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sexta-feira, 14 de abril de 2023

A bem-aventurança da fé

A bem-aventurança da fé / comshalom

A BEM-AVENTURANÇA DA FÉ

Dom Rodolfo Luís Weber
Arcebispo de Passo Fundo (RS)

Há oito dias celebramos a Páscoa e a vida cristã vai se renovando a partir do mistério pascal. A oração da coleta do segundo domingo da Páscoa reza: “Ó Deus de eterna misericórdia, que reacendeis a fé do vosso povo na renovação da festa pascal, aumentai a graça que nos destes. E fazei que compreendamos melhor o batismo que nos lavou, o espírito que nos deu nova vida, e o sangue que nos redimiu”. A Palavra de Deus deste domingo (Atos 2,42-47; Salmo 117, 1Pedro 1,3-9 e João 20,19-31) relata a vida nova dos apóstolos após se encontrarem com o Cristo ressuscitado; o livro de Atos apresenta os traços das primeiras comunidade cristãs nascidas da fé no ressuscitado e Pedro reflete sobre a esperança viva e a fé dos batizados. 

“Bem-aventurados os que creem sem terem visto!” É a bem-aventurança da fé que Jesus pronuncia após se encontram com Tomé e pela segunda vez com os outros apóstolos. A primeira pessoa que recebeu este reconhecimento foi Maria, a Mãe do Salvador. Quando foi visitar sua prima Isabel foi-lhe dito: “Bem-aventurada aquela que acreditou, porque se cumprirá o que lhe foi dito da parte do Senhor” (Lc 1,45). A bem-aventurança da fé tem em Maria o modelo. Ela acompanhou Jesus em todos os passos, esteve presente aos pés da cruz e depois se manteve com os apóstolos reunidos no cenáculo em oração (At 1,14).  

A 1ª Carta de São Pedro também fala da fé. Com grande entusiasmo São Pedro indica aos recém-batizados as razões da esperança cristã e da sua alegria. “Pela ressurreição de Cristo dentre os mortos, ele nos fez nascer de novo, para uma esperança viva, para uma herança incorruptível (…). Graças à fé, e pelo poder de Deus, vós fostes guardados para a salvação (…) Isto é motivo de alegria para vós (…). Sem ter visto o Senhor, vós o amais. Sem o ver ainda, nele acreditais. Isso será para vós fonte de alegria indizível e gloriosa, pois obtereis aquilo em que acreditais: a vossa salvação”.  

A comunidade cristã descrita no livro de Atos somente é compreensível e somente se torna real se for formada por batizados que vivem a bem-aventurança da fé. É uma nova geração e um novo modo de viver diferente de uma comunidade natural. Ela está estruturada sobre quatro colunas que sustentam o novo edifício espiritual. O primeiro é que “eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos”. Não existe comunidade cristã sem conhecimento dos fundamentos da fé, sem anúncio de Jesus Cristo, sem pregação (Rm 10,14). Uma comunidade cristã vive de Cristo ressuscitado e cresce graças à perseverança na adesão a Ele. A perseverança permite à comunidade cristã viver a fé não como algo adquirido para sempre, mas uma realidade dinâmica, que se expande e se aprofunda sempre mais. 

O segundo fundamento é a perseverança na “comunhão fraterna”. É a autêntica comunhão, não simplesmente uma amizade e nem uma sintonia de bons propósitos comuns ou motivações. A comunhão fraterna se realiza pela comunhão plena por meio de Jesus Cristo. Ele é a fonte da comunhão que passa pela preocupação mútua, pela partilha de bens materiais, pelo atendimento aos mais fragilizados e necessitados. 

O terceiro e quarto fundamento revela que eram perseverantes na “fração do pão e nas orações”. A fração do pão é o modo como São Lucas designa a Eucaristia (At 20,7). A comunidade se reunia para realizar aquilo que Jesus pediu: “Fazei isto em memória de mim”. Isto e, reunir-se e fazer memória da vida, paixão, morte e ressurreição de Jesus.  

Uma comunidade cristã faz a experiência de não estar reunida em torno de um ideal comum, por mais nobre que seja, mas em torno de Nosso Senhor Jesus Cristo vivo e ressuscitado. São os bem-aventurados da fé, os felizes e cheios de esperança sem terem visto.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Os Papas e a Misericórdia

Papa Francisco durante a missa no Domingo da Divina Misericórdia (2020) 
(Vatican Media)

Jesus disse à Santa Faustina: "A humanidade não encontrará paz, enquanto não se voltar com confiança para a misericórdia divina" (Diário, pág. 132). A misericórdia, de fato, foi um traço de unidade característico entre os pontificados dos últimos papas.

Ir. Grazielle Rigotti, ascj - Vatican News

O tema da misericórdia divina, manifestada através da vida de Jesus Cristo, é recorrente em diversos pontificados. Pode-se até mesmo afirmar que tal atributo divino perpassou os pontificados como poucos, e de forma singular. Ainda nos dias atuais, os fiéis se voltam para a misericórdia e celebram no segundo domingo da Páscoa a festa da Divina Misericórdia. Esta, porém foi um traço presente nos pontificados e documentos papais ao longo dos anos na história da Igreja.

Papa Pio XII

Pode-se iniciar o caminho traçado pelos pontífices e a misericórdia no Ano Santo de 1950, onde Papa Pio XII havia evocado a misericórdia divina em sua radiomensagem de Natal de 1949: “A nossos filhos, a todos os homens de bem, seja estimado o compromisso de não decepcionar as esperanças do Pai comum, que tem seus braços erguidos para o céu, para que a nova efusão da misericórdia divina sobre o mundo possa exceder todas as medidas.”

De fato, em seus discursos, Eugenio Pacelli ainda faz questão de destacar as obras de misericórdia como sendo a “essência própria do evangelho”. (Audiência de 19.7.1939)

O mesmo Pontífice ainda marcou seu pontificado com a Encíclica Haurietis Aquas de 15 de maio de 1956, sobre a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, e onde também cita seu predecessor, Pio XI, e sua encíclica Miserentissimus Redemptor. Papa Pacelli reitera: “Assim como amou a Igreja, Cristo continua amando-a intensamente, com aquele tríplice amor de que falamos (cf. 1 Jo 2,1); e esse amor é que o impele a fazer-se nosso advogado para nos obter do Pai graça e misericórdia, "estando sempre vivo para interceder por nós" (Hb 7, 25) (44), e ainda recorda que “ao mostrar o Senhor o seu coração sacratíssimo – de modo extraordinário e singular quis atrair a consideração dos homens para a contemplação e a veneração do amor misericordioso de Deus para com o gênero humano”. (52)

Papa Paulo VI

Em 12 de abril de 1968, papa Paulo VI após a Via Sacra no Coliseu, descreveu a misericórdia como uma torrente que jorrava da cruz.

Em seu discurso, afirma: “Jesus morreu não só porque nós o matamos; ele morreu por nós. Ao morrer na cruz, Ele nos salvou. Por nós, Ele sofreu e morreu. E assim como tantas representações da Cruz na arte cristã fazem jorrar riachos de água límpida aos pés daquela árvore da vida para indicar graça, amizade com Deus, os Sacramentos, assim também da Cruz brota uma torrente de misericórdia e nos oferece, a todos nós, o destino inestimável de sermos perdoados, de sermos redimidos. Tanto que, com a liturgia da Igreja, chamaremos "abençoada" a Paixão cruel do Senhor: pois ela é a fonte do nosso renascimento e da nossa felicidade. Não mais a cruz é, portanto, uma forca de ignomínia e morte, mas um símbolo de vitória: in hoc signo vinces. Vemo-lo aqui sob o arco de Constantino, triunfante desde que o destino da Cruz de Cristo abriu novos horizontes radiantes para a história da Igreja.”

João Paulo II

Pode-se dizer também que São João Paulo II baseou muito de seu pontificado na misericórdia, coroando como aspectos particulares de seu magistério o Grande Jubileu do ano 2000 e a instituição da celebração da Divina Misericórdia, sendo realizada no segundo domingo de Páscoa. Tal instituição foi anunciada por ocasião da canonização de Maria Faustyna Kowalska. Além disso, ele havia dedicado também sua segunda encíclica ao tema da Misericórdia, Dives in Misericordia em 1980. Foi neste documento que o pontífice afirmou: "em Cristo e por Cristo, Deus com a sua misericórdia torna-se também particularmente visível; isto é, põe-se em evidência o atributo da divindade, que já o Antigo Testamento, servindo-se de diversos conceitos e termos, tinha chamado «misericórdia». "(2)

Bento XVI

“As mãos de quem vos ajuda em nome da misericórdia sejam uma prolongação destas grandes mãos de Deus.” Em sua viagem à Polônia em maio de 2006, o papa Bento XVI enfatizou o parentesco entre o que ele chamou de dois mistérios: a fragilidade humana e a misericórdia divina. Nesta ocasião ele estava em um encontro com os doentes. O papa continuou seu discurso afirmando que à primeira vista, estes dois mistérios parecem ser opostos um ao outro. Mas quando tentamos mergulhar neles à luz da fé, vemos que eles estão em harmonia mútua. Isto é graças ao mistério da cruz de Cristo.

Papa Francisco

Utilizando-se de outras palavras, mas resgatando ainda o mistério do encontro entre fragilidade humana e acolhida divina, faz-se memória da Carta Apostólica do Papa Francisco, Misericordia et misera, datada do quarto ano do seu pontificado, e por ocasião do Jubileu Extraordinário da Misericórdia. Nela, lê-se que “A misericórdia é esta ação concreta do amor que, perdoando, transforma e muda a vida. É assim que se manifesta o seu mistério divino. Deus é misericordioso (cf. Ex 34, 6), a sua misericórdia é eterna (cf. Sal 136/135), de geração em geração abraça cada pessoa que confia n’Ele e transforma-a, dando-lhe a sua própria vida.”

O atual Pontífice também, recentemente, em março de 2023, em um encontro com os participantes do Curso sobre o Foro Interno promovido pela Penitenciaria Apostólica, Papa Francisco afirmou que “vivendo da misericórdia e oferecendo-a a todos, a Igreja se realiza e cumpre sua ação apostólica e missionária. Quase poderíamos dizer que a misericórdia está incluída nas "notas" características da Igreja, em particular faz resplandecer a santidade e a apostolicidade.”

Como conclusão, e tomando como luz as palavras de Francisco no mesmo discurso, pode-se enfim afirmar que "desde sempre, a Igreja, com estilos diferentes nas várias épocas, expressou esta "identidade de misericórdia", dirigida tanto ao corpo quanto à alma, desejando, com seu Senhor, a salvação integral da pessoa. A obra da misericórdia divina coincide assim com a própria ação missionária da Igreja, com a evangelização, porque nela resplandece o rosto de Deus como Jesus nos mostrou".

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Um arrepiante canto ortodoxo para o Tempo Pascal

Dennis Debono | Shutterstock
Por J-P Mauro

As origens do tropário pascal remontam ao século V.

Para manter viva a fortaleza e a alegria do Tempo Pascal, apresentamos um canto bizantino chamado tropário pascal, um sublime canto grego que causa arrepios. 

A letra deste hino vem da mensagem levada a Maria Madalena e à “outra Maria” quando chegaram ao túmulo de Cristo. Ali, o anjo lhes disse:

“Não temais! Sei que procurais Jesus, que foi crucificado. Não está aqui: ressuscitou como disse. Vinde e vede o lugar em que ele repousou.”

Mt 28, 5-6

O hino é um lembrete de que todos os fiéis um dia serão ressuscitados dentre os mortos para a vida eterna por meio da crença em Cristo.

O tropário é mais comumente cantado no final da vigília pascal. Suas raízes remontam ao século V ou VI. 

A breve estrofe às vezes é separada por um recitativo dos Salmos. Os cantores produzem um grande som no salão vazio com apenas quatro homens. Embora poucas informações sejam fornecidas sobre os artistas, a presença do vídeo no canal Orthodox Finland sugere que eles podem ser finlandeses.

https://youtu.be/KiZAIS4zw9I

Fonte: https://pt.aleteia.org/

As provas da Ressurreição de Jesus

As provas da Ressurreição de Jesus / Cléofas

As provas da Ressurreição de Jesus

 POR PROF. FELIPE AQUINO

A Igreja não tem dúvida em afirmar que a Ressurreição de Jesus foi um evento histórico e transcendente. No §639 o Catecismo afirma: “O mistério da Ressurreição de Cristo é um acontecimento real que teve manifestações historicamente constatadas, como atesta o Novo Testamento. Já S. Paulo escrevia aos Coríntios pelo ano de 56: Eu vos transmiti… o que eu mesmo recebi: Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras. Foi sepultado, ressuscitado ao terceiro dia, segundo as Escrituras. Apareceu a Cefas, e depois aos Doze” (1Cor 15,3-4). O apóstolo fala aqui da viva tradição da Ressurreição, que ficou conhecendo após sua conversão às portas de Damasco.

O primeiro acontecimento da manhã do Domingo de Páscoa foi a descoberta do sepulcro vazio (cf. Mc 16, 1-8). Ele foi a base de toda a ação e pregação dos Apóstolos e foi muito bem registrada por eles. São João afirma: “O que vimos, ouvimos e as nossas mãos apalparam isto atestamos” (1 Jo 1,1-2). Jesus ressuscitado apareceu a Madalena (Jo 20, 19-23); aos discípulos de Emaús (Lc 24,13-25), aos Apóstolos no Cenáculo, com Tomé ausente (Jo 20,19-23); e depois, com Tomé presente (Jo 20,24-29); no Lago de Genezaré (Jo 21,1-24); no Monte na Galiléia (Mt 28,16-20); segundo S. Paulo “apareceu a mais de 500 pessoas” (1 Cor 15,6) e a Tiago (1 Cor 15,7).

S. Paulo atesta que Ele “…ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e foi visto por Cefas, e depois pelos Onze; depois foi visto por mais de quinhentos irmãos duma só vez, dos quais a maioria vive ainda hoje e alguns já adormeceram; depois foi visto por Tiago e, em seguida, por todos os Apóstolos; e, por último, depois de todos foi também visto por mim como por um aborto” (1 Cor 15, 3-8).

“Deus ressuscitou esse Jesus, e disto nós todos somos testemunhas” (At 2, 32), disse São Pedro no dia de Pentecostes. “Saiba com certeza toda a Casa de Israel: Deus o constituiu Senhor (Kýrios) e Cristo, este Jesus a quem vós crucificastes” (At 2, 36). “Cristo morreu e reviveu para ser o Senhor dos mortos e dos vivos” (Rm 14, 9). No Apocalipse, João arremata: “Eu sou o Primeiro e o Último, o Vivente; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos, e tenho as chaves da Morte e da região dos mortos” (Ap 1, 17s).

Toda a pregação dos Discípulos estava centrada na Ressurreição de Jesus. Diante do Sinédrio Pedro dá testemunho da Ressurreição de Jesus (At 4,8-12). Em At 5,30-32 repete. Na casa do centurião romano Cornélio (At 10,34-43), Pedro faz uma síntese do plano de Deus, apresentando a morte e a ressurreição de Jesus como ponto central. S. Paulo em Antioquia da Pisídia faz o mesmo (At 13,17-41).

A presença de Jesus ressuscitado era a manifestação salvífica definitiva de Deus, inaugurando uma nova era na História humana; era a força do Apóstolos. Jesus ressuscitado caminhou com eles ainda quarenta dias e criou a fé dos discípulos e não estes que criaram a fé no Ressuscitado.

A primeira experiência dos Apóstolos com Jesus ressuscitado, foi marcante e inesquecível: “Jesus se apresentou no meio dos Apóstolos e disse: “A paz esteja convosco!” Tomados de espanto e temor, imaginavam ver um espírito. Mas ele disse: Por que estais perturbados e por que surgem tais dúvidas em vossos corações? Vede minhas mãos e meus pés: sou eu! “Apalpai-me e entendei que um espírito não tem carne nem ossos, como estais vendo que eu tenho”. Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E, como, por causa da alegria, não podiam acreditar ainda e permaneciam surpresos, disse-lhes: “Tendes o que comer?” Apresentaram-lhe um pedaço de peixe assado. Tomou-o então e comeu-o diante deles” (Lc 24, 34ss).

Os Apóstolos não acreditavam a princípio na Ressurreição do Mestre. Amedrontados, julgavam ver um fantasma, Jesus pede que o apalpem e verifiquem que tem carne e ossos. Nada disto foi uma alucinação, nem miragem, nem delírio, nem mentira, e nem fraude dos Apóstolos, pessoas muito realistas que duvidaram a princípio da Ressurreição do Mestre. A custo se convenceram. O próprio Cristo teve que falar a Tomé: “Apalpai e vede: os fantasmas não têm carne e osso como me vedes possuir” (Lc 24,39). Os discípulos de Emaús estavam decepcionados porque “nós esperávamos que fosse Ele quem restaurasse Israel” (Lc 24, 21).

Estes depoimentos “de primeira hora”, concebidos e transmitidos pelos discípulos imediatos do Senhor, são argumentos suficientes para dissolver qualquer teoria que quisesse negar a ressurreição corporal de Cristo, ou falar dela como fraude. Esta fé não surgiu “mais tarde”, como querem alguns, na história das primeiras comunidades cristãs, mas é o resultado da missão de Cristo acompanhada dia a dia pelos Apóstolos.

Com os Apóstolos aconteceu o processo exatamente inverso do que se dá com os visionários. Estes, no começo, ficam muito convencidos e são entusiastas, e pouco a pouco começam a duvidar da visão. Já com os discípulos de Jesus, ao contrário, no princípio duvidam. Não creem em seguida na Ressurreição. Tomé duvida de tudo e de todos e quer tocar o corpo de Cristo ressuscitado. Assim eram aqueles homens: simples, concretos, realistas. A maioria era pescador, não eram nem visionários nem místicos. Um grupo de pessoas abatidas, aterrorizadas após a morte de Jesus. Nunca chegariam por eles mesmos a um autoconvencimento da Ressurreição de Jesus. Na verdade, renderam-se a uma experiência concreta e inequívoca.

Impressiona também o fato de que os Evangelhos narram que as primeiras pessoas que viram Cristo ressuscitado são as mulheres que correram ao sepulcro. Isto é uma mostra clara da historicidade da Ressurreição de Jesus; pois as mulheres, na sociedade judaica da época, eram consideradas testemunhas sem credibilidade já que não podiam apresentar-se ante um tribunal. Ora, se os Apóstolos, como afirmam alguns, queriam inventar uma nova religião, por que, então, teriam escolhido testemunhas tão pouco confiáveis pelos judeus? Se os evangelistas estivessem preocupados em “provar” ao mundo a Ressurreição de Jesus, jamais teriam colocado mulheres como testemunhas.

Os chefes dos judeus tomaram consciência do significado da Ressurreição de Jesus, e, por isso, resolveram apaga-la: “Deram aos soldados uma vultosa quantia de dinheiro, recomendando: “Dizei que os seus discípulos vieram de noite, enquanto dormíeis, e roubaram o cadáver de Jesus. Se isto chegar aos ouvidos do Governador, nós o convenceremos, e vos deixaremos sem complicação”. Eles tomaram o dinheiro e agiram de acordo com as instruções recebidas. E espalhou-se esta história entre os judeus até o dia de hoje” (Mt 28, 12-15). A ressurreição corporal de Jesus era professada tranquilamente pela Igreja nascente, sem que os judeus ou outros adversários a pudessem apontar como fraude ou alucinação.

Os Apóstolos só podiam acreditar na Ressurreição de Jesus pela evidência dos fatos, pois não estavam predispostos a admiti-la; ao contrário, haviam perdido todo ânimo quando viram o Mestre preso e condenado; também para eles a ressurreição foi uma surpresa.

Eles não tinham disposições psicológicas para “inventar” a notícia da ressurreição de Jesus ou para forjar tal evento. Eles ainda estavam impregnados das concepções de um messianismo nacionalista e político, e caíram quando viram o Mestre preso e aparentemente fracassado; fugiram para não ser presos eles mesmos (Cf. Mt 26, 31s); Pedro renegou o Senhor (cf. Mt 26, 33-35). O conceito de um Deus morto e ressuscitado na carne humana era totalmente alheio à mentalidade dos judeus.

E a pregação dos Apóstolos era severamente controlada pelos judeus, de tal modo que qualquer mentira deles seria imediatamente denunciada pelos membros do Sinédrio (tribunal dos judeus). Se a ressurreição de Jesus, pregada pelos Apóstolos não fosse real, se fosse fraude, os judeus a teriam desmentido, mas eles nunca puderam fazer isto.

Jesus morreu de verdade, inclusive com o lado perfurado pela lança do soldado. É ridícula a teoria de que Jesus estivesse apenas adormecido na Cruz.

Os vinte longos séculos do Cristianismo, repletos de êxito e de glória, foram baseados na verdade da Ressurreição de Jesus. Afirmar que o Cristianismo nasceu e cresceu em cima de uma mentira e fraude seria supor um milagre ainda maior do que a própria Ressurreição do Senhor.

Será que em nome de uma fantasia, de um mito, de uma miragem, milhares de fiéis enfrentariam a morte diante da perseguição romana? É claro que não. Será que em nome de um mito, multidões iriam para o deserto para viver uma vida de penitência e oração? Será que em nome de um mito, durante já dois mil anos, multidões de homens e mulheres abdicaram de construir família para servir ao Senhor ressuscitado? Será que uma alucinação poderia transformar o mundo? Será que uma fantasia poderia fazer esta Igreja sobreviver por 2000 anos, vencendo todas as perseguições (Império Romano, heresias, nazismo, comunismo, racionalismo, positivismo, iluminismo, ateísmo, etc.)? Será que uma alucinação poderia ser a base da religião que hoje tem mais adeptos no mundo (2 bilhões de cristãos)? Será que uma alucinação poderia ter salvado e construído a civilização ocidental depois da queda de Roma? Isto mostra que o testemunho dos Apóstolos sobre a Ressurreição de Jesus era convincente e arrastava, como hoje.

Na verdade, a grandeza do Cristianismo requer uma base mais sólida do que a fraude ou a debilidade mental. É muito mais lógico crer na Ressurreição de Jesus do que explicar a potência do Cristianismo por uma fantasia de gente desonesta ou alucinada. Como pode uma fantasia atravessar dois mil anos de história, com 266 Papas, 21 Concílios Ecumênicos, e hoje com cerca de 4 mil bispos e 416 mil sacerdotes? E não se trata de gente ignorante ou alienada; muito ao contrário, são universitários, mestres, doutores.

Prof. Felipe Aquino

Fonte: https://cleofas.com.br/

quinta-feira, 13 de abril de 2023

CAMINHO NEOCATECUMENAL: PARÓQUIA COMUNIDADE DE COMUNIDADES

Paróquia - Comunidade de Comunidades / neocatechumenaleiter

PARÓQUIA COMUNIDADE DE COMUNIDADES

Depois do anúncio do Kerigma, surgem comunidades na paróquia, irmãos que vivem esta iniciação cristã. Progressivamente começam a aparecer entre eles os sinais da Fé, o amor ao inimigo. Este milagre moral chamará os afastados ao encontro com Jesus Cristo. E a comunidade cristã levará o Amor de Deus a todos os homens.

“Vós não fazeis o apostolado só pelo fato de serdes isso que sois num estímulo para o redescobrimento e a recuperação dos valores cristãos verdadeiros, autênticos, efetivos, que de outro modo poderiam ficar esquecidos, adormecidos e quase diluídos na vida cotidiana. Não! Vós os colocais em evidência, em emergência e lhes dais um esplendor moral verdadeiramente exemplar, justamente porque assim, com esse espírito cristão, vós viveis esta Comunidade Neocatecumenal.

Quanta alegria e quanta esperança nos dais com vossa presença e com vossa atividade! Sabemos que em vossas comunidades vos esforçais todos juntos em compreender e desenvolver as riquezas do vosso Batismo e suas consequências pela vossa pertença a Cristo…

Viver e promover esse despertar é considerado por vocês como uma forma de catecumenato pós-batismal, que poderá renovar nas comunidades cristãs de hoje aqueles efeitos de amadurecimento e de aprofundamento que na Igreja primitiva eram realizados no período de preparação ao Batismo…

Vós o fazeis depois: o antes ou o depois, diria, é secundário. O fato é que vós olhais para a autenticidade, para a plenitude, para a coerência, para a sinceridade da vida cristã.”

S. Paulo VI, 8 de maio de 1974

“A prática e a norma da Igreja introduziram o santo costume de dar o Batismo aos recém-nascidos, deixando que o rito batismal se concentre liturgicamente na preparação que nos primeiros tempos, quando a sociedade era profundamente pagã, precedia o Batismo e que se chamava Catecumenato. Mas no ambiente social de hoje, este método precisa ser integrado a uma instrução, a uma iniciação ao estilo de vida próprio do cristão, após o Batismo, ou seja, dar uma assistência religiosa, conferir um treinamento prático à fidelidade cristã e realizar uma inserção efetiva na comunidade dos fiéis, que é a Igreja…

Portanto, eis o renascimento do nome “Catecumenato”, que certamente não quer invalidar nem diminuir a importância da disciplina batismal vigente, mas quer aplicar um método de evangelização gradual e intensivo, que lembra e renova, de certo modo, o Catecumenato de outros tempos. Aquele que foi batizado precisa compreender, repensar, apreciar, apoiar a inestimável riqueza do sacramento recebido.”

S. Paulo VI, 12 de janeiro de 1977

Fonte: https://neocatechumenaleiter.org/pt-br

O que é a encíclica “Pacem in Terris”?

Papa São João XXIII / Public domain
Por Philip Kosloski

Promulgado em 1963, o documento de São João XXIII explica como a dignidade da pessoa humana implica direitos e deveres.

Pacem in Terris, promulgada em 11 de abril de 1963, foi uma das encíclicas mais significativas escritas por São João XXIII durante o seu pontificado. Com profundidade, tocou na dignidade da pessoa humana e no bom ordenamento dos assuntos civis.

São João XXIII começa sua encíclica escrevendo:

“A paz na terra, anseio profundo de todos os homens de todos os tempos, não se pode estabelecer nem consolidar senão no pleno respeito da ordem instituída por Deus”.

Em seguida, proclama o objetivo principal da sua encíclica, explicando como a dignidade da pessoa humana implica certos direitos e deveres:

“Em uma convivência humana bem constituída e eficiente, é fundamental o princípio de que cada ser humano é pessoa; isto é, natureza dotada de inteligência e vontade livre. Por essa razão, possui em si mesmo direitos e deveres, que emanam direta e simultaneamente de sua própria natureza. Trata-se, por conseguinte, de direitos e deveres universais, invioláveis, e inalienáveis”.

É uma encíclica poderosa que pretende ser fonte primária de inspiração para todos os assuntos civis.

São João XXIII termina sua encíclica apelando a Jesus, o “Príncipe da Paz”:

“Esta paz, peçamo-la com ardentes preces ao Redentor divino que no-la trouxe. Afaste ele dos corações dos homens quanto pode pôr em perigo a paz e os transforme a todos em testemunhas da verdade, da justiça e do amor fraterno. Ilumine com sua luz a mente dos responsáveis dos povos, para que, junto com o justo bem-estar dos próprios concidadãos, lhes garantam o belíssimo dom da paz.

Inflame Cristo a vontade de todos os seres humanos para abaterem barreiras que dividem, para corroborarem os vínculos da caridade mútua, para compreenderem os outros, para perdoarem aos que lhes tiverem feito injúrias. Sob a inspiração da sua graça, tornem-se todos os povos irmãos e floresça neles e reine para sempre essa tão suspirada paz”.

Fonte:  https://pt.aleteia.org/

CNBB divulga dados atualizados do episcopado no Brasil

Bispos / CNBB

COM A PROXIMIDADE DA 60ª ASSEMBLEIA GERAL, CNBB DIVULGA DADOS ATUALIZADOS DO EPISCOPADO NO BRASIL

No próximo dia 19 de abril, às 8h30, acontece a sessão solene de abertura da 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (AG CNBB), no Centro de Convenções Padre Vítor Coelho de Almeida, do Santuário Nacional de Aparecida, em Aparecida (SP). O encontro do episcopado brasileiro se estende até o dia 28, com 22 sessões ao longo das duas semanas.

Dada a proximidade do evento, o portal da CNBB divulga os dados atualizados do episcopado no Brasil, com informações estratégicas para que os jornalistas conheçam tudo sobre as circunscrições eclesiásticas, as dioceses vacantes, o número de bispos ativos e os eméritos.

Atualmente, a Igreja no Brasil conta com um total de 326 bispos ativos e o número de 157 bispos eméritos, aqueles que, de acordo com o Código de Direito Canônico, perdem “o ofício por limite de idade ou por renúncia aceite”.

Circunscrições eclesiásticas

A Igreja no Brasil possui 279 circunscrições eclesiásticas, ou seja, territórios ou “Igrejas Particulares” confiadas aos cuidados de um bispo. A circunscrição eclesiástica pode ser uma prelazia, uma diocese, arquidiocese, eparquia ou exarcado para fiéis de ritos específicos, e também circunscrições que não tem uma limitação territorial, como a administração apostólica pessoal.

De acordo com as informações sistematizadas pela Secretaria Técnica da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) as circunscrições eclesiásticas estão divididas assim: 219 são dioceses, 45 arquidioceses, 7 prelazias, 3 eparquias, 1 exarcado, 1 rito próprio, 1 Ordinariado militar, 1 administração apostólica pessoal e 1 arquieparquia. Cada uma delas conta com um bispo eleito pelo Papa para administrar o governo pastoral.

Dioceses vacantes

O levantamento mostra também que, até esta quarta-feira, 12 de abril, 10 dioceses brasileiras estão vacantes, ou seja, sem o bispo titular à frente do governo. Renúncia, transferência, falecimento ou perda de ofício são alguns dos motivos que podem tornar uma sede vacante, expressão oriunda do latim que significa trono vazio e que é usada pela Igreja para dizer que uma Sede Episcopal está sem o seu ocupante no governo pastoral.

Neste período, a Igreja Particular fica aos cuidados de um administrador diocesano, eleito pelo Colégio de Consultores, que pode desempenhar algumas funções limitadas pelo Código de Direito Canônico; ou por um administrador apostólico, um bispo nomeado pelo Papa.

Confira, abaixo, as 11 dioceses vacantes:

Diocese de Almenara (MG)
Diocese de Amargosa (BA)
Diocese de Cametá (PA)
Diocese de Divinópolis (MG)
Diocese de Januária (MG)
Diocese de Jataí (GO)
Diocese de Marajó (PA)
Diocese de Parnaíba (PI)
Diocese de Quixadá (CE)
Diocese de Tubarão (SC)
Diocese de Tocantinópolis (TO)

Observações:

* Nesta quarta-feira, 12 de abril, novos bispos foram nomeados para as dioceses de Cametá, no Pará, e a de Almenara, em Minas Gerais. No entanto, elas só deixarão de estar vacantes após a ordenação e a posse dos novos bispos. Por isso ainda são contabilizadas junto ao número total de vacantes.

* O balanço da Secretaria Técnica já contabilizou no número total de circunscrições eclesiásticas e de dioceses, a diocese de Araguaína, no Tocantins, criada no dia 31 de janeiro, pelo Papa Francisco. Sua instalação irá ocorrer no dia 15/04.

Fonte: https://www.cnbb.org

A Bíblia já foi inteiramente traduzida para 733 idiomas – e, parcialmente, para outros 2.877

JHDT Productions / Shutterstock
Por Francisco Vêneto

Até 2038, a Federação Mundial das Sociedades Bíblicas quer a Sagrada Escritura traduzida para outras 1.200 línguas.

A federação das Sociedades Bíblicas Unidas (United Bible Societies), sediada na cidade inglesa de Swindon e composta por 160 Sociedades Bíblicas presentes em mais de 180 países e territórios, informou no seu mais recente relatório anual que 3.610 idiomas contam hoje com a tradução de pelo menos um livro da Bíblia.

A tradução completa de todos os livros da Sagrada Escritura, por sua vez, está disponível atualmente em 733 línguas.

Segundo dados do relatório destacados pela agência de notícias Gaudium Press, foram concluídos em 2022 os projetos iniciais de tradução das Sagradas Escrituras para 57 idiomas, sendo que em 14 deles se trata da Bíblia completa. Em 2021, tinham sido concluídas as traduções da Bíblia para 81 idiomas.

Até 2038, a federação mundial das Sociedades Bíblicas pretende estender a tradução da Sagrada Escritura para outras 1.200 línguas.

Acesso direto a milhões de falantes

Entre as recentes traduções com maior impacto em termos de quantidade de falantes está a Bíblia em língua tay, falada por 1,8 milhão de habitantes do norte do Vietnã. Trata-se de um idioma do mesmo grupo linguístico do tailandês, com o qual, porém, não deve ser confundido: o tailandês é falado por mais de 20 milhões de pessoas e já conta com a tradução da Bíblia completa há muito mais tempo.

Outro exemplo de alcance numeroso de novas traduções da Bíblia é constituído pelos idiomas oromo e hadia, ambos falados em regiões da Etiópia por um total combinado de aproximadamente 7 milhões de habitantes.

Estima-se que existam entre 7.100 e 7.300 idiomas no planeta hoje, dos quais cerca de 3.000 estão em extinção por restarem pouquíssimos indivíduos que ainda os falam. Por outro lado, considerando-se apenas o número de pessoas que os aprenderam como primeira língua, os 8 idiomas com mais falantes nativos somam 2,8 bilhões de pessoas, o equivalente a cerca de 35% do total da humanidade: trata-se, nesta ordem, dos idiomas mandarim, espanhol, inglês, hindi, bengali, português, russo e japonês.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Ressurreição: o nosso Deus é um Deus vivo!

A face de Cristo / Vatican News

Mas se este Jesus está vivo, por que aparece ainda pregado na cruz? Pode alguém perguntar. A cruz é o símbolo do gesto máximo do Amor de Cristo por nós. É a recordação de quanto custou ao Deus feito homem a nossa libertação: sua vida, seu sangue, seu martírio.

Padre Luiz Cláudio Azevedo de Mendonça - Chanceler da Diocese de Nova Friburgo

Entre as sombras da dúvida, do nada, do silencio do peito, do esvaziamento do cosmo, surge a vida! O glorioso Sol rasga as trevas, numa manhã solene de Ressurreição! O túmulo vazio. Os guardas atônitos. Os apóstolos vibrantes de certeza! "Nosso Cristo está vivo!" , Os materialistas repetem desde sempre a mesma mentira: " Roubaram o corpo";" Jesus Cristo foi apenas um homem contra o sistema e está morto", Míopes em suas mancas afirmações e adoradores da surda-muda matéria , teimam em não sair de suas cavernas frias para a luz aquecedora do Amor de Cristo.

Os nossos domingos já não podem ser os mesmos! Existe um brilho diferente no ar, na calma da natureza apoteótica a bradar Aleluia! Como naquele dia luminoso, aos olhos perplexos dos discípulos, o Senhor se elevava aos céus e prometia o seu Espírito e a sua nova vinda para recolher.

Mas se este Jesus está vivo, por que aparece ainda pregado na cruz? Pode alguém perguntar. A cruz é o símbolo do gesto máximo do Amor de Cristo por nós. É a recordação de quanto custou ao Deus feito homem a nossa libertação:  sua vida, seu sangue, seu martírio. Se alguém dá a vida por nós, não podemos esquecer tal ato. O sacrifício da cruz é o grande sinal do Amor cristão, o Amor que não só vibra com a festa da vida, mas se solidariza e se doa nos sofrimentos e cruzes do irmão. Para nós, católicos, Jesus está vivo, sim, presente entre nós, Ressurreto, fulguroso e poderoso, mas sabemos o quanto sofreu por nós e , por isso, a sua cruz é para todos  um instrumento-símbolo de salvação.

Nestes ventos de Ressurreição, devemos nos perguntar sobre nossos passos , sobre nossos rumos, sobre nossos corações...A luz que se acendeu há quase dois mil anos não se apagou...Ela se multiplica nos círios, no peito, nos sacrários do mundo inteiro, na chama da fé dos povos, na esperança ígnea que não se prostra nem mesmo com as bombas e perseguições, nem com as explosões de néon do ateísmo, do capitalismo selvagem. Ela se expande no brilho simples da verdade que quebra os sofisticados e ocos sofismas, meticulosamente talhados nas indústrias da exploração humana.

Este Deus vive entre nós. Vive em nós. Sua ação pasma a História, abrindo o mar com mão firme , curando toda enfermidade, transformando água em vinho, transubstanciando o próprio vinho em seu sangue, o pão em sua carne :Eucaristia-Ressurreição! Os véus do templo se rasgam de cima a baixo. Seu Sudário permanece de século em século, questionando a análise dos químicos, médicos, cientistas em geral, ou de qualquer cético que queira apalpar a configuração do Senhor. Ei-lo! Eis o Homem! Como apresentou Pilatos. Todo chagado e marcado por chicotes ferinos . Eis o Cristo de olho vazado pelos espinhos da coroa e sobre esta vista a imagem de uma moeda romana, conforme o costume. Vejam o que queriam ver. Um Deus-homem impresso em negativo em um linho antiquíssimo, com pólen do século primeiro, pela explosão luminosa de sua Ressurreição! Reconheçam que não há pintura em negativo com sangue AB judeu de quase dois mil anos que permaneça nítida após tantas intempéries. Figura que não é pintada e que após fotografia de um pesquisador, curiosamente aparece em positivo e apresenta tridimensionalmente o Senhor sofredor, sem nenhuma distorção em computador (o que normalmente aconteceria), o que só hoje, no século XXI, os cientistas conseguiram colocar impresso em 3D.

A precisão dos traços e marcas da Paixão...funduras das chagas, inchações, todo o desenho anatômico das lesões, constatado por renomados cirurgiões, digitais de quem o transportou nas plantas dos seus pés... O que mais falta? O que mais? Frente às exigências empíricas dos que no fundo acham incômodo CRER, Jesus ressuscitado diz ao Tomé de cada século: "Vem e vê. Poe o teu dedo em minhas chagas e no meu lado! Sou eu! Estive morto, mas venci a morte! Abre teu coração agora e abandona tua soberba! Tu creste porque viste. Felizes aqueles que creem, mesmo sem ver"

Caros irmãos, o nosso Deus é um Deus vivo! E você é convidado a viver e a beber desta fonte e a nunca mais ter sede!

Feliz Páscoa!

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Três lugares podem ser Emaús, onde Jesus ressuscitado apareceu

Jesus ressuscitado e os discípulos de Emaús /Domínio Público-
Wikipédia
Por Abel Camasca

JERUSALÉM, 12 Abr. 23 / 12:02 pm (ACI).- Os franciscanos presentes na Terra Santa participaram de uma celebração pascal no lugar onde acreditam que Jesus ressuscitado apareceu aos discípulos de Emaús. Duas outras cidades, no entanto, afirmam ser o lugar da aparição.

O último capítulo do Evangelho de São Lucas (24,13-35) narra que Jesus apareceu a dois dos seus seguidores que iam a caminho de Emaús, um dos quais é chamado de Cléofas.

O Ressuscitado falou com eles como um forasteiro e, ao ouvir que eles estavam tristes com a morte do Messias, explicou-lhes as Escrituras até muito tarde. Os discípulos pediram-lhe então que ficasse com eles na cidade e só o reconheceram quando Cristo partiu o pão. No entanto, o Senhor naquele momento desapareceu.

Segundo a Custódia da Terra Santa, há três locais que dizem ser o local onde ocorreu este evento bíblico.

Os cristãos do século III acreditavam que a aparição ocorreu em Emaús-Nicópolis. Embora o nome coincida, a cidade não fica à mesma distância dada por são Lucas que diz explicitamente que a cidade ficava a 60 estádios, mais ou menos 12 km, de Jerusalém. Emaús-Nicópolis dista 30 km de Jerusalém.

Por volta do século XII, na época das cruzadas, procurou-se um local mais próximo da Cidade Santa. Foi proposta antiga cidade de Kiriat-Yaarim, , conhecida hoje como Abu-Ghosh, onde os cruzados haviam erguido a fortaleza de Fontenoid.

Tradições populares se referem a um terceiro lugar: a cidade de El Qubeibeh, porque fica junto a um caminho que levava a Jerusalém e à distância dita pelo evangelista. Acredita-se que tudo isso influenciou os franciscanos a se instalarem ali no século XIV.

Foi nesse local, os frades da Custódia da Terra Santa se reuniram na basílica da Manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo na segunda-feira (10).

Pela manhã houve uma missa rezada pelo padre Francesco Patton, Custódio da Terra Santa. Em seguida, alguns pães abençoados foram distribuídos aos fiéis, recordando assim o gesto do pão partido que Jesus deu aos discípulos de Emaús.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF