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quinta-feira, 7 de setembro de 2023

O Papa: que a Bíblia seja cada vez mais patrimônio de todos

O Papa Francisco na audiência com os membros da Associação Bíblica Italiana (Vatican Media)

Em uma época abalada pelos ecos da morte e da guerra, a fé comum em um único Deus nos convida e nos encoraja a viver como irmãos. É nela que, "chamados a uma única e mesma vocação humana e divina, sem violência e sem engano, podemos e devemos trabalhar juntos para construir o mundo em verdadeira paz", disse o Papa aos membros da Associação Bíblica Italiana e docentes de Sagrada Escritura, recebidos em audiência pelo Pontífice esta quinta-feira, 7 de setembro.

Raimundo de Lima – Vatican News

Prossigam em sua missão de ajudar o povo de Deus a se alimentar da Palavra, para que a Bíblia seja cada vez mais patrimônio de todos: "livro do povo do Senhor que, na escuta, passa da dispersão e da divisão para a unidade".

Foi a exortação de Francisco aos membros da Associação Bíblica Italiana e docentes de Sagrada Escritura - um grupo de cerca de 150 pessoas -, que participam em Roma da XLVII Semana bíblica nacional, e foram recebidos na manhã desta quinta-feira, 7 de setembro, pelo Pontífice na Sala Clementina, no Vaticano.

Tríplice aliança

Partindo do tema escolhido para a iniciativa deste ano "Aliança e alianças entre universalismo e particularismo", Francisco desenvolveu seu discurso, dizendo, já de início, tratar-se de uma das maiores preocupações atuais da Igreja. As três alianças sobre as quais estão refletindo, de fato, envolvem intimamente as relações da Igreja com o mundo contemporâneo, observou.

A aliança com Noé enfoca o relacionamento entre a humanidade e a criação. A aliança com Abraão enfoca as três grandes religiões monoteístas em sua matriz comum: a fé em Deus como condição de unidade e de fecundidade. A Aliança do Sinai, por fim, diz respeito à dádiva da Lei e à eleição de Israel como instrumento de salvação para todos os povos, sintetizou o Santo Padre.

Francisco refletiu sobre a atualidade destes três temas e, à luz deles, sobre o valor do trabalho desenvolvido pela Associação Bíblica Italiana.

O Papa Francisco na audiência com os membros da Associação Bíblica Italiana (Vatican Media)

Aliança de Noé

Como dissemos, a aliança de Noé comporta uma clara referência ao relacionamento entre o homem e a criação. No relato do Dilúvio, Deus devolve a esperança e a salvação à humanidade, devastada pelo ódio e pela violência, por meio da justiça do Patriarca. Essa justiça tem em si uma dimensão ecológica inalienável, na redescoberta e no respeito "pelos ritmos inscritos na natureza pela mão do Criador".

Portanto, prosseguiu o Pontífice, a aliança de Noé, que nunca falhou da parte de Deus, continua a nos estimular a um uso justo e sóbrio dos recursos do planeta.

Aliança de Abraão

O segundo tema tem como ícone a aliança de Abraão, comum às três grandes religiões monoteístas. Essa também é uma imagem de grande atualidade. De fato, como ensina o Concílio Vaticano II, em uma época abalada pelos ecos da morte e da guerra, a fé comum em um único Deus nos convida e nos encoraja a viver como irmãos.

É nela que, "chamados a uma única e mesma vocação humana e divina, sem violência e sem engano, podemos e devemos trabalhar juntos para construir o mundo em verdadeira paz", exortou o Papa.

Aliança do Sinai

Por fim, o terceiro tema é a dádiva da lei e a eleição do povo de Israel. Ele também é importante. De fato, na Bíblia, contra qualquer tentação de uma leitura exclusivista, o particularismo da eleição está sempre em função de um bem universal e nunca cai em formas de separação ou exclusão. Deus nunca escolhe alguém para excluir outros, mas sempre para incluir todos.

Essa é uma advertência importante para os nossos tempos, nos quais correntes de separação cada vez maiores abrem valas e erguem cercas entre as pessoas e entre os povos, em detrimento da unidade do gênero humano e do próprio Corpo de Cristo, de acordo com o plano de Deus, observou Francisco.

Trabalhar juntos a serviço da Palavra

Antes de concluir, o Papa quis ressaltar que este encontro evoca um valor ulterior: o de trabalhar juntos a serviço da Palavra. De fato, se insere numa ampla obra de cooperação que a Associação bíblica oferece de modo permanente à Igreja na Itália.

Ademais, lembrou que a Associação bíblica trabalha em colaboração com o Pontifício Instituto Bíblico, que para muitos dos inscritos na Associação permanece sendo a “alma mater” que os gerou para a pesquisa e o apostolado. E isso oferece um exemplo da sinergia que precisa ser promovida com urgência, em Roma e em outros lugares, entre os vários institutos de estudo, inclusive para não correr o risco de uma extinção irreparável.

O Papa Francisco na audiência com os membros da Associação Bíblica Italiana (Vatican Media)

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

quarta-feira, 6 de setembro de 2023

Uma vida seguindo os passos de Pedro

Margherita Guarducci em sua casa na via della Scrofa (30Giorni)

Arquivo 30Dias - 09/1999

Uma vida seguindo os passos de Pedro

Memória de Margherita Guarducci, a grande estudiosa falecida recentemente, mais conhecida por suas pesquisas sobre a localização do túmulo do apóstolo no Vaticano e sobre a identificação dos ossos.

Uma memória da arqueóloga Margherita Guarducci, recentemente falecida, de Lorenzo Bianchi

Com Margherita Guarducci, falecida no dia 2 de setembro, aos 97 anos, desaparece uma estudiosa distinta e muito singular. Nascida em Florença em 20 de dezembro de 1902, formou-se em Bolonha em 1924 e frequentou a Escola Arqueológica Italiana de Atenas, passando a maior parte desses anos em Creta preparando o corpus das antigas inscrições gregas da ilha. Arqueóloga e, em particular, especialista em epigrafia grega, disciplina que lecionou até 1973 na Universidade Sapienza de Roma e depois, nos anos seguintes, na Escola Nacional de Arqueologia, foi membro de numerosas academias científicas italianas e estrangeiras, incluindo a Accademia Nazionale dei Lincei e a Pontifícia Academia Romana de Arqueologia. Esta é, em poucas palavras, a sua biografia científica e acadêmica.

No entanto, o grande público conheceu-a essencialmente pela sua investigação sobre a localização do túmulo e a identificação dos ossos de São Pedro sob o altar da Confissão na Basílica do Vaticano, à qual dedicou grande parte - mais de quarenta anos , o último - de sua atividade. Pesquisas que, expostas em numerosos volumes (dos quais um dos últimos, O túmulo de São Pedro. Uma história extraordinária, Milão 1989, contém toda a bibliografia anterior), em virtude de uma capacidade de divulgação incomum, também por isso suscitaram polêmicas acaloradas, públicas ou "underground" que ainda dividem os estudiosos. Mas qualquer pessoa que tenha estudado o que Margherita Guarducci afirmou e publicou pode perceber o absoluto rigor científico do seu método de trabalho e quanto estudo analítico é a base das suas conclusões. Basta, por exemplo, considerar com que cuidado e precisão ele redigiu a obra em três volumes ( Os grafites sob a Confissão de São Pedro no Vaticano, Cidade do Vaticano 1958) dedicada ao grafite do famoso muro "g" da necrópole vaticana, onde foram encontradas as ossadas por ela traçadas e atribuídas ao corpo de São Pedro, a decifrar o qual ela se dedicou nos anos de 1956 a 1958, grande esforço físico, tendo muitas vezes que trabalhar de joelhos, devido à localização do muro.

Foi particularmente estimada pelos seus estudos por Pio XII, o Papa que quis empreender as escavações em busca do túmulo de Pedro e a quem chamou de «o augusto patrono da minha obra». E também tinha uma ligação muito estreita com Paulo VI, seu confessor quando era secretário de Estado, que incentivou a sua investigação sobre São Pedro.

De Margherita Guarducci, dos poucos encontros que tive com ela e das lembranças das palavras de meu pai Ugo – que frequentou suas aulas antes de ser seu estimado colega de ensino universitário – a ideia do caráter firme mas gentil, do ao mesmo tempo decidido e sorridente, da incrível resistência ao trabalho e da firme crença nas conclusões que tirou dos seus estudos. As mesmas coisas que Enrica Follieri, uma das suas colaboradoras mais próximas, hoje titular da cátedra de Filologia e História Bizantina, me dizia estes dias, recordando também o seu grande vínculo, tanto humano como científico, com Gaetano De Sanctis, o ilustre historiadora que imediatamente após a guerra, agora cega, Margherita Guarducci acompanhou para palestra sobre história grega na Universidade:
Em 1995, após a morte da sua irmã, que a ajudou durante toda a vida, teve que deixar a sua casa na via della Scrofa, juntamente com a maior parte dos muitos livros da sua biblioteca, que já não conseguia ler porque estava quase cega. Ela está sepultada em Grottaferrata, no túmulo onde também repousa o professor Venerando Correnti, o antropólogo que examinou os ossos que Margherita Guarducci reconheceu como sendo de Pedro.

Fonte: http://www.30giorni.it/

Neurociência confirma uma verdade que está no centro da nossa fé

adike | Shutterstock

Estudos científicos mostram como as interações e os relacionamentos humanos são essenciais para a nossa saúde e os sentimentos de realização.

Até me casar, eu me considerava uma pessoa maravilhosa. Quando era solteira, era muito empática e gentil (e muito humilde, obviamente). Mas, lentamente, ao longo dos meus primeiros anos de casamento, comecei a ver o quão egocêntrica, impaciente e orgulhosa eu poderia realmente ser.

Quando eu conseguia amar outras pessoas em um momento e lugar convenientes para mim, e depois me retirar para meu próprio espaço e meus próprios interesses, eu parecia ser uma garota bastante generosa. É difícil perceber suas próprias falhas quando você não presta contas a outra pessoa. A maior parte do crescimento que experimentei na última década aconteceu no contexto do meu casamento e da minha criação.

Deus nos criou para vivermos em comunidade

Isso não deveria ser uma surpresa. Tudo na nossa fé aponta para o fato de que Deus nos criou para vivermos em comunidade. E acontece que a pesquisa em neurociência também tem acompanhado este fato 

Estou lendo o livro Wired to Connect, de Amy Banks, e tem sido fascinante aprender sobre estudos que mostram como as interações e relacionamentos humanos são essenciais para nossa saúde e sentimentos de realização.

Conexão

Na abertura do livro, Banks discute um estudo de 1998 que não se concentrou nas relações humanas, mas em uma determinada região do cérebro dos macacos. Quando um macaco estende a mão para agarrar alguma coisa, certos neurônios disparam nesta região do cérebro. Um dia, em um laboratório, um pesquisador pegou algo enquanto estava na frente de um macaco. O macaco estava imóvel, mas os mesmos neurônios dispararam em seu cérebro – e eles disparariam se o próprio macaco tivesse alcançado um objeto. Esse fato surpreendente levou o pesquisador e sua equipe a estudar o fenômeno do espelhamento.

Acontece que os seres humanos também possuem neurônios-espelho. A pesquisa mostrou o quanto estamos conectados, mesmo sem perceber.

Fomos criados para a conexão

Estamos inconscientemente imitando e captando tudo o que as pessoas ao nosso redor fazem o tempo todo. Durante algum tempo, esteve na moda acreditar que a saúde mental e a maturidade exigiam independência a todo custo (incluindo o corte de laços com os pais e a família ou a criação de limites fortes e inamovíveis). Mas o livro de Banks aponta para pesquisas mais atuais que revelam a nossa necessidade para a conexão, quer percebamos ou não. É assim que nossos cérebros estão programados; como fomos criados.

Este é um resumo muito geral de um assunto muito complexo, mas também tirei algumas conclusões pessoais do livro que gostaria de compartilhar.

Investir em relacionamentos

Embora os relacionamentos possam ser difíceis, investir mais nos meus relacionamentos diários me ajuda mais do que evitá-los. A beleza do meu casamento é que ele me impulsiona para um relacionamento que me ajuda a crescer com inúmeros desafios e oportunidades inerentes diários.

É claro que ainda existem muitas ocasiões em que prefiro evitar a interação em vez de fazer o trabalho de envolvimento – no meu casamento e com outras pessoas. A lição simplificada aqui é que a ciência acompanhou a forma como Deus nos criou. Nosso Criador nos fez amar outras pessoas; fomos feitos para a conexão.

Quando opto por não telefonar para um avô, quando evito fazer contato visual com o conhecido que vem andando em minha direção na rua ou quando decido que aquela pilha de louça suja é mais urgente do que ouvir as mais recentes percepções do meu marido sobre a política mundial, eu estou resistindo à necessidade de conexão que Deus me deu.

Em vez disso, quando paro e visito um vizinho por alguns minutos, quando preparo aquela xícara de café da tarde para meu ente querido ou quando paro e interajo com aquele morador de rua na esquina, estou fazendo aquilo para o qual eu fui criada.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Papa: distante dos holofotes estão os sinais da presença de Deus

Um dos momentos da audiência geral desta quarta-feira, 06 de setembro (Vatican News)

“Tive a graça de encontrar na Mongólia uma Igreja humilde e feliz, que está no coração de Deus, e posso testemunhar-vos a sua alegria por se encontrarem por alguns dias também no centro da Igreja”, disse o Papa durante a catequese ao recordar os principais momentos de sua 43ª viagem apostólica.

https://youtu.be/Lv__hBLMii8

Thulio Fonseca – Vatican News

Passados os dias de calor intenso causado pelo verão, a Praça São Pedro voltou a receber milhares de fiéis e peregrinos para a tradicional Audiência Geral.

Durante a catequese desta quarta-feira (06 de setembro), o Papa Francisco relembrou a sua recente viagem à Mongólia, realizada nos dias 31 de agosto a 4 de setembro. O Pontífice começou expressando a sua gratidão a todos aqueles que acompanharam suas atividades no país asiático com orações. E reforçou os seus agradecimentos às autoridades que o acolheram solenemente, em particular ao Presidente Khürelsükh e também ao ex-presidente Enkhbayar, que fez o convite oficial para a visita ao país.

Uma igreja humilde e feliz

Francisco disse recordar com alegria a Igreja local e o povo mongol: um povo nobre e sábio, que me mostrou tanta cordialidade e carinho, “hoje gostaria de levá-los ao coração desta viagem”, destacou.

E alguém poderia se perguntar, observou Francisco:

“Mas por que o Papa vai tão longe para visitar um pequeno rebanho de fiéis? Porque é precisamente ali, distante dos holofotes, que muitas vezes se encontram os sinais da presença de Deus, que não olha para as aparências, mas para o coração. O Senhor não procura o centro do palco, mas o coração simples de quem O deseja e O ama sem aparecer, sem querer destacar-se dos outros. E tive a graça de encontrar na Mongólia uma Igreja humilde e feliz, que está no coração de Deus, e posso testemunhar-vos a sua alegria por se encontrarem por alguns dias também no centro da Igreja.”

Missionários apaixonados pelo evangelho

O Pontífice destacou a emocionante história daquela pequena comunidade cristã, que surgiu, por graça de Deus, e através do zelo apostólico de alguns missionários que, apaixonados pelo Evangelho, foram enviados para aquele país desconhecido.

Ao evidenciar o trabalho árduo e incansável realizado ao longo dos anos pela Igreja, o Papa explicou que a palavra “católica”, significa “universal”, e acrescentou: “não se trata de uma universalidade que homogeneíza, mas de uma universalidade que se incultura. Isto é a catolicidade: uma universalidade encarnada, que percebe o bem ali onde vive e serve as pessoas com quem vive.”

“Assim vive a Igreja: testemunhando o amor de Jesus com mansidão, com a vida antes que com as palavras, feliz pelas suas verdadeiras riquezas: o serviço ao Senhor e aos irmãos.”

O Pontífice fez então memoria da “Casa de Misericórdia”, inaugurada por ele no último dia da viagem, sendo a primeira obra de caridade na Mongólia.

“Aquele espaço expressa todos os componentes da Igreja local: um lugar aberto e acolhedor, onde as misérias de todos podem entrar em contato sem vergonha com a misericórdia de Deus que eleva e cura. Eis o testemunho da Igreja mongol, com missionários de vários países que se sentem um com o povo, felizes em servi-lo e descobrir as belezas que já existem ali”.

“Os missionários não foram lá para fazer proselitismo, isso não é evangélico, eles foram lá para viver como o povo mongol, para falar a língua deles, para assumir os valores daquele povo e pregar o Evangelho no estilo daquela cultura", completou Francisco.

Há sempre alguma riqueza a descobrir

O Papa sublinhou a beleza do encontro com todo o povo mongol, e disse que ao ouvir as suas histórias, pôde admirar ainda mais a busca religiosa ali vivenciada.

Ao recordar o encontro inter-religioso e ecumênico, Francisco ressaltou que a Mongólia tem uma grande tradição budista, com tantas pessoas que no silêncio vivem a sua religiosidade de forma sincera e radical, por meio do altruísmo e da luta contra as próprias paixões.

“Pensemos em quantas sementes do bem, no escondimento, fazem germinar o jardim do mundo, enquanto habitualmente ouvimos falar somente do som das árvores que caem!”

Para Francisco é crucial saber perceber e reconhecer o bem: “muitas vezes, porém, apreciamos os outros apenas na medida em que correspondem às nossas ideias. Pelo contrário, Deus pede-nos para ter um olhar aberto e benevolente, porque, sem cair em nocivos sincretismos e em fáceis irenismos, há sempre alguma riqueza a descobrir: nas pessoas como nas culturas, nas religiões como nas nações.”

“Por isso é importante, como faz o povo mongol, orientar o olhar para o alto, para a luz do bem. Só assim, a partir do reconhecimento do bem, se constrói o futuro comum; somente valorizando o outro podemos ajudá-lo a melhorar. E isso acontece com as pessoas e também com as populações. Por outro lado, Deus age assim conosco: olha-nos com benevolência, com confiança, com o olhar do coração.”

Um dos momentos da audiência geral desta quarta-feira, 06 de setembro (Vatican News)

Ao concluir a catequese, o Santo Padre disse que lhe fez bem estar no coração da Ásia. E destacou como foi importante entrar em diálogo com aquele grande continente, captar suas mensagens, conhecer sua sabedoria, sua maneira de ver as coisas, de abraçar o tempo e o espaço.

“Fez-me bem encontrar o povo mongol, que preserva as suas raízes e tradições, respeita os idosos e vive em harmonia com o meio ambiente: é um povo que perscruta o céu e sente a respiração da criação. Pensando nas extensões ilimitadas e silenciosas da Mongólia, deixemo-nos estimular pela necessidade de alargar os limites do nosso olhar, para que veja o bem que há nos outros e seja capaz de expandir os próprios horizontes.”

O Papa Francisco finalizou exortando a todos: “por favor: ampliem os limites, e não se deixem aprisionar pela pequenez, permitam-se alargar o coração, para estarmos próximos de todas as pessoas e de todas as civilizações”.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Zacarias – profeta

São Zacarias - progeta (iCatolica)

06 de setembro

São Zacarias – profeta

Zacarias (cujo nome significa: o Senhor lembra), o profeta mais citado no Novo Testamento, depois de Isaías, penúltimo dos profetas menores, foi chamado ao ministério profético no mesmo ano de Ageu, 520. O seu ministério durou provavelmente até o término da construção do Templo de Jerusalém, tema das suas exortações. Mediante visões e parábolas, anuncia o convite de Deus à penitência, condição para que se realizem as promessas: “Assim fala o Senhor dos exércitos: Convertei-vos a mim, e eu me voltarei a vós”. As suas profecias referem-se ao futuro do novo Israel, futuro próximo e futuro messiânico. Chegou o tempo da benevolência do Senhor para com Israel: o Templo se encaminha para a reconstrução e estão para serem reedificadas Jerusalém e as outras cidades de Judá, enquanto os povos que se alegraram com sua destruição serão punidos.

Zacarias põe em evidência o caráter espiritual do novo Israel, a sua santidade, realizada progressivamente, ao lado da reconstrução material. A ação divina nesta obra de santificação atingirá a sua plenitude com o reino do Messias. Este renascimento é fruto do amor de Deus e da sua onipotência: “Eis que eu libertarei o meu povo. Reconduzi-lo-ei para habitar em Jerusalém: será o meu povo e eu serei o seu Deus, na fidelidade e na justiça”. A aliança na promessa messiânica feita a Davi retoma seu curso em Jerusalém: “Exulta com todas as tuas forças, filha de Sião, transborda o teu júbilo, filha de Jerusalém. Eis que teu rei vem a ti: ele é justo e vitorioso, é humilde e cavalga um burrinho, potro novo de uma jumenta”. A profecia realizou-se ao pé da letra com a entrada de Jesus em Jerusalém, entrada solene na cidade santa. O burrinho, em oposição ao cavalo de guerra, simboliza a índole pacífica do rei Messias. “Ele anunciará a paz aos povos; seu reino se estenderá de um a outro mar”. Assim, junto com amor ilimitado para com o seu povo, Deus une abertura total para com os povos, que, purificados, passaram a ser parte do reino: “Que felicidade, que beleza. O trigo dará vigor aos jovens e o vinho doce às meninas”.

Neste vaticínio, claramente messiânico, é vislumbrada a eucaristia. Pertencente à tribo de Levi, nascido em Galaad e tendo voltado na velhice à Caldeia, na Palestina, Zacarias teria feito muitos prodígios, acompanhando-os com profecias de conteúdo apocalíptico, como o fim do mundo e o duplo juízo divino. Morreu muito velho e, provavelmente, foi sepultado ao lado do túmulo de Ageu.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

Fonte: https://www.paulus.com.br/

terça-feira, 5 de setembro de 2023

Vocês são o motor essencial da riqueza e da prosperidade, diz o papa Francisco a empresários

Papa Francisco. | Daniel Ibáñez / ACI Prensa

Por Ary Waldir Ramos Díaz

30 de agosto de 2023

"Os empresários são um motor de riqueza e de prosperidade", disse o papa Francisco numa mensagem enviada aos empresários franceses reunidos nos dias 28 e 29 de agosto no hipódromo de Longchamp, Paris, cujo texto foi lido na segunda-feira (28) por dom Matthieu Rouge, bispo de Nanterre.

“Quando penso em empresários, a primeira palavra que me vem à mente é bem comum”, disse o papa.

“Hoje é impossível imaginar qualquer melhoria do Bem Comum, isto é, da vida econômica e social, da justiça, das condições de vida dos mais pobres, sem considerar os empresários como agente do desenvolvimento e do bem-estar. Vocês são um motor essencial da riqueza, da prosperidade e do bem-estar público”, disse o papa Francisco na mensagem.

O papa disse que não é um período fácil para ninguém, e “o mundo empresarial também sofre, às vezes muito, por vários motivos, sem esquecer esta guerra absurda e, antes dela, os anos muito difíceis da pandemia”.

Os empresários “sofrem muito quando a empresa vai à falência e tem de fechar. Pouco se fala na mídia sobre as dificuldades e dores dos empresários”.

“O livro de Jó ensina-nos que a desgraça não é sinônimo de culpa, porque atinge também os justos, e que o sucesso não é diretamente sinônimo de virtude e de bondade”, disse o papa. “O infortúnio afeta a todos, tanto os bons quanto os maus”.

A Bíblia fala sobre dinheiro e comércio

“A Igreja compreende o sofrimento do bom empresário, compreende o seu sofrimento. Ela os acolhe, os acompanha, agradece. Desde o início, a Igreja acolheu também os comerciantes, precursores dos empresários modernos.

“Na Bíblia e nos Evangelhos é recorrente a questão do dinheiro, do comércio, e entre as mais belas histórias da história da salvação, há também histórias que falam de economia: de dracmas, de talentos, de proprietários de terras, administradores, pérolas preciosas", disse o papa.

Francisco disse: “No Evangelho de Lucas, o pai do filho pródigo aparece-nos como um homem rico, talvez um proprietário de terras. Da mesma forma, o Bom Samaritano poderia ter sido um comerciante; Ele parou ao lado do ferido, atendeu-o e depois o confiou a um estalajadeiro, pagando-lhe dois denários.”

Participar do bem comum

O papa Francisco disse que “hoje, uma forma cada vez mais importante de participar no bem comum é criar empregos, empregos para todos, especialmente para os jovens; confiem nos jovens: eles precisam de vocês e vocês precisam deles”.

“Cada novo emprego criado é uma riqueza partilhada”, continuou o papa Francisco, “que não acaba nos bancos produzindo juros financeiros, mas que é investida para que novas pessoas possam trabalhar e viver a sua vida de forma mais digna. O trabalho é legitimamente importante. Porque se é verdade que o trabalho enobrece o homem, é ainda mais verdade que é o homem quem enobrece o trabalho. Somos nós, e não as máquinas, o verdadeiro valor do trabalho”.

São José e Jesus

O papa disse que os empresários também são trabalhadores. Vivem do trabalho, vivem do trabalhando e continuam sendo empreendedores enquanto trabalham.

Francisco concluiu falando de são José e da “vocação do bom empresário” como “bom pastor” do Evangelho. “Vocês se tornaram empreendedores porque um dia ficaram fascinados pelo perfume da empresa, pela alegria de tocar seus produtos com as mãos, pela satisfação de ver que seus serviços são úteis: nunca se esqueçam disso, foi assim que nasceu sua vocação. E nisto vocês se assemelham a José, a Jesus que passou parte de sua vida trabalhando como artesão: ‘o Verbo se fez carpinteiro’. Ele conhecia o cheiro da madeira”.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Feliz Dia da Amazônia

No dia 5 de setembro, comemora-se o dia a maior floresta tropical do planeta: a Amazônia (Brasil Escola/UOL)

05 de setembro

Dia da Amazônia

Dia da Amazônia é comemorado dia 5 de setembro e tem como função conscientizar toda a sociedade a respeito dessa importante riqueza natural.

No dia 5 de setembro, é comemorado o dia da Amazônia, um bioma que inclui a maior floresta tropical do planeta e, sem dúvidas, uma das maiores riquezas da humanidade. Esse bioma, que possui 4,196.943 milhões de km2 de floresta e abrange nove países (Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Suriname e Venezuela), apresenta 26% da sua área protegida em território brasileiro, porém, infelizmente, muitos ignoram essa proteção.

O dia da Amazônia surgiu como uma forma de chamar a atenção para esse bioma, e a data foi escolhida como forma de homenagear a criação da Província do Amazonas por D. Pedro II em 1850. Nessa data o objetivo principal é alertar a população sobre a destruição da floresta e de como podemos ter desenvolvimento sem que seja necessário acabar com essa importante fonte de biodiversidade.

Desmatamento na Amazônia

O desmatamento na Amazônia afeta diretamente o equilíbrio do nosso planeta (Brasil Escola/UOL)

A Amazônia sofre constantemente com o desmatamento, principalmente em decorrência do avanço das plantações de soja e da pecuária. Além disso, esse rico bioma também enfrenta a extração ilegal de madeira, a criação de grandes hidrelétricas e a mineração, problemas responsáveis pela destruição de grandes áreas da floresta. Nesse sentido, e de acordo com o Greenpeace, “entre agosto de 2017 e julho de 2018, foram derrubadas cerca de 1.185.000.000 (um bilhão, centro e oitenta e cinco milhões) de árvores”.

Apesar dessas atividades serem importantes para a economia brasileira, devemos lembrar que a exploração desenfreada pode destruir o bioma e causar sérias consequências para o planeta. Isso se deve ao fato de que a Amazônia possui um papel fundamental no equilíbrio ambiental da Terra e uma influência direta sobre o regime de chuvas de toda a América Latina.

Além disso, pesquisas indicam que a vegetação da Amazônia pode ajudar na diminuição do dióxido de carbono da atmosfera, uma vez que age absorvendo carbono. Outro ponto importante é que a destruição da floresta e a queima de biomassa estão relacionadas com a liberação de uma grande quantidade de dióxido de carbono. Sendo assim, o desmatamento da Amazônia pode influenciar as mudanças climáticas mundiais.

A Amazônia também é uma importante fonte de biodiversidade, sendo estimada a existência de cerca de 40 mil espécies de plantas diferentes, 400 mamíferos e 1300 aves. Nos rios amazônicos, que constituem a maior bacia hidrográfica do planeta, pode-se encontrar cerca de três mil espécies de peixes. Vale destacar também que a Amazônia abriga várias comunidades tradicionais que dependem diretamente da floresta para o seu sustento.

Diante da destruição desse bioma, diversas organizações criaram projetos que visam proteger e conscientizar a população a seu respeito. Duas instituições que merecem destaque pelo seu trabalho na região são a WWF-Brasil e o Greenpeace.

A onça-pintada é um dos animais encontrados na Amazônia (Brasil Escola/UOL)

Curiosidades sobre a Amazônia

A vitória-régia é uma planta símbolo da Amazônia (Brasil Escola/UOL)

  • A Amazônia está presente em nove estados do nosso país: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Roraima, Rondônia, Tocantins e parte do Maranhão e do Mato Grosso.
  • A Amazônia é o maior bioma brasileiro, e a sua bacia hidrográfica é a maior do mundo.
  • A Amazônia corresponde a 49,29% do território brasileiro.
  • O rio Amazonas lança ao mar aproximadamente 175 milhões de litros de água por segundo.
  • A Amazônia é o lar de inúmeras espécies de animais e vegetais, sendo essas matérias-primas muito importantes, por exemplo, para a fabricação de medicamentos.
  • A vitória-régia (Victoria amazônica) é uma planta típica da região amazônica e destaca-se por ser uma das maiores plantas aquáticas do mundo. Uma única folha dela pode apresentar um diâmetro de mais de dois metros, e suas flores atingem até 33 cm.
  • Segundo o Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), na Amazônia são encontrados cerca de 30 milhões de espécies animais. O boto-cor-de-rosa, o peixe-boi-da-amazônia, a lontra neotropical, o sauim-de-coleira e a onça-pintada são alguns dos animais que podem ser encontrados em seu território.
Titanus giganteus é uma espécie de inseto que se destaca pelo seu grande tamanho(Brasil Escola/UOL)
  • O Titanus giganteus é o maior besouro do planeta e pode ser encontrado na Amazônia. Esse inseto chega a apresentar cerca de 22 cm.
  • A Amazônia abriga uma grande quantidade de comunidades tradicionais.
  • Segundo o Greenpeace, a cada minuto uma área correspondente a dois campos de futebol da floresta amazônica brasileira é desmatada.
Por Vanessa Sardinha dos Santos, bióloga.

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/

3 segredos poderosos para pais e mães que você pode aprender com J.R.R. Tolkien

Olga Popova | Altered by Aleteia

Por John Touhey

Uma análise atenta de duas das obras menos conhecidas de J.R.R. Tolkien revela alguns segredos poderosos para a criação de filhos, que todos os pais e mães deveriam aproveitar.

J.R.R. Tolkien é justamente lembrado por O Hobbit e O Senhor dos Anéis. No entanto, há várias outras obras de Tolkien que também valem a pena ser procuradas. Em particular, eu recomendaria o delicioso “Leaf by Niggle”, uma fábula que revela como Tolkien imaginava o lugar da arte e dos artistas no mundo.

Também vale a pena conferir, especialmente se você for pai ou mãe, dois livros menos conhecidos, Letters from Father Christmas (Cartas do Papai Noel) e o livro de histórias Sr Bliss. Como O Hobbit, ambos os livros foram escritos para seus filhos e nos dão um vislumbre de como Tolkien abordava a tarefa de ser pai.

Cartas do Papai Noel. Em 1920, Tolkien escreveu uma carta do Papai Noel para seu filho mais velho, John. Ele continuaria a tradição com todos os seus filhos pelos próximos 20 anos. As cartas foram reunidas e publicadas postumamente em forma de livro em 1976, três anos após a morte de Tolkien.

O Sr. Bliss é provavelmente a obra menos conhecida de Tolkien. Ela foi desenhada e escrita em algum momento da década de 1930, novamente para ser compartilhada com seus filhos. Ela conta a história do Sr. Bliss, que gosta de usar chapéus muito altos, enquanto dá sua primeira volta em seu carro a motor. Supostamente, foi baseado nas desventuras do próprio Tolkien ao dirigir.

Embora nenhum dos trabalhos seja uma obra-prima no nível dos volumes da Terra Média de Tolkien, esses dois livros infantis são muito reveladores do próprio homem. De acordo com todos os relatos, Tolkien era um marido e pai dedicado e muito afetuoso. E, embora só exista um J.R.R. Tolkien, um olhar atento para Father Christmas e Sr. Bliss revela alguns segredos poderosos de paternidade que toda mãe e todo pai deveriam aproveitar.

1ABRAÇAR A IMAGINAÇÃO

Como muitos pais, quando meus filhos eram pequenos, eu chegava a extremos na época do Natal para manter a ilusão de que o Papai Noel tinha descido pela chaminé e entregado pessoalmente os presentes. Na véspera de Natal, eu acompanhava a localização do Papai Noel com eles, distribuía leite e biscoitos e esperava até que meus filhos dormissem para descer os presentes do sótão.

Eu achava que fazia um bom trabalho em manter a brincadeira do Papai Noel, mas Tolkien me envergonhou. Todos os anos, ele enviava a seus filhos pelo menos uma carta do Papai Noel. Não eram cartas simples, mas obras de arte elaboradamente compostas e lindamente ilustradas. As cartas também são feitos impressionantes de imaginação. Em cada carta, o Papai Noel atualiza as crianças de Tolkien sobre a vida no Polo Norte, as aventuras de seu amigo, o Urso Polar, e seus problemas e preocupações.

Lembro-me de um membro da família que me repreendeu uma vez por deixar meus filhos acreditarem no Papai Noel. Disseram-me que essas mentiras eram prejudiciais. Tolkien teria dado risada da crítica. Ele entendia que nossa busca pela verdade está diretamente ligada à nossa capacidade de imaginar outros lugares, coisas, situações etc. (Einstein nunca teria descoberto a teoria da relatividade sem seus experimentos mentais).

Quando os filhos de Tolkien escreviam cartas para o Papai Noel e recebiam respostas regulares, eles estavam envolvidos em um jogo maravilhoso, mas também estavam sendo direcionados pelo pai a verdades mais profundas.

Mesmo quando as crianças de Tolkien cresceram e já haviam passado da idade de fingir, o Papai Noel continuava a lhes enviar cartas. Sem dúvida, Tolkien adorava assumir sua persona de “Papai Noel” para seus filhos e eles sempre gostavam de receber as cartas, mesmo quando eram adolescentes e estavam por dentro da brincadeira.

Não tenha medo de seguir o exemplo de Tolkien e procure maneiras de estimular a imaginação de seus filhos.

2SER CRIATIVO COM ALEGRIA E SEM MEDO

Como já mencionado, as cartas do Papai Noel eram ilustradas, mas Tolkien levou seus esforços artísticos para o próximo nível ao criar o livro de histórias Sr Bliss. Os desenhos de Tolkien compõem metade do livro.

Pela maioria dos padrões, a qualidade das ilustrações é grosseira. J.R.R. Tolkien era um especialista em filologia, mas a arte da perspectiva claramente não fazia parte de sua especialidade. Ele também era melhor em desenhar ursos e ogros do que seres humanos. Os rostos das pessoas são especialmente desajeitados.

Mas, apesar de tudo isso, as ilustrações de Tolkien para o Sr. Bliss e o Papai Noel são expressivas e inegavelmente adoráveis. Mais do que tudo, elas são cheias de afeto. Você pode ver que Tolkien queria fazer algo tão belo e criativo quanto possível para seus filhos porque os amava, e que não iria permitir que suas próprias limitações como artista fossem um obstáculo.

A lição aqui é que você não precisa ser um especialista em alguma coisa para experimentá-la com seus filhos. Cozinhar juntos pode ser divertido, mesmo que você seja um desastre na cozinha e os brownies saiam queimados. Você não precisa ser um atleta para jogar futebol com seus filhos no quintal, nem um artista para fazer arte com eles.

Tudo o que importa é que você ame seus filhos e que se dedique com alegria a tudo o que estiver fazendo com eles.

3O HUMOR É MÁGICO

No início de Sr. Bliss, Tolkien escreve que a casa do Sr. Bliss tinha “uma porta da frente muito alta, porque o Sr. Bliss usava chapéus muito altos. Ele tinha fileiras deles em fileiras de pinos no saguão”.

E em uma carta, o Papai Noel fala sobre como a água começou a jorrar pelo teto porque o Urso Polar havia adormecido na banheira do andar de cima com a água correndo. Em outra carta, o Papai Noel diz que está enviando “montes” de segundas edições de O Hobbit para o Natal.

Tenho certeza de que os filhos mais novos de Tolkien gritaram de alegria com as desventuras do Urso Polar, e que Tolkien certamente deve ter dado uma risadinha, divertido com a reação deles.

Criar filhos nem sempre é tão fácil, é claro. E seu trabalho principal como pai não é fazer seus filhos rirem, especialmente quando eles estão se comportando mal. Mas o valor do humor não pode ser subestimado. Como Tolkien certamente entendeu, o riso tem um efeito quase mágico sobre pais e filhos.

O humor constrói laços familiares e também contribui para um lar feliz e alegre.

Por fim, devemos lembrar que Tolkien nunca teve medo de demonstrar afeto por seus filhos. Ele sempre reservava um tempo para eles e, supostamente, dava-lhes um beijo quando os via (para grande constrangimento deles à medida que cresciam). E quando escrevia para eles como Papai Noel, ele sempre se certificava de assinar as cartas “com muito amor para todos vocês” ou com “muito e muito amor”.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF