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sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Padre Maccalli: Cristo se identifica com os pobres, primeiras vítimas de todas as guerras

Esta foto tirada em 22/10/2023 mostra crianças recebendo comida em um abrigo temporário em um campo para deslocados internos (PDI) no município de Demoso, no de Kayah, em Mianmar (AFP or licensors)

“Este Dia Mundial dos Pobres nos recorda a presença real de Cristo nos pobres, vítimas de tantos tipos de guerras. Este evento vem nos recordar que os pobres e a paz são dois pilares das bem-aventuranças evangélicas. Os pobres e as periferias humanas também chamam a nossa atenção para o fato de que tornar-nos samaritanos é a essência do Evangelho”

Por ocasião do VII Dia Mundial dos Pobres, que se celebra neste domingo, 19, o padre Pier Luigi Maccalli, membro da Sociedade de Missões Africanas (SMA), afirma que “o contexto do Dia Mundial dos Pobres 2023 é um cenário global de guerras realmente inquietante. Segundo meu ponto de vista missionário, a relação entre a guerra e os pobres parece imediata”.

O missionário na África, por dois anos prisioneiro de terroristas islâmicos na África, fez uma reflexão à Agência Fides onde afirma que “a categoria bíblica dos pobres é identificada com uma tríade clássica de órfão, viúva e estrangeiro. De fato, as guerras sempre produzem órfãos, mães viúvas e tantos refugiados, obrigados a fugir para lugares onde são taxados como estrangeiros. Muitas mulheres e crianças ucranianas, russas, palestinas, israelenses, sudanesas, etíopes e de outros lugares, esquecidos pela mídia, tornaram-se hoje viúvas, órfãs, sem a companhia de um esposo e sem um pai que lhes enxugue as lágrimas, enquanto caminham, cabisbaixas e sem rumo por estradas estrangeiras”.

“Nós, cristãos católicos, - continua o missionário – costumamos falar da presença real de Cristo na Eucaristia e consideramos blasfemo todo ato hostil contra igrejas, estátuas e locais de culto. Mas violar o corpo e ensanguentar o rosto de seres humanos, sobretudo de frágeis e indefesos, pode ser bem pior. A guerra é um crime contra a humanidade. E eu, pessoalmente, sonho com aquele dia em que será abolida, com uma declaração pública, como aconteceu com a escravatura e a colonização”.

“Este Dia Mundial dos Pobres - diz ainda o padre Maccalli -, nos recorda a presença real de Cristo nos pobres, vítimas de tantos tipos de guerras. Este evento vem nos recordar que os pobres e a paz são dois pilares das bem-aventuranças evangélicas. Os pobres e as periferias humanas também chamam a nossa atenção para o fato de que tornar-nos samaritanos é a essência do Evangelho”.

Na manhã deste VII Dia Mundial dos Pobres, o Papa Francisco presidiu uma Celebração Eucarística na Basílica de São Pedro. O tema do evento, este ano, é extraído do livro de Tobias: «Nunca afastes de algum pobre o teu olhar» (Tb 4, 7).

Há alguns anos, o padre Pier Luigi Maccalli era missionário na aldeia de Bomoanga, no Níger, onde foi sequestrado em 2018 por um grupo de milicianos Jihadistas. Ao ser libertado, perto do Dia Mundial das Missões, o sacerdote continuou a sua missão, dando testemunho da sua fé e esperança. Incansável defensor da paz, dos povos mais desfavorecidos e sofredores, padre Maccalli foi recebido recentemente, pelo Papa Francisco, ao qual presentou um texto que ecoa as suas palavras de paz.

Por Vatican News


Fonte: https://www.editoramundoemissao.com.br/

quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

«Jesus nos dará força. Não você, mas Ele em você"

Cardeal Jorge Mario Bergoglio durante homilia na Basílica de San Lorenzo Fuori le Mura [© Massimo Quattrucci] - 30Giorni

Arquivo 30Dias - 01/02 - 2012

«EU FAÇO NOVAS TODAS AS COISAS»

«Jesus nos dará força. Não você, mas Ele em você"

Homilia de Sua Eminência o Cardeal Jorge Mario Bergoglio, Arcebispo de Buenos Aires, durante a Santa Missa em que administrou o sacramento da Confirmação.

Roma, 18 de fevereiro de 2012, Basílica de San Lorenzo Fuori le Mura

do Cardeal Jorge Mario Bergoglio

Primeira leitura ( Is 43, 18-19.21-22.24b-25)
Do livro do profeta Isaías

Assim diz o Senhor: «Não te lembres mais das coisas antigas, não penses mais nas coisas antigas! Aqui estou fazendo uma coisa nova: está brotando agora mesmo, você não percebe? Também abrirei uma estrada no deserto, introduzirei rios na estepe. As pessoas que formei para mim celebrarão meus louvores. Em vez disso, você não me invocou, ó Jacó; antes, você se cansou de mim, ó Israel. Você me perturbou com seus pecados, você me cansou com suas iniqüidades. Eu, eu apago seus erros para meu próprio bem, e não me lembro mais de seus pecados”.

Segunda Leitura ( 2 Cor 1, 18-22)
Da segunda carta do Apóstolo São Paulo aos Coríntios

Irmãos Coríntios, Deus é testemunha de que a nossa palavra para convosco não é “sim” e “não”. O Filho de Deus, Jesus Cristo, que Silvano, Timóteo e eu anunciamos entre vós, não era “sim” e “não”, mas Nele havia “sim”. Na verdade, todas as promessas de Deus nele são “sim”. Por isso, através dele o nosso “Amém” sobe a Deus para a sua glória. Foi o próprio Deus quem nos confirmou, juntamente convosco, em Cristo e nos deu a unção, selou-nos e nos deu a garantia do Espírito nos nossos corações.

Do Evangelho segundo Marcos ( Mc 2, 1-12)

Jesus entrou novamente em Cafarnaum depois de alguns dias. Soube-se que ele estava em casa e tanta gente se reuniu que não havia mais espaço nem na frente da porta; e ele anunciou a Palavra para eles. Foram até ele carregando um paralítico, amparados por quatro pessoas. Porém, como não puderam trazê-lo até ele por causa da multidão, descobriram o telhado onde ele estava e, tendo feito uma abertura, baixaram a maca em que jazia o paralítico. Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: “Filho, os teus pecados estão perdoados”. Alguns escribas estavam sentados ali e pensavam: «Por que este homem fala assim? Blasfêmia! Quem pode perdoar os pecados, senão só Deus?”. E imediatamente Jesus, sabendo em seu espírito que eles pensavam isso dentro de si, disse-lhes: «Por que vocês pensam essas coisas em seus corações? O que é mais fácil: dizer ao paralítico “Os teus pecados estão perdoados”, ou dizer “Levanta-te, pega na tua maca e anda”? Agora, para que saibais que o Filho do Homem tem o poder de perdoar os pecados na terra, eu vos digo – disse ao paralítico –: levanta-te, pega a tua maca e vai para tua casa”. Ele se levantou e imediatamente pegou sua maca e saiu diante dos olhos de todos, e todos ficaram maravilhados e louvaram a Deus, dizendo: “Nunca vimos nada assim!”.

Na oração de início da missa fizemos um apelo a Deus Pai: “Que a tua ajuda, Pai misericordioso, nos torne sempre atentos à voz do Espírito”. Precisamos desta ajuda de Deus para compreender a voz do Espírito, a novidade do Espírito. O Espírito é sempre novo, vem sempre para renovar. É o que ouvimos na primeira leitura, a profecia: “Eu faço novas todas as coisas”. Isto é o que Deus faz, isto é o que o Espírito faz. Por isso pedimos a ajuda de Deus para estarmos atentos à voz do Espírito, ao novo.

Faça tudo novo. O Evangelho conta-nos a história do paralítico que se renovou com o poder do Espírito e de Jesus. O Espírito estava em Jesus. Jesus é quem nos envia o Espírito para renovar tudo. Jesus é o único capaz de recomeçar tudo, de recomeçar a vida. Pensemos na vida deste paralítico, na vida física, e também na vida interior – porque o Senhor cura primeiro a sua alma: “Os teus pecados estão perdoados”. Jesus tem o poder, com a força do seu Espírito, de renovar o coração. Temos que ter fé nisso. Se não confiarmos no poder de Jesus Cristo como a única salvação, o único que pode fazer novas todas as coisas, seremos falsos cristãos. Não somos verdadeiros cristãos.


Jesus não força você a ser cristão. Mas se você diz que é cristão você deve acreditar que Jesus tem toda a força - o único que tem força - para renovar o mundo, para renovar a sua vida, para renovar a sua família, para renovar a comunidade, para renovar todos . Esta é a mensagem que hoje devemos levar conosco, pedindo ao Pai que nos torne atentos à voz do Espírito que faz esta obra: o Espírito de Jesus.

Hoje, a convite do meu amigo padre Giacomo, a quem tanto amo muito, e todos temos que rezar por ele, porque está um pouco doente... Rezaremos todos por ele? Sim ou não? Não sinto nada... Se a oração for assim, estamos acabados... Vamos todos rezar por ele? Sim!

O convite para hoje é fazer essas confirmações para você que vem receber a força do Espírito de Deus: creia na força do Espírito! É o Espírito de Jesus: acredite em Jesus que lhe envia este Espírito – a você e a todos nós: ele nos envia o Espírito para renovar tudo. Vocês não são cristãos falsos, cristãos apenas de palavras. Vocês são cristãos com a palavra, com o coração, com as mãos. Ouça como cristãos, fale como cristãos e faça o trabalho de cristãos. Mas você sozinho não conseguiria. É Jesus quem lhe dará este Espírito, ele lhe dará a força para renovar tudo: não você, mas Ele em você.

E com este pensamento em Jesus que é a única salvação, o único que nos traz a graça, que nos dá a paz, a fraternidade, que nos dá a salvação, continuamos a celebração desta missa com a recitação do Credo , a profissão do nosso fé.

Fonte: https://www.30giorni.it/

Como se fosse um filme: “Buscadores de Deus”

Como se fosse um filme - "Buscadores de Deus" -(Crédito: Opus Dei)

Os magos deixaram para trás muitas coisas para procurar o Rei dos judeus: o lar, os amigos, a própria segurança... Porém, o desejo interior que os levou a partir terminou através de um gesto que manifestava a única coisa importante em suas vidas: “Prostrando-se diante dele, o adoraram” (Mt 2, 11).

02/01/2024

Uma vistosa comitiva acaba de chegar a Jerusalém. Os forasteiros percorrem suas vielas e contemplam a agitação da cidade. Tinham, provavelmente, chegado a seus ouvidos as façanhas que o povo judeu havia realizado. E agora estes misteriosos personagens podem ver com seus próprios olhos os símbolos deste lugar: a muralha e o templo. Não vieram até aqui, no entanto, por curiosidade. Percorreram centenas de quilômetros porque querem adorar o rei dos judeus que acaba de nascer. Dirigem-se por isso ao lugar onde pensam encontrá-lo: o palácio real.

“Vimos a sua estrela no oriente e viemos adorá-lo” (Mt. 2, 2). Com estas palavras apareceram no palácio: imaginavam, talvez, que sua presença seria normal. Se o que era esperado havia tanto tempo acabava de nascer, era lógico que as pessoas viessem conhecê-lo. No entanto, “a essa notícia, o rei Herodes ficou perturbado e toda Jerusalém com ele” (Mt 2, 2). A notícia correu de boca em boca. A visita daqueles exóticos estrangeiros causou um pequeno alvoroço. Daí que Herodes decidisse chamar os sacerdotes e escribas do povo para tentar entender o que estava acontecendo.

Herodes não estava interessado neste pretenso rei. Ele tinha conseguido chegar ao poder sob a tutela de Otávio Augusto porque lhe proporcionava segurança e impostos. Qualquer alarme poderia ameaçar a sua continuidade. Era por isso prioritário que as coisas continuassem como estavam. Aquelas promessas de Deus transmitidas pelos profetas serviam para fortalecer a identidade nacional dos judeus, desde que permanecessem longínquas ou abstratas. Cristo, porém, atrapalhou seus planos. E reconhecê-lo como rei implicava um risco, deixar para trás a segurança do próprio raciocínio e aceitar “os imprevistos que não aparecem assinalados no mapa da vida tranquila. Jesus deixa-Se encontrar por quem O busca, mas, para O buscar, é preciso mover-se, sair. Não ficar à espera; arriscar. Não ficar parados; avançar. Jesus é exigente: a quem O busca, propõe-lhe deixar as poltronas das comodidades mundanas e os torpores sonolentos das suas lareiras.”[1]. Em resumo, significa partir para uma viagem, como fizeram os Reis Magos.

Uma visão esperançosa do mundo

Os escribas e sacerdotes não duvidaram em afirmar que o Cristo nasceria em Belém, pois assim havia dito o profeta Miqueias: “E tu, Belém, terra de Judá, não és certamente a menor entre as principais cidades de Judá; pois de ti sairá um chefe que apascentará meu povo, Israel” (Mq 5, 1). Aqueles homens conheciam muito bem as escrituras. Conheciam com exatidão todas as referências relacionadas com o Messias. Teriam, provavelmente, meditado com frequência em suas vidas sobre a chegada dele. Alguns, anelando que fosse o quanto antes; outros, talvez meio desiludidos, pois esperavam que os tivesse salvo de cair sob o domínio romano.

No entanto, os sábios de Israel daquela época, apesar de terem visto as profecias realizadas, não souberam reconhecê-las. Foi necessário que esses estrangeiros chegassem para fazê-los perceber que o rei dos judeus já havia nascido. Habituados a ser objeto de predileção de Deus, depositários de sua grandeza, perceberam que foi um povo gentio que lhes comunicou a Boa Nova aguardada havia séculos. “As nações se encaminharão à tua luz – tinha dito Isaías – e os reis, ao brilho de tua aurora” (Is 60, 3). As profecias estavam se cumprindo ao pé da letra, mas a cegueira de seus corações impediu-os de acolher o anúncio daqueles forasteiros.

Estes magos não pertenciam ao povo de Israel. Vinham do Oriente, quer dizer, de fora do Império romano. Talvez fossem persas, homens dedicados à astronomia e às ciências. Eram, aparentemente, as pessoas menos indicadas para proclamar a chegada do Messias. Deus não se havia revelado a eles, como a Israel. Os planos do Senhor eram, porém, muito maiores do que os escribas podiam imaginar. O novo povo de Deus já não estaria circunscrito a uma nação, mas ofereceria a salvação a todos os povos. Não haveria mais nenhuma barreira que separasse os homens. “Aos filhos do estrangeiro que quiserem aderir ao Senhor para servi-lo – havia profetizado Isaías – (...) fá-los-ei entrar no meu monte santo, dar-lhes-ei alegria em minha casa de oração” (Is 56, 6-7).

Ter uma visão esperançosa do mundo faz descobrir tudo de bom que qualquer sociedade possui; contemplar com otimismo os valores de uma cultura. “Tudo é vosso! – Dirá São Paulo – Mas vós sois de Cristo, e Cristo é de Deus” (1 Cor 3, 22-23). Diante desta realidade “alegramo-nos com as alegrias dos outros, gozamos de todas as coisas boas que nos rodeiam e nos sentimos interpelados pelos desafios de nosso tempo”[2]. E o fundamento desta visão esperançosa é precisamente o Deus que os magos procuram; “mas não qualquer deus, e sim o Deus que tem um rosto humano e que nos amou até o extremo, a cada um em particular e à humanidade em seu conjunto”[3].

Somos o que desejamos

“Herodes, então, chamou secretamente os magos e perguntou-lhes sobre a época exata em que o astro lhes tinha aparecido. E, enviando-os a Belém, disse: ‘Ide e informai-vos bem a respeito do menino. Quando o tiverdes encontrado, comunicai-me, para que eu também vá adorá-lo’” (Mt 2, 7-8). Embora as intenções de Herodes não fossem muito retas, suas indicações reacenderam os corações dos magos: já sabiam como continuar seu caminho.

Eles não se haviam conformado com a vida confortável que tinham em sua terra, talvez com renda elevada e um alto prestígio social; eram “buscadores de Deus”[4]. Por isso, provavelmente ficaram desiludidos quando chegaram a Jerusalém e não soubessem como prosseguir. Mas assim que descobriram a rota que os levava ao rei voltaram a sentir uma alegria que lhes dava forças para retomar a viagem.

O desejo que tinham de adorar àquele que dava sentido às suas vidas era maior do que o de gozar de segurança. Foi esse impulso interior que os levou a percorrer centenas de quilômetros e atravessar territórios desconhecidos. “Porque Deus nos fez assim: repletos de desejos; orientados, como os magos, rumo às estrelas. Podemos dizer, sem exagero, que somos o que desejamos. Porque são os desejos que dilatam nosso olhar e impulsionam a vida a ir mais além: além das barreiras da rotina, além de uma vida embotada no consumo, além de uma fé repetitiva e cansada, além do medo de arriscar-nos, de comprometer-nos pelos outros e pelo bem”[5].

Os magos estavam decididos a encontrar aquele rei custasse o que custasse. Tinham “a convicção de que nem o deserto, nem as tempestades, nem a tranquilidade dos oásis”[6] os impediriam de encontrar a Jesus. “Não queriam apenas saber. Queriam reconhecer a verdade sobre nós, sobre Deus e o mundo. Sua peregrinação exterior era expressão de seu estar interiormente a caminho, da peregrinação interior de seus corações”[7]. Por isso, “a aparição daquela estrela, os encheu de profunda alegria” (Mt 2, 10). Não tinham sido testemunhas dos portentos do Senhor narrados no Antigo Testamento. Também não haviam presenciado os milagres que anos mais tarde os contemporâneos de Jesus presenciariam. A estrela era suficiente para enchê-los de alegria. Amavam o Deus desconhecido, embora não o tivessem visto. Afinal, era o que desejavam desde que haviam deixado para trás seu lar.

Um ato de justiça

“Entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se diante dele, o adoraram” (Mt 2, 11). Aqueles homens sábios ajoelharam-se diante de um recém-nascido. Lá, no presépio, estava o rei. Já não era preciso procurá-lo entre as constelações do firmamento: tinham-no à sua frente, perto, feito criança.

Tudo o que tinham vivido nas últimas semanas – o entusiasmo ao ver a estrela, o cansaço da viagem, as dúvidas ao chegar a Jerusalém – adquiria sentido na presença daquele rei. O desejo de conhecer a Deus, que os fez deixar o lar, levou-os à adoração. Tiveram a experiência de como Jesus havia realizado os seus anseios mais profundos. Talvez há muito tempo atrás suas vidas tivessem girado em torno da satisfação de outras necessidades mais imediatas: o prestígio social, a riqueza, a comodidade... Descobriram, porém, naquele instante que a única coisa importante é dar glória a Deus. “Nosso tesouro – dizia São Josemaria – está aqui, reclinado numa manjedoura: é Cristo, e nele se devem concentrar todos os nossos amores, porque onde estiver o nosso tesouro, ali estará também o nosso coração (cfr. Lc 12, 34)”[8].

Os magos, que já entraram nessa lógica vital que vai além das necessidades primárias, ofereceram-lhe seus dons: ouro, incenso e mirra. Para Maria e José teria sido mais útil outro tipo de presente: algo que servisse para combater o frio ou alimentar o menino. Naquele momento não precisavam com urgência de incenso e mirra e talvez tampouco o ouro pudesse ajudá-los imediatamente. No entanto, “aqueles dons têm um significado profundo: constituem um ato de justiça. De fato, segundo a mentalidade vigente naquele tempo no Oriente, representam o reconhecimento de uma pessoa como Deus e rei: quer dizer, um ato de submissão. Querem dizer que a partir daquele momento os doadores pertencem ao soberano e reconhecem sua autoridade”[9].

Maria surpreende-se vendo entrar sob seu teto aquela comitiva. Habituada a meditar no coração o que lhe acontece, talvez lhe venha à mente aquela profecia: “Essa visão tornar-te-á radiante; teu coração palpitará e se dilatará, porque para ti afluirão as riquezas do mar, e a ti virão os tesouros das nações. Serás invadida por uma multidão de camelos, pelos dromedários de Madiã e de Efá; virão todos de Sabá, trazendo ouro e incenso, e publicando os louvores do Senhor” (Is 60, 5-6). Ela, que em Belém é apenas uma mulher de Nazaré, aquela que teve que dar à luz em um estábulo, vê como esses sábios se prostram e contemplam o seu filho. Sente palpitar seu coração imaculado, vendo, pela primeira vez, homens pagãos, vindos de longe, adorarem seu filho como Deus verdadeiro.

Um silêncio intenso preenche o pequeno recinto. Talvez apenas os alegres vagidos da criança que ela sustenta rompam esse silêncio e façam o coração dos magos se apaixonar mais profundamente. Não o esperavam, mas a luz da fé abre os seus olhos. Não têm palavras nem conceitos para explicar que essa criança que olha para eles, que segura os dedos da mãe, é seu Rei, seu Deus. Mas é isso. E o adoram.

Eles, buscadores de Deus, habituados a entrevê-lo no céu e na criação, têm agora diante de si a sabedoria divina, misteriosa, escondida. E a têm como homem. A Sabedoria olha-os, faz beicinho e lhes sorri. O mais atrevido deles, inclinando-se, talvez deixe um beijo nas mãos da mãe. E pela primeira vez um coração reza com estas palavras: Sedes Sapientiae!


[1] Francisco, Homilia, 6/01/2018.

[2] Do Padre, 19/03/2022, n. 7.

[3] Bento XVI, Encíclica Spe salvi, n. 31

[4] Bento XVI, Homilia, 6/01/2013.

[5] Francisco, Homilia, 6/01/2022.

[6] É Cristo que passa, n. 32.

[7] Bento XVI, Homilia, 6/01/2013.

[8] É Cristo que passa, n. 35.

[9] Bento XVI, Homilia, 6/01/2010.

Fonte: https://opusdei.org/pt-br

Hoje é dia de santa Isabel Ana Bayley Seton, primeira santa nascida nos EUA

Santa Isabel Ana Bayley Seton (ACI Digital)

“Juntos pela nossa Terra: na Amazônia e no mundo”

Os Cantores da Estrela levam as bênçãos às famílias (CNBB)

“JUNTOS PELA NOSSA TERRA, NA AMAZÔNIA E NO MUNDO”: TEMA DA CAMPANHA 2024 DOS “STERNSINGER”.

Desde o início, em 1959, a “Campanha da Epifania” cresceu e se tornou a maior campanha de solidariedade do mundo, realizada por crianças para as crianças. Elas sustentam projetos para menores na África, América Latina, Ásia, Oceania e Europa Oriental. A Pontifícia Obra da Santa Infância utiliza seus fundos para apoiar projetos, em todo o mundo, nos setores da educação, saúde, pastoral, nutrição e integração social.

“Juntos pela nossa Terra: na Amazônia e no mundo” é o lema da 66ª campanha dos “Cantores da Estrela” (“Die Sternsinger”/”Kindermissionswerk”), ramo alemão da Pontifícia Obra da Santa Infância (POSI) em Roma. Crianças e jovens de toda a Alemanha querem chamar a atenção para a importância de defender o meio ambiente e as culturas do mundo inteiro.

Os incêndios, o desmatamento e a exploração implacável dos recursos estão destruindo os meios de sustento das populações indígenas dos países sul-americanos da Amazônia. A cultura de cerca de 400 grupos étnicos também está ameaçada.

O diretor nacional das Pontifícias Obras Missionárias na Alemanha, padre Dirk Bingener, explica que a intenção é “recordar que todas as crianças do mundo têm o direito de crescer em um ambiente intacto e saudável. Estamos cientes de que todos devem assumir as suas responsabilidades em defesa da nossa Casa comum”.

A urgência deste tema e desta responsabilidade manifesta-se, de modo alarmante, na região amazônica, com diz ainda o diretor das POM na Alemanha: “A bacia amazônica enfrenta a pior seca dos últimos 122 anos. Os níveis da água estão extremamente baixos, enquanto as temperaturas do ar e da água estão excessivamente altas. As mudanças climáticas estão se tornando cada vez mais graves. Esta é, mais uma vez, a prova de que a terra só terá futuro se todos os homens aprenderem a preservar a Criação de Deus e a viver em harmonia com a natureza!”.

Vestidos com trajes dos Três Reis Magos, com o cometa e seus cantos, os “Cantores da Estrela”, todos os anos, antes da Epifania, batem às portas dos lares cristãos alemães. As crianças das paróquias católicas, membros da Infância Missionária, levam de casa em casa bênçãos às famílias, coletando doações para seus coetâneos que mais sofrem.

Desde o início, em 1959, a “Campanha da Epifania” cresceu e se tornou a maior campanha de solidariedade do mundo, realizada por crianças para as crianças. Elas sustentam projetos para menores na África, América Latina, Ásia, Oceania e Europa Oriental. A Pontifícia Obra da Santa Infância utiliza seus fundos para apoiar projetos, em todo o mundo, nos setores da educação, saúde, pastoral, nutrição e integração social.

Com informações da Agência Fides

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Reações a Fiducia supplicans, comunicado do Dicastério para a Doutrina da Fé

Dicastério para a Doutrina da Fé (Vatican News)

 Nota de imprensa assinada pelo cardeal prefeito Fernández e pelo secretário monsenhor Matteo: a doutrina sobre o matrimônio não muda, os bispos podem discernir sua aplicação de acordo com o contexto, as bênçãos pastorais não são comparáveis às bênçãos litúrgicas e ritualizadas.

Escrevemos este Comunicado à imprensa para ajudar a esclarecer a recepção de Fiducia supplicans, recomendando ao mesmo tempo uma leitura completa e atenta da citada Declaração para compreender melhor o significado de sua proposta.

1.    Doutrina

Os compreensíveis pronunciamentos de algumas Conferências Episcopais sobre o documento Fiducia supplicans têm o valor de evidenciar a necessidade de um período mais longo de reflexão pastoral. Quanto foi expresso por essas Conferências Episcopais não pode ser interpretado como uma oposição doutrinal, porque o documento é claro e clássico a respeito do matrimônio e da sexualidade. Existem diversas frases fortes na Declaração que não deixam dúvidas:

«A presente Declaração permanece firme quanto à doutrina tradicional da Igreja sobre o matrimônio, não admitindo nenhum tipo de rito litúrgico ou de bênçãos semelhantes a um rito litúrgico que possam criar confusão». Age-se diante de casais em situação irregular «sem convalidar oficialmente o seu status ou modificar de algum modo o ensinamento perene da Igreja sobre o matrimônio» (Apresentação).

«São inadmissíveis ritos e orações que possam criar confusão entre aquilo que é constitutivo do matrimônio, como “união exclusiva, estável e indissolúvel entre um homem e uma mulher, naturalmente aberta à geração de filhos” e aquilo que o contradiz. Esta convicção é fundada sobre a perene doutrina católica do matrimônio. Somente neste contexto as relações sexuais encontram o seu sentido natural, adequado e plenamente humano. A doutrina da Igreja sobre este ponto permanece firme» (4).

«Tal é também o sentido do Responsum da então Congregação para a Doutrina da Fé, onde se afirma que a Igreja não tem o poder de conceder a bênção a uniões entre pessoas do mesmo sexo» (5).

«Dado que a Igreja desde sempre considerou moralmente lícitas somente aquelas relações sexuais  que são vividas ao interno do matrimônio, ela não tem o poder de conferir a sua bênção litúrgica quando esta, de qualquer modo, possa oferecer uma forma de legitimação moral a uma união que presuma ser um matrimônio ou a uma prática sexual extra-matrimonial» (11).

Evidentemente, não há espaço para se tomar distância doutrinal desta Declaração ou para considerá-la herética, contrária à Tradição da Igreja ou blasfema.

2.    Recepção prática

Alguns Bispos, todavia, exprimem-se em modo particular a respeito de um aspecto prático: as possíveis bênçãos de casais em situação irregular. A Declaração contém a proposta de breves e simples bênçãos pastorais (não litúrgicas, nem ritualizadas) de casais irregulares (não das uniões), sublinhando que se trata de bênçãos sem forma litúrgica, que não aprovam nem justificam a situação em que se encontram essas pessoas.

Os documentos do Dicastério para a Doutrina da Fé, como Fiducia supplicans, podem requerer, nos seus aspectos práticos, mais ou menos tempo para a sua aplicação, segundo os contextos locais e o discernimento de cada Bispo diocesano com a sua Diocese. Em alguns lugares não existem dificuldades para uma aplicação imediata, em outros há a necessidade de não inovar nada enquanto se toma todo o tempo necessário para a leitura e a interpretação.

Alguns Bispos, por exemplo, estabeleceram que cada sacerdote deve realizar o discernimento, mas poderá dar essas bênçãos apenas de modo privado. Nada disso é problemático, se é expresso com o devido respeito por um texto assinado e aprovado pelo próprio Sumo Pontífice, buscando de algum modo acolher a reflexão nele contida.

Cada Bispo local, em virtude do próprio ministério, tem sempre o poder do discernimento in loco, isto é, naquele lugar concreto que ele melhor que outros conhece, porque é o seu rebanho. A prudência e a atenção ao contexto eclesial e à cultura local poderiam admitir diversas modalidades de aplicação, mas não uma negação total ou definitiva deste caminho que é proposto aos sacerdotes.

3.    A situação delicada de alguns países

O caso de algumas Conferências Episcopais deve ser compreendido no próprio contexto. Em diversos países existem fortes questões culturais e até mesmo legais que requerem tempo e estratégias pastorais a longo prazo.

Se existem legislações que condenam à prisão e, em alguns lugares, à tortura e até à morte o simples fato de declarar-se homossexual, entende-se que seria imprudente uma bênção. É evidente que os Bispos não queiram expor as pessoas homossexuais à violência. Permanece importante, porém, que estas Conferências Episcopais não sustentem uma doutrina diferente daquela da Declaração aprovada pelo Papa, enquanto é a doutrina de sempre, mas sobretudo que proponham a necessidade do estudo e do discernimento para agir com prudência pastoral em um tal contexto.

Na verdade, não são poucos os países que em diversa medida condenam, proíbem e criminalizam a homossexualidade. Nestes casos, além da questão das bênçãos, existe uma tarefa pastoral de grande amplitude, que inclui formação, defesa da dignidade humana, ensinamento da Doutrina Social da Igreja e diversas estratégias que não admitem pressa.

4.    A verdadeira novidade do documento

A verdadeira novidade desta Declaração, que requer um generoso esforço de recepção, do qual ninguém deveria declarar-se excluído, não é a possibilidade de abençoar casais irregulares. É o convite a distinguir duas formas diferentes de bênção: “litúrgicas ou ritualizadas” e “espontâneas ou pastorais”. Na Apresentação é explicado claramente que «o valor deste documento é […] aquele de oferecer uma contribuição específica e inovativa ao significado pastoral das bênçãos, que permite ampliar e enriquecer sua compreensão clássica, estreitamente ligada a uma perspectiva litúrgica». Esta «reflexão teológica, baseada sobre a visão pastoral de Papa Francisco, implica um verdadeiro desenvolvimento a respeito de quanto foi dito sobre as bênçãos no Magistério e nos textos oficiais da Igreja».

Como pano de fundo, encontra-se a avaliação positiva da “pastoral popular” que aparece em muitos textos do Santo Padre. Neste contexto, o Santo Padre nos convida a valorizar a fé do Povo de Deus, que mesmo em meio aos seus pecados sai da imanência e abre o seu coração para pedir a ajuda de Deus.

Por esta razão, mais que pela bênção a casais irregulares, o texto do Dicastério adotou a elevada forma de uma “Declaração”, que representa muito mais que um responsum ou que uma carta. O tema central, que convida particularmente a um aprofundamento que enriqueça a prática pastoral, é a compreensão mais ampla das bênçãos e a proposta de aumentar as bênçãos pastorais, que não exigem as mesmas condições daquelas realizadas num contexto litúrgico ou ritual. Em consequência, para além da polêmica, o texto requer um esforço de reflexão serena, feita com coração de pastor, livre de toda ideologia.

Mesmo que algum Bispo considere prudente para o momento não dar estas bênçãos, permanece verdadeiro que todos necessitamos crescer na convicção de que as bênçãos não ritualizadas não são uma consagração da pessoa ou do casal que as recebe, não justificam todas as suas ações, não ratificam a vida que leva. Quando o Papa nos pediu para crescer na compreensão mais ampla das bênçãos pastorais, ele nos propôs pensar um modo de abençoar que não implique tantas condições para realizar este gesto simples de proximidade pastoral, que é um meio para promover a abertura a Deus em meio às mais diversas circunstâncias.

5.    Como se apresentam concretamente estas “bênçãos pastorais”?

Para distinguir-se claramente das bênçãos litúrgicas ou ritualizadas, as “bênçãos pastorais” devem ser sobretudo muito breves (cfr. n. 28). Trata-se de bênçãos de poucos segundos, sem uso do Ritual de Bênçãos. Se se aproximam juntas duas pessoas para pedi-la, simplesmente implora-se ao Senhor paz, saúde e outros bens para estas duas pessoas que as pedem. Ao mesmo tempo, implora-se que possam viver o Evangelho de Cristo em plena fidelidade e que o Espírito Santo as livre de tudo que não corresponde à vontade divina e de tudo que requer purificação.

Esta forma de bênção não ritualizada, com a simplicidade e a brevidade de sua forma, não pretende justificar algo que não seja moralmente aceitável. Obviamente, não é um matrimônio, nem mesmo uma “aprovação”, nem a ratificação de coisa alguma. É unicamente a resposta de um pastor a duas pessoas que pedem a ajuda de Deus. Por isso, neste caso, o pastor não põe condições e não quer conhecer a vida íntima dessas pessoas.

Dado que alguns manifestaram dúvidas sobre como poderiam ser estas bênçãos, vejamos um exemplo concreto: imaginemos que em meio a uma grande peregrinação um casal de divorciados  em nova união diga ao sacerdote: “Por favor, nos dê uma bênção, não conseguimos encontrar trabalho, ele está muito doente, não temos uma casa, a vida está se tornando muito pesada: que Deus nos ajude!”.

Neste caso, o sacerdote pode recitar uma simples oração como esta: «Senhor, olha estes teus filhos, concede-lhes saúde, trabalho, paz e ajuda recíproca. Livra-os de tudo aquilo que contradiz o teu Evangelho e concede-lhes viver segundo a tua vontade. Amém». E conclui com o sinal da cruz sobre cada um deles.

Trata-se de 10 ou 15 segundos. Faz sentido negar este tipo de bênção a essas duas pessoas que a imploram? Não é o caso de sustentar a sua fé, pouca ou muita que seja; de ajudar a sua fraqueza com a bênção divina e de dar um canal a esta abertura à transcendência, que poderia conduzi-las a ser mais fiéis ao Evangelho?

Para afastar equívocos, a Declaração acrescenta que, quando a bênção é pedida por um casal em situação irregular, «ainda que expressa fora dos ritos previstos pelos livros litúrgicos […] esta bênção jamais será realizada conjuntamente a ritos civis de união e nem mesmo em relação a estes. Nem sequer com as roupas, gestos ou palavras próprios de um matrimônio. O mesmo vale quando a bênção é pedida por um casal do mesmo sexo» (39). É claro, portanto, que ela não deve acontecer num lugar importante do edifício sacro ou diante do altar, porque isto causaria confusão.

Por esta razão, cada Bispo na sua Diocese é autorizado pela Declaração Fiducia supplicans a ativar este tipo de bênçãos simples, com todas as recomendações de prudência e de atenção, mas em nenhum modo é autorizado a propor ou a ativar bênçãos que possam assemelhar-se a um rito litúrgico.

6.    Catequese

Em alguns lugares, talvez será necessária uma catequese que ajude a todos a entender que este tipo de bênção não é uma ratificação da vida que levam aqueles que a imploram. Menos ainda é uma absolvição, enquanto estes gestos estão longe de ser um sacramento ou um rito. São simples expressão de proximidade pastoral que não propõem as mesmas exigências de um sacramento nem de um rito formal. Deveremos habituar-nos todos a aceitar o fato que, se um sacerdote dá este tipo de bênçãos simples, não é um herético, não ratifica nada, não está negando a doutrina católica.

Podemos ajudar o Povo de Deus a descobrir que este tipo de bênção é um simples canal pastoral que ajuda as pessoas a manifestar a própria fé, ainda que sejam grandes pecadores. Por isso, ao dar esta bênção a duas pessoas que juntas se aproximam para implorá-la espontaneamente, não as estamos consagrando, nem nos estamos congratulando com elas, nem estamos aprovando o seu modo de união. Na verdade, o mesmo acontece quando abençoamos as pessoas individualmente, no sentido de que o indivíduo que pede uma bênção – não a absolvição – poderia ser um grande pecador, mas não por isso negamos este gesto paterno em meio à sua luta para sobreviver.

Se isto é esclarecido graças a uma boa catequese, podemos livrar-nos do medo de que nossas bênçãos exprimam algo de inadequado. Podemos ser ministros mais livres e talvez mais próximos e fecundos, com um ministério pleno de gestos de paternidade e de proximidade, sem medo de ser mal-interpretados.

Peçamos ao Senhor recém-nascido que derrame sobre todos uma generosa e graciosa bênção, para podermos viver um santo e feliz 2024.

Víctor Manuel Card. FERNÁNDEZ

Prefeito

Mons. Armando MATTEO

Secretário para a Seção Doutrinal

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF