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domingo, 8 de outubro de 2023

Big Bang e multiverso são religião, não ciência, diz pesquisadora

Sabine Hossenfelder, pesquisadora em física teórica e divulgadora científica - Joerg Steinmetz

Para Sabine Hossenfelder, linguagem matemática disfarça caráter mitológico de algumas teorias.

Uirá Machado

SÃO PAULO

A alemã Sabine Hossenfelder, 47, diz ter ficado um pouco deprimida depois de publicar seu primeiro livro. É que "Lost in Math" (perdidos na matemática), de 2018, torna pública a série de decepções e críticas que ela acumulou em sua área de estudos, a física teórica.

"Eu sentia que precisava escrever porque alguém tinha que falar aquelas coisas", diz em entrevista à Folha. "Mas foi uma coisa bastante negativa de fazer."

A pesquisadora do Instituto de Estudos Avançados de Frankfurt, então, mergulhou em seus pensamentos para se lembrar do que a havia levado ao campo da física teórica, para começo de conversa.

Foi a vontade de entender como o mundo funciona –mas não no nível da sociedade, das pessoas ou das coisas. Ela queria ir mais fundo, até chegar às partículas a partir das quais tudo o mais é feito e que, em tese, podem explicar qualquer coisa que acontece no Universo.

Daí veio seu segundo livro, "A Ciência Tem Todas As Respostas?", que a Contexto publica agora no Brasil. Nele, Hossenfelder procura explicar de forma didática vários dos temas mais pops da física, como a origem do Universo e as teorias quânticas.

Acostumada a fazer divulgação científica em seu canal no YouTube, onde tem mais de 1 milhão de inscritos, a autora não tem dificuldade para abordar questões áridas em linguagem comum e cheia de analogias. O que ela não consegue, porém, é deixar a crítica de lado.

"Muitos divulgadores científicos tentam deslumbrar as pessoas, especialmente na cosmologia. Tudo sobre início do Universo e teorias quânticas é cheio de ‘uau!’, de grandes mistérios", diz.

"Mas acho que as pessoas ficam em parte confusas e em parte decepcionadas quando descobrem que quase tudo isso é bobagem. E eu quero que as pessoas saibam a verdade. Quero que saibam o que realmente está acontecendo na física, o quanto sabemos e o que é blablablá."

Big Bang? Blablablá. Multiverso? Blablablá.

Ou, para usar a formulação chique do livro: "Isso não é ciência. É religião mascarada de ciência sob o disfarce da matemática".

A autora argumenta que, em muitos campos de pesquisa, ainda não existem dados suficientes para que os estudiosos cheguem a uma conclusão; em tantos outros, como o passado mais remoto, talvez nunca seja possível fazer observações capazes de sustentar uma hipótese.

Em qualquer um desses casos, diz ela, o que os pesquisadores estão fazendo quando defendem certas teorias nem pode ser chamado de ciência, pela impossibilidade de as evidências mostrarem se as teorias estão certas ou erradas.

"Mas não é como se tudo fosse bobagem", diz na entrevista. "Há algumas boas pesquisas em andamento e há grandes questões sobre o quanto realmente podemos descobrir. Deveríamos falar sobre isso de forma honesta, deixando claro o que a ciência pode descobrir e o que não pode."

Hossenfelder sabe que suas críticas duras não fazem amigos e, pior, têm sido usadas por inimigos da ciência para reforçar o negacionismo. Como se fosse possível apontar para ela e dizer: "Tá vendo, ciência é tudo besteira!".

"Não sei se há algum jeito de consertar isso. Não importa o que você faça, sempre haverá pessoas que tiram conclusões precipitadas e atribuem opiniões a você. O melhor que posso fazer é explicar que há sutilezas", diz.

Não só ela deveria tomar cuidado; na verdade, ela acha que os pesquisadores é que deveriam ser mais claros com o público quanto aos limites de seus estudos.

Qual a chance de isso acontecer? Deve ser quase zero. Hossenfelder afirma que os cientistas dessas áreas mais fundamentais tendem a negar a existência de qualquer viés em suas pesquisas, como se a objetividade de uma partícula pudesse eliminar a subjetividade de quem a estuda.

"Acho preocupante, especialmente na física, as pessoas dizerem: ‘Somos completamente racionais e estamos apenas falando sobre como o mundo é’. Eu penso: ‘Você não tem ideia de como o cérebro humano funciona’", afirma.

Até aspectos aparentemente distantes do laboratório podem influenciar decisões sobre a pesquisa, diz ela; se a imprensa, o cinema, a comunidade toda está falando de um tema, mais gente vai se animar com aquele caminho específico, mesmo que seja um beco sem saída.

O viés também pode funcionar às avessas. Mulher num campo masculino –cerca de 95% dos inscritos em seu canal são homens—, ela sempre se sentiu menos integrada aos demais.

"Isso pode ser parte da razão pela qual tenho olhado as coisas de um jeito um pouco diferente. Ou será apenas coincidência? Quem sabe?"

O que ela sabe é que não gosta ser chamada para eventos pelo simples fato de ser mulher; prefere que seu nome venha à mente dos organizadores pelos méritos de sua pesquisa, e não porque queiram algum equilíbrio de gênero na mesa.

Ela conta que, mais de uma vez, disseram de forma explícita que ela estava sendo convidada por ser mulher.

"Agora que penso nisso, esses convites tendem a vir do Brasil... Não leve para o lado pessoal, pode ser apenas uma coincidência", diz Hossenfelder. "Não acho isso particularmente lisonjeiro. Na verdade, é meio um insulto."

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/

Deve-se seguir sempre a consciência? (Parte 2)

(Crédito: Presbíteros)

Deve-se seguir sempre a consciência?

Por Robert Spaemann

Não há consciência sem disposição a formá-la e a informá-la. Um médico que não está atualizado sobre os avanços da medicina, atuará sem consciência. E o mesmo quem fecha olhos e ouvidos às observações de outros que lhe fazem fixar-se em aspectos do seu proceder, que talvez esse não tenha notado. Sem tal disposição, só em casos limites se poderá falar de consciência. Mas também o segundo movimento pertence à consciência; por ele, volta de novo o indivíduo a si mesmo. Se, como dizia, o indivíduo é potencialmente o universal, inclusive um todo de sentido, então não pode abdicar em outros sua responsabilidade, nem nos costumes do tempo, nem no anonimato de um discurso de intercâmbio de razões e de contrarrazões. Naturalmente que pode unir-se à opinião dominante, coisa que inclusive é razoável na maioria das ocasiões. Mas é totalmente falso reconhecer-lhe consciência só a quem se aparta da maioria. Não obstante, é certo que, no final das contas, é o indivíduo quem goza de responsabilidade; pode obedecer a uma autoridade e ainda ser isso o correto e o razoável; mas é ele mesmo, afinal a quem deve responder da própria obediência. Pode tomar parte num diálogo e calcular os prós e contras, mas razões e contrarrazões não têm fim, enquanto que a vida humana, pelo contrário, é finita. É necessário atuar antes de que se produza um acordo mundial sobre o reto e o falso. É, pois, o indivíduo que deve decidir quando acaba o interminável calcular e finalizar o discurso, e quando procede, com convicção, atuar.

À convicção com a qual termina nosso discurso é denominada consciência, que nem sempre possui a certeza de fazer objetivamente o melhor. O político, o médico, o pai ou a mãe, nem sempre sabem com certeza se o que aconselham ou fazem é o melhor, atendendo ao conjunto das suas conseqüências. O que sim podem saber é que essa é a melhor solução possível num determinado momento e de acordo com os seus conhecimentos; isso basta para uma consciência certa, pois já vimos que o que justifica uma ação não está de nenhuma maneira, nem pode estar, no conjunto das suas conseqüências.

Na consciência parece que nos dirigimos por completo a uma direção externa; mas o fazemos realmente? Apresenta-se aqui uma importante objeção. Como entrou em nós esse instrumento que nos guia? Quem o programou? Não é realmente essa direção interna somente um controle remoto que procede de atrás, do passado? Esse timão foi programado por nossos pais. Possuímos, interiorizadas, as normas que nos inculcaram na infância e que tivemos que obedecer. E as ordens que nos deram foram trocadas em ordens que nos damos a nós mesmos.

Em relação com o que estamos dizendo Sigmund Freud cunhou o conceito de “super ego”, que, junto ao assim chamado “Id” e ao “eu” (Ego), formam a estrutura da nossa personalidade. O “super ego” é, por assim dizer, a imagem do pai interiorizada; o pai em nós… Em Freud este pensamento não tinha ainda o caráter de denúncia que na crítica social neomarxista tem o discurso sobre a interiorização das normas de domínio. Freud, como psico-analista, observou que o “eu” se forma somente baixo a direção do “super eu”, e se libra no “id” da sua prisão na esfera dos instintos. Certo que para chegar a um “eu” verdadeiro deve-se liberar também do poder do “super eu”.

No que diz respeito, entretanto, às descrições de Freud é falso equiparar sem mais o que chamamos consciência com o “super eu” e entendê-la como um puro produto da educação. Isso não pode ser exato, porque os homens sempre se voltam contra as normas dominantes numa sociedade, contra as normas em meio das quais cresceram, inclusive ainda quando o padre seja um representante dessas normas. Freqüentemente pode ocorrer que detrás não esteja mais do que o impulso de emancipação do “eu”, o simples reflexo de querer ser de outra forma. Mas esse reflexo não é a consciência, como também não é o reflexo de acomodação.

Entretanto, na história daqueles que atuaram ou se negaram a fazê-lo em consciência, se pode ver que eram homens que de nenhum modo estavam inclinados de antemão à oposição, à dissidência; mas sim homens que teriam preferido certamente cumprir seus deveres diários sem levantar a cabeça. “Um fiel servidor do meu rei, mas antes de Deus”, era a máxima de Tomás Moore, Lorde Chanceler de Inglaterra, que fez todo o possível para não opor-se ao rei e evitar assim um conflito; até que descobriu algo que não se podia conciliar em absoluto com sua consciência. Não lhe guiava nem a necessidade de acomodação nem a da rejeição, mas o pacífico convencimento de que há coisas que não se pode fazer. E esta convicção estava tão identificada com seu “eu” que o “não me é lícito” se transformou num “não posso”.

Fonte: https://presbiteros.org.br/

Sessão Solene em homenagem a Nossa Senhora Aparecida

Sessão Solene na Câmara Legislatica de Brasília (arqbrasilia)

Câmara Legislativa do Distrito Federal realiza Sessão Solene em homenagem a Nossa Senhora da Conceição Aparecida

A manhã desta sexta-feira (06/10), foi marcada por muita emoção e alegria na Sessão Solene em celebração ao Dia de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, realizada na Câmara Legislativa do Distrito Federal.

06 de outubro de 2023

Em um gesto de profunda fé, amor e devoção, a Sessão Solene em homenagem a Nossa Senhora da Conceição Aparecida contou com a presença do Bispo Auxiliar de Brasília, Dom Antonio Aparecido, deputados, padres, freiras, leigos consagrados e devotos.

“A devoção a Nossa Senhora Aparecida em Brasília não é apenas uma expressão de fé, mas também um elemento unificador em uma cidade que acolhe pessoas de todas as partes do país. Ela simboliza a conexão entre os diversos estados e regiões que compõem o Brasil e serve como um lembrete de nossa herança cultural e religiosa compartilhada. Além disso, a presença de Nossa Senhora Aparecida em Brasília inspira a compaixão e o serviço à comunidade. Muitas instituições de caridade e organizações religiosas em Brasília têm o compromisso de ajudar os necessitados em nome da Padroeira. Isso ressalta a importância não apenas da fé, mas também da solidariedade e da responsabilidade social. A Mãe Aparecida é uma figura sagrada que une o povo brasileiro em uma fé comum. Ela nos lembra de nossa identidade nacional e nos inspira a viver de acordo com os valores de compaixão e serviço. Que possamos continuar a honrar Nossa Senhora Aparecida e a fortalecer os laços que unem nosso país e nossa capital”, destacou o Bispo Dom Antonio Aparecido.

A Sessão solene foi organizada pelo presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, o Deputado Distrital Wellington Luiz, e pelo Presidente da Frente Parlamentar Católica da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Deputado Distrital João Cardoso.

“Com muito orgulho nós realizamos essa Sessão Solene para homenagear Nossa Senhora, que é mãe de Jesus e nossa Mãe. Pedimos que Ela sempre nos conduza”, comentou o Deputado Wellington Luiz. “Temos realizado esse trabalho de união dentro da Câmara Legislativa. Fico muito feliz com a realização dessa Sessão Solene de Nossa Senhora Aparecida. O nosso trabalho é para servir, como Cristo serviu a todos”, destacou o Deputado Distrital João Cardoso.

Durante a Sessão Solene, padre Agenor Vieira de Brito, pároco da Catedral Metropolitana de Brasília e coordenador Pastoral da Arquidiocese de Brasília, contou a sua íntima experiência com Nossa Senhora Aparecida enquanto seminarista, quando esteve na Basílica, em São Paulo.

“Passei o dia todo na Basílica rezando e pedindo a Nossa Senhora Aparecida um sinal, se era mesmo para que eu me torna-se sacerdote, uma vez que havia passado em alguns concursos públicos e estava com algumas dúvidas em relação ao meu chamado vocacional. Saindo da Basílica no fim da tarde, fui em direção à praça de alimentação. No meio do caminho, encontrei com um peregrino daqui de Brasília que me conhecia. Conversamos um pouco e ele saiu para ir ao banheiro e disse que voltaria para me encontrar na fila da lanchonete. Quando ele voltou, chegou com um embrulho e disse que queria me entregar aquele presente. Eu tinha passado um ano no seminário pedindo a Nossa Senhora Aparecida um sinal, para me ajudar a entender se era mesmo da vontade de Deus que eu pedisse a Ordenação. Quando abri o presente, era uma imagem de Nossa Senhora Aparecida. O peregrino olhou para mim e disse: Ela quer fazer parte do seu Ministério Sacerdotal. A partir desse momento, eu entendi a resposta que tanto pedi em minhas orações “, testemunhou padre Agenor.

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

O Papa: parem as armas, o terrorismo e a guerra não levam a nenhuma solução

Conflito israelense-palestino (AFP or licensors)

Nas palavras de Francisco após o Angelus deste domingo, a sua dor pelo que está ocorrendo em Israel. A sua oração é pelas famílias das vítimas e por aqueles que vivem horas de terror e angústia. “Haja paz em Israel e na Palestina!”, o seu apelo, porque “toda guerra é uma derrota”. Dirigindo o seu pensamento a todos os países em conflito, recorda a “martirizada” Ucrânia “que todos os dias sofre tanto”.

Antonella Palermo, Silvonei José – Vatican News

“A guerra é uma derrota: toda guerra é uma derrota! Rezemos pela paz em Israel e na Palestina!”

Após a oração mariana deste primeiro domingo de outubro, o Papa Francisco expressou a sua apreensão e a dor com que acompanha o que está ocorrendo em Israel onde, afirma, “a violência explodiu ainda mais ferozmente, causando centenas de mortos e feridos”.

"Expresso a minha proximidade às famílias das vítimas, rezo por elas e por todos aqueles que vivem horas de terror e angústia. Por favor, parem com os ataques e as armas! e se compreenda que o terrorismo e a guerra não levam a nenhuma solução, mas apenas à morte e ao sofrimento de muitas pessoas inocentes".

Invoquemos a paz sobre os muitos países marcados por conflitos

Depois do Angelus, o Pontífice recorda também que este mês de outubro é dedicado, além das missões, à oração do Terço. Precisamente a Maria o Papa pede para nos dirigirmos a ela, sem parar:

"Não nos cansemos de invocar, por intercessão de Maria, o dom da paz sobre os numerosos países do mundo marcados por guerras e conflitos; e continuemos a recordar a querida Ucrânia, que todos os dias sofre tanto, tão martirizada".

O apelo do Patriarcado de Jerusalém à comunidade internacional

Numa nota publicada no site do Patriarcado Latino de Jerusalém lemos que a improvisa explosão de violência “é muito preocupante pela sua extensão e intensidade. A operação lançada a partir de Gaza e a reação do exército israelense estão a levar-nos de volta aos piores períodos da nossa história recente. As demasiadas vítimas e demasiadas tragédias que as famílias palestinas e israelenses têm de enfrentar criarão ainda mais ódio e divisão e destruirão cada vez mais qualquer perspectiva de estabilidade”. Daí o apelo à comunidade internacional, aos líderes religiosos da região e do mundo, para “fazerem todos os esforços para ajudar a acalmar a situação, restaurar a calma e trabalhar para garantir os direitos fundamentais das pessoas na região”. Acrescenta-se também que "as declarações unilaterais relativas ao status dos locais religiosos e dos locais de culto fazem vacilar o sentimento religioso e alimentam ainda mais o ódio e o extremismo. É, portanto, importante preservar o Status Quo em todos os Lugares Santos na Terra Santa e em Jerusalém em particular". A nota conclui: “o contínuo derramamento de sangue e as declarações de guerra lembram-nos mais uma vez da necessidade urgente de encontrar uma solução duradoura e abrangente para o conflito palestino-israelense nesta terra, que é chamada a ser uma terra de justiça, paz e reconciliação entre os povos. Pedimos a Deus que inspire os líderes mundiais na sua intervenção para a implementação da paz e da concórdia, para que Jerusalém seja uma casa de oração para todos os povos".

Depois do longo dia de ontem, 7 de Outubro, que encerrou as festividades judaicas de Sucot - quando, às primeiras luzes da madrugada, milhares de foguetes começaram a cair de Gaza sobre Israel, apanhados completamente de surpresa - os lançamentos de mísseis e os ataques terrestres continuam a se verificarem a partir da fronteira sul de Israel. Tel Aviv e Jerusalém foram atingidas. As vítimas israelenses seriam mais de 350, 1.400 os feridos. O Ministério da Saúde de Gaza relata 250 palestinos mortos e 1.700 feridos.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

sábado, 7 de outubro de 2023

Deve-se seguir sempre a consciência? (Parte 1)

(Crédito: Presbíteros)

Deve-se seguir sempre a consciência?

Por Robert Spaemann

Freqüentemente falamos dos diversos pontos de vista que entram em jogo na hora de chamar uma ação de boa ou má, verdadeira ou falsa, lograda ou falha. Perguntamo-nos por aquilo que na realidade desejamos, tentando compreender o bem como a realização do desejo. Falamos de valores, de conseqüências dos atos e de justiça. Não obstante, parece que existe uma resposta simples que faria inúteis todas as demais considerações; essa resposta seria: a consciência diz a cada um o que se deve fazer.

A resposta é correta e, ao mesmo tempo, conduz ao erro na sua mesma simplicidade. Que é exatamente isso que chamamos de consciência? Que faz a consciência? Tem sempre razão? Devemos sempre segui-la? Deve-se sempre respeitar a consciência dos demais?

É evidente que o significado da palavra “consciência” não resulta evidente de antemão. Utiliza-se essa palavra em contextos muito variados; falamos assim de possas conscientes que se caracterizam pelo exato cumprimento dos seus deveres diários; mas falamos também de consciência quando uno foge dos seus deveres ou resiste a eles. Denominamos consciência a algo sagrado existente em todo homem e que deve ser respeitada incondicionalmente; algo que é definido também pela constituição, ainda que, às vezes, condenemos a fortes penas aos que atuam em consciência. Uns consideram a consciência como a voz de Deus no homem; outros, como produto da educação, como interiorização de normas dominantes, originariamente exteriores. Como entender então a consciência?

Falar de consciência é falar da dignidade do homem, falar de que não é um caso particular de algo geral, nem o exemplar de um gênero, mas que cada indivíduo como tal é já uma totalidade, é já “o universal”.

A lei natural segundo a qual uma pedra cai de cima para baixo é, por assim dizer, exterior à pedra mesma, que nada sabe dessa lei. Aqueles que a observamos consideramos sua caída como exemplo de uma lei geral. Também o pássaro que faz um ninho tem a intenção de realizar algo para a conservação da espécie, nem de tomar medidas para o bem das suas futuras crias. Um impulso interior, um instinto, o leva a fazer algo, cujo sentido lhe é desconhecido. Isso se manifesta no fato de que também quando estão trancados, quando os pássaros não esperam ter crias, começam a fazer o seu ninho.

Os homens, pelo contrário, podem saber a razão do que fazem. Atuam expressamente e em liberdade com respeito ao sentido da sua ação. Se tenho vontade de fazer algo, cujas conseqüências prejudiquem a um terceiro, então posso apresentar-me essas conseqüências e perguntar-me se é justo agir assim e se posso responder por esse ato. Podemos ser independentes de nossos momentâneos e objetivos interesses e ter presente a hierarquia objetiva dos valores relevantes para nossos atos. E não só teoricamente e de maneira que essa idéia siga sendo totalmente exterior a nós, sem mudar em absoluto nossas motivações, de modo que digamos: “certamente é injusto atuar assim, mas para mim isso é preferível”. Na realidade, não é verdade absolutamente que o que no fundo e de verdade desejamos esteja numa fundamental contradição com o que objetivamente é bom e correto. O que ocorre mais exatamente é que, na consciência, o universal, a hierarquia objetiva dos bens e a exigência de levá-los em conta valem como nossa própria vontade. A consciência é uma exigência de nós a nós mesmos. Ao causar um dano, ao ferir ou ofender a outro, me dano imediatamente a mim mesmo. Tenho, como se diz, uma má consciência.

A consciência é a presença de um critério absoluto num ser finito; a âncora desse critério é sua estrutura emocional. Por estar no homem, graças a ela e não por outra coisa, o absoluto, o general, o objetivo, falamos de dignidade humana. Pois bem, se resulta que, para a consciência, o homem se converte em algo universal, num todo de sentido, então resulta que também é válido dizer que não há bem nem sentido de justificação para o homem, se o objetivamente bom e reto não se mostra como tal na consciência.

A consciência deve ser descrita como um movimento espiritual duplo. O primeiro leva ao homem por em cima de si, permitindo-lhe relativizar seus interesses e desejos e permitindo-lhe perguntar-se pelo bom e reto em si mesmo. E para estar seguro de que não se engana, deve produzir um intercâmbio, um diálogo com os demais sobre o bom e o justo, numa comunhão de costumes. E devem conhecer-se razões e contrarrazões. Não pode passar por objetivo e universal quem afirma: “não me interessam os costumes e as razões, eu mesmo sei o que é bom e reto.” O que aquele chama de consciência não se diferencia muito do capricho particular e da própria idiossincrasia.

Fonte: https://presbiteros.org.br/

Bem-aventurados os que choram! (Parte 2)

Bem-aventurados os que choram! (iCatólica)

Triste é quem não chora

Por Giovanni Marques Santos

O que é uma vida triste? É uma vida tão fechada em si mesma que se sente confortavelmente consolada, mesmo diante das dores do mundo. A mentalidade consumista, que identifica felicidade e acúmulo de bens, coloca a humanidade num estado de permanente insatisfação, que só se torna mais insatisfeita após ser apaziguada com a felicidade aparente das migalhas do consumo. A mesma situação aplica-se ao sensacionalismo religioso: as pessoas vão atrás de experiências religiosas que as coloquem em um estado de transe constante, uma montanha-russa de sentimentos que apenas clama por mais sentimentos: um chororô sentimentalista e autocomplacente, um “dó de si mesmo” que nada tem a ver com as lágrimas das bem-aventuranças.

Essas vidas tão consoladas, isoladas em seu individualismo, precisam ser afligidas com a provocação da Palavra de Deus. Um mundo egoísta precisa reaprender a chorar. Foi nesse sentido que se pronunciou o papa Francisco, na primeira visita de seu pontificado em 8 de julho de 2013, à ilha de Lampedusa, na Itália, onde desembarcam, todos os dias, imigrantes clamando por auxílio, quando muitas vezes não morrem afogados durante a própria viagem. Diante da dor de tantos naufrágios num mundo injusto, assim falou o papa: “Esta cultura do bem-estar leva à indiferença a respeito dos outros; antes, leva à globalização da indiferença. Neste mundo da globalização, caímos na globalização da indiferença. Habituamo-nos ao sofrimento do outro, não nos diz respeito, não nos interessa, não é responsabilidade nossa! (...) Somos uma sociedade que esqueceu a experiência de chorar, de ‘padecer com’: a globalização da indiferença tirou-nos a capacidade de chorar! (...) Peçamos ao Senhor que apague também o que resta de Herodes no nosso coração; peçamos ao Senhor a graça de chorar pela nossa indiferença, de chorar pela crueldade que há no mundo, em nós, incluindo aqueles que, no anonimato, tomam decisões socioeconômicas que abrem a estrada aos dramas como este: Quem chorou? Quem chorou hoje no mundo?”

Ai de vós que agora rides, porque gemereis e chorareis” (Lc 6, 25). Deus nos livre de uma vida falsamente contente e satisfeita, que não abre seu coração para Deus nem para o próximo. Na oração, peçamos a Deus as lágrimas que lavem nosso coração do pecado, demovam-nos da indiferença e nos movam à consolação e à ação em favor de quem sofre.

Fonte: Revista Ecoando. Ano 21, nº 83, Set-Nov/2023, págs. 6/7 (Paulus)

Álcool, sexo, drogas… Quatro santos que superaram seus vícios

Marjan Apostolovic | Shutterstock

Por Theresa Civantos Barber

A vida destes quatro santos testemunham o fato de que, apesar dos fracassos, pecados e vícios, as pessoas sempre podem mudar radicalmente e se santificar.

O vício é uma doença que geralmente se origina de uma dor profunda que é muito difícil de superar. Aqueles que lutam contra o vício nunca devem ser definidos por essa batalha. Há muito mais em cada pessoa do que suas próprias lutas: “Não definimos pessoas com um braço quebrado pelo braço. Da mesma forma, não devemos deixar que os transtornos mentais definam as pessoas que sofrem com eles ou suas famílias”, disse recentemente o bispo John Dolan, de Phoenix, nos Estados Unidos.

Saber que muitos santos tiveram de lidar com vícios e que os superaram graças à sua fé pode nos dar muita esperança. Suas vidas testemunham que os vícios, pecados e fracassos podem ser superados a qualquer momento, e que todos, independentemente de sua origem, são chamados à santidade. Aqui estão quatro santos que superaram seus vícios e fizeram uma notável jornada de conversão. Suas lutas contínuas contra os vícios – em drogas, álcool ou mulheres – e suas conversões podem ser uma fonte de inspiração e um sinal de esperança para aqueles que passam pelas mesmas dificuldades.

1SANTA MÔNICA (331-387)

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Em suas Confissões, Santo Agostinho conta que sua mãe Mônica, aos 15 anos de idade, muito antes de lhe dar à luz, tinha desenvolvido o hábito de beber vinho. Como ela estava sempre bêbada, um dia sua empregada a chamou de “uma garrafinha suja de puro vinho”. Humilhada, Santa Mônica tomou consciência de seu comportamento vergonhoso. Orando ao Senhor e fortalecendo sua vontade, ela encontrou forças para corrigir seu vício em álcool de uma vez por todas.

2SÃO VLADIMIR (958-1015)

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A vida de São Vladimir antes de sua conversão é uma das histórias de santos mais surpreendentes. Ele subiu ao trono, tornando-se príncipe de Kiev, depois de assassinar seu irmão. Ele vivenciou a depravação moral, a luxúria e muitos outros vícios. No entanto, após sua conversão à fé cristã, renunciou a suas 800 concubinas e mudou completamente sua vida. Ele permaneceu fielmente casado com apenas uma mulher e substituiu os templos pagãos de seu reino por igrejas.

3SÃO BRUNO SERONUMA (1856-1886)

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Nascido em Uganda, Bruno Seronuma era filho do governante do reino de Buganda. Antes de se tornar católico, Seronuma era violento e viciado em álcool. Com sua conversão, ele procurou controlar seu temperamento explosivo e suas paixões. Ele procurou renunciar ao seu vício, passando muito tempo em oração e penitência. No final de sua vida, morreu como mártir de sua fé.

4BEATO BARTOLO LONGO (1841-1926)

Embora tenha crescido em uma família católica, o italiano Bartolo Longo rejeitou a religião aos 10 anos de idade, quando sua mãe morreu. No decorrer de sua vida, ele se interessou pelas ciências ocultas e acabou se tornando um sacerdote satanista aos 20 anos de idade. Ele experimentou drogas e se tornou viciado. As orações fervorosas de sua família finalmente provocaram sua conversão radical e, desde então, ele dedicou sua vida a ajudar os pobres e a ensinar o poder da oração e do Rosário.

A vida desses santos e beatos pode ser uma verdadeira fonte de inspiração para aqueles que se sentem desanimados e desamparados diante de seus vícios. Eles são um lembrete de que nenhuma vida está quebrada para sempre e que, com nossa vontade, Deus pode transformar tudo!

EM IMAGENS: Lindas fotos de Santa Teresa Benedita da Cruz Edith Stein

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Jovem brasileiro parte em missão entre os refugiados da Ilha de Malta

João Pedro Maximino (Vatican Media)

Em entrevista à Rádio Vaticano, o jovem João Pedro Maximino, 20 anos, natural de São João del Rey no Estado de Minas Gerais, partilhou sobre as expectativas do período de voluntariado que vivenciará na Ilha de Malta, auxiliando os refugiados que encontram naquele país acolhida e uma nova oportunidade de vida.

Silvonei José e padre Pedro André, SDB – Vatican News

João Pedro cresceu frequentando a Paróquia São Joāo Bosco, dos Salesianos, em sua cidade. Seu caminho junto ao carisma salesiano o levou até a presidência nacional da Articulação da Juventude Salesiana (AJS), que é um grupo que reúne os coordenadores dos vários grupos ligados as atividades juvenis promovidas pelos Salesianos e Salesianas.

Ouça a entrevista completa:

https://media.vaticannews.va/media/audio/s1/2023/10/06/12/137343475_F137343475.mp3

Em sua passagem por Roma, antes de ir para Malta, João Pedro esteve nos estúdios da Radio Vaticano e concedeu uma entrevista a Silvonei José.  Ele contou sobre a reviravolta que teve em sua vida, pois deveria ir para Vancouver, no Canadá, onde iria estudar, porém teve o visto negado. Para aproveitar esse período de tempo até o fim do ano, ele passará três meses numa Comunidade Salesiana na Ilha de Malta, onde estudará inglês e contribuirá com as atividades desenvolvidas pelo salesianos com os refugiados.

Ao ser perguntado sobre o que pensa em fazer após esse período em Malta, João Pedro disse: “vou fazer a minha missão, estou concentrado nela até o Natal e até lá Deus vai me dar o discernimento para que a partir de 2024 ou eu fique em Malta ou em alguma missão, mas eu estou esperando o discernimento. O discernimento de Deus e não o meu.”

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Espanha deixará de ser católica

Foto: Victoriano Izquierdo/ Unplash

A porcentagem de cidadãos que se declaram católicos caiu para 52%, o menor número da história.

Redação (06/10/2023 15:12, Gaudium PressEm um artigo publicado ontem no site Confidential Religion, José Francisco Serrano Oceja comenta uma nota que apareceu no jornal El Mundo com o título “Como perdemos a fé. A Espanha deixará de ser católica 1.644 anos depois”.

Entre os dados documentais fornecidos pelo El Mundo, estão:

– De acordo com a última pesquisa do Instituto 40dB, apenas os partidos políticos geram menos confiança nos espanhóis do que a Igreja Católica.

– A última informação do CIS (Centro de Investigação Sociológica) mostra que a porcentagem de cidadãos que se declaram católicos caiu para 52%, o menor número da história.

– Em 1978, o número de crentes na Espanha era cerca de 90,5%; hoje mal ultrapassa os 50%.

– Nos últimos 45 anos, o percentual daqueles que se declaram agnósticos, ateus ou não crentes passou de 7,6% para 44,1%.

– A tendência é que, em 2024, a Espanha deixará de ser predominantemente católica, o que foi por muitos séculos… desde a época de Teodósio, Recaredo…

-Nos últimos 20 anos, as vocações na Espanha, segundo dados da CEE (Conferência Episcopal Espanhola), caíram 40%.

– Hoje há 16.126 padres para 22.947 paróquias.

– Segundo o último estudo sobre o laicismo da Fundação Ferrer i Guàrdia, mais de 60% dos jovens espanhóis entre 18 e 24 anos não se consideram religiosos; e 58% entre os que têm 25 e 34 anos.

– Nos últimos 25 anos, os casamentos pela Igreja caíram 83% segundo o INE.

– Os registros da CEE mostram que o número de batismos caiu 54% desde 2007 e as comunhões, 30%.

Os dados, quando verdadeiros, têm a força da realidade, e contra fatos não há argumentos.

É claro que esses dados revelam uma mudança cultural em direção à descristianização, algo que desafia a Igreja.

Atualmente na Espanha, existem 1.952 centros educacionais católicos, onde estudam 1.192.542 alunos, ou seja, um número elevado para uma população de 47 milhões de pessoas. Ou seja, a Igreja ainda tem em suas mãos o potencial de uma recristianização da juventude.

Fonte: https://gaudiumpress.org/

O significado do dia de Nossa Senhora do Rosário

Immaculate | Shutterstock

Por Prof. Felipe Aquino - publicado em 07/10/21

Após a batalha de Lepanto, Pio V acrescentou às Ladainhas da Santíssima Virgem uma invocação suplementar: “Auxílio dos cristãos, rogai por nós”.

A festa de Nossa Senhora do Rosário foi instituída por São Pio V para comemorar e agradecer a Virgem por sua ajuda na vitória sobre os turcos em Lepanto, na Grécia, no dia 7 de outubro de 1571.

O Papa São Pio V abençoou os escudos dos exércitos cristãos que enfrentaram os turcos otomanos. Estes já tinham tomado Constantinopla – sede do Império romano do oriente (1476) – e se preparavam para dominar a Europa Cristã e faze-la muçulmana. Então, o Papa pediu ao Príncipe João da Áustria para enfrentar o inimigo da Igreja.

Foi uma guerra justa, para se defender e não para atacar. E os exércitos cristãos, em menor número, mas sob a proteção do santo Rosário de Nossa Senhora venceram os otomanos; então o Papa consagrou o dia 7 de outubro à Nossa Senhora das Vitórias, ou do Santo Rosário.

Ameaça

No século XVI, o Império Otomano em expansão continuava a ameaçar perigosamente a Europa Ocidental, como sempre fez desde Maomé no século VII. Num contexto pouco favorável, em maio de 1571, o Papa Pio V conseguiu, finalmente, celebrar a “Santa Liga”, aliança entre Espanha, Veneza e Malta, que ele consagra na Basílica de São Pedro.

Uma frota se reúne, e é confiada a Dom João da Áustria, irmão de Felipe II da Espanha. Desejando implorar a proteção celeste para a frota, São Pio V publicou um jubileu solene e ordenou o jejum e a oração pública do Rosário.

A batalha decisiva teve lugar no dia 7 de outubro de 1571, no golfo de Lepanto, à saída do estreito de Corinto. No combate, 213 galeras espanholas e venezianas e uns 300 navios turcos.

Aproximadamente cem mil homens combatem em cada campo. A frota cristã alcançou uma vitória completa. Quase todas as galeras inimigas foram presas ou postas a pique. O almirante turco Ali Pacha foi morto. Quinze mil cativos cristãos foram liberados. Somente um terço da frota turca consegue voltar, derrubando assim a lenda da invencibilidade da frota muçulmana.

Vitória

Na noite da batalha, o papa Pio V foi, bruscamente, do seu escritório até a janela, onde parecia contemplar um espetáculo. Em seguida, voltou-se e disse aos cardeais que estavam com ele: “Vamos dar graças a Deus: nossa armada saiu vitoriosa”.

Isto aconteceu no dia 7 de outubro, pouco antes das cinco horas da tarde, mas a notícia da vitória chegaria a Roma somente 19 dias mais tarde, em 26 de novembro, confirmando, assim, a revelação feita pelo sumo pontífice.

Após a batalha de Lepanto, Pio V acrescentou às Ladainhas da Santíssima Virgem uma invocação suplementar: “Auxílio dos cristãos, rogai por nós” (ou “Socorro dos cristãos, rogai por nós”), e ordenou a instituição da festa de Nossa Senhora das Vitórias, que Gregório XIII logo a seguir fez celebrar, sob o nome de festa do Rosário, a cada primeiro domingo do mês de outubro em todas as igrejas. No seio do povo católico, a vitória de Lepanto contribuiu, desta forma, para o rápido desenvolvimento da devoção do Rosário.

Festa

No seu Breve Consueverunt (14-IX-1569), o Papa Pio V falava do Rosário como um meio de vitória. Clemente XI estendeu a festa a toda a Igreja no dia 3-10-1716. Leão XIII conferiu-lhe um nível litúrgico mais elevado e publicou nove Encíclicas sobre o Santo Rosário. São Pio X fixou definitivamente a festa no dia 7 de outubro.

Por esse motivo, foi acrescentada à ladainha a invocação Auxilium christianorum. Desde então, esta devoção à Virgem foi constantemente recomendada pelos Sumos Pontífices como “oração pública e universal pelas necessidades ordinárias e extraordinárias da Igreja santa, das nações e do mundo inteiro”.

Idade Média

Na Idade Média, saudava-se a Virgem Maria com o título de rosa (Rosa mystica), símbolo de alegria. Adornavam-se as suas imagens com uma coroa ou ramo de rosas (em latim medieval Rosarium). E os que não podiam recitar os cento e cinquenta salmos do ofício divino substituíam-no por tantas Ave-Marias.

A Ladainha que se reza atualmente no Rosário começou a ser cantada solenemente no Santuário de Loreto (de onde procede o nome de ladainha lauretana) por volta do ano 1500, mas baseia-se numa tradição antiquíssima. Desse lugar espalhou-se por toda a Igreja.

Catecismo

O Catecismo da Igreja fala de uma “guerra justa”, às vezes necessária para defender a nação ou as nações. Se os turcos otomanos não fossem detidos na Grécia, milagrosamente e definitivamente, talvez a Europa hoje não fosse cristã; e, por desdobramento também a América Latina. Viva Nossa Senhora do Rosário.

Rosário

Todos os Papas, desde o seu advento na Igreja, sem exceção recomendaram vivamente a oração do santo Rosário, meditando toda a vida de Nosso Senhor Jesus Cristo. O Papa João Paulo II dizia que “era a sua oração predileta” e escreveu a Encíclica “O Rosário da Virgem Maria”.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF