A Tumba vazia | Olhar Digital |
domingo, 23 de abril de 2023
O Messias vencedor!
São Jorge nos ensina a lutar contra nossos dragões
Everett Collection | Shutterstock |
Por Theresa Civantos Barber
Nossos dragões são internos (como tentações para o pecado) e externos, como circunstâncias difíceis de vários tipos.
Você conhece a história de São Jorge e o dragão. Vou contar-lhes como ela impactou a minha família.
As visitas a campo são uma emoção para meus filhos, que estudam em casa. Eles ficam especialmente animados para visitar um museu de arte local depois de passarmos horas estudando um guia infantil sobre o assunto.
Eu os incentivo a se prepararem para a viagem fazendo uma lista das obras de arte que mais gostariam de ver.
“Eu sei o que quero ver”, exclamou meu filho de seis anos. “São Jorge matando o dragão!”
Eu sorri, sabendo exatamente por que, de todas as pinturas do guia infantil, ele escolheu aquela. Um dos livros favoritos de nossa família é uma releitura requintada de “São Jorge e o Dragão”, repleto de ilustrações evocativas e uma narrativa verdadeiramente emocionante.
Não estamos sozinhos em levar a sério esta história. A lenda de São Jorge e o Dragão é conhecida e amada desde o século XII.
A história de São Jorge
O engraçado é que essa história não é estritamente verdadeira, pelo menos não como pensamos. São Jorge foi um oficial do exército romano que provavelmente nunca encontrou um dragão. Em vez disso, o dragão da história pretendia simbolizar Satanás ou o mal de maneira mais geral.
No entanto, a popularidade da lenda só cresceu com o passar dos séculos. Então O que há neste conto que captura nossa imaginação de forma tão completa?
Podemos recorrer, como em tantas coisas, à sabedoria de C. S. Lewis e G. K. Chesterton. Ambos eram defensores francos dos contos de fadas e pareciam ter um senso intuitivo do tipo de história que as crianças gostam.
Lewis escreveu:
“É muito provável que as crianças encontrem inimigos cruéis, que pelo menos tenham ouvido falar de bravos cavaleiros e coragem heróica”.
Por outro lado, Chesterton, explana:
“O que os contos de fadas dão à criança é sua primeira ideia clara da possível derrota do bicho-papão. O bebê conhece o dragão intimamente desde que teve uma imaginação. O que o conto de fadas oferece a ele é um São Jorge para matar o dragão.”
As crianças, e realmente todos nós, queremos saber que o bem vence o mal. Queremos saber se temos o que é preciso para prevalecer quando o mal nos confrontar.
São Jorge e a realidade intangível do mal
A história de São Jorge e o Dragão dá forma e substância à realidade intangível do mal. Isso significa que o triunfo de São Jorge também é o triunfo de Cristo. É a história mais antiga do mundo, e que ainda está sendo escrita todos os dias em nossas próprias vidas.
Minha frase favorita do livro São Jorge e o Dragão vem enquanto George se prepara para lutar contra o dragão. Ele tem a visão de uma “cidade alta” que simboliza o céu e, naturalmente, deseja ir para lá. Um santo eremita diz a ele,
“Essa cidade alta que você vê está em outro mundo. Antes de subir o caminho até ele e pendurar seu escudo na parede, desça até o vale e lute contra o dragão contra o qual você foi enviado para lutar.”
Nossos dragões
Cada um de nós temos nossos próprios dragões, contra os quais devemos lutar. Todos nós temos um chamado que Deus colocou em nossas vidas para lutar em uma batalha específica. Nossos dragões são internos, como tentações para o pecado, e externos, como circunstâncias difíceis de vários tipos.
A história de São Jorge nos lembra de nunca perdermos a esperança. Como o próprio guerreiro sagrado, somos chamados a lutar contra nossos dragões com tudo que temos. E com a ajuda de Cristo podemos derrotá-los.
Para derrotar nossos próprios dragões, podemos tentar imitar estas 3 virtudes de São Jorge:
1CORAGEM
Coragem não é ausência de medo, mas sim sentir medo e escolher fazer a coisa certa de qualquer maneira. De acordo com a lenda, uma cidade inteira vivia com medo do dragão antes de São Jorge aparecer e enfrentar o desafio. Ele foi o único corajoso o suficiente para fazer o que precisava ser feito. Como São Jorge, podemos enfrentar nossos dragões com coragem, escolhendo o que é certo mesmo quando é difícil e assustador.
2COMPAIXÃO
A lenda diz que São Jorge se ofereceu para matar o dragão não porque ele próprio corresse algum perigo, mas para proteger a vida inocente de outras pessoas. Também há parte da lenda que diz que o rei da cidade recompensou Jorge com muitas riquezas, mas ele deu meia-volta e prontamente as deu aos pobres. Essas ações nos lembram do amor generoso de Cristo por nós e nos inspiram a imitá-los.
3PERSEVERANÇA
A lenda conta que São Jorge quase foi derrotado várias vezes, mas nunca desistiu. Ele persistiu várias vezes e venceu no final. Portanto, podemos tentar novamente, mesmo quando as coisas parecem sem esperança.
Como São Jorge, estamos todos em nosso caminho para a “Cidade Alta” que cintila à distância, e sua história nos lembra do que é preciso para chegar lá. Quando algum dia nos aproximarmos de seus portões perolados, podemos esperar dizer com São Paulo e imitando São Jorge: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé” (2 Timóteo 4, 7-8).
Fonte: https://pt.aleteia.org/
III Domingo da Páscoa (Ano A)
Introdução ao espírito da Celebração
A liturgia deste Domingo apresenta-nos Jesus Cristo
ressuscitado como companheiro de viajem, alentando a esperança, aquecendo o
coração dos discípulos de Emaús. Como os primeiros discípulos, é na Eucaristia
que nós reconhecemos hoje a presença viva de Jesus Ressuscitado: caminha conosco,
fala-nos através da Escritura, alimenta-nos com o seu Corpo.
LITURGIA DA PALAVRA
Primeira Leitura
Atos, 2, 14.22–33
A leitura corresponde a uma seleção de versículos
do discurso de S. Pedro no dia do Pentecostes. «Pedro» aparece
aqui, como noutras vezes, na sua função de Chefe dos Apóstolos, falando em nome
de todos e à frente de todos (cf. At 2, 37-38; 5, 2-3.29; 1, 15).
22 «Jesus de Nazaré» Pedro, para
anunciar Jesus como o Messias, parte da Sua humanidade, no aspecto mais
humilde, um homem de Nazaré, terra desprezada (Jo 1 48); nos vv. seguintes
estabelece a sua perfeita identidade com o Cristo da fé, o Senhor ressuscitado.
23 «Segundo o desígnio imutável e previsão de
Deus». A morte na cruz, o grande «escândalo para os Judeus», não era
mais do que o cumprimento do desígnio salvador de Deus, anunciado pelos
Profetas.
24 «Deus ressuscitou-O. O grande sinal de
que aquele homem de Nazaré já antes credenciado com «milagres, prodígios e
sinais» (v. 22), era o Messias, Deus vindo à terra, é sem dúvida a
Ressurreição. Esta apresenta-se como anunciada no Salmo 15 (16).
27 «Nem deixareis o vosso Santo sofrer a
corrupção». Citação do Salmo 15 (16), segundo a tradução dos LXX, que
alguns chegam a considerar inspirada. O texto hebraico massorético não é tão
expressivo, pois diz: «conhecer a cova», isto é, a morte; Pedro e
depois Paulo (cf. At 13, 35) dão-nos o sentido mais profundo, o cristológico do
Salmo, ao explicitar que designa a ressurreição do Messias, sentido este que,
em geral, os exegetas classificam de sentido plenário (intentado só por Deus),
ou sentido típico (o salmista como tipo do Messias).
1 São Pedro 1,
17–21
Esta leitura adapta-se maravilhosamente ao tempo
pascal, falando-nos da nossa libertação através do Sangue do novo Cordeiro
Pascal e da Ressurreição de Jesus. Há mesmo exegetas que vêem nesta carta um
fundo de homilia pascal ou baptismal. O trecho de hoje é tirado de uma secção
inicial da Carta (1, 13 – 2, 10), uma série de exortações que têm como pano de
fundo a libertação dos hebreus a caminho da terra prometida, símbolo do
Baptismo e da vida cristã, o que faz pensar que formariam parte duma catequese
ou homilia pascal-baptismal. Vejamos: «de ânimo preparado para servir» (v. 13;
cf. Lc 12, 35) é dito no original com uma imagem («cingida a cintura da vossa
mente»), que evoca a forma de celebrar a Páscoa (cf. Ex 12, 11, símbolo do
Baptismo (cf. 1 Cor 10, 1-2.6); «sede santos» (v. 14-16) é uma exigência da
aliança (cf. Lv 11, 44; 19, 2; 20, 7) e do Baptismo (cf. Rom 6, 4.11.19; 12, 2;
Gal 3, 27); o santo temor de Deus (cf. 2 Cor 2, 11; Rom 2, 11) «no tempo da
peregrinação» (cf. 1, 1.17; 2, 11; 4, 2, é a alusão à peregrinação
pelo deserto no Êxodo) está na sequência de invocar a Deus como
Pai (referência ao Pai-nosso, Mt 6, 9, recitado no rito do Baptismo e
certamente matéria da instrução preparatória); o resgate pelo sangue de
Cristo é mais do que uma referência ao custo da nossa redenção (1 Cor
6, 20; 7, 23; cf. Ef 1, 7; Hb 9, 14; Ap 1, 5), pois alude a
Jesus como cordeiro pascal (Ex 12, 3-14; cf. Jo 1, 29.36; 19,
36; 1 Cor 5, 7; At 8, 32-35); o amor fraterno (v. 22-25) é
proposto como consequência de se ter purificado (cf. Ex 19,
10-11) e ter nascido de novo e por meio da palavra de Deus (cf. Tg 1, 18; 1 Jo
3, 9; Is 40, 8); esta mesma palavra é o «leite puro» (cf. Ex 3, 8;
1 Cor 3, 2) que os batizados têm de desejar avidamente (2, 1-2; cf. Sl 34, 9);
assim todos entram ativamente na construção do edifício que é
o novo Povo de Deus, figurado no antigo (2, 4-10).
17 «Pai… que… julga». Pode-se ver
aqui uma alusão à recitação do Pai Nosso. Deus, que é o melhor dos pais, também
é um Juiz imparcial; o sentido correto da nossa filiação divina traz consigo o
santo temor de Deus, o temor de desagradar a um Pai que nos julga e que calibra
perfeitamente o valor de todos os nossos atos.
«Exílio neste mundo». Cf. 1 Pd 1, 1; 2, 11; 4, 2; Hb 11, 13. Nestes
textos inspirados fica patente a nossa condição não apenas de peregrinos da
Pátria celeste, mas também a ideia de pena que envolve a nossa situação de
«degredados filhos de Eva» neste «desterro» (cf. Salve Rainha).
18-19 «Libertados… com o Sangue precioso de
Cristo». A obra salvadora de Jesus não consistiu numa mera libertação,
como, por exemplo, a libertação do Egipto, pois foi um verdadeiro resgate,
pagando Jesus o preço dessa libertação com o Seu Sangue, daí que esta obra
libertadora se chama mais propriamente Redenção (cf. Ef 1, 7; Ap 1, 5).
«Cordeiro sem defeito e sem
mancha». Cf. Ex 12, 5; 1 Cor 5, 7; Jo 1,
29.36; 19, 36. Cf. também: Is 53, 7; At 8, 32-35. Os primeiros textos falam de
Jesus, Cordeiro imolado na nova Páscoa; os segundos, de Jesus manso «Cordeiro
de Deus».
Evangelho
São Lucas 24, 13–35
Temos aqui uma das mais belas páginas do Evangelho:
um relato cheio de vivacidade, de finura e de psicologia, em que acompanhamos o
erguer daquelas almas desde a mais amarga frustração até às alturas da fé e da
descoberta de Jesus ressuscitado. A crítica bíblica procura distinguir neste
relato os elementos de tradição e os elementos redacionais; podem
identificar-se muitos elementos de tradição neste relato, mas não dispomos de
meios para classificar como meramente redacionais todos os restantes, pois não
são do nosso conhecimento todas as fontes de que Lucas dispôs; a própria
crítica admite «fontes especiais» para a redacção de Lucas. Um facto
indiscutível é que Lucas é um teólogo e um catequista, não é um jornalista e
não se limita a contar a seco umas aparições, mas não temos elementos
suficientes para definir em que medida reelaborou as suas fontes.
13 «Emaús»: uma povoação a 60 estádios,
traduzidos por duas léguas, que se traduzem nuns 11
quilómetros e meio de Jerusalém. Há duas leituras variantes nos manuscritos
gregos do Evangelho de Lucas: a imensa maioria deles regista 60 estádios.
Alguns poucos têm 160 (o que equivale a uns 30 Km). Também não existe completo
acordo sobre a sua localização, sendo indicados vários locais na tradição
cristã; El-Qubeibe é o de maior aceitação, a uns 12 Km a Noroeste da Cidade
Santa (Abugoxe corresponde aos 160 estádios).
16 «Mas os seus olhos estavam impedidos de O
reconhecerem». Não é que não vissem a Jesus, ou que Jesus se quisesse
ocultar, mas eles é que estavam obcecados pelo seu extremo desalento. E
fica-nos a lição: para que se possa reconhecer a Jesus ressuscitado é
indispensável o olhar da fé.
18 «Cléofas» parece ser diferente do marido de Maria, mãe de
Tiago e José (Jo 19, 25); embora alguns o identifiquem, a grafia é diferente: Kleopâs.
22-24 «É verdade que algumas mulheres… Alguns
dos nossos…»: aqui se resume o que foi relatado antes com mais
pormenor (Lc 23, 56b – 24, 9) e correspondente à tradição sinóptica e joanina.
Certamente que os nossos são Pedro e João (cf. v. 12 e Jo 20,
1-10). «Mas a Ele não O viram»: se não se trata de um pormenor
meramente redacional, temos que admitir que ainda não lhes constava da aparição
de Jesus a Pedro referida adiante, no v. 34 (cf. 1 Cor 15, 5).
28-30 «Jesus fez menção de seguir para diante». Lucas
volta a aludir ao «caminho de Jesus» (no v. 15 já tinha usado o mesmo verbo
grego que significa caminhar). R. J. Dillon (From
eye-witnesses to ministers of the word) pensa que este pormenor lucano
insinua que a presença de Jesus no meio dos seus através da Eucaristia (a fracção
do pão do v. 30) constitui o momento cume do seu caminhar pelo
caminho da salvação. Enternece o leitor ver como Jesus ressuscitado se
torna o companheiro de caminho (recorde-se como Lucas gosta de
focar a vida cristã como um caminho e um seguimento de Jesus): depois de se
fazer encontrado, agora faz-se rogado. Isto sucede-nos muitas vezes na vida
cristã: Ele vem ao nosso encontro sem O procurarmos e, outras vezes, quer
dar-nos o ensejo de O convidarmos a ficar conosco e de
praticarmos a caridade com os outros, que são Ele (cf. Mt 25, 40). Mas aqui o
convite feito a Jesus não é um simples ato de caridade e de cortesia; com
efeito, parece que a narrativa nos leva a pensar que quem faz este pedido é
toda a comunidade cristã, que se reúne para celebrar a Eucaristia e anseia
estabelecer uma comunhão íntima com Jesus ressuscitado (ibid.). Todos
estão de acordo em ver a estreita relação da refeição descrita com a
multiplicação dos pães e a instituição da Eucaristia.
31 «Abriram-se-lhes os olhos e
reconheceram-no, mas Ele desapareceu da sua presença»: É na Eucaristia que
se abrem os olhos para a fé, para captar o que é invisível, mas real.
Impressiona muito o relato ao unir o aparecimento com o desaparecimento, sem
se dizer para onde é que Jesus se retirou. Desta maneira fica sugerida uma
nova presença, a de Jesus glorioso e ressuscitado: uma ausência que é
presença. Comenta João Paulo II: «É significativo que os dois discípulos de
Emaús, devidamente preparados pelas palavras do Senhor, O tenham reconhecido,
quando estavam à mesa, através do gesto simples da ‘fracção do pão’. Uma vez
iluminadas as inteligências e rescaldados os corações, os sinais ‘falam’. A
Eucaristia desenrola-se inteiramente no contexto dinâmico de sinais que
encerram uma densa e luminosa mensagem; é através deles que o mistério, de
certo modo, se desvenda aos olhos do crente. Como sublinhei na encíclica Ecclesia
de Eucharistia, é importante que nenhuma dimensão deste Sacramento
fique transcurada. Com efeito, subsiste sempre no homem a tentação de reduzir
às suas próprias dimensões a Eucaristia, quando na realidade é ele que se deve
abrir às dimensões do Mistério. ‘A Eucaristia é um dom demasiado grande para
suportar ambiguidades e reduções’» (Carta Mane nobiscum Domine, 14).
32 «Não ardia cá dentro o nosso coração?». Quando
lemos a Escritura guiados por Jesus, presente na Igreja, inflama-se o nosso
coração e sentimo-nos urgidos a mostrar aos que nos rodeiam, com as nossas
vidas, pela palavra e pelo exemplo, que Cristo vive, que a Ressurreição é uma
realidade. O episódio constitui um apelo a fazermos o mesmo papel do Ressuscitado
junto dos desiludidos da vida e sem esperança e a comunicar-lhes a nossa
experiência de fé. No relato põe-se em evidência a união do pão e da palavra na
vida da Igreja.
33 «Partiram
imediatamente». «Os dois discípulos de Emaús, depois de terem reconhecido o
Senhor, «partiram imediatamente» para comunicar o que tinham visto e ouvido.
Quando se faz uma verdadeira experiência do Ressuscitado, alimentando-se do seu
Corpo e do seu Sangue, não se pode reservar para si mesmo a alegria sentida. O
encontro com Cristo, continuamente aprofundado na intimidade eucarística,
suscita na Igreja e em cada cristão a urgência de testemunhar e evangelizar»
(João Paulo II, Mane nobiscum Domine, 24).
Fonte: https://presbiteros.org.br/
A explicação de Jesus sobre por que pecamos com mais frequência à noite
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Depois que o sol se põe, parece que achamos que Deus não "verá" os nossos pecados.
Embora o pecado possa acontecer a qualquer hora do dia, a experiência humana parece confirmar que somos tentados a pecar com mais frequência à noite, depois que o sol se põe.
Mas por quê?
Até Jesus aborda o assunto no Evangelho de João:
“Ora, este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas do que a luz, pois as suas obras eram más. Porquanto todo aquele que faz o mal odeia a luz e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. Mas aquele que pratica a verdade vem para a luz. Torna-se assim claro que as suas obras são feitas em Deus” (João 3,19-21).
As palavras de Jesus têm camadas e mais camadas de significado, mas Ele destaca a realidade de que a escuridão nos dá a ilusão de que os nossos atos pecaminosos seriam de alguma forma “escondidos” da vista de Deus apenas porque ficam ocultos à vista humana.
Não é de surpreender que muitos atos de vandalismo, roubo e assassinato ocorram à noite, quando as sombras oferecem “proteção”. O mesmo parece aplicar-se a outros pecados, como o consumo de pornografia ou o cometimento de adultério. A escuridão nos ilude com a ideia de que estamos menos sujeitos a ser vigiados.
Mas Deus nos vê também no escuro.
Da próxima vez que formos tentados após o pôr-do-sol, lembremo-nos das palavras de Jesus e comportemo-nos como quem está sempre à luz, com todas as suas obras expostas Àquele que é a própria Luz.
Fonte: https://pt.aleteia.org/
Mitos litúrgicos (1/16)
Basílica de Santo Agostinho em Roma | Presbíteros |
Mitos litúrgicos
Quando eu era criança, tínhamos na creche que eu freqüentava a “hora do
conto”, onde se contavam estórias sobre lendas infantis, como: chapeuzinho
vermelho, lobo mau, branca de neve, sete anões, João e Maria, três porquinhos,
Cinderela, Saci-Pererê, etc.
Infelizmente, tenho visto que muitos escritos sobre Liturgia editados no
Brasil e muitos cursos de Liturgia ao nosso redor tem se tornado uma “hora do
conto”, onde se ensina mitos que não correspondem à verdade da doutrina e da
disciplina da Santa Igreja Católica Apostólica Romana.
Não me refiro, evidentemente, à má intenção de quem promove ou ministra
tais cursos, pois isto não cabe a mim julgar. A avaliação que faço aqui é
puramente a nível de conteúdo.
Vejo que é freqüente se ensinar mitos como: “A Presença de Jesus na
Palavra é tão completa como na Eucaristia; a Eucaristia é para ser comida e não
para ser adorada; a adoração eucarística fora da Missa é ultrapassada; na
consagração deve-se estar em pé; a noção da Missa como Sacrifício é
ultrapassada; é mais expressivo no altar a imagem de Jesus Ressuscitado do que
de Jesus crucificado; quem celebra a Missa não é o Padre, e sim toda a
comunidade; a Igreja pode vir a ordenar mulheres; a Missa é para os fiéis; não
se assiste à Missa; qualquer pessoa pode comungar; a absolvição comunitária
substitui a confissão individual; é errado comungar na boca e de joelhos; a
comunhão tem que ser em duas espécies; o Ministério extraordinário da Sagrada
Comunhão existe para promover a participação dos leigos; o cálice e o cibório
podem ser de qualquer material; os fiéis podem rezar junto a doxologia e a
oração da paz; o sacerdote usar casula é algo ultrapassado; o Concílio Vaticano
II aboliu o latim; para participar bem da Missa é preciso entender a língua que
o padre celebra; o canto gregoriano é algo ultrapassado; atualmente o padre tem
que rezar de frente para os fiéis; o Sacrário no centro é anti-litúrgico; não
se deve ter imagens dos santos nas igrejas; cada comunidade deve ter a Missa do
seu jeito; pode-se fazer tudo o que o Missal não proíbe; o padre é autoridade,
por isso deve-se obedecê-lo em tudo; procurar obedecer à leis é farisaísmo; o
que importa é o coração; a Missa Tridentina é antiquada; para celebrar a Missa
Tridentina é preciso autorização do Bispo local; ir à Missa dominical não é
obrigação.”
A diferença entre tais idéias e o autêntico pensamento católico é
facilmente constatada, confrontando estes mitos aos documentos oficiais da
Santa Igreja editados em Roma. São idéias que, evidentemente, não surgiram ao
acaso, mas são fruto direto ou influência de uma teologia litúrgica modernista
e incompatível com a autêntica teologia católica. Aqui na América Latina,
muitas delas foram historicamente reforçadas pela disseminação de teologias
importadas e da chamada “Teologia da Libertação”, esta de caráter marxista, que
é incompatível com o pensamento da Santa Igreja e faz uma releitura de toda
teologia (inclusive da teologia litúrgica), como está expresso em diversos
documentos do Sagrado Magistério (ver a “Instrução sobre alguns aspectos da
Teologia da Libertação”, da Sagrada Congregação para Doutrina da Fé, de 06 de
Agosto de 1984).
O objetivo deste artigo é expor abaixo cada um desses mitos litúrgicos
citados e os contrapor com a palavra oficial da Santa Igreja. Todas as citações
utilizadas sobre disciplina litúrgica, de documentos da Santa Igreja, se
aplicam à forma do Rito Romano aprovada pelo Papa Paulo VI (que é atualmente a
forma ordinária), com exceção dos mitos 30 e 31, que falam expressamente sobre
a Missa Tridentina, que é a forma tradicional e (atualmente) extraordinária do
Rito Romano.
Vamos aos mitos listados (32, ao todo) e suas contra-argumentações:
Mito 1: “A Presença de Jesus na Palavra é tão completa como na
Eucaristia”
Não é.
Ensina-nos o Sagrado Magistério da Santa Igreja Católica Apostólica
Romana que Nosso Senhor Jesus Cristo está presente verdadeiramente e
substancialmente no Santíssimo Sacramento do Altar, em Corpo, Sangue, Alma e
Divindade, nas aparências do pão e do vinho, como afirma o Catecismo da Igreja
Católica (Cat.), nos números 1374-1377.
E por na Hóstia Consagrada Nosso Senhor está presente de maneira
substancial, o Papa Paulo VI afirma (Encíclica Mysterium Fidei, n. 40-41, de
1965) a supremacia da Presença Eucarística de Nosso Senhor sobre as demais
formas de presença:
“Estas várias maneiras de presença enchem o espírito de assombro e
levam-nos a contemplar o Mistério da Igreja. Outra é, contudo, e
verdadeiramente sublime, a presença de Cristo na sua Igreja pelo Sacramento da
Eucaristia. Por causa dela, é este Sacramento, comparado com os outros, “mais
suave para a devoção, mais belo para a inteligência, mais santo pelo que
encerra”; contém, de fato, o próprio Cristo e é “como que a perfeição da vida
espiritual e o fim de todos os Sacramentos”. Esta presença chama-se “real”, não
por exclusão como se as outras não fossem “reais”, mas por antonomásia porque é
substancial, quer dizer, por ela está presente, de fato, Cristo completo, Deus
e homem.”
Também o próprio Concílio Vaticano II, na Constituição Sacrosanctum
Concilium (n.7), afirma esta supremacia da Presença Eucarística: “Para realizar
tão grande obra, Cristo está sempre presente na sua igreja, especialmente nas
ações litúrgicas. Está presente no sacrifício da Missa, quer na pessoa do
ministro – «O que se oferece agora pelo ministério sacerdotal é o mesmo que se
ofereceu na Cruz» – quer e SOBRETUDO sob as espécies eucarísticas.”
Afirmar que a presença de Nosso Senhor na Palavra é tão completa como na
Hóstia consagrada significa uma dessas duas coisas: afirmar que Nosso Senhor se
transubstancia na Palavra (aí fazemos o que, comemos a Bíblia e o Lecionário?),
ou negar a Presença Substancial de Nosso Senhor na Hóstia Consagrada, o que
atenta conta o Mistério central da fé católica, pois a Eucaristia é “fonte e
ápice da vida cristã” (Lumen Gentium, n.11)
Referências Bibliográficas após o último artigo.
Sabia que a Bíblia não foi o primeiro livro impresso por Gutenberg?
REDAÇÃO CENTRAL, 23 Abr. 23 / 07:00 am (ACI).- Hoje (23), é celebrado o Dia Mundial do Livro em memória de grandes escritores. Embora o dado mais difundido é que a Bíblia foi o primeiro livro reproduzido com a imprensa de Johannes Gutenberg, o certo é que o inventor alemão reproduziu previamente outra obra católica.
Em ano 1449, Gutenberg reproduziu -como ensaio- na sua gráfica em Mainz o chamado “Missal de Constanza”, do qual agora existem somente três exemplares no mundo.
Um missal é o livro católico em que se encontram os textos para a celebração da Santa Missa.
Johannes Gutenberg, o alemão que inventou a impressão em caracteres, começou a impressão da primeira Bíblia em 1450, processo que terminou em 23 de fevereiro de 1455, há mais de 500 anos.
A Bíblia das 42 linhas ou Bíblia de Gutenberg, era a versão impressa da Vulgata, uma tradução ao latim usada pela Igreja Católica. Ele a chamou de Bíblia das 42 linhas pela quantidade de linhas impressas, em duas colunas, em cada página.
Atualmente existem 48 exemplares, mas só 21 estão completos. Um deles está na Espanha e se conserva na Biblioteca Pública de Burgos.
Fonte: https://www.acidigital.com/
O Papa: é importante reler a história da nossa vida junto com Jesus
Regina Caeli / Papa Francisco (Vatican Media) |
No Regina Coeli, Francisco
recordou que neste III Domingo de Páscoa, "o Evangelho narra o encontro de
Jesus ressuscitado com os discípulos de Emaús". Enfatizou a importância de
"reler a nossa história junto com Jesus" e a fazer, todas as noites,
um exame de consciência, retirando as defesas.
Mariangela
Jaguraba – Vatican News
O Papa
Francisco rezou a oração mariana do Regina Coeli, deste domingo, 23 de abril,
com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro.
Na alocução
que precedeu a oração, o Pontífice recordou que neste III Domingo de Páscoa,
"o Evangelho narra o encontro de Jesus ressuscitado com os discípulos de
Emaús".
"São
dois discípulos que, resignados com a morte do Mestre, no dia de Páscoa decidem
deixar Jerusalém e voltar para casa. Talvez estivessem um pouco inquietos
porque ouviram as mulheres que vieram do Sepulcro. Enquanto caminham tristes
conversando sobre o ocorrido, Jesus se une a eles, mas eles não o
reconhecem", sublinhou o Papa.
Reler a nossa história junto com Jesus
Jesus
"pergunta por que estão tão tristes, e eles lhe dizem: «És tu acaso o
único forasteiro em Jerusalém que não sabe o que nela aconteceu estes
dias?»" O Senhor pergunta: "O quê? E eles lhe contam toda a história.
Jesus lhes deixa contar a história. Enquanto caminham, os ajuda a reler os
fatos de uma maneira diferente, à luz das profecias, da Palavra de Deus, de
tudo o que foi anunciado ao povo de Israel. Reler: é o que Jesus faz com eles,
ajuda a reler", disse Francisco, detendo-se neste aspecto.
Com efeito,
também para nós é importante reler a nossa história junto com Jesus: a história
da nossa vida, de um determinado período, dos nossos dias, com as desilusões e
esperanças. Por outro lado, também nós, como aqueles discípulos, diante do que
nos acontece podemos nos encontrar perdidos diante dos eventos, sozinhos e
incertos, com muitas perguntas, preocupações, desilusões e muitas coisas.
O Evangelho
deste domingo "nos convida a contar tudo a Jesus, com sinceridade, sem
medo de incomodá-lo, Ele escuta, sem medo de dizer coisas erradas, sem nos
envergonharmos de nossa dificuldade para entender". Segundo o Papa,
"o Senhor fica feliz quando nos abrimos a Ele; só assim pode tomar-nos
pela mão, acompanhar-nos e fazer arder novamente o nosso coração. Então também
nós, como os discípulos de Emaús, somos chamados a passar um tempo com Ele para
que, ao anoitecer, Ele permaneça conosco".
Fazer um exame de consciência
A seguir, o
Pontífice propôs uma bela maneira de fazer isso: "dedicar um tempo, todas
as noites, a um breve exame de consciência". Perguntar-se:
"O que aconteceu hoje dentro de mim?"
Trata-se de
reler o dia com Jesus: abrir-lhe o coração, levar-lhe as pessoas, as escolhas,
os medos, as quedas e as esperanças; todas as coisas que aconteceram, para
aprender gradualmente a olhar as coisas com outros olhos, com os seus olhos e
não apenas com os nossos. Podemos assim reviver a experiência daqueles dois
discípulos. Diante do amor de Cristo, até o que parece cansativo e malsucedido
pode aparecer sob outra luz: uma cruz difícil de abraçar, a escolha do perdão
diante de uma ofensa, uma vingança fracassada, o cansaço do trabalho, a
sinceridade que custa, as provações da vida familiar poderão aparecer-nos sob
uma luz nova, a luz do Crucificado Ressuscitado, que sabe fazer de cada queda
um passo adiante.
Retirar as defesas
"Mas
para isso", sublinhou Francisco, "é importante retirar as defesas:
deixar tempo e espaço para Jesus, não lhe esconder nada, levar-lhe as misérias,
deixar-se ferir pela sua verdade, deixar o coração vibrar ao sopro de sua
Palavra".
Podemos
começar hoje, dedicando esta noite um momento de oração durante o qual nos
perguntar: como foi o meu dia? Quais as alegrias, as tristezas, as coisas
chatas? Como foi? O que aconteceu? Quais foram as pérolas do dia, talvez
escondidas, pelas quais agradecer? Houve um pouco de amor no que eu fiz? Quais
são as quedas, as tristezas, as dúvidas e medos para levar a Jesus a fim de que
Ele me abra novos caminhos, me levante e me encoraje?
sábado, 22 de abril de 2023
Segredo de confissão ameaçado nos EUA?
A Câmara de Washington aprovou um projeto de lei, exigindo que o
clero viole o segredo de confissão em certas circunstâncias.
Redação (22/04/2023
09:17, Gaudium Press) Como já se tentou em outros lugares, agora, nos EUA, querem
acabar com o segredo de confissão em casos específicos.
Em março, o Senado de Washington
aprovou a lei SB 5280, que tornaria o clero informante forçado, ou pessoas
obrigadas por lei a relatar casos suspeitos de negligência ou abuso infantil.
No entanto, o projeto de lei incluía uma isenção, a do privilégio
clero-penitente.
Mas, quando o projeto chegou à
Câmara, esta fez uma emenda removendo a isenção. Com essa alteração, o projeto
foi aprovado em 11 de abril. Entretanto, essa emenda teria que ser aprovada
pelo Senado, o que não aconteceu.
Há, então, várias opções para a
Câmara: aprovar o projeto como veio do Senado; remover a emenda e acrescentar
outras condições para que o Senado a aprove; ou manter a emenda e pedir ao
Senado que reconsidere.
Por sua vez, o bispo de Spokane,
Dom Thomas Daly ressaltou aos legisladores que, ao longo da história do
cristianismo, “reis, rainhas, ditadores, potentados e legisladores” falharam em
sua tentativa de violar o segredo de confissão.
Já o bispo de Seattle afirmou que
os bispos de Washington apoiaram a versão que saiu do Senado, entre outras
razões “porque a Igreja Católica já considera os sacerdotes como informantes
obrigatórios”, desde de que não seja o que eles ouvem em confissão.
Vejamos.
Fonte: https://gaudiumpress.org/
Laico que é cristão (4/4)
Arquivo 30Dias – Abril/2006
Laico que é cristão
Bento XV promoveu a caridade, a paz e a liberdade dos filhos de Deus através do respeito pelas pessoas e instituições. Quarta e última parcela da revisão dos papas que adotaram o nome de Bento.
por
Lorenzo Cappelletti
Nem mesmo depois da guerra a Santa Sé foi autorizada a participar da Conferência de Paz de Versalhes na primavera-verão de 1919. No entanto, Benedetto e Gasparri foram talvez os analistas mais perspicazes, diríamos hoje, e eles teriam dado uma contribuição para a paz se este tivesse sido o propósito da Conferência de Paz. Tanto que logo perceberam que as condições impostas aos vencidos não teriam acalmado as hostilidades. Assim como constataram a impossível autossuficiência das nações surgidas da dissolução do Império Austro-Húngaro. "Uma previsão que a história provou dolorosamente correta", escreve Pollard.
Mesmo diante de um Oriente Médio redesenhado pela queda do Império Otomano,
reinava uma grande preocupação no Vaticano: a convivência multirreligiosa que
aquele Império havia basicamente garantido começava agora a fracassar, como
lemos em um belo ensaio de Andrea Riccardi com o revelador título Bento
XV e a crise da convivência religiosa no Império Otomano . Alguns
empreendimentos lúcidos
Até agora, a primeira vertente do pontificado de Bento XV foi dominada pela
emergência da guerra e durou muito além do fim dela, como vimos. A
segunda, que cronologicamente se cruza parcialmente com a primeira, é marcada
por alguns empreendimentos lúcidos. Ainda que nem todos retornem ao Papa
como projeto ou não sejam diretamente sua obra, devem-no a ele se se tornaram
realidade: o Código de Direito Canônico, promulgado em 1917, uma coleção já iniciada
sob Pio X e em grande parte devido à competência e diligência de
Gasparri; também em 1917, o destacamento da Propaganda Fide de uma
Congregação autônoma da Igreja Oriental (depois "das Igrejas
Orientais") da qual o próprio Papa, precisamente pelo interesse que lhe
atribuía, assumiu a presidência, e a criação de um Instituto de Estudos
sobre o Oriente Cristão. Atos aparentemente de natureza puramente
administrativa, na realidade significativos de uma concepção de catolicidade
que não seria tal sem as Igrejas não latinas, como reiterou o atual reitor
daquele instituto em recente conferência realizada em Anagni; a abertura
de uma nova temporada missionária, inaugurada pela encíclicaMaximum
illud que libertou programaticamente a ação dos missionários do
perverso entrelaçamento com o nacionalismo e o colonialismo, que estava
sobretudo penalizando a emergência de uma hierarquia autóctone na
China; e, finalmente, o início tímido, mas real, das primeiras
conversações ecumênicas que começaram em Malines com a aprovação do Papa na
vigília de sua morte.
No que diz respeito à Itália, ou melhor, à Questão Romana, é através da relação
leal entre Bento XVI e seu antigo colega de escola, o barão Carlo Monti,
diretor geral de assuntos de culto e, confidencialmente, encarregado de
negócios do governo italiano na Santa Sede, que inicia aquela "conciliação
oficiosa" que dá título aos dois volumes recentemente publicados do diário
de Monti, ricos de "autenticidade e frescor singulares", como escreve
o cardeal Silvestrini no prefácio. Assim como a Benedetto e a Gasparri
devemos o nascimento do Partido Popular Italiano (o Apelo à liberdade e
força
é datado de 18 de janeiro de 1919). Não no sentido que eles
queriam. “O Partido do Povo surgiu por geração espontânea, sem qualquer
intervenção da Santa Sé, seja a favor ou contra”, escreveu Gasparri em suas
memórias. Mas no sentido de que nasceu e se desenvolveu segundo aquelas
coordenadas de desconfessionalismo e reformismo que o teriam entregue à Itália
como fator decisivo para o «maior bem-estar da sua convivência», para repetir
as palavras de Gasparri. Sim, eles queriam isso, escreve padre Sale, mesmo
contra aquela parte dos católicos e bispos que “pensavam na criação de um
partido católico fortemente submetido às diretrizes da hierarquia”.
Explícito
Fonte: http://www.30giorni.it/
Qual é o pecado predileto do diabo?
A resposta, dada por um exorcista de Barcelona, pode surpreender a muita gente.
Com certa frequência, recebemos perguntas de leitores que querem saber mais sobre o exorcismo e sobre as informações que um exorcista consegue obter do diabo durante esses rituais.
Entre essas perguntas, veio uma bem específica:
“Qual é o pecado predileto do diabo?”
Esta mesma pergunta foi feita ao padre Juan José Gallego, sacerdote dominicano que exerce o seu ministério como exorcista em Barcelona.
Em entrevista ao jornal espanhol El Mundo em agosto de 2015, o sacerdote respondeu que o pecado que mais agrada ao demônio é a soberba.
A resposta pode parecer surpreendente para muitos, mas faz todo o sentido.
O pecado do próprio Lúcifer
A soberba, afinal, foi o pecado do próprio Lúcifer, que, tendo sido criado por Deus como um anjo puro, se rebelou contra o Criador, se recusou a obedecer a Ele e, com plena consciência, com total liberdade e de modo irreversível, escolheu passar toda a eternidade literalmente no inferno.
A soberba é, de fato, o pecado que nos leva a julgar-nos mais do que de fato somos, afastando-nos perigosamente da verdade sobre nós mesmos. Ao nos afastarmos da verdade, nos afastamos de Deus, que é a própria Verdade.
A propósito: Santa Teresa de Ávila costumava dizer, muito sabiamente, que “a humildade é a verdade“. Revelador, não?
Fonte: https://pt.aleteia.org/