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sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Papa aos jovens: que os vossos olhos reflitam o brilho da criatividade, não o das luzes artificiais

O Papa encontra os membros da Associação de Jovens Profissionais Toniolo (Vatican Media)

Durante a audiência com os membros da Associação de Jovens Profissionais Toniolo, Francisco incentivou os jovens a "sujarem as mãos", considerando que diante deles existe "uma vida para gastar, não para guardar". O Pontífice mencionou a paz tão necessária: "Onde estão os empreendimentos ousados, as visões corajosas? E de quem elas podem vir, se não de corações jovens e destemidos?"

Thulio Fonseca - Vatican News

O Papa recebeu em audiência na manhã desta sexta-feira (12/01), os participantes do encontro promovido pela Associação de Jovens Profissionais Toniolo. O Santo Padre iniciou seu discurso expressando sua gratidão e apreço pelos trabalhos da Associação, e pela colaboração com os Dicastérios da Cúria e com as Representações Pontifícias nas Nações Unidas. 

“É muito bom que cada um de vocês possa adquirir experiência em contato com o ministério petrino, através do trabalho com instituições internacionais e amadurecendo uma experiência de fé vivida, de vida cristã que enfrenta os desafios atuais do mundo. Vossa presença também faz muito bem às nossas instituições, nas quais vocês trazem um sopro de ar fresco, a capacidade de sonhar, o desejo de olhar adiante.”

Refletir o brilho da juventude, não das telas 

Em oposição ao "pensamento reduzido", que olha apenas para "os próprios interesses imediatos e limitados", o Pontífice evidencia sua preocupação para com as novas gerações: 

“O que alguns chamam de "pensamento reduzido" parece estar se espalhando: um pensamento composto de poucos caracteres, que se apaga rapidamente; um pensamento que não olha para cima e para frente, mas para o aqui e agora, resultado das necessidades do momento, parece substituir o pensamento já "fraco" do pós-moderno. Diante da complexidade da vida e do mundo, esse pensamento "reduzido" leva à generalização e à crítica, à simplificação e à manipulação da realidade, na busca de seus próprios interesses imediatos em vez do bem do próximo e do futuro de todos.” 

“Fico preocupado quando ouço falar de jovens presos atrás de uma tela, com seus olhos refletindo luzes artificiais em vez de deixar sua criatividade brilhar. Porque ser jovem não é ter o mundo em suas mãos, mas sujar as mãos em prol do mundo; é ter uma vida para gastar, não para guardar.”

Os jovens de hoje estão “abatidos” e "anestesiados"

Francisco ressaltou que muitos jovens hoje em dia são "espremidos", forçados a "performances cada vez mais exigentes", ou parecem estar "abatidos e anestesiados" em vez de comprometidos "com um livro ou com um irmão necessitado":

“Eu lhes pergunto: vocês sonham? Vocês têm uma inquietação em seus pensamentos, em seu coração? Vocês são inquietos ou já são jovens "aposentados"? Não se esqueçam: sonhem com inquietude.”

"É triste ver os jovens abatidos e anestesiados, estirados em sofás em vez de engajados em escolas e ruas, curvados sobre suas telas em vez de estarem diante de um livro ou de um irmão necessitado. Isso é triste. Os jovens que são profissionais por fora e sem graça por dentro, pressionados pelo dever, refugiam-se na busca do prazer. Todos nós precisamos da criatividade e do impulso que somente vocês, jovens, podem nos dar: em suas mãos estão a criatividade e o impulso, a sede de verdade, o grito de paz, a visão do futuro - precisamos dessas coisas! -, de seus sorrisos de esperança. Eu gostaria de dizer a vocês: levem isso para onde vocês atuam, colocando-se em risco sem medo. Coloque-se em ação. Porque os jovens são as alavancas que renovam os sistemas, não as engrenagens que precisam mantê-los vivos."

Reconstrutores da paz

"A vida pede para ser doada, não administrada", reiterou o Papa, ao lembrar do Beato Giuseppe Toniolo que, com base na fé, se comprometeu a "dar um rosto humano à economia". Segundo Francisco, o tema da paz é hoje mais urgente do que nunca, e sobre isso chama a atenção dos jovens, reforçando a aspiração e o compromisso com a paz que sempre distinguiram a atividade diplomática, mas que agora parecem ter esquecido seu papel na recomposição das relações entre as nações.

"As guerras são o resultado de relações de poder prolongadas, sem um começo definido e sem um fim definido. Mas onde estão os empreendimentos ousados, as visões corajosas? E de quem elas podem vir, se não de corações jovens e destemidos que acolhem o bem dentro de si e compreendem o Evangelho como ele é, para escrever novas páginas de fraternidade e esperança? Essa é vossa missão, vossa vocação."

O Papa encontra os membros da Associação de Jovens Profissionais Toniolo (Vatican Media)

A criatividade é necessária para mudar o mundo

"Quantos outros aspectos, como a economia, a luta contra a fome, a produção e o comércio de armas, a questão climática, a comunicação, o mundo do trabalho e tantos outros precisam de renovação e criatividade?" Ao concluir, expondo os aspectos do mundo atual que precisam de atenção, o Pontífice disse confiar aos jovens "esses sonhos”;

“Como um homem velho que sou, fico emocionado ao ver seus rostos jovens; e penso em como Jesus fica ainda mais emocionado ao olhar para vocês - Jesus, ao olhar para vocês, fica emocionado - Ele que sempre tem um coração jovem e que chamou os jovens para segui-Lo.”

Associação de Jovens Profissionais Toniolo

Fundada em abril de 2016, a Associação reúne os bolsistas do Programa de Fellowship nas representações da Santa Sé junto aos Organismos Internacionais. Destinada a estudantes de graduação e já graduados, a iniciativa é promovida e financiada pelo Instituto G. Toniolo de Estudos Superiores para oferecer aos jovens a oportunidade de realizar um estágio nos escritórios dessas representações.


Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Um rosário para o mundo inteiro (2/3)

Fernando Filoni recebe o chapéu cardinalício do Papa Bento XVI no Consistório de 18 de fevereiro de 2012
[© Paolo Galosi]

Arquivo 30Dias – 05/2012

Um rosário para o mundo inteiro

“O Ano da Fé é antes de tudo um ano em que devemos rezar pela fé e pedir ao Senhor o dom dela”. Ampla entrevista com o cardeal Fernando Filoni, prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos.
Das ordenações de bispos chineses à “campanha” de oração pelo anúncio do Evangelho em todos os continentes.

Entrevista com o Cardeal Fernando Filoni por Gianni Valente

Como chegou ao serviço diplomático da Santa Sé?

Quando o meu bispo me pediu para regressar à diocese – estava desaparecido há oito anos – o cardeal vigário Ugo Poletti, com o seu jeito simpático e cativante, disse-me: «A tua diocese já tem muitos sacerdotes! Da Secretaria de Estado perguntam-me se há disponibilidade...”. Pode parecer um acidente. Mas para mim também passou por lá o fio vermelho que Deus traça na vida de cada um de nós.

Após um período no Sri Lanka, você foi enviado ao Irã. Como era aquele país naqueles anos?

Foi o período muito difícil da guerra entre o Irão e o Iraque. Os bombardeios chegaram até Teerã. Foi uma guerra muito sangrenta, com centenas de milhares de mortes. A Santa Sé tinha ali uma missão antiga, uma vez que uma representação do Papa Urbano VIII se estabelecera em Isfahan em 1629 a pedido do Xá Abbas, o Grande, arquiteto de um renascimento cultural e político persa. Uma presença que sempre se manteve com fortunas diversas, até ao estabelecimento de plenas relações diplomáticas entre o Irão e a Santa Sé, ocorrido em 1953. Ali pude partilhar a vida da comunidade cristã local, composta por arménios católicos e ortodoxos. , católicos latinos e caldeus. A vida nem sempre foi fácil para eles. Mas éramos muito respeitados. Houve o caso dos funcionários feitos reféns na embaixada dos EUA. Mas mesmo esse caso criou respeito pela nunciatura, que abordou a difícil questão do ponto de vista humanitário, sem intervir no terreno político. E isso foi apreciado.

Depois de outras escalas diplomáticas (Secretaria de Estado, Brasil), o senhor foi enviado a Hong Kong, ponto de observação privilegiado da China Popular. Naquela época, ainda era difundida a ideia de que grande parte do catolicismo chinês, sob pressão das autoridades civis, seria levada a criar uma Igreja nacional independente. Qual foi sua experiência nesse sentido?

Quando eu era seminarista, fiquei impressionado com os testemunhos de fidelidade ao Evangelho que vinham da China. Tinha lido as memórias de Gaetano Pollio, o arcebispo de Kaifeng que foi preso e expulso nos primeiros anos do regime maoista, tornando-se mais tarde arcebispo de Otranto e depois de Salerno. Fiquei admirado pela forma como, no sofrimento, ele serviu a Igreja e amou o povo chinês. Esses acontecimentos voltaram à minha mente depois que consegui o emprego em Hong Kong. Estes foram os anos da abertura desejada por Deng Xiaoping. Agora vemos quão clarividente era a visão de Deng. A Santa Sé queria que a sua posição internacional não fosse identificada com Taiwan, onde existe uma sede diplomática do Vaticano. Assim, foi aberta uma “Missão de Estudo” em Hong Kong, que deveria lidar com a China Popular, bem como com a então colónia britânica e Macau. Foi a época em que a Igreja na China também estava sendo reorganizada. A Santa Sé queria entender como a situação estava evoluindo. E expressar a proximidade aos católicos chineses que manifestaram o seu grande desejo de viver a sua fé em comunhão com o Bispo de Roma. Um vínculo de comunhão que os bispos chineses continuaram a confessar mesmo durante as perseguições.

Como você via as divisões existentes na Igreja chinesa entre os chamados “funcionários” e os “clandeses”?

A divisão não foi resultado de dinâmicas eclesiais, mas de circunstâncias históricas e políticas. Foi uma situação de sofrimento e provação. E era necessário ajudar a Igreja na China, tanto a chamada área “ subterrânea ” como a área incorretamente chamada “patriótica”, a olhar para a situação numa perspectiva futura. Para me fazer entender, naquela altura, disse que a situação do catolicismo chinês era comparável a uma nascente cuja água, num determinado ponto do seu fluxo, foi impedida, dividida e encontrou duas maneiras de fluir. Alguns procuravam uma maneira de continuar fluindo ao ar livre. O outro encontrou uma maneira de fluir abaixo da superfície da terra. As duas correntes, nascidas da mesma fonte, estavam contudo destinadas a encontrar-se na unidade do mar. E o mar – dizia então – é o coração de Deus: as duas comunidades eclesiais, se tivessem permanecido na fé dos apóstolos, um dia teriam se encontrado unidas em Cristo. É claro que, desde que as duas correntes se separaram, houve muitas complicações. Mas acredito que mais cedo ou mais tarde se chegará a uma solução.

Depois, como núncio, o senhor teve uma experiência crucial no Iraque. Onde permaneceu mesmo sob as bombas.

Encontrei-me lá, no período terminal do regime de Saddam Hussein, enquanto as sanções impostas pela ONU para subjugar o regime tiveram um impacto incrível. A voz da Igreja foi profética. Repetimos em todo o lado apenas o que vimos: que na realidade as sanções afetaram o povo, e não o regime.

Entrevista com o Cardeal Fernando Filoni por Gianni Valente

Como releia as intervenções militares no Iraque e o que se seguiu hoje para aquela região do mundo e sobretudo para as suas comunidades cristãs?

A guerra estava errada em si. Não podemos pensar em trazer a democracia através da guerra. Naquela época havia condições para uma negociação. Saddam também me disse que este era o seu pedido. Mas, como qualquer líder, especialmente no mundo árabe, se quisermos negociar com ele não devemos humilhá-lo. Houve uma falta de compreensão da situação. Sob o regime, os cristãos sofreram injustiças, como toda a sociedade. Mas o regime, para manter a paz interna, pelo menos protegeu a liberdade de culto. A guerra não foi justificada do ponto de vista político e de justiça internacional. Porque o Iraque não interveio nos ataques de 11 de Setembro. E a questão das armas de destruição maciça foi um pretexto. Um mês antes do início dos bombardeamentos, Saddam obteve a aprovação da assembleia de chefes tribais da lei com a qual o Iraque se comprometeu a não se equipar com armas de destruição maciça. Todos dissemos que era importante que isso acontecesse, que era um sinal da sua vontade de colaborar. Mas não adiantou. Evidentemente a guerra já havia sido decidida. E mesmo então era claro que o caos viria a seguir, e a guerra desestabilizou não só a pequena comunidade cristã, mas todos os aspectos da vida no país, resultando em dezenas de milhares de mortes. Isto é o que ainda temos diante dos nossos olhos.

Depois de um breve período nas Filipinas, o senhor foi chamado a Roma como substituto na Secretaria de Estado. Como eram os ritmos e métodos de trabalho?

O deputado é um dos primeiros colaboradores do Papa, reportando-se diretamente a ele e ao Secretário de Estado. Para mim foi um período muito bonito, sobretudo porque me deu a oportunidade de conhecer de perto Bento XVI e de ter contatos muito frequentes com ele, que é pai, professor e extremamente querido. São aquelas riquezas e esses dons de graça que aqueles que receberam sempre levam consigo. E por isso só podemos agradecer a Deus. Os ritmos e métodos, mesmo que exigentes, faziam parte do ofício.

Agora o senhor é prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos. Quais são os critérios que o orientam na tarefa que lhe é atribuída?

A Congregação de Propaganda Fide está cheia de história. Quem aqui trabalha deve sentir o grande legado deste dicastério que foi e continua a ser tão importante para ajudar a vida das Igrejas em todo o mundo. A sua principal razão de ser é o anúncio do Evangelho em todos os lugares. E dado que a Igreja está agora também enraizada em muitos dos que outrora foram territórios de missão, a Propaganda Fide continua a oferecer o seu serviço aos bispos, sacerdotes, religiosos e leigos dessas Igrejas particulares. Contribui deste modo para exprimir a “preocupação do Papa por todas as Igrejas”: uma fórmula evocativa, que sempre me impressiona. Com o tempo, mesmo as Igrejas mais jovens adquirem uma consistência própria em termos de seminários, sedes, escolas, universidades, cuidados de saúde nas cidades e aldeias. O anúncio do Evangelho exprime-se também na satisfação das necessidades das populações. Vejo uma sabedoria antiga na escolha de ter confiado à Propaganda Fide o serviço e o cuidado em favor das novas Igrejas, não só no que diz respeito aos aspectos estritamente eclesiais, mas também no apoio às obras materiais graças às Obras Missionárias Pontifícias, a rede nascida da intuição Jaricot, a venerável mulher que morreu na pobreza nas ruas de Lyon há apenas cento e cinquenta anos.


Fonte: https://www.30giorni.it/

Cadernos do Concílio

Cadernos do Concílio (CNBB)

CADERNOS DO CONCÍLIO

Cardeal Orani João Tempesta
Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ)
 

Cadernos do Concílio – Volume 1 

O Vaticano II – História e significado para a Igreja  

No próximo ano de 2025 a igreja viverá o grande jubileu ordinário e que aproveita para comemorar os sessenta anos do término do Concílio Ecumênico Vaticano II (1962 – 1965). Em vista da preparação para esse jubileu o Papa Francisco pediu ao Dicastério para a Evangelização de Roma a elaboração de subsídios ágeis e eficazes que tem como tema “Peregrinos de Esperança” tratando sobre os documentos principais do Concílio Vaticano II. Esse foi o tema do ano de 2023 em preparação para o jubileu. 

Esses subsídios foram produzidos por teólogos, estudiosos da Sagrada Escritura e jornalistas que procuram redescobrir as quatro seções do Concílio. No Brasil, as Edições CNBB traduziram os Cadernos do Concílio que iremos comentar, na medida do possível, para a formação permanente de nossas lideranças e do Povo de Deus.  O primeiro volume que vamos tratar a seguir nesse artigo tem a introdução do Papa Francisco.  

Aqui no Brasil, a coleção “Peregrinos da Esperança” foi publicada pelas Edições CNBB – da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). É possível adquirir os volumes no site das Edições da CNBB ou também nas livrarias católicas. É importante que todos os católicos estudem mais sobre o Concílio Vaticano II e vivam com fé e esperança neste ano jubilar.  

A Igreja está se preparando para viver no ano que vem esse grande jubileu ordinário (que ocorre a cada 25 anos), foi promulgado pelo Papa Francisco que esse ano atual (2024) é dedicado à Oração. Por isso, que possamos nos unir em oração ao longo desse ano, rezando pelas necessidades da Igreja e pelo pontificado do Papa Francisco. Que através desse jubileu a Igreja possa se fortalecer cada vez mais em sua missão de ser testemunha de Jesus aqui na terra edificando o Reino de Deus.  

Recentemente a Igreja comemorou os cinquenta anos do término do Concílio Vaticano II. O Concílio, apesar de agora estarmos prestes a comemorar os sessenta anos de seu término, continua atual para a Igreja e, se olharmos bem, não vivemos nem a metade dele ainda.  

Com certeza o ano de 2025 será um ano de muitas graças para a Igreja e para todos os fiéis. Essa ideia do Papa Francisco, de fazer publicar esses subsídios contando de modo resumido sobre os documentos do Concílio Vaticano II, é de uma riqueza muito grande e ajuda os fiéis a entenderem um pouco melhor sobre o Concílio e sobre a Igreja de maneira geral. É uma maneira de tornar os documentos do Concílio, publicados há quase sessenta anos, atuais nos dias de hoje. O mundo mudou bastante, evoluiu, e a Igreja precisa evoluir junto com ele.  

O primeiro volume dessa coleção dos subsídios que trataremos a partir de agora, tem a introdução do Papa Francisco e é de autoria do escritor e teólogo Elio Guerriero. O primeiro subsídio trata da história e do significado do Concílio para a vida da Igreja. Esse texto traz um breve discurso sobre as inovações introduzidas e quais são as consequências significativas para os dias de hoje, dentre as inovações trazidas pelo concílio, consta a celebração da missa.  

Outra mudança significativa que o Concílio trouxe foi a preocupação com as igrejas locais, e especialmente com os bispos. Como desdobramento do Concílio, houve algumas mudanças na estrutura de algumas dioceses, ou seja, algumas dioceses que tinham o território muito extenso, aconteceu um desmembramento, ou seja, criaram-se novas dioceses e a sagração de novos bispos, dessa forma não sobrecarregava os bispos, tendo que percorrer dioceses extensas.  

Uma terceira preocupação que o Concílio Vaticano II apresentou à Igreja para que fosse superada, é o estudo da Sagrada Escritura e a liturgia como ápice da vida cristã. A preocupação do Concílio é que todos os fiéis estudassem mais a Sagrada Escritura. Temos que fazer a nossa parte, participando de estudos bíblicos, fazendo a meditação orante em casa para que possamos alimentar e dar base à nossa fé. É preciso também, segundo a proposta do Concílio, estudar a liturgia.  

Que através das atualizações que o Concílio Vaticano II trouxe possamos estudar mais sobre elas e aprofundar suas riquezas. Aproveitemos este tempo de preparação para o ano jubilar e esses subsídios que são apresentados a nós para entender o quão foi precioso para a Igreja esse Concílio. Com certeza, ainda tem muito a ser estudado sobre o Concílio.  

De maneira geral, o primeiro volume desta coleção de subsídios denominada “cadernos do Concílio – O Vaticano II – História e significado para a Igreja” traz em seu primeiro capítulo a história do Concílio Vaticano II desde o seu início, e ainda, desde quando o Papa João XXIII, inspirado por Deus e pelo Espírito Santo pensou em propor o Concílio para a Igreja e para o mundo. Nos primeiros dias do Concílio uma grande tensão tomou conta do mundo com a “ameaça nuclear” por parte dos EUA contra a Rússia. O então Papa João XXIII teve que publicar uma Encíclica sobre a paz.  

Após isso, aconteceu a morte do Papa João XXIII e foi preciso convocar um conclave e aconteceu a eleição do Papa Paulo VI. O Papa Paulo VI deu continuidade ao Concílio Vaticano II, realizou uma viagem apostólica à Terra Santa e deu continuidade à terceira e quarta sessão do Concílio. O capítulo segundo desse subsídio traz as reformas promovidas pelo Concílio Vaticano II: Reforma litúrgica, Cúria Romana e das Conferências Episcopais.  

No dia 15 de setembro de 1965, no primeiro dia da quarta e última sessão do Vaticano II, Paulo VI anunciou a instituição do Sínodo dos Bispos. O Papa criou também a Comissão Teológica Internacional que tiveram um papel importantíssimo ao longo do Concílio Vaticano II. Eles não votavam, mas elaboravam os textos do Concílio para análise dos bispos.  

Mesmo após a morte do Papa Paulo VI as reformas promovidas pelo Concílio Vaticano II não terminaram, e coube ao Papa João Paulo II publicar dois importantes documentos importantes para a vida da Igreja frutos do Concílio: O novo Catecismo da Igreja Católica e o Código de Direito Canônico. 

Este primeiro volume do “Cadernos do Concílio – História e significado para a Igreja”, apresenta o início do Concílio Vaticano II e a sua importância para a Igreja. De maneira geral apresenta ao leitor a importância das decisões tomadas no Concílio e como essas decisões impactaram na vida da Igreja até hoje.  

Recomendo que vivamos bem aquilo que foi proposto no Concílio Vaticano II, que ao longo desse ano retomemos a leitura dos documentos que foram promulgados ao longo do Concílio e nos coloquemos de fato em oração, nos preparando para o jubileu do próximo ano e os sessenta anos do término do Concílio.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

NAZARENO: Dormindo na popa (a tempestade acalmada) - (25)

Nazareno (Vatican Media)

Cap. 25 - Dormindo na popa (a tempestade acalmada)

Já está se aproximando o crepúsculo. A multidão ainda está esperando por Jesus. O Nazareno e os apóstolos se dirigem à praia, pegam alguns alimentos e partem de barco. Pouco tempo depois, Jesus adormece na popa quando começa uma grande tempestade de vento com ondas que se jogavam para dentro do barco. Os apóstolos ficaram perplexos com o sono do Mestre. Tomados pelo desespero, decidiram sacudi-lo: "Mestre, não te importas que estejamos perdidos?" Ele se levantou, ameaçou o vento e disse ao mar: "Silêncio, acalme-se!" O vento cessou e houve grande calmaria. Então ele lhes disse: "Por que vocês estão com medo? Vocês ainda não têm fé?" Eles desembarcaram na região dos Gerasenos, onde encontraram um homem possuído pelo maligno. Jesus o libertou de muitos espíritos que lhe pediram para entrar em uma manada de porcos que estavam pastando, ele os satisfez, e eles então se jogaram de um penhasco no mar.


https://media.vaticannews.va/media/audio/s1/2024/01/12/13/137614871_F137614871.mp3

 

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Papa recebe estudantes ortodoxos: caminhar juntos atrás de Jesus

O Comitê Católico para a Colaboração Cultural com as Igrejas Ortodoxas e as Igreja Ortodoxas orientais completa 60 anos (Vatican Media)

A poucos dias da Semana de Oração pela unidade dos cristãos, Papa recebe em audiência estudantes ortodoxos e ortodoxos orientais.

Vatican News

O ecumenismo foi o tema da audiência que o Papa concedeu aos estudantes do Comitê Católico para a Colaboração Cultural com as Igrejas ortodoxas e as Igrejas ortodoxas orientais por ocasião dos 60 anos da instituição.

O Comitê oferece aos estudantes provenientes das Igrejas ortodoxas e as Igrejas ortodoxas orientais a oportunidade de aperfeiçoar sua formação em institutos acadêmicos católicos. Deste modo, uma vez concluído o percurso, podem colocar à disposição as competências adquiridas a favor da comunidade. Este intercâmbio ajuda não só os estudantes ortodoxos, mas também aqueles católicos, a superarem preconceitos e abater barreiras, construindo pontes de diálogo e amizade.

“Isso é tão importante e me faz pensar na comunidade das origens, naqueles primeiros discípulos que depois se tornaram apóstolos”, disse o Papa. Olhando para eles, eram todos diferentes: havia o discípulo do Batista, o zelota, o pescador e o publicano. Diferenças de proveniência, caráter e afinidade. “E mesmo assim, é difícil pensar num grupo mais unido”, afirmou Francisco, pois encontram sua coesão em Jesus. “Também para os estudantes este é o caminho”, indicou o Papa, caminhar juntos atrás de Jesus, deixando para trás erros e incompreensões.

“Estes são meus votos: que esses anos sejam, através do acolhimento e do respeito fraterno, da escuta e da compartilha, profecia de caridade e semente de unidade, pelo bem de todos os cristãos do mundo”, concluiu o Pontífice.

Por fim, o Papa convidou todos os presentes, cada um em sua língua, a rezarem juntos o Pai-Nosso.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Casamento: homem ou mulher, quem manda em casa?

(Crédito: Cléofas)

Casamento: homem ou mulher, quem manda em casa?

 POR PROF. FELIPE AQUINO

A forma como se lida com o poder dentro do casamento é uma tema controverso que pode gerar dificuldades entre os casais.

A maneira como se lida com o poder dentro do casamento é controverso e pode causar dificuldades entre os casais.

Antigamente, os papéis estavam definidos: os maridos eram os provedores do lar, os “chefes de família”, e as mulheres se ocupavam do lar e da educação dos filhos. Um não se intrometia no terreno do outro. Mas isso mudou: agora, ambos os cônjuges costumam trabalhar fora e, portanto, precisam compartilhar tarefas e dividir as responsabilidades, o que pode causar confusão na hora de lidar com a autoridade no lar.

Por isso, agora mais do que nunca, o trabalho conjunto, no qual o poder é repartido entre os cônjuges, é a melhor opção para obter o bem-estar de toda a família. Como conseguir isso? Apresentamos, a seguir, algumas recomendações.

Autoridade versus autoritarismo

Quando um dos cônjuges é o que manda, decide as coisas sem pedir opiniões e conselhos, determina o que se faz e como se faz, não leva em consideração os desejos, necessidades, sentimentos dos outros, o mais provável é que nesse lar se viva um ambiente tenso, frio e temeroso.

Em uma família saudável, deve existir uma relação complementar, na qual a tomada de decisões seja consensual e os acordos sejam comuns, de maneira que se escolha o que mais convém a todos.

Quando há abuso de poder, seja qual for o contexto, existirá uma relação de subordinação que não é conveniente. No casamento, como em muitos âmbitos, o trabalho em equipe é o que deve predominar. Os dois têm o dever – bem como o direito e a capacidade – de conduzir o lar e formar os filhos. A comunicação precisa ser profunda e o poder deve estar distribuído entre ambas as partes; do contrário, os conflitos surgirão rapidamente.

A divisão do poder

O poder e a autoridade não são elementos maléficos. O que é realmente ruim é quando não há uma boa distribuição deles, quando estão concentrados apenas em uma pessoa, quando não há consenso, mas imposição. Também se apresentam conflitos quando ambos os cônjuges querem mandar na mesma área, pois aí é quando se apresenta a luta por dominar.

O ideal, então, é a negociação, o debate com argumentos dentro de um ambiente de respeito e abertura de mente, no qual um escute o outro e, depois de avaliar os prós e contras, chegam juntos a uma decisão.

Mas, como fazer esta divisão do poder? Não é questão do sexo, mas das capacidades de cada um. Cada cônjuge tem habilidades que talvez o outro não possua; assim, busca-se uma complementariedade, que é a base da convivência harmônica.

Por isso, cada um precisa ser sincero diante do outro para aceitar suas limitações. Por exemplo, muitos casais perceberam que as mulheres costumam ser mais organizadas para administrar as finanças familiares – uma tarefa exercida tipicamente pelo homem. E isso pode acontecer em várias áreas.

Difícil, mas não impossível

Seria um engano dizer que dividir o poder é uma tarefa fácil. Será preciso ter muita humildade e deixar de lado a atitude competidora, própria do mundo atual. A negociação é a única forma de impedir que se abuse do poder; portanto, o diálogo assertivo é a melhor ferramenta para conseguir isso.

Como explica Aquilino Polaino-Lorente, “homem e mulher são diferentes e, no entanto, iguais. O sentido destas diferenças se encontra precisamente na complementariedade, e não na competitividade. É por isso que precisam buscar entre eles a soma, não a subtração nem a divisão”.

E acrescenta: “Não só isso, mas também conhecer o outro e conhecer-se melhor, de maneira que a distribuição de funções e papéis entre eles corresponda às suas respectivas habilidades e destrezas”.

O objetivo: bem-estar da família

Vemos com frequência que, uma vez que a discussão começa, somos seres humanos que somos, vêm à tona o ego e a mal chamada dignidade. Levamos a briga até suas últimas consequências, com tal de ter razão.

Esta atitude nos torna cegos e nos faz perder o rumo. Quando isso acontecer, é preciso levar em consideração o que você realmente quer conseguir e para que quer isso. O mais provável é que sua resposta seja: “Quero o melhor para a minha família”. Mas será que é dessa maneira que você vai conseguir isso? Lembre-se da importância do bem coletivo acima do bem individual.

Fonte: http://www.aleteia.org/pt/estilo-de-vida/artigo/casamento-homem-ou-mulher-quem-manda-em-casa-5812578055880704

https://cleofas.com.br/

Um rosário para o mundo inteiro (1/3)

Cardeal Filoni por ocasião da tomada de posse da diaconia de Nossa Senhora de Coromoto em San Giovanni di Dio, em Roma, em 23 de fevereiro de 2012 (30Giorni)

Arquivo 30Dias – 05/2012

Um rosário para o mundo inteiro

“O Ano da Fé é antes de tudo um ano em que devemos rezar pela fé e pedir ao Senhor o dom dela”. Ampla entrevista com o cardeal Fernando Filoni, prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos.
Das ordenações de bispos chineses à “campanha” de oração pelo anúncio do Evangelho em todos os continentes.

Entrevista com o Cardeal Fernando Filoni por Gianni Valente

No passado dia 19 de fevereiro coube-lhe dirigir-se a Bento XVI em nome dos novos cardeais criados no Consistório da véspera. Naquela ocasião, Sua Eminência Filoni colocou o serviço cardinalício dos novos cardeais “sob a proteção de Maria, Mãe da Graça”. Agora, a sua “estratégia” para viver o próximo Ano da Fé é um simples rosário. Uma coroa de orações para oferecer pelo anúncio do Evangelho em todos os continentes. A forma mais simples de “pedir ao Senhor o dom da fé”, para si e para os outros. Esta é uma campanha global de oração pela evangelização que deve acompanhar o Ano da Fé, ao qual o Papa Bento XVI deu a sua bênção no dia 11 de maio, por ocasião da audiência concedida aos diretores nacionais dos missionários das Obras Pontifícias, que serão os líderes da iniciativa nos seus próprios países.

Fernando Filoni, prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, viajou pelo mundo e sabe como funciona. Conhecemos a sua natureza reservada, a sua intolerância às fofocas, a sua grande capacidade de trabalho, a sua disponibilidade para chegar ao cerne dos problemas, procurando soluções com sentido de realidade. E o fato de que essas qualidades não pintam o perfil de um “burocrata” vaticano, mas revelam uma sabedoria espiritual e um olhar simples e concreto sobre as coisas da Igreja e do mundo. Como a coroa de um rosário.

30Giorni o conheceu em seu estúdio, no histórico Palácio Romano da Propaganda Fide, com vista para a Piazza di Spagna. A Congregação para a Evangelização dos Povos inclui hoje mais de mil distritos eclesiásticos, incluindo a grande maioria das dioceses africanas, asiáticas e da Oceania, bem como universidades, seminários, hospitais e escolas.

Quando se tornou cardeal, em sua nota biográfica publicada no Osservatore Romano estava escrito que quando criança “sua casa ficava bem em frente à igreja de sua cidade”. Evidentemente, foi um detalhe importante em sua vida...

FERNANDO FILONI: Deus oferece muitas possibilidades e constrói a nossa história a partir de quem somos. Frequentei a paróquia, servi missas para os padres e estando com eles ao redor do altar senti o significado da sua dedicação. Até que uma noite o pároco perguntou a todos nós, coroinhas: nenhum de vocês vai entrar no seminário este ano? Levantei a mão e disse: eu! Havia uma espontaneidade infantil naquele entusiasmo. Mas também teve a ver com o facto de ter crescido com a fé do meu pai e da minha mãe diante dos olhos, nas coisas do quotidiano.

Os anos da sua preparação para o sacerdócio foram os do Concílio Vaticano II.

Nossos superiores nos obrigaram a ler as crônicas do Concílio durante as refeições. A televisão, mesmo que a preto e branco, forneceu-nos visualmente a imagem da universalidade e da variada diversidade humana da Igreja: o Papa, os patriarcas do Oriente e os bispos que entraram em procissão na Basílica de São Pedro. Brancos, negros, barbudos, ocidentais, orientais... Quando comecei a teologia no seminário de Viterbo, o Concílio havia terminado. Os assentos que serviam para as congregações gerais dos padres conciliares foram enviados para os vários seminários. Com os que chegaram a Viterbo foi preparada a aula de teologia. Assim, assistimos às aulas sentados nos assentos dos padres conciliares. E tentamos imaginar quem se sentou naqueles lugares que agora ocupamos.

Seu lema episcopal é “Lumen gentium Christus”. Recordemos as primeiras palavras da constituição dogmática sobre a Igreja, o documento mais importante emitido pelo Concílio.

Ficámos impressionados com o grande debate sobre a Igreja que constituiu o coração do Concílio: “ Lumen gentium Christus ”, tudo em apenas três palavras. O início da constituição conciliar recordou o mistério e a missão da Igreja. Se a Igreja não reflete a luz de Cristo, não tem razão de existir. Também nós fomos convidados a anunciar e a dar testemunho de Cristo. Esta é a missão que a Igreja também me confiou. Como sacerdote, depois como bispo e também como núncio.

Depois da ordenação sacerdotal, o senhor veio a Roma para continuar os estudos. Viveu e exerceu o seu serviço pastoral numa paróquia e lecionou num liceu romano. Como você se lembra desse período?

O meu bispo permitiu-me ir a Roma para completar os meus estudos. Optei por ficar na paróquia e não no colégio. Foram anos muito lindos. A freguesia era a de San Tito, que hoje leva o nome de San Leonardo Murialdo. Ensinei religião no liceu clássico de Vivona, no ramo que mais tarde se tornou o liceu Sócrates. Conheci centenas de meninos e meninas. Eram os anos setenta, a época do protesto. Para mim, que estudava teologia, o diálogo contínuo com eles ajudou a comparar o que estudávamos com a vida concreta. Acho que mesmo para as crianças foi uma experiência interessante ouvir sobre teologia e história da Igreja fora das banalizações encontradas em muitos jornais.

Fonte: https://www.30giorni.it/

Jubileu 2025: Vaticano anuncia a "Mochila do Peregrino"

Dom Fisichella - Mochila do Peregrino - Jubileu 2025 (Vatican Media)

O Ano Santo que será proclamado pelo Papa e terá início com a abertura da Porta Santa na Basílica de São Pedro, no Vaticano, oferecerá aos fieis peregrinos um kit de peregrinação.

Rosa Martins – Vatican News

O Dicastério para a Evangelização, seção responsável pelas questões fundamentais da evangelização no mundo, anunciou nesta terça-feira, 9 de janeiro, a confecção da ‘Mochila do Peregrino’. O objeto fará parte do Kit do Peregrino, por ocasião do Jubileu Ordinário 2025. 

De acordo com o Pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização, dom Rino Fisichella, a confecção da mochila foi uma proposta de algumas empresas, italianas e estrangeiras, que foi aceita de bom grado. “Sei bem o quanto uma mochila pode ser útil durante uma peregrinação e o quanto é importante conservá-la, com os sinais do tempo e do uso, como um testemunho cheio de recordações daqueles dias de oração e reflexão, repletos de emoções e por isso inesquecíveis".

A Mochila será confeccionada pela empresa Stegip4, de Roma.

Material reciclado: cuidado com a Casa Comum

Todos os acessórios que compõem o 'Kit do Peregrino', ou seja, um chapéu de abas largas, um cachecol, uma garrafa de água, um poncho à prova d'água e um Terço de pulso, segundo um comunicado do dicastério, foram feitos com componentes reciclados e ambientalmente sustentáveis.

Desde o início do seu Pontificado, o Papa Francisco tem chamado a atenção para o cuidado do planeta. A Carta Encíclica Laudato sì e a Exortação Apostólica Laudate Deum têm convocado a Igreja e a sociedade a uma resposta pessoal e comunitária para o cuidado da Casa Comum, o planeta.

Deste modo, a atitude do Vaticano de levar em consideração a situação do Meio Ambiente em grandes ou pequenos eventos, evitando produtos que favoreçam seu mal-estar, é sempre um testemunho e um incentivo.

Jubileu 2025

O Jubileu é um evento especial da Igreja Católica que se repete a cada 25 anos, também chamado Ano Santo. Trata-se de um ano de perdão, de reconciliação e indulgência. Os fiéis que se dirigirão e visitarão as basílicas designadas poderão receber a indulgência plenária.

O último Jubileu se realizou em 2000 no papado de João Paulo II. O próximo será em 2025, exatamente 25 anos depois.  O Ano Santo é proclamado pelo Papa e tem início com a abertura da Porta Santa na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Igreja no Iraque completamente restaurada depois de ser atacada por terroristas há dez anos

Igreja reconstruída | Iraque (ACI Digital)

A igreja dominicana de Nossa Senhora da Hora, uma das mais emblemáticas de Mossul, norte do Iraque, foi totalmente restaurada depois da destruição causada pelo Estado Islâmico há dez anos.

(Foto: fr. Olivier Poquilon OP)

Em suas redes sociais, o padre Olivier Poquillon, diretor da Escola Bíblica e Arqueológica Francesa de Jerusalém, publicou no dia 1º de janeiro algumas fotos do templo reconstruído com a colaboração da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

Por ocasião da Solenidade de Maria Mãe de Deus, os dominicanos do Iraque celebraram uma missa pela paz na igreja, foi a primeira desde a sua destruição. A missa foi rezada pelo padre Gerard Francisco Timoner, superior-geral da Ordem Dominicana, na presença de vários frades e fiéis num clima de alegria e esperança.

(Foto: UNESCO Iraq Office)

A Igreja de Nossa Senhora da Hora, cujo nome oficial em árabe é al-Saa'a, foi fundada em 1873 como centro da presença dominicana no Iraque.

Foi também um importante centro cultural e acadêmico, incluindo a primeira escola para meninas e a primeira gráfica no Iraque.

Fica na cidade velha de Mosul, um bairro histórico que se caracterizava por fortes relações entre diversas culturas e religiões, como cristãos, yazidis, muçulmanos sunitas e xiitas, bem como árabes, caldeus e curdos, esta igreja foi um espaço de diálogo promovido pelos frades dominicanos.

No entanto, este delicado equilíbrio foi perturbado com a invasão e ocupação da cidade por terroristas do Estado Islâmico no verão de 2014. A igreja, como grande parte do centro histórico de Mossul, sofreu destruição causada por jihadistas e confrontos durante a ofensiva do exército iraquiano para recuperar a cidade.

A igreja tornou-se um armazém de armas e um campo de tortura. Seu conteúdo arqueológico foi roubado, inclusive seu famoso relógio, presente da esposa do imperador Napoleão III aos padres dominicanos da cidade.

A destruição do templo não foi apenas uma tragédia arquitetônica, mas também afetou negativamente todos os moradores de Mossul, muçulmanos e cristãos, pois perderam um importante símbolo da história e identidade da cidade.

Em abril de 2020, a UNESCO fez trabalhos de restauração na igreja e na cidade antiga de Mossul. Nesta tarefa, os dominicanos estiveram ativamente envolvidos, para que a reconstrução não se limitasse só aos aspectos materiais, mas também contribuísse para restabelecer os laços entre as diversas comunidades culturais e religiosas.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Papa: Rezar o Terço é pouco aos olhos dos homens, mas muito aos olhos de Deus

Papa com delegação das "Sentinelas da Sagrada Família" (Vatican Media)

Rezar o terço parece "pouco aos olhos dos homens, mas é muito aos olhos de Deus se feito com fidelidade no tempo, com fé e com fervor e em espírito de comunhão entre vocês. Deus ama o que é pequeno e faz de modo que produza fruto”, disse o Papa ao receber os membros do grupo "Sentinelas da Sagrada Família".

Vatican News

O Papa recebeu em audiência os membros das “Sentinelas da Sagrada Família”, uma rede de oração mariana fundada dez anos atrás com a vocação de apresentar a Nossa Senhora as intenções da Igreja e do mundo.

O Papa aprecia a simplicidade e a humildade do movimento, afirmando que o que se requer de uma sentinela poderia parecer até mesmo risível: rezar a cada dia uma dezena do Rosário. “É pouco aos olhos dos homens, mas é muito aos olhos de Deus se feito com fidelidade no tempo, com fé e com fervor e em espírito de comunhão entre vocês. Deus ama o que é pequeno e faz de modo que produza fruto.”

O movimento é composto somente por mulheres consagradas à Sagrada Família. Assim, disse Francisco, qualquer que seja seu estado de vida, “com Maria vocês são todas mães”, e apontou três características: o olhar materno para as realidades do mundo, a capacidade de guardar e meditar as coisas no coração e a ternura.         

“O nosso mundo, assim como os nossos irmãos e irmãs, tem mais necessidade do que nunca de ternura: uma palavra que talvez alguém gostaria de tirar do dicionário! Como é duro às vezes hoje o mundo, implacável, surdo e indiferente aos sofrimentos e às necessidades do próximo. Maria foi ternura para Jesus, e o é para a Igreja e para o mundo”, assim concluiu o Papa, fazendo votos de que as sentinelas possam encarnar a ternura de Maria para a Igreja e para o mundo.

As sentinelas nasceram na Bélgica e agora estão presentes também na França, Grã-Bretanha, Luxemburgo, Espanha, Líbano, Colômbia, África e Antilhas. Na audiência com o Papa, participou a princesa Sibilla de Luxemburgo.

A cada mês, uma sentinela medita um Mistério da vida de Cristo. No mês seguinte, ela passa para o próximo Mistério. Os Mistérios são distribuídos de acordo com um programa que garante que, juntos, formem vários rosários.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF