fala da janela do Palácio Apostólico / Vatican Media

Vaticano, 29 Jan. 23 / 01:38 pm (ACI).- Em seu discurso do Ângelus de hoje (29), o papa Francisco condenou uma cultura que “descarta” crianças não-nascidas, velhos e pobres se eles não forem úteis.

“A cultura do descartável diz: ‘Eu uso você tanto quanto preciso. Quando não estou mais interessado em você, ou você está no meu caminho, eu o expulso'. São especialmente os mais fracos que são tratados dessa maneira – crianças nascituras, idosos, necessitados e desfavorecidos”, disse o papa.

“Mas as pessoas nunca devem ser expulsas. Os desfavorecidos não podem ser jogados fora. Cada pessoa é um presente sagrado e único, não importa qual seja sua idade ou condição. Respeitemos e promovamos sempre a vida! Não desperdicemos a vida.”

Falando da janela do Palácio Apostólico, o papa observou que a "cultura do descartável" é predominante nas sociedades mais ricas. “É um fato que cerca de um terço da produção total de alimentos é desperdiçado no mundo a cada ano, enquanto muitos morrem de fome”.

“Os recursos da natureza não podem ser usados assim. Os bens devem ser cuidados e repartidos de modo que a ninguém falte o necessário. Em vez de desperdiçar o que temos, vamos disseminar uma ecologia de justiça e caridade, de partilha”.

Para o papa, o chamado de Jesus nas bem-aventuranças para ser “pobre de espírito” inclui o “desejo de que nenhum dom seja desperdiçado”. Ele disse que isso inclui não desperdiçar “o dom que somos”.

“Cada um de nós é um bem, independente dos dons que tenha. Toda mulher, todo homem é rico não apenas em talentos, mas também em dignidade. Ele ou ela é amado por Deus, é valioso, é precioso”, disse ele.

“Jesus nos lembra que somos abençoados não pelo que temos, mas por quem somos.”

Um pequeno palco foi montado na praça de São Pedro antes do discurso do Papa no Ângelus, onde jovens se reuniram com balões e faixas cantando hinos como parte da “Caravana da Paz” da Ação Católica.

No final do Ângelus, um menino e uma menina se juntaram ao Papa Francisco na janela do Palácio Apostólico e leram em voz alta uma carta sobre seu compromisso com a paz.

O papa agradeceu a iniciativa da Ação Católica pela paz. “Pensando na atormentada Ucrânia, nosso compromisso e oração pela paz devem ser ainda mais fortes”, disse ele.

O papa também falou da Terra Santa, onde um atentado a tiros diante de uma sinagoga em Jesrusalém matou sete israelenses. O atentado terrorista seguiu-se a uma ofensiva do Exército de Israel na Cisjordânia que deixou dez palestinos mortos.

“A espiral da morte que aumenta dia após dia não faz outra coisa senão fechar os poucos vislumbres de confiança que existem entre os dois povos”, disse o papa. “Desde o início do ano, dezenas de palestinos foram mortos em tiroteios com o Exército israelense. Apelo aos dois governos e à comunidade internacional para que encontrem, desde já e sem demora, outros caminhos, que incluam o diálogo e a busca sincera da paz. Irmãos e irmãs, oremos por isso!”

O papa Francisco pediu às pessoas que rezem por sua viagem apostólica à República Democrática do Congo e ao Sudão do Sul de 31 de janeiro a 5 de fevereiro.

“Estas terras, situadas no centro do grande continente africano, sofreram muito com longos conflitos. A República Democrática do Congo, especialmente no leste do país, sofre com confrontos armados e exploração. O Sudão do Sul, devastado por anos de guerra, anseia pelo fim da violência constante que obriga muitas pessoas a serem deslocadas e a viver em condições de grande privação”, afirmou. “No Sudão do Sul, chegarei junto com o arcebispo de Canterbury e o Moderador da Assembleia Geral da Igreja da Escócia. Juntos, como irmãos, faremos uma peregrinação ecumênica de paz, para suplicar a Deus e aos homens o fim das hostilidades e a reconciliação. Peço a todos, por favor, que acompanhem esta Jornada com suas orações”.

Fonte: https://www.acidigital.com/

A espiritualidade da Igreja como corpo

Praça São Pedro | Vatican News

"A espiritualidade do corpo aponta para isso. O importante no corpo não é ser olho para ver, nem ouvido para ouvir, nem boca para falar, nem mãos para atuar, nem pés para andar, mas fazer parte e ser corpo para viver e gerar vida, cada qual em sua missão específica."

Jackson Erpen - Cidade do Vaticano

“Ao participar realmente do corpo do Senhor, na fracção do pão eucarístico, somos elevados à comunhão com Ele e entre nós. «Porque há um só pão, nós, que somos muitos, formamos um só corpo, visto participarmos todos do único pão». E deste modo nos tornamos todos membros desse corpo, sendo individualmente membros uns dos outros» (...). A cabeça deste corpo é Cristo. Ele é a imagem do Deus invisível e n 'Ele foram criadas todas as coisas. (Lumen Gentium n. 7)”

O capítulo I da Constituição Dogmática Lumen Gentium - O Mistério da Igreja - ao falar sobre "A Igreja, sociedade visível e espiritual"explica no número 8, que "Cristo, mediador único, estabelece e continuamente sustenta sobre a terra, como um todo visível, a Sua santa Igreja, comunidade de fé, esperança e amor, por meio da qual difunde em todos a verdade e a graça. Porém, a sociedade organizada hierarquicamente, e o Corpo místico de Cristo, o agrupamento visível e a comunidade espiritual, a Igreja terrestre e a Igreja ornada com os dons celestes não se devem considerar como duas entidades, mas como uma única realidade complexa, formada pelo duplo elemento humano e divino."

Ao participar realmente do corpo do Senhor, na fração do pão eucarístico, "somos elevados à comunhão com Ele e entre nós, e deste modo nos tornamos todos membros desse corpo, sendo individualmente membros uns dos outros". O Espírito Santo, "unificando o corpo por si e pela sua força e pela coesão interna dos membros, produz e promove a caridade entre os fiéis." Mas "a cabeça deste corpo é Cristo. Ele é a imagem do Deus invisível e n 'Ele foram criadas todas as coisas."

Aprofundando nossa compreensão sobre a Igreja, Pe. Gerson Schmidt* nos propõe hoje a reflexão "A espiritualidade da Igreja como corpo":

"Arcebispo emérito da Arquidiocese de Porto Alegre-RS, Dom Dadeus Grings, em seu livro “Igreja do Diálogo Ecumênico”, reflete sobre essa temática da espiritualidade da Igreja como um Corpo. A visão da Igreja como um Corpo sugere uma espiritualidade de comunhão e unidade. É a busca que todos sejam um como foi a prece de Jesus ao Pai. (cf Jo 17,21). Vivendo o amor recíproco por meio da convivência humana conforme a vontade do Pai, concretizamos o desejo de Cristo da unidade na humanidade. Todos sejam um. Não simplesmente uma comunidade seleta. Escreve assim Dom Dadeus: “Neste contexto percebe-se a convivência humana. Consiste não só em estar aí, mas estar unido. Formamos todos um só Corpo, com cabeça divina e alma divina no Espírito Santo. Somos, sem dúvida, muitos membros. Mais que sociedade, que se forma pela consecução do bem comum, pela convergência da atividade de todas as ações humanas livres, no Corpo Místico se integram sujeitos, num mesmo organismo vivo. Interpenetram-se as subjetividades, da fé, da esperança e da caridade. Todos formam uma unidade em Cristo”[1]. A organicidade na Igreja não é obra simplesmente do ser humano, capaz de formar uma sociedade perfeita, mas obra da redenção, fruto do Espírito Santo que congrega, une, reúne na fé, costura o amor recíproco. Por isso recebemos infusas as virtudes teologais de fé, esperança e caridade. Elas atuam em nós, no campo eclesial, social, harmônico, construindo relações.

Em relação a espiritualidade que decorre do conceito da Igreja como um Corpo Místico de Cristo, Grings ainda diz assim: “Não podemos esquecer a espiritualidade deste corpo sobrenatural. Cristo nos orienta com a graça do Espírito Santo. O Pai, no qual cremos, em primeiro lugar, é alguém muito próximo e indispensável para esta espiritualidade. A referência a Cristo, como irmão, também nos assume neste Corpo no Espírito Santo, com seus dons sobrenaturais. É preciso imbuir-se da mentalidade do Corpo, do qual fazemos parte: amar este Corpo e se empenhar por ele, para que chegue à plenitude em cada membro[2].

Lembramos reflexão do programa anterior, já introduzíamos essa temática da espiritualidade do Corpo Eclesial. Cada um tem uma missão específica dentro do Corpo Místico. A espiritualidade do corpo aponta para isso. O importante no corpo não é ser olho para ver, nem ouvido para ouvir, nem boca para falar, nem mãos para atuar, nem pés para andar, mas fazer parte e ser corpo para viver e gerar vida, cada qual em sua missão específica. Tal como São Paulo diz: “Se o pé disser: mão eu não sou, logo não pertenço ao corpo. E se a orelha disser, olho eu não sou, logo não pertenço ao corpo, nem por isso deixará de fazer parte do Corpo” (1 Cor 12, 15-16). Podemos imaginar o mostro que seria a Igreja se todo o corpo fosse cabeça ou todo o corpo fosse pés. O importante é o todo, bem maior que a soma das partes e a unidade no corpo orgânico. Cada membro tem sua função e missão específica, de acordo com sua condição, idade, profissão, carisma, ministério, dons recebidos. “Assim aparece a maravilha do corpo, com seus membros, tanto contemplativos como ativos. Na atuação de cada um está a espiritualidade do todo”[3]."

*Padre Gerson Schmidt foi ordenado em 2 de janeiro de 1993, em Estrela (RS). Além da Filosofia e Teologia, também é graduado em Jornalismo e é Mestre em Comunicação pela FAMECOS/PUCRS.

________________________

[1] GRINGS, Dadeus. “Igreja do Diálogo Ecumênico”. Evangraf, Porto Alegre, 2022, p. 47.
[2] GRINGS, Dadeus. “Igreja do Diálogo Ecumênico”. Evangraf, Porto Alegre, 2022, p. 47.
[3] Ibidem.

domingo, 29 de janeiro de 2023

Os países onde os católicos vão com mais frequência à Missa

Rawpixel.com | Shutterstock
Por Ricardo Sanches - John Burger

Conheça também as nações que têm os índices mais baixos de frequência na Missa.

O país onde os fiéis vão com mais frequência à Missa católica pode ser a Nigéria. É o que aponta um novo estudo publicado pelo Centro de Pesquisa Aplicada ao Apostolado (CARA).

Quando perguntado “Além de casamentos, funerais e batizados, com que frequência você frequenta serviços religiosos atualmente?” 94% dos autodenominados católicos nigerianos entrevistados disseram que frequentam a Missa pelo menos uma vez por semana.

A pesquisa foi conduzida pela World Values ​​Survey, que começou a rastrear os dados na década de 1980 e tem estatísticas para 36 países com grandes populações católicas. A CARA, que reuniu os resultados, disse que não é possível determinar exatamente qual país tem a maior taxa de comparecimento à Missa, “porque não foram realizadas pesquisas sobre o assunto em todos os países do mundo”.

Mas entre os entrevistados pela WVS, além da Nigéria, a frequência à Missa uma vez por semana ou mais é maior entre os adultos autodenominados católicos no Quênia (73%) e no Líbano (69%)

América Latina e Europa

O próximo segmento de países, onde metade ou mais dos católicos frequentam a Missa todas as semanas, inclui as Filipinas (56%), Colômbia (54%), Polônia (52%) e Equador (50%). De acordo com a pesquisa, um terço ou mais dos católicos adultos frequentam a Missa todas as semanas nos seguintes países: Bósnia e Herzegovina (48%), México (47%), Nicarágua (45%), Bolívia (42%), Eslováquia (40%), Itália (34%) e Peru (33%)”.

A pesquisa também mostrou as nações em que mais de um quarto dos autodeclarados católicos vão à Missa pelo menos uma vez na semana: Venezuela (30%), Albânia (29%), Espanha (27%), Croácia (27%), Nova Zelândia (25%) e Reino Unido (25%).

Os níveis mais baixos de frequência na Missa semanal são observados na Lituânia (16%), Alemanha (14%), Canadá (14%), Letônia (11%), Suíça (11%), França (8%) e Holanda (7%).

Brasil

De acordo com a pesquisa, o Brasil está entre os países em que os adultos declaradamente católicos menos participam da Missa. Segundo o estudo, apenas 8% dos brasileiros entrevistados disseram que vão à Missa pelo menos uma vez na semana.

Por outro lado, 82% dos brasileiros disseram que, independentemente de irem à igreja ou não, consideram-se pessoas “religiosas”.

Correlação com riqueza

A CARA também notou uma correlação entre fatores econômicos e comparecimento à Missa e concluiu que o catolicismo é mais forte no que costuma ser chamado de “mundo em desenvolvimento”, onde o PIB per capita é menor.

“Os mecanismos precisos associados ao desenvolvimento econômico e à riqueza que estão impactando a participação dos católicos na fé e a identificação como religiosos não são claros. O que quer que sejam, eles importam significativamente”, aponta o centro de pesquisa.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF