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segunda-feira, 2 de outubro de 2023

Santos Anjos da Guarda

Santos Anjos da Guarda (arquisp)

02 de outubro

Santos Anjos da Guarda

É uma consoladora verdade de fé que desde a infância até a morte nossa vida seja circundada pela proteção dos anjos e por sua intercessão, pois que lê-se no Catecismo da Igreja Católica "Cada fiel é ladeado por um anjo como protetor e pastor para conduzi-lo à vida. Ainda aqui na terra, a vida cristã participa na fé da sociedade bem-aventurada dos anjos e dos homens, unidos em Deus".

A existência desses seres espirituais, não corporais, chamados anjos, tem a seu favor o claro testemunho das Sagradas Escrituras e a unanimidade da Tradição. "O anjo de Iahweh acampa ao redor dos que o temem, e os liberta".(Sl 34,8). Os anjos são mensageiros da salvação: "porventura não são todos eles espíritos servidores, enviados ao serviço dos que devem herdar a salvação?", lê-se na carta aos Hebreus (1,14).

Fundando esta verdade de fé na própria afirmação de Jesus, a Igreja nos diz que cada cristão, desde o momento do batismo, é confiado a um anjo particular, que tem a missão de guardá-lo, guiá-lo no caminho do bem, inspirar-lhe bons sentimentos, secundar suas livres escolhas quando estas o encaminham a Deus, ou fazer-lhe perceber a censura interior da consciência quando elas conduzem à transgressão da lei divina.

A estas invisíveis testemunhas de nossos pensamentos mais recônditos e inconfessáveis, de nossas ações boas ou não tão boas, públicas ou escondidas, nossa época voltou a dar particular atenção. Seu precioso "serviço" é testemunhado na vida de muitos santos de nosso tempo. "Os anjos” — escreve Bossuet, —"oferecem a Deus as nossas esmolas, recolhem até nossos desejos, fazem valer diante de Deus também nossos pensamentos. Sejamos felizes por ter amigos assim pressurosos, intercessores fiéis, intérpretes caridosos".

A festividade deste dia foi estendida à Igreja universal por Paulo V, em 1608, mas já no século antes era celebrada à parte da de São Miguel.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

domingo, 1 de outubro de 2023

Dia Internacional do Café

Chen Sihan/Xinhua | UOL

Produto é tão popular que tem vários dias para chamar de seu, mas nem todos são 'de verdade'.

Por David Lucena

SÃO PAULO

Neste 1º de outubro é celebrado o Dia Internacional do Café. A data é reconhecida pela OIC (Organização Internacional do Café) e pelos 77 Estados-Membros da entidade. Por isso, é considerado o dia "oficial" da bebida pelo mundo.

Para celebrar a data, o Café na Prensa preparou um guia de compra para ajudar o consumidor a escolher os melhores cafés de acordo com suas preferências. Confira aqui.

Segundo a OIC, a data é "uma oportunidade para os amantes do café compartilharem seu amor pela bebida e apoiar os milhões de agricultores cuja subsistência depende da colheita".

Neste ano, a entidade até aproveitou o Dia Internacional do Café para lançar o #CoffeePeople, campanha feita em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) pelo direito a um ambiente de trabalho seguro e saudável na cadeia produtiva da bebida.

O dia 1º de outubro, contudo, não é a única data existente no calendário em homenagem à bebida. No Brasil, há ainda quem celebre um chamado Dia Mundial do Café em 14 de abril, mas a data não é de fato reconhecida internacionalmente. Acaba sendo, pois, um dia mundial "de mentirinha".

Aqui, existe ainda o Dia Nacional do Café, que é reconhecido como sendo a data oficial em terras brasileiras. Ele foi instituído pela Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café) em 2005 e é celebrado no dia 24 de maio, que representa o início da colheita na maior parte do país.

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/

O QUE SER CATÓLICO?

O que é ser católico? (Crédito: Canção Nova)

O QUE SER CATÓLICO?

Dom Leomar Antônio Brustolin
Arcebispo Metropolitano de Santa Maria

O termo católico deriva do grego kath’olón, que quer dizer segundo o todo, refere-se à integralidade, à totalidade. Com frequência, católico remete a uma postura integral, a uma totalidade em termos de visão de mundo. Ser católico significa apoiar-se sobre o fundamento que permite ao ser humano encontrar-se com tudo o que existe e, ao mesmo tempo, que se decida por algo bem determinado e, acima de tudo, por Alguém – Deus revelado em Jesus Cristo.

Essa foi a perspectiva defendida por Romano Guardini ao sustentar que a catolicidade não é nenhum tipo entre outros tipos de visão de mundo, mas a atitude global de integralidade essencial que acolhe, em si, diferentes tipos, pois encontra sua raiz na única fonte da verdade: Deus. Para ele, aquele que é especificamente católico vive da universalidade de sua própria natureza e não tem nenhum adversário que não seja a negação. Isso ocorre porque a Igreja Católica é portadora do olhar total de Cristo sobre o mundo. A Igreja conserva sua catolicidade na medida em que conserva seu olhar no horizonte maior e último, como o de Cristo e, igualmente, se insere inteiramente na situação histórica.

Essa catolicidade impede que se pense em forma sectária ou polarizada. A Igreja é Católica porque alarga seu horizonte de compreensão no diálogo e na proximidade. A dimensão ecumênica e dialógica é necessária para que a catolicidade não reduza sua dimensão totalizante. Todo sectarismo é um estreitamento da racionalidade católica.

A palavra católico não aparece no Novo Testamento para designar a Igreja. O primeiro autor a usar esse qualificativo foi Santo Inácio de Antioquia, no século II, quando escreveu: “Onde comparecer o Bispo, aí esteja a multidão, do mesmo modo que, onde estiver Jesus Cristo, aí está a Igreja Católica.” Nessa citação, o significado do termo católica tanto pode indicar universal quanto verdadeira, autêntica. As duas interpretações se combinam entre si, sem uma contradizer a outra.

O mesmo ocorre no relato do martírio de São Policarpo de Esmirna, quando a palavra católica tanto significa o conjunto das Igrejas locais em comunhão quanto a verdadeira Igreja de Cristo. Igualmente, Vicente de Lerins completa essa reflexão com os aspectos temporal e sociológico: “Católico é o que se acreditou sempre em todas as partes por todos.” Isso remete tanto à universalidade quanto à ortodoxia. Essas se traduzem, geograficamente, em todas as partes; historicamente, sempre; e numericamente, por todos.

A questão teológica que se impõe é saber em que consiste essa universalidade que continua a ser professada mesmo que nem toda a humanidade faça parte da Igreja. Inicialmente, é preciso considerar que a catolicidade ou universalidade da Igreja é mais uma vocação e missão do que uma realidade já alcançada. Jesus Cristo envia seus discípulos, de todos os tempos, para irem pregar o Evangelho (Mt 28,19) a todas as pessoas, em todos os lugares, para que todos sejam suas testemunhas até os confins da Terra (At 1,8).

Católico e universal é o desígnio salvífico de Deus. Ele quer que todos se salvem e chegam ao pleno conhecimento da verdade (1Tm 2,4). Isso implica dizer que na Igreja não deve haver acepção de pessoas, pois é preciso fazer-se tudo, para todos (1 Cor 9,19-23). A Igreja é católico-universal, portanto, como congregante, deseja reunir toda a humanidade no desígnio de salvação. Ela, contudo, não está congregada em toda a Terra. Ela nem mesmo conseguiu a unidade entre todos os cristãos, o que é determinante para sua universalidade, pois o desejo de Cristo é “que todos sejam um” (Jo 17,21).

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Entrevista: fui estuprada e engravidei

Raul Lieberwirth | Aleteia
Por Destrave - publicado em 08/10/15

Depois de tomar vários chás para abortar, sem sucesso, ela procurou uma clínica de aborto. Mas algo inesperado aconteceu no caminho.

São muitas as mulheres que, em caso de estupro, optam por realizar um aborto, o que, no Brasil, é permitido por lei nesse caso. A equipe de reportagem do ‘Destrave’ conversou com uma jovem que ficou grávida após ser vítima dessa violência [estupro] e, depois de relutar muito, Deus tocou seu coração e ela decidiu levar a gravidez adiante. Para preservá-la a chamaremos de “T.”.

Confira o testemunho da jovem mãe, que deu seu “sim” à vida ao ser orientada por um membro do Instituto Pró-Vida. Em seu depoimento ela destaca que foi a Palavra de Deus que a conduziu a não praticar o aborto.

Destrave.com:Qualfoioseusentimentoaoserviolentadaenoseudesesperoquaisforamosmeios queencontrouparafazeroaborto?

TestemunhoT.: Foi um sentimento de raiva, dor, desprezo, mágoa e culpa. Primeiro tomei alguns chás que as pessoas falavam e, depois de ver que não houve resultado, decidi procurar uma clínica de aborto mesmo.

TestemunhoT.: Achei o telefone na internet e liguei achando que era uma clínica de aborto. A moça que conversou comigo falava como se fosse realmente de uma clínica, então marquei um encontro com esta pessoa e pensei assim: “Como o aborto é ilegal este encontro dever ser para disfarçar para que a polícia não fique sabendo”. Nesse encontro a mulher começou a falar da Igreja e de Jesus, mas eu já conhecia porque fui criada na Igreja evangélica. No entanto, depois dessa conversa aquilo ficou dentro de mim. Ela jogou a semente e a semente foi germinando.

Destrave.com:Vocêtinhanoçãode quetinhaumavidadentrodevocê? Equalfoioseusentimento aoverorostodoseufilhonahoradonascimento?

TestemunhoT.: Não tinha noção de que era uma vida; e ainda nem pensava que era o meu filho. Para mim, não havia uma vida ainda e eu não estaria errando. O que me fez conseguir entender tudo foi a Palavra de Deus. Na hora do nascimento fiquei muito feliz e grata a Deus.

Destrave.com:Quaisforamasajudasquevocêrecebeudurantegravidez,nopartoeatéhoje?

TestemunhoT.: A primeira ajuda que eu recebi foi a espiritual, porque, se eu não a recebesse, a pessoa que me acolheu no Instituto Pró-vida poderia vir falar comigo e oferecer o que fosse que eu não aceitaria. Quando ela falou de Deus aí foi o momento em que eu disse que não iria abortar. Depois precisei de ajuda psicológica, financeira e também recebi todo o tipo de ajuda com roupas, berço e alimentação.

Destrave.com:Gostariaquevocêdeixasseumamensagemparaaspessoasquehojepassam pelamesmasituação?

TestemunhoT.: É difícil, dificuldade a gente tem mesmo de ter um filho, mas eu acho que mais difícil é quando você aborta e fica com aquela consciência ruim. Não sei como estaria hoje se tivesse cometido o aborto, mas se o realizasse talvez eu teria acabado com a minha vida e a do meu filho. Hoje eu olho para o meu filho e tenho força para lutar pela minha vida e pela vida dele.

https://youtu.be/-33688TptzE

(Destrave)

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Agostinho e a liberdade (2/6)

Nesta página virtual, alguns episódios das Histórias Agostinianas de Ottaviano Nelli, afrescos da segunda metade do século XIV preservados na igreja de Sant'Agostino em Gubbio. Acima de Agostino e Ambrogio (30Giorni)

Arquivo 30Dias – 06/2002

Agostinho e a liberdade

O relatório do Arcebispo de Argel da Universidade de Pádua de 24 de maio, no final da série de conferências sobre a atualidade de Santo Agostinho

por Henri Teissier

A liberdade de falar sobre Agostinho hoje em sua terra natal

Em primeiro lugar, importa referir que reconhecer o lugar que Agostinho ocupa na história da Argélia foi uma conquista da liberdade daqueles que estiveram na linha da frente nesta batalha. No meio da crise argelina, isto também significava colocar a vida em risco. Kamal Mellouk, um dos militantes da causa de Agostinho na Argélia, residente no Souk Ahras, o Tagaste de Agostinho, fez-nos compreender a gravidade do risco quando escreveu num jornal de Argel: «Como não amar Santo Agostinho quando ele ia ensinar que eu tenha novamente esperança, neste mundo difícil e incerto, não de lutar contra os meus inimigos, mas de amá-los por caridade e de me refugiar na graça de Deus durante as dificuldades. É claro que nem sempre é fácil falar hoje de Santo Agostinho na Argélia, seu país natal, e manifestar ingénua e publicamente o amor que sentes por ele, como eu: corres o risco de despertar os demónios do ódio, da ignorância, da intolerância ou simplesmente de ser excomungado ou acusado de apostasia com todas as consequências que isso significa. Mas, quando você ama alguém, você deve assumir plenamente o risco desse amor, mesmo com risco da própria vida, pois não há amor mais belo e mais fiel do que a morte para quem ou para quem você ama”(1).

O próprio Agostinho, ao longo da sua existência, demonstrou este tipo de liberdade, pois, como se sabe, perseverou na sua ação contra os seus adversários donatistas com risco de vida e uma vez salvou-se graças a um erro do seu guia que o conduziu por um caminho diferente. caminho daquele onde seus adversários o esperavam.

Voltando à Argélia, durante a crise fundamentalista em que o país afundou de 1990 a 2000, a primeira batalha pela liberdade, ligada a Agostinho, foi conseguir a liberdade de falar dele na sociedade argelina. Para dar apenas um exemplo particularmente eloquente, destaco este episódio: um antigo ministro argelino para os assuntos religiosos, atualmente presidente da Associação dos Ulema (acadêmicos muçulmanos, ed.), depois do encontro de abril foi para Tagaste-Souk Ahras, cidade natal de Agostinho. Na mesquita ele havia declarado, segundo relatos de testemunhas confiáveis, que os habitantes da cidade que haviam organizado a homenagem a Agostinho durante a conversa eram culpados de "infidelidade" (kofr), já que Agostinho era um infiel . E sabemos que numa situação de crise uma acusação de infidelidade equivalia a uma sentença de morte.

Ahmed Kaci, no Tribuna de 8 de Abril de 2001, também relatou esta oposição da Associação Ulema à reabilitação de Agostinho na sociedade argelina: «Entre as reações de oposição registadas contra a realização do seminário, destaca-se a da Associação Ulema que, pela boca de Abderahmane Chibane , acredita que a criança prodígio de Tagaste nada mais era do que um cristão “agente do colonialismo romano na Argélia e inimigo dos nacionalistas argelinos que tinha opiniões diferentes das suas e que lutou pela libertação do povo”.

Vários artigos na imprensa argelina também assumiram posições semelhantes, por vezes utilizando a reunião de Abril na sua luta política. Assim, o chefe de um partido islâmico, Djaballah, divulgou a seguinte declaração num semanário argelino de língua árabe(2): «Agostinho era de origem romana, pelo menos por parte de pai. Aqueles que querem dar-lhe um lugar na sociedade argelina não têm outro objetivo senão preparar o regresso ao país dos europeus da Argélia (os pieds noirs ). É o partido da França."

Outro jornalista, Othman Sa'di, escreveu no mesmo tom, no jornal de língua árabe En Nasr: «Eu teria gostado se o presidente Bouteflika tivesse erguido uma estátua em homenagem a Donatus, que representa o verdadeiro nacionalismo númida. Quanto a Santo Agostinho, foi o principal agente do colonialismo romano. Foi o melhor instrumento nas mãos do imperialismo romano para esmagar o povo Amazigh (berbere) , despojá-lo das suas terras e dar a propriedade delas aos grandes aristocratas do exército romano"(3).

___________

1 El Watan , 10 de setembro de 2000, p. 11.
2 El Chourouk al arabi , 23-29 de abril de 2001.
3 En Nasr , 30 de abril de 2001.

Fonte: http://www.30giorni.it/

Papa no Angelus: existe uma grande diferença entre o pecado e a corrupção

"Pecadores sim, corruptos não", exortou o Papa Francisco durante a oração mariana do Angelus (Vatican Media)

“Para o pecador há sempre esperança de redenção; para o corrupto, porém, é muito mais difícil”, destacou o Papa Francisco durante o Angelus deste XXVI Domingo do Tempo Comum.

Thulio Fonseca - Vatican News

Neste domingo, 1º de outubro, o Papa Francisco rezou a oração mariana do Angelus, com milhares de fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro.

O Pontífice refletiu a passagem do evangelho que fala de dois filhos, aos quais o pai pede que vão trabalhar na vinha. Um deles responde imediatamente "sim", mas depois não vai. O outro, recusa no momento, mas depois reconsidera e vai.

“O que dizer sobre esses dois comportamentos?”, questionou o Papa, “imediatamente vem à mente que ir trabalhar na vinha exige sacrifício e que sacrificar custa, não acontece espontaneamente, apesar da beleza de reconhecer-se filhos e herdeiros”.

Segundo Francisco, o dilema contado não é tanto a resistência em ir trabalhar na vinha, mas a sinceridade, ou a falta dela, diante do pai e diante de si mesmo: “na verdade, nenhum dos dois filhos se comporta de maneira impecável, um deles mente, enquanto o outro erra, mas permanece sincero”.

O comportamento corrupto

Ao deter-se sobre o filho que diz sim, mas depois não vai, o Papa destacou que ele “não quer fazer a vontade do pai, mas também não quer discutir ou falar sobre isso”. E por este motivo ele se esconde atrás de um "sim", atrás de um consentimento falso, que encobre sua preguiça somente para salvar salva sua pele. E deste modo, consegue sobreviver sem conflitos, mas engana e decepciona o pai, desrespeitando-o de uma forma pior do que teria feito com um "não" direto.

“O problema com um homem que se comporta dessa maneira é que ele não é apenas um pecador, mas um corrupto, porque mente suavemente para cobrir e disfarçar sua desobediência, sem aceitar qualquer diálogo ou confronto honesto.”

Para o pecador há sempre esperança

“O outro filho”, continuou Francisco, “aquele que diz não, mas depois vai, é sincero. Não é perfeito, mas é sincero”, e manifestar sua relutância corajosa, “ele assume a responsabilidade por seu comportamento e age abertamente”.

O Santo Padre sublinhou, que através da sua atitude honesta como filho, aquele homem “acaba se questionando, chegando à conclusão de que estava errado e refazendo seus passos”.

“Ele é, poderíamos dizer, um pecador, mas não um corrupto. E para o pecador há sempre esperança de redenção; para o corrupto, porém, é muito mais difícil. Na verdade, o seu falso “sim”, suas aparências elegantes, mas hipócritas, e suas ficções que se tornaram hábitos são como uma espessa "parede de borracha", atrás da qual ele se protege dos apelos da consciência.”

"Esses hipócritas fazem muito mal", enfatizou o Papa, pedindo aos fiéis para não se esquecerem deste ensinamento: "pecadores sim, corruptos não".

Sinceridade diante de Deus

Francisco conclui sua alocução antes da oração mariana com algumas perguntas, convidando os fiéis, à luz destes ensinamentos, a olharem para si mesmos e questionarem:

“Diante do esforço de viver uma vida honesta e generosa, de me comprometer de acordo com a vontade do Pai, estou disposto a dizer "sim" todos os dias, mesmo que isso custe? E quando falho, sou sincero ao confrontar Deus sobre minhas dificuldades, minhas quedas, minhas fragilidades? E quando eu digo "não", eu volto atrás? Devemos conversar com o Senhor sobre isso. Quando cometo um erro, estou disposto a me arrepender e refazer meus passos? Ou faço vista grossa e vivo usando uma máscara, preocupando-me apenas em parecer bom e decente? No final das contas, sou um pecador, como todo mundo, ou há algo corrupto em mim? Não se esqueça: pecadores sim, corruptos não.”

“Maria, espelho de santidade, ajude-nos a ser cristãos sinceros”, finalizou o Papa.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Hoje celebramos Santa Teresinha do Menino Jesus

Santa Teresinha do Menino Jesus (Kyrios)
01 de outubro
Santa Teresinha do Menino Jesus

Sua prometida chuva de rosas ainda cai sobre nós, em forma de uma quantidade incalculável de graças e milagres alcançados através de sua intervenção.

A vida da santa Teresa de Lisieux, ou santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, seu nome de religiosa e como o povo carinhosamente a prefere chamar, marca na história da Igreja uma nova forma de entregar-se à religiosidade. No lugar do medo do "Deus duro e vingador", ela coloca o amor puro e total a Jesus como um fim em si mesmo para toda a existência eterna. Um amor puro, infantil e total, como deixaria registrado nos livros "Infância espiritual" e "História de uma alma", editados a partir de seus escritos. Sua vida foi breve, mas plena de dedicação e entrega. Morreu virgem como Maria, a Mãe que venerava, e jovem como o amor que vivenciava a Jesus, pela pura ação do Espírito Santo.

Teresinha nasceu em Alençon, na França, em 2 de janeiro de 1873. Foi batizada com o nome de Maria Francisca Martin e desde então destinada ao serviço religioso, assim como suas quatro irmãs. Os pais, quando jovens, sonhavam em servir a Deus. Mas circunstâncias especiais os impediram e a mãe prometeu ao Senhor que cumpriria seu papel de genitora terrena, mas que suas filhas trilhariam o caminho da fé. E assim foi, com entusiasmada aceitação por parte de Teresinha desde a mais tenra idade.

Caçula, viu as irmãs mais velhas, uma a uma, consagrando-se a Deus até chegar sua vez. Mas a vontade de segui-las era tanta que não quis nem esperar a idade correta. Aos quinze anos, conseguiu permissão para entrar no Carmelo, em Lisieux, permissão concedida especial e pessoalmente pelo papa Leão XIII.

Ela própria escreveu que, para servir a Jesus, desejava ser cavaleiro das cruzadas, padre, apóstolo, evangelista, mártir… Mas ao perceber que o amor supremo era a fonte de todas essas missões, depositou nele sua vida. Sua obra não frutificou pela ação evangelizadora ou atividade caritativa, mas sim em oração, sacrifícios, provações, penitências e imolações, santificando o seu cotidiano enquanto carmelita. Essa vivência foi registrada dia a dia, sendo depois editada, perpetuando-se como livro de cabeceira de religiosos, leigos e da elite dos teólogos, filósofos e pensadores do século XX.

Teresinha teve seus últimos anos consumidos pela terrível tuberculose, que, no entanto, não venceu sua paciência com os desígnios do Supremo. Morreu em 1° de outubro de 1897, com vinte e quatro anos, depois de prometer uma chuva de rosas sobre a Terra quando expirasse. Essa chuva ainda cai sobre nós, em forma de uma quantidade incalculável de graças e milagres alcançados através de sua intervenção em favor de seus devotos.

Teresa de Lisieux foi beatificada em 1923 e canonizada em 1925 pelo papa Pio XI. Ela, que durante toda a sua vida teve um grande desejo de evangelizar e ofereceu sua vida à causa missionária, foi aclamada, dois anos depois, pelo mesmo pontífice, como "padroeira especial de todos os missionários, homens e mulheres, e das missões existentes em todo o universo, tendo o mesmo título de são Francisco Xavier". Esta "grande santa dos tempos modernos" foi proclamada doutora da Igreja pelo papa João Paulo II em 1997.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

sábado, 30 de setembro de 2023

Agostinho e a liberdade (1/6)

Nesta página virtual, alguns episódios das Histórias Agostinianas de Ottaviano Nelli, afrescos da segunda metade do século XIV preservados na igreja de Sant'Agostino em Gubbio. Acima de Agostino e Ambrogio (30Giorni)

Arquivo 30Dias – 06/2002

Agostinho e a liberdade

O relatório do Arcebispo de Argel da Universidade de Pádua de 24 de maio, no final da série de conferências sobre a atualidade de Santo Agostinho.

por Henri Teissier

Em abril do ano passado, realizou-se em Argel um colóquio internacional sobre o tema “A africanidade e a universalidade de Santo Agostinho”. Nesta ocasião, o diretor do setor de antiguidades do Museu Tipasa, Sabbah Ferdi, publicou uma bela coleção fotográfica intitulada Agostinho retornando à África, 388-430. Achados arqueológicos no património argelino .

Entende-se que o título tem duplo sentido. Num primeiro nível, referimo-nos obviamente ao regresso de Agostinho à sua terra natal em 388, depois da sua estadia em Roma (383), depois em Milão (384-387) e, finalmente, novamente em Roma e Óstia (387-388). Mas para o Dr. Ferdi tratava-se sobretudo de celebrar “o regresso de Agostinho” à Argélia através do acolhimento que agora lhe é dado na sua terra natal. Direi, para esclarecer o tema desta conferência, que para nós se tratará antes de mais nada de descobrir como Agostinho tem hoje a liberdade de regressar à África, à sua terra de origem.

É neste quadro que colocarei as minhas reflexões sobre Santo Agostinho e a liberdade, isto é, no contexto de reconciliação que se vive na Argélia com a pessoa e a obra de Agostinho.

O discurso não terá o mesmo carácter dos que o precederam, mas espero que dê um contributo específico para a vossa reflexão sobre a relevância de Santo Agostinho, sobre a sua relevância num país do sul do Mediterrâneo que é hoje quase completamente muçulmano: l 'Argélia.

Deve compreender-se que a Argélia, depois de conquistar a independência, voltou-se em primeiro lugar para o seu passado árabe-muçulmano e, mais ainda, para os heróis da sua longa e difícil guerra de libertação. Mas, aos poucos, desenvolveu-se no país uma corrente que queria revelar a história da nação em toda a sua profundidade. A primeira manifestação desta evolução foi a oportunidade dada ao Cardeal Duval, então Arcebispo de Argel, de propor uma reflexão sobre Santo Agostinho por ocasião de uma conferência pública realizada no prestigiado cenário do Palácio da Cultura de Argel, em 26 de Janeiro de 1987. (ver El Moudjahid, 29 de janeiro de 1987). Participaram do evento numerosos ministros argelinos, um grande número de personalidades culturais e um público em que os jovens eram talvez a maioria. Nunca, como naquela ocasião, o salão esteve tão lotado. O título da conferência foi “Santo Agostinho e a liberdade”. Permitam-me retomar as ideias principais deste discurso.

A segunda ocasião que destacou a recuperação do seu grande ancestral cristão pela Argélia foi a conferência realizada em Rimini, em 23 de Agosto de 1999, pelo Presidente Bouteflika, no contexto do Encontro anual de Comunhão e Libertação. Naquela ocasião declarou: «E o que podemos dizer, então, do Santo Agostinho argelino que tanto deu à Igreja? Teólogo, filósofo, escritor, tribuno e homem de ação, autor de Cidade de Deus e Confissões , que foi bispo de Hipona, hoje Annaba, é justamente considerado um dos médicos mais influentes e prestigiosos da Igreja Católica. Dizia-se dele que “tratava uma questão de direito como um advogado de Roma, uma questão de exegese como um médico de Alexandria, argumentava como um filósofo ateniense, comentava um documento de arquivo como o mais erudito dos historiadores, ele contou uma anedota como um burguês de Cartago, uma façanha dos circuncelionários como um trabalhador de Hipona..."".

Esta declaração abriu as portas do país para que os amigos de Agostinho intensificassem sua ação pelo “retorno de Agostinho” à sua terra natal. Mas, ao nível do público em geral, na Argélia este regresso foi o resultado do colóquio internacional sobre “A africanidade e a universalidade de Santo Agostinho”, realizado em Abril do ano passado. Este encontro significou o regresso público do Bispo de Hipona à sua terra natal. O Presidente da República Argelina declarou aos seus compatriotas, no discurso inaugural proferido na presença de representantes do governo, do corpo diplomático e das autoridades estabelecidas, que Agostinho "pertence à genealogia dos argelinos" (El Moudjahid, 2 de Abril 2001 ) .

É, portanto, no contexto deste esforço para restaurar, na Argélia muçulmana, o lugar que pertence ao seu grande ancestral cristão, que gostaria de abordar convosco o nosso tema. Não pretendo propor a minha reflexão pessoal sobre Agostinho na sua meditação sobre os temas especificamente teológicos ou filosóficos do livre arbítrio, da graça e da liberdade do crente diante de Deus, mas antes evocar convosco, de forma mais ampla e sem excluir estes temas , as questões que a sociedade argelina coloca sobre Agostinho e a sua liberdade dentro da sociedade do seu tempo, com todos os determinismos que isso implicava: o Império Romano, a cultura latina, a sua posição como bispo na Igreja Católica, etc.

Procurarei, portanto, trazer à vossa atenção numerosos testemunhos sobre o debate que está a decorrer na Argélia sobre o tema da liberdade de Agostinho, recorrendo em particular à imprensa argelina que antes, durante e depois da conversa lhe dedicou cerca de 230 artigos em francês e em Árabe. Só durante os sete dias do encontro, foram publicados cerca de sessenta artigos na imprensa francófona e cerca de quarenta na imprensa árabe. Para compreender a extensão do fenómeno na sociedade, não devemos esquecer que se trata de publicações escritas por muçulmanos em meios de comunicação muçulmanos, para um público muçulmano e, sobretudo, num país onde o Islão é a religião oficial por ditame constitucional.

Fonte: http://www.30giorni.it/

Cardeal Dom Paulo Cezar fala sobre as expectativas para o Sínodo em Roma

Sínodo (Vatican Media)

A primeira sessão da 16ª Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, sobre o tema “Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação, missão”, acontecerá de 04 a 29 de outubro deste ano, no Vaticano.

https://youtu.be/8Dw4rNML3Vw

O Cardeal Arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa, está animado para participar desse importante momento da Santa Igreja, com a realização do Sínodo em Roma, que contará com a presença de mais de 360 representantes de diversos lugares do mundo, entre eles, 12 brasileiros.

“Temos a responsabilidade de levar para o Sínodo a nossa experiência de igreja, a forma como nós brasileiros vivemos a fé e o ser igreja. Acredito que a igreja do Brasil tem uma contribuição muito interessante e bonita para oferecer às igrejas espalhadas pelo mundo, especialmente pela nossa maneira de viver a fé, de forma tão alegre, e através de como nos relacionamos. A igreja do Brasil conseguiu uma comunhão profunda e bonita entre a hierarquia e o laicato, o ministério ordenado e o laicato. Todos se sentem igreja e buscam caminhar juntos. É o que o Papa Francisco tem pedido, que a sinodalidade seja esse caminhar juntos na certeza de que o Senhor caminha conosco e todos caminhamos como igreja”, destaca o Cardeal Dom Paulo Cezar Costa.

A realização desta Assembleia do Sínodo será diferente, com envolvimento maior do povo de Deus. O Sínodo teve início em 2021, passando por diversas etapas de ouvir, consultar, participar e refletir com todos os membros da Igreja. Somente no Brasil, 261 dioceses e arquidioceses enviaram as sínteses da consulta realizada com os fiéis, entre outubro de 2021 e agosto de 2022.

As reflexões obtidas ao longo dos últimos dois anos foram reunidas no Instrumentum Laboris, material que vai guiar os trabalhos desta primeira etapa da Assembleia Sinodal, em que estão destacadas as experiências obtidas no processo sinodal e as três questões prioritárias que estão no centro deste Sínodo: comunhão, participação e missão.

“Vários assuntos serão discutidos na assembleia, entre eles, o relacionamento do ministério ordenado e o laicato. Papa Francisco quer uma igreja que caminhe junto, uma igreja missionária. A sinodalidade não é um fim em si mesma, mas ela conduz a igreja a ser mais missionária e participativa. Uma igreja que cada vez mais testemunhe e anuncie Jesus Cristo com beleza. Por isso, a Assembleia do Sínodo será composta de duas etapas, iniciando agora em outubro deste ano e será concluída em outubro de 2024. Papa Francisco quis que esse sínodo fosse desenvolvido em duas etapas que implicam a capacidade de um discernimento maior, maturação dos temas discutidos, de forma que os encaminhamentos sejam mais maduros”, conclui Dom Paulo Cezar.

Fontes de informações: Vatican News e Revista Aparecida.

https://arqbrasilia.com.br/

Em que consiste um consistório?

AFP PHOTO / Alberto PIZZOLI/EAST NEWS

Por Valdemar De Vaux

O Papa Francisco cria novos cardeais neste sábado, 30 de setembro, durante um consistório: mas o que é, como surgiu e como funciona essa reunião de cardeais?

O código de direito canônico especifica, no parágrafo 353, que os cardeais prestam assistência ao sumo pontífice por meio da ação colegial, “especialmente nos consistórios”. E o parágrafo seguinte nos especifica o que são esses consistórios que o papa reúne com certa regularidade – como será o caso neste sábado, 30 de setembro.

O termo vem do verbo latino “reunir-se com” e remonta ao Império Romano, quando o termo “consistorium” se aplicava à sala em que o imperador administrava a justiça. No caso do papa, refere-se à reunião com aqueles a quem ele escolheu para aconselhá-lo no governo da Igreja: os cardeais.

Há consistórios ordinários e extraordinários.

Durante os ordinários, os cardeais – especialmente os de Roma – são convocados para ser consultados sobre certos assuntos importantes e que surgem com frequência, ou para realizar atos “particularmente solenes” (cf. Código de Direito Canônico § 533.2). Esta forma de reunião é regular. É uma oportunidade para anunciar canonizações, como a de Charles de Foucauld em 3 de maio de 2021, ou para criar novos cardeais. Para este sábado, o Papa Francisco convocou um consistório ordinário a fim de realizar estes dois atos de governo. Quando são criados novos cardeais, é tradicional que a maioria dos atuais cardeais de todo o mundo esteja presente.

Os consistórios ordinários também podem ser secretos ou públicos. No primeiro caso, apenas os cardeais poderão comparecer – como ocorreu no primeiro consistório convocado pelo Papa Bento XVI em 2006. Foi também durante um consistório ordinário que o Papa Bento anunciou a sua decisão de renunciar ao cargo, em 11 de fevereiro de 2013, após ter anunciado diversas canonizações.

Já os consistórios extraordinários são celebrado quando as necessidades particulares da Igreja ou o estudo de assuntos de grande importância assim o aconselham (Código de Direito Canônico § 533.3). Neste caso, todos os cardeais são convocados a Roma, na maioria das vezes para um momento de estudo e discussão, junto com o papa, sobre um tema escolhido em decorrência da sua atualidade e seriedade. Em fevereiro de 2014, por exemplo, o Papa Francisco chamou todos os cardeais a Roma para falar sobre a família, antes da realização de um sínodo sobre o mesmo assunto. Os consistórios extraordinários nunca são públicos.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF