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quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

São Pedro Canísio

São Pedro Canísio (A12)

21 de dezembro

São Pedro Canísio

Pedro Canísio nasceu na Holanda em 1521 – mesmo ano da revolta de Lutero. Estudante de Letras na Universidade de Colônia, Alemanha, conheceu São Pedro Faber, um dos cofundadores da Companhia de Jesus com Santo Inácio de Loyola. Nela ingressou e ordenou-se sacerdote, em breve se destacando pelo zelo e ciência. Por isso foi designado pelo cabido de Colônia como seu representante junto ao imperador Carlos V, na Dieta de Worms (isto é, uma assembleia do Sacro Império Romano-Germânico realizada em Worms, com a função de deliberar e decidir formalmente medidas a serem adotadas em todo o império. No caso, estavam sendo avaliados os crimes de Lutero contra a Igreja).

Nesta ocasião, sua clara argumentação obteve a deposição do arcebispo herético de Colônia, que apoiava os protestantes. Depois disso, foi convidado a participar como teólogo no Concílio de Trento (1545-1563), onde conheceu Santo Inácio de Loyola, que lhe confiou a missão de recristianizar a Alemanha.

A gigantesca obra de Canísio se desdobrou nas atividades de pregador, escritor e organizador, isto enquanto percorria várias vezes, a pé, toda a Alemanha e a Suíça. Trabalhou também em muitas missões diplomáticas para a Igreja, junto a bispos e príncipes.

Seus dois livros mais importantes são “Controvérsias”, uma culta história das origens do Cristianismo, e “Suma da Doutrina Cristã”, em três diferentes versões segundo o tipo de público: manual de pastoral para sacerdotes; juventude universitária; e povo simples. Foram 50 edições naquele século, e traduções em 15 línguas. Por estas obras foi reconhecido como Doutor da Igreja.

Seu trabalho apologético foi marcado pelo amor e respeito aos adversários. Dizia, conforme o ensinamento de São Pedro: “Abramos os olhos dos extraviados, mas sem nunca lhes causar irritação".

 São Pedro Canísio morreu em 21 de dezembro de 1597, em Friburgo, atual Suíça, após seis anos imobilizado por uma congestão cerebral.

Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:

São Bonifácio é considerado o primeiro apóstolo da Alemanha, e São Pedro Canísio o segundo. Os males do Protestantismo exigiram um renovado esforço para a Igreja, que ainda hoje se acha dividida, não apenas em terras germânicas, nem apenas pelo Luteranismo, mas no mundo todo, por centenas, quiça milhares de seitas protestantes, todas oriundas da premissa luterana de que qualquer pessoa pode interpretar a Bíblia como quiser, sem o auxílio da Igreja, isto é, sem as luzes e graças do Espírito Santo. É natural, portanto, que ao longo do tempo surjam muitos fundadores de novas ideias, cada qual com seu próprio entendimento particular de Deus, de Cristo e da Sua obra. Só a Deus cabe julgar as consciências, mas um fato concreto é que a Igreja de Cristo foi fundada diretamente por Ele mesmo, que determinou diretamente ser Pedro o Seu Vigário na Terra, dando a ele o poder de decidir pela Igreja com o auxílio do Espírito Santo, anunciado pelo mesmo Jesus e de evidente manifestação em Pentecostes, o primeiro ato público da Igreja Católica como tal, de acordo com a vontade de Deus, em Cristo Ressuscitado.

Oração:

Ó Deus, que marcastes pela Vossa doutrina a vida de São Pedro Canísio, concedei-nos, por sua intercessão, que sejamos fiéis à mesma doutrina, e que em tempo todos os Vossos filhos, dispersos do rebanho, tornem a se reunir no único aprisco da Vossa Igreja, conforme é Vosso desejo de Pai. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo, e pelo amor materno de Maria Santíssima. Amém.

Fonte: https://www.a12.com/

quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

O que é uma bênção?

Pascal Deloche | Godong

Por Philip Kosloski - publicado em 20/12/23

Para começar, é preciso deixar claro que bênção é diferente de sacramento.

A Bíblia se refere à bênção em diversas situações, mais frequentemente quando um indivíduo louva e dá glória a Deus.

Enciclopédia Católica traz esta definição geral de bênção: “Ela assumiu um sentido que é sinônimo de louvor”.

Já o Catecismo da Igreja Católica define bênção como um movimento da oração:

A bênção exprime o movimento de fundo da oração cristã: ela é o encontro de Deus com o homem; nela se encontram e unem o dom de Deus e o acolhimento do homem. A oração de bênção é a resposta do homem aos dons de Deus: uma vez que Deus abençoa, o coração do homem pode responder bendizendo Aquele que é a fonte de toda a bênção.”

CIC 2626

A Igreja abençoa

Uma coisa a ter em mente, de acordo com a Enciclopédia Católica, é que, “Bênçãos não são sacramentos … Elas são sacramentais.”

Na verdade, o Catecismo explica que a bênção tem lugar de destaque entre os sacramentais:

“Entre os sacramentais figuram, em primeiro lugar, as bênçãos (de pessoas, da mesa, de objectos e lugares). Toda a bênção é louvor de Deus e oração para obter os seus dons. Em Cristo, os cristãos são abençoados por Deus Pai, «com toda a espécie de bênçãos espirituais» (Ef 1, 3).É por isso que a Igreja dá a bênção invocando o nome de Jesus e fazendo habitualmente o santo sinal da cruz de Cristo.

Certas bênçãos têm um alcance duradoiro: são as que têm por fim consagrar pessoas a Deus e reservar objectos e lugares para usos litúrgicos. Entre as que são destinadas a pessoas (e que não devem confundir-se com a ordenação sacramental) figuram a bênção do abade ou abadessa dum mosteiro, a consagração das virgens e das viúvas, o rito da profissão religiosa e as bênçãos para certos ministérios da Igreja (leitores, acólitos, catequistas, etc.). Como exemplo das que dizem respeito a objectos, pode apontar-se a dedicação ou bênção de unta igreja ou de um altar, a bênção dos santos óleos, dos vasos e paramentos sagrados, dos sinos, etc.”

CIC 1671, 1672

 Fonte: https://pt.aleteia.org/

A paz nasceu em Belém!

O Salvador vindo de Belém (Chamada)

A PAZ NASCEU EM BELÉM!

Dom Carlos José
Bispo de Apucarana (PR)

“Vamos a Belém ver o que aconteceu e que o Senhor nos deu a conhecer.” (Lc 2, 15)

Que presente queremos dar e receber neste Natal? Muito comum esse questionamento, como é comum fazer do Papai Noel a figura central do Natal, como aquele “bom-velhinho”, que, “magicamente”, distribui os presentes solicitados. Embora a figura do papai-noel tenha sua origem em São Nicolau, desvirtuou-se essa origem santa, tornando-o um símbolo comercial que incentiva as compras e a troca de presentes. Nada contra a troca de presentes, que é uma tradição expressiva sobre o bem-querer, numa demonstração fraterna de amor ao próximo, e isso é salutar, faz bem a quem dá e a quem recebe. Ao olharmos a realidade, sabemos que o Natal, para muitos povos, famílias e comunidades, não será de troca de presentes, pois os conflitos e as guerras não permitirão que isso aconteça. Em meio às perdas e desolação resultantes desses conflitos, nossa resposta em relação ao que queremos neste Natal, deveria ser, majoritariamente: ‘QUEREMOS A PAZ para todos os povos e nações’, queremos que cessem as guerras e aconteça a restauração do bem e da caridade, da paciência e das virtudes da aceitação e da solidariedade, queremos um mundo mais humano, onde o egoísmo e o desejo de ‘ter e poder’, ceda lugar ao ser e a partilha. É tempo de clamarmos pela paz! É tempo de nos unirmos ao Papa Francisco, atender ao seu apelo constante para que, como irmãos em Cristo, unamos nossas vozes em oração para que a paz seja restaurada através do diálogo, do desapego ao poder e pela renúncia ao mal que assola tantos povos. Hoje, o nosso ‘bom velhinho’ é o Papa Francisco que, revestido da Luz do Espírito Santo, nos lembra que não há mágicas que possam restabelecer a paz no mundo; que espera que cada um faça a sua parte nessa reconstrução fraterna, nos exortando a dirigirmos nossas orações com veemência e constância, rogando pela paz mundial, a partir do nosso olhar e coração fitos no Príncipe da Paz, o Deus Menino, nascido em Belém, que deseja renascer em cada homem e mulher, para que sejamos um Nele! Como disseram os pastores após o anúncio dos Anjos sobre o nascimento do tão esperado Messias, o Salvador, também nós somos chamados a ouvir o constante chamado do Espírito Santo que nos impele a irmos  ao encontro do Cristo no nosso hoje,  para que possamos encontrar o Divino, que nos criou à sua imagem e semelhança. O Natal é verdadeiramente reencontro com o Príncipe da Paz, o Senhor dos senhores, cujo poder e realeza não se encontram na riqueza material,  pois o Menino nascido na pobreza e no desprezo dos homens É, em si mesmo, o  maior tesouro que podemos almejar: É o Filho de Deus, o Verbo que transforma e restaura a humanidade, começando por nós. Como São José e a Virgem Maria, acolhamos e anunciemos a Boa-Nova: “Hoje nasceu para nós o Salvador, que é Cristo, o Senhor!” (Sl 95).

Um Santo e abençoado Natal, com paz e serenidade!

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Apelo do Papa: diante do presépio, peçamos a Jesus pela paz

Audiência Geral com o Papa Francisco, 20-12-2023 (Vatican Media)

No final da Audiência Geral, Francisco novamente expressou sua dor diante dos conflitos mundiais, os quais "são sempre uma derrota", e recordou as crianças vítimas da guerra. O Papa também manifestou sua proximidade com as vítimas do terremoto na China e da explosão na Guiné.

Thulio Fonseca - Vatican News

Ao término da Audiência Geral desta quarta-feira (20/12), realizada na Sala Paulo VI, no Vaticano, e dedicada à preparação para o Natal iminente, o pensamento do Santo Padre voltou-se para diversas realidades. O Papa expressou pesar pela Terra Santa e pela "martirizada" Ucrânia, preocupação com as crianças vítimas da guerra, e também manifestou proximidade com as famílias que sofrem com o terremoto no nordeste da China e com a explosão em Conacri, na Guiné.

O mal da guerra

Francisco, como tem feito em tantas outras ocasiões, recordou que os únicos que ganham com os conflitos são os fabricantes de armas. O Papa afirmou pensar na Palestina, em Israel, e na Ucrânia, e sublinhou: “a guerra está destruindo toda esperança para o futuro”. 

“Não nos esqueçamos das pessoas e dos povos que sofrem o mal da guerra. As guerras são sempre uma derrota, não nos esqueçamos disso. Uma derrota.”

Oração pela paz diante do presépio

O Pontífice, ao fazer memória das "crianças vítimas da guerra", convidou os fiéis a fazerem uma oração neste Natal diante do presépio, e completou: "Peçamos a Jesus pela paz, Ele é o príncipe da paz". 

"Nestes dias, veremos Deus deitado em uma manjedoura: é a mais forte mensagem de Paz para a vida de cada um de nós e para o mundo de hoje", disse também o Papa em sua saudação aos peregrinos de língua portuguesa.

O terremoto na China 

O olhar de Francisco voltou-se então para a China, onde na última segunda-feira, 18 de dezembro, um violento terremoto de magnitude 6,2 atingiu as cidades chinesas de Gansu e Quinghai, no nordeste do país. O número de mortos continua aumentando, já são quase 200 pessoas mortas e cerca de 500 feridas. Francisco disse estar "próximo com afeto e oração" das populações que estão sofrendo: "Encorajo os serviços de socorro e invoco sobre todos a bênção do Todo-Poderoso para que possa trazer conforto e alívio para a dor."

Explosão na Guiné

Com igual preocupação, Francisco expressou sua proximidade às famílias dos mortos e feridos na explosão ocorrida em Conacri, capital da Guiné, onde oito pessoas morreram e 84 ficaram feridas na madrugada de segunda-feira, quando o principal terminal de petróleo da África Ocidental explodiu: "Expresso minha proximidade às famílias dos falecidos e dos feridos. Deus os ampare e eu lhes dê esperança", disse o Papa.

Mediterranea Saving Humans

Já sua saudação em italiano, o Papa se dirigiu ao grupo Mediterranea Saving Humans, uma associação de promoção social criada para testemunhar e denunciar o que está acontecendo no Mediterrâneo e que atua no Mare Nostrum para resgatar migrantes no mar. Essa associação, disse o Papa, "vai ao mar para salvar as pessoas pobres que fogem da escravidão na África. Eles fazem um bom trabalho, salvam muitas pessoas".

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Hoje é celebrado são Domingos de Silos, abade destemido

São Domingos de Silos (ACI Digital)

Por Redação central

20 de dez de 2023

Hoje (20) é celebrado são Domingos de Silos, abade de origem espanhola, pertencente à Ordem de São Bento.

Domingos nasceu em Cañas, La Rioja, Espanha, por volta do ano 1000. Entrou como monge no mosteiro beneditino de San Millán de la Cogolla, onde fez grandes progressos na vida espiritual.

São Domingos é reconhecido pelo dom da sabedoria, que usou para estudar lucidamente a Sagrada Escritura.

Ele se tornou prior do mosteiro de San Millán. O amor que professava pelo seu mosteiro não era segredo para quem o conhecia. Por isso, uma das primeiras coisas que ordenou como autoridade foi a restauração do prédio que abrigava os monges que estava há muitos anos com problemas na construção. Domingos conseguiu restaurá-lo em dois anos.

A história narra que o prior teve de enfrentar o próprio rei de Navarra, que uma vez apareceu às portas do mosteiro para exigir a entrega dos ornamentos litúrgicos -cálices e cibórios- e tudo o que havia de valor, com a intenção de financiar as despesas de sua próxima campanha militar.

São Domingos de Silos não hesitou em negar ao rei o que ele pedia: "Você pode matar o corpo e a carne, você pode fazer as pessoas sofrerem, mas não tem poder sobre a alma. O evangelho me diz isso, e devo crer no que ele diz “que só devo temer àquele que pode lançar a alma no inferno”.

O rei de Navarra, cheio de indignação, expulsou o abade Domingos. Ao saber do sucedido, o rei Fernando I de Castela mandou chamá-lo para lhe confiar o mosteiro de Silos, situado num local recôndito, quase em ruínas e considerado “estéril” pela ausência de vocações.

Domingos foi encarregado de devolver àquele mosteiro o prestígio espiritual que havia perdido e aos monges a alegria de viver para Deus. O santo revelou-se um magnífico administrador e restaurador.

Silos tornou-se um mosteiro exemplar, no qual se cultivaram as artes e os saberes; um centro espiritual que renovou e fortaleceu a vida dos beneditinos e da Igreja. Ali se formou uma grande biblioteca, que contribuiu para o enriquecimento do monacato e da cultura espanhola.

Deus é quem liberta

São Domingos de Silos também participou da libertação de numerosos prisioneiros cristãos dos mouros. Ele conseguiu libertar mais de 300 deles. Naquela época, aqueles que eram feitos prisioneiros pelos muçulmanos costumavam ser tratados como escravos. Por isso, na arte, Domingos costuma ser representado acompanhado de homens acorrentados.

São Domingos de Silos morreu em 20 de dezembro de 1073 e seus restos mortais estão preservados no famoso mosteiro que leva seu nome.

Reze a são Domingos!

Segundo uma antiga tradição, noventa e seis anos após a morte de são Domingos de Silos, ele apareceu em sonho à mãe do futuro fundador da Ordem dos Pregadores: são Domingos de Guzmán. O monge beneditino anunciou à mulher que ela teria um filho que se tornaria um grande apóstolo.

Por isso aquela criança recebeu o nome de "Domingos", em homenagem ao santo de Silos. Por isso, muitas mães espanholas se confiam até hoje ao santo, para pedir que seus filhos nasçam saudáveis ​​e tenham uma vida santa quando crescerem.

Fonte: https://www.acidigital.com/

terça-feira, 19 de dezembro de 2023

Um coração de pastor que nunca fecha a porta

Mãos juntas (Vatican Media)

A Declaração que abre a possibilidade de simples bênçãos para casais irregulares, a atitude de Jesus e o Magistério de Francisco.

ANDREA TORNIELLI

"Nemo venit nisi tractus", ninguém se aproxima de Jesus se não for atraído, escreveu Santo Agostinho parafraseando as palavras do Nazareno: "Ninguém vem a mim se meu Pai não o atrai". Na origem da atração por Jesus - aquela atração de que falava Bento XVI, lembrando o modo como a fé se difunde - está sempre a ação da graça. Deus sempre nos precede, nos chama, nos atrai, nos faz dar um passo em direção a Ele ou, pelo menos, acende em nós o desejo de dar esse passo, mesmo que ainda pareçamos não ter forças e nos sintamos paralisados.

O coração de um pastor não pode ficar indiferente às pessoas que se aproximam dele pedindo humildemente para serem abençoadas, seja qual for sua condição, sua história, sua trajetória de vida. O coração do pastor não apaga o brilho ardente daqueles que sentem sua própria incompletude, sabendo que precisam de misericórdia e ajuda do Alto. O coração do pastor vislumbra nesse pedido de bênção uma brecha no muro, uma pequena fenda pela qual a graça já poderia estar agindo. Assim, sua primeira preocupação não é fechar a pequena fenda, mas acolher e implorar bênçãos e misericórdia para que as pessoas à sua frente possam começar a entender o plano de Deus para suas vidas.

Essa consciência básica transparece na "Fiducia supplicans", a Declaração do Dicastério para a Doutrina da Fé sobre o significado das bênçãos, que abre a possibilidade de abençoar casais irregulares, até mesmo casais do mesmo sexo, esclarecendo claramente que a bênção, nesse caso, não significa aprovar suas escolhas de vida, e também reiterando a necessidade de evitar qualquer ritualização ou outros elementos que possam, mesmo que remotamente, imitar um casamento. É um documento que aprofunda a doutrina sobre as bênçãos, distinguindo entre aquelas que são rituais e litúrgicas e aquelas que são espontâneas, que se caracterizam mais como atos de devoção ligados à piedade popular. É um texto que concretiza, dez anos depois, as palavras escritas pelo Papa Francisco na "Evangelii gaudium": "A Igreja não é uma alfândega, é a casa paterna onde há lugar para cada pessoa com sua própria vida fadigosa".

A origem da Declaração é evangélica. Em quase todas as páginas do Evangelho, Jesus quebra as tradições e prescrições religiosas, conformismos e as convenções sociais. E ele faz gestos que escandalizam os bem-pensantes, os autodenominados "puros", aqueles que se fazem escudo de normas e regras para afastar, rejeitar, fechar portas. Quase em todas as páginas do Evangelho, vemos os doutores da lei tentando colocar o Mestre em xeque com perguntas tendenciosas, apenas para murmurar indignados diante de sua liberdade transbordante de misericórdia: "Ele acolhe os pecadores e come com eles!"

Jesus estava pronto para correr até a casa do centurião de Cafarnaum para curar seu amado servo, sem a preocupação de se contaminar ao entrar na casa de um pagão. Ele permitiu que a pecadora lhe lavasse os pés diante dos olhares de julgamento e desprezo dos convidados, incapazes de entender por que Ele não a rejeitou. Ele observou e chamou o publicano Zaqueu enquanto ele se agarrava aos galhos do sicômoro, sem esperar que ele se convertesse e mudasse de vida antes de receber aquele olhar misericordioso.

Ele não condenou a adúltera que estava sujeita a ser apedrejada de acordo com a lei, mas desarmou as mãos de seus carrascos recordando-lhes que eles também - como todo mundo - eram pecadores. Ele disse que tinha vindo para os doentes e não para os saudáveis, e se comparou à figura singular de um pastor disposto a deixar 99 ovelhas sem vigilância para ir em busca daquela que havia se perdido. Ele tocou o leproso, curando-o de sua doença e do estigma de ser um pária "intocável". Esses "rejeitados" encontraram seu olhar e se sentiram amados, destinatários de um abraço de misericórdia dado a eles sem nenhuma condição prévia. Ao se descobrirem amados e perdoados, eles perceberam o que eram: pobres pecadores como todo mundo, necessitados de conversão, mendicantes de tudo.

O Papa Francisco disse aos novos cardeais em fevereiro de 2015: “Para Jesus, o que conta acima de tudo é alcançar e salvar os distantes, curar as feridas dos doentes, reintegrar todos na família de Deus. E isso escandaliza alguns! E Jesus não tem medo desse tipo de escândalo! Ele não pensa em pessoas fechadas que se escandalizam até mesmo com uma cura, que se escandalizam com qualquer abertura, com qualquer passo que não se encaixe em seus esquemas mentais e espirituais, com qualquer carícia ou ternura que não corresponda aos seus hábitos de pensamento e à sua pureza ritualística".

A "perene doutrina católica sobre o matrimônio", ressalta a Declaração, não muda: somente no contexto do casamento entre um homem e uma mulher é que "as relações sexuais encontram seu significado natural, adequado e plenamente humano". Portanto, é preciso evitar reconhecer como matrimônio "aquilo que não é". Mas, em uma perspectiva pastoral e missionária, agora não é hora de fechar a porta para um casal "irregular" que venha pedir uma simples bênção, talvez em uma visita a um santuário ou durante uma peregrinação. O estudioso judeu Claude Montefiore identificou o diferencial do cristianismo exatamente nisso: 'Enquanto outras religiões descrevem o homem buscando Deus, o cristianismo proclama um Deus que busca o homem.... Jesus ensinou que Deus não espera pelo arrependimento do pecador, ele vai à sua procura para chamá-lo para si". A porta aberta de uma oração e uma pequena bênção podem ser um começo, uma oportunidade, uma ajuda.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

A beleza epifânica de um beijo de Deus

Iuliia Pilipeichenko | Shutterstock

Por Joseph Pearce - publicado em 18/12/23

Às vezes, recebemos muito mais do que merecemos.

Há muitos anos, quando vivia no interior da Inglaterra, experimentei um nascer do sol muito especial, que me pareceu ser um beijo de Deus. Estávamos no meio do verão. Nessa época do ano, na Inglaterra, o sol nasce antes das 5h da manhã e começa a clarear algum tempo antes.

Eu não consegui dormir. A manhã estava apenas começando a surgir. A escuridão deu lugar ao crepúsculo. Decidi levantar-me e cumprimentar o amanhecer. 

A casa em que eu morava ficava voltada para os campos. Nem os pássaros ainda tinham se levantado e o coro da madrugada ainda estava para começar. O silêncio aquietou a alma. Nada se agitava, exceto a brisa mais suave cantando suavemente na grama. 

À medida que o crepúsculo se transformava na primeira sugestão de luz do dia, olhei para o céu. As poucas nuvens agrupadas no cinza carregado de escuridão da noite tornaram-se rosadas. Era como se o próprio céu estivesse cheio de brasas. 

Então, o sol nasceu acima do horizonte. Era um disco de neve pura. Isso me fez lembrar da elevação da hóstia na Santa Missa. Cristo estava ressuscitando com o dia. A ressurreição da luz. Olhei em adoração, não para o sol em si, mas para o Filho que nos dá o sol. 

Enquanto eu olhava para o esplendor nevado a olho nu, o disco ficou vermelho e o céu sangrou vermelho em toda a extensão panorâmica dos céus. O Corpo de Cristo foi unido ao Sangue de Cristo! E então o sol ficou dourado e tive que desviar o olhar de sua glória ofuscante. Como se fosse uma deixa, os pássaros começaram a cantar seu coro matinal em louvor ao dia recém-nascido e era possível imaginar os anjos cantando com eles.

Parecia haver apenas uma maneira de agradecer a Deus por esse beijo epifânico de beleza. Destilando a memória ainda fresca em versos, escrevi um poema em agradecimento à glória do presente milagroso que recebi. O poema não é digno de tal bênção, nem eu. Recebemos muito mais do que merecemos. Deus seja louvado!

Fonte: https://pt.aleteia.org/

É esta a festa que agrada a Deus? Que Natal gostaria Ele?

A Manjedoura (Conceitos)

PAPA FRANCISCO

AUDIÊNCIA GERAL

Sala Paulo VI
Quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

[Multimídia]


Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Em seis dias será Natal. Árvores, enfeites e luzes por toda parte nos lembram que este ano também será de festa. A máquina publicitária convida você a sempre trocar novos presentes para se surpreender. Mas, eu me pergunto, será este o feriado que agrada a Deus? Que Natal você gostaria, que presentes e que surpresas?

Vamos observar o primeiro Natal da história para descobrir os sabores de Deus. Aquele primeiro Natal da história foi cheio de surpresas. Começamos com Maria, que era a esposa prometida de José: o anjo chega e muda a sua vida. De virgem ela será mãe. Continuamos com José, chamado a ser pai de um filho sem gerá-lo. Um filho que – golpe de efeito – chega no momento menos adequado, ou seja, quando Maria e José estavam noivos e, segundo a Lei, não podiam coabitar. Diante do escândalo, o bom senso da época convidou José a repudiar Maria e assim salvar sua boa reputação, mas ele, mesmo que tivesse o direito, surpreende: para não prejudicar Maria planeja demiti-la secretamente, ao custo de perder sua reputação. Depois, outra surpresa: Deus em sonho muda seus planos e pede que leve Maria consigo. Assim que Jesus nasceu, quando ele tinha seus planos para a família, novamente em sonho lhe disseram para se levantar e ir para o Egito. Em suma, o Natal traz mudanças inesperadas na vida. E se quisermos viver o Natal, temos que abrir o coração e estar preparados para as surpresas, ou seja, para uma mudança inesperada na vida.

Mas quando a maior surpresa chega é na véspera de Natal: o Todo-Poderoso é uma criança. A Palavra divina é uma criança, que significa literalmente “incapaz de falar”. E a palavra divina ficou incapaz de falar. Para receber o Salvador não existem as autoridades da época, nem do lugar, nem os embaixadores: não, são simples pastores que, surpreendidos pelos anjos enquanto trabalhavam à noite, vêm sem demora. Quem teria esperado isso? Natal é celebrar o inédito de Deus, ou melhor, é celebrar um Deus inédito, o que muda nossa lógica e nossas expectativas.

Celebrar o Natal é acolher as surpresas do Céu na Terra. Você não pode viver “terra, terra”, quando o Céu traz suas novidades ao mundo. O Natal inaugura uma nova era, onde a vida não é planeada, mas sim doada; onde já não vivemos para nós mesmos, segundo os nossos gostos, mas para Deus e com Deus, porque desde o Natal Deus é o Deus conosco, que vive conosco, que caminha conosco. Viver o Natal é deixar-se abalar pela sua surpreendente novidade. O Natal de Jesus não oferece o calor seguro da lareira, mas o frio divino que sacode a história. O Natal é a vingança da humildade sobre a arrogância, da simplicidade sobre a abundância, do silêncio sobre o tumulto, da oração sobre o “meu tempo”, de Deus sobre o meu “eu”.

Celebrar o Natal é fazer como Jesus, que veio por nós, os necessitados, e desceu para com aqueles que precisam de nós. É fazer como Maria: confiar, dócil a Deus, mesmo sem entender o que Ele fará. Celebrar o Natal é fazer como José: levantar-se para fazer o que Deus quer, mesmo que isso não esteja de acordo com os nossos planos. São José surpreende: ele nunca fala no Evangelho: não há uma única palavra de José no Evangelho; e o Senhor fala com ele em silêncio, fala com ele precisamente em sonhos. Natal é preferir a voz silenciosa de Deus ao rugido do consumismo. Se soubermos calar-nos diante do presépio, o Natal será uma surpresa para nós, não algo que já tenhamos visto. Ficar em silêncio diante do presépio: este é o convite para o Natal. Pare um pouco, fique em frente ao presépio e fique em silêncio. E você sentirá, verá a surpresa.

Infelizmente, porém, podemos escolher a parte errada e preferir as coisas comuns da terra às novidades do Céu. Se o Natal for apenas um feriado à moda antiga, onde nós e não Ele estamos no centro, será uma oportunidade perdida. Por favor, não vamos mundanizar o Natal! Não deixemos de lado o Célebre, como então, quando “veio entre os seus, e os seus não o receberam” (Jn 1, 11). Desde o primeiro Evangelho do Advento, o Senhor colocou-nos em guarda, pedindo-nos que não nos sobrecarregássemos com “devassidão” e “cuidados da vida” (Lc 21,34). Durante estes dias as pessoas correm, talvez como nunca antes durante o ano. Mas isto é o oposto do que Jesus quer. Culpamos as muitas coisas que preenchem os dias, o mundo que passa rápido. E, no entanto, Jesus não culpou o mundo, pediu-nos que não nos deixássemos levar, que estivéssemos sempre vigilantes orando (cf. v. 36).

Será Natal se, como José, dermos espaço ao silêncio; Se, como Maria, dissermos a Deus “aqui estou”; sim, como Jesus, estaremos perto de quem está sozinho, sim, como os pastores, deixaremos o nosso recinto para estar com Jesus. Será Natal, se encontrarmos a luz na pobre gruta de Belém. Não será Natal se procurarmos o brilho do mundo, se nos enchermos de presentes, almoços e jantares, mas não o fazemos ajude pelo menos um pobre, que se pareça com Deus, porque no Natal Deus veio pobre.

Queridos irmãos e irmãs, desejo-vos um Feliz Natal, um Natal rico nas surpresas de Jesus! Podem parecer surpresas incômodas, mas são os prazeres de Deus. Se os tornarmos nossos, teremos uma surpresa maravilhosa. Cada um de nós esconde no coração a capacidade de ser surpreendido. Deixemo-nos surpreender por Jesus neste Natal.


Saudações:

Saúdo cordialmente os peregrinos de língua espanhola provenientes de Espanha e da América Latina. Pedimos à Virgem Maria que nos ajude a contemplar silenciosamente o mistério do nascimento do seu Filho, para que façamos do seu exemplo de humildade, pobreza e amor uma realidade nas nossas vidas. Desejo-lhe um feliz natal. Muito obrigado.


Boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé, 19 de dezembro de 2018

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Dom Murilo Krieger: Os Presépios, 800 anos de História

Presépio de Natal - Praça São Pedro (Vatican Media)

A partir do exemplo de São Francisco de Assis, somos convidados a montar um presépio em nossa casa. Ajudaremos assim crianças, jovens e adultos a compreender melhor o presente que o Pai nos dá no Natal: Seu Filho Jesus.

Dom Murilo S.R. Krieger, scj - Arcebispo Emérito de São Salvador da Bahia

Na noite de 24 de dezembro de 1223 – portanto, há oitocentos anos -, na cidade de Greccio – Itália, nascia a tradição de se fazer presépios. Por trás dessa iniciativa estava Francisco de Assis, que queria representar a cena do nascimento de Jesus em Belém, para que todos pudessem compreender melhor a grandiosidade daquele acontecimento que, aparentemente, é tão simples: uma criança que nasce em uma gruta.

O local escolhido para a apresentação da cena do nascimento de Jesus foi uma gruta no alto de um monte, onde um cardeal celebrou a santa Missa. Francisco, que dava uma grande importância ao Natal, falou, então, aos fiéis sobre Jesus, o Emanuel, o Deus-conosco. Ele queria que o povo, diante do presépio, experimentasse de maneira concreta, viva e atual, a humilde grandeza do nascimento do Menino Jesus. A partir daí, o presépio se popularizou na Europa e rapidamente foi levado para os demais continentes. Isso fez com que o povo de Deus passasse a acolher mais facilmente a mensagem do Natal e, com nova intensidade, amasse e adorasse a humanidade de Cristo. Até as pessoas mais simples começaram a compreender que no Natal Deus nos mostra quanto está próximo de nós, tão próximo que podemos tratá-lo com simplicidade, tendo com ele um relacionamento afetuoso, como fazemos com um recém-nascido que pegamos nos braços.

Com a popularização do Natal, a fé cristã passou a ser vista sob uma nova dimensão. A Páscoa havia chamado a atenção de todos para a força de Deus que vence a morte e inaugura uma vida nova. Já a festa do Natal coloca em evidência que o nascimento de Cristo é a vitória da verdadeira luz sobre as trevas, a vitória do amor sobre o pecado. São Francisco, com o seu presépio, colocou em destaque o delicado amor de Deus, sua humildade e benignidade, que na encarnação do Verbo se manifesta aos homens para ensinar-nos um novo modo de viver e amar.

Um famoso biógrafo de São Francisco, Celano, conta que naquela noite de Natal, em Greccio, foi concedida a Francisco a graça de uma visão maravilhosa. Ele viu deitado, imóvel, na manjedoura, uma pequena criança, que se acordou quando Francisco se aproximou do presépio.  “Essa visão correspondia aos fatos porque, por obra da graça divina que agia por meio de seu santo servo Francisco, o Menino Jesus ressuscitou no coração de muitos que o haviam esquecido e ficou impresso profundamente em sua memória amorosa”.

Com a representação do presépio, o santo de Assis ajudou crianças e adultos a compreenderem melhor o anúncio do profeta Isaías: “O povo que andava na escuridão viu uma grande luz... Porque nasceu para nós um menino, foi-nos dado um filho” (Is 9,1.5)Receber Jesus como criança, como Menino, nos ajuda a compreender as palavras de Jesus: “Se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, não entrareis no reino dos Céus” (Mt 18,3).

Hoje, não importa de que maneira são feitos, os presépios têm as mesmas características: em seu centro está Jesus. Todas as figuras estão voltadas para ele. Maria está a seu lado; José o protege. Os pastores o visitam e se mostram surpresos com o que veem; os Magos do Oriente trazem seus presentes ao Menino que os levou a fazer uma longa viagem. Jesus, recém-nascido, nada diz. Sua presença, contudo, é um forte grito de amor.

A partir do exemplo de São Francisco de Assis, somos convidados a montar um presépio em nossa casa. Ajudaremos assim crianças, jovens e adultos a compreender melhor o presente que o Pai nos dá no Natal:  Seu Filho Jesus. E, diante do presépio, saibamos nos dirigir à Criança de Belém com uma prece, que pode ser assim:

Aqui estamos para te adorar, Menino Jesus! Ficamos sem palavras diante da grandeza e da simplicidade do teu amor! Tu és o Emanuel, o Deus conosco. Vieste até nós para nos comprovar o quanto tu nos amas. És pobre, és frágil, és pequeno. És divino, és grandioso, és o Príncipe da paz! Tu nos ofereces o perdão, a amizade com o Pai do céu, a vida da graça. Por isso, aqui estamos para colocar sob os teus pés e em teu coração a nossa vida e tudo o que somos e temos. Nós te trazemos muitos irmãos e irmãs que sofrem e que não te amam porque não te conhecem. Já que vieste também para eles, toca seus corações, Jesus. Dá-lhes a graça de descobrirem o quanto tu amas cada pessoa, com um amor sem limites. Queremos que todos te conhecem e te sigam, e possam, um dia, realizar aquilo para o que todos nós fomos criados: adorar a Santíssima Trindade sempre, eternamente.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santo Urbano V

Santo Urbano V (A12)

19 de dezembro

Santo Urbano V

Guilherme Grinoald, francês, de família nobre, formado em Direito, professor, estudioso renomado e monge e depois abade beneditino, desempenhava delicadas missões diplomáticas para o Papa Inocêncio IV, quando por sua morte foi eleito Papa em 1362, mesmo não fazendo parte do Colégio Cardinalício. Assumiu com o nome de Urbano V, numa época conturbada para a Igreja, cuja sede havia sido exilada de Roma para Avignon na França, por causa de intrigas e perseguições políticas.

Em apenas oito anos de papado, desenvolveu enorme atividade. Pastoralmente, reformou a disciplina eclesiástica, reorganizou a corte pontifícia acabando com abusos e reduzindo a burocracia; instituiu norma de residência para os pastores da Igreja, foi severo com os simoníacos, elegeu pessoas dignas e competentes para os cargos eclesiásticos; opôs-se com energia contra o poder temporal nas atividades da Igreja. Para o povo promoveu o desenvolvimento cultural, criando centros de estudo e valorizando a Ciência, ajudando pessoalmente estudantes necessitados. (Nas universidades, exigiu roupa igual para os estudantes, a fim de se poupar humilhação aos pobres). Preocupou-se com atividades missionárias em regiões carentes de evangelização, como a Bulgária, a Romênia e os mongóis na Ásia. E de novo levou a sede papal para Roma em 1367, embora três anos mais tarde voltasse desgostoso a Avignon, por conta de novas intrigas políticas. Aí faleceu em 19 de dezembro de 1370.

Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:

A Igreja sempre valorizou e desenvolveu a Fé, a Ciência, a Cultura, ordenadas na honestidade e competência, e apoiando-se mutuamente, pois todas são dádivas do próprio Deus. Mesmo em tempos de crise, como prova o frutuoso pontificado de São Urbano V. As desordens deste mundo não são motivo para desespero ou inatividade, mas circunstâncias que o Pai permite para que os Seus filhos mais se empenhem e humildemente reconheçam a necessidade do Seu auxílio, em todas as atividades: “...sem Mim, nada podeis fazer”, afirmou Jesus (Jo 15,5).

Oração:

Deus Pai de infinita sabedoria, que desejais para os Vossos filhos não as trevas da ignorância, mas a luz do verdadeiro conhecimento, concedei-nos pela intercessão de São Urbano V, exemplo de estudo e caridade, a diligência na nossa formação espiritual e cultural, necessária para enfrentar os desafios do nosso tempo, e sobretudo na ciência plena da caridade, no amor à Igreja e ao próximo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.

Fonte: https://www.a12.com/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF