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sexta-feira, 18 de agosto de 2023

Quirógrafo do Papa: Copaju será uma Associação Privada de Fiéis

O ato constitutivo do Copaju foi assinado pelo Pontífice em 2019  (Vatican Media)

O Papa Francisco estabelece por meio de um quirógrafo que o Comitê Pan-americano de Juízas e Juízes para os Direitos Sociais e a Doutrina Franciscana, o Copaju, será uma Associação Privada de Fiéis de caráter internacional, criando, sob sua dependência, o Instituto de Pesquisas Jurídicas "Frei Bartolomé de las Casas". O Pontífice designa como presidente do Comitê o juiz argentino Roberto Andrés Gallardo e, como vice-presidente, a juíza Ana Algorta Latorre do Brasil.

Sebastián Sansón - Vatican News

"Fazendo eco do pedido feito pelos seus fundadores, expresso a minha aprovação para que o Comitê Pan-Americano de Juízas e Juízes para os Direitos Sociais e a Doutrina Franciscana se torne uma Associação Privada de Fiéis de caráter internacional, em conformidade com os cânones 298-311 e 321-329, erigida como pessoa jurídica privada dentro da ordem canônica, de acordo com o cânone 322, § 1". Assim escreve o Papa Francisco em quirógrafo publicado nesta sexta-feira, 18 de agosto. Por meio desse documento, o Estatuto e o logotipo do Copaju também são aprovados e entram em vigor a partir de 31 de agosto de 2023.

A presidência do Copaju

O Pontífice designa como presidente do Comitê para o período de 2023-2028 o juiz Roberto Andrés Gallardo da Argentina, como vice-presidente a juíza Ana Algorta Latorre do Brasil, como secretário o juiz argentino Gustavo Daniel Moreno e como membros: os juízes María Julia Figueredo Vivas da Colômbia, Tamila Ipema dos Estados Unidos, Daniel Urrutia Laubreaux do Chile e Janet Tello Gilardi do Peru.

A criação do Instituto de Pesquisa e Promoção dos Direitos Sociais "Frei Bartolomé de las Casas" também é aprovada por Francisco, "com fins acadêmicos, didáticos e de formação sobre a temática dos Direitos Sociais, migração e colonialismo, que será apoiado financeiramente, dirigido e administrado pelo Copaju e funcionará no âmbito da Pontifícia Academia das Ciências Sociais". O Papa nomeia os professores Raúl Eugenio Zaffaroni, Alberto Filippi e Marcelo Suárez Orozco como membros do Conselho Acadêmico Fundador do referido instituto para o período de 2023-2028.

O Pontífice esclarece que, "a partir de agora, as autoridades do Copaju devem ter a aprovação pontifícia, com base nas propostas que a instituição faz para cada período de cinco anos". "Tudo o que está estabelecido no presente quirógrafo é plenamente válido e eficaz, não obstante qualquer disposição em contrário", conclui.

A promoção dos direitos sociais por meio do judiciário

A organização "teve origens locais incipientes na Cidade de Buenos Aires e depois uma atuação destacada na República da Argentina desde o ano de 2017, dando origem ao primeiro encontro regional em junho de 2018 na Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires", recorda Francisco no texto. Formalmente, foi criada no Vaticano sob a assinatura do Pontífice em junho de 2019 e com a participação de 120 magistrados das três Américas, no âmbito da reunião realizada na Casina Pio IV, sede da Pontifícia Academia das Ciências Sociais.

Desde então, a instituição "desenvolveu uma tarefa prolífica voltada para a proteção e promoção dos direitos sociais a partir da magistratura, dando ênfase especial aos setores sociais descartados, afetados por distintos processos de neocolonialismo". A organização estabeleceu representações em diferentes países (denominados de "capítulos nacionais"): Argentina, Chile, Colômbia, Peru, Brasil, México, Estados Unidos e Paraguai, e se encontra em permanente expansão pelo resto do continente americano.

Também organizou vários eventos internacionais, incluindo os encontros de Roma em 2019 e 2023; o de Iguazú na Argentina em 2021; o do México em 2022; e o de Assunção, no Paraguai, em 2023. Também emitiu vários documentos que fornecem orientação e definem posições públicas sobre várias situações que se enquadram em sua competência, e publicou textos especializados que podem ser conferidos em www.copaju.org.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Estes foram os achados de santa Helena na Terra Santa

Santa Helena / Wikipédia (Domínio público)

REDAÇÃO CENTRAL, 18 Ago. 23 / 08:00 am (ACI).- No século IV, santa Helena, mãe do imperador Constantino, decidiu viajar à Terra Santa para buscar a Santa Cruz sobre a qual Cristo morreu e encontrou muito mais do que isso.

Diz a tradição que os trabalhadores que acompanharam a santa realizaram escavações no Monte Calvário. Encontraram a Santa Cruz e também outras relíquias relacionadas a Jesus Cristo.

A Santa Cruz

Escritores antigos, como são Crisóstomo e santo Ambrósio, narraram que, depois de realizar muitas escavações, foram encontradas três cruzes.

Sem saber qual era a de Jesus, levaram até o Monte Calvário uma mulher agonizante e, ao tocá-la com duas das cruzes, ela piorou. Mas, ao tocá-la com a terceira cruz, a enferma se recuperou instantaneamente.

Macário, então bispo de Jerusalém, santa Helena e milhares de fiéis levaram a cruz em procissão pelas ruas da cidade.

Um pedaço do madeiro onde Jesus foi crucificado é conservado na cidade de Caravaca da Cruz, em Murcia (Espanha), e outro fragmento da Vera Cruz está na catedral do Menina Jesus, na cidade de Aleppo (Síria).

Esta relíquia foi presenteada pelo falecido vigário apostólico emérito de Aleppo, dom Giuseppe Nazzaro. Durante todas as sextas-feiras da Quaresma, os fiéis têm a oportunidade de rezar a Via-Sacra com ela.

A Escada Santa

Santa Helena também mandou levar para Roma a Escada Santa do palácio de Pôncio Pilatos, que estava em Jerusalém. Diz a tradição que Jesus subiu por estes degraus de mármore na Sexta-Feira Santa para ser julgado e que derramou gostas de sangue ali.

Atualmente, a Escada Santa é conservada em frente à basílica de São João de Latrão, em Roma. Em 1723, foi protegida com madeira nobre para preservá-la dos desgastes, pois todos os dias milhares de peregrinos sobem por ela de joelhos.

Em alguns degraus, podem-se apreciar através de um cristal as gotas de sangue que Cristo derramou.

A Escada Santa / Foto: Cortesia Ximena Rondón (ACI Prensa)

Em 1908, o papa são Pio X concedeu a indulgência plenária a todos que sobem a escada com devoção, depois de cumprir as condições da confissão, comunhão e oração pelas intenções do papa.

Os cravos de Jesus e o “Titulus Crucis”

Santa Helena também encontrou os cravos que perfuraram as mãos e pés de Cristo. Diz-se que a santa os usou para proteger seu filho Constantino nas batalhas, colocando um cravo em seu capacete e outro em seu cavalo.

A santa também encontrou o “Titulus Crucis”, a tábua colocada na Cruz que diz: “Jesus Nazareno, Rei dos Judeus”. Este último objeto foi levado no século VII para Roma pelo papa são Gregório Magno.

Um dos cravos e o “Titulus Crucis” / Foto: Cortesia Ximena Rondón (ACI Prensa)

O “Titulus Crucis” e um dos cravos podem ser venerados na basílica da Santa Cruz, em Jerusalém. Acredita-se que os outros cravos estão no altar maior da catedral de Milão, na chamada Coroa de Ferro que está na Catedral de Monza (Itália) e outro na catedral de Colle di Val d’Elsa, na região italiana da Toscana.

A Santa Túnica

Na catedral de Tréveris é conservada uma parte da túnica que Jesus usou antes de ser crucificado. O pedaço de tecido teria sido obtido por santa Helena em Jerusalém e entregue ao então arcebispo de Trier (Alemanha), santo Agrício.

A manjedoura de Jesus

De sua viagem, a mãe do imperador Constantino trouxe consigo um fragmento da manjedoura onde, segundo a tradição, o Menino Jesus repousou. Esta relíquia se encontra na basílica de Santa Maria Maior, em Roma.

Relíquias dos Reis Magos

De acordo com o site da catedral de Colônia (Alemanha), santa Helena encontrou as relíquias dos reis magos na cidade de Saba, localizada na Península Arábica, e as levou até Constantinopla (hoje Istambul), que na época era a capital do Império Romano.

Anos mais tarde, as relíquias foram presenteadas a santo Eustórgio, bispo de Milão (Itália), mas, no século XII, o imperador Frederico Barbarossa as levou para a catedral de Colônia, onde permanecem até hoje.

O Santo Sepulcro

Igreja do Santo Sepulcro, construída pelo imperador Constantino, foi levantada sobre o túmulo onde, segundo a tradição, Jesus Cristo foi enterrado. Este achado também foi descoberto por santa Helena, no século IV.

Fonte: https://www.acidigital.com/

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Você sabe quem é Santa Beatriz da Silva?

Ilustração (Aleteia)

Por Reportagem local

A expressão “Dona Beatriz da Silva” é um título usado na época. Entenda:

Dona Beatriz da Silva nasceu, na vila de Campo Maior, em Portugal, por volta de 1437. Ela foi da linhagem dos reis de Portugal, filha de Rui Gomes da Silva, alcaide-mor de Campo Maior, e de sua mulher dona Isabel de Meneses, filha natural de dom Pedro de Meneses, 1º conde de Vila Real e 2º conde de Viana do Alentejo. Teve pelo menos doze irmãos.

Ainda pequena, dona Beatriz da Silva partiu para a corte régia de Castela, em 1447, como donzela da rainha Isabel, segunda mulher do rei João II de Castela. A presença de dona Beatriz na corte não passou despercebida. Sua formosura cativante encantou a todos. A rainha, dominada por uma mistura de ciúme e inveja, fechou dona Beatriz em um cofre, mas uma invisível proteção da Virgem Maria a salvou. Após este triste episódio, deixa Tordesilhas, onde a corte régia, então, estava instalada, e vai para Toledo; aí se recolheu no Mosteiro de São Domingos, o Real, de monjas dominicanas. Por devoção, decidiu manter sempre o seu rosto coberto com um véu branco, de forma que, enquanto viveu, nenhum homem e nenhuma mulher viu o seu rosto. Permanece neste mosteiro por cerca de 30 anos.

Mosteiro

Em 1484, a rainha dona Isabel, a católica, doa-lhe os Palácios de Galiana onde existia uma Igreja antiga que tinha o nome de Santa Fé. Dona Beatriz, passada a esta casa, começou a adaptá-la para a forma de mosteiro. Levou consigo dona Filipa da Silva, sua sobrinha, e outras onze mulheres, todas de hábito religioso e honesto, embora não pertencessem a Ordem alguma. E, uma vez instalada na nova casa, querendo dar fim à sua determinação, estabeleceu a maneira de viver que queria e enviou-a a Roma, numa súplica conjunta com a rainha. Foi tudo aprovado e outorgado pelo Papa Inocêncio VIII pela bula “Inter Universa” em 1489. 

O Mosteiro já estava fundado e tudo já fora preparado para entregar o hábito a ela e às monjas que ela havia instruído, quando Nosso Senhor quis chamá-la. Morreu no ano de 1492. Na hora de sua morte, foram vistas duas coisas maravilhosas. Uma foi que, quando lhe levantaram o véu para administrar-lhe a unção foi tal o esplendor de seu rosto que todos ficaram admirados. A segunda, foi que, em sua fronte, viram uma estrela, que lá ficou até que ela expirou, e que emitia um fulgor e um esplendor igual ao da luz quando mais brilha. Faleceu com fama de santidade.

Em 1511, o Papa Júlio II atribui à Ordem nascente uma Regra Própria. Dona Beatriz foi beatificada pelo Papa Pio XI, em 26 de julho de 1926, e solenemente canonizada, em 3 de outubro de 1976, pelo Papa Paulo VI. Sua Festa é celebrada no dia 17 de agosto.

Santa Beatriz da Silva se destacou por sua fé inquebrantável, por sua pureza, que lhe permitiu ser Lírio Alvíssimo escondido no coração de Jesus no Canteiro da Imaculada, por sua paciência alicerçada na esperança, por sua caridade, por sua simplicidade, pobreza, humildade, generosidade em oferecer um perdão sincero. Enfim, adornada de todas as virtudes indica-nos o caminho mais curto, fácil e seguro para se chegar a Cristo: Maria.

Nota: A expressão “Dona Beatriz da Silva” é um título usado na época, por ser ela descendente de reis e de condes. Era o costume de então. “Dona” não era qualquer mulher, como hoje nós chamamos a qualquer senhora. “Dona” eram apenas algumas dentre as mulheres nobres. As que possuíam esse título o possuíam desde o batismo e jamais deixavam de usá-lo. Fazia parte do seu nome.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Arqueólogos encontram teatro de Nero imperador romano que perseguiu cristãos

Os vestígios do Teatro de Nero descobertos em Roma, perto do Vaticano / Superintendência Especial de Arqueologia de Roma

Por Ary Waldir Ramos Díaz

Roma, 16 Ago. 23 / 01:50 pm (ACI).- Estruturas que poderiam ser identificadas como os restos do Teatro de Nero foram descobertas em uma investigação arqueológica feita pela Superintendência Especial de Arqueologia de Roma no pátio interno do Palazzo della Rovere, sede da Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém, perto do Vaticano.

A escavação revelou uma estratigrafia detalhada que abrange desde o final do período republicano até o século XV, segundo o Ministério da Cultura italiano.

"Trata-se de uma descoberta muito importante", diz Daniela Porro, superintendente especial de Roma, "que daria testemunho de um edifício excepcional da época Júlio-Claudiana (de 27 a.C. a 68 d.C.), o teatro onde Nero ensaiava as suas representações poéticas e musicais, conhecido por referências antigas, mas nunca antes encontrado".

Este local faz parte da extensa propriedade da família Júlio-Claudiana, onde Calígula ergueu um grande circo para corridas de cavalos e Nero construiu um teatro, conforme mencionado por Plínio, Suetônio e Tácito.

Entre outras coisas, em sua obra Anais, o historiador e senador romano Tácito menciona Cristo, sua execução por Pôncio Pilatos e a existência dos primeiros cristãos em Roma, destacando esse fato no contexto do grande incêndio que afetou a cidade durante o reinado de Nero no ano 64.

Os restos descobertos incluem colunas de mármore esculpidas com elegância, decorações refinadas e espaços de serviço, possivelmente depósitos para figurinos e cenários. Estes elementos, juntamente com a avançada técnica construtiva e as marcas dos tijolos, permitem identificar os edifícios encontrados como o Theatrum Neronis mencionado em fontes antigas.

Foram encontrados raros exemplares de taças de vidro, jarras e cerâmicas, insígnias de peregrinos, objetos de osso e moldes para rosários, além de bestiários à beira dos caminhos. Segundo arqueólogos especialistas, estes elementos testemunham a evolução da zona durante a Idade Média, entre atividades produtivas e peregrinações ao túmulo do apóstolo Pedro, o primeiro papa.

Nero e o martírio dos cristãos

Esta descoberta está relacionada com o martírio dos cristãos após o famoso incêndio de Roma em 64 d.C. Nero, que era imperador romano desde 54 d.C., transformou o circo de Calígula em um cenário macabro para executar dezenas de cristãos, a quem acusou de serem os responsáveis ​​pelo incêndio da cidade. Isso ocorreu na área conhecida como Vaticanum, adjacente à área arqueológica recém-descoberta, mencionada acima.

Todos os anos a Igreja comemora todo dia 30 de junho o martírio de mais de 900 cristãos que foram mortos no tempo de Nero. A história narra que o crescimento da comunidade cristã gerou a rejeição do Senado romano a esta nova religião, declarando-a ilegal cerca do ano 35 d.C.

Para escapar da acusação de ter incendiado Roma, Nero culpou os cristãos, acusando-os de ser uma religião maléfica, que praticava o canibalismo e comportamento incestuoso.

Isso desencadeou uma série de perseguições na qual milhares de cristãos morreram. Os apóstolos Pedro e Paulo se uniram à multidão de eleitos que sofreram tormentos por causa de sua fé, convertendo-se em exemplos notáveis, segundo escreveu o papa são Clemente I numa carta aos Coríntios.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Papa: que Maria conceda a paz, onde quer que se ouça o barulho de armas

Peregrinos rezam na Gruta de Lourdes nos 150 anos das peregrinação ao santuário francês  (ANSA)

O Santo Padre enviou uma mensagem à Igreja francesa, que celebrou 150 anos de peregrinações nacionais ao Santuário mariano de Lourdes nos dias da Assunção: o mundo precisa da proteção da Virgem diante das preocupações e desafios atuais.

Vatican News

Neste mês de agosto, celebram-se os 150 anos do início das peregrinações ao Santuário de Nossa Senhora de Lourdes, na França.

A data foi festejada com uma grande peregrinação nacional no dia 15 de agosto. Durante a Celebração Eucarística, foi lida uma mensagem de saudação do Papa Francisco, que sublinhou a importância deste tipo de devoção.

Hoje, mais do que nunca, escreve o Pontífice, "o mundo precisa da proteção de Maria diante das dificuldades, das inquietações e dos desafios do tempo presente".

"Voltemo-nos portanto com firmeza em direção a Ela, porque Ela é nossa Mãe e nós somos os seus filhos!", exortou Francisco.

O Papa então faz uma série de súplicas, pedindo de modo especial à "Rainha da paz" que interceda junto a seu Filho para que esta paz tão desejada seja estabelecida onde quer que se ouça o barulho de armas. 

E prosseguiu: "Que ela inspire sentimentos genuínos de amor fraterno no coração de todos, para que as sociedades cresçam harmoniosamente no respeito pelos outros, salvaguardando sua dignidade e seus direitos, e para que ninguém seja deixado de lado". 

"Que a Mãe de Jesus proteja as famílias de maneira especial: os pais que carregam o fardo diário de uma grande responsabilidade; os jovens, tão ricos em potencial, mas muitas vezes preocupados com o futuro ou, infelizmente, já impedidos por muitas restrições; os idosos, ricos em sua experiência e sabedoria, mas muitas vezes abandonados e negligenciados."

"Que ela conforte os doentes, os solitários, os marginalizados, os exilados ou refugiados, todos os que sofrem... E não quero deixar de saudar a todos os doentes e deficientes aqui presentes, que sempre vêm em grande número a Lourdes para buscar o consolo de Maria e que, junto com aqueles que os acompanham, dão ao mundo um testemunho eloquente de fé e caridade."

Procissão luminosa em Lourdes na Solenidade da Assunção (Vatican Media)

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

quarta-feira, 16 de agosto de 2023

Cinco conselhos de Santo Estevão da Hungria que ajudaram o seu filho a ser santo

Santo Estêvão da Hungria (ACI Digital)

REDAÇÃO CENTRAL, 16 Ago. 23 / 07:00 am (ACI).- Santo Estevão foi rei da Hungria e esposo da beata Gisela da Baviera. Do amor dos dois nasceu santo Américo (também conhecido como Emérico ou Henrique). Em certa ocasião, santo Estevão deu os seguintes conselhos ao seu filho para que ele pudesse governar com santidade.

1 - Conservar a fé

“Em primeiro lugar, te peço, aconselho e te recomendo, amadíssimo filho, se desejas honrar a coroa real, que conserve a fé católica e apostólica com tal diligência de maneira que esta sirva de exemplo a todos os súditos que Deus te deu, e que todos os homens eclesiásticos possam com razão te chamar homem de autêntica vida cristã, sem a qual com certeza não mereceria ser chamado de cristão ou de filho da Igreja”.

2 - O dom da vigilância e proteção

“No palácio real, depois da fé, ocupa o segundo lugar a Igreja, fundada primeiro por Cristo, nossa cabeça, transplantada logo e firmemente edificada por seus membros, os apóstolos e os santos padres da Igreja, e difundida pelo mundo todo. E, embora sucessivamente engendre novos filhos, em certos lugares já é considerada como antiga”.

“Em nosso reino, amadíssimo filho, deve considerar-se ainda jovem e recente, e, por isso, necessita uma especial vigilância e proteção; que este dom, que a divina clemência nos concedeu sem merecê-lo, não seja destruído ou aniquilado por seu descuido, preguiça ou por sua negligência”.

3 - O mesmo tratamento com todos

“Meu filho amadíssimo, ternura do meu coração, esperança de uma descendência futura, te rogo e imploro que sempre e em qualquer ocasião, baseado nos seus bons sentimentos, seja benigno não só com os homens de linhagem ou com os chefes, os ricos e os do país, mas também com os estrangeiros e com todos os que te procurem. Porque o fruto desta benignidade será o motivo de maior felicidade para ti”.

4 - Compassivo e misericordioso

“Sejais compassivo com todos aqueles que sofrem injustamente, recordando sempre no fundo do coração aquele ensinamento do Senhor: misericórdia quero, não sacrifícios. Sejais paciente com todos, com os capitalistas e com os que não o são”.

5 - Forte e honesto

“Sejais, finalmente, forte; que não vos ensoberbeça a prosperidade nem te desanime a adversidade. Sejais também humilde, para que Deus vos elogie, agora e no futuro. Sejais moderados, e não vos exceda no castigo ou a condenação. Sejais mansos, sem ir contra a justiça. Sejais honestos, de maneira que nunca seja para ninguém, voluntariamente, motivo de vergonha. Deveis ser pudico, evitando a pestilência da obscenidade como um aguilhão de morte”.

“Todas estas coisas que te indiquei brevemente são as quais compõem a coroa real; sem elas ninguém é capaz de reinar neste mundo nem de chegar ao reino eterno”.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Os dez mandamentos dos pais e educadores

Crédito: Cléofas

Os dez mandamentos dos pais e educadores

 POR PROF. FELIPE AQUINO

1. Os pais não briguem nem discutam na frente dos filhos.

2. Tratem todos os filhos com igual afeto. Quanto possível, evitem o filho único que, muitas vezes se torna adulto problema.

3. Nunca mintam a uma criança.

4. Sejam os pais intimamente afetuosos e atenciosos um com o outro, incutindo nos filhos, com a sua presença, uma personalidade equacionada.

5. Haja confiança e certa camaradagem entre pais e filhos, incutindo neles responsabilidade para a vida.

6. Os pais recebam bem os amigos dos seus filhos, mas, não permitam gastos inúteis e além de suas mesadas.

7. Não repreendam e nem castiguem uma criança na presença de outros, indicando sempre o motivo do castigo.

8. Notem e encoragem as qualidades dos filhos e não salientem seus defeitos.

9. Respondam sempre as perguntas dos filhos conforme as exigências de sua idade.

10. Mostrem sempre aos filhos o mesmo afeto e o mesmo humor sem demonstrar demasiada preocupação.

Fonte: Homem Total e Parapsicologia – Frei Albino Aresi, 11ª ed., SP, 1977.

Retirado do livro: “Família, Santuário da Vida”. Prof. Felipe Aquino. Ed. Cléofas.

Fonte: https://cleofas.com.br/

Como superar o medo da morte

fizkes | Shutterstock

Por Mia Schroeder

Se a morte é a única certeza da vida, por que temê-la?

Quanto mais velhos ficamos, mais medos temos, principalmente porque sentimos que estamos diante de uma realidade iminente: a morte.

Esse sentimento se torna ainda mais agudo quando, em nosso círculo íntimo, nossos parentes ou amigos começam a morrer e não sabemos como lidar com isso, pois sentimos que podemos ser a próxima pessoa a partir deste mundo.

Aleteia consultou a tanatóloga Claire Flores sobre o assunto. “Esse pode ser um sentimento normal, até certo ponto, mas se um especialista não for consultado a tempo, pode se tornar uma condição chamada tanatofobia, que é uma forma de ansiedade caracterizada pelo medo da própria morte ou do processo de morrer”.

Causas da condição e como detectá-la

A causa mais comum que pode desencadear essa fobia é a existência de traumas – especialmente os ocorridos na infância – relacionados à morte de alguém próximo, perda para a qual o indivíduo não estava preparado. Também pode ser causada por experiências desagradáveis ​​com alguns dos elementos relacionados à morte em geral, como ver um cadáver.

As pessoas que têm medo de morrer perdem a grande oportunidade que têm pela frente, que se chama vida. Muitas vezes focam mais no que vai acontecer no futuro, e deixam de viver o que têm, que é o presente.

Como detectar se alguém tem medo da morte

Verifique se você ou alguém que você conheça tem os seguintes sintomas:

– Medo imediato ao pensar na morte;

– Ataques de pânico que causam tontura, ondas de calor, sudorese e batimentos cardíacos acelerados;

– Dores no estômago ao pensar na morte;

– Sentimentos gerais de depressão e ansiedade.

Nesses casos, a tanatologia pode representar uma ajuda importante, pois permite que a pessoa se prepare para viver bem e plenamente, mesmo com todos os obstáculos que surgem; assim como saber apreciar os momentos de provação, não apenas os momentos de alegria. Um tanatologista ou um psicólogo pode ajudar uma pessoa a superar o medo da morte.

Recomendações

Claire compartilha que uma recomendação que ela dá, não só aos pacientes, mas às pessoas próximas a eles, é – antes de tudo – buscar ajuda de um profissional para que o quadro não acabe em depressão.

“Temos que ser realistas e perceber que um dia vamos morrer, e é bom nos prepararmos desde já: no amor, na gentileza, numa vida alinhada com a nossa fé, onde possamos aproveitar o tempo que nos resta”, explica a especialista.

Neste ponto, o ideal é fazer todo o possível para deixar de dar atenção a todos os pensamentos fatalistas que nos impedem de aproveitar a vida e começar a dar a importância que merecem aquelas ideias com as quais nos sentimos plenamente bem e felizes.

Afinal, a morte é a única certeza da vida, então por que temê-la? É melhor aproveitar a vida plenamente, e essa decisão deve ser tomada antes que seja tarde demais e não haja tempo para nada. “Embora seja verdade que um dia vamos morrer, é mais verdade que no resto dos dias vamos viver”, comentou Claire.

A única forma de dominar o medo da morte é falar e pensar sobre ela, não negá-la, como negamos tantos assuntos delicados. Lembre-se que por trás de tudo que parece ser a pior coisa da nossa vida pode estar a nossa maior benção.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Dom Roberto: “legalizar o aborto é legalizar a depredação contra a vida humana”

Dom Roberto Francisco, bispo de Campos e Referencial da Pastoral da Saúde

Num momento em que a vida humana sofre ameaça, a aprovação do aborto deve ser uma bandeira de luta de toda a sociedade. Nos dias 16 e 17 o Conselho Nacional da Saúde, do Brasil vai votar as conclusões, aprovadas na Conferência Nacional da Saúde entre elas está a liberação do aborto. O bispo de Campos e Referencial da Pastoral da Saúde faz um alerta à sociedade.

Ricardo Gomes – Diocese de Campos

No Brasil, a possibilidade de aprovação do aborto o bispo diocesano de Campos e Referencial da Pastoral da Saúde Nacional, dom Roberto Francisco Ferreria Paz, lança alerta à sociedade, e destaca a importância do Conselho Nacional da Saúde, que tem como lema, Direitos Humanos, democracia e saúde para o povo. Neste momento defender o aborto foge do papel do Conselho, que deve defender a vida desde a concepção.

“Direitos Humanos, Democracia e Saúde para o povo, essas três coisas são boas e nós estamos de acordo com esse processo com mais médicos, extensão da saúde aos quilombolas: agora, aborto não, por ser contra a vida. Dom Roberto Francisco Ferreia Paz – bispo diocesano de Campos e Referencial da Pastoral da Saúde

Dom Roberto Francisco chama a atenção para o cuidado com a vida e cita os ensinamentos do Papa Francisco, na Laudato si, que diz que não se pode defender a natureza sem defender o ser humano, e a centralidade da vida e dignidade do homem. Sendo assim, o aborto é crime, por ser contra a pessoa humana.

“Não podemos ter essa contradição de salvar a terra se não salvamos as pessoas. Por isso, o aborto é um crime de violência hediondo contra a vida e não podemos compactuar com esse crime. Devemos defender a vida desde a concepção, porque ai já há um ser, que quer crescer para nascer, tornar-se um nascituro.  A luta é pela vida, pela vida integral, pela integridade do Planeta, mas começa reconhecendo a centralidade do ser humano para cuidar da vida no planeta, com a dignidade da pessoa humana e por esse motivo nunca poderemos legalizar o aborto. Conclui Dom Roberto Francisco.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santo Estêvão da Hungria

Santo Estêvao da Hungria (A12)

16 de agosto

Santo Estêvão da Hungria

Vaik nasceu por volta de 969 na região da Panônia, oeste da atual Hungria, filho primogênito do duque Geza, cuja esposa era uma princesa cristã; por isso seus filhos tiveram a permissão de serem educados na Fé católica. Com dez anos Vaik foi batizado ao mesmo tempo que o pai, que se convertera, e recebeu o nome de Estêvão.

Tornou-se rei em 997, propondo-se a seguir o projeto do falecido pai de unir seu povo numa única nação cristã; uma tarefa nada simples, dadas as origens e características dos húngaros.

No século V, Átila, rei dos hunos e autodenominado “Flagelo de Deus”, invadiu da Ásia o Império Romano com inaudito furor, com o processo de arruinar totalmente qualquer cidade por onde passava. Foi derrotado finalmente pelos reis da Alemanha e da França, mas sua ferocidade foi herdada pelos habitantes da Panônia, conhecidos como magiares, e ainda no século IX os cristãos das terras vizinhas rezavam: “A sagittis hungarorum, libera nos Domine – Das flechas dos húngaros, livrai-nos, Senhor”. Nos fins do século X, com a conversão de Geza, mais de cinco mil súditos lhe seguiram o exemplo, abrindo um grande campo de evangelização, mas as raízes pagãs dos magiares confundiam-se com as igualmente arraigadas tradições da família real, e o duque não se empenhou o suficiente para uma mudança maior.

Estêvão, ao contrário, dispôs-se a alcançar este objetivo. No dia da sua coroação, foi realizada a cerimônia magiar na qual ele brandiu a espada para os quatro lados, comprometendo-se a defender o país em toda a sua extensão; também o Sinal da Cruz aponta para quatro lados...

Casou-se com a princesa Gisela, culta e piedosa, irmã de Henrique da Baviera, o futuro imperador do Sacro Império Romano-Germânico. Ambos seriam também canonizados. Junto à esposa, Estêvão praticou inúmeras obras de caridade, tanto materiais quanto espirituais. Fundou creches, asilos e hospitais, voltados principalmente para a população pobre.

A muitos deles fazia questão de tratar pessoal e humildemente, tendo adquirido o dom da cura. Promoveu a construção de mosteiros por todo o país, sabendo ser este o melhor meio para divulgar e estabelecer a Fé: o exemplo e as orações monacais atraem as graças divinas. Para isto teve a ajuda de Santo Adalberto, bispo de Praga e seu orientador espiritual e conselheiro (o qual antes havia batizado e orientado seu pai Geza), que chamou os beneditinos do mosteiro de Cluny na França, famoso por sua santidade, para esta missão. Mas Estêvão também viajava pelo país, com uma cruz na mão, ele mesmo pregando o Evangelho.


Outra medida foi a elaboração de leis e constituições do Estado, baseadas nos Dez Mandamentos: ele sabia que não há lei mais perfeita que a Deus, e que sob ela devem viver os homens e as nações. Ficaram assim claramente estabelecidos os direitos e deveres do clero e da nobreza, à qual não podiam pertencer os que recusassem o Catolicismo. Havia punições originais para a violação dos preceitos divinos; por exemplo, quem trabalhasse no domingo, o dia do Senhor, lavrando a terra, teria seus bois confiscados, abatidos e distribuída sua carne entre os habitantes da aldeia.

Estêvão foi igualmente enérgico com a espada, quando necessário. Um parente revoltoso, Koppány, pretendendo ter direito ao trono, lhe declarou guerra, e o jovem rei o combateu com seu exército. Foi sagrado cavaleiro no acampamento diante do inimigo, contra o qual avançou sob as invocações de “Por Deus, pela Fé!”. Duas horas durou a batalha até a morte de Koppány e a vitória, sendo concedido um generoso perdão a todos os revoltosos que aceitassem o Batismo.

Porém as principais conquistas de Estêvão foram através da diplomacia. Sábio estadista, conseguiu unificar as 39 tribos magiares originais, hostis também entre si, formando o povo húngaro. Do mesmo modo, consolidou boas relações com os países vizinhos, assegurando as fronteiras, e conseguiu manter um bom vínculo com o imperador bizantino. Como resultado, a nação húngara prosperou e se tornou fervorosamente católica.

Mas Estêvão desejava que a Hungria fosse incluída oficialmente na lista das monarquias europeias, e para isso pediu a ajuda do seu cunhado Santo Henrique, de modo a organizar uma embaixada ao Papa Silvestre II solicitando este privilégio. A resposta pontifícia foi: “Graças sejam dadas a Deus Pai e a Jesus Cristo Nosso Senhor, que em nossos dias encontrou um novo Davi, o filho de Geza, homem segundo Seu coração. (...)nós vos concedemos de bom grado tudo o que nos pedistes (…)”. (carta de 27 de março do ano 1000).

Como presentes, o papa enviou uma cruz e a Santa Coroa, doravante sempre venerada no país, e Estêvão e Gisela foram coroados em Esztergom no Natal do ano 1000. Receberam o título de Suas Majestades Apostólicas, significando que a obra evangelizadora desses governantes é comparável ao empenho dos Apóstolos.

O monge Astric, enviado na embaixada à Roma, foi sagrado bispo para poder então consagrar outros bispos húngaros, surgindo uma hierarquia eclesiástica autônoma para o país. Desta forma foi possível a criação de dez dioceses e a fundação de muitas abadias, segundo o plano de sedimentar a fé católica na Hungria.

Poucos dias após a coroação, Estêvão consagrou o país à Nossa Senhora, Grande Senhora da Hungria. Antecedia assim em séculos a ideia de São Luís Maria Grignion de Montfort, de tudo colocar sob o domínio e a proteção da Virgem.

Outra iluminada providência de Estêvão foi a preparação do seu herdeiro, Emeric, para dar continuidade à fidelidade à Igreja. Escreveu para ele várias orientações, como as dez colunas de um reino perfeito: a solidez da fé, o esplendor da Igreja, a pureza e sabedoria dos eclesiásticos, a fidelidade e fortaleza dos barões e cavaleiros, a generosidade com os estrangeiros, a reta administração da justiça, a lúcida organização do Conselho, o respeito às tradições, o auxílio da oração e a piedade e misericórdia. Igualmente lhe recomendava um amor de mãe para com os súditos:

“Sê paciente com todos, não apenas com os poderosos, mas também com os pequeninos. Sê, enfim, forte para que a prosperidade não te ensoberbeça ou a adversidade não te abata. Sê também humilde para que Deus te eleve agora e no futuro. Sê, ainda, modesto, e a ninguém castigues ou condenes em excesso. Sê manso para não faltares à justiça. Sê fidalgo, de modo a jamais infligir deliberadamente um ultraje a alguém. Sê casto, para evitares, como aguilhão da morte, todo o mau cheiro da luxúria. Todas estas coisas ditas acima, reunidas, tecem a coroa real, porque sem ela ninguém consegue reinar aqui nem chegar ao Reino Eterno”.

Emeric correspondeu admiravelmente, tendo sido formado pelo santo exemplo dos pais. Aos sete anos fizera o voto de virgindade, e já nessa época manifestava o dom de discernimento do grau de fé e virtude das outras pessoas. Porém, o herdeiro, poucos dias antes de ser associado ao trono do pai, morreu subitamente, com 23 anos, um duríssimo golpe para Estêvão, que o recebeu com resignação e confiança na Providência. O santo rei sabia, contudo, que Emeric muito mais poderia fazer pelo seu povo do Céu do que governando o país durante alguns anos.

Após consolidar o Catolicismo como a única religião da Hungria e lhe assegurar as fronteiras e o bom governo, Estêvão I faleceu, em 1038, no dia da Assunção de Nossa Senhora, 15 de agosto. Seu túmulo passou a ser local de intensa peregrinação, para o pedido ou agradecimento de milagres.

Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:

Santo Estêvão é um exemplo da missão inerente a todas as pessoas que têm poder, autoridade e riquezas. Sua influência é dom de Deus e deve ser orientada sempre para o bem, incluindo todos os esforços de apostolado. O santo zelo (e sabedoria) de Estevão o levou ainda a divulgar a mais importante devoção cristã, depois das relativas diretamente a Deus (ou talvez com a mesma importância…): à Maria Santíssima. Cunhou moedas com a Sua imagem, presente também nos seus estandartes reais. Antes da sua morte – nascimento para a vida celeste, no dia da Assunção de Nossa Senhora – rezou com estas palavras: “Grande Senhora, Rainha do Céu, é a Vós que eu dirijo minha última oração e confio os cuidados de minha alma. Tomai sob Vossa proteção maternal a Igreja magiar, meu país e meu querido povo!” E consagrou o país à Virgem Maria. Também o Brasil a tem por Padroeira, peçamos a Ela que nos conceda dirigentes tão santos quanto ele… A inspiração para as leis e organização administrativa de qualquer país deve ter sua base moral nos ensinamentos de Deus e da Igreja, e com extraordinária lucidez e bom senso assim determinou Estevão, estabelecendo seu reino sobre rocha firme. Realmente, não há aspecto da vida humana que não possa e deva ser submetido às orientações divinas: política, economia, educação, lazer, segurança, justiça… certamente não nos moldes de confusão da lei religiosa com a lei civil, como por exemplo no Estado Islâmico, mas sim nos subsídios de Verdade, Ordem e Bondade que só Deus pode oferecer aos homens, e que são compatíveis com qualquer sistema político-administrativo que não seja ateu: monarquia, presidencialismo, parlamentarismo, etc., de acordo com a cultura própria de cada nação. O resultado foi a união, segurança, paz e progresso, espiritual e material, da Hungria. A guerra justa existe, e é preciso combatê-la quando necessário. Estevão não se furtou a ela, mas lutou “por Deus e pela Fé” na defesa da pátria, sem estendê-la ou perseguir os opositores. Ao contrário, procurou sempre o entendimento pela diplomacia e perdoando aos bem dispostos. Unindo seu cuidado pelo país, pela Fé, pela educação e pela família, orientou sábia e santamente o seu sucessor, ainda que para ele Deus tivesse outros planos, e seus conselhos ao príncipe Emeric (que sugiro ao leitor reler com atenção, acima) são de fato os pilares de uma santa administração de Estado. Santo Estêvão foi um homem de valor excepcional, e certamente um dos melhores exemplos de um governante católico.

Oração:

Deus Pai, que a tudo governais com perfeição, concedei-nos por intercessão de Santo Estêvão da Hungria a graça de assegurarmos as fronteiras das nossas almas nas virtudes dos Vossos Mandamentos, e evangelizarmos assim o nosso meio pelo entalhe da devoção à Maria nos corações; que Ela trace sobre o nosso país o sinal protetor da Vossa Santa Cruz, o seu nome original, para que este sinal se estenda nas quatro direções e cubra todo o orbe. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e a mesma Nossa Senhora, Medianeira de todas as graças. Amém.

Fonte: https://www.a12.com/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF