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segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Da Constituição Pastoral Gaudium et spes sobre a Igreja no mundo de hoje, do Concílio Vaticano II

A Paz! (Canção Nova)

Da Constituição Pastoral Gaudium et spes sobre a Igreja no mundo de hoje, do Concílio Vaticano II

(Nn. 82-83) (Séc. XX)

A necessidade de formar as mentes para um novo espírito de paz

Acautelem-se os homens de julgar suficiente a confiança nas tentativas de alguns, sem cuidar da própria mentalidade. Pois os chefes de Estado, fiadores que são do bem comum da própria nação e igualmente promotores do bem comum mundial, dependem muitíssimo da opinião e da mentalidade das multidões. Nada lhes aproveita insistir na construção da paz, enquanto sentimentos de hostilidade, desprezo ou desconfiança, ódios raciais e ideologias obstinadas dividem os homens em campos opostos.

Daí a urgência máxima da reeducação da mentalidade e da nova inspiração da opinião pública. Os que se consagram à obra da educação, em particular da juventude, ou à formação da opinião pública, considerem como o seu dever mais grave inculcar no espírito de todos novos sentimentos pacíficos. Nós todos temos de transformar nossos corações, abrindo s olhos sobre o mundo inteiro e aquelas tarefas que, todos juntos, podemos cumprir, para o feliz progresso da humanidade. Não nos engane falsa esperança. Pois sem abandonar as inimizades e os ódios e sem concluir no futuro pactos firmes e honestos de paz universal, a humanidade, que já se encontra em situação muito crítica, apesar de dotada de ciência admirável, seja talvez fatalmente levada ao momento em que outra paz não experimente senão a horrenda paz da morte. A Igreja de Cristo, porém, ao pronunciar estas palavras, colocadas no meio da angústia deste tempo, não abandona sua firme esperança. Sempre de novo, oportuna e inoportunamente, repete a nosso tempo a mensagem apostólica: Este é o tempo propício para se converterem os corações, este é o dia da salvação( cf. 2 Cor 6,2).

Para construir a paz é antes de tudo imprescindível extirpar as causas de desentendimento entre os homens. Estas alimentam a guerra, sobretudo as injustiças. Não poucas provêm das excessivas desigualdades econômicas, bem como do atraso, em lhes trazer os remédios necessários. Outras surgem do espírito de domínio, do desprezo das pessoas e, investigando as causas mais profundas, da inveja, da desconfiança, da soberba e de outras paixões egoístas. Como o homem não suporta tantas desordens, resulta que, mesmo fora dos tempos de guerra, o mundo é constantemente perturbado por rivalidades entre os homens e por atos de violência.

Estes mesmos males infestam as relações entre as próprias nações por isso é de absoluta necessidade, para vencer ou prevenir e coibir as violências desenfreadas, que as instituições internacionais desenvolvam melhor e reforcem sua cooperação e coordenação; e se estimule incansavelmente a criação de organismos promotores da paz.

Fonte: https://liturgiadashoras.online/

Aos 73 anos, dona Tânia realiza o sonho de ser batizada

Facebook / ILPI Santa Isabel

Por Reportagem local - publicado em 03/11/23

Ela recebeu o sacramento no asilo onde mora; veja como foi.

“Nunca é tarde para iniciar o caminho da fé”. E a dona Tânia Mari da Silva é prova disso. Aos 73 anos de idade, ela realizou o sonho de ser batizada na Igreja Católica.

A idosa recebeu o sacramento durante uma celebração na capela do Asilo de Santa Isabel, em Laguna, SC. É lá que a mulher vive há dez anos.

De acordo com as Irmãs Beneditinas da Divina Providência, que administram o asilo, dona Tânia sempre reclamava que não era batizada. Um dia, ela resolveu pedir ao padre Carlos Henrique Machado Fernandes, que celebra a Missa regularmente na instituição, para que lhe ministrasse o sacramento.

O sacerdote, então, resolveu fazer uma busca nas paróquias das cidades onde dona Tânia morou para saber se realmente ela não tinha sido batizada. Depois de não ter encontrado nenhum registo com o nome dela, o padre decidiu realizar o batismo.

A celebração foi uma supresa para a idosa e para todos do asilo. “Foi um momento emocionante e de muita fé”, postou o perfil da instituição no Facebook.

Pelas fotos, dá para ver que a dona Tânia ficou feliz da vida em ter seu sonho realizado e ser regenerada “pela água e pela Palavra”.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

O Senhorio de Cristo no Tempo (2/4)

A luta dos anjos liderados pelo arcanjo Miguel contra o dragão vermelho que tenta devorar a criança que foi imediatamente roubada e levada para o céu (30Giorni)

Arquivo 30Dias – 11/2003

O Senhorio de Cristo no Tempo

No curto espaço de tempo que vai desde a ascensão de Jesus Cristo ao céu até seu retorno glorioso, a vitória do Senhor já está manifestada neste mundo. Reconstituamos os ensaios sobre o Apocalipse de Heinrich Schlier vinte e cinco anos após a morte do grande exegeta bávaro.

por Lorenzo Cappelletti

A ira do dragão diante da vitória de Jesus Cristo

O fato de este tempo ser confiado a Deus é indicado antes de tudo pelo fato de que o começo do fim começa e avança em virtude da vitória de Jesus Cristo. Desde a abertura do primeiro selo, no cavalo branco o sinal do seu corpo ressuscitado, “a testemunha fiel e verdadeira” ( Ap 3,14 e 19,11), o “Rei dos reis e Senhor dos senhores” ( Ap 19) . ,16) “saiu vitorioso para conquistar novamente” ( Ap 6,2). «A morte obediente de Jesus Cristo na cruz [...] é a vitória, a vitória do amor. Não é a sua derrota. Pois este morto foi ressuscitado por Deus e elevado à direita do Pai” ( RNT , p. 465). Não é uma catástrofe que determina o início do fim dos tempos, mas a vitória com a qual Jesus Cristo, ressuscitado dos mortos e ascendido ao céu, tirou da morte e do inferno as chaves da sua soberania (ver ibid. ) . É muito importante estabelecer este ponto de partida porque, como veremos em breve, as catástrofes e a destruição vêm como consequência, mas são o sinal do fim dos tempos. Por um lado, são a forma como a força aparente da autoafirmação egoísta da história procura construir a sua oposição. Ele “não quer admitir o seu colapso metafísico e com terríveis destinos e catástrofes constrói sobre o seu abismo um reino político e espiritual oposto ao reino de Deus e de Cristo” (ibid., p. 470 ) . Por outro lado, são a advertência, a exortação e o julgamento que Deus “envia do futuro como sinal da sua onipotência crítica” ( ibid ., p. 477).

De fato, a vitória de Cristo expulsou Satanás, visto sob a forma de dragão (cf. Ap 12,3ss.), do lugar que ocupava até agora no trono de Deus e lança-se com as suas hostes sobre a terra onde, com muita raiva, também porque sabe que agora tem pouco tempo (cf. Ap 12,12), vai fazer guerra aos restantes descendentes daquela mulher que em vão tentou subjugar juntamente com o seu filho. «De alguma forma, o conhecimento do fim foi comunicado profundamente ao espírito da história. Ela "sabe que tem pouco tempo", que o tempo do mundo tem prazo de validade e por isso, segundo o vidente do Apocalipse , existe o estranho fenômeno da fúria da história" ( FT , p. 87).

Fonte: https://www.30giorni.it/

Papa na Cop28, em Dubai, para reforçar o "clamor" por uma ação climática urgente

Logomarca da Cpo28 em Dubai (Vatican Media)

Pela primeira vez na "Cop", pela segunda vez nos Emirados Árabes Unidos após sua viagem a Abu Dhabi em 2019, Francisco estará presente de 1º a 3 de dezembro em meio aos líderes mundiais para reiterar os apelos, as expectativas e as esperanças já expressas na Laudate Deum.

Salvatore Cernuzio - Cidade do Vaticano

O "clamor" de Francisco para que o mundo se comprometa com uma resposta à crise climática, ou seja, o mesmo clamor lançado na Laudato si' e depois cristalizado na Laudate Deum, ressoará em dezembro em Dubai. No emirado futurista, uma cidade de opulência e arquitetura ultramoderna, um dos maiores exportadores de energia fóssil, mas, ao mesmo tempo, um grande investidor em energias renováveis, será realizada a Cop28, o evento mais importante do ano organizado pela ONU, onde os líderes mundiais terão que fazer um balanço do progresso e dos atrasos naquilo que o Papa, inspirando-se em São Francisco, define como "o cuidado de nossa casa comum".

A participação do Papa

A Cop ("Conferência das Partes") abrirá suas portas no próximo dia 30 de novembro até 12 de dezembro, e esta 28ª edição verá pela primeira vez a participação presencial de um Pontífice, Francisco, em sua segunda viagem aos Emirados Árabes Unidos, após sua viagem a Abu Dhabi em fevereiro de 2019, ocasião em que foi assinada a histórica Declaração sobre a Fraternidade Humana.

A viagem internacional, a 45ª do pontificado e a sexta em 2023, foi confirmada hoje pelo diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni. "Aceitando o convite de Sua Alteza Sheikh Mohammed bin Zayed Al Nahyan, presidente dos Emirados Árabes Unidos, Sua Santidade o Papa Francisco viajará, como anunciado, para Dubai, de 1º a 3 de dezembro de 2023, por ocasião da próxima Conferência Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (Cop-28)", diz o comunicado, sem mais informações sobre o programa.

Anúncio de Francisco

O próprio Papa já havia anunciado sua presença em uma entrevista recente ao Tg1 (telejornal italiano): "Sim, eu irei a Dubai. Acho que partirei em 1º de dezembro até 3 de dezembro. Ficarei três dias lá", disse o Pontífice, lembrando que foi justamente uma Cop, a de número 21 de 2015 realizada em Paris, que deu o impulso para a elaboração da encíclica social Laudato si'.

"Lembro-me de quando fui a Estrasburgo, ao Parlamento Europeu, e o presidente Hollande enviou a ministra do Meio Ambiente, Ségolène Royal, para me receber e ela me perguntou: 'Mas o senhor está preparando alguma coisa sobre o meio ambiente? Faça isso antes da reunião de Paris'. Chamei alguns cientistas aqui, que se apressaram e a Laudato Si' foi publicada antes de Paris. E a reunião de Paris foi a melhor reunião de todas. Depois de Paris, todo mundo retrocedeu e é preciso coragem para seguir em frente", disse Jorge Mario Bergoglio.

Expectativas e esperanças

Agora, à luz da Laudate Deum publicada em 4 de outubro, dia da memória litúrgica do Santo de Assis, de quem tomou o nome e a missão, Francisco também quer se fazer presente fisicamente nesse importante encontro internacional, sobre o qual, além disso, pesam as recentes tensões na Europa e no Oriente Médio.

O Papa dedicou um capítulo inteiro de sua exortação apostólica ao encontro de Dubai: "O que se espera do Cop28 de Dubai?" é o título, e nele estão condensadas as expectativas e esperanças do bispo de Roma, que olha para a realidade de Dubai onde, diz ele, "as companhias petrolíferas e do gás têm a ambição de realizar novos projetos para expandir ainda mais a sua produção". "Adotar uma atitude renunciante a respeito da Cop28 seria auto lesivo, porque significaria expor toda a humanidade, especialmente os mais pobres, aos piores impactos da mudança climática", escreve o Papa.

Ponto de virada

"Se temos confiança na capacidade do ser humano transcender os seus pequenos interesses e pensar em grande, não podemos renunciar ao sonho de que a Cop28 leve a uma decidida aceleração da transição energética, com compromissos eficazes que possam ser monitorizados de forma permanente", diz ainda a exortação papal. "Esta Conferência pode ser um ponto de virada, comprovando que era sério e útil tudo o que se realizou desde 1992; caso contrário, será uma grande desilusão e colocará em risco quanto se pôde alcançar de bom até aqui."

O reconhecimento do presidente da Cop28

As preocupações do Papa também foram compartilhadas pelo Sultan Al Jaber, Ministro da Indústria e Tecnologia Avançada dos Emirados Árabes Unidos e Presidente da Cop28, que o Papa Francisco recebeu em 11 de outubro no Palácio Apostólico. Em uma entrevista à mídia do Vaticano, Al Jaber expressou o apreço dos Emirados Árabes Unidos pelo "firme apoio" do Papa à "ação climática positiva para promover o progresso humano" e também reiterou o compromisso de seu país de "fazer todo o possível para unir as partes, garantir a inclusão, obter compromissos e ações claros e realizar uma ação climática ambiciosa para as pessoas em todo o mundo". Em seguida, delineou o "ponto de atrito" que orienta os participantes da conferência, "manter o aumento da temperatura dentro de 1,5 grau Celsius", e o objetivo principal: "Reduzir 22 gigatoneladas de emissões até 2030". "A mudança climática já está nos afetando", disse o ministro, "temos que nos adaptar a essa mudança."

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Leonardo de Noblac

São Leonardo de Noblac (Amambai Notícias)

06 de novembro

São Leonardo Noblac

Origens

Filho de nobres da alta Corte Francesa, Leonardo nasceu no ano 491 e foi afilhado do rei Clodoveu. Quando jovem não quis seguir adiante na carreira das armas. Por isso, seu padrinho, o rei, pensou em consagrá-lo bispo da corte. Leonardo, porém, não aceitou. Antes, preferiu permanecer ao lado de São Remígio, que era o bispo da cidade de Reims. Ao rei, pediu apenas um privilégio, destinado somente aos bispos: o de poder dar liberdade aos prisioneiros que encontrasse e foi atendido.

Vida religiosa

Tempos depois, Leonardo ingressou num mosteiro. Seu desejo era dedicar-se totalmente ao serviço de Deus na vida religiosa. Primeiro, entrou no Mosteiro de São Maximino, em Micy. Depois, foi para um mosteiro mais antigo, que tinha sido fundado por santo Euspício. Este ficava perto de Orleans. Ficou lá algum tempo dedicando à contemplação e aos encantos da vida religiosa.

Sacerdote

Após esse tempo no mosteiro, São Leonardo Noblac foi ordenado padre. Então, foi enviado para Berry. Lá, viveu o Evangelho, deu exemplo de vida de santidade e, com isso, converteu muitos pagãos à fé cristã. Sua fama de santidade arrastava a muitos, que encontravam em sua sabedoria, uma esperança de fé e vida.

Isolamento

Tempos depois de um frutuoso sacerdócio, São Leonardo Noblac sentiu necessidade novamente do isolamento, para rezar, meditar, estudar e viver a fé na oração. Encontrou o local ideal para isso num bosque, perto de Limonges, onde havia somente uma casinha simples e rústica. Ali ele se estabeleceu. Sua busca de silêncio e isolamento, porém, não se deu por completa pois, o povo o descobriu e o local se transformou num centro de peregrinação, onde os fiéis buscavam orientação, oração e alívio.

Mudança

A vida solitária de São Leonardo Noblac foi interrompida mais uma vez com a chegada do rei Clóvis. Este estava caçando com os seus súditos. Até mesmo a rainha estava com ele e, naquela ocasião, precisou de ajuda, pois começou a sentir dores de parto. São Leonardo Noblac cuidou e rezou pela rainha e ela teve um parto feliz. Por isso, o rei fez uma promessa a são Leonardo: daria de presente a ele todo o território que ele conseguisse percorrer estando montado sobre um burro.

Mosteiro

São Leonardo Noblac aceitou, agradeceu e realizou. Caminhou apenas sobre a área que julgava necessária para a construção de um mosteiro. Deu ao local o nome de "Nobiliacum" (nobilíssimo em Latim) para lembrar o gesto de grande nobreza do rei. Ali, o santo ergueu um altar em homenagem a Nossa Senhora. Depois, o local tornou-se uma capela e, depois, um mosteiro com uma comunidade bastante fervorosa vivendo ali. Mais tarde, o Mosteiro passou a ser chamado Mosteiro de Noblac.

Milagres

São Leonardo saia do mosteiro somente para exercer alguma missão muito especial ou para resgatar prisioneiros. A isto, ele colocava todo ardor de seu coração. Tanto que, no ano mil, vários séculos depois de sua morte, ele teria sido visto executando a libertação de franceses de cadeias muçulmanas. São Leonardo Noblac faleceu em 6 de novembro de 545.

Oração a São Leonardo Noblac

“Senhor Deus, fazei que a exemplo dos santos e, especialmente de São Leonardo Noblac, saibamos apresentar-nos diante de Vós como uma oferenda agradável e pura, agora e na hora de nossa morte. Amém. São Leonardo de Noblac, rogai por nós.”

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

domingo, 5 de novembro de 2023

O Senhorio de Cristo no Tempo (1/4)

O afresco na contra-fachada da igreja de San Pietro al Monte Pedale perto de Civate (Lecco) que retrata o capítulo XII do Apocalipse (30Giorni)

Arquivo 30Dias – 11/2003

O Senhorio de Cristo no Tempo

No curto espaço de tempo que vai desde a ascensão de Jesus Cristo ao céu até seu retorno glorioso, a vitória do Senhor já está manifestada neste mundo. Reconstituamos os ensaios sobre o Apocalipse de Heinrich Schlier vinte e cinco anos após a morte do grande exegeta bávaro.

por Lorenzo Cappelletti

Não passa um dia sem que o eco do Apocalipse e dos seus temas ressoe nos artigos de jornal, nos ensaios sobre a atualidade e a história, nos debates e nos programas televisivos e sobretudo no cinema e nos seus efeitos especiais, que são, aliás, os que menos acertou em cheio, precisamente porque a do Apocalipse é uma linguagem "que tenta captar e transmitir no sinal - e não na imagem - a importância do acontecimento e ao mesmo tempo o acontecimento verdadeiro e real no acontecimento do mundo" (Heinrich Schlier, O Tempo da Igreja , p. 428). Itálico na tradução italiana, que nos lembra o livro publicado há apenas dez anos, no fatídico 1993, que continha entrevistas e conversas com Dom Giussani: Um acontecimento na vida, isto é, uma história. Itinerário de quinze anos concebidos e vividos.

Portanto, não podemos realmente “furar”, como dizem no jargão jornalístico, ou seja, ignorar esta realidade atual do Apocalipse . Estaremos, portanto, interessados ​​nisso, mas à nossa maneira, deixando-nos guiar por Heinrich Schlier. Guia autorizado (isto significa exegeta), mesmo que desatualizado em vida: mas o seu testemunho foi recordado pelo Cardeal Ratzinger no seu recente discurso por ocasião do centenário da constituição da Pontifícia Comissão Bíblica (ver 30Giorni, n. 6, junho de 2003 , pág. 68).

Schlier, cujo vigésimo quinto aniversário de morte cai em dezembro, dedicou expressamente três ensaios ao Apocalipse , mas também tratou dele em outros. Também faremos uso deles. Citaremos todos eles das coleções em italiano que os contêm, embora em alguns casos tomaremos a liberdade de retraduzi-los dos originais alemães ( Il tempo della Chiesa , 1965 = TC ; Reflexões sobre o Novo Testamento , 1969 = RNT ; La fine del tempo , 1974= FT ).

A nossa intenção não é tanto reconstituir as fases mais sangrentas do embate apocalíptico que antecede o fim dos tempos, ao qual nos dedicamos noutras ocasiões, mas antes compreender como, segundo o Apocalipse, no tempo que ainda resta , «por sinais e escondido no humano [...] o senhorio de Jesus Cristo, ressuscitado por nós na cruz por causa do seu amor obediente, revela-se neste curto espaço de tempo que Deus ainda concede ao indivíduo e a todos humanidade" ( FT , p. 68). De facto, se, com a morte e ressurreição de Jesus Cristo, «o tempo de Deus irrompeu no tempo como o fim dos tempos» ( ibid ., pág. 81), isto contudo não implica o fim imediato dos tempos: «O fim dos tempos veio com o nascimento, paixão e ascensão de Jesus Cristo (ver por exemplo Ap cap. 5 e 12; 11,15.17s; 19). No Apocalipse , portanto, anuncia-se a “proximidade” da “hora”, a vinda “pronta” ou “rápida” do Senhor, a “brevidade” do tempo (1,1.3; 2,16; 3,11; 11,14; 12,12; 22,6s.10.12.20). Contudo, esta “proximidade” do fim não exclui, mas antes inclui um período de tempo dado ao mundo. [...] O facto de esta demora de tempo não ser considerada contraditória com a “proximidade” do Senhor, demonstra que este tempo está verdadeiramente confiado a Deus, que mesmo quando concede o tempo permanece esquivamente próximo” ( TC , p . 169). Aqui, gostaríamos de ver como o pouco tempo que resta é verdadeiramente confiado ao Deus esquivamente próximo.

Fonte: https://www.30giorni.it/

Santos: apaixonados e entusiasmados por Cristo

Jesus Cristo (Vatican Media)

Os Santos estão na beira da porta como afirma o Papa Francisco, nos acompanham em todas as situações e nunca desistem de nós.

Dom Roberto Francisco Ferreria Paz - Bispo Diocesano de Campos

Um cristão firme como poucos, Leão Bloy afirmava, que existe uma só tristeza, a tristeza de não ser santo. Tinha razão pois o que nos falta nesta sociedade líquida ou gasosa, em que os valores permanentes parecem ter sumido, nos deparamos com o conformismo raso e a mediocridade como estilo de vida. Não significa que para ser santo tenhamos que despontar ou chamar a atenção por fazer coisas notáveis ou façanhas e milagres a torto e a direito.

Ser santo não consiste em adoptar uma existência de marketing ou de um elitismo de seres que se pensam superiores aos demais. São gente como a gente de carne e osso, pele e pescoço, de vida corrente, mas que querem seguir com garra e vontade a Jesus como centro, raiz e sentido total da vida. Mesmo sem fazer-se perceptíveis nas fotos ou atos da geração selfie, sua vida grita Cristo como falava São Charles de Foucauld, seu testemunho simples, cotidiano nos encanta porque com eles nos sentimos diante de uma presença amiga, leal e compassiva.

Os Santos estão na beira da porta como afirma o Papa Francisco, nos acompanham em todas as situações e nunca desistem de nós. Fazem-nos pensar seriamente no modo de viver, e levantam a pergunta, porque não ser como eles, se eles conseguiram porque não eu? São João Paulo II na sua vinda ao Brasil nos deixou esta frase como legado:

“O Brasil precisa de Santos!” E estava certíssimo, porque sem Santos nunca sairemos da mesmice, da crise ética, da falta de horizontes e absolutos que só Cristo pode dar. Mergulhemos na comunhão dos santos e na amizade espiritual com eles, tornemos cada vez mais a Igreja uma escola de santidade e ternura, partilhando os bens e graças sobrenaturais que nos elevam e nos levam sempre ao encontro dos pobres, dos sofredores e oprimidos, os preferidos de Deus.

Pois ser santo e refletir e espelhar o bom odor de Cristo, sua misericórdia e copiosa redenção a todas as pessoas e criaturas no tecido de nossa vida cotidiana e de nossa vocação específica ou carisma a que fomos chamados. Deus seja louvado!

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Opus Dei, um livro esclarecedor

Oficina de Informacion de la Prelatura del Opus Dei en Espana CC BY SA 2.0 modified

Por Vanderlei de Lima - publicado em 15/10/23

As críticas ao Opus Dei foram, e são ainda hoje, pesadas. Não obstante a tudo isso, a instituição continua a existir com pujança.

Acaba de ser publicado, pela Editora Ixtlan, o nosso livro Opus Dei. O que dizem ser e o que realmente é. Tem 102 páginas, com ilustrações, distribuídas em cinco capítulos assaz esclarecedores.

Eis o Sumário: I. Que é, em linhas gerais, o Opus Dei? II. As mudanças instituídas para o Opus Dei não afetam o seu carisma. III. Vocação: a família biológica e a família sobrenatural. IV. A Obra de Deus sob ataques bem arquitetados. V. Práticas vigentes – ou não – no Opus Dei. Dúvidas e esclarecimentos. Conclusão. Em Apêndice: Os graves erros anticatólicos de O Código da Vinci.

O objetivo da obra e a sua linha de raciocínio já se encontram na Introdução: “O Opus Dei, instituição católica fundada por São Josemaría Escrivá de Balaguer, em 1928, na Espanha, com a missão de promover entre pessoas de todas as classes da sociedade a mensagem da chamada universal à santidade, no seu próprio ambiente de vida, de família e de trabalho, sempre sofreu pesadas críticas nos seus quase 100 anos de história. Nos nossos dias, a realidade não é tão diferente. Daí, a necessidade de oferecermos alguns comentários positivos sobre a Obra de Deus (tradução de Opus Dei) às pessoas amigas que nos questionam a respeito dessa Prelazia pessoal da Igreja Católica Apostólica Romana. Não nos furtamos, apesar dos não poucos nem pequenos contratempos, a tão árdua tarefa” (p. 7). Dito isso, pensamos ser útil esclarecer alguns pontos especiais.

Que é o Opus Dei? – “O Opus Dei é uma instituição da Igreja Católica, cuja missão é promover, entre pessoas de todas as classes da sociedade, a mensagem da chamada universal à santidade, isto é, que todos os cristãos são chamados por Deus à plenitude da vida cristã, no exercício de seu trabalho, na vida familiar, nas relações sociais e em todo o amplo panorama das atividades humanas. O Opus Dei pretende ajudar as pessoas que vivem e trabalham no meio do mundo a levar uma vida plenamente cristã, coerente com a fé, sem modificar o seu modo normal de vida, o seu trabalho cotidiano, as suas aspirações e anseios” (p. 9). Ela está presente, hoje, em 70 países e mereceu apreço e acolhida de todos os Papas: de Pio XII a Francisco, conforme se vê em fotos reproduzidas ao longo do livro.

As críticas ao Opus Dei foram, e são ainda hoje, pesadas. Não obstante a tudo isso, a instituição continua a existir com pujança. Afinal, a perseguição faz parte da nossa vida cristã, conforme afirmou Nosso Senhor: “No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo” (Jo 16,33). Acusa-se a Obra de fazer ampla restrição dos membros celibatários ao contato com a família biológica, de promover manipulação mentallavagem cerebral ou algo análogo a fim de programar o novo membro, qual zumbi, e levá-lo, assim, a aceitar, sem raciocinar, tudo o que lhe for imposto, de ser incentivadora da autoflagelação (termo de forte carga emocional), por meio do cilício e da disciplina – práticas cristãs legítimas –, e de promover a repressão sexual (outra palavra bem escolhida para causar choque na opinião pública) e não a reta vivência da castidade ou do celibato católico etc. Cada uma dessas críticas – e outras delas decorrentes – é, de modo sereno e ponderado à luz da fé católica, respondida no nosso livro. Afinal, toda pessoa tem direito à boa fama (cf. Catecismo da Igreja Católica n. 2475-2487; Código de Direito Canônico, cânon 220).

Por fim, o depoimento de um jovem numerário (membro celibatário que vive em um Centro da Obra) sobre a verdadeira amizade: “Nos centros do Opus Dei – e esse era o desejo do Nosso Padre –, todos devem se sentir muito queridos. Daí que cada membro é incentivado a ter ‘amizades particulares’ (num bom sentido) com todos, isto é, ser verdadeiramente amigo de cada um dos nossos irmãos, de modo especial, sem excluir os outros. É muito comum, aliás – e isso faz parte do meu dia a dia –, fazermos planos com um dos nossos irmãos” (p. 86). 

Que o livro ajude, pois, a cada um(a) a entender o Opus Dei como ele realmente é e não como dizem ser.

Mais informações e pedidos: refletindo6@gmail.com

Fonte: https://pt.aleteia.org/

O Papa: a duplicidade do coração põe em risco a autenticidade do nosso testemunho

Papa Francisco no ANGELUS de 05-11-2023 (Vatican Media)

No Angelus deste domingo, Francisco convidou a dizer "não à duplicidade". "Para um sacerdote, um agente pastoral, um político, um professor ou um pai, esta regra vale sempre: o que você diz, o que você prega aos outros, seja você primeiro a vivê-lo. Para sermos mestres críveis, devemos primeiro ser testemunhas críveis", disse ele.

https://youtu.be/5ZSJH9lVwZQ

Mariangela Jaguraba - Vatican News

O Papa Francisco rezou a oração mariana do angelus, deste domingo (05/11), com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro.

No Evangelho deste domingo, Jesus fala a "respeito dos escribas e fariseus, isto é, dos líderes religiosos do povo". "Em relação a estas autoridades, Jesus usa palavras muito severas, «porque dizem e não fazem» e «fazem todas as suas ações só para serem vistos pelos outros»", disse Francisco no início de sua alocução.

A seguir, o Papa se deteve nestes dois aspectos: a distância entre o dizer e o fazer e a primazia do exterior sobre o interior.

A distância entre o dizer e o fazer. "A estes mestres de Israel, que pretendem ensinar aos outros a Palavra de Deus e serem respeitados como autoridades do Templo, Jesus contesta a duplicidade de suas vidas: pregam uma coisa, mas, depois, vivem outra", disse ainda o Papa, lembrando que estas palavras de Jesus recordam as dos profetas, em particular de Isaías: «Esse povo se aproxima de mim só com palavras, e somente com os lábios me glorifica, enquanto o seu coração está longe de mim».

A duplicidade do coração

Este é o perigo sobre o qual devemos estar vigilantes: a duplicidade do coração. Nós também corremos esse perigo. Essa duplicidade do coração que põe em risco a autenticidade do nosso testemunho e também a nossa credibilidade como pessoas e como cristãos.

Segundo o Papa, "devido à nossa fragilidade, todos experimentamos uma certa distância entre o dizer e o fazer; mas outra coisa, ao invés, é ter um coração duplo, viver com “um pé em dois sapatos” sem fazer disso um problema".

Especialmente quando somos chamados – na vida, na sociedade ou na Igreja – a desempenhar um papel de responsabilidade, lembremo-nos disto: não à duplicidade! Para um sacerdote, um agente pastoral, um político, um professor ou um pai, esta regra vale sempre: o que você diz, o que você prega aos outros, seja você primeiro a vivê-lo. Para sermos mestres críveis, devemos primeiro ser testemunhas críveis.

Pessoas "maquiadas" não sabem como viver a verdade

A seguir, Francisco se deteve no segundo aspecto que "surge como consequência: a primazia do exterior sobre o interior".

"Vivendo na duplicidade, os escribas e fariseus estão preocupados em ter que esconder a sua incoerência para salvar a sua reputação exterior. Na verdade, se as pessoas soubessem o que realmente há nos seus corações, ficariam envergonhados, perdendo toda a sua credibilidade. Então, eles fazem obras para parecerem justos, para “salvar a face”, como se diz", frisou o Papa.

O truque é muito comum: maquiam o rosto, maquiam a vida, maquiam o coração. Essas pessoas "maquiadas" não sabem como viver a verdade. E, muitas vezes, nós também temos essa tentação da duplicidade.

Ser testemunhas críveis do Evangelho

"Acolhendo esta advertência de Jesus, perguntemo-nos", disse Francisco: "Procuramos praticar o que pregamos ou vivemos na duplicidade? Dizemos uma coisa e fazemos outra? Estamos preocupados apenas em nos mostrar impecáveis ​​por fora, maquiados, ou cuidamos da nossa vida interior com a sinceridade do coração."

"Dirijamo-nos à Virgem Santa: Ela que viveu com integridade e humildade de coração segundo a vontade de Deus, nos ajude a ser testemunhas críveis do Evangelho", conclui o Papa.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Zacarias e Santa Isabel

São Zacarias e Santa Isabel (Instituto Hesed)

05/11/2023

SANTO DO DIA – 05 DE NOVEMBRO – SANTA ISABEL E SÃO ZACARIAS, PAIS DE SÃO JOÃO BATISTA

A história deste santo casal é narrada no primeiro capítulo do evangelho de Lucas, que em poucas palavras sintetiza os títulos da sua santidade: ‘Ambos eram justos diante de Deus e […] seguiam todos os mandamentos e estatutos do Senhor’.

A prima de Nossa Senhora teve o privilégio de trazer em seu seio o precursor do Messias, evento extraordinário mesmo no plano humano, dada a avançada idade e a esterilidade da santa mulher. Zacarias, cujo cântico (o Benedictus) foi definido como a última profecia messiânica do Antigo Testamento e a primeira do Novo, rende louvor a Deus por ter mantido a promessa feita aos pais, com o advento do Messias.

A obra da salvação havia feito seu caminho na surdina, no silêncio e na oração feita na casa de Maria, em Nazaré, e em Ain Karim, pouco distante de Jerusalém, onde o nascimento do precursor havia soltado a língua do sacerdote ancião. Entre as paredes de sua casa, Maria, a humilde serva do Senhor, elevou a Deus o cântico do Magnificat. Então, depois do alegre evento do nascimento de João, os dois santos cônjuges desapareceram na sombra, para reaparecerem mais tarde na tradição apócrifa e, o que mais conta, no grande livro dos santos.

Fonte: Paulinas Internet

São Zacarias e Santa Isabel, rogai por nós!

A Igreja latina celebra hoje a festa da mãe de João Batista e une à sua memória a do marido Zacarias. De ambos o evangelho de Lucas nos dá poucas notícias, limitadas ao período da dupla anunciação a Zacarias e à Virgem e do nascimento do precursor de Jesus. Todavia, com poucas palavras, o evangelista sintetiza a santidade deles, seu espírito de oração, a retidão dos seus corações no cumprimento não só externo, mas também interior dos preceitos mosaicos: “Ambos eram justos aos olhos de Deus e observavam irrepreensivelmente os mandamentos e as leis do Senhor.”

Encontramos a sua história narrada no magnífico evangelho de são Lucas, onde ele descreveu que havia, no tempo de Herodes, rei da Judéia, um sacerdote chamado Zacarias, da classe de Abias; a sua mulher pertencia à descendência de Aarão e se chamava Isabel. Eles viviam na aldeia de Ain-Karim e tinham parentesco com a Sagrada Família de Nazaré.

Foram escolhidos por Deus por sua fé inabalável, pureza de coração e o grande amor que dedicavam ao próximo. Isabel, apesar de sua santidade, era estéril: uma vergonha para uma mulher hebreia, que era prestigiada somente através da maternidade. Mas foi por sua esterilidade que ela se tornou uma grande personagem feminina na historia religiosa do Povo de Deus. Juntos, foram os protagonistas dos momentos que antecederam o mais incrível advento da história da humanidade: a encarnação de Deus entre os seres humanos.

A grande obra da salvação começara em surdina, no silêncio e na oração da casa de Maria em Nazaré e naquela de Ain Karim, povoado não bem identificado a cinco milhas de Jerusalém, onde os cônjuges idosos Zacarias e Isabel aguardavam o nascimento do precursor de Jesus. Aqui aconteceu o encontro entre a Virgem Mãe e sua prima Isabel, que “repleta do Espírito Santo” saudou a jovem parenta com as palavras que pelos séculos os cristãos repetem com a oração da ave-maria: “bendita entre as mulheres e bendito o fruto do teu ventre”.

Zacarias e Isabel estavam com idade avançada, e como não tinham filhos, julgavam essa graça impossível de ser alcançada. Foi quando o anjo do Senhor apareceu ao velho sacerdote Zacarias no templo e disse-lhe que sua mulher, Isabel, teria um filho que teria o nome de João, que significa “o Senhor faz graça”. O menino seria repleto do Espírito Santo desde a gestação de sua mãe, reconduziria muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus e seria precursor do Messias.

Zacarias, inicialmente, manteve-se incrédulo ante o anúncio celeste do nascimento de um filho pelo qual havia rezado com tanto ardor; para que pudesse crer, precisou de um sinal: ele ficou mudo até que João veio à luz do mundo. Na ocasião, sua voz voltou e ele entoou o salmo profético em que, repleto do Espírito Santo, profetizou a missão do filho.

Enquanto isso, devido à proximidade da maternidade, Isabel recolheu-se por cinco meses, para estar em união com Deus. Os dias ela dividia em três períodos: de silêncio, oração e meditação. E foi assim que Isabel, grávida de João e inspirada pelo Espírito Santo, anunciou à Virgem Maria, sua prima, quando esta a visitou: “Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre”.

Após o nascimento de João, Zacarias e Isabel recolheram-se à sombra da fama do filho, como convém aos que sabem ser o instrumento do Criador. Com humildade, alegraram-se com a santidade da missão dada ao filho, sendo fiéis a Deus até a morte.

Fonte: RS21

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF