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quarta-feira, 5 de abril de 2023

Por que Jesus foi a Jerusalém?

Por que Jesus foi a Jesusalém? (diocesesaoluis)

POR QUE JESUS FOI A JERUSALÉM?

Dom Lindomar Rocha Mota
Bispo de São Luís de Montes Belos (GO) 

São muitos os avisos para que se afastasse de Jerusalém.  O próprio Jesus traçou o perfil homicida da cidade ao dizer: “Jerusalém, Jerusalém, que mata os profetas e apedrejas aquele que te foram enviados” (Mt. 23, 37). Não são poucos os decaídos perante a sua insensibilidade. Boa parte da história da salvação se alquebrou entre os seus muros. 

É para lá que Jesus se dirige. Dando início a mais Santa de todas as Semanas, que começou com a sua decisão irremovível de adentrá-la (Mt. 20,17), mesmo sabendo que os ânimos não eram benfazejos por lá! 

A vida em Jerusalém se tornara difícil. A grande ideia por trás daquela cidade havia decaído desde há muito tempo. O Reino se afastara de suas perspectivas, e todo tipo de interesse passou a se acomodar nela. A sua natureza corrompida deixou de guiar a antiga esperança de Israel, e onde essa esperança decai a torpece e a vilania se instalam. Sem vigor para uma esperança robusta começa-se a esperar em amenidades. 

Esse decaimento da grande esperança faz nascer traições como a de Judas; desistências como a do jovem rico ou mediocridades políticas como as de Pilatos. 

O coração da humanidade, esvaziado das grandes ideias, sucumbe na escuridão e no vazio. Por isso, Jesus tomou a forte decisão de reconstruir Israel. 

Uma Israel nova, não mais fundada sobre a repartição política de doze tribos, mas sobre doze corações abissais que fossem capazes de comportar a profundidade proposta por Deus. 

Não mais doze tribos, mas doze homens, e um número sempre crescente de outros discípulos e discípulas, dos quais muitos nomes conheceremos nesses dias santos da Semana que estamos vivendo. 

Para refundar a ideia da Cidade santa e escolhida por Deus, é preciso migrar do exterior para o interior, de fora para dentro, num movimento que introduz algo novo no desconhecido da alma humana, onde Jesus é Mestre e Senhor. 

Nesse deslocar-se de fora para dentro, palavras e discursos funcionam pouco; pois um discurso responde a outro discurso; uma palavra responde a outra palavra, mas o coração só muda por aquilo que ele ama. 

Ao decidir ir para Jerusalém, o Mestre, a quem tanto amamos, o fez para falar com a própria vida, mostrando que a esperança só pode ser refeita a partir de dentro. A ideia, por trás da cidade de Jerusalém, não repousa em seus muros, mesmo que esse muro seja o do templo, mas na coragem de quem acredita que é possível um mundo novo. 

Ao entrar em Jerusalém acompanhado, Jesus demonstra que não se pode sentar a mesa para debater a sorte de outros sem que os outros estejam presentes. O testemunho da coragem de quem está disposto a realizar, em sim mesmo, a reconstrução da esperança da cidade Santa é norteadora para aqueles que ainda se perguntavam como o Reino aconteceria. 

Refeita essa construção os discípulos do Reino entendem que não há caminho fácil. As tradições endurecidas podem impedir esse caminho, interrompendo muitas novas sementes de germinar. A velha Jerusalém foi destruída, e dela não sobrou pedra sobre pedra. Os discípulos a reconstruíram em si mesmos e a fizeram brilhar até os dias de hoje, tudo isso porque seguiram o Mestre até o fim, aniquilando o que já não funcionava mais, e inaugurando os tempos do Reino. Essa foi a razão pela qual Jesus foi a Jerusalém!

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

O tríduo pascal é tempo de oração, não de passear, diz arcebispo de Recife e Olinda

Foto: Instagram/ Dom Fernando Saburido

RECIFE, 04 Abr. 23 / 11:24 am (ACI).- “Não aproveitem esse tempo para passear! Esse é tempo de oração! ”, disse o arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, sobre a Semana Santa.

Em um vídeo publicado nas redes sociais da arquidiocese, dom Saburido disse que “a Semana Santa” é “a grande semana”.

É tempo de estar na comunidade que você frequenta o ano todo’, disse o arcebispo. “Não vejam esse período como período de férias, mas sim, como um período de compromisso com a fé. Você que frequenta a sua comunidade, a sua paróquia procure estar presente nessa ocasião, para receber de Deus as graças necessárias e viver uma verdadeira experiência de Páscoa, uma verdadeira experiência de vida nova”.

Para dom Fernando, é importante “vivenciar com intensidade o Tríduo pascal” que se aproxima, pois, esse tempo é uma “oportunidade de meditar sobre os mistérios centrais de nossa fé”. 

Fonte: https://www.acidigital.com/

Brasil: parlamentares pró-vida instalam Frente contra o Aborto

Shutterstock | Filmes
Por Francisco Vêneto

Grupo pretende aprovar "todo projeto que vise proteger integralmente a vida humana desde a concepção até a morte natural".

A Frente Parlamentar Mista contra o Aborto e em Defesa da Vida foi instalada no Congresso brasileiro com a assinatura de 188 deputados federais e dez senadores.

A frente, que é presidida pela deputada federal Chris Tonietto (PL-RJ) e tem como vice-presidente o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), apresentará “iniciativas que visem a defesa incondicional da vida desde a concepção até a morte natural” e acompanhará “propostas nocivas do ponto de vista da defesa da vida”.

Segundo informações de Chris Tonietto em declarações à agência de notícias ACI Digital, a frente pretende aprovar “todo projeto que vise proteger integralmente a vida humana desde a concepção até a morte natural”.

Ela destaca principalmente o projeto do Estatuto do Nascituro, que “está para ser votado na Comissão da Mulher, mas por enquanto não há previsão”.

Trata-se de um projeto de lei voltado a proteger integralmente o nascituro desde a sua concepção, considerndo o aborto, por conseguinte, como crime hediondo. Os propositores do PL, em 2007, foram os então deputados federais Luiz Carlos Bassuma (PT-BA) e Miguel Martini (PHS-MG). A pauta voltou a ser discutida em dezembro de 2022 pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas a votação voltou a ser adiada por causa de novas sugestões apresentadas por deputadas federais de esquerda e defensoras do aborto.

A lista dos deputados e senadores que apoiaram a criação da Frente Parlamentar Mista contra o Aborto e em Defesa da Vida pode ser consultada no site oficial da Câmara dos Deputados.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

“A Via Sacra”: documentário brasileiro tem imagens inéditas da Terra Santa

Lumine | 
Padre brasileiro refaz os passos de Jesus no documentário "A Via Sacra"
Por Ricardo Sanches

Filme será exibido de forma gratuita no Youtube.

Estreia nesta quarta-feira, 5 de abril de 2023, no Youtube, o documentário brasileiro “A Via Sacra”. A produção é da Lumine, a maior plataforma católica de streaming da América Latina.

As filmagens foram feitas na Terra Santa e mostram o caminho que Jesus percorreu durante a Via Sacra.

Com cerca de 80 minutos de duração, o filme é conduzido pelo Padre Lucas Mendes, que é reitor da Basílica Menor de Nossa Senhora das Dores, de Porto Alegre, RS. O sacerdote percorre as 14 estações, propondo meditações baseadas nos escritos de São Josemaria Escrivá.

No vídeo abaixo, o sacerdote comentou a emoção de refazer os passos que Nosso Senhor percorreu.

https://www.instagram.com/lumine.tv/?utm_source=ig_embed&ig_rid=603f72b7-967e-406a-b1e9-bde1c1fb75f0

Cenas raras na Terra Santa

A equipe do documentário “A Via Sacra” teve acesso a locais restritos e muito raros de serem registrados. É o caso da capela da terceira e da quarta estações, a que os peregrinos e o próprio guia que acompanhou os profissionais não costumam ter autorização para visitar.

Com isso, foi possível obter imagens únicas, como explica Matheus Bazzo, fundador da Lumine, em entrevista exclusiva para a Aleteia (assista abaixo).

Como assistir ao documentário “A Via Sacra”

O longa-metragem “A Via Sacra” será exibido gratuitamente ao público, às 20h da quarta-feira da Semana Santa (5 de abril de 2023), no canal da Lumine no Youtube (clique aqui para acessar). O longa também estará disponível na própria plataforma de streaming.

Enquanto não chega a estreia do documentário, assista ao seu trailer oficial:

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Semana Santa: Amou-nos até o fim

Semana Santa: Amou-nos até o fim(Presbíteros)
 Semana Santa: Amou-nos até o fim

A Semana Santa é o centro do ano litúrgico: revivemos, nesses dias, os momentos decisivos de nossa redenção. A Igreja nos conduz pela mão, com a sua sabedoria e a sua criatividade, do Domingo de Ramos até a Cruz e a Ressurreição.

No coração do ano litúrgico pulsa o Mistério Pascal, o Tríduo do Senhor crucificado, morto e ressuscitado. Toda a história da salvação gira ao redor destes dias santos, que passaram despercebidos para a maior parte dos homens, e que agora a Igreja celebra “do nascer ao pôr do sol”[1]. Todo o ano litúrgico, resumo da história de Deus com os homens, surge da memória que a Igreja conserva da hora de Jesus: quando, “tendo amado aos seus que estavam no mundo, amou-os até o fim”[2].

A Igreja estendenesses dias a sua sabedoria maternal para nos introduzir nos momentos decisivos da nossa redenção. Se não oferecermos resistência, seremos levados: pelo recolhimento com o qual a liturgia da Semana Santa nos introduz na Paixão, pela unção com que nos move a velar junto ao Senhor, pela explosão de alegria que emana da Vigília da Ressurreição. Muitos dos ritos que vivemos nesses dias têm suas raízes em tradições muito antigas: sua força está aquilatada pela piedade dos cristãos e pela fé dos santos de dois milênios.

O Domingo de Ramos

O Domingo de Ramos é o pórtico que precede e prepara o Tríduo Pascal: “Neste umbral da Semana Santa, já tão próximos do momento em que se consumou sobre o Calvário a Redenção da humanidade inteira, parece-me particularmente apropriado que tu e eu consideremos os caminhos pelos quais Jesus Senhor Nosso nos salvou; que contemplemos o seu amor, verdadeiramente inefável, por umas pobres criaturas formadas com barro da terra”[3].

Quando os primeiros fiéis escutavam a proclamação litúrgica dos relatos evangélicos da Paixão e a homilia que o bispo pronunciava, reconheciam-se em uma situação bem diferente de quem assiste a uma mera representação: “para seus corações piedosos, não havia diferença entre escutar o que se havia proclamado e ver o que havia acontecido”[4]. Nos relatos da Paixão, a entrada de Jesus em Jerusalém é como a apresentação oficial que Senhor faz de si mesmo como o Messias desejado e esperado, fora do qual não há salvação. O seu gesto é o do Rei salvador que vem à sua casa. Dentre os seus, alguns não O receberam, mas outros sim, aclamando-o como o Bendito que vem em nome do Senhor[5].

O Senhor, sempre presente e atuante na Igreja, atualiza na liturgia, ano após ano, a solene entrada no “Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor”, como é chamado no Missal. Seu próprio nome insinua uma duplicidade de elementos: alguns triunfais, outros dolorosos. “Neste dia – lê-se na rubrica – a Igreja recorda a entrada de Cristo, o Senhor, em Jerusalém para consumar seu Mistério pascal”[6]. Sua chegada está rodeada de aclamações e gritos de júbilo, mesmo que as multidões ainda não saibam para onde Jesus realmente se dirige, e encontrarão o escândalo da Cruz. Nós, no entanto, no tempo da Igreja, sabemos qual é a direção dos passos do Senhor: Ele entra em Jerusalém “para consumar seu mistério pascal”. Por isso, para o cristão que aclama a Jesus como Messias na procissão do domingo de Ramos, não é uma surpresa encontrar-se, a seguir, com o lado doloroso dos padecimentos do Senhor.

É ilustrativo o modo como a liturgia nos traduz esse jogo de trevas e de luz no desígnio divino: o Domingo de Ramos não reúne duas celebrações independentes, justapostas. O rito de entrada da missa é a própria procissão, e esta desemboca diretamente na coleta da missa. “Deus eterno e todo-poderoso – nos dirigimos ao Pai – quisestes que o nosso Salvador se fizesse homem e morresse na cruz”[7]: aqui tudo já fala do que vai acontecer nos próximos dias.

A Quinta-feira Santa

O Tríduo pascal começa com a Missa vespertina da Ceia do Senhor. A Quinta-feira Santa se encontra entre a Quaresma que termina e o Tríduo que começa. O fio condutor de toda a celebração deste dia, a luz que envolve tudo, é o Mistério pascal de Cristo, o próprio coração do acontecimento que se atualiza nos sinais sacramentais.

A ação sagrada se centra naquela Ceia em que Jesus, antes de se entregar à morte, confiou à Igreja o testamento do seu amor, o Sacrifício da Aliança eterna[8].

“Enquanto instituía a Eucaristia, como memorial perpétuo d’Ele e da sua Páscoa, Jesus colocava simbolicamente este ato supremo da Revelação sob a luz da misericórdia. No mesmo horizonte da misericórdia, viveu Ele a sua paixão e morte, ciente do grande mistério de amor que se realizaria na cruz”[9]. A liturgia nos introduz de um modo vivo e atual nesse mistério da entrega de Jesus por nossa salvação. “É por isso que o Pai me ama: porque dou a minha vida. E assim, eu a recebo de novo. Ninguém me tira a vida, mas eu a dou por própria vontade”[10]. O fiat do Senhor que dá origem à nossa salvação se faz presente na celebração da Igreja. Por isso a Coleta não vacila em nos incluir, usando o tempo presente, na Última Ceia: “Sacratissiman, Deus, frequentantibus Cenam…”, diz em latim, com a sua capacidade habitual de síntese: “estamos reunidos para a santa ceia”[11].

Este é “o dia santo em que nosso Senhor Jesus Cristo foi entregue por nós”[12]. As palavras de Jesus, “Eu vou, mas voltarei a vós” e “é bom para vós que eu vá. Se eu não for, o Defensor não virá a vós”[13] nos introduzem no misterioso vaivém entre a ausência e a presença do Senhor, que preside todo o Tríduo pascal e, a partir dele, toda a vida da Igreja. Por isso, nem a Quinta-feira Santa, nem os dias que se seguem, são dias de tristeza ou de luto: ver assim o Tríduo sacro equivaleria a retroceder à situação dos discípulos antes da Ressurreição. “A alegria da Quinta-Feira Santa nasce de compreendermos que o Criador se excedeu no carinho por suas criaturas”[14]. Para perpetuar no mundo este carinho infinito que se concentra na sua Páscoa, na sua passagem deste mundo ao Pai, Jesus se entrega totalmente a nós, com o seu Corpo e o seu Sangue, em um novo memorial: o pão e o vinho, se convertem em “pão da vida” e “cálice da salvação”[15]. O Senhor ordena que, dali em diante, faça-se o mesmo que acaba de fazer, em sua memória[16], e nasce assim a Páscoa da Igreja, a Eucaristia.

Há dois momentos muito eloquentes da celebração, se os vemos na sua mútua relação: o lava-pés e a reserva do Santíssimo Sacramento. O lava-pés dos Doze anuncia, poucas horas da crucifixão, o amor maior: “o de dar a vida por seus amigos”[17]. A liturgia revive esse gesto, que surpreendeu os apóstolos, na proclamação do Evangelho e na possibilidade de lavar os pés de alguns fiéis. Ao concluir a Missa, a procissão para a reserva do Santíssimo Sacramento e a adoração dos fiéis revela a resposta amorosa da Igreja àquele inclinar-se humilde do Senhor sobre os pés dos Apóstolos. Esse tempo de oração silenciosa, que avança noite adentro, convida a relembrar a oração sacerdotal de Jesus no Cenáculo[18].

A Sexta-feira Santa

A liturgia da Sexta-feira Santa começa com a prostração dos sacerdotes, em vez do habitual beijo inicial. É um gesto de especial veneração ao altar, que se encontra desguarnecido, sem nada, recordando o Crucificado na hora da Paixão. Rompe o silêncio uma terna oração em que o celebrante apela às misericórdias de Deus – “Reminiscere miserationem tuarum, Domine” –  e pede ao Pai a proteção eterna que o Filho nos conquistou com seu sangue, isto é, dando sua vida por nós[19].

Uma antiga tradição reserva para esse dia a proclamação da Paixão segundo São João como momento culminante da liturgia da Palavra. Nesse relato evangélico, aparece a impressionante majestade de Cristo que “se entrega à morte com a plena liberdade do Amor”[20]. O senhor responde com valentia aos que vêm prendê-lo: “Quando Jesus disse ‘Sou eu’, eles recuaram e caíram por terra”[21]. Mais adiante o ouvimos responder a Pilatos: “meu reino não é deste mundo”[22], e por isso o seu exército não luta para libertá-lo. “Consummatum est”[23]: o Senhor leva até o fim a fidelidade ao seu Pai, e assim vence o mundo[24].

Após a proclamação da Paixão e da oração universal, a liturgia dirige a sua atenção para o Lignum Crucis, a árvore da Cruz: o glorioso instrumento da redenção humana. A adoração da Santa Cruz é um gesto de fé e de proclamação da vitória de Jesus sobre o demônio, o pecado e a morte. Com Ele, nós os cristãos vencemos, porque “esta é a vitória que venceu o mundo: a nossa fé”[25].

A Igreja envolve a Cruz de honra e reverência: o bispo se aproxima para beijá-la sem casula e sem anel[26]. Após ele, segue a adoração dos fiéis, enquanto os cantos celebram seu caráter vitorioso: “Adoramos, Senhor, vosso madeiro/vossa ressurreição nós celebramos./ Veio alegria para o mundo inteiro/por esta cruz que hoje veneramos!”[27]. É uma misteriosa conjunção de morte e de vida na qual Deus quer que nos submerjamos: “Umas vezes, renovamos o gozoso impulso que levou o Senhor a Jerusalém. Outras, a dor da agonia que concluiu no Calvário… Ou a glória do seu triunfo sobre a morte e o pecado. Mas, sempre!, o amor – gozoso, doloroso, glorioso – do Coração de Jesus Cristo”[28].

O Sábado Santo e a Vigília Pascal

Um texto anônimo da antiguidade cristã recolhe, condensado, o mistério que a Igreja comemora no Sábado Santo: a descida de Cristo à mansão dos mortos. “Que está acontecendo hoje? Um grande silêncio reina sobre a Terra. Um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio porque o Rei está dormindo; a Terra estremeceu e ficou silenciosa, porque o Deus feito Homem adormeceu e acordou os que dormiam havia séculos. Deus morreu na carne e despertou a mansão dos mortos”[29]. Do mesmo modo que vemos Deus descansar ao final de sua obra criadora no Gênesis, o Senhor repousa agora de fadiga redentora. Pois a Páscoa, que está por surgir definitivamente no mundo, é “a festa da nova criação”[30]: ao Senhor custou-lhe a vida devolver-nos a Vida.

“Um pouco de tempo, e não mais me vereis; e mais um pouco, e me vereis de novo”[31]: assim o Senhor dizia aos Apóstolos na véspera da sua Paixão. Enquanto esperamos sua volta, meditamos em sua descida às trevas da morte, nas quais ainda estavam submersos aqueles justos da antiga Aliança. Cristo, portando em sua mão o sinal libertador da Cruz, põe fim ao seu sono e os introduz na luz do novo Reino: “Acorda, tu que dormes, porque não te criei para permaneceres na mansão dos mortos”[32]. Das abadias carolíngias do século VIII, se propagará pela Europa a comemoração deste grande Sábado: o dia da espera da Ressurreição, intensamente vivida pela Mãe de Jesus, de onde provém a devoção da Igreja a Santa Maria aos sábados. Agora, mais do que nunca, Ela é a stella matutina[33], a estrela da manhã que anuncia a chegada do Senhor: o Lucifer matutinus[34], o sol que vem do alto, oriens ex alto[35].

Na noite deste grande Sábado, a Igreja se reúne na mais solene de suas vigílias para celebrar a Ressurreição do Esposo, inclusive até as primeiras horas da madrugada. Essa celebração é o núcleo fundamental da liturgia cristã ao longo de todo o ano. Uma grande variedade de elementos simbólicos expressa a passagem das trevas para a luz, da morte para a vida nova na Ressurreição do Senhor: o fogo, o círio, a água, o incenso, a música e os sinos…

A luz do círio é sinal de Cristo, luz do mundo, que irradia e inunda tudo; o fogo é o Espírito Santo, aceso por Cristo nos corações dos fiéis; a água significa o caminho para a vida nova em Cristo, fonte da vida; o aleluia pascal é o hino dos peregrinos a caminho para a Jerusalém do céu; o pão e o vinho da Eucaristia são penhor do banquete escatológico com o Ressuscitado. Enquanto participamos da Vigília Pascal, reconhecemos com o olhar da fé que a assembleia santa é a comunidade do Ressuscitado; que o tempo é um tempo novo, aberto ao hoje definitivo de Cristo glorioso: “haec est dies, quam fecit Dominus”[36], este é o dia novo que o Senhor inaugurou, o dia “que não conhece fim”[37].

Felix María Arocena


[1] Missal Romano, Oração Eucarística III.

[2] Jo 13, 1.

[3] São Josemaria, Amigos de Deus, n. 110.

[4] São Leão Magno, Sermo de Passione Domini 52, 1 (CCL 138, 307).

[5] Cfr. Mt 21,9.

[6] Missal Romano, Domingo de Ramos na Paixão do Senhor, n. 1.

[7] Missal Romano, Domingo de Ramos na Paixão do Senhor, Oração Coleta

[8] Cfr. Missal Romano, Missa vespertina da Ceia do Senhor, Quinta-feira Santa, Coleta.

[9] Francisco, Bula Misericordiae Vultus, 11-IV-2015, n. 7.

[10] Jo 10, 17-18.

[11] Missal Romano, Missa vespertina da Ceia do Senhor, Quinta-feira Santa, Coleta.

[12] Missal Romano, Missa vespertina da Ceia do Senhor, Quinta-feira Santa, Comunicantes próprio.

[13] Jo 14, 28; Jo 16, 7.

[14] São Josemaria, É Cristo que passa, n. 84.

[15] Missal Romano, ofertório.

[16] Cfr. 1 Cor 11, 23-25.

[17] Cfr. Jo 15, 13.

[18] Cfr. Jo 17.

[19] Cfr. Missal Romano, Celebração da Paixão do Senhor, Sexta-feira Santa, oração inicial.

[20] São Josemaria, Via Sacra, X estação.

[21] Jo 18, 6.

[22] Jo 18, 36.

[23] Jo 19, 30.

[24] Cfr. Jo 16, 33.

[25] 1 Jo 5, 4

[26] Cfr. Cerimonial dos bispos, nn. 315. 322.

[27] Missal Romano, Celebração da Paixão do Senhor, Sexta-feira Santa, n. 20.

[28]  São Josemaria, Via Sacra, 14,3.

[29] Homilia sobre o grande e santo Sábado (PG 43, 439).

[30] Bento XVI, Homilia da Vigília Pascal, 7-IV-2012.

[31] Jo 16, 16.

[32] Homilia sobre o grande e santo Sábado (PG 43, 439).

[33] Ladainha Lauretana (cfr. Si 50, 6).

[34] Missal Romano, Vigília Pascal, Precônio Pascal.

[35] Liturgia das Horas, Hino Benedictus (Lc 1,78)

[36] Sl 117 (118), 24.

[37] Cfr. Missal Romano, Vigília Pascal, Precônio Pascal.

Fonte: https://presbiteros.org.br/

O Papa: as nossas feridas podem tornar-se fontes de esperança

Audiência Geral com o Papa Francisco (Vatican Media)

Na catequese da Audiência Geral desta quarta-feira da Semana Santa, Francisco falou que Jesus na cruz transforma a dor em amor: precisamos de simplicidade, para redescobrir o valor da sobriedade, despojando a alma do supérfluo que a oprime.

https://youtu.be/JYo-iNzsScU

Vatican News - Mariangela Jaguraba

Na catequese da Audiência Geral, desta quarta-feira (05/04), realizada na Praça São Pedro, o Papa Francisco recordou que no Domingo de Ramos, ouvimos na liturgia a Paixão do Senhor que termina com as seguintes palavras: «Selaram a pedra».

"Tudo parece ter acabado. Para os discípulos de Jesus, aquela pedra marca o fim da esperança. O Mestre foi crucificado, morto da maneira mais cruel e humilhante, pendurado num patíbulo infame fora da cidade: um fracasso público, o pior final possível", frisou o Papa.

Na cruz um novo início

Pois bem, aquele desânimo que oprimia os discípulos não nos é totalmente estranho hoje. Também em nós se adensam pensamentos obscuros e sentimento de frustração: por que tanta indiferença em relação a Deus? Por que tanto mal no mundo? Por que as desigualdades continuam aumentando e não chega a paz tão almejada? Por que somos tão apegados à guerra, a fazer o mal uns aos outros? No coração de cada um, quantas expectativas desvanecidas, quantas desilusões! E ainda aquela sensação de que os tempos passados eram melhores e de que no mundo, talvez até na Igreja, as coisas não são como outrora. Em síntese, também hoje a esperança parece às vezes selada sob a pedra da desconfiança.

"Na mente dos discípulos permanecia fixa uma imagem: a cruz. Ali estava concentrado o fim de tudo. Mas pouco tempo depois descobririam na própria cruz um novo início."

“Do mais terrível instrumento de tortura, Deus obteve o maior sinal do amor.”

"Aquele madeiro de morte, transformado em árvore de vida, nos lembra que os inícios de Deus começam muitas vezes a partir dos nossos fins: é assim que Ele gosta de fazer maravilhas", sublinhou Francisco.

É preciso um pouco de esperança

A seguir, o Papa convidou a olhar "para a árvore da cruz, para que em nós brote a esperança: aquela virtude quotidiana, aquela virtude silenciosa, humilde, mas aquela virtude que nos mantém de pé, que nos ajuda a ir em frente. Sem esperança não se pode viver. Pensemos: onde está a minha esperança?" "Hoje, olhemos para a árvore da cruz para que brote em nós a esperança: para sermos curados da tristeza – mas, quantas pessoas tristes", disse ele.

"Quando eu podia caminhar pelas ruas, agora não posso porque não me deixam, gostava de observar o olhar das pessoas. Quantos olhares tristes! Pessoas tristes, pessoas que falavam sozinhas, pessoas que andavam só com o celular, mas sem paz, sem esperança. E onde está a sua esperança hoje? É preciso um pouco de esperança para sermos curados da tristeza que nos adoece: há tanta tristeza; para sermos curados da amargura com que poluímos a Igreja e o mundo", disse ainda o Papa.

Libertar-se da convivência pacífica com as nossas falsidades

Olhando para o Crucifixo, vemos "Jesus despojado, ferido, Jesus atormentado. É o fim de tudo? Ali há esperança", sublinhou o Pontífice, acrescentando:

Com efeito, nós temos dificuldade em despojar-nos, em fazer a verdade; revestimo-nos de exterioridade, que procuramos e cuidamos, de máscaras para nos disfarçarmos e nos mostrarmos melhores do que somos. Pensamos que o importante é ostentar, de tal modo que os outros falem bem de nós. E adornamo-nos de aparências, de coisas supérfluas; mas assim não encontramos a paz. Depois, a maquiagem vai embora e você se olha no espelho com aquela cara feia que você tem, mas verdadeira, aquela que Deus ama, não a maquiada, não. J

“Jesus despojado de tudo nos lembra que a esperança renasce fazendo a verdade sobre nós mesmos, dizendo a verdade a si mesmo, abandonando as ambiguidades, libertando-nos da convivência pacífica com as nossas falsidades. Às vezes, estamos tão acostumados a nos dizer falsidades que convivemos com as falsidades como se fossem verdades e acabamos envenenados por nossas falsidades.”

Olhar para o guarda-roupa da alma

Segundo Francisco, "é necessário regressar ao coração, ao essencial, a uma vida simples, despojada de tantas coisas inúteis, que substituem a esperança". A seguir, o Papa disse que nesta Semana Santa é bom olharmos o nosso guarda-roupa e nos despojarmos das coisas que temos, que não usamos, "coisas desnecessárias". "Nós também temos muitas coisas inúteis dentro de nossos corações – e fora também. Olhe para o seu guarda-roupa: olhe para ele. Isso é útil, aquilo é inútil, e faça uma limpeza. Olhe para o guarda-roupa da alma: quantas coisas inúteis você tem, quantas ilusões estúpidas. Voltemos à simplicidade, às coisas reais que não precisam de maquiagem", disse o Papa.

As nossas feridas podem tornar-se fontes de esperança

Olhemos agora a Jesus ferido. "A cruz mostra os pregos que lhe furam as mãos e os pés, o lado aberto. Mas às feridas do corpo acrescentam-se as da alma. Jesus está sozinho: traído, entregue e renegado pelos seus, condenado pelo poder religioso e civil, experimenta até o abandono de Deus."

"Também nós estamos feridos: quem não o está na vida? Quem não carrega as cicatrizes de escolhas passadas, de incompreensões, de dores que permanecem dentro e são difíceis de superar? Mas também de injustiças sofridas, de palavras cortantes, de juízos inclementes?", perguntou Francisco. "Deus não esconde aos nossos olhos as feridas que lhe trespassaram o corpo e a alma. Mostra-as para nos indicar que na Páscoa se pode abrir uma nova passagem: fazer das próprias feridas furos de luz. Como Jesus, que na cruz não recrimina, mas ama. Ama e perdoa quantos o ferem. Assim converte o mal em bem, assim transforma a dor em amor", sublinhou.

Irmãos e irmãs, a questão não é ser ferido pouco ou muito pela vida, mas a questão é o que fazer com estas feridas. Posso deixá-las infectar no rancor e na tristeza, ou posso uni-las às de Jesus, a fim de que também as minhas chagas se tornem luminosas.

“Pensem em quantos jovens que não toleram as suas feridas e procuram no suicídio uma via de salvação: hoje, em nossas cidades, muitos jovens que não veem saída, que não têm esperança e preferem ir adiante com as drogas, com o esquecimento... coitados! Pensem nisso. E você, qual é a sua droga, para cobrir as feridas?”

As nossas feridas podem tornar-se fontes de esperança quando, em vez de nos comiserarmos, enxugamos as lágrimas dos outros; quando, em vez de ter ressentimento pelo que nos é tirado, cuidamos do que falta aos outros; quando, em vez de nos inquietarmos, nos debruçamos sobre quantos sofrem; quando, em vez de ter sede de amor por nós mesmos, saciamos a sede de quem precisa de nós.

O Papa concluiu, dizendo que "só nos reencontraremos, se deixarmos de pensar em nós mesmos. É agindo assim - diz a Escritura - que a nossa ferida em breve cicatrizará, e a esperança voltará a florescer".

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

terça-feira, 4 de abril de 2023

É a Serpente que dá o conhecimento do bem e do mal

Árvore do conhecimento do bem e do mal | fundacaonazare
Arquivo 30Dias - 04/2003

É a Serpente que dá o conhecimento do bem e do mal

 O pacto com a Serpente. Atualidade da antiga gnose e de suas perversões.

 de Lorenzo Bianchi

 “É, portanto, melhor e mais salutar ser simples e ignorante e aproximar-se de Deus mediante a caridade que acreditar saber muitas coisas e, depois de muitas aventuras de pensamento, ser blasfemo contra Deus”(1): com essas palavras, Santo Irineu, bispo de Lyon, que viveu na segunda metade do século II, exprime seu juízo sintético sobre as teorias das várias seitas heréticas gnósticas. Um artigo de Massimo Borghesi publicado nestas mesmas páginas(2), ao tratar da gnose que está por trás da cultura moderna, lembrou sua ligação com a gnose dos antigos, especificamente com o que sugere a doutrina da seita dos Ofitas.

O conhecimento dessa seita, “os adoradores da Serpente”, chegou até nós graças a menções, em maior ou menor medida esparsas nas obras de apologistas cristãos: nas descrições de Irineu(3) e Hipólito(4), nas notícias mais sintéticas de Tertuliano(5), Orígenes(6), Epifânio(7), Filástrio(8), numa menção de Agostinho(9). E nós a conhecemos também por fortes semelhanças com o que nos foi comunicado por Irineu de um escrito original gnóstico, a Hipóstase dos Arcontes, tratado em língua copta (o egípcio da época helenística e romana) encontrado no códice II de Nag Hammadi(10).

Irineu, que viveu na época de maior difusão do pensamento dos gnósticos Ofitas, é quem sobretudo nos fala deles, ilustrando “suas coisas fantásticas”(11). Para evidenciar o caráter de perversão da razão e da realidade próprio de suas teorias, é suficiente a simples leitura do balanço que Irineu apresenta com a dificuldade em acompanhar a complicada e fantasiosa história que narra, usando e abusando dos textos do Antigo e do Novo Testamento, a queda fatal e ruinosa do espírito do divino criador na matéria (cf., no primeiro box, nesta página, a exposição atribuída a Tertuliano, mais sintética, mas igualmente significativa). Os Ofitas (ou Naassenos, denominação com a qual Hipólito os conhece) tomam seu nome da Serpente (Óphis, em grego), uma vez que para eles é a Serpente o centro, o elemento preponderante do itinerário que caracteriza sua doutrina; é a Serpente, em antagonismo com o malvado demiurgo criador da matéria, quem revela o dualismo que está por trás da concepção gnóstica; é a Serpente que dá a gnosis, o conhecimento iluminado do bem e do mal; é a Serpente o elemento positivo ao qual dar culto e dirigir-se como caminho para a salvação daquilo que de “pneumático”, espiritual, ou seja, originado do criador do bem, se esconde no homem (na matéria da carne, como numa prisão), e para o conseqüente abandono eterno do que é “hílico”, material, ou seja, mal, o mal que está no mundo e que é o mundo(12). Uma redenção - pelo desprezo da carne, da matéria - que pode ser alcançada também por meio do libertinismo mais perverso (cf., a respeito disso, o trecho do segundo box, na página anterior, com o qual Irineu conclui a descrição das várias seitas heréticas gnósticas(13).

ýouco mais de dois séculos após Irineu, na época de Agostinho, a doutrina gnóstica tem seus reflexos na maniquéia, que mantém o caráter fundamental daquela, ou seja, o dualismo, efeito de uma dupla criação, que cinde a pessoa do homem, dividido em si mesmo entre bem e mal, entre a luz e as trevas criadas, respectivamente, por um deus bom e por um malvado demiurgo.
As mesmas características, ao longo da história, serão reencontradas nos Bogomilos medievais, os quais pregavam que Deus criou ou emanou a alma, enquanto o diabo plasmou o corpo; e, ainda, no movimento dos Cátaros.
Se, para além desses limites cronológicos, é difícil vislumbrar em termos puramente históricos que a gnose moderna tenha derivado diretamente da gnose dos antigos, ela é retomada, sobretudo como especulação esotérica(14) numa parte da cultura moderna: as referências à seita dos Ofitas, evidenciadas por Borghesi no artigo citado no início, são um testemunho disso.

Notas

1 Irineu de Lyon. Adversus haereses II, 26, 1.
2 M. Borghesi. “O pacto com a Serpente”. In: 30Dias n. 2, 2003, pp. 52-58.
3 Irineu de Lyon. Op. cit., I, 30, 1-15.
4 Hipólito. Refutatio, onde se fala dos adoradores da serpente em três diferentes passagens: V, 7, 2-9, 9 (de um escrito dos Naassenos); V, 10, 2 (o salmo dos Naassenos sobre a alma); V, 24, 2-27, 5 (do Livro de Baruc do gnóstico Justino).
5 Alguns códices acrescentam ao texto incompleto de Tertuliano, De praescriptione haereticorum, como sendo do mesmo autor, uma continuação, publicada sob o título Libellus adversus omnes haereses. Nesse texto, fala-se dos Ofitas em II, 1-4.
6 Orígenes. Contra Celsum VI, 24-39.
7 Epifânio. Panarion I, 37.
8 Filástrio. Liber de haeresibus I, 2, 9.
9 Agostinho. De Genesi contra Manichaeos II, 36-40.
10 Cf. W. Förster (org.). Gnosis, vol. II. Zurique-Stuttgart, 1971, pp. 46-52. Nas páginas 53-62, encontra-se uma tradução alemã. Cf. também a tradução inglesa em: J. Robinson (org.). The Nag Hammadi Library in English, 2nd. edition. Leiden, 1984, pp. 152-160.
11 Irineu de Lyon. Op. cit. I, 30, 1.
12 Cf. U. Bianchi. Prometeo, Orfeo, Adamo. Tematiche religiose sul destino, il male, la salvezza. Roma, Edizioni dell’Ateneo, 1991, p. 29.
13 Irineu de Lyon. Op. cit., I, 31, 2.
14 Cf. G. Filoramo. Il risveglio della gnosi ovvero diventare dio. Roma-Bari, 1990.

Fonte: http://www.30giorni.it/

Papa Francisco: “Vivam a Semana Santa com Maria e com a tradição católica”

Antoine Mekary | ALETEIA | #image_title
Por Kathleen Hattrup

Embora não entendesse tudo o que Deus lhe pedia, ela se entregou totalmente à vontade do Pai junto com Jesus.

Após a Santa Missa deste Domingo de Ramos na Praça de São Pedro, o Papa Francisco ofereceu aos fiéis uma breve reflexão na hora do Ângelus, convidando-os a viver as tradições da Igreja durante esta Semana Santa guiados por Maria:

“Convido vocês a viver a Semana Santa como nos ensina a tradição do santo povo fiel de Deus, isto é, acompanhar o Senhor Jesus com fé e com amor.

Aprendamos com a nossa Mãe, a Santíssima Virgem Maria: ela seguiu o seu Filho com a proximidade do seu coração; ela era um só espírito com Ele e, embora não entendesse tudo, se entregava junto com Ele, totalmente, à vontade de Deus Pai. Que Nossa Senhora nos ajude a estar perto de Jesus presente nas pessoas que sofrem, que são descartadas, abandonadas. Que Nossa Senhora nos leve pela mão até Jesus presente nestas pessoas”.

Fonte:  https://pt.aleteia.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF