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segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

Primeira Pregação do Advento 2023 do cardeal Raniero Cantalamessa (3/3)

1ª Pregação do Advento 2023 *Vatican Media)

Primeira Pregação do Advento 2023 do cardeal Raniero Cantalamessa

"Jesus não espera que os pecadores mudem de vida para poder acolhê-los; mas os acolhe, e isso leva os pecadores a mudar de vida. Todos os quatro Evangelhos – Sinóticos e João – são unânimes nisso."

Fr. Raniero Card. Cantalamessa, OFMCap

“VOZ DE QUEM CLAMA NO DESERTO”

João Batista, o moralista e o profeta

Primeira Pregação do Advento de 2023

Na liturgia do Advento, nota-se uma progressão. Na primeira semana, a figura de destaque é o profeta Isaías, aquele que anuncia de longe a vinda do Salvador; no segundo e terceiro domingos, o guia é João Batista, o precursor; na quarta semana, a atenção se concentra toda em Maria. Este ano, tendo apenas duas meditações à disposição, pensei dedicá-las aos dois: ao Precursor e à Mãe. Nas iconóstases dos irmãos Ortodoxos, os dois estão um à direita e o outro à esquerda de Cristo e, frequentemente, são apresentados como dois “recepcionistas” dos lados da porta que introduz ao recinto sacro.

Uma evangelização nova no fervor

São João Paulo II caracterizou a nova evangelização como uma evangelização – cito – “nova no fervor, nova nos métodos e nova nas expressões”. João Batista é mestre para nós sobretudo na primeira destas três coisas, o fervor. Ele não é um grande teólogo; tem uma cristologia bastante rudimentar. Ainda não conhece os mais altos títulos de Jesus: Filho de Deus, Verbo, e nem mesmo o de Filho do homem.

Usa imagens simplicíssimas. “Não sou digno – afirma – de desatar a correia da sua sandália...”. Mas, apesar da pobreza de sua teologia, como consegue fazer ouvir a grandeza e unicidade de Cristo! O mundo e a humanidade aparecem, das suas palavras, todos contidos como dentro de uma joeira, ou uma peneira, que ele, o Messias, segura e balança em suas mãos. Diante dele se decide quem fica e quem cai, quem é o bom grão e quem é palha que o vento dispersa. O exemplo do Precursor nos diz que todos podem ser evangelizadores!

Comentando as palavras de São João Paulo II que recordei, alguém, a seu tempo, observou que a nova evangelização pode e deve ser, sim, nova “no fervor, no método e na expressão”, mas não nos conteúdos, que permanecem os de sempre e que derivam da revelação. Em outras palavras: que pode e deve haver uma nova evangelização, mas não um novo Evangelho.

Tudo isso é verdade. Não pode haver conteúdos total e verdadeiramente novos. Pode, contudo, haver conteúdos novos, no sentido de que, no passado, não eram enfatizados o bastante, que permaneceram na sombra, pouco valorizados. São Gregório Magno dizia: “Scriptura cum legentibus crescit” (Moralia in Job, 20,1,1), a Escritura cresce com quem a lê. E, em outro trecho, explica também o porquê. “De fato – afirma – alguém compreende [as Escrituras] tanto mais profundamente quanto mais profunda for a atenção que a elas dedica” (Hom in Ez. I,7,8). Este crescimento se realiza primeiramente em nível pessoal no crescimento em santidade; mas se realiza também em nível universal, à medida que a Igreja avança na história.

O que às vezes torna tão difícil aceitar o “crescimento” de que fala Gregório Magno é a pouca atenção que se dá à história do desenvolvimento da doutrina cristã das origens a hoje, ou um conhecimento muito superficial e manualístico dela. Tal história demonstra, de fato, que esse crescimento sempre houve, como demonstrou em um famoso ensaio o Cardeal John Newman.

A Revelação – Escritura e Tradição juntas – cresce conforme instâncias e provocações lhe são postas no curso da história. Jesus prometeu aos apóstolos que o Paráclito os teria guiado “a toda a verdade” (Jo 16,13), mas não precisou em quanto tempo: se em uma ou duas gerações, ou, ao invés – como tudo parece indicar –, por todo o tempo que a Igreja for peregrina sobre a terra.

A pregação de João Batista nos oferece a ocasião para uma observação atual e importante justamente a propósito deste “crescimento” da palavra de Deus que o Espírito Santo opera na história. A tradição litúrgica e teológica pegou dele sobretudo o grito: “Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!”. A Liturgia nos repropõe a cada Missa antes da comunhão, depois que o povo cantou por três vezes: “Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós”.

Na realidade, porém, esta é apenas metade da profecia do Batista sobre Cristo. Ele logo acrescenta, quase de um só fôlego, e em todos os quatro Evangelhos: “Ele vos batizará com o Espírito Santo!” (cf. Jo 1,33), e ainda: “Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Mt 3,11). A salvação cristã não é, portanto, algo apenas de negativo, um “tirar o pecado”. É sobretudo algo de positivo: é um “dar”, um infundir: vida nova, vida do Espírito. É um renascimento.

A destruição do pecado parece a via e a condição para o dom do Espírito, que é o objetivo último, o dom supremo. O capítulo terceiro da Carta aos Romanos sobre a justificação do ímpio jamais deve ser desligado do capítulo oitavo sobre o dom do Espírito, com aquela mensagem libertadora que deveria ressoar mais frequentemente em nossa pregação: “Agora, portanto, já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus. Com efeito, a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, libertou-te da lei do pecado e da morte” (Rm 8,1-2).

Certo, este aspecto positivo jamais foi esquecido. Mas, talvez, nem sempre se insistiu o bastante sobre ele. Temos corrido o risco, na espiritualidade ocidental, de ver o cristianismo, sobretudo em chave “negativa”, como a solução do problema do pecado original; como algo, por isso, de sombrio e deprimente. Explica-se assim, ao menos em parte, a sua rejeição da parte de vastos setores da cultura, como aqueles representados por Nietzsche, na filosofia, e pelo dramaturgo norueguês Ibsen, na literatura. A maior atenção à ação do Espírito Santo e aos seus carismas que, há algum tempo, está em ato em todas as Igrejas cristãs, é um exemplo concreto da Escritura que “cresce com quem a lê”.

Os santos amam continuar, do céu, a missão que desempenharam quando vivos sobre a terra. Santa Teresa do Menino Jesus – de quem recorre este ano o 150º aniversário do nascimento – pôs isso como uma espécie de condição a Deus para ir ao céu. São João Batista ama, também ele, ser ainda o precursor de Cristo, ama preparar-lhe os caminhos. Emprestemos-lhe a nossa voz!

Contemplando, na Deesis, o ícone do Precursor com as mãos estendidas para o Cristo e o olhar suplicante, a Igreja Ortodoxa lhe dirige esta oração, que podemos fazer nossa:

Aquela mão que tocou a cabeça do Senhor e com a qual nos indicastes o Salvador, estendei-a agora, ó Batista, para ele em nosso favor, em virtude daquela segurança de que largamente gozas, pois, segundo o seu próprio testemunho, vós fostes o maior de todos os profetas; dirigi a ele, ó Batista, os olhos que viram o Espírito Santo descido em forma de pomba, para que ele nos manifeste a sua graça.

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Tradução de Fr. Ricardo Farias, OFMCap.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Vunibaldo

São Vunibaldo (A12)

 18 de dezembro

São Vunibaldo

Vunibaldo nasceu em 701, em Kent, Inglaterra. Era filho do rei São Ricardo e irmão de São Vilibaldo e Santa Valburga.

Em 720 partiu com o pai e o irmão em peregrinação para a Terra Santa, passando antes por Roma. Mas seu pai adoeceu durante a viagem e morreu na cidade italiana de Luca. Os dois irmãos ficaram juntos em Roma por dois anos e depois seguiram rumos diferentes. Vilibaldo partiu para a Palestina e ele ali permaneceu estudando por mais 16 anos.

Em 738, Vunibaldo foi ordenado sacerdote e auxiliou o tio, São Bonifácio, que pedira sua ajuda, na evangelização da Alemanha. Mas ansiava pela vida monástica e contemplativa, e depois de certo tempo com o tio, e de cinco anos na corte, a pedido do Duque Odilon, decidiu-se a construir um mosteiro. Comprou um terreno em Heidenheim, para onde se retirou com alguns companheiros, e teve ajuda do seu irmão Vilibaldo, bispo de Eichestat, para se estabelecer. Logo nomeado abade, dedicou-se a reforçar a fé da população que, supersticiosa, recaía no paganismo. Combateu firmemente esta vida viciosa, pelo que ele e seus monges sofreram ameaças de morte e incêndio.

Com o tempo, Vunibaldo ficou muito doente e já não conseguia mais ir até a igreja, pedindo então que fosse colocado um pequeno altar na sua cela. Finalmente pôde ficar mais tempo na quietude da oração que tanto desejara, na contemplação do Santíssimo Sacramento. Faleceu não muito tempo depois, a 18 de dezembro de 761.

 Sua irmã e biógrafa, Santa Valburga, relatou com detalhes os prodígios que aconteciam na sua simples presença, prodígios estes confirmados por outros registros e pela tradição oral. Seu culto está difundido principalmente entre os povos germânicos.

Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:

Mesmo desejando para si uma vida de maior contemplação, solidão e silêncio, São Vunibaldo não se opôs aos diferentes chamados de Deus ao longo da sua vida, mas ao contrário desempenhou com fidelidade e competência atividades pastorais, viajou, e participou da vida na corte. É comum que nossos planos pessoais, muitas vezes, não coincidam com o que Deus nos indica a fazer. O testemunho universal de todos os santos é que, renunciando à nossa vontade e cumprindo a Dele, alcançaremos o que de fato precisamos e o que nossa alma verdadeiramente anseia, ainda que nossas percepções e sentidos mais superficiais sugiram enganosamente outros caminhos.

Oração:

Deus de infinita sabedoria e bondade, dai-nos a graça de, por intercessão de São Vunibaldo, Vosso obediente servo, vivermos na prática o que rezamos na oração que nos ensinastes: “Seja feita a Vossa vontade, assim na Terra com no Céu”, para alcançarmos as alegrias que quereis nos dar nesta e na próxima vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora, obedientes até a Cruz. Amém.

Fonte https://www.a12.com/

domingo, 17 de dezembro de 2023

A belíssima explicação de João Paulo II sobre a árvore de Natal

ORION PRODUCTION I Shutterstock

Por Agnès Pinard Legry - publicado em 15/12/23

João Paulo II explicou como a tradição da árvore de Natal tornou-se uma exaltação ao valor da vida.

À medida que o Natal se aproxima, as árvores de Natal e os presépios ganham lugar de destaque nas casas e empresas. E, se o significado do presépio parece bastante óbvio para os fiéis, o da árvore pode ser mais vago. 

Esta tradição “exalta o valor da vida porque no inverno o abeto perene torna-se sinal de vida que não morre”, explicou com delicadeza João Paulo II em dezembro de 2004 durante um Angelus. “Normalmente, na árvore decorada e aos seus pés, são colocados presentes de Natal. O símbolo torna-se, assim, eloquente também num sentido tipicamente cristão: evoca a «árvore da vida» (cf.  Gn 2, 9 ), figura de Cristo, dom supremo de Deus à humanidade”, disse ele.

Para João Paulo II, a mensagem da árvore de Natal é, portanto, que a vida permanece “sempre verde” a partir do momento em que se torna um presente. “Não tanto as coisas materiais, mas a si mesmo, na amizade e no carinho sincero, na ajuda fraterna e no perdão, no tempo partilhado e na escuta mútua”, explicou o pontífice.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Papa Francisco completa 87 anos

Aniversário do Papa Francisco (Vatican Media)

Em seu aniversário, Papa convida crianças a preparar o coração para o Natal

Como em todos os anos, desde 2023, os pequenos assistidos no centro pediátrico do Vaticano celebraram o aniversário do Papa. Na Sala Paulo VI, entre cantos e espetáculos circenses, desejaram felicidades ao Papa, que lhes agradeceu e pediu que pensassem em Jesus diante do iminente nascimento do Filho de Deus. “A gratidão é a memória do coração", lê-se no bolo preparado para ele.

https://youtu.be/aHy2-3GkpwY

Michele Raviart - Cidade do Vaticano

São os sorrisos a iluminar a Sala Paulo VI, no Vaticano, no dia do 87º aniversário do Papa Francisco. As crianças do dispensário de Santa Marta, como acontece desde 2023, festejaram o aniversário do Pontífice com cantos e abraços e o que o Papa pede para terem enquanto se espera o Natal. “Devemos nos preparar para uma grande festa”, diz de improviso, depois de cumprimentar as crianças e recebê-las ao pé do palco da Sala Nervi.

As felicitações de Francesco

“Pensemos, preparemos o coração para o Natal para receber Jesus”, sugeriu, convidando todos a pensar – em silêncio e de olhos fechados – sobre o que pedir a Jesus na Festa em que celebramos a sua vinda em meio a nós. Em seguida, expressa sua gratidão por poder ver tantas crianças ao seu lado. Os votos são de um feliz Natal e que o Senhor possa atender cada desejo.

Um espetáculo para o Papa

Com a ajuda dos artistas circenses do circo Vassallo, as crianças do Dispensário se apresentaram diante do Papa com acrobacias e números de palhaços, sob aplausos do aniversariante, das cerca de 200 famílias das crianças assistidas pela estrutura pediátrica vaticana, dos voluntários da Atlética Vaticana que os acolheram, do presidente, cardeal Konrad Krajewski, prefeito do Dicastério para o Serviço da Caridade e da diretora Irmã Anna Luisa Rizzello.

A gratidão é a memória do coração

O “parabéns”, cantado por um pequeno coro, finalmente acompanhou a chegada do bolo, com a inscrição: “A gratidão é a memória do coração. Feliz Aniversário, Papa Francisco!”,  e uma decoração do Pontífice pegando pela mão as crianças de todo o mundo. O bolo foi confeccionado pelo pizzaiolo Vincenzo Staiano que, como todos os anos, levará a vela apagada pelo Papa ao Santuário de Nossa Senhora de Pompéia.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pesquisa mostra a importância das brincadeiras no desenvolvimento infantil

Há várias opções de atividades orientadas que favorecem o amadurecimento cognitivo das crianças - (crédito: Reprodução/Freepik)

Por Isabella Almeida

postado em 16/12/2023

Brincar também faz parte da educação e do desenvolvimento infantil. No entanto, especialistas advertem que as crianças nos Estados Unidos passaram a brincar sem orientação ou com ausência de alguém para guiar. Para eles, é fundamental estimular os jogos para estímulo da cognição. Pesquisa detalhada, na revista Frontiers, com 1.172 pais norte-americanos revela que, embora reconheçam a relevância do lúdico para o bem-estar infantil, há necessidade de conscientização sobre a aprendizagem orientada pelo jogo em áreas como leitura e matemática.

Os pais ouvidos pela pesquisa têm entre 18 e 75 anos, e os filhos, de 2 a 12 anos, demonstram preferência por brincadeiras livres, considerando-as mais benéficas para a aprendizagem, seguidas por brincadeiras guiadas, jogos e instrução direta. A escolaridade e renda familiar influenciam essas percepções, com responsáveis mais instruídos e com maior renda inclinados a valorizar a brincadeira livre como método mais eficaz. Os pais de filhas meninas se mostraram mais propensos a classificar as brincadeiras livres como mais educativas do que quem tinha meninos.

Apesar do consenso atual destacar a eficácia da diversão guiada para habilidades STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática), a pesquisa mostra que muitos pais não alinham suas percepções com as evidências científicas. A necessidade de educar os responsáveis sobre a importância da brincadeira orientada é enfatizada, especialmente quando se observa que o conhecimento sobre o desenvolvimento cognitivo infantil está diretamente relacionado à valorização do lúdico.

Conforme a primeira autora do trabalho, Charlotte Wright, do Laboratório de Linguagem Infantil da Universidade Temple, nos EUA, houve um avanço em relação à postura parental ao longo dos anos. "Até recentemente, as pessoas consideravam geralmente a diversão o oposto do trabalho e da aprendizagem. O que vemos no nosso estudo é que esta separação já não existe aos olhos dos pais: um desenvolvimento positivo", reforçou, em comunicado.

Alerta 

Embora deixar os pequenos livre para se divertirem seja essencial, os especialistas enfatizam a brincadeira guiada como uma abordagem mais eficaz para apoiar a aprendizagem em áreas específicas, como leitura e STEM. A autora sênior, Kathy Hirsh-Pasek, professora do Laboratório de Linguagem Infantil da Universidade Temple, na Pensilvânia, nos Estados Unidos, sublinha que é preciso ajudar os cuidadores de crianças a compreenderem a necessidade da diversão orientada.

"Para que eles possam criar oportunidades de brincadeira guiada em experiências cotidianas, como lavar roupa, passear no parque ou brincando com um quebra-cabeça. À medida que os pais passam a encarar estes momentos como momentos de aprendizagem nas brincadeiras diárias, os seus filhos prosperarão, ao mesmo tempo que se divertirão mais sendo pais", frisou, em nota.

Segundo Lucas Benevides, psiquiatra e professor de medicina do Centro Universitário Ceub, em Brasília, esse tipo de atividade permite que as crianças explorem, experimentem e entendam o mundo ao seu redor de maneira natural e intuitiva. "Durante a brincadeira guiada, elas desenvolvem habilidades sociais, como a cooperação e a resolução de conflitos, além de habilidades cognitivas, como a solução de problemas e o pensamento criativo."

Difícil

A brincadeira guiada pode ser feita em casa e na sala de aula e é iniciada pelo adulto, ao mesmo tempo que permite que a criança conduza a sua aprendizagem para um objetivo específico — conduzir a exploração e fazer as escolhas. Os autores deram um exemplo de cenário: "O pai de uma criança diz: Gostaria de saber se podemos construir uma torre alta com esses blocos. Ele segue então o exemplo do filho fazendo perguntas para apoiá-lo, quando necessário, como: Nossa torre continua caindo quando colocamos o bloco azul no fundo! Qual é outro bloco que poderíamos tentar?"

Andressa Maceno, psicóloga infantil do Hospital Santa Lúcia Sul, reforça que existem diversos jogos educativos facilitadores do processo de aprendizagem e que é interessante estimular a imaginação e a criatividade, com brincadeiras como contação de histórias, que utilizam desenho livre, tintas ou colagem. "Propor atividades que possam ser criadas juntas estimula a criança ao entendimento da importância do estabelecimento de regras e limites, como pedir ajuda para criar um circuito de competição em grupo. Brincadeiras que contêm com a interação de grupo, tal qual pique-esconde ou batata quente. Há também ações que estimulam a orientação espacial e do sensorial de quente e frio."

Elias Balthazar, psicólogo, fundador e CEO da plataforma Terapia de Bolso, ressalta que a prática pode ser utilizada até mesmo na hora de chamar a atenção dos pequenos. "Pesquisar uma história clássica ou animação que mostre uma lição de moral é muito mais assertivo que dar cintadas. É importante, desenvolver amizade verdadeira com a criança, as primeiras brincadeiras podem ser mais espontâneas para ver quais são as atividades que ela mais se interessa. A diversão pode ser até na hora de fazer um bolo, dar banho no pet, fazer a jardinagem ou lavar o carro. É sempre possível se conectar com elas e ensinar uma nova visão."

Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/

NAZARENO: A fé do centurião (cura do servo de um romano em Cafarnaum) - (21)

Nazareno (Vatican Media)

Cap. 21 - A fé do centurião (cura do servo de um romano em Cafarnaum)

Depois de concluir o Sermão da Montanha, Jesus volta para Cafarnaum. Assim que entram na cidade, encontram uma pequena multidão esperando por eles. Homens e mulheres pedindo uma oração, uma bênção, uma cura. Entre eles, ao fundo, está o centurião romano Sérvio Emílio Félix, que veste o uniforme militar, geralmente odiado pelos israelitas por ser um sinal e símbolo da ocupação que sofreram, mas ele é querido, respeitoso e colaborou na construção da nova sinagoga. Ele tem uma grande tristeza em seu coração: seu fiel servo, Filone, está morrendo. Não se considerando digno de se aproximar e falar com Jesus, ele pede a alguns anciãos da cidade, seus amigos, que atuem como embaixadores. Eles lhe pedem que salve o servo. "Irei à sua casa e o curarei", diz o nazareno ao centurião. "Senhor, não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei somente uma palavra, e o meu servo será curado." "Vá, que aconteça como você acreditou." Naquele instante, seu servo foi curado. O soldado romano não consegue dizer uma palavra sequer, ele agradece com os olhos cheios de lágrimas. Ele corre para casa e encontra Filone completamente curado.

https://media.vaticannews.va/media/audio/s1/2023/12/15/11/137544107_F137544107.mp3

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Os 3 mortos que Jesus ressuscitou – e os 3 pecadores que eles representam

Ilya Repine (1871) - Public Domain

Por Reportagem local - publicado em 21/06/17

A menina abrigada na casa do pai; o filho da viúva fora de casa, mas ainda não no sepulcro; e Lázaro já sepultado.

Santo Agostinho, em seu Sermão 98, nos oferece uma fascinante reflexão sobre os três mortos que Jesus ressuscitou de modo visível e os três tipos de pecadores que eles podem representar:

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No Evangelho (São Lucas 7, 11-17) encontramos três mortos ressuscitados pelo Senhor de forma visível e milhares de forma invisível.

A filha do chefe da sinagoga, o filho da viúva de Naim e Lázaro são símbolo dos três tipos de pecadores ainda hoje ressuscitados pelo Senhor. A menina ainda estava em casa de seu pai; o filho da viúva não estava mais na casa da mãe, mas ainda não estava no túmulo; e Lázaro já estava sepultado.

Albert von Keller - Public Domain

Assim, há pessoas com o pecado dentro do coração, mas que ainda não o cometeram. Tendo consentido no pecado, ele habita na sua alma como um morto, mas que não saiu ainda porta afora. Ora, acontece com frequência aos homens esta experiência interior: depois de terem escutado a palavra de Deus, parece-lhes que o Senhor lhes diz: “Levanta-te!“. E, condenando o consentimento que haviam antes dado ao mal, retomam fôlego para viver na salvação e na justiça.

James Tissot - Public Domain

Outros, após aquele consentimento, partem para os atos, transportando assim o morto que traziam escondido no fundo do coração para expô-lo diante de todos. Deveremos deixar de ter esperança a seu respeito? Acaso não disse o Salvador ao jovem de Naim: “Eu te ordeno: Levanta-te!“? Acaso não o devolveu à mãe? O mesmo acontece a quem agiu desse modo: tocado e comovido pela Palavra da Verdade, ressuscita pela voz de Cristo e volta à vida. É verdade que ele havia dado mais um passo na via do pecado, mas não pereceu para sempre.

Luca Giordano - Public Domain

Já os que se embrenham nos maus hábitos a ponto de perderem a noção do próprio mal que cometem, esses procuram defender os seus maus atos e se enraivecem quando alguém os censura. A esses, esmagados pelo peso do hábito de pecar, albergam as mortalhas e os túmulos e cada pedra colocada sobre o seu sepulcro não é mais do que a força tirânica desse mau uso que lhes oprime a alma e não lhes permite nem levantar-se nem respirar.

Por isso, irmãos caríssimos, façamos de tal modo que quem vive viva e quem está morto volte à vida e faça penitência. Os que vivem conservem a vida e os que estão mortos apressem-se a ressuscitar.

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Santo Agostinho, Sermão 98

Fonte: https://pt.aleteia.org/

São Lázaro

São Lázaro (A12)

17 de dezembro

São Lázaro

Lázaro morava com suas irmãs Marta e Maria em Betânia, na Judeia, numa propriedade agrícola, a cerca de cinco quilômetros de Jerusalém. Aparentemente, os três eram solteiros, e muito respeitados na comunidade hebraica pela honestidade e religiosidade. Em sua casa Jesus muitas vezes se hospedava, e Lázaro, particularmente, era amigo muito próximo do Senhor. O ponto alto desta amizade nos é relatada no Evangelho de São João (cf. cap. 11,1-45; cap. 12,1-11), quando Marta e Maria mandam avisar Jesus, distante em outro lugar, de que Lázaro, “aquele que Tu amas”, estava enfermo em Betânia. Apesar da mensagem, Jesus ainda Se demorou dois dias antes de ir vê-los, e o fez sabendo da hostilidade dos judeus para Consigo, pois lá haviam tentado apedrejá-Lo há não muito tempo. Jesus sabia que Lázaro já havia morrido quando partiu, e de fato, quando Ele e os Apóstolos chegaram, fazia quatro dias que estava enterrado, segundo o costume judeu: numa gruta, com a entrada fechada por uma pedra.

Tanto Marta quanto Maria disseram a Jesus, “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido!”, pois acreditavam que o Senhor poderia curá-lo; porém, embora acreditassem também na ressurreição dos mortos ao final dos tempos, não lhes ocorreu que Jesus poderia ressuscitar Lázaro diretamente. Jesus Se emocionou profundamente com as lágrimas de Maria, e chorou à entrada do túmulo de Lázaro, o que chamou a atenção dos judeus que haviam comparecido para dar condolências às irmãs: “Vede como Ele o amava!”. Também emocionado com os comentários do povo, de que Ele, tendo antes dado a vista a um cego de nascença, poderia ter curado Lázaro, Jesus ordenou que tirassem a pedra que selava o sepulcro.

Marta estranhou, alegando que o corpo já exalava mau cheiro, mas Cristo lembrou-lhe o que conversaram pouco antes, de que ela devia crer na ressurreição e também Nele, o Cristo. Assim, retirada a Pedra, Jesus dirigiu-Se primeiramente ao Pai, em benefício dos circundantes, para que acreditassem; e em alta voz ordenou“Lázaro, vem para fora!”. Imediatamente o ressuscitado saiu, ainda com os pés e as mãos atados com as faixas fúnebres e o rosto coberto por um sudário. Jesus mandou que o libertassem – “Desatai-o e deixai-o ir”; e, por causa deste milagre, muitos judeus se converteram.

Informados os fariseus do acontecido, reuniram-se em conselho, não felizes pelo milagre e pela vida de Lázaro, mas com ódio do Senhor, pois alegavam entre si que se Ele continuasse a fazer tais portentos, todo o povo se converteria e – ao menos no seu entender – proclamaria, numa revolta, Jesus como rei, quando então “...os romanos virão e arruinarão a nossa cidade e toda a nação” em represália. Diante desta perspectiva, decidiram matar Jesus. E deliberaram igualmente assassinar Lázaro, “pois, por sua causa, muitos se afastavam dos judeus e criam em Jesus”.

Contudo, dias depois do milagre, Lázaro e suas irmãs ofereceram em Betânia um jantar a Jesus, a seis dias da Páscoa. É este o último momento em que os três são mencionados nos Evangelhos. Há indícios concretos, além da tradição e escritos muito antigos, que apontam a viagem de Lázaro e suas irmãs para a ilha de Chipre depois da ressurreição de Cristo, onde ele se tornou bispo de Cítio, hoje Lamaca: em 890, na Basílica de São Lázaro (padroeiro desta cidade), antes um templo cristão do século V, descobriu-se uma lápide com a inscrição: “Lázaro, amigo de Cristo”. E em 1972 arqueólogos encontraram uma arca de mármore, escondida num local abaixo da Basílica, com inscrições de que ali estavam os restos mortais de São Lázaro. Como em 890 relíquias haviam sido trasladadas para Constantinopla, e posteriormente para a França pelos Cruzados, esta arca contém ainda uma parte delas.

 Esta igreja, assim como a casa de Lázaro e o seu túmulo em Betânia (os dois últimos desde o início do Cristianismo, segundo São Jerônimo), são locais de peregrinação e visitação.

Reflexão:

A ressurreição de Lázaro foi o último grande milagre, e portanto sinal, na vida pública de Jesus, tornando-o a prova viva da divindade de Cristo, Senhor da vida e da morte. Um aspecto importante a ser destacado é a espera de quatro dias de morte que Jesus estabelece para agir, pois os judeus tinham a norma de esperar três dias completos até oficialmente reconhecer o falecimento de alguém; o Senhor ultrapassa em um dia, ainda, este limite, de modo a que não se pudesse contestar de nenhum modo a evidência do Seu poder divino, e de fato Marta Lhe afirma que o corpo do irmão “já cheira mal”, isto é, já estava em processo de decomposição. Diante de evidência tão cabal, a liberdade humana é obrigada a escolher radicalmente entre somente duas opções: ou a conversão a Deus, para uma vida que nos mereça ser também conhecidos como “amigo de Jesus”, e “aquele que Jesus ama”, ou… querer matá-Lo, como os fariseus, isto é, renunciar a que Deus seja nosso amigo, nossa Vida, para ocupá-la com vãs especulações sobre as possibilidades mundanas e o modo de ajustar-se aos príncipes deste mundo. No primeiro caso, seremos também “Lázaro”, nome de origem grega cujo correspondente em Hebraico é Eleazar, que significa "Deus ajudou". E por isso Nosso Senhor não permitirá a nossa morte, ainda que tramada pelos inimigos mais fortes do que nós, e, levado às lágrimas pela emoção amorosa da Sua amizade infinita, nos ressuscitará para a infinita Comunhão com Ele mesmo, que é a Vida. (Lázaro, mesmo ameaçado pelos fariseus, foi viver em nova terra…). É fazer nosso o diálogo de Marta com o Cristo: “Disse-lhe Jesus: ‘Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em Mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo aquele que vive e crê em Mim, jamais morrerá. Crês nisso?’. Respondeu ela: ‘Sim, Senhor. Eu creio que Tu és o Cristo, o Filho de Deus, Aquele que devia vir ao mundo’”. No segundo caso, agiremos planejando a morte de Cristo no mal feito aos irmãos, cometendo crimes de todas as espécies e a seguir mentindo para tentar enganar os demais, como pretenderam os fariseus com a eliminação da “evidência” que era Lázaro, e depois, da mesma forma, espalhando que o Cristo não havia ressuscitado, mas que Seu corpo fôra roubado pelos discípulos… atitudes monstruosas, infelizmente de absoluta atualidade, na cultura, na política, nas ideias, e até mesmo na espiritualidade. Só é possível sair da morte para a vida renunciando ao pecado, que é filho da mentira, e sendo amigos de Cristo, Caminho, Verdade e Vida.

Oração:

Senhor Deus, em cujo amor e amizade infinitos nos fizestes Vossa própria imagem e semelhança, concedei-nos por intercessão de São Lázaro, tão querido e próximo de Vós, a graça de sairmos para fora da escura e fria gruta do pecado e da mentira, e desatai as faixas de concupiscência que nos prendem ao que é passageiro e mortal, de modo a que possamos ir definitivamente para Vós. Que de cada um nós se possa também dizer, “Vede como Ele o amava!”. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.

Fonte: https://www.a12.com/

sábado, 16 de dezembro de 2023

Advento: um antídoto contra o tédio

Halfpoint - Shutterstock

Por Philip Kosloski - publicado em 15/12/23

"O Advento é o tempo da presença e da espera eterna. Precisamente por esta razão é, de modo particular, o tempo da alegria, de um júbilo interiorizado, que nenhum sofrimento pode anular", disse Bento XVI.

No mundo de hoje, é relativamente fácil ficar entediado com o momento presente e com a vida em geral. Ao procurar se divertir com a última postagem viral nas redes sociais, é possível afundar-se no tédio da vida que corrói as profundezas da alma. Mas, e se o Advento nos ajudasse a ir contra essa tendência?

O remédio para este tédio, segundo o Papa Bento XVI, é viver na esperança e na expectativa da união final com Deus. Numa homilia do Advento de 2009, o Papa Bento XVI explicou como a espera pode tornar-se “insuportável”:

“Existem modos muito diferentes de esperar. Se o tempo não foi preenchido por um presente dotado de sentido, a espera corre o risco de se tornar insuportável; se se espera algo, mas neste momento não há nada, ou seja se o presente permanece vazio, cada instante que passa parece exageradamente longo, e a expectativa transforma-se num peso demasiado grave, porque o futuro permanece totalmente incerto.

Se a vida não tiver sentido e você apenas navegar pelo telefone sem pensar, na esperança de encontrar algo divertido, isso rapidamente se tornará insuportável. O tédio provavelmente irá invadir você e conquistar seus corações.

Um antídoto para o tédio 

Felizmente, o Papa Bento XVI oferece um antídoto para este tédio:

“Ao contrário, quando o tempo é dotado de sentido, e em cada instante compreendemos algo de específico e de válido, então a alegria da espera torna o presente mais precioso.

Queridos irmãos e irmãs, vivamos intensamente o presente, em que já nos são concedidos os dons do Senhor, vivamo-lo projectados para o futuro, um porvir repleto de esperança. Deste modo, o Advento cristão torna-se ocasião para despertar em nós o autêntico sentido da espera, voltando ao coração da nossa fé que é o mistério de Cristo, o Messias esperado durante longos séculos e nascido na pobreza de Belém.”

Enfim, o tempo do Advento pode ajudar a combater a monotonia da existência, porque nos lembra que a vida consiste em esperar com esperança a vinda do Messias. Permite-nos esperar cada vez mais impacientemente pelo Senhor. Sua vida tem um grande significado e propósito, e quando você estiver dominado pelo tédio, lembre-se de que Deus o chama para Si mesmo todos os dias.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Papa: o Natal também é vítima do modelo comercial e consumista

Papa Francisco durante Audiência Geral - no fundo, um presépio (Vatican Media)

O Papa Francisco recebeu na manhã deste sábado na ante câmara da Sala Paulo VI, cerca de 135 artistas que darão vida ao Concerto de Natal do Vaticano neste ano.

Silvonei José – Vatican News

Depois de dar as boas-vindas aos artistas que se apresentarão no Concerto de Natal neste sábado, Francisco saudou o bispo Tighe e os organizadores dessa iniciativa, patrocinada pela Fundação Pontifícia Gravissimum Educationis - Cultura para a Educação.

O Papa recordou então que as canções folclóricas são parte integrante das culturas. Desde os tempos mais remotos, os seres humanos têm transmitido contos e orações em forma de canto. E isso ainda acontece hoje, especialmente em algumas populações nativas. Mas também encontramos esse fenômeno nas sociedades modernas: pensemos em quantos adolescentes sabem de cor as músicas de seus cantores favoritos, porque essas palavras combinadas com a música despertam neles uma mistura de emoções e significados.

Francisco então recordou que o “Natal é talvez a festa mais rica em canções populares. Na Itália, há uma que todos conhecem e que, em sua simplicidade, é uma obra-prima de teologia e harmonia: "Tu scendi dalle stelle" (Tu desces das estrelas). Não foi à toa que um santo bispo, Alfonso Maria de' Liguori, a compôs.

Dirigindo então seu pensamento aos presentes disse que também eles, de certa forma, fazem parte dessa tradição: emprestam suas vozes a famosas melodias de Natal; e cada um traz sua própria originalidade, seu próprio "timbre". Isso é lindo: há uma mensagem antiga e sempre nova, a do nascimento de Jesus, o Salvador, e há diferentes vozes, de diferentes partes do mundo, unindo-se para fazer essa mensagem ressoar. E elas fazem isso com estilos diferentes, em culturas e idiomas diferentes. Porque o Evangelho do Natal é único, mas não pode ser cantado de maneira uniforme.

Em vez disso, - continuou o Papa - a tendência do modelo tecnocrático é homogeneizar, padronizar. Sabemos, infelizmente, - disse o Papa - que o Natal também é vítima desse modelo comercial e consumista. Mas que as canções de Natal pelo menos preservem a poesia e a espontaneidade que lhes dão tanta vida. Ajude-nos a defendê-lo desse abuso.

O Papa encerrou sua breve saudação dizendo: “sei que hoje vocês também cantarão pensando naqueles que vivem nestes dias com dor e medo por causa da guerra. Tantas guerras. Infelizmente, também na Terra onde Jesus nasceu. Por isso, também, eu lhes agradeço e os abençoo. Feliz concerto e Feliz Natal, para vocês e seus entes queridos!” E concluiu: “por favor, não se esqueçam de rezar por mim”.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF