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terça-feira, 25 de abril de 2023

Coisas que podem não ser mais essenciais na organização do casamento

Shutterstock / MN Studio

Por Claire de Campeau

Mal pronunciado o "sim" do noivado, os noivos rapidamente se veem sobrecarregados com a organização do grande dia. No entanto, alguns optam por romper com as convenções para organizar um casamento que seja a cara deles.

Cardápio, lista de convidados, decoração floral, panos de mesa… A organização de um casamento requer muita energia e pode até interferir na preparação espiritual dos noivos. Sem mencionar que essas escolhas materiais podem desencadear tensões adicionais. 

De fato, alguns aspectos do casamento são essenciais; outros, não. Por isso, casais em busca da sobriedade explicam suas escolhas pela Aleteia. 

Simplicidade

Para Isaure e seu noivo, a palavra de ordem é simplicidade. Eles decidiram não organizar um recepção noturna, mas uma tarde de coquetéis: “Preferimos organizar um dia de casamento simples. Assim, temos a tarde inteira para curtir nossos convidados”, explica Isaure. “Meu noivo tem uma família muito pequena, ao contrário de mim. Então, convidamos apenas parentes próximos. Queremos um casamento parecido com a gente, simples, sem injunções”, acrescentou a noiva.

“Na verdade, a gente cria obrigações, como dar lembrancinha aos convidados, dar um presente aos padrinhos, planejar enfeites coloridos… Mas é preciso saber se livrar disso porque, em última análise, os convidados não têm expectativas particulares. Eles ficam felizes só por estarem lá”, explica outra noiva, a Delphine.

Sustentabilidade

As renúncias, às vezes, são de ordem ecológica. Quitterie, ainda noiva, confidencia: “Não sei se é muito ‘liberal’ mas optamos por não ter carro para a saída da Missa. Para nós, isso é tecnicamente possível, porque a igreja e a recepção são no mesmo bairro. Cada um de nós leva as questões ecológicas atuais muito a sério, então tentamos colocar um pouco de sobriedade em um dia muito ‘consumista’… Admito que isso é apenas um detalhe, mas também acho que as pequenas coisas são, em última análise, as mais importantes para a nossa vida futura”, explica a noiva.

Catarina, por exemplo, não quis investir muito dinheiro em um vestido de noiva que só usará uma vez na vida. “Encomendei o meu vestido de noiva num site online, a um preço muito razoável! Era um vestido de princesa – como nos meus sonhos -, mas sobretudo a um preço de sonho! Nunca me arrependi da minha escolha. Se eu não tivesse mencionado isso, ninguém teria suspeitado. Mas me pareceu importante testemunhar: os orçamentos de certos vestidos me parecem totalmente imprudentes”, alerta.

Preparação espiritual

O tempo do noivado é um momento de reflexão, oração e compromisso. Muitos noivos se sentem sobrecarregados com a pressão da organização material em detrimento de sua preparação espiritual. Se certas considerações podem ser amenizadas em benefício da jornada pessoal, por que não permitir isso? 

A encíclica Laudato si, a pandemia de Covid e as diversas crises vividas pelos nossos países ocidentais parecem influir nessas escolhas. A nova geração tem novas aspirações, talvez menos materialistas, do que antes. Ela também ousa dizer ‘não’ para questões que tradicionais.

Liberdade

Quer as razões sejam familiares, ecológicas, financeiras ou de outras ordens, os noivos de hoje tomam novas liberdades. Como a sociedade mudou radicalmente nos últimos 50 anos, não é surpreendente ver novas aspirações tomando forma. Sendo os casamentos mais tardios, os noivos também costumam ser mais seguros e estar em uma idade mais avançada, o que lhes dá confiança para assumir suas próprias escolhas em relação às suas famílias. 

Enquanto certos hábitos se vão perdendo, outros vão-se criando.

Cada época, portanto, tem suas obrigações e suas convenções! O objetivo – e o que deve permanecer essencial – do casamento está bem resumido nestas palavras do Beato Carlos de Habsburgo à sua esposa Zita : “Agora devemos ajudar-nos a ir para o céu”.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Mitos litúrgicos (3/16)

Basílica de Santo Agostinho em Roma | Presbíteros

Mitos litúrgicos

Mito 5: “A noção da Missa como Sacrifício é ultrapassada”

Não é.

O Sagrado Magistério da Igreja, por graça do Espírito Santo, é infalível em matéria de fé e moral (Cat., n.2035). Por isso, a fé católica não muda.

A Santa Missa é a Renovação do Único e Eterno Sacrifício de Nosso Senhor, oferecido pelas mãos do sacerdote. Diz o Catecismo da Igreja Católica (n. 1367): “O sacrifício de Cristo e o sacrifício da Eucaristia são um único sacrifício.”

O Catecismo anterior, publicado pelo Papa São Pio X em 1905, afirma (n. 652-654): “A santa Missa é o sacrifício do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo, oferecido sobre os nossos altares, debaixo das espécies de pão e de vinho, em memória do sacrifício da Cruz. (…) O Sacrifício da Missa é substancialmente o mesmo que o da Cruz, porque o mesmo Jesus Cristo, que se ofereceu sobre a Cruz, é que se oferece pelas mãos dos sacerdotes seus ministros, sobre os nossos altares, mas quanto ao modo por que é oferecido, o sacrifício da Missa difere do sacrifício da Cruz, conservando todavia a relação mais íntima e essencial com ele. (…) Que diferença, pois, e que relação há entre o Sacrifício da Missa e o da Cruz? Entre o Sacrifício da Missa e o sacrifício da Cruz há esta diferença e esta relação: que Jesus Cristo sobre a cruz se ofereceu derramando o seu sangue e merecendo para nós; ao passo que sobre os altares Ele se sacrifica sem derramamento de sangue, e nos aplica os frutos da sua Paixão e Morte.”

Curiosidade: o Papa Bento XVI afirmou, no dia 09 de Outubro de 2006, que o homem contemporâneo “perdeu o sentido do pecado”. Ora, se não há pecado, qual a necessidade de um Sacrifício Propiciatório? Creio que isso explica muitas coisas…

Mito 6: “É mais expressivo no altar a imagem de Jesus Ressuscitado do que de Jesus crucificado”

Não é.

A Instrução Geral do Missal Romano determina (n.308): “Sobre o altar ou junto dele coloca-se também uma cruz, com a imagem de Cristo crucificado, que a assembléia possa ver bem. Convém que, mesmo fora das ações litúrgicas, permaneça junto do altar uma tal cruz, para recordar aos fiéis a paixão salvadora do Senhor.”

Essa cruz alude ao Santo Sacrifício de Nosso Senhor, que se renova no altar. Nosso Senhor está vivo e ressuscitado, mas a Santa Missa renova o Sacrifício.

Mito 7: “Quem celebra a Missa não é o Padre, e sim toda a comunidade”

A Instrução Redemptions Sacramentum (n. 42), de 2004, discorrendo sobre o Santo Sacrifício da Missa, afirma: “O Sacrifício Eucarístico não deve, portanto, ser considerado “concelebração”, no sentido unívoco do sacerdote juntamente com povo presente. Ao contrário, a Eucaristia celebrada pelos sacerdotes é um dom que supera radicalmente o poder da assembléia. A assembléia, que se reúne para a celebração da Eucaristia, necessita absolutamente de um sacerdote ordenado que a presida, para poder ser verdadeiramente uma assembléia eucarística. Por outro lado, a comunidade não é capaz de dotar-se por si só do ministro ordenado.”

Mito 8: “A Igreja pode vir a ordenar mulheres”

Não pode.

O saudoso Papa João Paulo II definiu que a Santa Igreja não tem a faculdade de ordenar mulheres, quando em 1994, publicou a Carta Apostólica “Ordinatio Sacerdotalis”, que afirma explicitamente: “Para que seja excluída qualquer dúvida em assunto da máxima importância, que pertence à própria constituição divina da Igreja, em virtude do meu ministério de confirmar os irmãos (cf. Lc 22,32), declaro que a Igreja não tem absolutamente a faculdade de conferir a ordenação sacerdotal às mulheres, e que esta sentença deve ser considerada como definitiva por todos os fiéis da Igreja.”

 Fonte: https://presbiteros.org.br/

Dom Jaime Spengler é o novo presidente da CNBB

Dom Jaime Spengler - novo presidente da CNBB (Vatican Media)

O arcebispo de Porto Alegre (RS) e atual primeiro vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Jaime Spengler, foi eleito presidente da CNBB nesta segunda-feira, 24 de abril. Ele estará à frente da Presidência da entidade de 2023 a 2027.

Silvonei José Protz - Aparecida - CNBB

Nesta segunda-feira (24), sexto dia da 60ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, o episcopado brasileiro deu início ao processo que vai eleger a nova presidência da CNBB para o próximo quadriênio (2023-2026). Na terceira votação foi eleito Dom Jaime Spengler arcebispo metropolitano de Porto Alegre (RS). Ele tem 62 anos e foi ordenado bispo em 2010. Seu lema episcopal é “In Cruce Glorariari”, Gloriar-se na Cruz.

O anúncio da sua eleição foi feito no início da sessão reservada, no auditório Noé Sotillo, no período da tarde.

O arcebispo estava ocupando o cargo de 1º Vice-Presidente da Conferência Nacional dos Bispos e deve assumir a cadeira de presidente após a posse oficial da presidência, na sexta-feira, depois que todos os nomes forem eleitos.

O episcopado ainda tem que eleger mais três nomes para compor a presidência: 1º Vice-presidente, 2º Vice-presidente e Secretário Geral. Além de 12 nomes para compor a presidência de cada uma das comissões da CNBB, dois representantes para o Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam) e dois delegados para o Sínodo 2023.

Perguntado pelo atual presidente, dom Walmor Oliveira de Azevedo, se aceita a função a ele confiada pelo episcopado brasileiro, conforme prevê o Estatuto, dom Jaime respondeu:

“Com humildade, simplicidade, temor e tremor, mas sobretudo na fé, em espírito de comunhão e colaboração, sim!”.

Biografia e trajetória eclesial

Dom Jaime Spengler nasceu em 6 de setembro de 1960, em Gaspar (SC). Ingressou na Ordem dos Frades Menores, também conhecida por Ordem de São Francisco (Franciscanos) em 20 de janeiro de 1982, pela admissão no Noviciado na cidade de Rodeio (SC). Cursou Filosofia no Instituto Filosófico São Boaventura, de Campo Largo (PR), e Teologia no Instituto Teológico Franciscano de Petrópolis (RJ), concluindo-o no Instituto Teológico de Jerusalém, em Israel.

Foi ordenado sacerdote em 17 de novembro de 1990, na sua cidade natal. Fez doutorado em Filosofia na Pontifícia Universidade Antonianum, em Roma, e atuou dentro da Ordem dos Frades Menores em diversas missões e cidades do país até 2010, quando foi nomeado pelo Papa Bento XVI como bispo auxiliar da arquidiocese de Porto Alegre. A ordenação episcopal, presidida por dom Lorenzo Baldisseri, núncio apostólico no Brasil na ocasião, ocorreu dia 5 de fevereiro de 2011, na paróquia São Pedro Apóstolo, em Gaspar.

Dom Jaime Spengler é arcebispo metropolitano de Porto Alegre desde 18 de setembro de 2013, quando foi nomeado pelo Papa Francisco que, concomitantemente, recebeu o pedido de renúncia de dom Dadeus Grings. Escolheu como seu lema episcopal “Gloriar-se na Cruz” (Cl 6,14) – In Cruce Gloriari.

No quadriênio de 2011 a 2015, foi membro da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenado e a Vida Consagrada da CNBB. Em 2015, foi eleito presidente desta comissão. Entre os destaques de sua atuação à frente do colegiado, consta a aprovação das novas Diretrizes para a Formação de Presbíteros da Igreja no Brasil, em 2018.

Em maio de 2019, foi eleito primeiro vice-presidente da CNBB. Também é o bispo referencial da CNBB para o Colégio Pio Brasileiro, em Roma. Exerce ainda as funções de vice-presidente da Comissão Especial para o Acordo Brasil-Santa Sé da CNBB e bispo referencial CNBB – Regional Sul 3 para Vida Consagrada e Ministérios Ordenados. 

Fonte: CNBB

https://www.vaticannews.va/pt

São Marcos, Evangelista

By Renata Sedmakova | Shutterstock

25 de abril

São Marcos, Evangelista

Assim como São Lucas, ele não fez parte dos 12 primeiros discípulos chamados por Jesus.

Dos quatro evangelistas, dois eram discípulos diretos de Jesus, escolhidos por Ele próprio para serem Seus 12 Apóstolos: São Mateus e São João.

Os outros dois, São Marcos e São Lucas, também foram seguidores de Jesus, obviamente, mas não fizeram parte do Grupo dos 12.

Marcos, no entanto, estaria entre os chamados “70 discípulos”, que foram enviados por Jesus de dois em dois para pregarem a Boa Nova (cf. Lucas, capítulo 10).

Sobre São Lucas, você encontra em Aleteia vários artigos que recomendamos abaixo, ao final desta matéria.

E sobre São Marcos, é só continuar a leitura aqui mesmo: apresentamos a seguir as informações registradas por ninguém menos que São Jerônimo, o primeiro tradutor da Bíblia para o latim.

Vida de São Marcos

São Jerônimo nos conta, em sua “Vida de São Marcos Evangelista“, que o escritor do mais antigo dos relatos evangélicos era filho de Maria de Jerusalém, em cuja casa São Pedro se refugiou após ser libertado do cárcere (cf. At 12, 12). Era primo de Barnabé. Acompanhou São Paulo na sua primeira viagem a Roma (cf. Col 4, 10) e esteve próximo dele durante a sua prisão em Roma (Fm 24).

Depois, tornou-se discípulo de São Pedro, cuja pregação foi a base para o Evangelho que escreveu (cf. 1 Pe 5, 13). Seu Evangelho, aliás, é comumente reconhecido como o mais antigo, utilizado e completado por São Mateus e por São Lucas. Parece que também os grandes discursos da primeira parte do Atos dos Apóstolos são uma retomada e um desenvolvimento do Evangelho de São Marcos, a partir de Mc 1, 15.

A ele é atribuída, além do mais, a fundação da Igreja em Alexandria.

São Marcos amava Nosso Senhor sem qualquer reserva e estava maduro para o martírio. Seus progressos no testemunho da fé exasperavam os pagãos, em particular os sacerdotes da deusa Serapis. Eles o prenderam na Páscoa do ano 68 e o torturaram durante dois dias, arrastando-o com cordas por terrenos pedregosos dos subúrbios de Buroles. Com amor mais forte que a morte, porém, o santo bendizia Nosso Senhor e Lhe dava graças por ter sido julgado digno de sofrer por Seu amor.

Durante a noite que separou aqueles dois dias de suplício, o santo foi reconfortado por visitas celestes. Primeiro, um Anjo lhe disse:

“Marcos, servo de Deus e chefe dos ministros de Cristo, no Egito, o vosso nome está escrito no livro da vida e as Potências celestes virão em breve procurar-vos para conduzir-vos ao Céu”.

Depois, apareceu-lhe o próprio Senhor:

“A paz esteja convosco, Marcos, nosso evangelista”.

Esta palavra de encorajamento lhe bastava. São Marcos foi de novo arrastado e dilacerado pelas pedras, enquanto bendizia a Deus:

“Meu Deus, em vossas mãos entrego a minha alma”.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

segunda-feira, 24 de abril de 2023

Hoje comemora-se a conversão de Santo Agostinho, padre e doutor da Igreja

Santo Agostinho / Domínio Público

REDAÇÃO CENTRAL, 24 Abr. 23 / 09:40 am (ACI).- Hoje (24) celebrada a conversão de Santo Agostinho, bispo, doutor e padre da Igreja, padroeiro dos que buscam a Deus.

Num dia 24 de abril de 387, Agostinho de Hipona foi batizado em Milão, Itália, por santo Ambrósio, bispo da cidade. O santo vindo do norte da África tinha então trinta e três anos, por isso sempre descreveu sua conversão como "tardia".

Padre Alejandro Moral Antón OSA, prior geral da Ordem de Santo Agostinho, falou sobre o significado desta data há alguns anos: “Neste dia, em que celebramos a conversão e o batismo de nosso pai santo Agostinho, de quem todos nos sentimos como discípulos e filhos, queremos partilhar ainda mais fortemente a sua própria experiência: um grande e precioso dom que nos leva à verdade, nos fortalece no amor e nos ajuda a viver na liberdade” (Mensagem a todos os irmãos, irmãs e leigos da Família Agostiniana, 24 de abril de 2021).

Santo Agostinho foi um brilhante orador, filósofo e teólogo, autor de muitos textos de suma importância para a história do cristianismo e da cultura ocidental como as "Confissões" e "A Cidade de Deus".

Uma conversão chama outras conversões

O prior dos agostinianos, na mesma mensagem, fala com insistência da necessidade do acompanhamento da Igreja, comunidade dos batizados, para alcançar a meta que santo Agostinho tanto ansiava e que mantinha o seu coração sempre "inquieto": " Ajudemo-nos uns aos outros para que, quando chegarmos ao ápice de nosso caminho de conversão e descoberta do imenso amor de Deus, também nós possamos exclamar, com a mesma alegria e persuasão de nosso pai Agostinho: 'Agora eu só amo a Ti, só busco a Ti, só estou disposto a servir-Te' (Sol, 1005.5)”.

Uma conversão autêntica é uma mudança radical, uma transformação do coração e da mente segundo a medida de Cristo. É um processo exigente, deixar o que nos impede de chegar a Deus, que requer a Graça, por um lado, e a colaboração da própria liberdade, por outro. Sábio é Deus que conhece e atrai o coração humano:

"Na esperança de que todos nós possamos reconhecer em nossa vida cotidiana a beleza 'tão antiga e tão nova' de Deus e de suas obras, eu os abençoo invocando a intercessão de santo Agostinho sobre a nossa ordem e a amável proteção de Maria, a quem celebramos estes dias com o belo título agostiniano de Mãe do Bom Conselho”, conclui o padre Moral Antón.

“Este teu irmão estava morto, e reviveu; tinha se perdido, e foi achado" (Lc 15,32).

Santo Agostinho nasceu em 13 de novembro de 354, em Tagaste, ao norte da África, atual Argélia. Deus usou de sua mãe, santa Mônica, para que Agostinho conhecesse a Cristo; ela foi a mãe dedicada que nunca deixou de orar por seu filho.

Em sua juventude, Agostinho entregou-se a uma vida libertina e imoral, entregue aos prazeres mundanos e à busca de prestígio. Durante catorze anos conviveu com uma escrava, com quem teve um filho chamado Adeodato, que morreu ainda jovem.

Segundo o próprio Agostinho conta, estava no jardim imerso em profunda melancolia, preso em suas divagações, quando ouviu uma voz parecida com a de uma criança -ou talvez de uma mulher- vinda da casa vizinha e que repetia: " Tolle lege; tolle lege” (pegue e leia; pegue e leia). O santo interpretou isso como um chamado de Deus para abrir a Sagrada Escritura que tinha nas mãos e lê-la. Ele o fez, aleatoriamente, e se deparou com o capítulo 13 da Carta de São Paulo aos Romanos:

"Nada de orgias, nada de bebedeira; nada de desonestidades nem dissoluções... Revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não façais caso da carne nem lhe satisfaçais aos apetites" (Rm 13, 13-14). Desde aquele momento até o dia em que foi batizado, tudo ficou mais claro e tranquilo por dentro: a partir daquele momento ele resolveu deixar sua vida passada, cheia de correntes e frustrações, para ir atrás da pureza perdida e entregar sua vida ao Senhor.

O batismo e seu impacto na vida do cristão

No ano de 387, Agostinho foi batizado, já maduro, junto com Adeodato, seu filho, que morreria pouco depois. O santo sabia muito bem que se convertia com a mesma idade em que Cristo terminou sua obra na terra. Ele sabia que suas idas e vindas na vida não passavam de desperdício, cegado por aparências e miragens.

Deus o chamou para o sacerdócio e episcopado. Agostinho governou a diocese de Hipona por 34 anos. Graças aos seus dons intelectuais e espirituais, ele foi uma luz em meio a um mundo que estava quebrado em todos os sentidos. Pela sua lucidez, coragem e sabedoria era respeitado pelos próprios e estrangeiros, dentro e fora da Igreja.

Combateu heresias, lutou contra correntes contrárias à fé e à verdade, convocou e celebrou concílios e viajou anunciando o Evangelho.

Em agosto de 430, santo Agostinho adoeceu e morreu no dia 28 daquele mês com 75 anos, razão pela qual a Igreja celebra nessa data a sua festa universal.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Rezar o Terço

O Terço | Aleteia

REZAR O TERÇO

Cardeal Orani João Tempesta
Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ)

Somos convidados a rezar o terço todos os dias, mas durante o mês de maio esse apelo é maior. Aqui no Regional Leste 1, todas as dioceses terão um local público e dia solene para rezarem o terço, com transmissões pelos nossos meios de comunicação, tendo a intenção principal pela paz e reconciliação, e ainda mais neste mês, que é considerado o mês Mariano. Durante este mês, celebramos três festas em memória da Virgem Maria: Nossa Senhora do Rosário de Fátima (13), Nossa Senhora Auxiliadora (24), Nossa Senhora Mãe da Igreja(29) e a Visitação de Nossa Senhora, tendo ainda a tradição da coração de Nossa Senhora no final do mês. Além, é claro, de comemorar o Dia das Mães, sempre no segundo domingo.

Por isso, a Igreja recomenda que rezemos o terço ao longo desse mês. É claro que podemos rezar ao longo do ano, nos outros meses, mas em especial em maio. Outro mês que a Igreja recomenda a reza do terço é no mês de outubro, considerado o mês do Rosário e das missões, e para nós aqui no Brasil é também o mês de Nossa Senhora Aparecida.

A oração do terço todos os dias foi um pedido da própria Virgem Maria quando apareceu em Fátima aos pastorinhos. Se desejamos alcançar o Reino dos Céus, devemos rezá-lo diariamente. Devemos rezar o terço também na intenção da conversão dos pecadores, pela paz mundial e pela saúde de todos. O mundo precisa se aproximar mais de Deus e se nós rezarmos o terço todos os dias, conseguiremos essa graça.

Podemos rezar o terço de manhã, antes de sair para o trabalho, ou à noite, quando retornarmos ou mesmo em nosso ir e vir no dia a dia. Seria interessante reunir a família e rezar juntos, quando cada um reza um mistério e pode dividir as orações. Lembrando sempre que família que reza unida, permanece unida. A família é a Igreja doméstica. Se no lar tem espaço para a oração e para o diálogo, os filhos vão crescer nesse ambiente e vão gostar de rezar e serão mais iluminados onde estiverem.

Ao final da reza do terço diário, podemos fazer a oração da consagração à Nossa Senhora e sempre renovar a nossa consagração a Ela, para que todas as nossas ações tenham a proteção de Maria. Consagremos sempre a nossa família a Nossa Senhora, que ela cresça e edifique sob a proteção da Virgem Maria.

Por meio da oração do terço, contemplamos os mistérios da vida de Jesus, momentos fundamentais que marcaram a sua vida pública e que são o centro de nossa fé. Com a reza do terço, homenageamos Nossa Senhora lhe oferecendo rosas, e contemplamos os mistérios da vida de Jesus. O católico deve sempre “trazer” o terço no bolso de sua calça ou na bolsa, ou na mochila, para que sempre que possível rezarmos a Nossa Senhora que sempre nos acompanha.

As paróquias costumam ter o grupo do terço dos homens ou das mulheres. Quem sabe podemos participar dessas pastorais ao longo desse mês de maio, junto com a nossa família, e se possível, mesmo após o mês Mariano, continuar nesses grupos. Muitos desses grupos surgiram a partir do mês dedicado ao Rosário. É muito bom ver esses grupos se reunindo para rezar. Precisamos fortalecer esses grupos em nossas paróquias e convidar amigos, vizinhos e parentes.

É um pio costume poder reunir-se, meia hora antes da celebração da Santa Missa, para a reza do terço. Na última 60ª Assembleia Geral da CNBB, nós, os bispos católicos, nos reunimos às 18h para a récita em coro do terço de Nossa Senhora Aparecida antes da missa diária no Santuário Nacional.

A história do rosário se perde no tempo. Segundo tradições os monges contavam os 150 salmos com pedrinhas. Outros dizem que quando começam as missões ficou difícil a oração diária dos 150 salmos (os livros eram enormes) e acabaram passando para as ave marias e pai nosso (150 até pouco tempo).

Uma outra tradição diz que o Rosário surgiu em meados do século IX, na Irlanda. Na época, era uma das formas de oração mais usadas pelos monges. Atualmente, o Rosário contém 200 Ave-Marias e contempla todos os mistérios da vida de Cristo Jesus. Já o terço contém 50 Ave-Marias, intercaladas por um Pai Nosso.

Em 1202, o Papa Inocêncio III deu a São Domingos de Gusmão, fundador da Ordem dos Dominicanos, a missão de ir até a França para lutar contra a heresia albigense. Passados seis anos de missão, São Domingos não conseguiu grandes feitos e, tomado por esse sentimento, dirigiu-se até um bosque para rezar, chorar e suplicar a Nossa Senhora um instrumento espiritual eficaz para vencer essa batalha.

Depois de três dias, Nossa Senhora aparece a São Domingos acompanhada de três de anjos e diz a São Domingos que a melhor forma de vencer aquela batalha era rezando o saltério angélico, que hoje conhecemos como o terço. A missão de São Domingos era difundir o saltério angélico para as pessoas, que consistia na saudação do Anjo a Maria: “Ave, cheia de graça”. A partir de então, São Domingos difundiu a devoção ao terço, na época chamado de Saltério da Bem-Aventurada Virgem Maria.

Passados alguns anos, Nossa Senhora volta a aparecer ao beato Alano de Rupe, também da Ordem de São Domingos (Dominicanos), para pedir-lhe que retome o entusiasmo pela reza do Santo Terço. Alano então criou as agrupações de 50 Ave-Marias e acrescentou o Pai-Nosso no início de cada dezena. Por volta de 1700, São Luiz Maria Grignion de Monfort propõe praticar reflexões a cada dezena da Ave-Maria, assim surgem os mistérios do Terço.

Muitas pessoas alegam que não têm tempo para rezar o terço. Mas você poderá rezar o terço no transporte coletivo público, no metrô, no trem, na van ou no ônibus. Basta concentrar-se, retirar-se das preocupações cotidianas por um tempo, e rezar o terço de Nossa Senhora. Faça esta experiência bendita!

A oração do terço é bem antiga e é uma revelação particular muito expressiva. Aos poucos, essa oração foi sendo estruturada até chegarmos ao que temos hoje, como tudo na Igreja e na vida, sempre precisa de ajustes e aperfeiçoamento. Que possamos manter essa tradição da reza do terço e conseguir muitas graças para nós e nossas famílias.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Cada um tem seu tempo

Photo by Bryan Minear on Unsplash
Por Ana Lydia Sawaya

Para não ficarmos presos apenas à dimensão do espaço sufocante, é preciso pararmos para reconhecer a eternidade do instante, e dar tempo ao tempo.

Após a teoria da relatividade de Einstein sabemos que o tempo não é uma dimensão absoluta, mas relacional e depende das circunstâncias e do contexto. Ou seja, sua medida varia – pode correr mais rápido ou mais devagar… 

Essa relatividade física pode ser reconhecida também em nossa experiência pessoal. Por exemplo, há uma diferença abissal entre uma hora realizando uma coisa que entedia ou faz sofrer como ir ao dentista e a mesma hora fazendo uma coisa que se gosta muito. O tempo, no primeiro caso, dura imensamente mais, parece que nunca passa, e no segundo caso passa tão rápido que nem percebemos. Mesmo que o espaço coberto pelos ponteiros do relógio seja o mesmo.

Gregos

Os gregos usavam três termos diferentes, kronosaiòn e kairòs, para designar o tempo. Kronos era usado para descrever a sucessão de instantes, o tempo na sua sequência cronológica e quantitativa, na mitologia grega era representado como um gigante, filho de Urano e Gaia que devorava seus próprios filhos até ser derrubado por Zeus. Aiòn expressava a temporalidade da vida, os intervalos, percalços e anacronismos da existência pessoal e representava a dimensão da consciência humana irredutível a qualquer lógica somativa e linear. Kairòs, o último filho de Zeus, era representado como um menino com asas nos pés, em constante movimento, com um tufo de cabelo na testa e nuca raspada para indicar a dificuldade em agarrá-lo. Ele segurava uma haste na qual uma balança repousava. Representava a hora certa, indicava o momento propício, oportuno, adequado, que devia ser apreendido no rápido instante que passa, o tempo “presente”, em relação ao qual uma capacidade vigilante e atenta permite compreender melhor o desenvolvimento do futuro. É o tempo onde se joga a liberdade humana e quando a inteligência e reconhecimento dos sinais pode determinar a felicidade no futuro. 

Percepção do tempo

Santo Agostinho acrescentará à compreensão do tempo a nossa pessoa, a pessoa de cada um de nós enquanto “percebe” o tempo. Dirá que no espirito humano reside a percepção do tempo. O tempo é uma realidade que pode ser apreendida apenas a partir do espirito humano (Confissões, livro XI, cap. 27, resposta 36, Paulus, pg. 353 – 354, 17 edição, 2004):

É em ti (meu espírito), repito, que meço os tempos. Meço, enquanto está presente, a impressão que as coisas gravam em ti no momento em que passam, e que permanece mesmo depois de passadas, e não as coisas que passaram para que a impressão se reproduzisse. É essa impressão que meço, quando meço os tempos. 

Esse espírito pensa, sente, age, interage com os outros e com a realidade à sua volta. O seu pensar, sentir e modo de agir está relacionado e de certa forma depende da cultura onde cresceu e da história do seu povo. Tudo isso influenciará e modificará a sua percepção do tempo.

Como viver o tempo

Heidegger dirá que a existência humana é na sua raiz ontológica temporalidade originária. (Martin Heidegger Il Concetto Di Tempo, Adelphi Edizioni, 8 ed., 2006, pg. 13). A vida humana é tempo e é determinada, essencialmente, por como vivo o tempo. E como viver o tempo para um cristão? Pode-se dizer que o modo cristão de viver o tempo no tempo, é sintetizado por uma palavra: Paciência.

A paciência é aceitar o tempo próprio de cada ser: é dar o tempo adequado ao nosso tempo pessoal; é aceitar o tempo de Deus e aceitar o tempo do outro. É pela vossa paciência que ganhareis a vida (Lc 21,19) diz Jesus já no final da sua missão terrena e próximo à sua prisão e crucifixão. Quanta paciência ele precisou ter… Até com seus amigos que não o compreendiam… São Paulo diz que a primeira característica do amor é a paciência (1Cor 13,4).

Presença de Deus

A paciência é um modo sábio de viver o tempo, saber esperar a recompensa futura e não querer agarrá-la a qualquer custo no instante fugaz. É saber esperar o dia certo para a ação do Espírito Santo. É saber conservar e valorizar a própria liberdade e a de outrem. De onde nasce essa sabedoria? Da capacidade de perceber a eternidade presente no instante. Se meu próprio limite, uma outra pessoa ou uma situação irritam-nos, nos enfurecem ou nos desencorajam e deprimem, paremos um pouco e busquemos reconhecer a eternidade presente naquele momento. Há algo além, acima, das coisas que vejo, ouço, toco ou sinto que governa tudo. As minhas sensações e percepções, não são tudo. Além das coisas que vejo, ouço, toco ou sinto, que estão na dimensão do espaço (no caso, sufocante…), há uma outra dimensão: o tempo. A. Heschel em seu livro O Schabat explica bem essa diferença (Editora Perspectiva, 2018, pgs. 127-128):

As coisas do espaço expõem uma independência ilusória. As coisas criadas ocultam o Criador. É na dimensão do tempo onde se encontra Deus, onde o homem torna-se ciente de que cada instante é um ato da criação, um Começo, abrindo novas estradas para realizações finais. O tempo é a presença de Deus no mundo do espaço, e é no tempo que somos capazes de sentir a unidade de todos os seres. A criação, somos ensinados, não é um ato que ocorreu uma vez no tempo, uma vez e para sempre. O ato de trazer o mundo à existência é um processo contínuo. O chamado de Deus trouxe o mundo à existência, e este chamado prossegue. Existe este momento presente porque Deus está presente. Cada instante é um ato de criação. Um momento não é terminal mas um lampejo, um sinal do Começo. O tempo está em perpétua inovação, um sinônimo para a criação contínua. O tempo é a dádiva de Deus ao mundo do espaço.

Para não ficarmos presos apenas à dimensão do espaço sufocante, é preciso pararmos para reconhecer a eternidade do instante, e dar tempo ao tempo. Peçamos ao Senhor a graça de não perder as ocasiões que Ele nos dá para parar, dar-se conta da dimensão do tempo, e poder viver, o que se chama no final das contas, amor.

Fonte: https://pt.aleteia.org/



Mitos litúrgicos (2/16)

Basílica de Santo Agostinho em Roma | Presbíteros

Mitos litúrgicos

Mito 2: “A Eucaristia é para ser comida e não para ser adorada”

É para ser adorada, sim.

A Hóstia consagrada é a Presença Real e substancial de Nosso Senhor, e por isso a Santa Igreja dedica a ela toda a adoração. O Santo Padre Bento XVI responde (Exortação Sacramentum Caritatis, n.66, de 2006) :”…aconteceu às vezes não se perceber com suficiente clareza a relação intrínseca entre a Santa Missa e a adoração do Santíssimo Sacramento; uma objeção então em voga, por exemplo, partia da idéia que o pão eucarístico nos fora dado não para ser contemplado, mas comido. Ora, tal contraposição, vista à luz da experiência de oração da Igreja, aparece realmente destituída de qualquer fundamento; já Santo Agostinho dissera: « Nemo autem illam carnem manducat, nisi prius adoraverit; (…) peccemus non adorando – ninguém come esta carne, sem antes a adorar; (…) pecaríamos se não a adorássemos ». De facto, na Eucaristia, o Filho de Deus vem ao nosso encontro e deseja unir-Se conosco; a adoração eucarística é apenas o prolongamento visível da celebração eucarística, a qual, em si mesma, é o maior ato de adoração da Igreja: receber a Eucaristia significa colocar-se em atitude de adoração d’Aquele que comungamos.”

Dizer que a Eucaristia não é para ser adorada implica em negar a que a Hóstia Consagrada é o Corpo de Nosso Senhor, ou pensar que Deus não é digno de adoração…

Mito 3: “A adoração eucarística fora da Missa é ultrapassada”

Não é.

O saudoso Papa João Paulo II escreveu (Encíclica Ecclesia de Eucharistia, n. 25, de 2003): “Se atualmente o cristianismo se deve caracterizar sobretudo pela « arte da oração », como não sentir de novo a necessidade de permanecer longamente, em diálogo espiritual, adoração silenciosa, atitude de amor, diante de Cristo presente no Santíssimo Sacramento? Quantas vezes, meus queridos irmãos e irmãs, fiz esta experiência, recebendo dela força, consolação, apoio! Desta prática, muitas vezes louvada e recomendada pelo Magistério, deram-nos o exemplo numerosos Santos. De modo particular, distinguiu-se nisto S. Afonso Maria de Ligório, que escrevia: A devoção de adorar Jesus sacramentado é, depois dos sacramentos, a primeira de todas as devoções, a mais agradável a Deus e a mais útil para nós. A Eucaristia é um tesouro inestimável: não só a sua celebração, mas também o permanecer diante dela fora da Missa permite-nos beber na própria fonte da graça.”

E o Santo Padre Bento XVI acrescenta (Sacramentum Caritatis, n. 66-67): “De fato, na Eucaristia, o Filho de Deus vem ao nosso encontro e deseja unir-Se conosco; a adoração eucarística é apenas o prolongamento visível da celebração eucarística, a qual, em si mesma, é o maior ato de adoração da Igreja: receber a Eucaristia significa colocar-se em atitude de adoração d’Aquele que comungamos. Precisamente assim, e apenas assim, é que nos tornamos um só com Ele e, de algum modo, saboreamos antecipadamente a beleza da liturgia celeste. O ato de adoração fora da Santa Missa prolonga e intensifica aquilo que se fez na própria celebração litúrgica. (…) Juntamente com a assembléia sinodal, recomendo, pois, vivamente aos pastores da Igreja e ao povo de Deus a prática da adoração eucarística tanto pessoal como comunitária. Para isso, será de grande proveito uma catequese específica na qual se explique aos fiéis a importância deste ato de culto que permite viver, mais profundamente e com maior fruto, a própria celebração litúrgica. Depois, na medida do possível e sobretudo nos centros mais populosos, será conveniente individuar igrejas ou capelas que se possam reservar propositadamente para a adoração perpétua. Além disso, recomendo que na formação catequética, particularmente nos itinerários de preparação para a Primeira Comunhão, se iniciem as crianças no sentido e na beleza de demorar-se na companhia de Jesus, cultivando o enlevo pela sua presença na Eucaristia.”

Mito 4: “Na consagração deve-se estar em pé”

Na Consagração os fiéis devem estar de joelhos, em sinal de adoração. Quanto a isso a lei da Santa Igreja é clara em afirmar na Instrução Geral no Missal Romano (n. 43), que determina que os fiéis estejam “de joelhos durante a consagração, exceto se razões de saúde, a estreiteza do lugar, o grande número dos presentes ou outros motivos razoáveis a isso obstarem. Aqueles, porém, que não estão de joelhos durante a consagração, fazem uma inclinação profunda enquanto o sacerdote genuflecte após a consagração.”

 Fonte: https://presbiteros.org.br/

Dia Mundial da Terra: Papa, solidariedade eficaz para com os mais pobres

Solidariedade e união para salvar o Planeta (Vatican Media)

Após a oração mariana do Regina Coeli, o Papa Francisco recordou a beatificação, em Paris, de novos beatos franceses. Lembrou também o Dia Mundial da Terra, celebrado no sábado, 22 de abril.

Mariangela Jaguraba - Vatican News

Após a oração do Regina Coeli, o Papa Francisco recordou a beatificação dos novos beatos franceses realizada, no sábado, 22 de abril, em Paris, pelo prefeito do Dicastério das Causas dos Santos, cardeal Marcello Semeraro.

Os novos beatos franceses são: Enrico Planchat, sacerdote professo da Congregação de São Vicente de Paulo, Ladislau Radigue e três companheiros sacerdotes Polycarpe Tuffier, Marcellin Rouchouze e Frézal Tardieu, da Congregação dos Sagrados Corações de Jesus e Maria.

“Pastores animados pelo zelo apostólico unidos no testemunho da fé até o martírio que sofreram em Paris em 1871.”

A seguir, o Papa recordou o Dia Mundial da Terra celebrado no sábado 22 de abril.

“Faço votos para que o compromisso de cuidar da criação seja sempre acompanhado por uma solidariedade eficaz para com os mais pobres.”

O Papa também recordou que neste domingo, celebra-se a 99ª Jornada da Universidade Católica do Sagrado Coração sobre o tema: "Pelo amor ao conhecimento. Os desafios do novo humanismo". "Desejo que o maior Ateneu católico italiano enfrente estes desafios com o espírito dos fundadores, especialmente da jovem Armida Barelli, proclamada Beata um ano atrás", disse ele.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santa Maria Eufrásia Pelletier

Santa Maria Eufrásia Pelletier | arqusp

24 de abril

Santa Maria Eufrásia Pelletier

Batizada com o nome de Rosa Virginia Pelletier, ela nasceu na ilha de Noirmontier, região da Vandea, França, no dia 31 de julho de 1796. Cresceu onde foi o centro da Revolução Francesa, sendo educada pelas ursulinas de Chavanhe e, depois, freqüentou o Instituto da Associação Cristã de Tours. Aos dezesseis anos, entrou no mosteiro de Tours, na Ordem de Nossa Senhora da Caridade do Refúgio, fundada, em 1641, por são João Eudes, destinada à reabilitação das jovens e das mulheres em perigo moral e para a reeducação cristã de todas que lá pediam abrigo e proteção. Em 1817, fez os votos de profissão de fé e tomou o nome de Maria de Santa Eufrásia e, aos vinte e nove anos, foi nomeada superiora desse mosteiro. Ali fundou a Obra das "Madalenas", onde as moças que voltavam para o caminho correto podiam aderir à vida religiosa, nos moldes das carmelitas, seguindo relativamente o Regulamento, vestindo o hábito e tendo uma ala própria no mosteiro. Em 1829, fundou, em Angers, um novo Refúgio, nome usado pelas carmelitas para designar uma Casa da sua ordem, do qual se tornou superiora depois de dois anos. Dessa forma, deu um grande impulso para a continuação do trabalho de redenção das moças no desvio da vida. Assim, a Casa de Angers tornou-se a Casa-mãe de uma organização paralela à ordem de Nossa Senhora da Caridade, submetida a essa ordem, mas com mosteiros com autonomia separada. Estava fundada a Ordem de Nossa Senhora do Bom Pastor, da qual se tornou a superiora geral até o fim da vida. Ela encontrou muitas resistências, porém, em 1835, o papa Gregório XVI, que concordava com ela, aprovou a nova ordem. A sua obra foi tão vigorosa que Maria Eufrásia fundou mais Casas do que todos os fundadores de ordens da Igreja. Foram 111 entre 1829 e 1868, ano em que morreu, vitimada por um tumor que lhe causou muito sofrimento, no dia 24 de abril. Foi beatificada em 1933 e canonizada sete anos depois. Uma estátua de santa Maria Eufrásia Pelletier foi colocada na basílica de São Pedro, no Vaticano, com muita justiça entre os grandes fundadores de ordens da Igreja. Sua festa é realizada no dia de sua morte.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF