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sábado, 2 de dezembro de 2023

Histórias e Culturas Indígenas: mais uma turma capacitada no Brasil para atuar em toda América Latina

"Um legado para abrir olhos, ouvidos e coração ao que essas populações têm a dizer", disse Adriana de Souza, de Marabá/PA (Renan Dantas)

O curso, realizado em modalidade on-line desde 2016, desempenhou um papel crucial na capacitação de multiplicadores para abordar a temática indígena em diversos contextos. O aumento expressivo de inscrições neste ano, que ultrapassaram 600 candidatos, sendo mais que o dobro de 2019 quando era presencial, revela a crescente demanda por entendimento sobre a história e a cultura indígena.

Renan Dantas

A oitava turma do curso de Histórias e Culturas Indígenas, fruto da colaboração entre o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), encerrou sua jornada educacional na última quinta-feira (23). O curso, realizado em modalidade on-line desde 2016, desempenhou um papel crucial na capacitação de multiplicadores para abordar a temática indígena em diversos contextos.

"Um curso de excelência", comentou Inês Castilho, de São Paulo/SP (Vatican Media)

As inscrições em ascensão

O aumento expressivo de inscrições neste ano, ultrapassando 600 candidatos, mais que o dobro de 2019 quando era presencial, revela a crescente demanda por entendimento sobre a história e a cultura indígena. Apesar das limitadas 60 vagas oferecidas, a diversidade dos participantes, provenientes de diferentes estados e com formações acadêmicas diversas, enriqueceu os debates.

A presença de renomados professores e educadores, como enfatizado pelos coordenadores do curso, Marline Dassoler e Clóvis Brighenti, conferiu qualidade e reconhecimento à formação. Tornou-se um espaço de aprendizado não apenas para acadêmicos, mas para profissionais de diversas áreas, solidificando sua importância no cenário educacional.

Clóvis, o coordenador do curso, compartilhou a missão de desenvolver ações de formação com pessoas de diversas áreas do conhecimento, destacando a importância de rever conceitos equivocados deixados pelo colonialismo. Ele ressaltou a necessidade de contribuir para a desconstrução de preconceitos e criar relações respeitosas com as sociedades indígenas.

"A conexão direta com as vozes indígenas, histórias e desafios, trouxe uma conscientização profunda", disse Ana Carolina Magnoni, Curitiba/PR (Vatican Media)

Os depoimentos dos alunos

Adriana de Souza, Marabá, Pará: "O curso foi de uma qualidade muito grande. Gostei muito da forma como as aulas eram conduzidas, com incentivo à participação dos alunos. A recomendação do material bibliográfico é de muita qualidade. O curso deu uma noção introdutória ampla, mas incentiva que a gente se aprofunde. O legado importante foi abrir os olhos, ouvidos e o coração para ouvir o que essas populações têm a dizer."
Inês Castilho, São Paulo capital: "O curso de extensão CIMI/UNILA, um curso de excelência, nos presenteou com um amplo espectro de conhecimento. O maior presente foi colocar em contato direto com a voz de cinco mulheres indígenas, com seus corpos-territórios carregados de ancestralidade. Todos choramos diante da beleza que elas nos entregaram do coração, ao contar como escutam a Mãe Terra e resistem à violência há 500 anos."
Ana Carolina Magnoni, Curitiba, Paraná: "O curso CIMI/UNILA foi uma jornada transformadora. A diversidade de perspectivas e a profundidade das discussões proporcionaram uma compreensão mais ampla das riquezas das culturas indígenas. A conexão direta com as vozes indígenas, suas histórias e desafios, trouxe uma conscientização profunda. Sinto-me agora não apenas informada, mas comprometida em contribuir para a preservação dessas culturas e na luta por seus direitos. As trocas entre os alunos foram enriquecedoras, destacando a importância das contribuições de cada um. Recomendo esse curso para todas as pessoas interessadas nessa temática. Espero ter ajudado."

A participação ativa proporcionou uma escuta mais ativa para as vozes indígenas, abrindo olhos, ouvidos e corações para suas reivindicações e lutas. A experiência transcendeu as barreiras acadêmicas, inspirando o desejo de contribuir e reverberar a mensagem indígena. Assim, o encerramento da oitava turma do curso não apenas marca o fim de uma etapa educacional, mas inaugura uma nova fase. Os participantes, munidos de conhecimento, sensibilidade e vivências compartilhadas, agora buscam ativamente promover a compreensão e respeito pelas histórias e culturas indígenas em um cenário nacional e latino-americano em constante transformação.

"Sinto-me agora comprometida em contribuir para a preservação dessas culturas", comentou Ana Carolina Magnoni, Curitiba/PR (Vatican Media)

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

NAZARENO: Retorno a Nazaré (a infância oculta de Jesus) - (7)

Nazareno (Vatican Media)

Cap. 7 - Retorno a Nazaré (a infância oculta de Jesus)

Durante os dois anos no Egito, nos quais José ensina a Jesus a arte de trabalhar a madeira, a criança cresce brincando livremente com outros pequenos judeus, egípcios, persas ou gregos. Em tardes longas e ensolaradas, acontece de vez em quando que José, voltando cedo do trabalho, pare para observar de longe enquanto Jesus brinca com as outras crianças. Olha para ele escondido e se pergunta se aquela criança já sente algo de suas origens e missão. Enquanto isso, chega a notícia da morte de Herodes, a família pode voltar a Nazaré e o anjo, em um sonho, pede a José que vá. A viagem é longa, mas, ao chegarem, a casa está intacta, os vizinhos os recebem com leite e frutas.  A vida recomeça com simplicidade. Quando Jesus completa sete anos, Maria parece perceber um reflexo diferente em seus olhos. Às vezes, ela o vê olhando para o céu. Será que ele estava tomando consciência de quem era?

https://media.vaticannews.va/media/audio/s1/2023/08/24/16/137278233_F137278233.mp3

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Marx, o falso Moisés das massas

Estátua de Marx (Presbíteros)

Marx, o falso Moisés das massas  

Por muitos anos, Marx foi visto como um novo Moisés, que libertaria o seu povo escolhido, o proletariado, da escravidão do capital e o conduziria para a Terra Prometida do comunismo. Mas o que se viu na prática é que essa religião sem Deus conduzia os seus adeptos a uma nova escravidão no Egito da mundanidade.

Dentre os muitos opositores da fé cristã, o marxismo certamente não é a filosofia mais importante, imponente ou impressionante da história.

Mas até há pouco tempo era decerto a mais influente. Uma comparação entre os mapas-múndi de 1917, 1947 e 1987 mostra como esse sistema de pensamento fluiu inexoravelmente, a ponto de inundar um terço do mundo em apenas duas gerações, feito apenas emulado duas vezes na história: uma pelo cristianismo e outra pelo islamismo.

Vinte anos atrás, todas as disputas políticas e militares do mundo, da América Central ao Oriente Médio, podiam ser consideradas em termos de comunismo versus anticomunismo.

Em grande medida, o próprio fascismo se tornou popular na Europa – e ainda tem uma força considerável na América Latina – pela sua oposição ao que Marx chama de “espectro do comunismo” na primeira frase do seu Manifesto do Partido Comunista.

O Manifesto foi um dos momentos-chave da história. Publicado em 1848, “o ano das revoluções” pela Europa afora, foi, como a Bíblia, essencialmente uma filosofia da história, passada e futura. Toda a história passada foi reduzida à luta de classes entre opressor e oprimido, mestre e escravo, seja na forma de rei versus povo, pároco versus paroquiano, mestre de guilda versus aprendiz, e mesmo marido versus mulher e pais versus filhos.

Era uma visão da história que consegue ser mais cínica que a de Maquiavel. O amor é totalmente negado ou ignorado; a regra universal é a competição e a exploração.

Mas, para Marx, isso agora pode ser mudado, porque precisamente agora, pela primeira vez na história, não teríamos muitas classes sociais, mas apenas duas: a burguesia (“aqueles que têm”, os proprietários dos meios de produção) e o proletariado (“aqueles que não têm”, que não são proprietários dos meios de produção).

Os proletários deveriam vender-se a si próprios e vender o seu trabalho aos proprietários, até o dia em que a revolução comunista “eliminaria” (eufemismo para “assassinar”) a burguesia, abolindo assim as classes e a luta de classes para sempre e estabelecendo um milênio de paz e igualdade. Ou seja: depois de ter sido cínico com relação ao passado, Marx mostrava-se gritantemente ingênuo com relação ao futuro.

O que fez Marx ser como era? Quais eram as fontes da sua crença?

Marx deliberadamente repudiou (1) a sobrenaturalidade e (2) a peculiaridade das suas raízes judaicas para abraçar (1) o ateísmo e (2) o comunismo. Contudo, o marxismo ainda retinha, de forma secularizada, todos os principais fatores estruturais e emocionais da religião bíblica. Marx, como Moisés, era o profeta que libertava o novo povo escolhido, o proletariado, da escravidão do capital e o conduzia para a Terra Prometida do comunismo, para além do Mar Vermelho da sangrenta revolução mundial e através de um deserto de sofrimento passageiro dedicado ao partido, que era o novo clero.

A revolução era o novo “Dia de Javé”, o Dia do Juízo; os porta-vozes do partido eram os novos profetas; e os expurgos políticos para manter a pureza ideológica dentro do partido eram os novos juízos divinos sobre os descaminhos dos eleitos e dos seus líderes. O tom messiânico do Comunismo tornava-o, tanto na estrutura como no sentimento, mais parecido com uma religião do que qualquer outro sistema político, excetuado o fascismo.

Marx fez à sua herança filosófica hegeliana o mesmo que fez à sua herança religiosa: assumiu as suas formas e o seu espírito sem assumir o seu conteúdo. Transformou o “idealismo dialético” de Hegel no “materialismo dialético”! Por isso, costuma-se dizer que o marxismo inverteu o hegelianismo.

As sete idéias radicais que Marx herdou de Hegel foram:

Monismo: tudo é uma coisa só e a distinção que o senso comum faz entre matéria e espírito é ilusória. Para Hegel, a matéria é apenas uma forma do espírito; para Marx, o espírito é apenas uma forma da matéria.

Panteísmo: a distinção entre Criador e criatura, marca distintiva do judaísmo, é falsa. Na filosofia de Hegel, o mundo transforma-se num aspecto de Deus (Hegel era panteísta); no marxismo, Deus é reduzido ao mundo (Marx era ateu).

Historicismo: tudo muda, mesmo a verdade. Não há nada acima da história e, portanto, o que foi verdade numa época pode ser falso na época seguinte, e vice-versa. Em outras palavras, o Tempo é Deus.

Dialética: a história move-se apenas por conflitos entre forças opostas, a “tese” versus a “antítese” que se unem num patamar superior que é a “síntese”. Isto aplica-se às classes, às nações e às idéias. A valsa da dialética é executada no salão de bailes da história até que finalmente chegue o Reino de Deus – que Hegel identificou com o Estado prussiano. Marx deixou tudo mais internacional e identificou o Reino de Deus com o Estado mundial comunista.

Necessitarismo ou fatalismo: a dialética e os seus resultados não são livres, mas inevitáveis e necessários. O marxismo é uma espécie de predestinação calvinista sem um predestinador divino.

Estatismo: uma vez que não há lei ou verdade eterna e trans-histórica, o Estado é supremo e incriticável. Neste ponto, Marx novamente torna o pensamento de Hegel mais internacional.

Militarismo: uma vez que acima dos Estados não há leis universais, naturais ou eternas para resolver as diferenças entre eles, a guerra é inevitável e necessária enquanto existirem Estados.

Como muitos outros pensadores antirreligiosos desde a Revolução Francesa, Marx adotou o secularismo, o ateísmo e o humanismo do século XVIII, o “século das luzes”, juntamente com o racionalismo e a sua fé na aparente onisciência da ciência e onipotência da tecnologia. Novamente, tratou-se de uma transferência das formas, do sentimento e da função da religião bíblica para um outro deus e uma outra fé. Porque o racionalismo baseia-se numa fé, e não numa evidência. A fé em que a razão humana pode conhecer tudo o que é real não pode ser provada pela razão humana; e a própria crença de que tudo o que é real pode ser provado pelo método científico não pode ser provada pelo método científico.

Além do hegelianismo e do iluminismo, Marx ainda sofreu uma terceira influência: o reducionismo econômico. Como o nome diz, trata-se da redução de todas as questões a questões econômicas. Estivesse Marx lendo este texto agora, diria que a causa real das minhas idéias não é a capacidade da minha mente para conhecer a verdade, mas as estruturas econômicas capitalistas da sociedade que me “produziu”. Marx acreditava que o pensamento é, na sua raiz, totalmente determinado pela matéria; que o homem é totalmente determinado pela sociedade; e que a sociedade é totalmente determinada pela economia. Isso é pôr de cabeça para baixo a idéia tradicional de que a mente comanda o corpo, que os homens comandam as sociedades e as sociedades comandam a economia.

Por fim, dos “socialistas utópicos”, Marx adotou a idéia de posse coletiva da propriedade e dos meios para produzi-la. Diz Marx: “A teoria do comunismo pode ser resumida numa só frase: abolição da propriedade privada”. Na realidade, as únicas sociedades em toda a história a serem bem-sucedidas na prática do comunismo foram os mosteiros, os kibutzim, as tribos e as famílias (instituições que Marx também queria abolir). Todos os governos comunistas (tais como o da União Soviética) transferiram a propriedade privada para as mãos do Estado, não do povo. A crença de Marx de que o Estado “definharia” por conta própria e de bom grado uma vez que eliminasse o capitalismo e pusesse o comunismo no seu lugar provou ser surpreendentemente ingênua. Bem sabemos que, uma vez tomado o poder, apenas a sabedoria e a santidade podem libertá-lo.

O apelo mais profundo do comunismo, especialmente nos países do Terceiro Mundo, não foi a vontade de comunitarismo, mas o que Nietzsche chamou de “a vontade de poder”. Nietzsche viu mais fundo no coração do comunismo que o próprio Marx.

Como Marx lidou com as objeções mais óbvias ao comunismo: que o comunismo suprime a privacidade e a propriedade privada, a individualidade, a liberdade, a motivação para o trabalho, a educação, o casamento, a família, a cultura, as nações, a religião e a filosofia? Marx não negou que o comunismo eliminava essas coisas, mas afirmou que o capitalismo já fizera isso. Argumentava,  por exemplo, que o “burguês vê a esposa como um simples instrumento de produção”. Em assuntos mais importantes e delicados, como a família e a religião, oferece-nos mais retórica do que lógica; exemplo: “A conversa mole da burguesia sobre a família e a educação, sobre a sagrada relação entre pais e filhos, deixa o assunto ainda mais asqueroso…” E eis aqui a sua “resposta” às objeções religiosas e filosóficas à sua teoria: “As acusações contra o comunismo feitas de pontos de vista religioso, filosófico e, em suma, ideológico, não merecem um exame sério”.

A mais simples refutação do marxismo é o fato de o materialismo ser auto-contraditório. Se as idéias não são nada além de produtos das forças materiais e econômicas, tal como os carros e os sapatos, então as idéias comunistas são simplesmente isso também. Se todas as nossas idéias são determinadas, não pela intuição da verdade, mas pelos movimentos necessários da matéria; se não há meios de controlar os movimentos da nossa língua, então o pensamento de Marx não é mais verdadeiro que o de Moisés. Atacar as bases do pensamento é atacar o próprio ataque.

Marx viu isso e até o admitiu. Reinterpretou as palavras como armas, não como verdades. A finalidade das palavras do Manifesto (e também, em última análise, as palavras da sua obra mais longa e ainda mais pseudocientífica: O capital) não foi provar alguma verdade, mas suscitar a revolução: “Até agora os filósofos interpretaram o mundo de diversas formas, cabe a nós transformá-lo”. Marx era basicamente um pragmático.

Mas há contradição mesmo do ponto de vista pragmático. O Manifesto termina com esta famosa exortação: “Os comunistas rejeitam dissimular as suas perspectivas e propósitos. Declaram abertamente que os seus fins só podem ser alcançados pela derrubada violenta de toda a ordem social até aqui. Podem as classes dominantes tremer ante uma revolução comunista! Nela os proletários nada têm a perder a não ser as suas cadeias. Têm um mundo a ganhar. Proletários de todos os países, uni-vos!” Mas essa exortação é contraditória, porque Marx negava o livre arbítrio. Tudo já estava definido, a revolução era “inevitável”, escolhesse eu participar dela ou não. Não se pode fazer um apelo ao livre arbítrio e negá-lo ao mesmo tempo.

Além dessas duas objeções filosóficas, há também fortes objeções práticas ao comunismo. Uma delas é o fato de nenhuma das suas previsões ter dado certo. A revolução não aconteceu na data nem no lugar previsto pelos marxistas. O capitalismo não desapareceu, nem o Estado, a família e a religião. E o comunismo não produziu contentamento e igualdade em nenhum dos lugares onde ganhou força.

Marx só foi capaz de fazer uma coisa: bancar o Moisés e conduzir os tolos de volta à escravidão no Egito (mundanidade). O verdadeiro Libertador espera na coxia pelo truão “que se empavona e agita por uma hora no palco” para conduzi-lo, juntamente com os seus colegas tolos, à “empoeirada morte”, precisamente o assunto que os filósofos marxistas se negam a tocar.

Por Peter Kreeft

Professor de Filosofia no Boston College e autor de inúmeros livros sobre filosofia, apologética e moral.

Fonte: Peter Kreeft Website

Link: http://www.peterkreeft.com

Tradução: Quadrante

Fonte: https://presbiteros.org.br/

Bispos da Espanha lançam catecismo para “quem perdeu a prática da fé”

Batismo católico de adultos | Corinne SIMON/CIRIC

Por Francisco Vêneto - publicado em 30/11/23

Trata-se de adultos que foram batizados quando crianças, mas depois se afastaram da vivência da fé no cotidiano. Mas adultos não batizados também são contemplados.

Os bispos da Espanha publicaram um catecismo cujo público-alvo são os adultos que “perderam a prática da fé” – ou seja, foram batizados quando crianças, mas depois se afastaram da vivência da fé no cotidiano. A obra se chama “Buscai o Senhor” e foi lançada pela Edice, a editora da Conferência Episcopal Espanhola (CEE).

Não é uma obra isolada: ela faz parte de uma coleção de quatro volumes, dos quais os três primeiros são dedicados, respectivamente, a crianças pequenas (“Meu Encontro com o Senhor”), a crianças um pouco maiores (“Jesus é Senhor”) e aos adolescentes e jovens (“Testemunhas do Senhor”).

A nova obra, além disso, não se restringe necessariamente aos adultos já batizados que se afastaram e querem reaproximar-se de Deus, mas também se volta aos adultos que nunca foram batizados, porém começaram a conhecer o Senhor e agora desejam ser batizados. O processo formativo é o mesmo para ambos os grupos de adultos, mas as celebrações litúrgicas do Ritual de Iniciação Cristã de Adultos foram adaptadas aos diferentes níveis e condições, conforme explicou o pe. Francisco Torres, da diocese espanhola de Plasencia, à agência ACI Prensa.

A CEE considera que os adultos que recebem hoje a catequese não mantêm a mentalidade dos seus antecedentes de décadas atrás, de maneira que os formatos de se apresentar a fé requerem adaptações às realidades sociais e culturais da atualidade.

O novo catecismo para adultos se organiza em quatro etapas:

  • pré-catecumenato: o essencial da fé católica;
  • catecumenato: o conteúdo da fé católica exposto de forma sistemática, integral e orgânica;
  • purificação ou iluminação: catequese doutrinal voltada à preparação para o batismo ou à renovação das promessas batismais;
  • mistagogia: introdução ao mistério dos sacramentos e integração do novo fiel à comunidade cristã.
Fonte: https://pt.aleteia.org/

O Papa aos seminaristas franceses: conhecer o "cheiro das ovelhas" e caminhar com elas

O Papa num encontro com seminaristas no Vaticano  (VATICAN MEDIA Divisione Foto)

Na mensagem assinada pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, por ocasião do encontro nacional de seminaristas, em Paris, Francisco enfatiza a importância da "adoção de um estilo pastoral de proximidade, compaixão, humildade, gratuidade, paciência, gentileza, doação radical de si aos outros, simplicidade e pobreza", numa sociedade em que a figura do sacerdote perdeu para muitos "toda a autoridade natural".

Mariangela Jaguraba – Vatican News

O Papa Francisco enviou, nesta sexta-feira (1°/12), uma mensagem aos seminaristas da França que participam de um encontro em Paris.

No texto, assinado pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, o Papa ressalta que é "motivo de ação de graças, de esperança e de alegria constatar que muitos jovens ainda ousam, com a generosidade e a audácia da fé, e apesar dos tempos difíceis que as nossas Igrejas e as nossas sociedades ocidentais secularizadas enfrentam, comprometer-se a seguir o Senhor no seu serviço e no serviço aos irmãos e irmãs". "É por isso que eu digo a vocês: obrigado! Obrigado porque vocês dão alegria e esperança à Igreja na França, que espera e precisa de vocês", afirma o Papa no texto.

Segundo a mensagem, "ouve-se muitas coisas sobre os sacerdotes, a figura sacerdotal é muitas vezes distorcida em alguns ambientes, relativizada, às vezes considerada subalterna". "Não tenham medo: ninguém tem o poder de mudar a natureza do sacerdócio e ninguém jamais a mudará, mesmo que as modalidades de seu exercício devam necessariamente levar em conta as evoluções da sociedade atual e da situação de graves crises vocacionais crise que estamos vivendo", ressalta.

"Uma dessas evoluções sociais, relativamente nova na França, é que a instituição eclesial, e com ela a figura do sacerdote, não é mais reconhecida; ela perdeu, aos olhos da maioria das pessoas, todo o prestígio, toda a autoridade natural e, infelizmente, está até manchada." Segundo o Papa, "não se deve mais contar com ela para ser ouvido pelas pessoas que encontramos". "A única maneira possível de prosseguir com a nova evangelização solicitada pelo Papa Francisco", segundo a mensagem assinada pelo cardeal Parolin, "para que todos tenham um encontro pessoal com Cristo, é a adoção de um estilo pastoral de proximidade, compaixão, humildade, gratuidade, paciência, gentileza, doação radical de si aos outros, simplicidade e pobreza. Um sacerdote que conhece «o cheiro das ovelhas» e caminha com elas, no ritmo delas. É assim que o sacerdote tocará o coração de seus fiéis, ganhará sua confiança e os fará encontrar Cristo. Isso não é novo, obviamente; inúmeros sacerdotes santos adotaram esse estilo no passado, mas hoje se tornou uma necessidade para evitar que não tenham credibilidade ou não sejam ouvidos".

"Para viver essa perfeição sacerdotal exigente, e às vezes dura, e enfrentar os desafios e as tentações que encontrarão em seu caminho, há, queridos seminaristas, apenas uma solução: cultivar uma relação pessoal, forte, viva e autêntica com Jesus. Amem Jesus mais do que qualquer outra coisa, deixem que o seu amor seja suficiente para vocês, e vocês sairão vitoriosos de todas as crises, de todas as dificuldades", ressalta ainda a mensagem de Francisco.

O Papa recomenda aos seminaristas "como mestra de vida espiritual, Santa Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face, no aniversário de 150 anos de seu nascimento, Doutora in scientia amoris cuja admirável doutrina" eles "têm o privilégio de poder ler na língua de 'origem'". "Ela que "respira" constantemente o Nome de Jesus, o seu "único amor", guie vocês no caminho da confiança que os sustentará todos os dias e os manterá firmes sob o olhar do Senhor quando Ele os chamar a si".

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/

NAZARENO: Sangue inocente (o massacre de Herodes e a fuga para o Egito) - (6 )

Nazareno (Vatican Media)

Cap. 6 - Sangue inocente (o massacre de Herodes e a fuga para o Egito)

Depois de encontrar o Menino Jesus e adorá-lo, Baltasar, Gaspar e Melquior repousando têm o mesmo sonho: eles não devem voltar para Herodes. José também sonha, o anjo lhe pede que pegue a criança e fuja, porque Herodes quer matá-lo. A família de Jesus segue para o Egito. É uma viagem marcada pelo medo, pelo menos nos primeiros dias. José está sempre olhando ao redor, temendo que a qualquer momento, de trás de uma árvore ou do alto de uma colina arenosa, os homens de Herodes possam surgir de repente para pegar a criança e matá-la. Nesse meio tempo, Herodes, tendo percebido o engano dos magos, ordena que todas as crianças de Belém e de todo o seu território com dois anos de idade ou menos, sejam mortas. É um massacre. Jesus, Maria e José conseguem se salvar indo para o leste, em direção ao Rio Jordão e ao Mar Morto. Há deserto, mas também menos risco de encontros indesejados. Finalmente, depois de quase três semanas de caminhada, eles encontram refúgio na região do Delta do Nilo, em Bubasti, e permanecem ali por dois meses em um acampamento de exilados judeus.

https://media.vaticannews.va/media/audio/s1/2023/08/17/11/137270101_F137270101.mp3

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santo Elói (Elígio)

Santo Elói (A12)

01 de dezembro

Elói nasceu na França, na cidade de Chaptelat, no ano de 588. Era filho de camponeses, que o educaram solidamente na fé, e o encaminharam para trabalhar, pois a herança que podiam lhe dar era uma profissão.

Ainda jovem Elói ingressou na escola de ourives de Limoges, a mais conceituada da Europa da época e ainda respeitada. Ao se tornar mestre da profissão, já possuía fama pela sua competência, integridade e honestidade. Tinha alma de monge e de artista; tudo que possuía usava com os pobres. Levava uma vida austera e de oração meditativa, ganhando o apelido de “o Monge”.

Nesta época, o Rei Clotário II, desejoso de possuir um trono de ouro, reuniu grande quantidade desse metal e começou a procurar algum ouvires que lhe executasse o serviço. Mas todos os ouvires que encontrou, sendo desonestos, lhe diziam que o ouro acumulado não era suficiente. Afinal Elói, mestre afamado de ourivesaria como era, declarou que aquele ouro era suficiente para a confecção do trono.

Sendo honestíssimo, Elói fez não somente um, mas dois tronos. Admirado com a honestidade do artista, Clotário o nomeou guardião e administrador do tesouro real.

Elói realizou muitas obras de arte religiosa importantes, como o túmulo de são Martinho de Tours e o de são Dionísio. O dinheiro que recebia pelos trabalhos realizados na Corte, usava-o para resgatar prisioneiros de guerra, fundar e reconstruir igrejas, mosteiros masculinos e femininos, e para contribuir para o bem-estar espiritual e material dos mais necessitados.

Em 639, Elói ingressou para a vida religiosa. Dois anos depois foi consagrado bispo de Noyon, na região de Flandres. Dedicou-se então à evangelização e reevangelização do norte da França, Holanda e Alemanha. A região de sua diocese estava envolvida no paganismo e na idolatria; com as pregações de Elói e suas visitas às paróquias, o povo foi se convertendo até que, por fim, todo o povo estava batizado.

 Faleceu em 1º de dezembro de 659, na Holanda, durante uma missão evangelizadora. Santo Elói é padroeiro dos joalheiros e ourives.

Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:

A maior das obras de Santo Elói foi o de trabalhar com humildade e empenho o precioso material que recebeu não do rei, mas dos seus pais: uma educação nas virtudes cristãs e a seriedade e honestidade no estudo e no ofício. De fato, qualquer profissão é digna, se dedicada ao bem de Deus e do próximo. Atualmente há muito mais facilidade de acesso ao conhecimento do que em outras eras, o que deve ser valorizado e transformado em caminho de santidade. E que os pais valorizem particularmente o tesouro do qual são depositários e responsáveis: a formação cristã dos seus filhos.

Oração:

Senhor, que lapidais nossas almas como pedras preciosas, dai-nos a graça de, por intercessão de Vosso servo Santo Elói, dedicar as qualidades que me destes para o bem de todos os irmãos, em especial os mais necessitados. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, e Maria Santíssima. Amém.

Fonte: https://www.a12.com/

SÃO CHARLES DE FOUCAULD

São Charles de Foucauld (Vatican News)

01 dezembro

um jovem rico

Charles de Foucauld (1858-1916), jovem rico aristocrata francês que perdeu os pais quando criança e a fé na adolescência, é um jovem cadete da prestigiosa academia militar de Saint-Cyr que aproveita a vida intensamente. Ou talvez, de uma forma não muito diferente daquele jovem rico que corre a Jesus para lhe perguntar o que fazer para herdar a vida eterna (cf. Mc 10,17-22), sente um vazio inexplicável que tenta preencher com os prazeres do mundo. Um colega de classe recorda: “Se nunca vistes Foucauld nesta sala, deitado indolente em uma confortável poltrona enquanto saboreia um gostoso lanche de paté de fois gras, acompanhado por um bom champanhe, então nunca vistes um homem que goza a vida".

Depois de receber o diploma, Charles embarca em uma missão militar e em uma expedição geográfica para a Argélia. Lá, no vasto silêncio do deserto, entre nômades cujo estilo de vida é tão diferente do seu, começa a se fazer sentir aquele vazio que o jovem soldado tentara preencher com os bens deste mundo. Nele surge então uma pergunta silenciosa, e começa a rezar: "Meu Deus, se é verdade que você existe, deixe-me conhecê-lo".

  “Vai… vende tudo… vem”

Em 1886, de volta à França, o jovem de 28 anos confidencia seu tormento interior a um sacerdote, que sugere que se confesse – o que ele faz. Vem a fé – e com ela, os pedidos. "Vai... vende tudo... vem": o mesmo disse Jesus ao jovem do Evangelho, a quem olha com amor. Charles sente o olhar de Jesus pousar sobre ele da mesma forma inesperada e imprevisível como aconteceu com aquele outro jovem rico cerca de 2.000 anos antes. Ele sabe que é chamado a responder a esse amor com a vida.

Mas neste ponto as histórias destes dois jovens ricos se separam: de fato, o jovem do Evangelho vai embora triste, incapaz de se desfazer de seus bens. Em vez disso, Charles escreve: "No momento em que comecei a acreditar que existe um Deus, entendi que não poderia fazer outra coisa senão viver somente para Ele". Vai, portanto, vende e vai – primeiro para mosteiros trapistas na França e na Síria. Após completar seus estudos para o sacerdócio e receber a ordenação na França, ele sente o chamado para retornar ao deserto. No Saara, ele vive a vida simples e austera de um eremita entre os nômades tuaregues. Quer ser um adorador no deserto, “irmão dos mais abandonados”.

Padre Charles quer evangelizar, “não com a palavra, mas sim pela presença do Santíssimo Sacramento, pela oração e a penitência e o amor fraterno e universal”. Nas notas escritas aos irmãos cuja vida espera compartilhar, mas que nunca concretizou, escreve: “Toda a nossa existência deve ser de gritar o Evangelho”.

Gritar o Evangelho

Em 1916, o padre Charles foi assassinado por bandidos. Sua vida e sua morte solitárias foram um forte "grito" de que o único Deus, misericordioso e benevolente, é a origem e o fim de todo amor. Este irmão no deserto encarna aquela grande "confissão" descrita pelo Papa João Paulo II como a essência de toda a vida consagrada. Por uma “profunda conformação com o mistério de Cristo”, escrevia o Papa na Exortação Apostólica Vida Consagrada, “a vida consagrada realiza a título especial aquela confessio Trinitatis, que caracteriza toda a vida cristã, reconhecendo extasiada a beleza sublime de Deus Pai, Filho e Espírito Santo, e testemunhando com alegria a sua amorosa magnanimidade com todo o ser humano.”

A "confissão da Trindade" do padre Charles foi fecunda: depois da sua morte, além daquela específica comunidade religiosa que ele desejava, nasceram muitas outras comunidades. Em 2022, o Papa Francisco canoniza o mártir padre Carlos de Jesus, um jovem rico que havia vendido tudo o que possuía para seguir o Senhor.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

quinta-feira, 30 de novembro de 2023

CATEQUESE: O perigo da caridade sem a verdade

A caridade sem a verdade (Cléofas)

O perigo da caridade sem a verdade

 POR PROF. FELIPE AQUINO

Há hoje uma forte tentação de se colocar a caridade sem viver a verdade; e isso a desvirtua. Deus é amor, mas também é justiça.

A verdade e a caridade são duas virtudes fundamentais para a nossa salvação. Uma não pode ser vivida sem a outra, desprezando a outra, pois uma perde o seu valor se não observar a outra. Sem verdade não há verdadeira caridade e não pode haver salvação.

São Paulo disse que “a caridade é o vínculo da perfeição” (Cl 3, 14); “A ciência incha, mas a caridade edifica” (1Cor 8,1); “A caridade não pratica o mal contra o próximo. Portanto, a caridade é o pleno cumprimento da lei” (Rom 13, 10); “Tudo o que fazeis, fazei-o na caridade” (1 Cor 16, 14); “Mas, pela prática sincera da caridade, cresçamos em todos os sentidos, naquele que é a cabeça, Cristo” (Ef 4, 15).

Jesus disse: “Eu sou a Verdade” (Jo 14,6). O Antigo Testamento atesta: Deus é fonte de toda verdade (Pr 8,7; 2Rs 7,28). Sua Palavra é a verdade. Deus é “veraz” (Rm 3,4). Em Jesus Cristo, a verdade de Deus se manifestou plenamente. “Cheio de graça e verdade” (Jo 1,14).

São Paulo disse a S. Timóteo que “Deus quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tm 2,4). Deus quer a salvação de todos pelo conhecimento da verdade. O nosso Catecismo afirma com todas as letras:

“A salvação está na verdade” (Catecismo n. 851).

“A Igreja é a coluna e o fundamento da verdade” (1Tm 3,15). Sem a Igreja o edifício da verdade não fica de pé.

São Paulo recomenda a São Tito: “…firmemente apegado à doutrina da fé tal como foi ensinada, para poder exortar segundo a sã doutrina e rebater os que a contradizem” (Tito 1,9). “O teu ensinamento, porém, seja conforme à sã doutrina” (Tito 2,1). “…e mostra-te em tudo modelo de bom comportamento: pela integridade na doutrina, gravidade” (Tito 2,7).

Os discípulos viviam segundo esta verdade de Deus. “Perseveravam eles na doutrina dos Apóstolos, na reunião em comum, na fração do pão e nas orações” (At 2, 42).

Jesus mostrou toda a força da verdade. “Mas aquele que pratica a verdade, vem para a luz. Torna-se assim claro que as suas obras são feitas em Deus” (Jo 3, 21).

“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8,23).

Jesus mostrou aos discípulos na última Ceia, que o Espírito Santo é a fonte da Verdade; e é Ele que conduzirá a Igreja `a “plenitude da verdade” em relação à doutrina. “Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade” (Jo 16, 13).

A verdade de Jesus santifica: “Santifica-os pela verdade. A tua palavra é a verdade” (Jo 17,17). “Santifico-me por eles para que também eles sejam santificados pela verdade” (Jo 17,19). Por tudo isso, Jesus veio ao mundo para dar testemunho da verdade: “Perguntou-lhe então Pilatos: És, portanto, rei? Respondeu Jesus: Sim, eu sou rei. É para dar testemunho da verdade que nasci e vim ao mundo. Todo o que é da verdade ouve a minha voz” (Jo 18,37).

Muitos querem apenas o “Deus que é Amor”, mas se esquecem do Deus que é também a Verdade. Esta é uma “porta estreita” que muitos não querem entrar, mas é a “porta da vida” (Mt 7,13). A Igreja é muitas vezes criticada exatamente porque não abre mão da verdade. Não aceita fazer a caridade sem observar a verdade. Paulo VI disse que o mal do mundo é “propor soluções fáceis para problemas difíceis”. São soluções que não resistem a uma análise ética e moral porque não respeitam a verdade revelada.

Santo Agostinho recomendava com sua sabedoria e santidade: “Não se imponha a verdade sem caridade, mas não se sacrifique a verdade em nome da caridade”. Muitos querem ser bonzinhos e sacrificam a verdade em nome da caridade; é o relativismo moral, que passa por cima do que a Igreja ensina no Catecismo.

A caridade sem observar a verdade é ser maquiavélico; isto é, aceitar que “os fins justificam os meios”. São Tomás disse que a base da moral é esta: “Não é lícito fazer o bem por meios maus”. Bento XVI disse na sua encíclica “Caritas in veritate” que: “a caridade sem a verdade é sentimentalismo”.

Não posso, por exemplo, querer fazer caridade com dinheiro roubado, ou tirado do narcotráfico. Não posso ajudar os pobres usando da corrupção. Não posso, “por caridade” dizer a um casal de segunda união que podem comungar, ou dizer a uma dupla de homossexuais que o amor deles justifica a sua vida sexual. Não se pode dizer aos jovens que namoram que o amor deles justifica o sexo antes do casamento. Não se pode recomendar o uso da “camisinha” para evitar a AIDS, porque é um meio é mau, imoral, que estimula o sexo fora do casamento. Não se pode promover a justiça através da luta de classes, e do desrespeito às leis. Não se pode invadir terras e casas dos outros para promover a justiça. Os fins não justificam os meios. E isto acontece quando a caridade é vivida sem observar a verdade. E assim por diante, vemos hoje muitos sacrifícios da verdade de Deus em nome de uma “falsa caridade”.

A verdade norteia o bom uso da caridade, para que ela não se desvirtue. Não se pode “fazer o bem através de um fim mal”. Sem a verdade a caridade é falsa, e não pode haver salvação.

Prof. Felipe Aquino

Fonte: https://cleofas.com.br/

Por que é importante rezarmos pelo Papa Francisco?

Antoine Mekary | ALETEIA

Por Valdemar De Vaux - publicado em 30/11/23

Desde o primeiro dia do seu pontificado, o Papa Francisco tem pedido constantemente: "Rezem por mim". Eis as explicações.

No dia 13 de março de 2013, quando apareceu pela primeira vez na varanda da Basílica de São Pedro logo após a sua eleição como Papa, Francisco dirigiu-se aos fiéis para pedir-lhes que rezassem por ele: “Rezem por mim, eu tenho um trabalho muito difícil”, disse ele.

 Desde então, o sucessor de Pedro nunca deixou de pedir isso a quem quer que encontre. Por que tanta insistência? Essa é, precisamente, a pergunta que um jornalista fez ao Papa na viagem de regresso da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Rio, após alguns meses de pontificado. Aqui está parte da resposta do pontífice:

“Eu sempre pedi isso. Quando eu era padre pedia isso, mas não com tanta frequência. Comecei a pedir isso com certa frequência quando me tornei bispo, porque sinto que se o Senhor não ajudar nesse trabalho de apoiar o povo de Deus a seguir em frente, não conseguiremos… Sinto realmente que tenho muitas limitações, muitos problemas, que eu também sou pecador – você sabe disso– e eu tenho que pedir isso”.

O primeiro objetivo da oração pelo Papa, portanto, é confiar o homem Jorge Bergoglio ao Senhor, para que receba o apoio sobrenatural do Espírito Santo. Francisco já detalhou o que entende por “rezar”: “A oração não é uma boa prática para colocar o coração em paz nem uma força para a devoção, para obter de Deus o que queremos. Se assim fosse, seria movida por um sutil egoísmo […] Numa palavra, significa: confiar – confiar a Igreja, confiar as pessoas, confiar as situações ao Pai, para que Ele cuide delas.”

O Papa, sinal da unidade do povo de Deus em torno de Cristo

A importância da intercessão pelo Santo Padre reside também na função exercida por ele. O sucessor de Pedro está, de fato, no coração da Igreja, o sinal da unidade do povo de Deus em torno de Cristo. Já nos Atos dos Apóstolos, todos os discípulos oraram por Pedro quando ele estava preso. 

Portanto, nunca deixe de rezar pelo Papa. Se você não sabe como fazê-lo, abaixo apresentamos uma sugestão de prece em intenção do Santo Padre.

Oremos pelo nosso Pontífice (Francisco)

℟. Que o Senhor o conserve, e lhe dê vida, e o faça santo na terra, e não o entregue à vontade de seus inimigos.

℣. Tu és Pedro,

℟. E sobre esta pedra edificarei a minha Igreja.

Oremos.

Deus, pastor e guia de todos os fiéis, olhai cheio de bondade para o vosso servo, o Papa (Nome), a quem quisestes colocar à frente da vossa Igreja como pastor. Concedei-lhe, Vos pedimos, a graça de fazer, por suas palavras e por seu exemplo, com que progridam na virtude aqueles de quem é chefe, e chegue, com o rebanho que lhe foi confiado, à vida eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF