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sábado, 6 de janeiro de 2024

Na Luz da Epifania...

Na Luz da Epifania (Diocese de Limeira)

NA LUZ DA ESPIFANIA O MENINO DEUS MANIFESTA AOS POVOS E NAÇÕES A FRATERNIDADE AMOROSA E A PAZ UNIVERSAL

Dom Roberto Francisco Ferreria Paz 
Bispo de Campos (RJ)

Sempre se afirma que a Solenidade da Epifania revela a missão da Igreja em ato, pois a Comunidade eclesial continua manifestando o Cristo Salvador a todas as Nações, Culturas e povos e acrescentaríamos a todas as espécies vivas. De veras esta solenidade impulsiona o que o Papa Francisco denomina “cultura do encontro” que almeja derrubar os muros e barreiras que impedem aos povos reunir-se na tenda onde Jesus os espera.  

Temos que superar os ideólogos e propagandistas do chamado choque das culturas ou guerras culturais para na trilha dos três Reis e sábios de Oriente, aprender a dialogar, partilhar as sementes do Verbo que já estão inseridas pelo Espírito Santo em cada cultura e filosofia de vida, descobrindo as convergências que nos elevam a alguém que transcendente a todas e nos oferece a salvação e o pleno sentido da nossa existência.  

Como estes estudiosos das estrelas que procuravam ansiosamente o Esperado das Nações torna-se importante abandonar a atitude de arrogância, dominação com a qual muitas vezes nos colocamos diante dos outros. A estrela de Belém da esperança e da justiça brilhará e sempre apontará para caminhos de compaixão, misericórdia e reconciliação.  

Os presentes que o Menino Jesus precisa para fazer avançar o seu Reino, são hoje o ouro do ágape fraterno ou amor incondicional, o incenso do perdão e da não violência, e a mirra da adoração terna e gratuidade.  

Cabe as religiões como o Papa Francisco propõe na Fratelli Tutti empenhar-se na cultura de paz, e do cuidado da Casa Comum, afirmando que todos/as somos irmãos, filhos de Deus e da Terra, assumindo como São Charles de Foucauld, o testemunho de ser irmão universal. Deus seja Louvado!

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Angelus: Adorar a Deus não é desperdiçar tempo, é dar significado ao tempo

Papa Francisco no Ângelus (Vatican Media)

Contemplar Jesus, permanecer diante d’Ele, adorá-lo na Eucaristia, tal como fizeram os Magos ao encontrar o Menino Jesus, foram os pontos que inspiraram a reflexão do Papa Francisco durante o Angelus da Solenidade da Epifania, celebrada no Vaticano neste sábado, 6 de janeiro.

Thulio Fonseca – Vatican News

Após a celebração da Santa Missa, na Basílica vaticana, por ocasião da Solenidade da Epifania, o Papa rezou, também neste sábado (06/01) a oração mariana do Angelus, com os milhares de fiéis e peregrinos presentes na Praça São Pedro.

Em sua meditação, Francisco recordou que “a Epifania do Senhor significa a Sua manifestação a todos os povos, personificados pelos Magos que encontram Jesus, “com Maria, sua mãe”, prostram-se e oferecem-lhe “ouro, incenso e mirra.

“Detenhamo-nos por um momento nesta cena, naqueles homens sábios que reconhecem a presença de Deus em um simples Menino: não em um príncipe ou em um nobre, mas em um filho de gente pobre, e prostram-se diante d’Ele, adorando-O”.

Papa Francisco no Ângelus (Vatican Media)

A humildade de Deus

O Papa sublinhou que esse encontro é uma experiência decisiva para aqueles Magos é importante também para nós, pois em Jesus Menino, de fato, vemos Deus feito homem. E em seguida pediu aos fiéis que se maravilhem com a humildade do Senhor:

“Contemplar Jesus, permanecer diante d’Ele, adorá-lo na Eucaristia: não é perder tempo, mas é dar sentido ao tempo; é reencontrar o caminho da vida na simplicidade de um silêncio que nutre o coração. Fiquemos também nós diante do Menino, paremos diante do presépio.”

Aprender com as crianças

Francisco disse que é preciso encontrar tempo também para olhar para as crianças, os pequenos que nos falam de Jesus, com a sua confiança, o seu imediatismo, o seu estupor, a sua sã curiosidade, a sua capacidade de chorar e de rir com espontaneidade, de sonhar.

“Se ficarmos diante do Jesus Menino e na companhia das crianças”, destacou o Pontífice, “aprenderemos a nos maravilhar e retomaremos o caminho de forma mais simples e melhores, como os Reis Magos. E saberemos ter olhares novos e criativos diante dos problemas do mundo”.

Papa Francisco no Ângelus (Vatican Media)

Ao concluir sua reflexão, o Santo Padre incentivou os fiéis a se questionarem:

“Nestes dias, paramos para adorar, demos um pouco de espaço para Jesus no silêncio, rezando diante do presépio? Dedicamos tempo às crianças, conversando e brincando com elas? E por fim, conseguimos olhar para os problemas do mundo com o olhar das crianças?”

“Que Maria, Mãe de Deus e nossa, aumente o nosso amor pelo Jesus Menino e por todas as crianças, especialmente as atingidas por guerras e pelas injustiças” concluiu Francisco.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santa Rafaela Maria do Sagrado Coração de Jesus

Santa Rafaela Maria do Sagrado Coração de Jesus (cruzterrasanta)
06 de janeiro
Santa Rafaela Maria do Sagrado Coração de Jesus

Origens

Rafaela Maria Porras y Ayllón nasceu no dia 1 de março de 1850, na cidade de Pedro Abad, pertencente à província de Córdoba, na Espanha. Filha de Ildefonso Porras e Rafaela Ayllón, foi a décima dos treze filhos que seus pais tiveram. Seus pais, ricos que eram, lhe deram excelente educação humana e grande exemplo de vida cristã.

Exemplo paterno

Seu pai era presidente da Câmara de Pedro Abad. Quando sua região teve um surto de cólera, ele próprio dedicou-se a cuidar dos doentes. Porém, contraiu a doença e veio a falecer. Rafaela tinha, então apenas quatro anos. Sua mãe passou a comandar a família, dedicando atenção especial a Rafaela e sua irmã Dolores, as únicas mulheres entre os irmãos.

Primeiras escolhas

A educação esmerada fez Rafaela, Dolores e seus irmãos, crianças e jovens privilegiados na cultura e nas virtudes. E Rafaela, desde cedo, comportava-se pacífica, reflexiva, forte e meiga, dona de si, disposta a abrir mão de seus gostos para favorecer os outros. Ela poderia frequentar a alta sociedade de Córdoba e de Madri. No entanto, preferiu consagrar-se inteiramente a Jesus Cristo através de um voto de castidade feito aos quinze anos. Era o dia da anunciação de Maria, aquela que se proclamou a “Escrava do Senhor”. Isso marcaria a vida de Rafaela para sempre, como vemos na Congregação que ela viria a fundar alguns anos depois.

Morte da mãe

Quando Rafaela completou dezenove anos, sua mãe faleceu, marcando fortemente sua alma e seu caminho para Deus. A partir daí ela passou a se dedicar completamente aos mais necessitados. Dolores, sua irmã, a acompanhava em todas essas ações de caridade e amor para com o próximo. Mais tarde, ela estaria junto com sua irmã na fundação da Congregação das Escravas do Sagrado Coração de Jesus.

Fundação

No dia 14 de abril de 1877 Santa Rafaela e sua irmã fundam a primeira casa do Instituto das Escravas do Sagrado Coração de Jesus. A Congregação dedicar-se-ia à adoração do Santíssimo Sacramento e à educação de crianças e jovens, especialmente as mais necessitadas. A obra foi aprovada pelo Cardeal Moreno. Dezoito noviças iniciaram na casa. Dessas, todas permaneceram.

Expansão

Num mundo marcado pela dor, pela guerra e por pestes, a Obra de Santa Rafaela levou o amor de Deus, a esperança, a fé e a caridade. Santa Rafaela foi o próprio exemplo de quem se fez escrava do amor. Ela adotou o nome religioso de Maria do Sagrado Coração de Jesus. No dia 29 de janeiro de 1887, o Papa Leão XIII deu a aprovação definitiva para o Instituto. As “Escravas” começaram a se espalhar pela Espanha e Europa. A irmã Dolores, que adotou o nome de Maria del Pilar, ajudou como ecônoma geral até o ano 1893.

Divisão

No mesmo ano de 1893, a irmã, Maria del Pilar, passou a externar sua visão segundo a qual Santa Rafaela cometia erros na administração da economia da Congregação e passou a fazer campanha para que Rafaela fosse retirada do cargo de superiora. Por fim, as conselheiras do Instituto se convenceram e retiraram Madre Rafaela da direção, colocando Dolores (Irmã Maria del Pilar) como superiora geral. Esta ficou no cargo de 1893 a 1903, ou seja, dez anos.

Humilhação e humildade

Santa Rafaela viveu os trinta e dois anos seguintes relegada a um canto, desprezada. Porém, dizia-se feliz por poder dedicar-se totalmente à oração, a dar bom exemplo no trato com todas e à humildade. Viveu sem cultivar amarguras no coração, sem fazer críticas, sem alimentar ressentimentos. Ao contrário, via em tudo isso a mão de Deus agindo em sua vida, modelando-a com amor para a vida eterna. Assim, ela viu a Obra, que era fruto do seu coração e da vontade de Deus, florescer e se espalhar ainda mais. Sua dor e aceitação certamente foram o adubo para este crescimento.    

Exemplo

Nos trinta e dois anos de isolamento e marginalização, Santa Rafaela só teve um consolo externo ao seu coração: Uma peregrinação que fez a Assis, a Loreto e no interior da Espanha, ficando nas casas da Congregação. Em todas as casas que passou, deixou um exemplo de santidade, oração e humildade. Fazia os trabalhos mais humildes e rejeitados com alegria de coração, mostrando que, na verdade, Santa Rafaela tinha um profunda vida interior e colóquios com Deus, o que satisfazia plenamente seu coração e a fazia perceber que as glórias humanas não passam de inutilidades.

Morte

Por causa das longas horas que Santa Rafaela passava ajoelhada diante de Jesus Sacramentado, a verdadeira razão de sua vida, ela contraiu uma grave doença no joelho direito. Tal enfermidade a foi debilitando, causando dores terríveis. Assim, ela passou os últimos meses de sua vida. Porém, cheia de fé, dizia: "Aceitai todas as coisas como se viessem das mãos de Deus". Assim, em 06 de janeiro de 1925, Santa Rafaela entregou sua alma a Deus. Ela estava na casa de Roma.

Reconhecimento divino – Corpo incorrupto

Logo após a morte de Santa Rafaela, as autoridades da Igreja compreenderam o grande sofrimento pelo qual ela tinha passado. Abriram, então,  o processo para a sua beatificação. Pouco tempo depois, estando a 2ª Guerra Mundial quase em seu final, um bombardeio americano veio a atingir drasticamente o cemitério onde tinha sido sepultada. O túmulo dela, porém, ficou preservado milagrosamente. Quando fizeram a exumação, encontraram o corpo de Santa Rafaela incorrupto e com toda flexibilidade, como se ela estivesse dormindo. Ela foi beatificada em 1953 pelo Papa Pio XII e canonizada em 1977 pelo Papa Paulo VI.

Oração a Santa Rafaela Maria

“Concedei-nos, Senhor, o dom de Vos conhecer e amar sobre todas as coisas, a exemplo da vossa serva Santa Rafaela Maria, para que, servindo-Vos com sinceridade de coração, possamos agradar-Vos com a nossa fé e as nossas obras. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo. Amém. Santa Rafaela, rogai por nós.”

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Bento XVI falou sobre as relíquias dos Reis Magos quando visitou Colônia

O relicário dos Magos e Bento XVI | Wikipédia e Vatican Media

A solenidade da Epifania do Senhor celebra os magos que chegaram do Oriente para adorar o Menino Jesus, nascido em Belém. No Brasil, será celebrada no próximo domingo (7).

Os magos, que a tradição, mas não o Evangelho, diz serem três e os chama de Reis Magos, seguiram a estrela de Belém para chegar até onde o Menino estava com a Virgem Maria e são José. Lá ofereceram os presentes do ouro, incenso e mirra.

Segundo o Evangelho os magos ouviram em sonho a instrução de não voltar a Herodes e voltaram para seu país por outro caminho.

Segundo a tradição, depois do retorno à sua pátria, os magos foram batizados por são Tomé e trabalharam muito pela propagação da fé em Cristo. A história remonta a um escritor ariano posterior ao século VI, cuja obra está impressa como 'Opus imperfectum in Mattheum' entre os escritos de são João Crisóstomo.

Após sua morte, os restos mortais dos Reis Magos foram levados por santa Helena, mãe do imperador Constantino, para Constantinopla, hoje Istambul. Depois foram para Milão e, em 1164 foram levados de Milão para Colônia, na Alemanha, onde se encontram hoje.

Em 18 de agosto de 2005, como parte de sua viagem para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o papa Bento XVI disse que “a cidade de Colônia não seria o que é sem os Reis Magos, que tanto determinaram a sua história, a sua cultura e a sua fé. Aqui a Igreja celebra, num certo sentido, durante todo o ano a festa da Epifania!”.

“Portanto, antes de me dirigir a vós, queridos habitantes de Colônia, de vos saudar, quis recolher-me em oração por alguns instantes diante do relicário dos três Reis Magos, dando graças a Deus pelo seu testemunho de fé, esperança e amor”, acrescentou.

Bento XVI recordou que “no ano de 1164, as relíquias desses sábios do Oriente, escoltadas pelo arcebispo de Colônia Reinald von Dassel, atravessaram os Alpes partindo de Milão, para chegar a Colônia, onde foram acolhidas com grandes manifestações de alegria".

“Peregrinando pela Europa, tais relíquias deixaram evidentes vestígios que ainda hoje subsistem nos topônimos e na devoção popular”, disse.

Anos depois, em 2014, o papa Francisco nomeou o então arcebispo de Milão, cardeal Angelo Scola, como seu enviado especial para as comemorações do 850º aniversário da transferência das relíquias dos Reis Magos de Milão para Colônia.

Segundo a história narrada no site da catedral de Colônia, a mãe do Imperador Constantino, santa Helena, encontrou as relíquias dos Reis Magos na cidade de Saba e as transferiu para Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia.

Três séculos depois, o então bispo de Milão, santo Eustórgio, viajou a Constantinopla para que o imperador aceitasse sua nomeação episcopal. Ele lhe deu as relíquias dos Reis Magos que o bispo levou para a cidade italiana.

Quando o imperador alemão Frederico Barbarossa sitiou Milão, o arcebispo de Colônia, dom Rainald von Dassel, viu que uma igreja milanesa custodiava as relíquias.

A abadessa era irmã do prefeito da cidade e ela prometeu ao bispo von Dassel que lhe daria as relíquias se protegesse seu irmão da ira do imperador. Ele o fez e pôde levar as relíquias para Colônia.

Entre 1190 e 1220 um grupo de artesãos trabalhou no imponente relicário que hoje guarda as relíquias dos Reis Magos.

O relicário tem 1,10 metros de largura, 1,53 metros de altura e 2,20 metros de comprimento. A estrutura básica é feita de madeira, forrada com ouro e prata e decorada com filigrana, esmalte e cerca de mil pedras preciosas.

Ao todo, há 74 figuras em baixo-relevo em prata dourada, sem contar as figuras adicionais menores na decoração de fundo.

Outras imagens que podem ser vistas são a Adoração dos Magos, Maria entronizada com o Menino Jesus, o Batismo de Cristo e Cristo entronizado no Juízo Final. Em uma extremidade, há também o busto do bispo Dassel.

A atual Catedral de Colônia começou a ser construída em 1248 e a obra durou 632 anos, tornando-se a maior igreja gótica do norte da Europa.

Em agosto de 2005, Bento XVI disse que “para os Reis Magos, Colônia mandou confeccionar o relicário mais precioso de todo o mundo cristão e elevou sobre ele um relicário ainda maior: a Catedral de Colónia.”.

“Com Jerusalém, a ‘Cidade Santa’, com Roma a ‘Cidade Eterna’, com Santiago de Compostela na Espanha, Colônia, graças aos Magos, tornou-se ao longo dos séculos um dos lugares de peregrinação mais importante do Ocidente cristão”, destacou Bento XVI.

Fonte: https://www.acidigital.com/

ARTE CRISTÃ: Essa centelha de beleza que dá glória a Deus

Georges Rouault, Christ en croix (30Giorni)

Arquivo 30Dias - 01/2008

Essa centelha de beleza que dá glória a Deus

Entrevista com Massimo Lippi, poeta e escultor: o artista não pretende criar a beleza por si mesmo, mas busca-a na criação para devolvê-la ao Senhor.

Entrevista com Massimo Lippi de Paolo Mattei

“Perto da estação de Sena há uma ponte moderníssima que passa sobre a estrada. Por alguns minutos, de manhã, se olharmos a rede de proteção contra a luz, veremos como o sol a decora com suaves formas geométricas que parecem estrelinhas. Essas estrelinhas são muito semelhantes às decorações românicas, góticas e tardo góticas. Sobre essa ponte já existe a projeção imaginária de uma obra de arte. Esse bem de Deus que é a luz atingiu um produto industrial anônimo. Neste tempo de bombardeio paroxísmico das imagens, essas estrelinhas são uma enorme sugestão para um artista, cristão ou não cristão”.

É assim que começa a conversa com Massimo Lippi, poeta e escultor italiano. Lippi publicou duas coletâneas de líricas pela editora Libri Scheiwiller (Non popolo mio – 1991 – e Passi il mondo e venga la grazia – 1999), depois de sua estréia, em 1982, na coleção “Nuovi Poeti Italiani” da Einaudi, organizada por Franco Fortini. Professor de História da Arte e de Escultura nas Academias de Belas Artes de Carrara e Macerata e visiting professor em algumas universidades americanas, expôs suas obras em toda a Europa. Em Sena se encontram muitas de suas peças em bronze, entre as quais os portais da Basílica de São Domingos e um crucifixo na Catedral. Nós lhe fizemos algumas perguntas sobre a arte cristã moderna e contemporânea, sobre a relação entre a Igreja e os artistas neste início de milênio e sobre a beleza.

O senhor, observando essa ponte urbana, cita a arte antiga. Em relação à arte cristã contemporânea, existe faz tempo um debate entre tendências “passadistas” e “modernistas”...

MASSIMO LIPPI: A arte cristã, quando é verdadeira arte, nunca é nem modernista nem passadista. É verdadeira arte, só isso.

Mas existe uma distância, por exemplo, entre os nostálgicos da imagerie do século XIX, do chamado estilo Saint-Sulpice, e quem afirma a necessidade de que a Igreja continue o diálogo com a arte contemporânea...

LIPPI: Sim, e é bom que o diálogo se mantenha vivo. Mas é bom também não categorizar demais as coisas entre “passadismo” e “modernismo”. Michelangelo é “antigo” cronologicamente, mas é com sua Pietà Rondanini que começa a arte moderna e contemporânea.

Em outras palavras?

LIPPI: Michelangelo sentiu o fim de uma época. Ele tinha uma força maior, que não se podia submeter aos cânones estabelecidos pelas academias. Reinventou tudo e pegou de surpresa aqueles que já tinham se acostumado às novidades de Brunelleschi. Na Pietà Rondanini, as regras do fazer arte foram ultrapassadas por uma força instintiva que era o confronto último, direto e definitivo entre uma alma e Deus. Ele tinha noventa anos e mal se ouvia seu barulho em Roma: uma tossida e um golpe de maceta, trabalhando como os cinzeladores de Settignano, de quem tinha absorvido a arte. Parece que ainda escuto aquelas batidas, o arquejo da forma que busca a Deus e que foi pelo próprio Deus formada no homem – “a glória de Deus é o homem vivo” –, e parece que o vejo, Michelangelo, procurando dizer a Deus: eu, que sou a tua glória, quero retribuir-te a glória, do jeito que eu sou, homem pecador, e não por meio da estética dos senhores neoplatônicos de Florença. Michelangelo não constrói um teorema, mas faz uma oração, um gesto litúrgico. Uma vez chegou a dizer que tudo o que havia feito não valia nada em comparação com um ato de fé pura de uma camponesinha ou de uma mulher do povo romano: por um gesto de fé simples, ele teria dado toda a Capela Sistina. Sua vontade era entrar numa procissão do povo, ir atrás de uma imagem qualquer de Nossa Senhora. Sem dúvida menos bela do que ele saberia fazer.

E o que isso tem a ver com a arte moderna?

LIPPI: Aquela Pietà é um incunábulo dessa arte. Aquelas pernas lisas, polidas, batidas pela luz, enquanto a parte alta ainda é um casulo esculpido grosseiramente pela escopro e pelo gradim... Não é uma Pietà propriamente dita, mas já apresenta a iminente aurora do mundo, a Ressurreição.

Michelangelo produz por abreviações, por síncopes, por subtrações, por ablatio, eliminação de tudo o que é demais para chegar ao essencial. É também desproporção e paradoxo – Maria tão jovem, “filha de teu Filho”... Não há a sacralização da forma. Esse momento não representa o fim da arte cristã, mas o fim da presunção daqueles que, invertendo a perspectiva, tinha-se convencido de que podiam criar por si mesmos a beleza. O artista, parece dizer Michelangelo, pode, com a ajuda de Deus, buscá-la na criação e devolvê-la a Ele e a Sua Igreja. Essa atitude é moderníssima.

Michelangelo, Pietà Rondanini, Castelo Sforzesco, Milão (30Giorni)

Voltemos à arte cristã contemporânea. Hoje em dia há uma notável difusão dos tradicionais ícones da Igreja russa ou grega...

LIPPI: É um modo de perpetuar artificialmente uma tradição que é sublime em Rublëv e foi extremamente eficaz num certo tempo e num certo espaço... Mas hoje corre o risco de ser, no meu modo de ver, devocionismo desleixado. Prefiro o expressionismo de Francis Bacon a essa liofilização. E isso não deve escandalizar ninguém. Cada um é filho de seu tempo. E é bom que exista essa liberdade de escolha na Igreja, esse relativismo: mesmo olhando e rezando diante de uma imagem que não é bonita, a pessoa pode se tornar santa.

Há também uma tendência a utilizar em larga escala todos os mais modernos meios de comunicação visual, como o cinema...

LIPPI: É uma vontade doente de dar um surplus de religiosidade à simples devoção... Assim, difundem-se filmes como A Paixão de Mel Gibson: uma em o risco de ser alienantes nesse sentido: podem usar a religião, em vez do eros, como elemento desencadeador do pathos de um modo violento e não natural. Do lado oposto, muitas vezes se produzem programas de televisão muito entediantes.

Uma outra orientação, minoritária, que parte da crítica à “iconosfera” da civilização das imagens, na qual o homem contemporâneo está mergulhado, refuta qualquer representação na vida cristã.

LIPPI: Já passamos por isso, a Igreja já enfrentou, faz tempo, os problemas da iconoclastia e da orientação cultual privada de imagens. Somos filhos do Deus que se encarnou num homem, se manifestou no rosto e na pessoa de Jesus Cristo, que pisa a terra. Trabalha, chora, sofre e se alegra conosco. Portanto, deve ser representado.

Em 1964, Paulo VI, com expressões apaixonadas e comovidas, pediu perdão aos artistas pela maneira como a Igreja os havia tratado, e disse a eles: “Nós precisamos de vós”. Em 1973, há exatos trinta e cinco anos, foi inaugurada a Coleção de Arte Religiosa Moderna no Vaticano. Que aconteceu desde então?

LIPPI: Paulo VI teve a grande intuição, mas depois não houve ninguém que a tenha sabido concretizar.

Em que sentido?

LIPPI: Faltaram pessoas que fossem procurar os artistas, mesmo os mais de vanguarda, menos conhecidos, que poderiam ter feito coisas belas para a Igreja. Em vez disso, se depositou a esperança, e ainda se deposita, nos discursos. Mas isso é absurdo. Você deve olhar como vive um artista, deve conhecê-lo, deve saber como ele vive. Os papas do Renascimento faziam isso! Os burocratas da fé de hoje não fazem.

E o que se fez, em vez disso?

LIPPI: A Igreja se “atualizou” cometendo o erro funesto de confiar, sem discernimento, no mercado. Na tentativa de ganhar alguma coisa, perdeu muito. Preferiu encomendar as obras a artistas de renome, aos mais célebres da praça. Além de tudo, não escolheu os melhores, mas os que insistem em divulgar a própria marca, apaixonados por seu estilo, por seu solipsismo criativo.

Por que isso acontece?

LIPPI: Rompeu-se a unidade entre a hierarquia e o povo. Antigamente, os padres e os pintores, os escultores, os arquitetos, estavam com o povo de verdade, e o conheciam. Hoje, a ortodoxia do pensamento e a santa anarquia dos artistas não se encontram mais, e a centelha de beleza, quando se acende, não é vista. As pessoas bebem tudo o que passa na televisão, a única fonte de onde se encomenda tudo. Hoje, o único critério é: se o artista que decora ou projeta a igreja é famoso, a igreja que ele decora ou projeta também será reconhecida no mundo. Assim, acontece de um personagem de fama internacional esculpir em Roma uma Anunciação, em Santa Maria dos Anjos, na qual o anjo e Nossa Senhora aparecem de corpo inteiro, mas sem os braços. Ou de, em San Giovanni Rotondo, ser representado um Cordeiro pascal sem orelhas, sem cauda e com as pernas quebradas... Estrelas internacionais que trabalham com os símbolos sem saber aquilo de que são sinal. É imensamente mais santa e mais bela uma cruz arranhada com a unha na parede de uma prisão. Ou uma via-sacra desenhada pelas crianças que nada sabem de arte e de técnica.

Massimo Lippi, Santa Catarina e o Menino Jesus (30Giorni)

Existem exemplos positivos que podem servir de referência?

LIPPI
: Penso, para citar alguns, em Giacomo Manzù, ou em Georges Rouault ou em Arturo Martini. Mas eles também foram encontrados por olhos que souberam olhar. É uma questão de fé, da santidade daqueles que devem reconhecer os artistas. Não de discursos.

Onde é preciso buscar?

LIPPI
: Por toda parte, nas paróquias, nas pequenas cidades, nos bairros, nas cidades, nas dioceses. Por exemplo, há artesãos que dão continuidade a uma tradição respeitável e bela, que é a do presépio. Mas há também muitos artistas que trabalham com aquela “abreviação” que é própria da modernidade, de Michelangelo em diante, com uma beleza que é feita de centelhas, como fazem as crianças, de ilusões, de símbolos, de cromatismos que explodem em formas intensas e figurativas – mas de uma figuratividade viva, ou seja, não imitação servil e estúpida –, que não fazem uma pálida imagerie devocionista, não renunciaram a viver no mundo e conhecem também os códigos do mundo, inclusive o expressionismo, mas sabem o que é o cristianismo, conhecem e amam seus símbolos, a história de suas imagens. Que têm no olhar o cacho de uvas, o passarinho decorativos do período românico: toda aquela beleza, muitas vezes implícita, dos antigos e sempre novos símbolos da arte cristã.

Fonte: https://www.30giorni.it/

Católicos, voltem para casa…

Católicos, voltem para casa...(Cléofas)

Católicos, voltem para casa…

 POR PROF. FELIPE AQUINO

E muitos voltaram!

Não muito tempo depois do meu despertar da fé, a epifania que levou a minha reversão, descobri que Deus estava me chamando também para ajudar os outros em suas jornadas para casa. Com a graça de Deus, estabeleci um apostolado de evangelização pela mídia internacional, chamado “Católicos, voltem para casa”. Mal sabia eu que, em apenas três anos, mais de 125 milhões de espectadores veriam nossos novos e inspiradores comerciais na televisão e visitariam nossos sites bilíngues. E depois de verem esses anúncios de evangelização, que chamamos de evangomerciais, mais de 350 mil pessoas voltariam para casa, para Jesus e Sua Igreja!

Por que o livro Católicos, voltem para casa tem sido tão eficaz e despertado tanta atenção internacional? Por que ele funciona e fornece um simples convite para as pessoas: encontrá-las onde estiverem, e dar-lhes uma maneira fácil de começarem suas viagens de volta para Jesus e para a Sua Igreja. Eu acredito que, no fundo, a maioria realmente quisesse ser melhor e fazer mais bem no mundo.

Muitos queriam crescer mais próximos a Deus, confiar Nele, mas simplesmente não sabiam por onde começar. Nós testemunhamos que muitas dessas pessoas normais começaram sua jornada de volta a Jesus e à Igreja depois de terem visto uma mensagem com o convite na televisão, durante o seu programa favorito. Quando eram questionadas “por que você resolveu voltar para casa?”, a resposta era: “porque você me convidou!”. Foi assim que “Católicos, voltem para casa” respondeu ao chamado da Nova Evangelização. Cada um de nós é chamado por Deus a espalhar Sua boa-nova e a trazer as almas para casa também. Afinal, essa é nossa missão principal como membros da Igreja e nosso dever como cristãos batizados.

Como uma extensão às campanhas locais do “Católicos, voltem para casa”, alguns leigos católicos têm formado equipes de oração porta a porta. Quando eles saíam em campanha pelos bairros, diziam, por exemplo: “Sou da paróquia de Santana, e nosso grupo estará rezando diante do Santíssimo Sacramento pelas necessidades das famílias de nosso bairro. Como podemos orar por você e por sua família?”.

Temos ouvido histórias de pessoas que derramaram lágrimas porque alguém se oferecia para rezar pelo esposo que estava desempregado, por um pai com câncer, ou por um jovem dependente de drogas. A Evangelização porta a porta tem sido um sucesso na divulgação. Quando os católicos são orgulhosos de sua fé, compreendem a sua fé, e têm uma estreita relação com Cristo, nossa Igreja floresce e atrai muitas almas.

Retirado do livro: “Católicos, Voltem para Casa”. Tom Peterson. Ed. Cléofas.

Fonte: https://cleofas.com.br/

Solenidade da Epifania do Senhor

Epifania do Senhor (Portal Kairós)

SOLENIDADE DA EPIFANIA DO SENHOR

Cardeal Orani João Tempesta
Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ)

As nações de toda a terra, hão de adorar-vos, ó Senhor”. (Sl 71/72) 

Celebramos neste domingo a Solenidade da Epifania do Senhor, transferida do dia 6. A Igreja vive o tempo do Natal que se encerra na Segunda-Feira, dia 8 de janeiro, com a festa do Batismo do Senhor. A partir da terça-feira, dia 9, inicia a primeira parte do Tempo Comum. Dessa forma, a Igreja vai caminhando ao longo de seu ano litúrgico e cada fiel participa desse mistério.  

A festa da Epifania do Senhor é conhecida popularmente como “dia de reis”, celebrada em 6 de janeiro, mas a Igreja no Brasil transfere a celebração para o Domingo seguinte possibilitando dessa forma uma maior participação dos fiéis. A solenidade da Epifania do Senhor é quando os três reis magos chegam até onde estão Maria, José e o Menino Jesus e lhe oferecem presentes: Ouro, Incenso e Mirra. Por isso, em alguns lugares do mundo nesse dia acontece a troca de presentes entre os familiares, que aqui no Brasil ocorre na noite de Natal.  

A solenidade da Epifania é a manifestação de Deus a humanidade, ou seja, Deus revela a humanidade o seu Filho, e no seu Filho, Ele manifesta o seu amor por toda a humanidade. Ao nascer, Jesus não se manifesta somente a Israel, mas a humanidade inteira. O desejo de salvação de Deus é para todos os povos e não somente para um povo. Todos os povos devem se unir diante do presépio e adorar o menino Deus.  

Neste dia da Solenidade da Epifania do Senhor, façamos como os três reis magos e ajoelhemo-nos diante do presépio e adoremos o menino Deus. Hoje em dia não ofereceremos mais ouro, incenso e mirra, mas devemos oferecer ao Senhor o nosso coração. Que nesse dia possamos fazer um pedido especial ao menino Jesus: a paz entre todos os povos.  

Os três reis magos são: Baltasar, Melchior e Gaspar e oferecem presentes ao menino: Ouro, Incenso e Mirra. O ouro representa a realeza daquele menino, ou seja, veio para ser rei de todos os povos; o incenso representa a humanidade; e a Mirra era um óleo muito fino entre os judeus, utilizado para passar nos mortos. Os magos ofereceram a Jesus aquilo que eles tinham de mais precioso, ofereçamos ao Senhor também aquilo que temos de mais precioso.  

Para finalizar o tempo do Natal participemos das celebrações das missas da Solenidade da Epifania nesse Domingo dia 7 de janeiro e da festa do Batismo do Senhor na Segunda-feira dia 08.  

A primeira leitura da missa da solenidade da Epifania é do profeta Isaías (Is 60, 1-6), Isaías viveu há cerca de quatrocentos anos a.C. Isaías tinha a missão de animar o povo de Deus que andava triste e desanimado, pois estavam regressando do exílio da Babilônia. Estavam tristes devido a acharem que Deus estava triste com eles devido aos seus inúmeros pecados. Ele exorta para o povo que levantem, pois acendeu-se a luz, a luz chegou e apareceu sobre Israel a glória do Senhor. Esse mesmo contexto serve para aquilo que estamos celebrando hoje, o povo que andava na escuridão viu uma grande luz. Essa Luz é Jesus que nasceu, e veio para iluminar as trevas do pecado, e de uma vez por todas Deus sela a aliança com a humanidade. 

Todos os povos irão adorar o Senhor e se curvar diante dele, sobretudo no momento de sua morte na Cruz, no alto do Monte Calvário, Ele se entrega e todos os povos se prostram diante dele, e o Senhor mostra o seu poderio salvador, o seu Filho não fica na Cruz, mas ressuscita e nos dá a garantia da vida eterna. 

O salmo responsorial é o 71 (72), que diz em seu refrão: “As nações de toda a terra, hão de adorar-vos, ó Senhor”. Jesus é o Emanuel, o Deus conosco, o príncipe da paz, e toda a humanidade deve curvar-se diante D’ele para adorá-lo. A exemplo dos reis magos, primeiramente o adoramos na manjedoura, como o menino Deus, depois o adoraremos na cruz e por hora o adoramos na eucaristia. Ele se fez Corpo e Sangue e vem até nós, que todos os povos se voltem ao Senhor e peçam a paz.  

A segunda leitura é da carta de São Paulo aos Efésios (Ef 3, 2 -3a. 5-6), Paulo diz que é por graça de Deus que lhe foi revelado o mistério da encarnação do Filho de Deus. Jesus morreu e ressuscitou para nos salvar. Deus continua a se revelar até nos dias de hoje, graças a ação do Espírito Santo. Os padres, bispos e diáconos são intermediadores da graça. Até os pagãos são admitidos à mesma graça, por meio do Evangelho. A salvação é para todos e sobretudo para aqueles que de coração sincero buscam o Senhor.  

O Evangelho desse Domingo é de Mateus (Mt 2, 1-12), esse trecho do Evangelho de Mateus retrata quando os reis do oriente foram até Jerusalém buscar informações sobre onde deveria nascer o rei dos Judeus. Eles explicam que viram a sua estrela no Oriente e queriam adorá-lo. Herodes fica muito perturbado e nervoso, pois achava que Jesus iria ocupar o lugar dele e diz que somente ele era rei em Israel. Mas, o reinado de Jesus não se trata disso, é um reinado voltado para o amor e a misericórdia e longe dos poderes desse mundo. O reinado de Jesus não é daqui, mas é eterno.  

Os mestres da Lei começaram a procurar entre os escritos e encontram a passagem da escritura que diz que o menino Jesus deveria nascer em Belém de Judá, conforme havia sido prescrito pelo profeta. Herodes chama os magos em particular e quer saber deles quando a estrela havia aparecido no Oriente, depois ele os envia a Belém e pede que assim que tivessem notícias sobre o menino voltassem até lá para contar, para que ele também fosse adorá-lo. 

 A intenção de Herodes não era adorar o Menino Deus, mas sim matá-lo por conta de inveja. Por isso, quando os magos retornam o anjo aparece e diz para eles fazerem outro caminho e não retornem a Herodes. Por isso, Herodes fica revoltado e se sente traído pelos magos, dá ordem para matar todas as crianças do sexo masculino de 0 a 2 anos, esperando encontrar Jesus em uma delas, são os Santos Inocentes que celebramos dia 28 de dezembro.  

Hoje não oferecemos mais ao Senhor ouro, incenso e mirra, mas oferecemos a Ele o dom da nossa vida e de nossa família. Na missa desse Domingo agradeçamos primeiramente a Deus por ter revelado o seu Filho a nós, e permitido que Ele morresse na cruz para nos salvar. Agradeçamos a oportunidade que temos de adorar Jesus todos os dias na Santa Eucaristia.  

Peçamos a Deus muita paz para todos nós, e que o mundo inteiro compreenda que somente o diálogo e o amor é o caminho para se construir a paz. Que a luz de Deus continue iluminando aqueles que vivem em meio as trevas e de todos aqueles que lideram uma nação. Amém.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF