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quinta-feira, 6 de julho de 2023

3 irmãos compartilham o mesmo dia de ordenação sacerdotal na Croácia

Ordenação sacerdotal - imagem ilustrativa | Zvonimir Atletic | Shutterstock

Por Cerith Gardiner

Os irmãos Pudar são uma espécie de versão do século 21 dos Três Mosqueteiros - mas a sua luta é pelas almas.

Todos os pais esperam que seus filhos cresçam próximos uns dos outros. Os três irmãos croatas Renato, Marko e Robert Pudar, no entanto, compartilham não apenas o vínculo fraternal, mas também um laço espiritual que os liga a Jesus Cristo pelo caráter do sacramento do sacerdócio.

Numa ocorrência muito rara, os três foram todos ordenados neste último dia 24 de junho na Igreja da Sagrada Família em Solin. Renato e Marko foram ordenados sacerdotes, enquanto o irmão Robert foi ordenado diácono.

Mons. Želimir Puljić, administrador apostólico da arquidiocese, presidiu a ordenação – na qual outros quatro homens também receberam o sacramento do sacerdócio.

Em sua homilia, mons. Puljić aconselhou a eles:

“Não tenham medo da sua fraqueza quando Deus os chama. Entreguem-se à Providência de Deus completamente e sem reservas, e Ele os fortalecerá e encorajará. Tudo poderão n’Aquele que os fortalece. Ele conta com vocês e quer realizar grandes planos neste mundo através de vocês”.

Os familiares e amigos dos três irmãos estavam presentes para testemunhar a ocasião especialíssima. Não sabemos o que sentiram os pais dos novos clérigos, mas podemos constatar que eles fizeram um trabalho excepcional ao criar os filhos na fé e prepará-los para responder ao chamado de Deus.

Mons. Puljić pediu a intercessão da Santíssima Virgem Maria pelos novos sacerdotes, o que é especialmente comovente para esses três irmãos na fé e no sangue.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Secretário da Repam em encontro intercontinental no Vaticano: estamos destruindo o próprio ninho

Foto de arquivo de 2022 (Vatican Media)

Redes eclesiais para a ecologia integral estiveram reunidas pela segunda vez. O Irmão João Gutemberg Sampaio, secretário-executivo da Repam, concedeu entrevista ao Vatican News e abordou a preocupação da Igreja, também expressa pelo Papa na Laudato si': "nós estamos destruindo o próprio ninho, com uma economia de consumismos e de muita produtividade que mata. Não é uma economia de comunhão, e aí a gente toca nas explorações: a Amazônia está sofrendo demais! Isso mexe muito com as consciências".

Andressa Collet - Vatican News

O Irmão João Gutemberg Sampaio, secretário-executivo da Repam, esteve em Roma para participar da "Aliança de Redes Eclesiais para a Ecologia Integral" no Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, que reuniu representantes do mundo todo para um grande "movimento dos temas sobre o cuidado da vida", inspirados no Papa Francisco. Esse é o segundo encontro presencial, após o primeiro realizado antes do Sínodo da Amazônia de outubro de 2019, fora as reuniões promovidas no ambiente virtual.

Uma iniciativa que "dá uma clareza do caminho que é plural", afirma o secretário, "não vivemos na clandestinidade, nós estamos na estrutura da Igreja":

“Esse caminho não unifica as redes, porque elas estão em ecossistemas variados, mas tem pontos muito comuns que é dentro desse tema do grito do ambiente, do grito das pessoas. A mudança climática, por exemplo, e a questão indígena, são pontos comuns a todos.”

O Ir. João concedeu entrevista a Silvonei José da Rádio Vaticano - Vatican News

O desafio de recuperar a integração ambiental e social

Entre os representantes da África, Ásia, Oceania, Europa e América do Norte estavam aqueles da América Latina, através da Repam, presente nos 9 países do território pan-amazônico: além do Brasil, a Bolívia, o Equador, o Peru, a Colômbia, a Venezuela, a Guiana, Suriname e Guiana Francesa. "A Rede Eclesial Pan-amazônica é esse esforço da Igreja católica", disse o Irmão João em entrevista a Silvonei José, da Rádio Vaticano - Vatican News, uma estrutura de articulação sobre temas de maior preocupação das comunidades e do próprio ecossistema.

Segundo o secretário executivo da Repam, é na Amazônia onde se encontra "a maior sóciobiodiversidade do planeta, então por isso que temos ainda muito a nos inspirar", onde, porém, "o ambiente também já foi muito modificado". O desafio é recuperar esse tema da integração ambiental e social. Além do Sínodo dos Bispos, que envolveu os cinco continentes na busca por novos caminhos para esse fim; a exortação apostólica pós-sinodal "Querida Amazonia", do Papa Francisco, com "cerca de 200 propostas para Igreja"; e a própria encíclica Laudato si' ajudam nesse processo:

"Historicamente nós fizemos uma dicotomia da palavra 'ecologia' quando a reduzimos ao ambiente somente. Mas o Papa Francisco, com a Laudato si', coloca alí um hipérbato colocando um subtítulo para a 'ecologia' chamando-a de 'ecologia integral'. Por que esse hipérbato, por que esse exagero, porque toda a ecologia é integral. Mas é para dizer: 'olha, a ecologia não é apenas o ambiente, o ambiente é uma parte da ecologia. A ecologia é o ser humano no seu ecos, na sua casa, no seu habitat. Então, recuperar a dimensão social e a ambiental, juntas."

A Laudato si', do Papa Francisco, foi lembrada em várias ocasiões do encontro das redes eclesiais, por ser fonte de inspiração para o trabalho e de conscientização para o planeta:

"Nós estamos destruindo o próprio ninho. Então, como diz o Papa Francisco, vivemos uma economia de consumismos e de muita produtividade que mata. Não é uma economia solidária, de comunhão, como ele propõe que é a Economia de Francisco. E aí a gente toca nas explorações: a Amazônia está sofrendo demais! Nesse encontro intercontinental, vemos em todos os territórios a exploração do meio ambiente. Nós temos uma geração que é a mais consumidora e a mais suja dos últimos 10 anos."

“Isso mexe muito com as consciências. Então, eu acredito que o Papa Francisco quer convidar todos os habitantes do planeta, como diz a Laudato si', a repensar o nosso modo de vida porque a ecologia integral toca a questão econômica, a questão política e a questão dos costumes, dos usos diários.”

Representantes da Repam em entrevista à Rádio Vaticano - Vatican News

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santa Maria Goretti

Santa Maria Goretti (comunidadeoasis)

06 de julho

Santa Maria Goretti

Santa Maria Goretti nasceu na cidade de Corinaldo, Itália, no ano de 1890. Era filha de Luigi Goretti e de Assunta Carlini. Sua família era muito pobre, porém, temente a Deus. Os pais ensinavam a fé cristã para os filhos. Maria Goretti teve 5 irmãos: Tereza, Ersília, Angelo, Sandrino e Marciano.

Vida de Santa Maria Goretti

Por causa de situações da época, a família de Maria Goretti ficou mais pobres ainda e perdeu a fazenda onde moravam. Por isso tiveram que mudar para uma casa compartilhada com uma outra família chamada Serenelli. O pai de Santa Maria Goretti foi trabalhar para outros fazendeiros e acaba  morrendo de malária quando Maria Goretti tinha 9 anos de idade.

Morando na casa compartilhada, a beleza de Maria Goretti, com apenas onze anos, despertou paixões desequilibradas em Alessandro Serenelli, um jovem de 20 anos. Alessandro assediava Maria Goretti, mas a menina não cedia aos desejos do jovem.

Foi então, que, no dia 5 de julho de 1902, quando Maria Goretti estava costurando e vigiando sua irmã menor, Alessando entrou e a ameaçou de estupro. Ela se defendeu e começou a rezar, dizendo que era pecado e que ele iria para o inferno. Não conseguindo o que queria, ele lutou com Goretti.

Ela continuava rezando e lutando para se proteger. Vendo que nada conseguiria Alessandro lhe deu 11 facadas. Goretti gritou e tentou fugir. Então, ele acertou mais três facadas na pobre menina e fugiu. O pai de Alessandro chegou e levou Maria Goretti para o hospital. Ela foi operada sem anestesia,  mas os médicos nada puderam fazer porque os ferimentos eram muito grandes.

Antes de morrer, para admiração de todos, Santa Maria Goretti perdoou seu agressor, dizendo que queria encontrar com ele no céu. Disse que ele tentou estuprá-la várias vezes, mas que ela se defendeu sempre. Para a comoção de todos, Maria Goretti faleceu no outro dia, olhando para uma pintura da Virgem Maria.

Milagre de Santa Maria Goretti

Seu assassino foi preso logo depois, julgado e condenado a 30 anos de prisão. Três anos mais tarde ele recebeu a visita do Bispo local e se arrependeu, dizendo que teve um sonho com Santa Maria Goretti, no qual ela lhe entregava flores e estas pegaram fogo assim que ele as segurou. Depois escreveu para o bispo agradecendo a visita e pedindo que ele o incluísse em suas orações.

Quando terminou de cumprir sua pena, Alessandro Serenelli foi à casa da mãe de Santa Maria Goretti, implorar seu perdão. A mãe da Santa disse: Se minha filha, em seu leito de morte te perdoou, eu também te dou meu perdão. Depois disso, os dois foram participar juntos da Santa Missa.

Profundamente arrependido, tocado por Deus e pelo perdão de Maria Goretti e de sua mãe, Alessandro entrou para o Mosteiro da ordem menor dos frades Capuchinos. Lá, ele trabalhou como porteiro e jardineiro. Dizia que Santa Maria Goretti, era sua pequena Santa. Alessando viveu ali até o fim de sua vida, em 1970 e teve a graça de participar da Canonização de Santa Maria Goretti. Certamente, Alessandro se encontrou com a Santa Maria Goretti no céu!

Devoção a Santa Maria Goretti

Papa Pio Xll celebrou a Beatificação de Maria Goretti, no dia 27 de abril de 1947. E em 24 de junho de 1950, celebrou a Canonização da Santa. Foi uma das mais jovens santas da Igreja católica. Sua mãe e 4 irmãos estavam presentes na cerimônia, inclusive seu assassino arrependido, Alessandro Serenelli.

Mais de 500 mil pessoas assistiram a celebração na praça se São Pedro, em Roma. Foi um momento inesquecível para a história da Igreja, onde todos puderam ver como a misericórdia de Deus pode transformar tudo, inclusive situações quase sem esperança como o assassinato de uma menina de onze anos.

Festa a Santa Maria Goretti

A festa de Santa Maria Goretti é celebrada no dia 6 de julho. Ela é tida como a Santa da Castidade, da juventude, da pobreza, das vítimas de estupro, da pureza de coração e do perdão. Ela é representada carregando lírios, sinal de pureza, e com vestes brancas, sinal de sua virgindade.

Oração  a Santa Maria Goretti

Óh Santa Maria Goretti, que, reforçada pela graça de Deus, não hesitou, mesmo com a idade de 11 anos, em derramar teu sangue em sacrifício da própria vida para defender tua pureza virginal, olhai graciosamente para a infeliz raça humana, que se desvia muito longe do caminho da eterna salvação.

Ensinai-nos a todos, e especialmente à juventude, com coragem e presteza, que devíamos fugir, por amor a Jesus, de tudo o que possa ofender ou manchar as nossas almas com o pecado.

Obtenha para nós a partir de Nosso Senhor, vitória na tentação, conforto nas tristezas da vida, e a graça que fervorosamente imploro-te, (fazer seu pedido), e possamos desfrutar um dia da imperecível glória do Céu. Amém.

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

quarta-feira, 5 de julho de 2023

Dimensão contemplativa da vida

Jesus contemplativo (O caminho do coração)

DIMENSÃO CONTEMPLATIVA DA VIDA

Dom Pedro Cipollini
Bispo de Santo André (SP)

Existe um salmo na Bíblia, que chama a atenção, é o Salmo 8. Fala da grandeza do ser humano na criação: “Quando vejo os teus céus, obra de teus dedos, a lua e as estrelas, as coisas que criastes, que é o ser humano para que dele te lembres, o filho do homem para que o visites?” 

Na agitação da vida cotidiana, característica de nossa época, pouco tempo temos para pensar, meditar ou refletir no mistério que envolve nossa vida. Os filósofos antigos diziam, “quanto mais sei, mais sei que nada sei”. E aconselhavam o autoconhecimento, como fonte de sabedoria e equilíbrio mental. É preciso resgatar a dimensão contemplativa de nossa vida. 

A grandeza e miséria do homem é o paradoxo que está no centro da reflexão e mensagem do filósofo cristão Blaise Pascal, nascido há quatro século, na França. Foi grande matemático e inventor da máquina de calcular. Nunca silenciava nele a questão, antiga e sempre nova, que ressoa no ânimo humano: «Que é o homem para Te lembrares dele, o filho do homem para com ele Te preocupares?». Esta pergunta está gravada no coração de cada ser humano, em todo o tempo e lugar, de qualquer civilização e língua, independentemente da sua religião.  

Pascal desde criança e por toda a vida, procurou a verdade. Conhecer a verdade é essencial para o ser humano que deseja saber. Era um homem de fé, mas uma fé que se ilumina com a razão e deixa que a razão ilumine a fé. Pesquisou, especialmente nos campos da matemática, geometria, física e filosofia.  

Num século de grandes progressos em muitos campos da ciência, acompanhados, porém dum crescente espírito de ceticismo filosófico e religioso, Blaise Pascal mostrou-se incansável investigador do verdadeiro. Como tal, permanece sempre «inquieto», atraído por novos e mais amplos horizontes. Começou a falar do homem e de Deus, chegou à certeza de que não só conhecemos a Deus unicamente por Jesus Cristo, mas também nos conhecemos a nós mesmos apenas por Jesus Cristo.  

A filosofia de Pascal, toda ela em paradoxos, deriva dum olhar simultaneamente humilde e lúcido, que procura alcançar a realidade iluminada pelo raciocínio. Parte da constatação de que o homem é como um estranho para si mesmo, grande e miserável; grande pela sua razão, a sua capacidade de dominar as paixões, grande até na medida em que se reconhece miserável. De modo particular aspira a algo mais do que satisfazer os próprios instintos ou resistir-lhes. 

Nem a inteligência geométrica nem o raciocínio filosófico permitem ao homem chegar, sozinho, a uma visão perfeitamente nítida do mundo e de si mesmo. A pessoa que se debruça sobre os detalhes dos seus cálculos, não beneficia da visão de conjunto que permite entrever todos os princípios. 

A verdadeira luz que ilumina o mistério da nossa vida e  morte provém da ressurreição de Cristo que é revelação de Deus. Só a graça de Deus permite ao coração do homem ter acesso à ordem do conhecimento divino, à caridade. Isto levou um importante comentarista, contemporâneo de Pascal, a escrever que o pensamento só consegue pensar cristãmente, se tiver acesso àquilo que Jesus Cristo implementa: a caridade. 

O Papa Francisco dedicou sua Carta Apostólica ‘Sublimitas et miseria hominis’ à obra do filósofo e teólogo francês, no quarto centenário de seu nascimento. O papa o define “um companheiro de estrada que acompanha nossa busca pela verdadeira felicidade”.  

De Pascal fica-nos o conselho de não cedermos ao materialismo mas resgatarmos a dimensão contemplativa da vida. Pois, o ser humano tem uma alma e faz perguntas não só sobre a vida, mas também sobre o sentido da vida.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Sabia que Nossa Senhora de Fátima não é a padroeira de Portugal?

Nossa Senhora de Fátima / Shutterstock

REDAÇÃO CENTRAL, 04 Jul. 23 / 03:21 pm (ACI).- Ao contrário do que muita gente acredita, Nossa Senhora de Fátima não é a padroeira de Portugal. A padroeira do país é Nossa Senhora da Conceição, há 377 anos.

Nossa Senhora da Conceição foi proclamada padroeira e rainha de Portugal em 25 de março de 1646, por dom João IV. Devoto da Virgem, o rei consagrou “seus reinos e senhorios” a Nossa Senhora da Conceição, diante de uma imagem existente em uma igreja de Vila Viçosa, que pertence à arquidiocese de Évora.

Na ocasião, dom João IV ofereceu à Virgem a sua própria coroa real. Desde então, simbolicamente, nenhum outro soberano português voltou a usar a coroa na cabeça. Em algumas circunstâncias, a coroa era colocada em uma almofada ao lado do monarca.

Em Vila Viçosa fica o santuário de Nossa Senhora da Conceição, também chamado Solar da Padroeira. No templo está a imagem coroada por dom João IV.

O papa são João Paulo II visitou o santuário em sua primeira visita a Portugal, em 1982.

Imagem de Nossa Senhora da Conceição no santuário de Vila Viçosa / Facebook Santuário Nacional da Padroeira de Portugal - Vila Viçosa

Além de Nossa Senhora da Conceição, santo Antônio de Lisboa, também conhecido como santo Antônio de Pádua, foi proclamado padroeiro secundário de Portugal, em 1934, pelo papa Pio XI.

Santo Antônio nasceu em Lisboa em 1195. Chamado Fernando de Bulhões e Taveira de Azevedo, entrou ainda jovem para o mosteiro agostiniano de São Vicente, na capital portuguesa. Após dois anos, integrou a comunidade de Coimbra. Em 1220, transferiu-se para a ordem dos frades menores, onde assumiu o nome de Antônio.

Foi para Marrocos, mas após uma doença, foi obrigado a partir para a Itália. Morreu em Pádua, em 13 de junho de 1231. Foi canonizado  pelo papa Gregório IX apenas um ano após sua morte.

Nossa Senhora de Fátima é um dos títulos marianos mais conhecidos do mundo. Diz respeito às aparições de Maria na cidade portuguesa de Fátima, entre maio e outubro de 1917. A Virgem apareceu aos três pastorinhos, os santos Francisco e Jacinta Marto e a venerável Lúcia de Jesus, deixando uma mensagem de conversão, oração e penitência.

Atualmente, o santuário de Fátima recebe peregrinos de todos os continentes e é conhecido como “altar do mundo”.  Em 2022, o santuário recebeu 4,9 milhões de peregrinos. Estes números ainda representam o processo de retomada pós-pandemia. Em 2019, antes das medidas restritivas impostas contra a covid-19, o santuário recebeu 6,3 milhões de peregrinos.

Dos nove papas que a Igreja teve desde a aparição de Nossa Senhora de Fátima em 1917, quatro foram ao santuário mariano em Portugal: são Paulo VI, em 1967; são João Paulo II, em 1982, 1991 e 2000; Bento XVI, em 2010; papa Francisco, em 2017. Francisco retornará ao santuário no próximo dia 5 de agosto, no contexto da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Confissão: sacramento da reconciliação com Deus pelo ministério da Igreja

Luciney Martins/O SÃO PAULO

Confissão: sacramento da reconciliação com Deus pelo ministério da Igreja.

25 de junho de 2023Por Fernando Geronazzo

Os aspectos teológicos e pastorais da confissão sacramental foram os temas da segunda aula do curso de extensão sobre o sacramento da Penitência (Confissão), na noite da segunda-feira, 19.

A formação on-line é promovida pela Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e pela Faculdade de Direito Canônico São Paulo Apóstolo, ambas da Arquidiocese de São Paulo.

A aula foi ministrada pelo Padre Tiago Gurgel do Vale, Doutor em Bioética pelo Ateneo Pontifício Regina Apostolorum, em Roma, e professor das duas faculdades organizadoras do curso.

NECESSIDADE HUMANA

O Sacerdote iniciou a reflexão ressaltando que a reconciliação é uma necessidade de todo ser humano. Ele lembrou que o sacramento da Penitência diz respeito “à necessidade de reconhecer-se pecador, de obter o perdão de Deus, de corrigir-se e aperfeiçoar-se, de aproximar-se mais de Deus e de amar mais os irmãos, de prender-se mais na virtude e de vencer os maus hábitos”.

Para ilustrar tal experiência, o professor tomou a parábola bíblica do “filho pródigo”, na qual Jesus revela o amor misericordioso de Deus, representado pelo pai, a necessidade de conversão suscitada no pecador, representado pelo filho, e seu encontro com a misericórdia do pai.

A partir dessa reflexão, Padre Tiago destacou os três elementos essenciais que, unidos à absolvição, constituem o sacramento da Penitência: a contrição, a confissão e a satisfação.

CONTRIÇÃO

“A contrição é o princípio e o fundamento da conversão cristã e dela depende sua sinceridade e eficácia. É o ato mais profundamente humano, que reconstrói no interior humano aquilo que o pecado destrói. É o que ilumina e nutre a nova criatura que se dispõe a viver com um espírito renovado”, explicou o professor.

O Sacerdote salientou, ainda, que, no ato de contrição, a Teologia católica não vê apenas a consciência de pecado, mas um movimento interior de dor e de detestação do pecado cometido, que traz consigo a avaliação do pecado como mal moral e ação culpável que é preciso apagar e evitar posteriormente. Por isso, recordou que a contrição não pode ser entendida como mera dor, remorso ou sentimento de arrependimento pelo mal cometido, mas “o reconhecimento interior da falta cometida, com vontade de correção”.

CONFISSÃO

O passo seguinte é a confissão ou a acusação dos pecados, quando o penitente manifesta diante do ministro da Igreja aquilo que considera culpável. Nesse aspecto, Padre Tiago sublinha que a confissão é um ato eclesial, isto é, a pessoa expressa diante da Igreja, representada pelo sacerdote que age na pessoa de Cristo, sua consciência humilde do pecado e seu arrependimento sincero. Em outras palavras, “a confissão liberta a contrição de sua privacidade ou ocultação interior”.

É por essa razão – explicou o professor – que a confissão dos pecados não pode ser feita “diretamente para Deus”, pois não é essa expressão humilde do reconhecimento do pecado diante de Cristo, por meio da Igreja, que sacramentalmente perdoa e concede a graça que dá forças para não tornar a pecar.

SATISFAÇÃO

Já a satisfação é a penitência indicada pelo sacerdote, como forma de reparar o dano causado pelo pecado, dar graças pelo perdão recebido e renovar o propósito de não pecar novamente. Padre Tiago, contudo, reforça que essa obra penitencial não é causa condicionante da reconciliação, mas sinal do verdadeiro arrependimento.

“A satisfação está relacionada com a necessidade de que o penitente realize uma ação séria, comprometida e generosa que tende a desfazer a obra do pecado e a refazer a obra da graça, isto é, a levar adiante a obra da conversão”.

ABSOLVIÇÃO

As fontes bíblicas enfatizam que somente Deus perdoa os pecados e, em virtude de sua autoridade divina, Cristo Ressuscitado transmite esse poder aos homens para que o exerçam em seu nome.

Participantes do sacerdócio de Cristo, os bispos e padres recebem este ministério de perdoar os pecados in persona Christi (na pessoa de Cristo). Uma vez que os sacramentos são sinais visíveis e eficazes da graça divina e invisível, capazes de produzir por si aquilo que significam, na Confissão sacramental, o perdão dos pecados se dá de forma objetiva e confirmada pelo ministério da Igreja.

O mistério deste sacramento pode ser compreendido pelas palavras da fórmula sacramental de absolvição proferida pelo sacerdote conforme o rito católico:

“Deus, Pai de misericórdia, que, pela morte e ressurreição de Seu Filho, reconciliou o mundo Consigo e enviou o Espírito Santo para a remissão dos pecados, te conceda, pelo ministério da Igreja, o perdão e a paz. E eu te absolvo dos teus pecados em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo”.

Fonte: https://osaopaulo.org.br/

O Papa institui a Comissão dos Novos Mártires, testemunhas da fé

Instituída pelo Papa a "Comissão dos Novos Mártires, testemunhas da fé" (Vatican Media)

Em vista do Jubileu de 2025, Francisco decidiu criar um grupo de trabalho no Dicastério das Causas dos Santos para elaborar um catálogo de todos aqueles que derramaram seu sangue para confessar Cristo no último quarto de século: "Não podemos esquecê-los". Uma busca estendida a todas as denominações cristãs e não apenas aos católicos.

Vatican News

Em uma Carta divulgada na quarta-feira, 5 de julho, o Papa Francisco instituiu a "Comissão dos Novos Mártires - Testemunhas da Fé" no Dicastério das Causas dos Santos, em vista do Jubileu de 2025. O objetivo do grupo de trabalho será elaborar um Catálogo de todos aqueles que derramaram seu sangue para confessar Cristo e dar testemunho do Evangelho.

"Os mártires da Igreja - escreve Francisco - são testemunhas da esperança que vem da fé em Cristo e incita à verdadeira caridade. A esperança mantém viva a profunda convicção de que o bem é mais forte que o mal, porque Deus em Cristo venceu o pecado e a morte". A Comissão continuará a busca, já iniciada por ocasião do Grande Jubileu de 2000, para identificar as Testemunhas da Fé neste primeiro quarto do século e para continuar no futuro.

"Os mártires - explica Francisco - acompanharam a vida da Igreja em todas as épocas e florescem como 'frutos maduros e excelentes da vinha do Senhor' ainda hoje... Os mártires são mais numerosos em nosso tempo do que nos primeiros séculos: são bispos, sacerdotes, consagrados e consagradas, leigos e famílias que, nos diversos países do mundo, com o dom de suas vidas, ofereceram a prova suprema da caridade". São João Paulo II já havia declarado em sua Carta Tertio millennio adveniente que tudo deve ser feito para assegurar que o legado dos "soldados desconhecidos da grande causa de Deus" não se perca. E em 7 de maio de 2000, esses mesmos mártires foram recordados durante uma celebração ecumênica, que reuniu no Coliseu, junto com o Bispo de Roma, representantes de Igrejas e comunidades eclesiais do mundo inteiro.

É o que Francisco tem repetidamente chamado de "ecumenismo de sangue". "Também no próximo Jubileu - acrescenta o Papa - estaremos unidos para uma celebração semelhante. Com esta iniciativa, não pretendemos estabelecer novos critérios para a constatação canônica do martírio, mas continuar o levantamento iniciado daqueles que, até hoje, continuam a ser mortos simplesmente por serem cristãos". "Trata-se, portanto, de continuar - explica o Pontífice - o reconhecimento histórico para recolher os testemunhos de vida, até o derramamento de sangue, dessas nossas irmãs e esses nossos irmãos, para que sua memória se destaque como um tesouro que a comunidade cristã salvaguarda. A pesquisa não se referirá apenas à Igreja católica, mas se estenderá a todas as denominações cristãs".

"Mesmo nestes nossos tempos – lê-se mais adiante na Carta de Francisco - em que estamos testemunhando uma mudança de época, os cristãos continuam mostrando, em contextos de grande risco, a vitalidade do Batismo que nos une. Não são poucos, de fato, aqueles que, mesmo sabendo dos perigos que enfrentam, manifestam sua fé ou participam da Eucaristia dominical. Outros são mortos em seus esforços para ajudar na caridade a vida dos pobres, para cuidar daqueles que são descartados pela sociedade, para valorizar e promover o dom da paz e o poder do perdão. Outros, ainda, são vítimas silenciosas, individualmente ou em grupos, das agitações da história. Com todos eles temos uma grande dívida e não podemos esquecê-los".

O trabalho da Comissão possibilitará, portanto, colocar lado a lado com os mártires, oficialmente reconhecidos pela Igreja, os testemunhos documentados - e são muitos, observa o Pontífice - desses "nossos irmãos e irmãs, dentro de um vasto panorama no qual ressoa a voz única da martyria dos cristãos".  A Comissão terá que se valer da "contribuição ativa" das Igrejas particulares, dos institutos religiosos e de todas as outras realidades cristãs.

"Em um mundo onde, às vezes, parece que o mal prevalece - conclui Francisco - estou certo de que a elaboração deste Catálogo, também no contexto do iminente Jubileu, ajudará os fiéis a ler também o nosso tempo à luz da Páscoa, haurindo do tesouro de uma fidelidade tão generosa a Cristo as razões da vida e do bem".

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Os três santos do povo

© Public Domain

Santo Antônio, São João Batista e São Pedro são os santos que motivam as tradicionais festas de junho no Brasil.

Por Frei Luiz Iakovacz

Numa revista, li: “Santo Antônio, São João Batista e São Pedro são os santos que motivam as tradicionais festas de junho no Brasil”. Fiquei curioso e fui pesquisar na Bíblia, dicionários e internet. De fato, os três fazem parte da vida diária do povo.

Santo Antônio

Santo Antônio, em sua curta vida de 36 anos, nasceu em Lisboa (1195) e morreu às portas da cidade de Pádua (1231), onde ia tratar da saúde, “puxado num carro de boi”. As crianças saíram pelas ruas, gritando “o santo morreu, o santo morreu”. Simultaneamente, em Lisboa, “os sinos puseram-se a tocar por si sós e o povo saiu às ruas. Somente, mais tarde, é que souberam do ocorrido”. Não se passou um (01) ano e Gregório IX o canonizou. É o processo mais curto, na História da Igreja.

Esta mesma Igreja o cognominou de “Arca do Testamento”, por conhecer e vivenciar, profundamente, a Bíblia. Chamou-o de “Trombeta do Evangelho” por ser dotado de uma voz forte e clara, de “Martelo dos Hereges” por defender a sã doutrina. É “Doutor da Igreja” por ser um teólogo eloquente e estudioso, e pelos famosos Sermões sobre a Quaresma e os Evangelhos, impressos em dois grandes volumes.

A Igreja lhe atribui, também, o epíteto de “maior taumaturgo de todos os tempos” e “o santo de todo o mundo” porque “em toda a parte se encontra sua imagem e devotos”.

Foi um frade orante, humilde, disponível nos afazeres da casa, atencioso e caridoso com os pobres, defendia-os com “sermões fulminantes contra a ganância dos ricos”.

E o povo… como via Santo Antônio?! Via-o como “um dos nossos”. Representava-o com a Bíblia aberta e sobre ela, o Menino Jesus – dois elementos fundamentais de sua pregação. Outras vezes com o lírio nas mãos, flor mais comum em Pádua e que exala um suave odor.

Sentia-o presente em seu dia a dia e o invocava quando alguma coisa se extraviava, ou mesmo para ter um casamento. É o protetor dos pobres e viajantes, dos pedreiros e padeiros, dos caminhoneiros da cidade de Itabaiana (BA) que são os impulsionadores da economia local.

Duas curiosidades: língua e cordas vocais inatecatas

Dois anos antes de sua morte, veio morar no convento de Ancella, perto de Pádua. Estava muito debilitado pela hidropisia. Logo após a morte, “frades e povo começaram a erguer um santuário em sua homenagem, inaugurado 32 anos mais tarde, em 1263. Quando o sarcófago foi aberto, a língua estava intacta. O Ministro Geral da Ordem,São Boaventura que estava presente, pegando-a em suas mãos exclamou: ‘Oh, língua bendita! Agora nos é permitido avaliar como foram grandes teus méritos perante Deus’. A língua foi colocada num relicário dourado onde está até hoje”.

O corpo foi exumado mais duas vezes: “Em 1350, quando vários ossos foram colocados em relicários próprios”. A outra foi em “1981, por ordem de João Paulo II, quando notaram que as cordas vocais estavam incorruptas”.

A incorrupção da língua e cordas vocais não deixam dúvidas de que a pregação é a grande marca de Santo Antônio. “Essa virtude era tão resplandecente que não havia olhos que não a vissem. Aquela língua e cordas vocais levaram a Deus tantas almas que, mesmo reunindo 30 mil pessoas, não se ouvia um sinal de clamor ou murmúrio. Ao contrário, num silêncio prolongado, todos o escutavam”. “Mais importante que os milagres, é a conversão do coração. Depois que escutavam sua pregação, eram tantos os homens e mulheres que corriam para o confessionário que faltavam sacerdotes para atender tanta gente”.

Mesmo sendo um grande taumaturgo foram a língua e as cordas vocais que não experimentaram a corrupção. Mais que multiplicar pães, curar doentes e ressuscitar mortos – milagres realizados por Santo Antônio – é levar pessoas à conversão e à mudança de vida.

São João Batista

 Festas juninas ou joaninas

João é filho único de um casal idoso e estéril. Seu nascimento foi motivo de muita alegria entre os vizinhos e parentes. Por ocasião da circuncisão, no oitavo dia, uma multidão se reuniu para festejar e dar-lhe o nome de seu pai Zacarias, como era costume. Mas a mãe se opôs, categoricamente, dizendo que se chamaria João. O pai confirmou e, de mudo, começou a falar. O menino cresceu e vivia no deserto. O povo se admirava e dizia: “que será deste menino”?! (Lc 1,5-25. 57-80).

Tinha razão porque tudo lhe era estranho e na contramão dos costumes. Mais ainda: como adulto, vivia rudemente, tanto no vestir como no comer (Mt 3,4). Provavelmente era adepto dos essênios – um grupo de pessoas que vivia isolado, em constante penitência, aguardando a chegada do Messias.

De repente, começou a pregar, quase que aos gritos: o Messias está perto e, para acolhê-lo, é necessário conversão e confissão dos pecados. Quem aceitava, recebia um banho no Jordão como sinal de penitência (Lc 3,1-20). Quem não aceitava e, mesmo assim, vinha para o batismo, João os repreendia, taxando-os de “cobras venenosas” (Mt 3,7-12).

Como coadunar um estilo de vida tão rude e pregação contundente com a fartura de comidas típicas das festas juninas, danças, cantos, fogos, fogueiras, balões e bandeirinhas?!…

A origem das festas juninas é agrária. No Hemisfério Norte, em junho, inicia-se a colheita e os agricultores ofereciam os primeiros feixes às divindades, agradecendo a colheita e pedinto proteção contra as pestes e estiagens. Alegria, comida farta, fogueira com saltos sobre as chamas e danças ao seu redor – era a característica desta festa.

Por que o dia 24 de junho?! Neste dia, acontece o solstício do verão, isto é, é o dia mais longo e, consequentemente, a noite é a mais curta. O mesmo, de modo inverso, acontece no solstício do inverno, 25 de dezembro (nascimento de Jesus).

No transcorrer da história, especialmente, na Idade Média, a Igreja Católica, no intuito de cristianizar as “festas pagãs”, adotou a metodologia de, nelas, inserir conteúdos cristãos. João Batista nasceria, então, seis meses e um (01) dia antes do nascimento de Jesus. Por isso é o Precursor.

As festas juninas são realizadas em todos os países lusófonos. Ainda hoje, a cidade do Porto atrai o turismo e milhares de pessoas a festejam nas ruas. Chegou ao Brasil com o nome de “festas joaninas” que, aos poucos, foram assumidas como “juninas”.

É a segunda festa mais popular, perdendo, apenas, para o Carnaval. Está espalhada em todo o Nordeste, particularmente, em Caruaru (PE) e Campina Grande (PB). São verdadeiras alavancadoras da economia local e do turismo.

São Pedro Protagonista da vida do povo

Seu protagonismo começa com o Dia do Pescador, 29 de junho. Ele era profissional e, hoje, há quem viva deste ofício. Há, também, quem diz “vou pescar” e, junto com ele, convida amigos para momentos de lazer, acompanhados de comida e bebida, anedotas e estórias fictícias. É possível que o provérbio – “parece história de pescador” – tenha nascido neste contexto.

São Pedro é, também, “protetor das viúvas e viúvos”. Jesus curou a sogra de Pedro (Mc 1,30), palavra que ocorre uma única vez na Bíblia.

Qual é a filha que não acolhe sua mãe em casa?! No entanto, são muitas as anedotas que se fazem sobre a sogra. Interessante que o texto cita, somente ela, ignorando a esposa de Pedro. Estaria ele viúvo?!

O apóstolo Paulo, em suas viagens missionárias, dizia que ele tinha direito de levar consigo “uma esposa cristã”, como fazem os apóstolos, inclusive, Pedro (1 Cor 9,5).

Pedro tem uma “cultura limitada”. Falava o dialeto aramaico, como tantos outros povos e culturas. Não “pensava muito no que dizia” e “sem um raciocínio mais profundo”. Porém os membros do Sinédrio o admiram pela coragem em testemunhar a ressurreição de Cristo, embora fosse uma “pessoa iletrada” (At 4,5-13).

É o “protetor dos que querem comprar casa própria”. Se Jesus disse “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja” (Mt 16,18), por que não “pedir-lhe ajuda na compra de uma casa”?!

É o “santo da chuva”. Jesus lhe disse “dar-te-ei as chaves do Reino dos Céus” (Mt 16,19). Ele é o “porteiro” da casa. Então, é a “ele que pediremos para chover ou cassar as inundações”.

Nas três listas dos apóstolos, é o primeiro a ser mencionado (Mt 10,2; Mc 3,16; Lc 6,14). Faz parte do grupo dos privilegiados (Pedro, Tiago e João) aos quais Jesus os leva ao Monte Tabor ((Mt 17,1-13), na ressurreição da filho de Jairo (Lc 8,40-56) e no Getsêmani (Mc 114,32-33).

Jesus o chama de “Feliz és tu, Simão, Filho de Jonas” (Mt 16,17), outorga-lhe o cuidado do rebanho (Jo 21,15-19), o poder de ligar e deligar e, sobre ele (pedra) construirá sua Igreja (Mt 16,18-19).

Líder nato é o primeiro a responder às perguntas de Jesus (Mt 18,21; 19,27), especialmente, no que se refere à messianidade ( Jo 6,68; Mt 16,16).

Com todo esse “acesso fácil”, tem a ousadia e o atrevimento de sugerir o número de vezes que devemos perdoar o irmão (Mt 18,21) e de propor-lhe que não vá a Jerusalém se lá será preso e sofrerá o suplício da cruz (Mc 8,31-33).

De temperamento impulsivo, pede para andar sobre as ondas tumultuadas (Mt 14,28), corta a orelha de Malco  com a espada (Jo18,10); em ambos os casos não pensa nas consequências.

Em algumas de suas atitudes, mostra-se volúvel como no Lava-pés: “Tu nunca me lavarás os pés” até ao “então, lava-me por inteiro” (Jo 13,8-11).

Homem prestativo: no Monte Tabor, prontifica-se a construir três tendas (Mt 17,4) e, na pesca milagrosa, diz: “Trabalhamos a noite toda e nada apanhamos, mas em atenção à tua palavra, lançarei as redes” (Lc 5,5).   Pedro pecador! Iniciou sua caminhada de apóstolo, declarando-se pecador: “Afasta-te de mim que sou pecador” (Lc 5,8), isto é, ente mim e Ti há uma grande distância de santidade.

Terminou sua vida, segundo a tradição da Igreja, crucificado de cabeça para, isto é, “não mereço morrer de cabeça erguida porque traí o Mestre, homem justo e inocente”.

Por fim, um homem de coração sensível. Jurou que não trairia Jesus e, até, morreria por Ele. No entanto, o negou três vezes, jurando que não o conhecia (Mc 14,66-72). Quando o galo cantou, o olhar de Jesus encontroou o de Pedro e este “chorou amargamente” (Lc 22,60-62).

Após a Ressurreição, Cristo lhe pergunta, três vezes, se O amava. Na terceira vez, “ficou triste” sem dúvida, recordando as três negações. Encontrou forças para o perdão e disse: “Senhor, Tu sabes tudo, sabes que te amo”. A resposta foi “siga-Me”, indicando o tipo de morte com a qual iria “glorificar a Deus” (Jo 21,15-19).   O estilo de vida de Pedro e o contínuo processo de “apaixonar-se pelo Mestre” – é e pode ser percorrido por todos os homens de “boa vontade” (Lc 2,14).  Por isso, é um protótipo da vida do povo.

(Franciscanos)

Fonte: https://pt.aleteia.org/

terça-feira, 4 de julho de 2023

O profeta “é cada um de nós”, diz o Papa no Angelus

Antoine Mekary | ALETEIA / #image_title

Por I. Media

O profeta não é "uma figura do passado", continuou o pontífice, "ele é cada um de nós". Ele explicou: "Pelo batismo, todos nós recebemos o dom e a missão da profecia". Entenda:

Todos os cristãos, mesmo os “mais simples”, são “portadores de uma mensagem de Deus”, disse o Papa Francisco durante a oração do Angelus em 2 de julho de 2023. Da Praça de São Pedro, o Papa pediu a todos que levassem “um pouco de sua luz para a vida de alguém”.

Em sua meditação, o Papa refletiu sobre a figura do “profeta”, que não é “uma espécie de mágico que prevê o futuro”. “Essa é uma ideia supersticiosa, e os cristãos não acreditam em superstições, como mágica, cartas, horóscopos ou coisas do gênero”, advertiu o 266º papa, gracejando: “Muitos cristãos vão ter suas mãos lidas… por favor!”

O profeta não é “uma figura do passado”, continuou o pontífice, “ele é cada um de nós”. Ele explicou: “Pelo batismo, todos nós recebemos o dom e a missão da profecia”, que consiste em ajudar “os outros a ler o presente sob a ação do Espírito Santo […], a compreender os planos de Deus e a corresponder a eles”. “O profeta é um sinal vivo que mostra Deus aos outros, um reflexo da luz de Cristo no caminho de seus irmãos e irmãs”, acrescentou o Papa Francisco.

Espírito

Na Igreja, insistiu o Papa, “é bom ouvir a todos” porque “o Espírito distribuiu os dons da profecia entre o santo povo de Deus”. Quando “uma decisão importante precisa ser tomada”, o pontífice de 86 anos recomendou “ouvir e dialogar, confiando que todos, mesmo os mais simples, têm algo importante a dizer, um dom profético a compartilhar”.

De forma mais ampla, seja “na família, na paróquia, na comunidade religiosa, em outras esferas da Igreja e da sociedade”, o Papa Francisco nos incentivou a acolher uns aos outros como “portadores de uma mensagem de Deus”. “Pensemos no número de conflitos que poderiam ser evitados e resolvidos dessa maneira, ouvindo os outros com um desejo sincero de entender uns aos outros”, disse ele, pedindo que não aceitemos apenas aqueles que “dizem o que gostamos”.

O bispo de Roma também deixou perguntas à multidão: “Falo e, acima de tudo, vivo como uma testemunha de Jesus? Levo um pouco de sua luz para a vida de alguém? Sei como receber irmãos e irmãs como dons proféticos? Acredito que preciso deles? Eu os ouço com respeito, com o desejo de aprender?”

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF