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sexta-feira, 12 de maio de 2023

Como transformar trabalho em oração

Antônio Vieira - Sagrada Família | Cléofas

Como transformar trabalho em oração

 POR PROF. FELIPE AQUINO

Gostaríamos de fazer mais por Deus, no entanto, são tantas as ocupações, as obrigações familiares, os compromissos financeiros que não temos tempo. Como conciliá-los?

Em certos momentos de paz e reflexão, passam, às vezes, pela mente pensamentos mais generosos, que nos levam a horizontes mais amplos.

São as horas em que gostaríamos de ser tão melhores do que somos, de fazer por Deus e por Sua Santa Igreja tanto mais do que o pouco que realizamos.

Lamentamo-nos conosco: “Aqui estou, preso aos meus afazeres neste escritório, nesta fábrica, nesta escola ou nesta cozinha. São tantas as ocupações, as obrigações familiares, os compromissos financeiros… Não haveria um modo de servir melhor a Deus, sem faltar com as obrigações já assumidas?”

Talvez a história narrada a seguir, resumida de um artigo publicado na revista portuguesa Cruzada, sirva para inspirar essas almas sequiosas de uma maior dedicação.

A conversão

Guilherme Manuel Kétteler nasceu no dia de Natal de 1811, na cidade de Münster, na Alemanha. Concluídos seus estudos básicos, feitos com os jesuítas, na Suíça, formou-se em Direito e passou a exercer o cargo de notário.

Influenciado talvez pelo ambiente, deu-se à vida fácil e despreocupada dos jovens de seu tempo.

Uma noite, quando se divertia num baile, viu no ar, pairando acima de si, o rosto de uma freira que o olhava com tristeza. Impressionado com aquela visão, interrompeu a dança e saiu. Tocado por profunda graça, arrependeu-se dos seus extravios e voltou-se sinceramente para Deus.

Um dos maiores bispos do século XIX

Sem saber direito porque, desde aquele dia não mais lhe saía da cabeça a ideia de se tornar sacerdote. Moço rico e inteligente, a quem o mundo sorria com mil encantos, resolveu aceitar o convite do Senhor e se entregar todo a Deus.

Em 1844, aos 33 anos de idade, recebeu o Sacramento da Ordem. Pouco depois, foi nomeado Pároco, primeiro de Hopten, depois de Berlim. Seu apostolado mostrou-se tão frutuoso que, em 1850, o Papa Pio IX o nomeou Bispo de Mogúncia.

Como bispo, fundou seminários, casas de retiro, reafervorou o Clero, levou Ordens religiosas para sua arquidiocese, socorreu os necessitados, realizou congressos, pregando pela palavra e pelo exemplo a boa nova do Evangelho.

Por tão extraordinário zelo e qualidades, Dom Guilherme Manuel Kétteler é apontado como um dos maiores bispos do século XIX.

O segredo da conversão

Certa manhã, foi a um convento de freiras celebrar a Missa. Ao ministrar a Sagrada Comunhão a uma religiosa, ficou surpreso. Aquela idosa freira parecia-lhe a mesma que tinha visto fixar-lhe um olhar magoado, no baile no qual começara a sua conversão havia mais de 30 anos.

Para melhor se certificar, após a Missa pediu à Superiora que reunisse todas as religiosas. Em breve, tinha diante de si a comunidade inteira. Com olhar interrogador, percorreu, uma a uma, todas as irmãs. Mas, nada. Não encontrou aquela que ele supunha ser a freira que lhe aparecera. Teria sido ilusão?

Perguntando à Superiora se não faltava nenhuma, esta lhe respondeu que apenas a irmã cozinheira não estava ali, pois, por ser muito aplicada ao trabalho, pedira para ser sempre dispensada das visitas.

O Prelado fez questão de conhecê-la. A boa freira, muito velhinha, apresentou-se, meio embaraçada por sua humildade.

Mal D. Kétteler a viu, estremeceu: era, sem sombra de dúvida, a religiosa que vira no baile. Perguntou-lhe:

– O que faz a senhora?

– Há mais de 40 anos trabalho na cozinha, mas agora as forças são muito poucas, senhor Arcebispo.

– E não se interessa pelas almas?

– Ah, senhor bispo, gostaria de poder rezar muito mais do que rezo, mas os afazeres não me permitem. Em compensação, ofereço todos os meus trabalhos e sofrimentos a Deus, pela Santa Igreja, pela conversão dos pecadores, pelo Santo Padre e pelo nosso bispo. Todas as noites, numa determinada hora, rezo e me sacrifico pelos rapazes inteligentes que Nosso Senhor chama para o sacerdócio, mas que, por causa dos prazeres do mundo, não querem ouvir a sua voz.

– Aqui está o segredo de tudo! – pensou o prelado.

Comovido, disse-lhe com paternal carinho:

– Continue assim, minha irmã. Talvez muitos sacerdotes e até mesmo algum bispo lhe devam a Vocação.

Depois de as religiosas se retirarem, contou a visão que tivera à Superiora, acrescentando:

– Ao distribuir hoje a Sagrada Comunhão, reconheci na Irmã cozinheira a religiosa que me apareceu no baile. A hora em que a vi é precisamente a mesma em que ela reza e se sacrifica, todos os dias, pelos rapazes com vocação sacerdotal. A ela devo certamente ser hoje sacerdote e bispo.

Benditas sejam as almas que, no silêncio dos conventos, rezam e se sacrificam pelo aumento de vocações e pela santificação dos sacerdotes.

Somente para os religiosos?

Mas só nos conventos? E por que não também nos escritórios, nas fábricas e nas cozinhas? Por que não oferecer a Deus nossos trabalhos, amarguras e sofrimentos do dia-a-dia, como aquela boa religiosa?

Se queremos que nossas almas também sejam benditas, ofereçamos a Deus, pelas mãos virginais de Maria, nossas orações e sacrifícios, para que subam ao Céu como um incenso de agradável odor em favor da Santa Igreja e do Papa, da Sagrada Hierarquia, do Clero, dos nossos parentes e amigos, pela conversão dos pecadores, por tudo, enfim, quanto se possa e se deva pedir.

Talvez não cheguemos a conhecer, nesta vida, nenhum de nossos favorecidos. Não importa. Teremos depois toda a eternidade para conhecê-los no Céu.

Texto extraído da Revista Arautos do Evangelho n.15, março 2003.

Fonte: https://gaudiumpress.org/content/como-transformar-trabalho-em-oracao/

https://cleofas.com.br/

O ser humano a partir dos Padres da Igreja no século IV

"Homem e mulher feitos à imagem e semelhança de Deus são chamados a vivê-los no mundo, através de obras boas para com Deus e para com o próximo"

"O homem e a mulher foram criados por Deus em vista do bem, da paz e do amor. Pela entrada do pecado e da morte, Deus enviou o seu Filho para reconciliar o mundo e os seres humanos com o Criador. Todas as pessoas são chamadas a viver os dons divinos para que Deus Uno e Trino seja glorificado pelas boas ações humanas em favor de todas as pessoas, à sua imagem e semelhança (Gn 1,26)."

por Dom Vital Corbellini, Bispo de Marabá (PA)

O dado bíblico coloca que o ser humano foi criado por Deus à sua imagem e à sua semelhança (Gn 1,26). O Senhor concedeu muitos dons para que ele vivesse bem na paz e no amor juntamente com as outras criaturas. No entanto o homem e mulher pecaram dando origem a outros males que se espalharam pelo mundo afora. Sendo Jesus, Salvador e Libertador veio ao mundo, não para condenar o mundo, mas para salvá-lo (Jo 10,10). É muito importante analisar como os padres da Igreja, a partir do século IV perceberam o ser humano, com os dons divinos dados e a missão salvadora de Jesus neste mundo. Somos chamados pelos sacramentos da iniciação à vida cristã para preservar sempre mais os dons divinos concedidos ao homem e a mulher, lutando pela justiça, pela paz e pelo amor.

 A criação do gênero humano

 Santo Atanásio, bispo de Alexandria no século IV disse que o Deus Criador, soberano do Universo, criou o gênero humano à sua imagem através de Jesus Cristo, o seu Filho, o Lógos, o Salvador. Pela semelhança com Ele, tomou o ser humano ato para contemplar e a conhecer a natureza dando-lhe noção e conhecimento da própria eternidade, para que assim ele não se afastasse mais de voltar o pensamento a Deus, nem renunciasse de viver a vocação à santidade de modo a ter uma vida unida à divindade verdadeira pela vida imortal de serenidade e de bem-aventurança[1].

Ainda Santo Atanásio disse que o ser humano pecou, afastando-se do seu Criador, de modo que o Verbo de Deus assumiu o corpo humano para redimi-lo do pecado e da morte. Ele o elevou de sua condição mortal para o ser a Ele semelhante, do Verbo de Deus, para o conhecimento de suas obras e as dos seres humanos[2].

O ser humano foi criado pelo Criador

Santo Atanásio também se defrontou contra os arianos que negavam a natureza divina do Verbo de Deus. O bispo afirmou que o Filho está ao lado do Criador e todos os outros seres e também os humanos são criaturas. O verbo gerar refere-se ao Filho, enquanto verbo fazer refere-se às obras. Desta forma o ser humano no início não foi gerado, mas ele foi feito, formado, pois está escrito que se faça o ser humano (Gn 1,26), de modo que desde o início ele é criatura, feito pelo Deus Criador no seu Filho[3].

A natureza interior do ser humano

Santo Hilário de Poitiers, bispo, no século IV afirmou que enquanto as criaturas foram criadas por Deus nas quais receberam a ordem de existir, porque teve o seu cumprimento no ato mesmo no qual iniciou, o ser humano, porque tem em si uma natureza interior e exterior reciprocamente diferentes, foi constituído por dois elementos em um só ser pois é participante da razão, porque primeiro se disse: façamos o homem a nossa imagem e semelhança (Gn 1,26) e depois em um segundo tempo: E Deus tomou do pó da terra e formou o homem (Gn 2,7). O ser humano foi criado à imagem de Deus e a sua semelhança[4]. Santo Hilário também disse que com a criação da vida humana Deus realizou toda a sua criação de uma forma bonita e excelente. Ele fez o ser humano à sua imagem dando-lhe um elemento terrestre e um elemento divino, pelo seu corpo e sua alma[5].

O Adão primeiro prefigura o Adão celeste

Santo Hilário também afirmou que o primeiro Adão prefigurou o nascimento do Senhor Jesus. Adão significou terra, a carne do corpo humano. Nascido da Virgem Maria por obra do Espírito Santo, o corpo do Senhor, foi percebido como ser humano e divino, de modo que o Adão terrestre é figura do Adão futuro, celeste (Rm 5,14). Eva também foi criada pelo Criador na qual o Senhor deu a Adão um sono profundo e o Senhor fez a mulher de modo que Adão disse que ela era osso de seus ossos, carne de sua carne, porque não serão mais dois mas uma só carne (Gn 2, 23-24)[6].

Criação do ser humano

São Basílio de Cesaréia, bispo no século IV teve presente a Palavra do Senhor, lá no início que disse Deus criou o homem à sua imagem e semelhança (Gn 1,26). A decisão divina contemplou a imagem e a semelhança. O primeiro dom foi dado mediante a criação, o segundo foi dado mediante a livre escolha de modo que na primeira constituição existiu no ser humano o ser feito à imagem de Deus e por livre escolha se realizou nele, a semelhança de Deus. Pela vinda de seu Filho, pela sua reconciliação com o Deus Criador, disse que é para todas as pessoas tornarem-se perfeitas como o Pai celeste é perfeito (Mt 5,48)[7].

Os dons dados mediante o próximo

São Basílio também afirmou que os dons do Senhor dados na criação frutifiquem junto às pessoas. Se de fato a pessoa tornou-se inimiga do mal, se a pessoa esquecer a inimizade do dia anterior, se ela amar o seu próximo, torna-se semelhante a Deus, porque Ele faz surgir o sol sobre os maus e sobre os bons e faz chover sobre justos e injustos (Mt 5,45)[8].

Revestidos de Cristo: homem e mulher

Ainda em São Basílio colocou o dado da bondade divina, porque aquilo que vem de Deus é bondoso para com o pecador, assim também será a pessoa, todo o cristão e a cristã para com o seu irmão e irmã. A pessoa também será semelhante a Deus pela misericórdia para com o próximo. Afinal o que é imagem, a pessoa o possui pelo fato de ser racional, mas a semelhança torna-se assumida pela bondade de Deus para com o ser humano. Quando a pessoa assume sentimentos de compaixão, bondade é em vista do revestimento de Cristo. Através das mesmas ações pelas quais a pessoa assume a compaixão, ela reveste-se de Cristo, porque sendo familiar com o Senhor Jesus a pessoa torna-se familiar com Deus. Assim homem e mulher feitos à imagem e semelhança de Deus são chamados a vivê-los no mundo, através de obras boas para com Deus e para com o próximo[9].

À imagem do Criador

São Gregório de Nissa, bispo no século IV ao ter presente a frase que o ser humano foi criado à imagem e semelhança dele (Gn 1,26) disse que a grandeza dele não está com o mundo criado, mas no ser à imagem da natureza do Criador. Mas como pode o contemporâneo assemelhar-se ao eterno? São Gregório de Nissa respondeu que é em Cristo Jesus que o ser humano, homem e mulher, adquirem esta assimilação. Ao seguir a palavra de São Paulo, quando afirma que em Cristo não tem mais nem homem e nem mulher (Gl 3,28) de modo que a natureza humana possui uma dúplice estrutura, uma assimilada ao divino e a outra com a realidade humana. O bispo teve presentes que Deus não concedeu os bens para o homem e a mulher só pela metade, mas levou-os para todo o bem na sua integridade. Por isso é que Deus criou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança (Gn 1, 26)[10].

O homem e a mulher foram criados por Deus em vista do bem, da paz e do amor. Pela entrada do pecado e da morte, Deus enviou o seu Filho para reconciliar o mundo e os seres humanos com o Criador. Todas as pessoas são chamadas a viver os dons divinos para que Deus Uno e Trino seja glorificado pelas boas ações humanas em favor de todas as pessoas, à sua imagem e semelhança (Gn 1,26).

[1] Cfr. Atanasio. Discorso contro i pagani 2. In: L´uomo immagine somigliante di Dio. A cura di Adalbert G. Hamman. Traduzione dei testi di Giovanni Pini. Milano, Edizione Paoline, pgs. 179-180.
[2] Cfr. Idem. L´Incarnazione del Verbo, 43, 3-6. In: Idem, pgs. 180-181.
[3] Cfr. Idem, Contro gli Ariani, 2,59. In:Idem, pgs. 182-183
[4] Cfr. Ilario di Poitiers. Commento ai Salmi, 118, 10. In: Idem, pg.189.
[5] Cfr. Idem, Idem, 129,2,In: Idem, pg. 194.
[6] Cfr. Idem, I misteri, 1, 2-3, In: Idem,pg. 199.
[7] Cfr. Basilio di Cesarea. L´origine dell´uomo, 15-18. In: Idem, pgs 206-209.
[8] Cfr. Idem, In: Idem, pg. 209.
[9] Cfr. Idem, In: Idem, pg. 209-212.
[10] Cfr. Gregorio di Nissa. La creazione dell´uomo 16. In: Idem, pgs. 219-229.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Mitos litúrgicos (15/16)

Basílica de Santo Agostinho em Roma | Presbíteros

Mitos litúrgicos

Mito 30: “A Missa Tridentina é antiquada”

Não é.

A Missa Tridentina é o Rito Romano celebrado na sua forma tradicional, promulgada pelo Papa São Pio V no Concílio de Trento. As diferenças entre a Missa Tridentina e a forma do Rito Romano aprovada pelo Papa Paulo VI NÃO são somente a posição do sacerdote e a língua litúrgica (pois como foi dito acima, também na forma moderna do Rito Romano é lícito celebrar em latim e com o sacerdote e povo voltados na mesma direção). As diferenças vão além: dizem respeito principalmente ao conjunto de ações do sacerdote, dos demais ministros e do povo que participa, bem como às orações previstas no Rito.

Com o Motu Próprio Summorum Pontificum, publicado em 2007, o Santo Padre demonstrou que essas duas formas do Rito Romano não são apenas duas formas válidas e lícitas, mas também duas formas autenticamente católicas de celebrar, e por isso mesmo, não há contradição entre elas. Escreveu o Santo Padre: “Estas duas expressões da lei da oração (lex orandi) da Igreja de maneira nenhuma levam a uma divisão na lei da oração (lex orandi ) da Igreja, pois são dois usos do único Rito Romano.” (Summorum Pontificum) E ainda: “As duas Formas do uso do Rito Romano podem enriquecer-se mutuamente (…) Não existe qualquer contradição entre uma edição e outra do Missale Romanum.” (Carta aos Bispos, que acompanhou o Motu Próprio)

O Santo Padre ainda fez questão de mostrar que a Missa Tridentina NÃO se contrapõe ao Concílio Vaticano II: “”Há o temor de que seja aqui afetada a autoridade do Concílio Vaticano II e que uma das suas decisões essenciais – a reforma litúrgica – seja posta em dúvida. Tal receio não tem fundamento.” (Carta aos Bispos)

O Cardeal Ratzinger, hoje Papa Bento XVI, já havia escrito (em “O Sal da Terra): “A meu ver, devia-se se deixar seguir o rito antigo com muito mais generosidade àqueles que o desejam. Não se compreende o que nele possa ser perigoso ou inaceitável. Uma comunidade põe-se em xeque quando declara como estritamente proibido o que até então tinha tido como o mais sagrado e elevado, e quando considera, por assim dizer, impróprio o desejo desse elemento. Pois em que se poderá acreditar ainda do que ela diz? Não voltará a proibir amanhã o que hoje prescreve? (…) Infelizmente, entre nós, a tolerância de experiências aventureiras é quase ilimitada; contudo, a tolerância a liturgia antiga é praticamente inexistente. Desse modo, está-se certamente no caminho errado.”

Mito 31: “Para celebrar a Missa Tridentina é preciso autorização do Bispo local”

Não precisa, nem o Bispo local pode exigir isso.

Com o Motu Próprio Summorum Pontificum, o Santo Padre Bento XVI liberou universalmente a celebração da Missa Tridentina (antes, ela estava restrita à autorização dos bispos locais).

 Fonte: https://presbiteros.org.br/

O Papa: o desafio da natalidade é uma questão de esperança

O Papa Francisco durante o encontro conclusivo dos Estados Gerais da Natalidade (Vatican News)

Francisco disse em seu discurso, no encontro conclusivo dos Estados Gerais da Natalidade, que "o nascimento dos filhos é o principal indicador para medir a esperança de um povo. Se nascem poucos, significa que há pouca esperança. E isto não só tem repercussões do ponto de vista econômico e social, mas prejudica a confiança no futuro".

Mariangela Jaguraba - Vatican News

O Papa Francisco participou, nesta sexta-feira (12/05), no Auditório da Conciliação, em Roma, do encontro conclusivo da 3ª edição dos Estados Gerais da Natalidade, um evento promovido pelo Fórum das Associações Familiares, dedicado ao destino demográfico da Itália e do mundo, que reúne expoentes da política, das empresas, dos bancos, do esporte, do entretenimento e do jornalismo.

Segundo Francisco, "o nascimento dos filhos é o principal indicador para medir a esperança de um povo. Se nascem poucos, significa que há pouca esperança. E isto não só tem repercussões do ponto de vista econômico e social, mas prejudica a confiança no futuro".

O Papa Francisco durante o encontro conclusivo dos Estados Gerais da Natalidade (Vatican News)

Constituir família está se transformando num esforço titânico

No ano passado, a Itália atingiu o menor número de nascimentos de todos os tempos: apenas 393 mil recém-nascidos.

É um fato que revela grande preocupação com o amanhã. Hoje, colocar filhos no mundo é visto como uma tarefa a ser assumida pela família. Isso, infelizmente, condiciona a mentalidade das novas gerações, que crescem na incerteza, quando não na desilusão e no medo. Vivem num clima social em que constituir família está se transformando num esforço titânico, ao invés de um valor compartilhado que todos reconhecem e apoiam. Sentir-se sozinho e obrigado a confiar exclusivamente nas próprias forças é perigoso: significa desgastar lentamente a vida comum e resignar-se a existências solitárias, nas quais cada um tem que fazer por si. Com a consequência de que apenas os mais ricos podem, graças aos seus recursos, ter maior liberdade para escolher que forma dar à sua vida. E isso é injusto, além de humilhante.

Carreira e maternidade

A seguir, Francisco disse que "talvez nunca como neste tempo, entre guerras, pandemias, deslocamentos em massa e crises climáticas, o futuro pareça incerto. Tudo passa rápido e até as certezas adquiridas passam rápido. Com efeito, a velocidade que nos rodeia aumenta a fragilidade que carregamos dentro de nós. E neste contexto de incerteza e fragilidade, as novas gerações experimentam um sentimento de precariedade, de tal forma que o amanhã parece uma montanha impossível de escalar".

Dificuldade em encontrar trabalho estável, dificuldade em mantê-lo, moradias muito caras, aluguéis altos e salários insuficientes são problemas reais. São problemas que desafiam a política, porque está à vista de todos que o mercado livre, sem as indispensáveis ​​medidas corretivas, torna-se selvagem e produz situações e desigualdades cada vez mais graves. E para descrever o contexto em que nos encontramos, penso numa cultura que não é amiga, senão inimiga, da família, centrada nas necessidades do indivíduo, onde direitos individuais contínuos são reivindicados e os direitos da família não são mencionados. Em particular, existem condicionamentos quase intransponíveis para as mulheres. As mais prejudicadas são elas, mulheres jovens muitas vezes obrigadas a escolher entre carreira e maternidade, ou esmagadas pelo peso de cuidar de suas famílias, principalmente na presença de idosos frágeis e pessoas não autônomas.

O Papa Francisco durante o encontro conclusivo dos Estados Gerais da Natalidade (Vatican News)

Políticas voltadas para o futuro

"São necessárias políticas voltadas para o futuro", frisou o Papa. "É preciso preparar um terreno fértil para florescer uma nova primavera e deixar este inverno demográfico para trás. E, dado que o terreno é comum, a sociedade e o futuro, é preciso enfrentar o problema juntos, sem barreiras ideológicas e posições pré-concebidas. É verdade que, também com a ajuda de vocês, muito foi feito e estou muito grato por isso, mas ainda não é o suficiente. É necessário mudar a mentalidade: a família não é parte do problema, mas parte da solução." E Francisco perguntou: "Há alguém que saiba olhar adiante com a coragem de apostar nas famílias, nas crianças, nos jovens?"

Segundo o Pontífice, "não podemos aceitar que nossa sociedade deixe de ser generativa e se degenere em tristeza. Uma comunidade feliz desenvolve naturalmente o desejo de gerar e integrar, enquanto uma sociedade infeliz se reduz a uma soma de indivíduos que buscam defender a todo custo o que têm".

A esperança gera mudança e melhora o futuro

O Papa, concluiu o seu discurso, destacando a palavra esperança. De acordo com ele, "o desafio da natalidade é uma questão de esperança", mas, "a esperança não é, como muitas vezes se pensa, otimismo, não é um vago sentimento positivo sobre o futuro. Não é ilusão ou emoção. É uma virtude concreta e tem a ver com escolhas concretas. Alimentar a esperança é uma ação social, intelectual, artística, política no mais alto sentido da palavra. É colocar as próprias capacidades e recursos a serviço do bem comum, é semear o futuroA esperança gera mudança e melhora o futuro. A esperança nos chama a buscar soluções que deem forma a uma sociedade à altura do momento histórico que vivemos, um tempo de crises atravessado por tantas injustiças".

Dar novamente impulso à natalidade significa reparar as formas de exclusão social que afetam os jovens e o seu futuro. É um serviço para todos: os filhos não são bens individuais, mas pessoas que contribuem para o crescimento de todos, trazendo riqueza humana e geracional. A vocês que estão aqui para encontrar boas soluções, fruto de seu profissionalismo e de suas competências, eu gostaria de dizer: sintam-se chamados para a grande tarefa de regenerar a esperança, de iniciar processos que deem impulso e vida à Itália, à Europa, ao mundo.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Padroeiro da JMJ Lisboa só tem 3 paróquias no mundo dedicadas a ele: uma é no Brasil

Paróquia São João de Brito, São Paulo, SP / CC

Por Francisco Vêneto

A fascinante trajetória de um homem de saúde frágil, nascido em Portugal e enviado como bravo missionário à Índia, onde foi martirizado.

São João de Brito foi escolhido como padroeiro da JMJ (Jornada Mundial da Juventude) em Lisboa, juntamente com Nossa Senhora, que é a padroeira da JMJ por excelência, São João Paulo II, fundador das JMJs, São João Bosco, patrono da juventude, São Vicente, Santo Antônio de Lisboa e Pádua, São Bartolomeu dos Mártires e os beatos João Fernandes, Joana de Portugal, Maria Clara do Menino Jesus, Marcel Callo, Chiara Badano e Carlo Acutis.

Uma curiosidade a respeito de São João de Brito, padroeiro da JMJ, é o fato de que só existem 3 paróquias em todo o mundo que são dedicadas a ele – e uma delas fica no Brasil.

A história de São João de Brito

Lisboa, 1º de março de 1647: nasce João, filho de Salvador de Brito Pereira e Brites de Portalegre, nobres da corte portuguesa. Seu pai viria a ser nomeado governador do Rio de Janeiro, onde morreria quando João tinha apenas 4 anos de idade. Desde menino, o futuro santo desejava ser missionário em terras distantes, apesar da frágil saúde. Dedicado aos estudos, fez a sua parte e deixou o resto nas mãos da Providência Divina.

Era o tempo das grandes navegações: ele sonhava em ir para a Índia como missionário. Depois de terminar os estudos na Universidade de Coimbra, foi ordenado sacerdote aos 26 anos como jesuíta, e, mesmo com as suas fragilidades de saúde, conseguiu partir para a Índia a fim de pregar a Palavra de Deus.

Iniciou sua missão na Costa do Malabar, uma franja do Sudoeste da Índia com forte presença portuguesa na época. Até hoje, aliás, é a região indiana com a maior presença de cristãos.

Lá vivia entre os nativos com simplicidade, andando descalço como eles e vestindo um simples manto de algodão. Sua maneira de evangelizar foi seguida por muitos outros missionários, inspirados como ele pela máxima de São Paulo: “Fiz-me tudo a todos, a fim de ganhar alguns para Cristo” (I Coríntios 9).

Para se aproximar dos hindus, passou depois a andar com um cajado de bambu, roupão avermelhado e palmilhas de madeira. Adotou até seus costumes alimentares. Jamais, porém, comprometeu a pregação do Evangelho de Jesus. Era assim que São João de Brito conquistava muitos corações e incentivava muitos a abraçarem a fé no Cristo.

Perseguições e martírio

Mas a fé cristã, é claro, se contrapunha a vários princípios hinduístas, em especial à divisão da sociedade em castas entendidas como um destino irreversível, quando o cristianismo prega que todos somos igualmente filhos de Deus e, portanto, irmãos em Cristo. São João de Brito começou a sofrer perseguições cada vez mais brutais, chegando a ser preso e torturado. Mas não desistiu.

A sua missão, que durou 15 anos na Índia, deu muito fruto. Ele ajudou várias comunidades hindus a se converterem a Cristo e se tornarem exemplares na caridade fraterna. Os indianos convertidos se sentiam libertos da sina das castas e felizes ao se reconhecerem como irmãos.

Após os primeiros 15 anos na Índia, São João de Brito voltou a Portugal e lá recebeu um convite aparentemente irrecusável: ser conselheiro do rei Pedro II e tutor de seu filho. Mas o pe. João de Brito recusou a honraria, preferiu ouvir o chamado de seu coração e retornou à Índia.

Ao pisar novamente em solo malabar, porém, ele encontrou um cenário devastador: muitos cristãos tinham sido mortos; suas casas e as igrejas tinham sido saqueadas e incendiadas. Líderes religiosos hinduístas tinham reagido violentamente contra a presença cristã. Não tardou para que o próprio São João de Brito fosse preso e decapitado. Antes de ser executado, São João de Brito conseguiu permissão para orar. Seus membros foram decepados e expostos à multidão. Era o dia 4 de fevereiro de 1693.

3 paróquias no mundo

O Papa Pio XII canonizou em 1947 o missionário mártir português e futuro padroeiro da JMJ de Lisboa, determinando a data de sua morte, como de costume, como a sua festa litúrgica.

Só existem três paróquias em todo o planeta que são dedicadas a São João de Brito: uma em sua terra Natal, Portugal; outra em seu país de missão e martírio, a Índia. E a terceira fica no Brasil, em São Paulo, no bairro do Brooklin, pertencendo à Diocese de Santo Amaro.

Oração a São João de Brito

Senhor, que fortalecestes com invencível constância o mártir São João de Brito para pregar a fé entre os povos da Índia, concedei-nos, por seus méritos e intercessão, que, celebrando a memória do seu triunfo, imitemos os exemplos da sua fé. Por Cristo, nosso Senhor. Amém. São João de Brito, rogai por nós.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Hoje é dia de são Pancrácio, padroeiro dos jovens que procuram trabalho

São Pancrácio \ ACI Digital

REDAÇÃO CENTRAL, 12 Mai. 23 / 10:00 am (ACI).- São Pancrácio era um romano convertido ao cristianismo, que morreu oferecendo sua vida em martírio aos 14 anos.

Ele nasceu na Frígia, uma antiga região da Ásia Menor que cobria a maior parte da península da Anatólia, em 289 d.C. Seu pai era um nobre pagão que morreu quando Pancrácio tinha sete anos de idade. Pancrácio ficou aos cuidados de seu tio Dionísio, com quem foi morar em Roma.

Ambos receberam a mensagem de Cristo graças a um servo cristão e se converteram à fé católica. Uma vez batizados, eles começaram a viver intensamente sua nova vida, participavam da eucaristia e dos sacramentos, compartilharam seus bens materiais com a comunidade eclesial e com aqueles que viviam na pobreza. Eles distribuíram muitas de suas riquezas aos pobres.

Quando o imperador romano Diocleciano decretou a última perseguição contra os cristãos, Pancrácio foi denunciado e levado perante a autoridade imperial. Antes de aparecer, os homens do imperador o avisaram dizendo: “O filho de Cleônio da Frígia tornou-se cristão e está distribuindo suas propriedades entre pessoas vis; além disso, ele blasfema horrivelmente contra nossos deuses”.

Diocleciano mandou chamar Pancrácio e conversou longamente com ele, tentando convencê-lo a renunciar a Jesus Cristo. Não fazendo isso, ele foi condenado à morte.

Chegando ao lugar do martírio, Pancrácio ajoelhou-se, ergueu os olhos e as mãos ao céu, dando graças ao Senhor por ter chegado o momento decisivo. Ele colocou a cabeça na frente do carrasco e com um golpe mortal eles a arrancaram.

O papa Vitaliano enviou suas relíquias de Roma para a Inglaterra como um gesto de generosidade pastoral. Queria que essas terras preservassem o legado espiritual de Pancrácio, a começar pelos relicários nos altares das novas igrejas. Como consequência, santo Agostinho de Canterbury dedicou a ele o primeiro templo da Inglaterra.

São Pancrácio é representado muito jovem, quase uma criança, vestido com a túnica romana ou com trajes militares e com os atributos de um mártir. Ele é considerado o santo dos aflitos pela pobreza.

Fonte: https://www.acidigital.com/

quinta-feira, 11 de maio de 2023

JUBILEU 2025

Logo do Jubileu de 2025 | Vatican News

JUBILEU 2025: SÃO ESPERADAS 35 MILHÕES DE PESSOAS NA SANTA SÉ; ORGANIZADORES LANÇAM SITE E CARTÃO DO PEREGRINO

São esperados pelo menos 32 milhões de peregrinos em Roma para o Jubileu 2025 para celebrar o ano santo animados pelo tema: “peregrinos da Esperança”. A confirmação foi feita pelo pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização, dom Rino Fisichella, em coletiva de imprensa nesta semana, dia 9, cujo objetivo foi apresentar a fase de preparação e também detalhes do Ano Jubilar que será aberto em Dezembro de 2024. A data de início com a abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro, bem como a data de encerramento, será divulgada na Bula de Proclamação que será publicada exatamente daqui a um ano, em 9 de maio de 2024.

Dom Fisichella explicou que foi encomendado um estudo à faculdade de Sociologia da Universidade Roma 3, solicitando projeções para o número de peregrinos esperados para o Jubileu. Os dados, já compartilhados com o governo, revelam que a capital italiana deve receber pelo menos 32 milhões de peregrinos. “É claro que, vendo como estava Roma em janeiro e fevereiro deste ano, que normalmente era vazia e agora está transbordando, talvez essas estimativas também possam estar sujeitas a mudanças. Por enquanto, vamos nos ater aos estudos feitos”, disse dom Fisichella.

Fase preparatória entre Santa Sé e Itália

O pró-prefeito do Dicastério, ao se referir a projetos que visam facilitar o acolhimento aos milhões de peregrinos, disse que já há vários meses a Santa Sé e o governo italiano – como a própria região do Lazio e a prefeitura de Roma – vêm promovendo encontros quinzenais para tratar das intervenções na cidade. Um deles aconteceu em 19 de abril, no Palácio Apostólico, inclusive com a participação da primeira-ministra do país, Giorgia Meloni.

As reuniões são para resolver problemas típicos ligados ao acolhimento (como segurança, saúde, transporte e voluntariado, por exemplo), mas também para analisar as obras estruturais necessárias para tornar a cidade mais moderna, inclusiva e sustentável. Dom Fisichella confirmou, assim, que o percurso entre o Castel Sant’Angelo e o início da Via della Conciliazione, que dá acesso à Praça São Pedro e por onde ainda há circulação de veículos, será fechada para criar uma grande área para os pedestres.

As obras devem começar em julho, em trabalhos diários de 24h, com a esperança de que em 8 de dezembro de 2024 as maiores intervenções já estejam concluídas, comentou ele, ao acrescentar: “certamente entendemos as dificuldades que serão enfrentadas pelos cidadãos e turistas, que serão forçados a usar rotas alternativas para se locomover pela cidade, devido à presença dos canteiros de obras”.

Exposições itinerantes de arte em hospitais e cárceres

Uma fase preparatória técnica – igualmente necessária, reforçou dom Fisichella, mas que caminha paralela àquela ligada à celebração do evento jubilar. Por isso a instituição de quatro comissões preparatórias (pastoral, cultural, de comunicação e ecumênica), de um comitê técnico e de comissões de delegados das dioceses italianas e das Conferências Episcopais. O nosso objetivo, disse ele, é que “o peregrino se torne turista, assim como o turista possa ficar fascinado pela experiência de ser peregrino”.

O anúncio, então, da primeira grande exposição que poderá ser conferida gratuitamente de setembro a início de outubro deste ano na Igreja Sant’Agnese in Agone, na Piazza Navona: a mostra do artista espanhol renascentista El Greco. “São obras que nunca deixaram a Espanha e que foram colocadas à disposição justamente para essa circunstância, quase que para dar início oficial às iniciativas culturais”, disse entusiasta dom Fisichella. Manifestações do gênero, acrescentou ele, que na sua maioria serão de acesso gratuito e poderão se tornar itinerantes já que devem sair de igrejas e ir a hospitais e cárceres num verdadeiro movimento para valorizar os “Peregrinos de esperança”, como é o lema do Jubileu 2025, levando a mensagem da esperança a diferentes lugares.

Site, App e Cartão do Peregrino

O novo site do Jubileu 2025 – o www.iubilaeum2025.va foi aberto ao grande público em 9 línguas a partir do dia 10 de maio. A partir de setembro o portal dará a possibilidade de já se fazer a inscrição aos eventos e à peregrinação à Porta Santa, enalteceu o subsecretário do Dicastério, dom Graham Bell, também presente na coletiva de imprensa. Com acesso à página pessoal na Área do Peregrino, vai dar para obter o Cartão do Peregrino, em versão digital, e com dupla função: vai ajudar a administrar os milhões de peregrinos presentes em Roma, além de oferecer serviços com descontos nos setores de transporte, hotéis e restaurantes.

O aplicativo do Jubileu 2025, jovem e ágil, disponível para Android e IOS – o iubilaeum2025, também estará ativo a partir de setembro deste ano, como inclusive os perfis sociais no YouTube, Instagram, Facebook, Twitter e na própria plataforma de vídeos curtos, o TikTok.

Já em 1º de junho será aberto o Centro para Peregrinos na Via della Conciliazione 7, em Roma. No Info Point para o Jubileu, fiéis e turistas poderão pedir informações sobre como participar, como tornar-se voluntário ou sobre como organizar a própria peregrinação em 2025.

Hino oficial do Jubileu 2025

Durante a coletiva de imprensa também foi anunciado o vencedor do concurso internacional para o hino oficial do Jubileu de 2025 entre 270 inscritos provenientes de 38 países: o maestro Francesco Meneghello, da cidade italiana de Mantova. O texto é de Pierangelo Sequeri. Para a ocasião, o coro da Capela Sistina gravou uma prévia para ser divulgada aos presentes.

Dom Fisichella finalizou a apresentação afirmando que “todos nós desejamos que o anúncio de esperança que provém do próximo Jubileu possa ser real, concreto e tangível por meio de tantos sinais de solidariedade que ajudarão a recuperar uma perspectiva mais serena e confiante nas relações pessoais e interpessoais, levando uma contribuição para um mundo mais humano e uma transmissão de geração em geração da tradição viva da nossa fé”.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Hoje a Igreja celebra São Francisco de Jerônimo, missionário jesuíta

São Francisco de Jerônimo | ACI Digital

REDAÇÃO CENTRAL, 11 Mai. 23 / 01:54 pm (ACI).- São Francisco de Jerônimo foi um missionário jesuíta conhecido como "o apóstolo de Nápoles", famoso por seu trabalho em favor da conversão dos pecadores.

Francisco de Jerônimo nasceu em 17 de dezembro de 1642 em Grottaglie, no sul da Itália. Aos 16 anos ingressou no colégio de Tarento, onde permaneceu sob os cuidados da Companhia de Jesus.

No colégio, estudou Humanidades e Filosofia, e teve tanto sucesso em seus estudos que o bispo o enviou a Nápoles para assistir a palestras sobre Teologia Canônica no famoso colégio Gesù Vecchio, que na época rivalizava com as maiores universidades da Europa.

Em 1º de julho de 1670, ingressou no noviciado da Companhia de Jesus. Ao final do primeiro ano de prova, foi enviado como missionário a um lugar próximo ao município italiano de Otranto, onde pôs em prática sua pregação.

Após quatro anos pregando em pequenas cidades e completando seus estudos de teologia, seus superiores o nomearam pregador da igreja Gesù Nuovo em Nápoles.

Ele chegava a visitar cinco aldeias em um único dia, pregando em ruas, praças e igrejas. Pessoas que o conheciam diziam que ele convertia pelo menos 400 pecadores por ano.

Uma de suas obras de caridade regulares era visitar hospitais e prisões. E muitas vezes ia buscar almas perdidas em bares e lugares de perdição. Isso lhe rendeu muitas surras e humilhações, mas não o impediu de insistir no chamado à conversão, sabendo-se um pecador perdoado.

São Francisco morreu aos 74 anos e foi sepultado na Igreja da Companhia de Nápoles. Foi beatificado em 1758 por Bento XIV e canonizado em 1839 pelo papa Gregório XVI.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF