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terça-feira, 26 de setembro de 2023

Nulidade Matrimonial

Nulidade Matrimonial (Presbíteros)

Nulidade Matrimonial 

A respeito das nulidades matrimoniais, muitas pessoas se permitem falar, muitas vezes superficialmente, com base em informações que ouviram aqui e ali, mas a declaração de que um matrimônio foi nulo é algo muito sério, e aqueles que a manifestam, em sua esmagadora maioria, querem viver plenamente sua fé.

“Um matrimônio no qual se sofre por ser um matrimônio não pode ser de Deus”, diz R., um jovem fazendeiro de Castilla la Mancha. Há cerca de cinco anos, ele se casou com uma moça, embora não tivesse certeza do que realmente queria. No ambiente de um pequeno vilarejo agrícola, R. achava que se casar era algo que ele tinha de fazer, especialmente de acordo com seu pai, que o pressionava a dar esse passo, caso contrário ele acabaria sozinho e, além disso, todas as suas irmãs já eram casadas.

Dias antes da cerimônia, ele conversou com o sacerdote que os casaria e expressou suas dúvidas. R. não se lembra de o sacerdote ter lhe dado qualquer resposta.

A cerimônia foi realizada. R. não conseguiu se impor à sua família, nem conseguiu superar o medo do escândalo que um rompimento com um matrimônio iminente causaria na aldeia. Desde o início, foi mais um inferno do que o que deveria ser a felicidade de um casal recém-casado. Ela o rejeitava até nos momentos mais íntimos. Eles nem sequer dormiam juntos. Em pouco tempo, ela saiu de casa. 

Após a morte de seu pai em um acidente, R. tentou assumir o controle de sua vida, para que ela pudesse ao menos se assemelhar ao que ele sempre sonhou. Ele se separou e, ao mesmo tempo, iniciou o processo de nulidade. R. é católico e queria viver sua fé de forma consistente. Ele estava convencido de que o matrimônio era nulo e sem efeito, que não era válido, que as condições certas não haviam sido atendidas para que ele acontecesse. Ele contratou os serviços de uma advogada na cidade mais próxima de seu vilarejo, e ela cuidou de tudo. Então começou o período de espera. Um mês, dois, três… Um ano, dois, três. R. ligou tantas vezes para o bispado de sua diocese que eles pediram seriamente que ele parasse de ligar. R. passou três anos ligando e recebendo a mesma resposta: “Há apenas duas pessoas à sua frente”. No final, depois de três anos, o resultado foi negativo: o matrimônio, de acordo com a sentença, não era nulo e sem efeito.

Depois desse golpe, R. contratou outro advogado para recorrer ao tribunal de segunda instância. Isso foi há pouco mais de um ano, e R. está convencido de que os resultados serão favoráveis desta vez. De acordo com o tribunal eclesiástico daquela cidade, o veredicto será tornado público em um mês. Se for favorável, ele precisará da sentença final do Tribunal da Rota.

Para R., as coisas têm sido muito diferentes de uma diocese para outra. O perito e os funcionários do Tribunal dessa última diocese o trataram com carinho e retidão, como convém e como alguém que está sofrendo há quatro anos precisa ser tratado. “Minha experiência é que nem todos os tribunais funcionam da mesma maneira, e algumas pessoas não percebem o quanto está em jogo”, diz ele, explicando que nem sempre se sentiu bem-vindo.

Enquanto conversamos com R., relembrando os últimos anos de tribunais, ligações, advogados e espera, percebemos que ninguém, em quatro anos, o informou sobre as diferentes opções favoráveis oferecidas pela Igreja a qualquer pessoa que inicie um processo de nulidade. Estamos nos referindo ao patrocínio gratuito (todo o processo gratuito), à redução de custos ou aos patronos (advogados gratuitos). “É a primeira vez que ouço falar disso”, diz R.

A lenda negra das nulidades

A nulidade matrimonial é um tema bastante discutido na opinião pública, mas sobre o qual há uma grande falta de conhecimento. Há um certo desconforto no ar devido à lenda negra que persegue as nulidades, basicamente alimentada por muitos meios de comunicação, que contribuíram para disseminar o boato de que a nulidade do matrimônio é uma questão de dinheiro e influência, que às vezes é concedida a pessoas de moralidade muito duvidosa e que é um saque econômico para qualquer pessoa na rua que queira solicitá-la.

Mas a partir dos dados sobre os procedimentos para provar ou não uma nulidade e dos testemunhos das pessoas que trabalham nesse campo, surgem coisas muito diferentes. O que é verdade e o que é lenda sobre as nulidades matrimoniais?

Em seu discurso aos membros do Tribunal da Rota Romana, o Papa Bento XVI destacou alguns detalhes que não devem ser ignorados quando se fala de nulidades. Para a maioria dos cristãos que pedem uma declaração de nulidade de seu matrimônio, o motivo fundamental é poder reconstruir sua vida novamente, e reconstruí-la em fidelidade à doutrina católica. “Há muita coisa em jogo quando você pede uma nulidade”, disse R., o jovem de quem estávamos falando antes. E assim é. De fato, o último Sínodo dos Bispos sobre a Eucaristia, como Bento XVI lembrou no discurso acima mencionado, teve em mente a questão da nulidade do matrimônio em várias ocasiões. Teólogos e especialistas estão constantemente preocupados com o debate, ou a aparente contradição, entre o desejo de que os fiéis possam regularizar sua situação matrimonial para participar da Eucaristia e, ao mesmo tempo, a necessidade de serem justos nos Tribunais Eclesiásticos, dando ao conceito de nulidade matrimonial toda a sua importância e justiça. O que Bento XVI enfatizou, então, foi que os processos de nulidade matrimonial não se destinam “a complicar desnecessariamente a vida dos fiéis, muito menos a fomentar seu espírito contencioso, mas apenas a prestar um serviço à verdade”. Ele acrescentou: “O processo canônico de nulidade do matrimônio é essencialmente um instrumento para certificar a verdade sobre o vínculo conjugal.

Para a maioria das pessoas, o fracasso ou o colapso de um matrimônio destrói suas vidas. Na maioria das situações, não se trata de um matrimônio nulo; o que é verdade é que muitos fracassos, separações e divórcios poderiam ter sido evitados. Assim como muitas nulidades. É por isso que Bento XVI colocou o dedo na ferida quando disse, diante dos membros do Tribunal da Rota: “A sensibilidade pastoral deve nos levar a nos esforçarmos para evitar as nulidades matrimoniais, quando os noivos são admitidos ao matrimônio, e a fazer com que os cônjuges resolvam seus possíveis problemas e encontrem o caminho da reconciliação”.

Causas mais comuns de nulidade

O avanço de ciências como a psiquiatria e a psicologia levou a mudanças no Código de Direito Canônico de 1983. A partir de então, os transtornos de personalidade, ou qualquer outro problema dessa natureza, passaram a ser outra causa de nulidade. Essas causas são numerosas e estão claramente indicadas no referido Código. Mas, em geral, quatro delas são as mais comuns. O presidente do Tribunal Eclesiástico de Madri, Don Isidro Arnaiz, explica que “as causas ou capítulos mais comuns pelos quais se declara a nulidade matrimonial em nossos dias são, fundamentalmente: vícios de consentimento, incapacidade de assumir as obrigações do matrimônio, não aceitação da indissolubilidade do matrimônio e rejeição dos filhos”.

O primeiro”, explica Isidro Arnáiz, “vícios de consentimento, pode ser devido à existência de um grave defeito de discrição no momento de contrair o matrimônio, como algum tipo de anomalia psíquica, ou circunstância especial, como, por exemplo, uma gravidez indesejada. Devido a essas circunstâncias, a pessoa não tem a liberdade interior necessária para decidir sobre o matrimônio. Por exemplo, uma mulher que engravida e se sente obrigada a se casar por causa disso. Por outro lado, existe a incapacidade de assumir as obrigações do matrimônio por motivos psicológicos. Se for comprovado que, no momento do matrimônio (naquele momento, não depois), havia algum tipo de distúrbio ou anormalidade que a impedia de assumir essas obrigações, o matrimônio é nulo e sem efeito. Mas estamos falando de distúrbios graves. Uma leve imaturidade não é motivo para a nulidade; ela precisa ter entidade suficiente e, para isso, existem os especialistas, que geralmente são psicólogos ou psiquiatras, que determinam até que ponto a pessoa estava prejudicada. Além disso, o tribunal se baseia nas provas documentais apresentadas, como cartas, atestados médicos, etc.”.

A advogada matrimonial Rosa Corazón, autora do livro Nulidades matrimoniais (ed. Desclée De Brouwer), explica que uma causa bastante comum também é o engano fraudulento. “Uma pessoa, homem ou mulher, que não tem a capacidade de ser fértil, pode se casar? -O advogado pergunta a Alfa e Ômega. Ele ou ela pode. A esterilidade, a falta de fertilidade, não é algo que torna o matrimônio nulo e sem efeito. Mas pode, se houver engano, se um, sabendo que é estéril, esconde isso do outro, porque sabe que é essencial para seu consentimento que o matrimônio tenha a possibilidade de procriação, e o engana, fazendo-o acreditar que não sabe, ou que é fértil. Isso é nulo e sem efeito, mas não por causa da incapacidade, mas por causa do engano fraudulento, forçado para obter o matrimônio”.

O engano doloso às vezes ocorre quando se trata da questão dos filhos. A advogada diz que já lidou com esses casos. Ela se lembra de um desses casos, o de um casal que havia se casado com a intenção de ter filhos no futuro. Mas o tempo passou”, explica ela, “e quando ele lhe propôs ter filhos, ela respondeu “mais tarde”. E fazia isso repetidamente, sempre que ele tocava no assunto. A verdade é que ela o havia enganado: ela nunca quis ter filhos. No julgamento, ela fez declarações em depoimento dizendo que os filhos não eram para ela, que eram um risco, que a fariam perder o tipo e o crescimento na carreira que desejava. Esse foi um caso claro de nulidade por exclusão da prole do matrimônio. Mas, no fundo, havia também um profundo distúrbio afetivo nela. E o fato é que aprender a amar exige um passo anterior”.

A nulidade, um serviço

Quando uma pessoa recorre à Igreja para obter uma declaração de nulidade de seu matrimônio, o que ela pode querer é se casar com uma segunda pessoa, ter outra chance na vida, mas, acima de tudo, viver de acordo com suas convicções. É por isso que a Igreja vê o processo de nulidade como um serviço. As estatísticas preparadas anualmente por cada diocese (já que não há estatísticas para toda a Espanha) derrubam os estigmas que os Tribunais Eclesiásticos têm há muito tempo contra eles, com relação à duração dos processos e seu custo. Entretanto, como vimos no caso de R., sempre há exceções.

De acordo com Don Isidro Arnáiz, Presidente do Tribunal Eclesiástico de Madri, no ano de 2006, 203 casos de nulidade foram sentenciados. Desses, 155 foram declarados nulos e 48 foram declarados que não constava de nulidade. O tempo médio para um caso que não requer perícia é de cerca de 7 meses, e com perícia, leva cerca de 10 ou 11 meses.

Um dos argumentos mais utilizados quando se fala em nulidades é o econômico. O fato de haver algumas pessoas famosas que foram declaradas nulas contribuiu para a crença na sociedade de que a nulidade é obtida com um simples toque de caneta. Por outro lado, não há menção ao patrocínio gratuito, pelo qual a Igreja cobre todas as despesas, ou à redução de custos, ou à figura do patrono estável, algumas das opções que a Igreja disponibiliza para aqueles que precisam. A questão talvez seja como essas informações chegam às pessoas e se há informações corretas suficientes.

Autor: A. Llamas Palacios

Fonte: Revista Alfa y Omega, Madri 21 de junho de 2007.

https://presbiteros.org.br/

Do Sermão sobre os pastores, de Santo Agostinho, bispo

Foto: Vatican Media

Do Sermão sobre os pastores, de Santo Agostinho, bispo

(Sermo 46,18-19: CCL 41,544-546)                (Séc.V)

A Igreja, qual videira, ao crescer estende-se por todos os lados

Por todo monte, por toda colina e por toda a face da terra se dispersaram (Ez 34,6). Que significa: Por toda a face da terra se dispersaram? Entregando-se a tudo que é terreno, amam o que brilha na face da terra, preferem isto. Não querem morrer para que sua vida fique escondida em Cristo. Por toda a face da terra, pelo amor às coisas terenas; ou porque há ovelhas desgarradas por toda a face da terra. Estão em diversos lugares; uma só mãe, a soberba, as deu à luz, como uma só, a nossa mãe católica, gerou todos os fiéis cristãos dispersos por todo o mundo.


Não é de admirar se a soberba gera a separação, a caridade, a unidade. Contudo esta mãe católica, este pastor dentro dela procura por toda parte os desgarrados, fortifica os enfermos, cura os doentes, pensa os fraturados; a uns por meio destes, a outros por meio daqueles, sem se conhecerem mutuamente. No entanto ela a todos conhece porque por todos se estende. 

Ela se assemelha à videira que, ao crescer, se estende por todos os lados; junto dela há ramos inúteis, cortados pela foice do agricultor por causa de sua esterilidade, de sorte que a videira é podada, não amputada. Estes ramos, onde foram cortados, aí ficaram.  

A videira, porém, crescendo por todos os lados, não só conhece os ramos presos a ela, mas ainda os que foram cortados. Todavia aí vai buscar os erradios porque a respeito dos ramos partidos diz o Apóstolo: Deus é poderoso para enxertá-los de novo (Rm 11,23). Quer compares a ovelhas desgarradas do rebanho, quer a ramos cortados da videira, não é menos poderoso Deus para reconduzir as ovelhas do que é para enxertar os ramos, pois é o grande pastor, o agricultor verdadeiro. E por toda a face da terra se dispersaram; e não houve quem as buscasse, quem as reconduzisse; entre os maus pastores, porém, não houve um homem que as procurasse (cf. Ez 34,7). 

Por isso ouvi, pastores, a palavra do Senhor: Por minha vida, diz o Senhor Deus (cf. Ez 34,7). Vede por onde começa. Como por um juramento de Deus, um testemunho de sua vida: Por minha vida, diz o Senhor. Os pastores morreram, mas as ovelhas estão em segurança; o Senhor vive. Por minha vida, diz o Senhor Deus. Quais os pastores que morreram? Os que procuravam seu interesse, não ode Jesus Cristo. Haverá então e se poderão encontrar pastores que não busquem o que é seu, mas o que pertence a Jesus Cristo? Sem dúvida alguma, haverá e decerto se encontrarão; não faltam nem faltarão jamais.

Fonte: https://liturgiadashoras.online/

O que é um hegúmeno?

Sergey Miloradovich, Public domain, via Wikimedia Commons
Monges ortodoxos russos defendem o mosteiro da Trindade durante ataque

Por Francisco Vêneto

A não confundir com energúmeno, que, aliás, é outro termo de significado surpreendente.

O cargo de hegúmeno se refere ao superior responsável por um mosteiro da Igreja Ortodoxa ou mesmo das Igrejas Católicas Orientais. Equivale, portanto, ao cargo de abade nas tradições ocidentais da Igreja Católica.

O termo vem do grego clássico “ἡγούμενος” e significa “aquele que está no comando”. Também se usa no feminino, hegúmena, para indicar a superiora de um mosteiro de monjas ortodoxas.

Nas origens, o título se aplicava ao superior de qualquer mosteiro, mas, a partir de 1874, na Igreja Ortodoxa Russa, passou a designar somente o nível mais baixo da administração, o terceiro. Essa mudança decorreu de uma classificação em três níveis, com o superior de um mosteiro da primeira ou da segunda classe recebendo o título de arquimandrita.

Na prática, as responsabilidades tanto do hegúmeno quanto do arquimandrita são as mesmas; o que os distingue é que o arquimandrita é considerado o sênior entre os dois. Além disso, ainda na Igreja Ortodoxa Russa, hegúmeno pode ser concedido como título honorífico a qualquer hieromonge, inclusive àqueles que não administram mosteiro algum.

Já nas Igrejas Católicas Orientais, o superior geral de todos os mosteiros de um território é chamado de proto-hegúmeno, um termo que poderia ser traduzido, comparativamente, como “primeiro-abade”.

Energúmeno

A título de curiosidade: como o termo hegúmeno não é nada comum em português, nem sequer no cotidiano das comunidades religiosas católicas de rito latino, é compreensível que, ao ouvi-lo pela primeira vez, muitos se lembrem do termo “energúmeno” – que também vem do grego, mas com significado muito diferente.

Em português, “energúmeno” tem um sentido, hoje em dia, de “imbecil” ou “boçal” – como é mencionado pelo dicionário Michaelis. Mas a origem do termo não tem nada a ver com isso. A palavra vem de “ergon”, que quer dizer “trabalho”, antecedida pela partícula “en”, que tem um sentido de “em”, “dentro de”. Daí surge o termo “enérgeia” – que é justamente a origem da palavra “energia”, mas cujo significado original é o de “trabalho interno”. Energia, de fato, é o impulso interno que gera ação, movimento, trabalho.

E o que isso tem a ver com o significado de energúmeno? A palavra grega energoúmenos (ἐνεργούμενος) se referia a uma pessoa tomada por intensa energia interna que a deixava enfurecida em grau descontrolado, como se estivesse possuída por um demônio. Com o tempo, o termo foi se tornando sinônimo de pessoa bruta, sem domínio próprio, até ganhar o sentido de “ignorante” ou mesmo “estúpido” que tem atualmente.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Santa Sé divulga nomes dos participantes do Sínodo

Foto: Vatican Media

SANTA SÉ DIVULGA NOMES DOS PARTICIPANTES DO SÍNODO E CONFIRMA CARDEAL PAULO CEZAR COSTA

Foram divulgados, na última sexta-feira, 22, os nomes dos 464 participantes da 16ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que terá início na próxima semana, no dia 4 de outubro, em Roma. Além do Papa Francisco, serão 364 membros e outros 100 convidados, entre assistentes, especialistas, facilitadores e colaboradores da Secretaria Geral do Sínodo.

Entre os bispos do Brasil, foi confirmado o nome do arcebispo de Brasília (DF), cardeal Paulo Cezar Costa, que completará o número de delegados brasileiros após o falecimento de dom Geraldo Lyrio Rocha.

São os delegados brasileiros:
– Dom Joel Portella Amado, bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)
– Dom Pedro Carlos Cipollini, bispo de Santo André (SP)
– Cardeal Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus (AM)
– Dom Dirceu de Oliveira Medeiros, bispo de Camaçari (BA)
– Cardeal Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília (DF)

Outros brasileiros no Sínodo
– Cardeal Sergio da Rocha, como membro do Conselho Ordinário;
– Cardeal João Braz de Aviz, como prefeito do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vita Apostólica
– Padre Adelson Araújo dos Santos, entre os especialistas e facilitadores;
– Padre Agenor Brighenti, entre os especialistas e facilitadores;
– Padre Miguel de Oliveira Martins Filho, entre os especialistas e facilitadores;
– Dom Jaime Spengler, pela presidência do Conselho Episcopal Latino Americano e Caribenho (Celam)
– Maria Cristina dos Anjos da Conceição, entre os participantes da Assembleia Continental
– Sônia Gomes de Oliveira, entre os participantes da Assembleia Continental

A lista completa e definitiva dos participantes está disponível no site da Secretaria Geral do Sínodo. O destaque na divulgação foi para as 54 mulheres eleitoras que farão parte do Sínodo e também para a presença de dois bispos chineses, propostos pela Igreja local “de acordo com as autoridades” e nomeados pelo Papa Francisco.

Foi divulgada também a agenda do Sínodo, que se estenderá de 4 a 29 de outubro. Antes disso, porém, na noite do dia 30 de setembro, após a vigília ecumênica “Juntos”, os participantes irão iniciar um retiro espiritual, que se estende até o dia 3 de outubro, em Sacrofano. A abertura oficial será com a missa presidida pelo Papa Francisco no dia 4 de outubro. Ainda estão previstas uma peregrinação, no dia 12; a oração “Juntos pelos migrantes e refugiados, no dia 19; e a recitação do terço nos Jardins Vaticanos, no dia 25 de outubro.

Módulos e reflexões

O desenvolvimento da assembleia está articulado em cinco módulos: os quatro primeiros sobre as diferentes partes do Instrumentum laboris e a “sessão de conclusão para discutir e aperfeiçoar o relatório e a síntese” explica o secretário especial da assembleia, padre Giacomo Costa. Nas sessões dos Círculos menores, “os grupos trabalharão em profundidade”, completa.

A ideia do Papa, segundo apresentação da Secretaria do Sínodo, é que não sejam apresentadas à assembleia “vozes individuais que se opõem umas às outras”, mas o convite é “passar, do que cada um, em sua oração e reflexão foi capaz de elaborar, para um tecido comum e para a possibilidade efetiva de um confronto”.

O jesuíta Costa explicou que haverá 35 grupos de 11 pessoas e um facilitador: quatorze serão em inglês, sete em espanhol, cinco em francês, oito em italiano e um em português. Metade da assembleia escolheu o inglês como primeiro idioma e o italiano como segundo.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

No Sínodo sobre sinodalidade 464 participantes, incluídos dois bispos da China

Foto de arquivo: uma sessão do Sínodo (Vatican Media)

O calendário e a lista definitiva dos que participarão dos trabalhos da assembleia de 4 a 29 de outubro foram publicados: 365 membros, 54 dos quais são eleitoras. Os bispos chineses "propostos pela Igreja local em acordo com as autoridades e nomeados pelo Papa". O prefeito Ruffini: "Para a comunicação, contar o Sínodo por aquilo que é: um momento de discernimento e oração". Vários eventos estão programados, incluindo uma peregrinação, uma oração pelos migrantes e o Terço nos Jardins Vaticanos.

Salvatore Cernuzio – Vatican News

Quatrocentos e sessenta e quatro participantes, 365 membros ("Como os dias do ano: 364 mais o Papa"), incluindo 54 mulheres eleitoras. Entre os membros, também dois bispos chineses propostos pela Igreja local "de acordo com as autoridades" e nomeados pelo Papa. Esses são os números do próximo Sínodo sobre a Sinodalidade, que começará no próximo dia 4 de outubro, no Vaticano, até o dia 29 do mês. Quatro semanas, pontuadas por vários compromissos, que terão cardeais, bispos, religiosos e leigos de todo o mundo reunidos na Sala Paulo VI às presas com novos tablets através dos quais cada participante poderá votar, baixar e ler documentos "de modo a evitar o desperdício de papel". 

Esta quinta-feira, 21 de setembro, foi publicada a lista "completa e definitiva" de participantes e o calendário de compromissos para a próxima assembleia. Eles foram apresentados na Sala de Imprensa vaticana por Paolo Ruffini, prefeito do Dicastério para a Comunicação e também presidente da Comissão para a Informação, ladeado pelo padre Giacomo Costa, secretário especial da assembleia, e por dom Luis Marín de San Martín, subsecretário da Secretaria Geral do Sínodo.

Os dois bispos chineses

O próprio bispo espanhol confirmou a presença dos dois prelados da República Popular da China: dom Anthony Yao Shun, bispo de Jining/Wumeng, da Região Autônoma da Mongólia Interna, e dom Joseph Yang Yongqiang, bispo de Zhoucun, da província de Shandong. "A Igreja local, em acordo com as autoridades, apresentou os dois nomes e o Papa os nomeou. Eles são dois participantes por nomeação pontifícia", disse Marín.

Esta não é a primeira vez que dois bispos da China participam dos trabalhos do Sínodo. Já em 2018, dom John Baptist Yang Xiaoting, bispo de Yan' An (Shaanxi), e dom Joseph Guo Jincai, bispo de Chengde (Hebei), estiveram presentes no Sínodo dos jovens. Eles não participaram de todas as sessões da assembleia, mas sua presença, mesmo que apenas por alguns dias, foi um forte sinal após a assinatura do Acordo China-Santa Sé para a nomeação de bispos. Uma novidade pela qual o Papa Francisco não conteve sua emoção, durante a Missa de abertura do Sínodo na Praça São Pedro: "Hoje, pela primeira vez, dois irmãos bispos da China Continental também estão aqui conosco. Damos a eles nossas calorosas boas-vindas", disse o Papa, interrompido pelas lágrimas.

Universalidade da Igreja

No Sínodo sobre a sinodalidade, além de Shun e Yongqiang, também estará presente dom Stephen Chow, Bispo de Hong Kong, que receberá o barrete vermelho no Consistório de 30 de setembro. A presença deles é um sinal da universalidade da Igreja, que é uma característica distintiva de cada Sínodo. "É evidente - e o Papa disse isso muito bem - a importância da presença da Igreja chinesa no Sínodo, é importante para a Igreja e também para o povo chinês", observou Ruffini. Como membros por nomeação pontifícia, os dois bispos participarão de todos os trabalhos: círculos menores, assembleias, momentos comunitários e de oração.

Os relatores da coletiva na Sala de Imprensa da Santa Sé (Vatican Media)

Uma comunicação "respeitosa"

Haverá muitos momentos de oração para reafirmar a natureza acima de tudo espiritual de um evento de discernimento e escuta que é tudo menos - e as palavras do Papa voltam novamente - um "parlamento" ou um "parlatório". E é justamente para salvaguardar esse aspecto que o Pontífice, como também reiterou na recente coletiva de imprensa no voo de retorno da Mongólia, deseja uma comunicação que seja "respeitosa com as intervenções de todos" e que "busque não fazer mexericos, mas que diga exatamente as coisas sobre o andamento sinodal que são construtivas para a Igreja", de modo a "transmitir o espírito eclesial, não o político".

Em outras palavras, explicou Ruffini, em resposta à pergunta sobre se certas intervenções serão cobertas pelo sigilo pontifício, "a comunicação do Sínodo "não se enquadra tanto na definição de sigilo, mas na de confidencialidade e de reserva, de sentir-se parte para cada membro de um colégio que deve elaborar a posição do Sínodo". O ponto "hermenêutico", de acordo com o presidente da Comissão de Informação, é, portanto, "entender que o Sínodo é oração, um momento de discernimento comunitário diferente da soma das intervenções individuais". Aos jornalistas que perguntaram se, portanto, terão que recorrer aos padres e madres sinodais nos vários colégios de Roma que os acolherão para obter informações, o prefeito da Comunicação disse que, no entanto, é preciso aguardar o Regulamento, ainda em fase de aprovação, para entender como será oferecida a comunicação, reiterando o máximo "compromisso" de fornecer todas as informações possíveis.

Os eventos

Voltando ao calendário, mais detalhadamente, como explicou o padre Costa, todos os participantes na noite de 30 de setembro, após a vigília ecumênica "Juntos" na Praça São Pedro, irão para Sacrofano (nas proximidades de Roma) para um retiro espiritual até 3 de outubro. Outros "pilares" serão, então, a abertura solene com a Missa celebrada pelo Papa na quarta-feira, 4 de outubro; as Missas diárias no Altar da Cátedra com todos os participantes; uma peregrinação ainda a ser definida para o dia 12 de outubro; no dia 19, a oração "juntos" pelos migrantes e refugiados, "da qual o Papa gostaria muito de participar"; no dia 25 de outubro, a recitação do Terço nos Jardins Vaticanos.

Módulos e reflexões

"Esses são os momentos que pontuam o desenvolvimento da assembleia", articulados em cinco módulos: os quatro primeiros sobre as diferentes partes do Instrumentum laboris e a "sessão de conclusão para discutir e aperfeiçoar o relatório e a síntese". Nas sessões dos Círculos menores, "os grupos trabalharão em profundidade". "O Papa - explicaram os relatores – considera muito não trazer à tona vozes individuais que se opõem umas às outras, mas nos convida a passar, do que cada um, em sua oração e reflexão, foi capaz de elaborar, para um tecido comum e para a possibilidade efetiva de um confronto". O jesuíta Costa explicou que haverá 35 grupos de 11 pessoas e um facilitador: quatorze serão em inglês, sete em espanhol, cinco em francês, oito em italiano e um em português. Metade da assembleia escolheu o inglês como primeiro idioma e o italiano como segundo.

As participações

No que diz respeito às várias participações, até agora foi confirmada a presença garantida do cardeal Louis Raphaël Sako, patriarca da Babilônia dos caldeus, que foi forçado a deixar Bagdá devido a problemas políticos, e a retirada do cardeal Luis Ladaria Ferrer, prefeito emérito do Dicastério para a Doutrina da Fé, que "pediu licença ao Papa".

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

A verdadeira história de São Cosme e São Damião

São Cosme e São Damião (arquidiocesedearacaju)

26 de setembro

São Cosme e São Damião

“Teus deuses não têm poder algum, nós adoramos o Criador do céu e da terra!”

Hoje, dia 26 de setembro, lembramos dois dos santos mais citados na Igreja: São Cosme e São Damião, irmãos gêmeos, médicos de profissão e santos na vocação da vida. Viveram no Oriente (Cilícia, Ásia Menor entre os séculos III e IV) e, desde jovens, eram reconhecidos pela habilidade deles como médicos. Com a conversão, passaram a ser também missionários, ou seja, ao unirem a ciência à confiança no poder da oração, levavam para muitos a saúde do corpo e da alma.

Viveram na Ásia Menor, até que, devido à perseguição de Diocleciano, no ano 300 da Era Cristã, foram presos por serem considerados inimigos dos deuses e acusados de usar feitiçarias e meios diabólicos para disfarçar as curas. Tendo em vista essa acusação, a resposta deles era sempre: “Nós curamos as doenças em nome de Jesus Cristo e pelo Seu poder”.

Diante da insistência dos perseguidores da fé cristã, com relação à adoração aos deuses, responderam: “Teus deuses não têm poder nenhum, nós adoramos o Criador do céu e da terra!”.

São Cosme e São Damião são santos dedicados à salvação da vida

Na Igreja, muitos santos são estigmatizados pelo misticismo devido ao choque de culturas. Nada contra outras culturas, mas é sempre muito bom lembrar a verdadeira origem dos fatos. Muitos dos nossos santos são cultuados também no candomblé e em outras religiões, mas a história é bem diferente. Na época da escravatura no Brasil, os escravos africanos criaram uma maneira criativa e inteligente de enganar os Senhores de Engenho. Invocavam a seus deuses Orixá, Oxalá, Ogum com os nomes de São Sebastião, São Jorge e Jesus, e os negros bantos identificaram Cosme e Damião como os orixás Ibejis em um sincretismo religioso. E fizeram o mesmo com outros santos também, como São Jorge, Santa Bárbara entre outros. O sincretismo religioso é um fenômeno que consiste na absorção de influências de um sistema de crenças por outro.

Os negros bantos identificaram Cosme e Damião como os Ibejis: divindades gêmeas, sendo costumeiramente sincretizadas aos santos gêmeos católicos [Cosme e Damião]. A grande cerimônia dedicada a Ibeji acontece no dia 27 de setembro, quando comidas como caruru, vatapá, bolinhos, doces, balas (associadas às crianças) são oferecidas tanto a eles como aos frequentadores dos terreiros. Por isso, há o costume de distribuir doces e comidas às crianças no dia 27 o qual também foi um costume introduzido pelo candomblé. Porém, para nós, católicos, esse é o dia de São Vicente de Paulo.

Na Igreja Católica

São Cosme e São Damião jamais abandonaram a fé cristã e foram decapitados no ano de 303. São considerados os padroeiros dos farmacêuticos, médicos e das faculdades de medicina.

Senhor, dai-nos uma fé viva, livre de todas as misturas, uma fé nova, traduzida na vida e no amor aos irmãos. Por isso, proclamamos o Senhorio de Jesus em nossa vida, pois os santos não precisam de alimentos, pois eles já contemplam o Alimento da Vida, que é o próprio Senhor.

Na Arquidiocese de Aracaju

A única paróquia dedicada aos santos em Sergipe está localizada no conjunto Maria do Carmo, zona norte de Aracaju. A comunidade é administrada pelos frades capuchinhos e celebrará durante todo o dia de hoje os seus padroeiros. Na programação, adoração ao Santíssimo Sacramento, quermesse e Santa Missa presidida pelo arcebispo, Dom João, às 19h30, seguida de procissão.

Oração:

São Cosme e Damião que, por amor a Deus e ao próximo, vos dedicastes à cura do corpo e da alma de vossos semelhantes. Abençoai os médicos e farmacêuticos, medicai o meu corpo na doença e fortalecei a minha alma contra a superstição e todas as práticas do mal. Que vossa inocência e simplicidade acompanhem e protejam todas as nossas crianças. Que a alegria da consciência tranquila, que sempre vos acompanhou, repouse também em meu coração. Que vossa proteção, São Cosme e Damião, conserve meu coração simples e sincero. Senhor nosso Deus, que dissipais as trevas da ignorância com a luz de Cristo, vossa Palavra, fortalecei a fé em nossos corações, para que nenhuma tentação apague a chama acesa por vossa graça. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

São Cosme e São Damião, rogai por nós!

Fonte: https://www.arquidiocesedearacaju.org/

segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Autismo em adultos: como lidar com o diagnóstico tardio (3/3)

Autismo em adultos (Crédito: UOL)

AUTISMO EM ADULTOS: COMO LIDAR COM O DIAGNÓSTICO TARDIO

por Isabelle Manzini

Publicado e revisado em: 9 de junho de 2022

O diagnóstico, mesmo que tardio, aliado à terapia, é fundamental para o autoconhecimento e desenvolvimento da independência.

Crises

Pessoas no espectro muitas vezes podem experimentar um esgotamento devido à sobrecarga social, sensorial ou emocional devido a uma hipersensibilidade. Situações como uma festa com muitas interações sociais, acúmulo de trabalho ou ambiente com muito barulho – o estímulo varia de pessoa para pessoa – podem desencadear as chamadas crises de meltdown, shutdown e burnout. Diferenciar cada uma dessas crises é importante para saber como auxiliar o indivíduo.

  • Meltdown: A crise é “externa”, se assemelhando a um colapso nervoso. Geralmente, acontecem em situações que provocam um aumento muito grande de ansiedade. Diante disso, a pessoa pode ter acessos de raiva e/ou ataques de pânico bastante agressivos, uma resposta do organismo aos estímulos negativos. 
  • Shutdown: A crise é interna, como um “apagão”. Diante de uma situação de muito estresse e sobrecarga, a pessoa se fecha, e pode apresentar comportamentos como o mutismo seletivo, olhar vazio e paralisação.
  • Burnout: É o esgotamento em si. Sua manifestação pode estar ligada ao esforço exaustivo de imitar comportamentos neurotípicos – de pessoas não autistas. Pode se assemelhar a uma depressão, já que há perda de interesse nas atividades que davam prazer e sentimentos associados à raiva e à depressão. Porém, diferente da depressão, o burnout costuma durar um tempo menor, e a pessoa se recupera após um tempo de recolhimento e repouso. 

No dia a dia, essas crises podem impactar a produtividade e a rotina do adulto autista. Por isso, quem convive com o indivíduo – seja no trabalho, na escola ou na faculdade, e no círculo social – deve ter sensibilidade às diferenças no modo de funcionamento da pessoa autista, assim como aprender a identificar os sinais das crises e respeitar esse momento.

Existe tratamento para o autismo

Como já mencionamos, o autismo é uma condição que não tem cura. As abordagens realizadas têm o objetivo de guiar o adulto num processo de autoconhecimento e independência, não de eliminar o transtorno. 

Como o transtorno do espectro autista atinge vários aspectos do desenvolvimento, o ideal é que o tratamento seja realizado por uma equipe multidisciplinar composta por psicólogo, psiquiatra, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, nutricionista, fisioterapeuta, entre outros. As recomendações são individuais, então cada caso é analisado isoladamente para que seja montado um plano de intervenção que corresponda às necessidades de cada paciente. 

Gisele Belfiore, terapeuta ocupacional na clínica especializada em TEA, conta como funciona o trabalho no caso de pessoas diagnosticadas tardiamente. 

“É importante trabalhar na questão social, pois muitos autistas adultos têm seu diagnóstico contestado pelas pessoas à sua volta. É comum ouvir comentários como ‘como assim você só teve o diagnóstico na vida adulta? Você não é autista então!’. Esses questionamentos, além de não contribuir com a situação, podem causar prejuízo psicológico para o indivíduo, que se sente invalidado.”

Embora não exista um medicamento específico para tratar o autismo, antidepressivos, ansiolíticos, estabilizadores de humor e outras classes de medicamentos podem ser indicados no tratamento das comorbidades. 

A terapia também é recomendada para autoconhecimento e para lidar com as questões gerais da vida, que podem ser sentidas de maneira mais intensa por quem tem o transtorno. 

“Pessoas autistas são seres humanos como quaisquer outros. Temos desejos, medos, sonhos, ansiedades que se beneficiam do acompanhamento terapêutico”, destaca o dr. Alexandre.

Para conhecer

Por muito tempo, as representações de pessoas autistas na cultura pop foram estereotipadas, aumentando ainda mais o estigma sobre o diagnóstico do autismo. A própria palavra “autismo”, aliás, tem sido discutida por movimentos de pessoas autistas por causa da conotação negativa que costuma acompanhar o termo. Por isso, tem sido cada vez mais comum ver por aí o termo “neurodivergente”, que parte da ideia de que não há normalidade quando se trata do cérebro humano, mas sim várias formas diferentes de funcionamento. 

Por esse mesmo motivo, pessoas autistas têm sentido a necessidade de criar projetos e iniciativas que falem sobre o autismo de uma perspectiva mais realista. Aqui vão alguns desses perfis para você conhecer e entender mais sobre o tema.

Adultos no Espectro

O projeto produz conteúdo voltado principalmente para jovens e adultos autistas. Foi iniciado, no Instagram, pelo neuropsicólogo Mayck Hartwig, especializado em adultos autistas. Ele e Patrícia Ilus se conheceram através da rede social, e logo ela passou a ser responsável pelas lives que contam com a participação de outras pessoas no espectro. 

“Para o mundo me dar a acessibilidade de que eu precisava, as pessoas precisavam aprender sobre a minha condição. É preciso que nos mostremos e falemos de nós mesmos pelo viés da diversidade e não da pena e da punição”, destaca Patrícia. 

Introvertendo

“Um podcast sobre autismo onde autistas conversam.” É assim que o Introvertendo se define. É o primeiro do Brasil formado somente por pessoas do espectro. Thiago Abreu, idealizador do projeto, conta que os cinco integrantes originais se conheceram em um grupo de apoio para pessoas com a síndrome de Asperger. A ideia não era falar apenas sobre autismo, mas falar com pessoas autistas. 

Uma Mãe Preta Autista Falando

Luciana Viegas é pedagoga, e se descobriu autista após o diagnóstico do filho. Como mulher negra, conta que a experiência foi solitária, e por isso começou a procurar histórias parecidas com a sua na internet. Foi assim que criou o perfil “Uma mãe preta autista falando”, onde discute neurodivergência, maternidade e raça. É também colunista da revista Autismo, a primeira sobre o tema na América Latina.

Fonte: https://drauziovarella.uol.com.br/

São Cléofas ou Alfeu

São Cléofas (arquisp)

23 de setembro

São Cléofas ou Alfeu

Seu nome, Cléofas, no hebraico antigo, pode ser também Alfeu. A partir daí, temos as informações dos historiadores que pesquisaram as origens dos santos. Segundo eles, a vida de são Cléofas esteve sempre muito ligada à de Jesus Cristo. Primeiro, porque se interpreta que Cléofas seja o pai de Tiago, o Menor; de José; de Simão e de Judas Tadeu, que são primos do Senhor. Maria, mãe de todos eles, no evangelho do apóstolo João, é chamada de esposa de Cléofas e irmã da Mãe Santíssima. E que também fosse irmão de são José, pai adotivo de Jesus. Sendo assim, confirma-se o parentesco. Cléofas, na verdade, era tio de Jesus Cristo.

A segunda graça conseguida por Cléofas, além do parentesco com Jesus, foi ter visto o Cristo ressuscitado. Quando voltava para Emaús, depois das celebrações pascais, na companhia de mais dois discípulos, encontraram, na estrada, um homem, a quem ofereceram hospitalidade. Cléofas e os discípulos estavam frustrados, assim como os outros apóstolos, naquela hora de provação: "Nós esperávamos que fosse ele quem iria redimir Israel, mas..."

Foi então que o desconhecido fez penetrar a luz da Boa-Nova, explicando-lhes as Escrituras e aceitando o convite para ficar, pois a noite estava por cair. Só no momento em que o estranho homem repartiu o pão que os alimentaria perceberam que se tratava de Jesus ressuscitado, pois o gesto foi idêntico ao da última ceia.

Cléofas foi perseguido por seus conterrâneos por causa de sua fé inabalável no Messias ressuscitado. Segundo são Jerônimo, o grande doutor da Igreja, o martírio de são Cléofas aconteceu pelas mãos dos judeus, que o detestavam por sua inconveniente pregação cristã.

Já no século IV, a casa de são Cléofas tinha sido transformada em uma igreja. A Igreja confirmou seu martírio pela fé no Cristo e inseriu no calendário litúrgico o seu nome, no dia 25 de setembro, para ser celebrado por todo o mundo cristão.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF