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sábado, 9 de setembro de 2023

A "dor" do Papa Francisco pelo violento terremoto no Marrocos

O balanço das vítimas está em constante atualização  (AFP or licensors)

Em um telegrama assinado pelo secretário de Estado, cardeal Parolin, o Pontífice assegura sua proximidade e orações a quem perdeu entes queridos e as próprias casas e encoraja todos os envolvidos no esforço de socorro. À medida que o número de mortos aumenta, expressões de solidariedade estão chegando de todo o mundo. A Conferência Episcopal Italiana destinou 300 mil euros como "uma forma ajuda imediata".

Vatican News

O Papa Francisco expressa a sua "dor" pelas centenas de vítimas do terremoto de magnitude 7 que atingiu "violentamente" a região de Marrakech, no Marrocos: cerca de 820 mortos até o meio-dia deste sábado (9) e mais de 600 feridos. Em um telegrama assinado pelo cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado, o Pontífice disse estar "entristecido" por essa catástrofe natural e assegurou sua "comunhão orante" e "profunda solidariedade" com "aqueles que são tocados na carne e no coração por essa tragédia" registrada na noite desta sexta-feira (8). O Papa reza pelos mortos, pela cura dos feridos e pelo consolo daqueles que "choram a perda de seus entes queridos e de das próprias casas".

O Santo Padre, ainda diz o telegrama, "reza para que o Altíssimo apoie os marroquinos nessa provação e oferece seu encorajamento às autoridades civis e aos serviços de socorro". O Papa invoca a todos a bênção divina como "sinal de conforto".

Aumento do número de mortos

O primeiro tremor do terremoto ocorreu às 23h11 de sexta-feira, 8 de setembro. O epicentro foi localizado a 16 quilômetros do vilarejo de Tata N'Yaaqoub, na região de Marrakech. O número de mortos aumenta a cada hora e, ao meio-dia deste sábado (9), já eram 820 as vítimas fatais, de acordo com o balanço divulgado pelo ministro do Interior. Os feridos são pelo menos 672, 205 dos quais estão em estado grave. Fotos e vídeos de casas destruídas e pessoas nas ruas estão circulando nas redes sociais e sites de notícias. Enquanto isso, do país vem o apelo por doações urgentes de sangue.

A solidariedade da Conferência Episcopal Italiana

Houve inúmeras expressões de solidariedade de governos de todos os países do mundo, inclusive da Ucrânia. A Igreja também entrou em campo imediatamente, por meio da Caritas. A Conferência Episcopal Italiana (CEI) anunciou que decidiu, "como forma imediata de ajuda", doar 300 mil euros dos fundos 8xmille que os cidadãos destinam à Igreja Católica. "Às irmãs e aos irmãos do Marrocos, enviamos nossas mais profundas condolências e nossa proximidade. Estando próximos da população atingida por esse trágico evento, rezamos pelas vítimas e suas famílias", diz o cardeal Matteo Zuppi, arcebispo de Bolonha e presidente da CEI. "Também asseguramos o apoio de nossas Igrejas, abraçando todos aqueles que foram afetados por essa calamidade e a comunidade marroquina na Itália ferida em seus afetos."

O repasse da CEI, por meio da Caritas Italiana, deve ajudar a atender às primeiras necessidades, segundo um comunicado. A Caritas Italiana - que há muitos anos colabora com a Caritas no Marrocos em vários projetos em favor de pessoas particularmente vulneráveis, como migrantes e menores desacompanhados - está constantemente acompanhando as notícias que chegam do país do norte da África para monitorar a situação e avaliar as intervenções mais urgentes.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/

Santos da Igreja estrelaram histórias em quadrinhos da Marvel, editora de super-heróis

Capa de "A Vida do Papa João Paulo II". | Fair Use (capa de quadrinhos)

Por Diego López Marina

8 de set de 2023

Marvel Comics, criadora de super-heróis como Homem-Aranha, Capitão América, Homem de Ferro, X-Men e os Vingadores, também produziu histórias em quadrinhos baseados em santos.

Nessa matéria, contamos a história dos santos que tiveram a sua própria revista em quadrinhos:

São Francisco de Assis

“Francisco, irmão do universo”, de 1980, foi a primeira história em quadrinhos de um santo criada e publicada pela Marvel Comics.

St. Francis of Assisi has his own Marvel (acidigital) - Kevin

A história em quadrinhos de 48 páginas, desenhada por John Buscema (conhecido por sua arte em Os Vingadores, Surfista Prateado e Conan, o Bárbaro) narra toda a vida de são Francisco de Assis.

Embora tenha saído de circulação em 2006, esta história em quadrinhos conseguiu vender mais de um milhão de cópias e foi traduzida para oito idiomas diferentes, incluindo francês, chinês, japonês, suaíli e duas versões em espanhol.

A ideia de criar esta história em quadrinhos surgiu no final da década de 1970, quando o frade franciscano Campion Lally conversou com Gene Pelc, que na época era diretor da Marvel Comics no Japão e participava com frequência da missa na capela franciscana em Tóquio. A sugestão de frei Lally foi comemorar com uma história em quadrinhos os 800 anos do nascimento de são Francisco, em 1982. Pelc gostou da ideia e sugeriu que um frade franciscano colaborasse na obra.

Quando estava em circulação, essa história em quadrinhos custava apenas 0,75 centavos. Atualmente não é fácil consegui-la, mas pode ser comprada por cerca de US$ 30.

São João Paulo II

Durante a visita de João Paulo II ao Japão em 1981, o missionário polonês radicado em Tóquio, padre Julian Różycki, amigo próximo de Pelc, presenteou o papa com exemplares de “Francisco, Irmão do Universo”. Após conversas com o papa, foi organizado um encontro entre Pelc e o padre Mieczyslaw Malinski, amigo próximo do papa e conhecido escritor religioso europeu, para o desenvolvimento de uma história em quadrinhos baseada na vida de João Paulo II.

St. John Paul II Was a Marvel (acidigital) - Marco Salas

Viajando para a sede da Marvel em Nova York, Pelc e o padre Malinski se encontraram com o editor-chefe Jim Shooter, o escritor Steven Grant e o artista John Tartaglione.

Apesar de obstáculos como a lei marcial na Polônia e o atentado contra João Paulo II em maio de 1981, a história em quadrinho “A Vida do Papa João Paulo II” foi publicada em 1983 e teve tanto sucesso como o seu antecessor, em parte devido à popularidade do papa na década de 1980.

Na história em quadrinhos contam-se momentos da vida de são João Paulo II, como sua juventude, sua época como padre na Polônia comunista e seu gosto pelo esporte.

Naquela época o preço do quadrinho era de US$ 1,5. Atualmente, um exemplar custa cerca de US$ 40.

Santa Teresa de Calcutá

Em 1984, a Marvel lançou uma história em quadrinhos sobre a vida de madre Teresa de Calcutá, que também foi criada pela equipe de artistas Tartaglione e Shooter.

(St. Teresa of Calcutta) appeared in Marvel Comic Book (acidigital) - dua

Fonte: https://www.acidigital.com/

Como São Pedro Claver converteu quase 300.000 pessoas

São Pedro Claver (Public Domain)

Por Philip Kosloski

Os métodos de São Pedro Claver não estavam focados em coerção ou debate, mas em cuidar de cada pessoa.

São Pedro Claver foi um missionário jesuíta da Espanha do século XVII. Ele foi encorajado pelo companheiro jesuíta Santo Afonso Rodriguez a servir nas colônias da “Nova Espanha”. Claver se ofereceu para ser enviado para lá e, pouco depois de sua chegada, ficou horrorizado com o comércio de escravos e as condições de vida do povo escravizado.

Outro padre jesuíta já havia começado a atender às necessidades espirituais dos escravos, mas São Pedro Claver deu um passo adiante. Em vez de se concentrar apenas em sua conversão e batismo, Claver estava mais interessado em atender suas necessidades mais básicas.

Claver se dirigia aos navios negreiros que chegavam e começava seu trabalho cuidando das pessoas. Uma de suas cartas resume suas experiências diárias.

Trouxemos de um armazém o que fosse útil para construir uma plataforma. Dessa maneira, cobrimos um espaço para o qual finalmente transferimos os doentes. Depois, dividimos os doentes em dois grupos: um grupo que meu companheiro abordou com um intérprete, enquanto eu falava com o outro grupo. Havia dois negros, mais perto da morte que da vida, já frios, cujo pulso mal podia ser detectado. Com a ajuda de um ladrilho, juntamos algumas brasas e as colocamos no meio, perto dos homens moribundos. Nesse fogo jogamos aromáticos. Destes, tínhamos duas carteiras cheias e usamos todos nessa ocasião. Então, cedendo nossas próprias capas, pois eles não tinham nada desse tipo – e pedir aos proprietários outras teria sido um desperdício de palavras –, fornecemos a eles um tratamento aromático, pelo qual eles pareciam recuperar o calor e o fôlego de vida. A alegria em seus olhos quando nos olhavam era algo surpreendente.

Acima de tudo, São Pedro Claver queria garantir que essas pessoas escravizadas fossem tratadas como verdadeiras pessoas humanas, não como animais. Ele não se importava com o que os outros pensavam dele e, em vez disso, queria viver o Evangelho de Jesus Cristo.

Na mesma carta, Claver explica como essa “linguagem” de cura foi a melhor linguagem que ele jamais poderia ter usado.

Foi assim que falamos com eles, não com palavras, mas com nossas mãos e nossas ações. E, de fato, convencidos de que haviam sido trazidos aqui para serem devorados, qualquer outra língua teria se mostrado totalmente inútil. Então nos sentamos, ou melhor, ajoelhamos ao lado deles e banhamos seus rostos e corpos com vinho. Fizemos todos os esforços para encorajá-los com gestos amigáveis ​​e exibimos em sua presença as emoções que de alguma forma naturalmente tendem a animar os doentes.

Com tanto carinho por cada pessoa, não é de surpreender que quase 300.000 pessoas tenham sido batizadas por São Pedro Claver. Essas pessoas escravizadas escolheram o batismo, sabendo que Claver desejava o melhor para elas. Elas confiavam nele, não por causa da profundidade de seu conhecimento teológico, mas por causa da caridade que ele demonstrava. O método de evangelização de Claver chega ao âmago do Evangelho, lembrando a todos que nossa fé deve encontrar expressão em nossas ações.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

sexta-feira, 8 de setembro de 2023

10 conselhos dos santos contra preocupação excessiva

Yoann Boyer/Unsplash | CC0

Por Reportagem local

Anda preocupado(a)? Veja o que os santos ensinam sobre as preocupações.

1. Em toda a parte e enquanto estiverdes neste mundo, vale a palavra: O Senhor está próximo. Não vos preocupeis. (Santo Agostinho)

2. Para estarmos sempre unidos com Jesus Cristo, é preciso fazermos tudo com tranquilidade, sem nos inquietarmos com alguma dificuldade que se apresente. Deus não mora nos corações agitados. (Santo Afonso de Ligório)

3. A pessoa que caminha para Deus e não afasta de si as preocupações, nem domina suas paixões, caminha como quem empurra um carro encosta acima. (São João da Cruz)

4. Mesmo que realizes muitas coisas, não progredirás na perfeição, se não aprenderes a negar a tua vontade e a sujeitar-te, deixando a preocupação de ti próprio e das tuas coisas. (São João da Cruz)

5. Não se deixar perturbar, nem deixar a oração – que é o que o demônio pretende. (Santa Teresa de Ávila)

6. Não nos perturbem os pensamentos e a imaginação… o remédio é ter paciência e sofrer por amor de Deus. (Santa Teresa de Ávila)

7. Quando estou dividido em mim mesmo é porque não estou unido com Deus. (São Bernardo)

8. A minha incapacidade é grande, mas Deus é todo-poderoso; deposito n’Ele somente, toda a minha confiança. (São Francisco Xavier)

9. Viva em paz e não se deixe tapear pelo demônio. (São Pio de Pieltrecina)

10. Reza e espera. Não te agites; a agitação é inútil. Deus é misericórdia e há de escutar a tua oração. (São Pio de Pieltrecina)

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Mês da Bíblia: ler o Evangelho procurando entender o texto dentro do seu contexto

A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja (Vatican Media)

Jesus é o centro e o coração da Sagrada Escritura. Em Cristo se cumprem todas as promessas feitas no Antigo Testamento para o povo de Deus. Para nos falar sobre a centralidade da Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja, ouvimos o teólogo e escritor Frei Betto, que – em entrevista à Rádio Vaticano - Vatican News – nos traz suas considerações a propósito, ressaltando-nos, entre outras coisas, que devemos voltar à leitura do Evangelho procurando entender o texto dentro do seu contexto.

Raimundo de Lima – Vatican News

No Brasil já é uma tradição que setembro seja celebrado pela Igreja católica, desde 1971, como “Mês da Bíblia”. Mas desde 1947, se comemora o Dia da Bíblia no último domingo de setembro. Este foi escolhido como Mês da Bíblia porque no dia 30 deste mês a Igreja celebra a memória litúrgica de São Jerônimo (que viveu de 340 até o ano 420 d.C). Ele foi um grande biblista e foi quem traduziu a Bíblia dos originais (grego, hebraico e aramaico) para o latim, que naquela época era a língua falada e usada também na liturgia da Igreja.

Jesus, o centro e o coração da Sagrada Escritura

Ao celebrar o Mês da Bíblia, a Igreja nos convida a conhecer mais a fundo a Palavra de Deus, a amá-la cada vez mais e a fazer dela, a cada dia, uma leitura meditada e rezada. “Desconhecer a Escritura é desconhecer Jesus Cristo e renunciar a anunciá-lo. Se queremos ser discípulos missionários de Jesus Cristo é indispensável o conhecimento profundo e vivencial da Palavra de Deus. É preciso fundamentar nosso compromisso missionário e toda a nossa vida cristã na rocha da Palavra de Deus” (DA 247). De fato, não podemos nos esquecer que Jesus é o centro e o coração da Sagrada Escritura. Em Cristo se cumprem todas as promessas feitas no Antigo Testamento para o povo de Deus.

A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja

Para nos falar sobre a centralidade da Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja, ouvimos o teólogo e escritor Frei Betto, que – em entrevista concedida à Rádio Vaticano - Vatican News – nos traz suas considerações a propósito, ressaltando-nos, entre outras coisas, que devemos voltar à leitura do Evangelho procurando entender o texto dentro do seu contexto.

O religioso dominicano destaca que precisamos entender o conjunto da pregação e do testemunho de Jesus para ver que Ele veio realmente nos trazer um novo modelo civilizatório, que Ele denominava Reino de Deus (ouça na íntegra clicando acima).

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Sandro Adriano

Santo Adriano ( Canção Nova)

08 de setembro

Santo Adriano

Origem

Adriano nasceu em 635, no norte da África. Foi batizado e recebeu o nome de Hadrian. Quando tinha 5 anos de idade, sua família precisou imigrar, fugindo da invasão árabe. Eles se estabeleceram em Nápolis, na Itália. Adriano estudou no convento dos beneditinos, de Nerida. Lá ele foi consagrado sacerdote.

Vida consagrada

Adriano estudou a Sagrada Escritura, latim e grego. Tornou-se professor de teologia e ciências humanas. Seu conhecimento e competência chegou ao Papa Vitalino, que prontamente o convocou para ser um de seus conselheiros.

Humildade

Com a morte do bispo da Cantuária, na Inglaterra, o Papa convida Adriano para sucedê-lo, mas ele alega não estar preparado para o cargo. O papa, então, pede para ele indicar alguém. Adriano indica seu amigo, o monge beneditino e teólogo grego, Teodoro de Tarso, que diz aceitar o cargo se Adriano lhe ajudar na evangelização. Adriano aceita. O papa consagra Teodoro, bispo da Cantuária, e nomeia Adriano como seu conselheiro e assistente, em 668.

Provação

Durante a viagem para a Inglaterra, Adriano é detido na França, suspeito de estar em missão secreta para o imperador Constantino II. Ele nega, mas só é solto um ano depois, quando os franceses atestam sua integridade sacerdotal.

Evangelização

Adriano e Teodoro evangelizaram eficientemente os ingleses, de maioria pagã. O bispo Teodoro nomeia Adriano abade do convento beneditino de São Pedro, chamado depois de Santo Agostinho, na Cantuária. Esta escola torna-se um grande centro de formação de padres.

Adriano viveu na Inglaterra por 39 anos, dedicados a servir a Igreja. Os ingleses o viam como um pastor sábio e piedoso, como um missionário, um instrumento de Deus. Muitos se converteram por causa de seu exemplo de vida evangélica.

Morte

Santo Adriano morreu em 9 de janeiro de 710, na Inglaterra, e foi enterrado no cemitério do convento. Em 1091, encontraram seu corpo incorrupto e o trasladaram para uma cripta da igreja do convento. Ele foi canonizado pela Igreja, que o festeja no dia de sua morte.

Oração

“Deus, Pai de amor, Vós que fizestes de vosso filho Adriano mensageiro da Boa Nova, faça, também de nós, anunciadores do Evangelho, sob a intercessão de Santo Adriano, para que todos conheçam a verdade e se afastem do pecado. Que sejamos firmes nas provações e permaneçamos fieis ao nosso batismo. Amém.”

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

Dos Sermões de Santo André de Creta, bispo

Lei ou Graça (pt.dreamstime)

Dos Sermões de Santo André de Creta, bispo

(Oratio 1:PG 97,806-810)            (Séc.VIII)

O que era antigo passou, eis que tudo se fez novo

O fim da lei é Cristo (Rm 10,4), que ao mesmo tempo separa da lei e eleva para o espírito. Nele está a consumação, pois o próprio legislador – tendo cumprido e terminado tudo – transfere a letra para o espírito. Assim tudo recapitula em si mesmo, vivendo a graça depois da lei. A lei, porém, submetida; a graça, harmoniosamente adaptada e unida. Não misturadas e confundidas as características de uma com as da outra, mas mudado de modo divino o que era pesado, servil e escravo, em leve e liberto, para que não mais estejamos reduzidos à servidão dos elementos do mundo (Gl 4,3), como diz o Apóstolo, nem sujeitos ao jugo da escravidão da letra da lei.


É este o resumo dos benefícios de Cristo para nós; é esta a manifestação do mistério; é o aniquilamento da natureza; é Deus e homem; é a deificação do homem assumido. Todavia era absolutamente necessário ao esplendor e à evidência da vinda de Deus aos homens uma introdução jubilosa, antecipando para nós o grande dom da salvação. Este é o sentido da solenidade de hoje que tem início na natividade da Mãe de Deus, cuja conclusão perfeita é a predestinada união do Verbo com a carne. Agora a Virgem nasce, é alimentada com leite, plasmada e preparada como mãe para o Deus e rei de todos os séculos.

Neste momento, foi-nos dado duplo proveito: um, a elevação à verdade; outro, a rejeição da servidão e da vida sob a letra da lei. De que modo, com que fim? Pelo desaparecimento da sombra com a chegada da luz; em lugar da letra, a graça que dá a liberdade. Nossa solenidade está na fronteira entre a letra e a graça, unindo a realidade que chega aos símbolos que a figuravam, substituindo o antigo pelo novo.

Portanto cante e exulte toda a criação e contribua com algo digno para a alegria deste dia. É um só o júbilo dos céus e da terra; juntos festejem tudo quanto está unido no mundo e acima do mundo. Pois hoje se construiu o templo criado do Criador de tudo, e pela criatura, de forma nova e bela, preparou-se nova morada para o seu Autor.

Fonte: https://liturgiadashoras.online/

NATIVIDADE DE NOSSA SENHORA

Natividade de Nossa Senhora (Vatican News)

08 de setembro

NATIVIDADE DE NOSSA SENHORA

A Natividade da Virgem Maria é uma das festas marianas mais antigas. Imagina-se que a sua origem esteja ligada à festa da dedicação de uma igreja a Maria, em Jerusalém, no século IV: a basílica de Santa Ana, onde, segundo a tradição, era a casa dos pais de Maria, Joaquim e Ana e, onde, nasceu a Virgem. Em Roma, esta festa começou a ser celebrada no século VIII, durante o pontificado do Papa Sérgio I (†8 de setembro de 701). Trata-se da terceira festa da "natividade" presente no calendário romano: natividade de Jesus, o Filho de Deus (Natal); natividade de São João Batista (24 de junho) e natividade de Nossa Senhora (8 de setembro). Nos Evangelhos não encontramos citações sobre esta festa, tampouco os nomes dos pais de Maria. Mas, a tradição faz menção no Protoevangelho de Tiago, apócrifo escrito no século II.

 Porém, o acontecimento fundamental da vida de Maria continua sendo a Anunciação.

 A Igreja considera Maria como a Mãe de Deus, mas também como a discípula que, entre as demais, foi exemplo e modelo de vida cristã: pela sua fé, obediência ao seu Filho, caridade com a prima Isabel e nas Bodas de Caná. Maria é uma mulher que deve ser imitada também pela sua confiança, mormente nos momentos mais obscuros da vida do seu Filho Jesus. Isso e muitas outras coisas explicam o fato de o Povo de Deus recorrer a ela para encontrar refúgio e conforto, ajuda e proteção. Em Milão, esta festa remonta ao século X e a sua Catedral (Duomo), dedicada a "Maria Nascente" (Madonnina), foi consagrada em 20 de outubro de 1572, por São Carlos Borromeu. Ainda em Milão, na Rua Santa Sofia, encontra-se o santuário, que conserva a pequena estátua de “Maria Bambina” (Nossa Senhora Menina), confiado às Irmãs da Caridade das Santas Bartolomea e Vicenta. Entre 1720 e 1730, uma freira franciscana de Todi, Irmã Chiara Isabella Fornari, realizou, por devoção pessoal, algumas imagens graciosas, modeladas em cera, reproduzindo a imagem de “Nossa Senhora Menina”, envolvida em faixas. Em 1739, uma destas estatuetas foi doada às monjas Capuchinhas do Mosteiro de Santa Maria dos Anjos, em Milão, que difundiram a sua devoção, que, no contexto ambrosiano, encontrou logo um terreno preparado e fértil. No período de 1782 a 1842, várias Congregações religiosas foram suprimidas: primeiro, por decreto do Imperador Giuseppe II e, depois, por Napoleão.

 Por isso, a estatueta foi levada, por algumas freiras Capuchinhas, ao convento das Irmãs Agostinianas; depois, às Canônicas de Latrão, onde foi confiada ao pároco, Padre Luigi Bosisio, para que a doasse a um Instituto religioso, que pudesse manter viva a sua devoção. Enfim, a pequena estátua de “Nossa Senhora Menina” foi parar na Casa Geral das Irmãs da Caridade de Lovere, Bergamo, uma Congregação religiosa fundada, em 1832, por Bartolomea Capitanio, onde se tornou muito popular.

 Desde então, até hoje, as religiosas desta Congregação são chamadas "Irmãs de Maria Menina". Em 1884, lemos: «Eram sete horas da manhã, do dia 9 de setembro de 1884... A Madre Superiora foi à enfermaria visitar os enfermos e levou consigo a santa imagem: passou de leito em leito para que as freiras a pudessem beijar. Ao chegar ao leito da postulante, Giulia Macário, que não podia andar por causa de uma grave doença, ela pegou a imagem de Maria Menina, da qual era muito devota, e lhe pediu para ser curada. Imediatamente, sentiu um arrepio misterioso por todo o corpo, e exclamou: “Estou curada!”...». Desde então, “este milagre' é comemorado, todos os anos, no da 9 de setembro. A sua devoção popular expandiu-se devido às numerosas graças obtidas.

«Eis como nasceu Jesus Cristo: Maria, sua mãe, estava noiva com José. Antes de coabitarem, aconteceu que ela concebeu, por virtude do Espírito Santo. José, seu esposo, que era homem justo, não querendo difamá-la, publicamente, resolveu rejeitá-la em segredo. Enquanto ele pensava assim, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonho e lhe disse: “José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido é obra do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados”. Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor havia dito pelo profeta: “Eis que uma Virgem conceberá e dará à luz um filho, que se chamará Emanuel, que significa: Deus conosco"» (Mt 1, 18-23).

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

quinta-feira, 7 de setembro de 2023

“A pessoa certa é a que está ao seu lado nos momentos incertos”

Crédito: Cléofas

“A pessoa certa é a que está ao seu lado nos momentos incertos”

 POR PROF. FELIPE AQUINO

Você já percebeu a fidelidade de um cão a seu dono? É por isso que dizem que ele é o maior amigo do homem. Já observei que o dono pode ser pobre e miserável, mas o cão não o troca por outro em melhor situação. O dono pode até deixá-lo passar fome e frio, mas ele não o abandona; pode até surrá-lo e ele acaba voltando a seu lado. Não é incrível?

Nunca se pode falar mal de alguém, especialmente de um amigo.

Havia numa cidade um homem que tinha o costume de fazer um pequeno discurso de elogio aos mortos minutos antes de serem sepultados. Ele sempre estava no cemitério quando alguém ia ser sepultado e sempre o elogiava com suas palavras.

Eis que certo dia morreu alguém que todos odiavam na cidade, porque tinha má fama de avarento, fofoqueiro, mal agradecido, estúpido, etc. Na hora do seu sepultamento, muitos foram ao cemitério só para ver o que o homem dos elogios funerais iria dizer do falecido.

Na hora do discurso o conhecido orador disse: “coitado, ele assobiava tão bem!…”

Mesmo neste infeliz ele soube encontrar uma pequena qualidade, e passou por cima de todos os seus defeitos. Não é bonito isto? Faça o mesmo e você será uma pessoa querida por muitos.

O mundo está precisando urgentemente de gente assim. Ninguém gosta de uma pessoa cheia de presunção, autossuficiente, arrogante. Os jovens cunharam uma expressão para identificar uma pessoa assim: “ele se acha”; se acha o bom, o melhor.

Se você quiser ter amigos, aprenda a elogiar os outros pelas suas menores qualidades, ao invés de ficar criticando-os por seus defeitos. Saiba também que nós conquistamos as pessoas por aquilo que somos para elas, muito mais do que por aquilo que lhe damos.

É se dedicando ao outro que você vai conquistá-lo, seja ele um amigo, o pai, a mãe, o filho ou o empregado. Ofereça-lhe um pouco do seu tempo, de suas palavras, de sua ajuda; deixe-o contar sem pressa a sua história e os seus problemas, e você verá como esta pessoa irá admirá-la.

Para meditar:

Alguém anônimo escreveu essas linhas que nos ajudam a meditar:

“O empresário certo é o que investe em seus funcionários nos momentos incertos; o funcionário certo é o que aposta na empresa nos momentos incertos; os colegas certos são os que permanecem lutando, junto com você, nos momentos incertos; o amor certo é o que está ao seu lado, chova ou faça sol, nos momentos incertos.

Nos momentos de sua vida nos quais tudo está indo bem e dando certo, as pessoas erradas se aproximam. Você não as notará, porque está tudo certo. Verá o melhor delas, porque está tudo certo. Gostará mais delas, porque está tudo certo.

Será mais fácil de iludir você, sua empresa, departamento ou até toda a sua família, amigos e colegas, porque está tudo certo.

Como um cruzeiro em um iate, todos nós sofremos uma certa dose de “ilusão das férias de verão” quando conhecemos alguém, seja na vida profissional ou pessoal, com a qual só experimentamos momentos de calmaria, de festas, de alegria. Momentos muito bons, mas nos quais é impossível separar o “joio do trigo”.

Momentos nos quais só vemos o melhor ângulo da personalidade de uma namorada (ou namorado), um funcionário, um sócio, um parceiro. Temos, portanto, uma visão perigosamente bidimensional.

Muitos casamentos acabam, quando marido e mulher descobrem que a personalidade da outra pessoa é muito mais complexa do que podia ser visto durante a fase de namoro e noivado – especialmente quando aquela fase não ofereceu “crises” para testar o casal. Os dois só viram o “trigo”, antes do casamento, descobrindo o “joio” depois. Sim, há casos em que o joio é visto bem antes, mas alguns de nós fazem questão de fingir que não estão vendo nada, ou que depois essa pessoa mudará…

Quantas pessoas que você considerava “grandes amigos”, não se afastaram imediatamente, assim que você perdeu aquele emprego?

Sim, é impossível avaliar amigos, colegas, funcionários e amores sem o teste das crises. Para conhecer realmente essa pessoa, você tem que observá-la quando o iate entrar em uma tempestade gigantesca no meio do oceano, quando o navio estiver sob risco de afundar, e um grupo de piratas começar a destruir tudo e invadir a nau.

Neste momento, você verá, de modo cristalino, quem é que corre para os botes salva-vidas esquecendo-se completamente de você, da empresa ou do projeto, e quem está com você até o fim – seja este fim qual for.

Por isso, antes de julgar alguém pelo belo sorriso em um dia de sol, veja se o sorriso ainda está lá, mesmo que haja lágrimas em um dia de chuva.

Como explicou Pablo Neruda: A pessoa certa é a que está ao seu lado nos momentos incertos”.

Retirado do livro: “Para Ser Feliz”. Prof. Felipe Aquino. Ed. Cléofas.

Fonte: https://cleofas.com.br/

Você também se sente exausto(a) após um dia de folga?

TohaHorbenko | zuperia | Altered by Aleteia

Por Michael Rennier

Será que você sabe, realmente, descansar?

Tentar relaxar é um trabalho árduo. É por isso que somos todos tão ruins nisso. Parece que existem apenas dois tipos de pessoas quando falamos em fim de semana ou dia de folga.

Primeiro estão os guerreiros do fim de semana, que carregam uma agenda lotada de atividades e tarefas. Esse é o tipo de pessoa que tem seu filho inscrito em “todos os esportes” e passa o sábado e o domingo perseguindo o time de local em local, parando apenas para correr no drive-thru da lanchonete mais próxima. Esse é o tipo de pessoa que tenta reformar toda a cozinha em um único fim de semana ou decide correr uma maratona no sábado e no domingo. Ou talvez aproveitem o fim de semana para uma viagem noturna com roteiro completo, na tentativa de trazer o máximo de experiências e distrações possíveis.

No outro extremo do espectro está o tipo de pessoa que tem uma mentalidade extremamente relaxada e tranquila. Eles acordam tarde, ficam o dia inteiro de pijama assistindo TV ou jogando videogame. Eles se recusam a encontrar amigos ou visitar familiares, preferindo, no máximo, enviar mensagens de texto de vez em quando para sentir que estão mantendo uma vida social autêntica. 

Cansado o tempo todo

O primeiro tipo de pessoa pode fazer a piada: “Preciso tirar férias das minhas férias”. O outro tipo provavelmente nunca foi a lugar nenhum. O ponto em comum, porém, é que nenhuma das abordagens conduz ao verdadeiro lazer. É por isso que, muitas vezes, nos sentimos cansados ​​depois de um dia de folga no trabalho, mesmo que não façamos nada. Não aproveitamos o tempo para criar o verdadeiro lazer. Nunca descansamos. O relaxamento agradável e energizante parece estranhamente inacessível. Sabemos que o queremos, pensamos que sabemos como alcançá-lo, mas falhamos repetidamente. Assim, ficamos cansados. O tempo todo.

Fomos criados por Deus, lembre-se, para o sétimo dia. Isso significa que os outros dias da semana, embora produtivos e valiosos à sua maneira, não são o auge do florescimento humano. A questão no nosso mundo moderno e capitalista é que somos tão movidos pela economia e pela produtividade que perdemos lentamente o nosso tempo de lazer. Nós não valorizamos isso. Às vezes, nossos empregadores tornam isso impossível. Em outros casos, nós o entregamos voluntariamente.

Descanso vs. hiperatividade

Depois de trabalhar tanto durante toda a semana, tudo o que podemos fazer no fim de semana é cair no sofá e vegetar, preocupados que, se gastarmos alguma energia, não conseguiremos sobreviver à próxima semana de trabalho. Outros têm a estratégia oposta e tentam encaixar o máximo de atividade possível no fim de semana porque não conseguimos nos desligar do modo de trabalho. Isso transforma o tempo livre em um tipo de trabalho próprio, como se quanto mais produtivo fosse o fim de semana, melhor seria. Ambas as abordagens nos deixam exaustos.

A relação do lazer com o trabalho deveria ser inversa. Trabalhamos – de preferência, um trabalho bom, honesto e satisfatório à sua maneira – para nos prepararmos para o lazer. O lazer é a razão pela qual fomos criados. É a nossa felicidade.

Praticando o verdadeiro lazer

O verdadeiro lazer exige prática e esforço. O primeiro e pequeno passo é começar a valorizar atividades aparentemente ociosas, modestas e no ritmo humano – jardinagem, ler um livro, fazer café, observar pássaros, longas caminhadas sinuosas e assim por diante – essas atividades são muito diferentes de ficar sentado na frente de uma televisão.  TV e os eletrônicos não distraem; deixam-nos sozinhos com nossos pensamentos. 

Redes sociais, televisão, tarefas desnecessárias: tudo isso continua a nos afastar de nós mesmos. É por isso que perder tempo com distrações constantes, sejam elas de baixa ou alta energia, não é repousante.

Visite sua avó, tome chá com os amigos, veja seus filhos jogarem futebol (só uma ou duas partidas, depois pegue uma casquinha de sorvete passe um tempo no parquinho), vá correr no mato, toque um instrumento, tenha um hobby e, o mais importante, vá à missa.

Não exagere. Lazer não é trabalho. Mas é um esforço. A diferença é que, quando nos esforçamos no lazer, ele nos recompensa com energia extra.

As recompensas do lazer

A principal e melhor recompensa do lazer é a felicidade que ele traz. A segunda recompensa também é importante: o lazer é a base da cultura. É nos momentos de lazer que criamos e construímos, lemos livros e ouvimos música, relaxamos na natureza ou empreendemos esforços para melhorar as nossas vidas. A motivação pura e simples é que essas são coisas que amamos fazer. 

Estamos aqui para criar beleza e viver vidas lindas, para celebrar essas vidas lindas com a família e amigos e, em última análise, fazer dessas vidas um presente precioso e adequado a Deus, o criador do sábado e fonte de toda felicidade.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF