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domingo, 13 de agosto de 2023

Dia dos Pais

Feliz Dia dos Pais (festa.umcomo)

DIA DOS PAIS

Dom Eurico dos Santos Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora (MG) 

A doçura do amor entre um filho e um pai é um vívido reflexo do divino. Hoje, neste dia 13 de agosto, a graça nos envolve enquanto celebramos o Dia dos Pais, um momento de honra e reconhecimento àqueles que nos trouxeram à existência e nos guiaram com afeto desde os nossos primeiros passos. 

Nossos corações devem recordar as palavras sábias do Santo Padre, o Papa Francisco, que nos exorta a assumir plenamente o papel de educadores de nossos filhos, sem nos afastarmos dessa vocação natural, cedendo espaço às influências externas. As Escrituras nos orientam: “Instrua a criança segundo os objetivos que você tem para ela, e mesmo com o passar dos anos não se desviará deles” (Pv. 22,6). 

Hoje, nossa gratidão não se restringe aos pais de sangue, mas se estende aos pais de coração, aqueles que escolheram a nobre tarefa de guiar um filho e oferecer amor e orientação quando mais necessário. 

No Dia dos Pais, erguemos nossos corações para os que ainda estão conosco, compartilhando momentos de proximidade e amor. E não esqueçamos daqueles que já partiram, unindo-nos em comunhão espiritual e elevando preces por suas almas. 

Recordemos, conforme ensinado pelo Santo Padre, que cada família necessita de um pai verdadeiro, um guia que priorize a educação na fé católica. Um pai que não busca apenas semelhanças externas, mas se alegra com a retidão e sabedoria que são cultivadas no coração de seu filho. Essa é a herança mais valiosa que podemos deixar, a herança da fé e virtude. 

Ser pai é um constante compromisso de se esforçar diariamente para testemunhar o Amor que Deus derrama sobre nós a cada instante. É um mergulho na correnteza da graça divina, um esforço contínuo para espelhar a ternura e a dedicação que nosso Pai do Céu nos demonstra. 

Na jornada de paternidade, vemos a beleza da vida cotidiana, das pequenas ações e dos gestos de amor que refletem a presença de Deus. O pai se torna um farol, uma bússola que aponta na direção da divina providência, uma presença que orienta e nutre o caminho dos filhos. 

Portanto, desejo a todos um Dia dos Pais repleto de alegria e harmonia. Que esses sentimentos perdurem em seus corações ao longo da Semana Nacional da Família, um momento de profunda reflexão sobre nossa missão como famílias cristãs. 

Neste dia especial, possamos oferecer nossas preces de gratidão por esses pais que, apesar de suas próprias limitações, escolheram trilhar o caminho da paternidade com coragem e dedicação. E que possamos todos, filhos e pais, buscar a inspiração divina para vivermos a cada dia como testemunhas do Amor de Deus em nossa vida.  

Que as bênçãos do Deus Todo Poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo, derramem sobre todos nós. Que esta jornada seja guiada pelo compromisso de Jesus, o Caminho, a Verdade e a Vida. Que possamos sempre levar adiante o dom da saúde e bem-estar a todos. 

Viva nossos pais e a grande família da fé! 

Saudações em Cristo!

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Lei oficializa o Dia Nacional do Terço dos Homens no Brasil

Pascal Deloche | Godong

Por Francisco Vêneto

A data da celebração anual é 8 de setembro, Natividade de Nossa Senhora.

O Diário Oficial da União publicou neste último dia 26 de abril a Lei 14.558/2023, que institui oficialmente no Brasil o Dia Nacional do Terço dos Homens. A celebração anual foi estabelecida em 8 de setembro, data em que a Igreja Católica celebra a Natividade de Nossa Senhora.

A nova efeméride nasceu do projeto de lei 2676/21, do deputado federal Eros Biondini (PL-MG), aprovado na Câmara dos Deputados em junho de 2022 e no Senado Federal em 21 de março de 2023. Por ocasião da aprovação na Câmara, Biondini havia escrito em sua rede social que, “quando os pais oram, a família toda é edificada”.

Por sua vez, o deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES), relator do projeto, afirmou que o terço rezado pelos homens reforça a presença dos leigos na Igreja e nas suas comunidades, além de ser um sinal cristão para a formação da família e de uma sociedade cristã: “A iniciativa do Terço do Homens é valorosa para a Igreja porque traz para o seio da veneração de Maria uma parte dos homens que muitas vezes acabaram ficando distantes de certas atividades de louvor”.

O Terço dos Homens

O assessor nacional do movimento do Terço dos Homens é o pe. Vandemir Meister, dos Padres de Schoenstatt. Ele registra que grupos de homens já se reuniam para rezar o terço desde os tempos imperiais, mas somente em 1997 se oficializaram grupos específicos organizados para esta finalidade em Pernambuco, vinculados ao Santuário da Mãe e Rainha em Olinda.

A partir desta iniciativa ligada ao Movimento Apostólico de Schoenstatt, milhares de grupos de Terço dos Homens foram se espalhando pelo Brasil. Hoje, são cerca de 2,5 milhões de tercistas em todo o país.

Passou também a realizar-se todos os anos a Romaria Nacional do Terço dos Homens, no Santuário Nacional de Aparecida. Na edição deste ano, de 10 a 12 de fevereiro, participaram 70 mil homens.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Reflexão para o XIX Domingo do Tempo Comum (A)

Evangelho do domingo (Vatican Media)

Jesus sobe à barca e o vento cessa. Quando temos consciência de que Jesus está conosco, de que ele é o Emanuel, todo e qualquer perigo desaparece de nossa mente.

Padre Cesar Augusto, SJ – Vatican News

Todos nós já vivemos momentos de tensões, de adversidades, de solidão.

A liturgia deste domingo quer nos situar a Presença e a ação do Senhor, ao nosso lado, quando experienciamos essas situações adversas.

Dentro de uma situação de perseguição por ter se mantido fiel a Deus e por ter lutado pela preservação do autêntico culto, o Profeta Elias sofre bastante e tem de fugir. Deus não o livra de situações dolorosas, mas se manifesta de modo firme e com linguagem diferente da dos opressores. Deus se torna presente a Elias através de uma brisa leve. Isso nos fala a primeira leitura, extraída do 1º Livro dos Reis.

Esta página do Evangelho, cap. 14 de Mateus, nos apresenta Jesus fazendo com que seus discípulos experimentem situação adversa. O Senhor proporciona aos Apóstolos a experiência de confiarem n’Ele, de sentirem-se seguros, em meio a situações adversas, apenas em Sua Palavra.

Eis a cena: após a multiplicação dos pães e dos peixes, após ter curado as pessoas, Jesus impele, leva os discípulos a embarcarem e a aguardá-lo na outra margem. Os Apóstolos estão alegres e confiantes. O Mestre fez belo discurso, curou os doentes, deu comida para todos e agora vai rezar. Eles sentem-se obrigados a deixar aquele que é o porto seguro e a atravessarem sozinhos o mar, viver uma situação de risco e até de desamparo. Contudo, o Mestre avisou que se encontrariam no outro lado. Portanto, não foi uma despedida, mas um até logo, apesar de terem a missão de atravessar a zona tenebrosa do mar, já dentro de um horário em que a luz diminuía e se dirigindo para uma região pagã.

Jesus permanece em oração, certamente pedindo ao Pai para fortalecer aqueles que Ele lhes dera.

No meio da noite, no meio do escuro, da incerteza, da dúvida, a barca onde estão os discípulos é agitada pelo vento. É a turbulência! No trabalho, na família, nos relacionamentos, na vida pública, as turbulências se fazem presentes e colocam à prova nossas certezas, nossas seguranças, sejam físicas, psíquicas ou espirituais. Os discípulos, já amedrontados, gritam de pavor quando avistam no mar um vulto. O medo é tamanho que são incapazes de refletir que Jesus já demonstrara amá-los e exercer seu poder para preservá-los. Gritam de medo!

Jesus, o Príncipe da Paz, faz jus ao seu nome e anuncia: “Tende confiança, sou eu, não tenhais medo!” Apesar do que vê, apesar das experiências passadas, Pedro ainda pergunta pedindo prova:

“Senhor, se és tu, manda que eu vá ao teu encontro sobre as águas.” Jesus diz sim e Pedro começa a caminhar, mas quando o vento sopra, surge a insegurança e Pedro começa a afundar. Ele acredita mais na força do perigo da água do que na Palavra de Jesus. Confia mais na insegurança, no poder da fragilidade, do que no amor de Jesus.

A dúvida o fez afundar e o mesmo acontece conosco! Quem não arrisca, afunda sempre!

Aí ele grita pedindo socorro. Jesus estende a mão e o repreende: “Homem fraco na fé, por que duvidaste?”

Jesus sobe à barca e o vento cessa. Quando temos consciência de que Jesus está conosco, de que ele é o Emanuel, todo e qualquer perigo desaparece de nossa mente. A certeza da presença, do companheirismo de Jesus é determinante para atraversarmos qualquer turbulência.

Certos disso, os Apóstolos deram glória a Deus ao se prostrarem e professarem a fé: “Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus”!

Vivamos na fé. O Senhor é nosso companheiro por toda a vida. Em qualquer situação que estejamos vivendo, Jesus está ao nosso lado e pede ao Pai por nós, para que sejamos fiéis a Ele, para que saibamos que nada de mal nos poderá suceder porque Deus está conosco!

Vivamos nossa vida, cumpramos nossa missão, atravessemos com garbo as dificuldades, certos de que jamais estamos sozinhos. Poderemos fazer tudo isso não baseados em nós mesmos, mas no poder de Deus. “Quando sou fraco, então é que sou forte!

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Missa: o sacrifício perfeito

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Antoine Mekary | ALETEIA

Por Julia A. Borges

É necessário, acima de qualquer coisa, compreender verdadeiramente a missa como sacrifício, o verdadeiro sacrifício de Cristo na Cruz.

“Creio na Santa Igreja Católica” – essa é a afirmação feita por nós, católicos, todas as vezes em que estamos na Missa, em frente ao altar. Essa verdade consta no Credo Apostólico, mas se a oração a ser feita advir do Credo Niceno-Constantinopolitano, a especificação é ainda maior: “Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica. Professo um só batismo para remissão dos pecados”. Em uma sentença: cremos verdadeiramente na fé que professamos, entretanto, ainda há alguns desacertos quanto ao núcleo central da nossa credulidade, quanto ao sacrifício perfeito, ou seja, quanto ao entendimento real da missa.

Trata-se de enxergar a clareza do que está a ocorrer naquele altar não como um evento ou um simples cultuar a Deus. É necessário, acima de qualquer coisa, compreender verdadeiramente a missa como sacrifício, o verdadeiro sacrifício de Cristo na Cruz. Presencia-se ali não um novo martírio, mas a confirmação, a sacramentalização daquela imolação ocorrida há dois mil anos.

Lutero e Calvino têm uma perspectiva diferente, chegando a abominar a Santa Missa, acreditando ocorrer ali um novo sacrifício e afirmam que tudo aquilo não é necessário fazer, uma vez que a imolação já fora oferecida e que os pecados já se encontram perdoados, como uma quitação judicial definitiva. De fato, a redenção ocorreu lá na Cruz, com Jesus Cristo, mas ela precisa ser apropriada como redenção subjetiva para o caminho de Santidade. Não é simplesmente um recibo que o cristão adquire de que nossos pecados foram justificados; mas um caminho legítimo na busca de ser verdadeiramente santo. Vale destacar que o  Concílio de Trento, por outro lado, respondeu a Lutero e Calvino dizendo que não há dois sacrifícios. Essa é a posição oficial da Igreja. Isso está declarado dogmaticamente. O Concílio de Trento (Sessão 22.ª) o diz: “Com efeito, uma só e mesma é a vítima [Una enim eademque est hostia], pois quem agora se oferece pelo ministério dos sacerdotes é o mesmo que então se ofereceu na cruz; só o modo de oferecer é diferente.”

Posição católica

Ou seja, a posição católica é única: a vítima é a mesma, a Pessoa divina que se encarnou e que se ofereceu na Cruz, agora se oferece pelo ministério do sacerdote, do padre, no altar. “Só o modo de oferecer é diferente”: na Missa, é sem derramamento de sangue. Essa é a posição dogmática da Igreja Católica.

É preciso ter a disposição para entender a importância da missa para além da remissão dos pecados; entender a fé para além da quitação e absolvição dos pecados. É preciso ir além. Afinal, se o objetivo é ser a imagem e semelhança de Cristo, é necessário muito além de puramente não cometer pecados, mas percorrer rumo à redenção verdadeira. É preciso algo além do que uma absolvição cartorial, mas uma transformação real da alma, ou seja, ela precisa amar e realizar obras divinas como os santos, e tal caminho passa pelos sacramentos, como a própria Eucaristia.

Pensar em Santa Teresa D`Ávila, Santo Tomás de Aquino, Santo Agostinho ou São Francisco como exemplos de vida é uma tarefa muito árdua se não houver como auxílio maior o Espírito Santo de Deus. Se os referidos santos e todos os outros conseguiram alcançar a tão almejada sétima morada que Santa Teresa D`Ávila revela em seu livro sobre As sétimas moradas do Castelo Interior da Alma, estejam certos de que tal conquista não fora pelos próprios méritos ou por algum tipo de merecimento, ou ainda, porque simplesmente creram em Jesus e tinham fé. É um esvaziar-se de tal forma que nada mais há a não ser àquele que os criou. E tal atitude vai muito além de um único passo de arrependimento dos pecados.

Sim, é aí que o caminho da perfeição começa. É aceitando nossas máculas e buscando corrigi-las diariamente. Mas se o desejo é ser semelhante a Cristo, é necessário sermos diferentes do que somos e buscar, somente pela graça, a virtude da Santidade.

Referências:

  • A Bíblia Sagrada. Tradução do Pe. Manuel de Matos Soares. Campinas: Ecclesiae, 2096p.
  • João Calvino, Institutio religionis christianæ, v. 2. Brunsvique: Schwetschke, 1869.
  • Padres apostólicos. São Paulo: Paulus, 1995.
Fonte: https://pt.aleteia.org/

S. JOÃO BERCHMANS, JESUÍTA

São João Berchmans (Vaticam News)

13 de agosto

São João Berchmans, jesuíta

“Faça bem o que deve fazer e, ao máximo, as mínimas coisas”!

João, primogênito de cinco filhos, nasceu em uma humilde família de curtidores de couro flamengo. Com apenas 10 anos, sua mãe ficou gravemente doente: primeiro, foi confiada aos cuidados dos tios e, depois, internada em um asilo.
No entanto, João tinha ideias claras: queria ser sacerdote. Começou a estudar latim na escola Diest, mas o dinheiro era pouco e teve deixar para aprender uma profissão. Na verdade, o autor desta escolha foi seu pai, que não queria que seguisse a sua vocação. Todavia, em contato direto com um filho Santo, seu pai mudou de ideia e aceitou que se tornasse sacerdote, logo após a morte da sua esposa, em 1616.
Aqui, a Providência divina entrou em ação: o rapaz começou a prestar serviço na casa do Cônego Froymont, em Malines, onde, como tutor, assistia às jovens crianças da nobreza, ganhando o suficiente para continuar seus estudos.

Nas pegadas de São Luís Gonzaga

Em 1615, os Jesuítas inauguraram um Colégio em Malines, precisamente no período de indecisão de João de como viver a sua vocação. Por curiosidade, começou a ler a biografia de São Luís Gonzaga, falecido poucos anos antes, conseguindo entender que o Senhor queria: abraçar o carisma da Companhia de Jesus, onde foi um aluno excepcional, observava à perfeição as regras que lhe foram impostas, que eram diferentes segundo as várias Comunidades. Tanto que, após apenas um ano, foi nomeado prefeito dos Noviços, que eram mais de cem.
Após emitir os votos Perpétuos, em 1618, o jovem João foi enviado a Roma para continuar seus estudos. Ali, adoeceu gravemente vindo a falecer, em 1621, com apenas 22 anos de idade. Foi sepultado na igreja da Companhia de Santo Inácio de Loyola, mas uma relíquia do seu coração foi levada para Louvain, na igreja Jesuíta de Saint-Michel.

Frei hílare: a espiritualidade de João

Partindo do apelido que João havia recebido na sua breve vida comunitária - Frei hílare - podemos dizer que era o Santo do sorriso, que indicava um caminho rumo à santidade, mediante a sua alegria na vida de cada dia.
Seu realismo espiritual saudável e sincero provinha, certamente, das suas origens pobres e da escola ascética belga, que depois, porém, se abriu completamente aos ensinamentos inacianos. João era um exemplo de como viver alegremente no Senhor; ele teve experiências místicas e foi tocado pela graça, mas, o que mais o caracterizava era a sua profunda compaixão com o próximo e sua ardente devoção à Eucaristia e à Virgem Maria.
São João Berchmans foi canonizado pelo Papa Leão XIII, em 1888. Ele foi proclamado Padroeiro da juventude estudantil junto com Santo Estanislau Kotska e São Luís Gonzaga.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

sábado, 12 de agosto de 2023

Do Tratado Contra as heresias, de Santo Irineu, bispo

Quero a misericórdia (Canção Nova)

Do Tratado Contra as heresias, de Santo Irineu, bispo

(Lib. 4,17,4-6:SCh 100,590-594) (Séc. II)

Quero a misericórdia e não o sacrifício

Deus não queria dos Israelitas sacrifícios e holocaustos, mas fé, obediência, justiça, em vista da salvação. Manifestando a sua vontade, pelo profeta Oséias Deus lhes dizia: Quero a misericórdia mais que o sacrifício, e o conhecimento de Deus acima dos holocaustos (Os 6,6). Também nosso Senhor advertia-os sobre o mesmo, ao dizer: Se soubésseis o que significa ‘Quero a misericórdia e não o sacrifício, nunca condenaríeis inocentes’ (Mt 12,7). Dava testemunho de que os profetas proclamavam a verdade, e lhes censurava a insensatez da culpa.


Prescrevendo a seus discípulos oferecer a Deus primícias vindas de suas criaturas, não por delas precisar, mas para que não fossem eles estéreis nem ingratos, tomou dentre as criaturas o pão, deu graças e disse: Isto é o meu corpo. O mesmo com o cálice, também criatura como nós, declarou ser seu sangue e indicou a nova oblação da nova Aliança (cf. Mt 26,28). Recebendo-a dos apóstolos, a Igreja em todo o mundo a oferece a Deus, àquele que nos concede o alimento, primícias de seus dons no Novo Testamento. Sobre ela, Malaquias, um dos doze profetas, assim se exprimiu: Minha benevolência não está em vós, diz o Senhor onipotente, e não aceitarei sacrifícios de vossas mãos. Porque do nascente ao poente meu nome será glorificado entre as nações, em todo lugar haverá incenso oferecido a meu nome e um sacrifício puro. Porque grande entre os povos é meu nome, diz o Senhor onipotente (Ml 1,10-11). Com toda a evidência dá a entender que o primeiro povo cessará de oferecer a Deus. Mas que em todo lugar se lhe oferecerá um sacrifício que será puro, e todas as nações glorificarão seu nome.


Que nome é este, glorificado pelas nações? Haverá outro que não o de nosso Senhor, por quem o Pai é glorificado e glorificado o homem? E sendo do seu Filho por ele feito homem, chama-o seu. É como se um rei pintasse a imagem de seu Filho. Com razão diria ser sua de duas maneiras: é de seu filho e ele próprio a faz. Assim o nome de Jesus Cristo, glorificado na Igreja por todo o universo, o Pai declara ser o seu, porque é de seu Filho e por ter sido ele próprio a gravá-lo e a dá-lo para a salvação dos homens.

Já que o nome do Filho é próprio do Pai e a Igreja faz a oblação ao Pai onipotente por Jesus Cristo, diz-se com razão nos dois sentidos: E em todo lugar se oferecerá incenso a meu nome e sacrifício puro. O incenso, João no Apocalipse diz serem as orações dos santos (Ap 5,8).

Fonte: https://liturgiadashoras.online/

A Regra de São Bento, um segredo para viver melhor

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Chinnapong | Shutterstock

Por Marie-Bénédicte Coz

Concentrar-se no que é essencial faz com que o seu dia seja mais bonito, pacífico e produtivo. Você conhece a Regra de São Bento?

É sempre uma boa ideia refletir sobre como você pode viver melhor o seu dia. A Aleteia lhe dá algumas ideias, seguindo uma estrutura testada e comprovada que remonta a mais de 1.500 anos.

Atividades divertidas, relaxamento, descanso… Dependendo do seu perfil e orçamento, nem todas essas ideias são adequadas. Dê uma olhada nos monges, cujo ritmo diário é tão bem organizado que eles quase nunca tiram nem mesmo férias: na Regra de São Bento, os dias são estruturados em torno da oração, do trabalho manual e da lectio divina, em perfeito equilíbrio. Uma variação para os leigos poderia ser:

1UM TEMPO PARA O CORPO

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Seja para dormir um pouco, fazer uma dieta balanceada ou praticar algum esporte, o ritmo diário às vezes deixa pouco espaço para ouvir as necessidades do corpo. Aproveite ao máximo seus momentos de lazer e descanso para cuidar da saúde. Esse tempo dedicado ao seu corpo também pode ser usado para atividades manuais realizadas sozinho ou em família: bricolagem e jardinagem têm a vantagem de proporcionar uma satisfação gratificante depois de concluídas. Essas atividades, realizadas em conjunto, são um caldeirão de novos relacionamentos, fontes de alegria e boas lembranças, ainda mais se fizerem parte de um serviço!

2UM MOMENTO PARA A MENTE

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Quando foi a última vez que você abriu um livro? Abra a porta de uma livraria e escolha sua próxima leitura! Hoje é o momento propício para fazer uma retrospectiva dos meses que já se passaram este ano, em casal ou em família, para analisar o que o ajudou a crescer e as dificuldades que enfrentou, mas também para olhar para os meses que estão por vir, os compromissos que você pode aceitar e as áreas em que deseja progredir.

3UM TEMPO PARA A ALMA

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Para muitas pessoas, começar o dia cedo permite que elas o aproveitem ao máximo. Por que não usar esse recurso em seu telefone para definir um lembrete diário e fazer um momento de oração no início do dia? Comece com cinco minutos lendo as leituras do dia, e esse compromisso, honrado diariamente, será um bom hábito a ser adotado.

4FAÇA DE SUA CASA UM LUGAR DE BOAS-VINDAS

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São Bento dedica um capítulo inteiro à questão da hospitalidade. O capítulo 53 afirma: “Todos os hóspedes que chegarem serão recebidos como Cristo, pois ele mesmo deverá dizer um dia: ‘Pedi hospitalidade e vocês me receberam'” (Mt 25:35).

Churrascos com amigos e aperitivos com a família ilustram o espírito festivo que é a marca registrada de um fim de semana bem-sucedido. Sejamos convidados ou anfitriões, muitas vezes pensamos nos fins de semana como uma forma de dar as boas-vindas aos outros e interagir. Assim, um fim de semana cristão pode ser também um momento em que nos permitimos ser surpreendidos pelo inesperado, seja por familiares ou amigos que se convidam para estar juntos, ou simplesmente por uma criança que traz um jogo de tabuleiro justamente quando queríamos tomar nosso café?

5RECONEXÃO COM A NATUREZA

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Aproveite especialmente seus finais de semana para se reconectar com a natureza, que às vezes é esquecida quando se vive em uma área urbana. Belas paisagens, sob um sol tímido ou durante a hora dourada – aqueles breves momentos após o nascer do sol ou antes do pôr do sol que são tão populares entre os fotógrafos – são lugares de admiração e contemplação. Estar em contato com a natureza dessa forma nos lembra que fomos criados pelo Deus que colocou todo o seu amor tanto para erguer o Everest quanto para fazer a mais simples margarida florescer. Reservar um tempo para entrar em contato com a natureza, em toda a sua simplicidade e beleza, nos permite vivenciar um momento de recriação no qual sentimos o gosto da paz em vez do relaxamento e da alegria em vez do prazer.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Assim o Papa narrou sua experiência pessoal da Jornada Mundial da Juventude

Audiência Geral Papa Francisco. Foto: Mídia Do Vaticano

Audiência geral do Papa na quarta-feira, 9 de agosto, na Jornada Mundial da Juventude.

09 DE AGOSTO DE 2023 ZENIT 

(ZENIT News / Cidade do Vaticano, 08.09.2023).- Depois da pausa de julho para o descanso anual, o Papa Francisco retomou sua agenda pública. A audiência geral desta quarta-feira, 9 de agosto, foi realizada na Sala Paulo VI devido ao intenso calor deste período em Roma. Há apenas três dias, o Papa regressava da sua viagem apostólica a Lisboa, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude. De fato, o Papa dedicou a catequese desta quarta-feira precisamente a esse tema. Oferecemos abaixo suas palavras em espanhol.

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Nos últimos dias fui a Portugal para a 37ª Jornada Mundial da Juventude.

Esta JMJ de Lisboa, celebrada depois da pandemia, foi sentida por todos como um dom de Deus, que mais uma vez pôs em movimento o coração e os passos dos jovens, tantos jovens de todas as partes do mundo – tantos! – ir ao encontro e encontrar Jesus.

Audiência Geral Papa Francisco. Foto: Mídia Do Vaticano

Como bem sabemos,  a pandemia teve um forte impacto nos comportamentos sociais: o isolamento degenerou muitas vezes em confinamento e os jovens foram particularmente afetados por ele. Com esta Jornada Mundial da Juventude, Deus deu um "empurrão" no sentido contrário: marcou um novo início da grande peregrinação dos jovens pelos continentes, em nome de Jesus Cristo . E não é por acaso que aconteceu em Lisboa, cidade que se debruça sobre o oceano, cidade que é símbolo das grandes explorações marítimas.

E depois,  na Jornada Mundial da Juventude, o Evangelho propôs aos jovens o modelo
da Virgem Maria
 . Em seu momento mais crítico, [María] vai visitar sua prima Isabel. O Evangelho diz: "Levantou-se e partiu sem demora" (Lc 1,39). Gosto muito de invocar a Virgem sob este aspecto: a Virgem "apressada", que sempre faz as coisas com pressa, nunca nos faz esperar, porque é a mãe de todos . Assim Maria hoje, no terceiro milênio, guia a peregrinação dos jovens nas pegadas de Jesus. Como fez há um século em Portugal, em Fátima, quando se dirigiu a três crianças confiando-lhes uma mensagem de fé e esperança para a Igreja e para o mundo. Por isto, Na JMJ, voltei a Fátima, ao local das aparições, e junto com alguns jovens doentes rezei a Deus para curar o mundo das doenças da alma: orgulho, mentira, inimizade, violência – são doenças da  alma e o mundo está doente com essas doenças. E renovamos a nossa consagração, da Europa, do mundo, ao Coração de Maria, ao Imaculado Coração de Maria. Tenho rezado pela paz, porque há muitas guerras em todas as partes do mundo, muitas.

Os jovens do mundo afluíram a Lisboa em grande número e com grande entusiasmo. Também os encontrei em pequenos grupos, e alguns com muitos problemas; o grupo de jovens ucranianos trouxe histórias dolorosas. Não foram férias, uma viagem de turismo, nem um evento espiritual em si mesmo; A Jornada Mundial da Juventude é um encontro com o Cristo vivo através da Igreja. Os jovens vão encontrar Cristo. É verdade, onde há jovens há alegria e há um pouco de tudo isto .

Audiência Geral Papa Francisco. Foto: Mídia Do Vaticano

A minha visita a Portugal , por ocasião da JMJ, beneficiou do clima festivo, desta onda de jovens. Agradeço a Deus por isso, pensando especialmente na Igreja de Lisboa que, em troca do grande esforço de organização e acolhimento, receberá novas energias para continuar no novo caminho, para mais uma vez lançar as redes com paixão apostólica. Os jovens em Portugal já são hoje uma presença vital, e agora, depois desta “transfusão” recebida pelas Igrejas de todo o mundo, serão ainda mais. E muitos jovens, quando regressaram, passaram por Roma, também os estamos a ver aqui, há alguns que participaram neste Dia. Aí estão! Onde estão os jovens há barulho, eles sabem fazer bem!

Enquanto na Ucrânia e em outras partes do mundo há combates, e enquanto em certas salas escondidas a guerra está sendo planejada – isso é feio, a guerra está sendo planejada! –  A JMJ mostrou a todos que um outro mundo é possível: um mundo de irmãos e irmãs, onde as bandeiras de todos os povos tremulam juntas, uma ao lado da outra, sem ódio, sem medo, sem fechamentos, sem armas!

A mensagem dos jovens foi clara: os "grandes da terra" vão ouvi-la? Eu me pergunto, eles vão ouvir esse entusiasmo juvenil que quer a paz? É uma parábola para o nosso tempo, e ainda hoje Jesus diz: «Quem tem ouvidos, ouça! Quem tem olhos, que veja!" Esperemos que o mundo inteiro ouça esta Jornada da Juventude e veja esta beleza dos jovens seguir em frente.

Audiência Geral Papa Francisco. Foto: Mídia Do Vaticano

Volto a expressar a minha gratidão a Portugal, a Lisboa, ao Presidente da República, que esteve presente em todas as celebrações, e às demais autoridades civis; ao patriarca de Lisboa - que fez bem! -, ao presidente da Conferência Episcopal e ao bispo coordenador da Jornada Mundial da Juventude, a todos os colaboradores e voluntários. Pensem que os voluntários – fui ao encontro deles no último dia, antes de regressar – eram 25 mil: este Dia teve 25 mil voluntários! Obrigado a todos! Por intercessão da Virgem Maria, o Senhor abençoe a juventude do mundo inteiro e abençoe o povo português. Rezamos juntos à Virgem, todos juntos, para que abençoe o povo português.

Fonte: https://es.zenit.org/

Direção espiritual: o que é?

TATJANA SPLICHAL | DRUŽINA

Por Lírio entre Espinhos

Uma prática tão antiga e tão necessária para nossa santificação!

Traremos uma série de textos sobre Direção Espiritual, uma prática tão antiga e necessária para nossa santificação. Essa é a primeira parte!

1. Natureza da direção espiritual

“É a arte de conduzir as almas progressivamente desde os inícios da vida espiritual até os cumes da perfeição cristã.”

“É a arte…”: Utilizamos a expressão arte, em sentido puramente metafórico, porque na realidade a direção espiritual é uma ciência prática que, sob a direção da prudência sobrenatural, aplica a um caso concreto exposto por uma alma determinada os grandes princípios da teologia dogmática, moral e ascético-mística. Mas, metaforicamente, se pode chamar à direção espiritual arte, no sentido que tem por finalidade levantar até os céus um grande edifício sobrenatural.

“… de conduzir as almas…”: A direção espiritual é a arte de conduzir suavemente as almas à união com Deus. É um caminho que precisa ser percorrido pela alma, mas é necessário que alguém lhe marque o roteiro.

“… progressivamente…”:O caminhar deve ser firme e sem rodeios, mas também não devem existir sobressaltos nem imprudências nesse caminhar. O diretor deve exigir de cada alma segundo suas possibilidades.

“… desde os inícios da vida espiritual…”:A direção espiritual deve dar início quando uma alma decide começar o caminho da santificação.

“… até os cumes da perfeição cristã.”: É o fim da direção espiritual, alcançar a santidade.

2. Importância e necessidade

Segundo o testemunho da tradição, a direção espiritual é moralmente necessária (quer dizer, para alcançar melhor o fim) para alcançar a perfeição cristã.

São Vicente Ferrer disse: “Nunca Jesus Cristo dará sua graça, sem a qual nada podemos fazer, a quem, tendo a sua disposição um homem capaz de instruir-lhe, despreza esta ajuda persuadindo-se de que se bastará a si mesmo e de que encontrará por si mesmo tudo o que é útil para sua salvação.” (Tratado da vida espiritual)

A necessidade moral da direção espiritual para nossa Salvação se pode provar:

* Pela autoridade da Sagrada Escritura. Não há na Sagrada Escritura nenhum texto claro e terminante que aluda a esta questão, mas insinua suficientemente a multidão de textos. Por exemplo:

“Busca sempre o conselho junto ao sábio…” (Tb 4,19);

“Se um vem a cair, o outro o levanta. Mas ai do homem solitário: se ele cair não há ninguém para levantá-lo…” (Ecl 4,10);

“Quem vos ouve, a mim me ouve…” (Lc 10,16);

“Portanto, desempenhamos o encargo de embaixadores em nome de Cristo, e é Deus mesmo que exorta por nosso intermédio.” (2Cor 5,20);

Também… (At 10,5 e 9,6…).

* Pela autoridade da Igreja. A Igreja sempre rejeitou a emancipação do diretor espiritual pregada por muitos falsos místicos, com o pretexto de ficar mais livre para a ação do Espírito Santo. E por outro lado, também, sempre recomendou a obediência e submissão a um diretor espiritual.

“Os que tratam de santificar- se, pelo mesmo que tratam de seguir um caminho pouco frequentado, estão mais expostos a perder-se, e por isso precisam mais que os outros de um doutor e guia. E este modo de proceder sempre se viu na Igreja; esta doutrina foi professada unanimemente por todos os que, no transcorrer dos séculos, floresceram pela sua sabedoria e santidade; e os que rejeitarem não poderão fazê-lo sem temeridade e perigo…”. (Papa Leão XIII)

* Pela prática universal da Igreja. Desde os tempos apostólicos se encontra na Igreja a prática da direção espiritual. É verdade que há exemplos de santos e santas que alcançaram a santidade sem um diretor, o qual prova que ela não é absolutamente necessária para alcançar a perfeição; mas a lei geral é que ao lado de uma alma santa há um sábio diretor. Por exemplo: São Jerônimo e Santa Paula; O Beato Raimundo de Cápua e Santa Catarina de Sena; São João da Cruz e Santa Tereza; São Francisco de Sales e Santa Joana Chantal; São Vicente de Paula e Santa Luísa de Marilac, etc.

Pela Natureza mesma da Igreja. Na qual o ensino e o governo se realizam por via de autoridade. Nada mais oposto ao espírito do cristianismo que o buscar em si mesmo a regra de vida. Tal foi o erro dos protestantes, que abriu a porta aos excessos do livre exame (Livre interpretação da Sagrada Escritura) e o iluminismo (novos caminhos de espiritualidade diferente dos caminhos tradicionais).

* Pela mesma psicologia humana.Ninguém é bom juiz de si mesmo, ainda que pressupondo a máxima sinceridade e boa fé. Quando se nos expõe com clareza, compreendemos muito melhor os estados das almas alheias que os da nossa própria.

A mesma situação, clara e fácil quando se trata dos demais, vem a resultar escura e complicada quando se trata de nós mesmos. Isto porque não podemos prescindir de uma série de fatores sensíveis, de imaginação, de egoísmo, de interesse, de gosto e afeições, ou de escrúpulos e preocupações excessivas, que vem a perturbar a ordem e a clareza da visão de nós mesmos. O qual faz difícil um juízo apropriado.

Portanto aparece muito claro que a direção espiritual é moralmente necessária para nos santificar.

Também, é verdade, que quando Deus permite que nos falte a ajuda da direção espiritual, Ele com suas inspirações guia a alma no caminho da santidade.


Fonte

Apostila de Espiritualidade, Instituto do Verbo Encarnado

(via Lírio entre Espinhos)

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF