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sábado, 20 de janeiro de 2024

Os 12 Apóstolos – Parte 2

Os 12 Apóstolos (Cléofas)

Os 12 Apóstolos – Parte 2

 POR PROF. FELIPE AQUINO

8) Mateus – Nos tempos de Jesus, o governo romano coletava diversos impostos do povo palestino. Pedágios pra transportar mercadorias por terra ou por mar eram recolhidos por coletores particulares, os quais pagavam uma taxa ao governo romano pelo direito de avaliar esses tributos. Os cobradores de impostos auferiam lucros cobrando um imposto mais alto do que a lei permitia. Os coletores licenciados muitas vezes contratavam oficiais de menor categoria, chamados de publicanos, para efetuar o verdadeiro trabalho de coletar. Os publicanos recebiam seus próprios salários cobrando uma fração a mais do que seu empregador exigia. O discípulo Mateus era um desses publicanos; ele coletava pedágio na estrada entre Damasco e Aco; sua tenda estava localizada fora da cidade de Cafarnaum, o que lhe dava a oportunidade de, também, cobrar impostos dos pescadores. Normalmente um publicano cobrava 5% do preço da compra de artigos normais de comércio, e até 12,5% sobre artigos de luxo. Mateus cobrava impostos também dos pescadores que trabalhavam no mar da Galileia e dos barqueiros que traziam suas mercadorias das cidades situadas no outro lado do lago. O judeus consideravam impuro o dinheiro dos cobradores de impostos, por isso nunca pediam troco. Se um judeu não tinha a quantia exata que o coletor exigia, ele emprestava-o a um amigo. Os judeus desprezavam os publicanos como agentes do odiado império romano e do rei títere judeu. Não era permitido aos publicanos prestar depoimento no tribunal, e não podiam pagar o dízimo de seu dinheiro ao templo. Um bom judeu não se associaria com publicanos (Mt 9.10-13). Mas os judeus dividiam os cobradores de impostos em duas classes. a primeira era a dos gabbai, que lançavam impostos gerais sobre a agricultura e arrecadavam do povo impostos de recenseamento. O Segundo grupo compunha-se dos mokhsa era judeus, daí serem eles desprezados como traidores do seu próprio povo. Mateus pertencia a esta classe.

O Evangelho de Mateus diz-nos que Jesus se aproximou deste improvável discípulo quando ele esta sentado em sua coletoria. Jesus simplesmente ordenou a Mateus: “Segue-me!” Ele deixou o trabalho pra seguir o Mestre (Mt 9.9). Evidentemente, Mateus era um homem rico, porque ele deu um banquete em sua própria casa. “E numerosos publicanos e outros estavam com eles à mesa” (Lc 5.29). O simples fato de Mateus possuir casa própria indica que era mias rido do que o publicano típico. Por causa da natureza de seu trabalho, temos certeza que Mateus sabia ler e escrever. Os documentos de papiro, relacionados com impostos, datados de cerca de 100 d.C., indicam que os publicanos eram muito eficientes em matéria de cálculos.

Mateus pode ter tido algum grau de parentesco com o discípulo Tiago, visto que se diz de cada um deles ser “filho de Alfeu” (Mt 10.3; Mc 2.14). Às vezes Lucas usa o nome Levi para referir-se a Mateus (Lc 5.27-29). Daí alguns estudiosos crerem que o nome de Mateus era Levi antes de se decidir-se a seguir a Jesus, e que Jesus lhe deu um novo nome, que significa “dádiva de Deus”. Outros sugerem que Mateus era membro da tribo sacerdotal de Levi. De todos os evangelhos, o de Mateus tem sido, provavelmente, o de maior influência. A literatura cristã do segundo século faz mais citações do Evangelho de Mateus do que de qualquer outro. Os pais da igreja colocaram o Evangelho de Mateus no começo do cânon do NT provavelmente por causa do significado que lhes atribuíam. O relato de Mateus desta a Jesus como o cumprimento das profecias do AT. Acentua que Jesus era o Messias prometido. Não sabemos o que aconteceu com Mateus depois do dia de Pentecostes. Uma informação fornecida por John Foxe, declara que ele passou seus últimos anos pregando na Pártia e na Etiópia e que foi martirizado na cidade Nadabá em 60 dC. Não podemos julgar se esta informação é digna de confiança.

9) Filipe – O Evangelho de João é o único a dar-nos qualquer informação pormenorizada acerca do discípulos chamado Filipe. Jesus encontrou-se com ele pela primeira vez em Betânia, do outro lado do Jordão (Jo 1.28). É interessante notar que Jesus chamou a Filipe individualmente enquanto chamou a maioria dos outros em pares. Filipe apresentou Natanael a Jesus (Jo 1.45-51), e Jesus também chamou a Natanael (ou Bartolomeu) para segui-lo. Ao se reunirem 5 mil pessoas para ouvir a Jesus, Filipe perguntou ao Seu Senhor como alimentariam a multidão. “Não lhes bastariam duzentos denários de pão, para receber cada um o seu pedaço”, disse ele (Jo 6.7). Noutra ocasião, um grupo de gregos dirigiu-se a Filipe e pediu-lhe que o apresentasse a Jesus. Filipe solicitou a ajuda de André e juntos levaram os homens para conhecê-lo (Jo 12.20-22). Enquanto os discípulos tomavam a última refeição com Jesus, Filipe disse: “Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta” (Jo 14.8). Jesus respondeu que nele eles já tinham visto o Pai. Esses três breves lampejos são tudo o que vemos acerca de Filipe. A igreja tem preservado muitas tradições a respeito de seu último ministério e morte. Segundo algumas delas, ele pregou na França; outras dizem que ele pregou no sul da Rússia, na Ásia Menor, ou até na Índia. Nada de concreto portanto.

10) Simão Pedro – Era um homem de contrastes. Em Cesaréia de Filipe, Jesus perguntou: “Mas vós, quem dizeis que eu sou?” Ele respondeu de imediato: “Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo” (Mt 16.15-16). Alguns versículos adiante, lemos: “E Pedro chamando-o à parte, começou a reprová-lo…”. Era característico de Pedro passar de um extremo ao outro. Ao tentar Jesus lavar-lhe os pés no cenáculo, o imoderado discípulo exclamou: “Nunca me lavarás os pés”. Jesus, porém, insistiu e Pedro disse: “Senhor, não somente os meus pés, mas também as mãos e a cabeça” (Jo 13.8,9). Na última noite que passaram juntos, ele disse a Jesus: “Ainda que todos se escandalizem, eu jamais!” (Mc 14.29). Entretanto, dentro de poucas horas, ele não somente negou a Jesus mas praguejou (Mc 14.71). Este temperamento volátil, imprevisível, muitas vezes deixou Pedro em dificuldades. Mas, o ES o moldaria num líder, dinâmico, da igreja primitiva, um “homem-rocha” (Pedro significa “rocha”) em todo o sentido. Os escritores do NT usaram quatro nomes diferentes com referência a Pedro. Um é o nome hebraico Simeon (At 15.14), que pode significar “ouvir”. O Segundo era Simão, a forma grega de Simeon. O terceiro nome era Cefas palavra aramaica que significa “rocha”. O quarto nome era Pedro, palavra grega que significa “Pedra” ou “rocha”; os escritores do NT se referem ao discípulo com estes nomes mais vezes do que os outros três. Quando Jesus encontrou este homem pela primeira vez, ele disse: “Tu és Simão, o filho de João; tu serás chamado Cefas” (Jo 1.42). Pedro e seu irmão André eram pescadores no mar da Galileia (Mt 4.18; Mc 1.16). Ele falava com sotaque galileu, e seus maneirismos identificavam-no como um nativo inculto da fronteira da Galileia (Mc 14.70). Foi levado a Jesus pelo seu irmão André (Jo 1.40-42). Enquanto Jesus pendia na cruz, Pedro estava provavelmente entre o grupo da Galileia que “permaneceram a contemplar de longe estas coisas” (Lc 23.49). Em 1Pe 5.1, ele escreveu: “…eu, presbítero como eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo…”. Pedro encabeça a lista dos apóstolo em cada um dos relatos dos Evangelhos, o que sugere que os escritores do NT o consideravam o mais importante dos doze. Ele não escreveu tanto como João ou Mateus, mas emergiu como o líder mais influente da igreja primitiva. Embora 120 seguidores de Jesus tenha recebido o ES no dia do Pentecoste, a Bíblia registra as palavras de Pedro (At 2.14-40). Ele sugeriu que os apóstolos procurassem um substituto para Judas Iscariotes (At 1.22). Ele e João foram os primeiros a realizar um milagre depois do Pentecoste, curando um paralítico na Porta Formosa (At 3.1-11). No livro de Atos acentua as viagens de Paulo, mas Pedro também viajou extensamente. Ele visitou Antioquia (Gl 2.11), Corinto (2Co 1.12) e talvez Roma. Pedro sentiu-se livre para servir aos gentios (At 10), mas ele é mais bem conhecido como o apóstolo dos judeus (Gl 2.8). À medida que Paulo assumir um papel mais ativo na obra da igreja e à medida que os judeus se tornavam mais hostis ao Cristianismo, Pedro foi relegado a segundo plano na narrativa do NT. A tradição diz que a Basílica de São Pedro em Roma está edificada sobre o local onde ele foi sepultado. Escavações modernas sob a antiga igreja exibem um cemitério romano muito antigo e alguns túmulos usados apressadamente para sepultamentos cristãos. Uma leitura cuidadosa dos Evangelhos e do primitivo segmento de Atos tenderia a apoiar a tradição de que Pedro foi figura preeminente da igreja primitiva.

11) Simão Zelote – Mateus refere-se a um discípulo chamado “Simão, o Cananeu”, enquanto Lucas e o livro de Atos referem-se a “Simão, o Zelote”. esses nomes referem-se à mesma pessoa. Zelote é uma palavra grega que significa “zeloso”; “cananeu” é transliteração da palavra aramaica kanna’ah, que também significa “zeloso”; parece, pois, que este discípulo pertencia à seita judaica conhecida como zelotes. A Bíblia não indica quando Simão, foi convidado para unir-se aos apóstolos. Diz a tradição que Jesus o chamou ao mesmo tempo em que chamou André e Pedro, Tiago e João, Judas Iscariotes e Tadeu (Mt 4.18-22). Temos diversos relatos conflitantes acerca do ministério posterior deste homem e não é possível chegar a uma conclusão.

12) Tomé – O Evangelho de João dá-nos um quadro mais completo do discípulo chamado Tomé do que o que recebemos dos Sinóticos ou do livro de Atos. João diz-nos que ele também era chamado Dídimo (Jo 20.24). A palavra grega para “gêmeos” assim como a palavra hebraica t’hom significa “gêmeo”. A Vulgata Latina empregava Dídimo como nome próprio. Não sabemos quem pode ter sido Tomé, nem sabemos coisa alguma a respeito do passado de sua família ou de como ele foi convidado para unir-se ao Senhor. Sabemos, contudo, que ele juntou-se a seis outros discípulos que voltaram aos barcos de pesca depois que Jesus foi crucificado (Jo 21.2-3). Isso sugere que ele pode ter aprendido a profissão de pescador quando jovem. Diz a tradição que Tomé finalmente tornou-se missionário na Índia. Afirma-se que ele foi martirizado ali e sepultado em Mylapore, hoje subúrbio de Madrasta. Seu nome é lembrado pelo próprio título da igreja Martoma ou “Mestre Tome”.

13) Matias – Substituto de Judas Iscariotes Após a morte de Judas, Pedro propôs que os discípulos escolhessem alguém para substituir o traidor. O discurso de Pedro esboçava certas qualificações para o novo apóstolo (At 1.15-22). O apóstolo tinha de conhecer a Jesus “começando no batismo de João, até ao dia em que dentre nós foi levado às alturas”. Tinha de ser também, “testemunha conosco de sua ressurreição” (At 1.22). Os apóstolos encontraram dois homens que satisfaziam as qualificações: José, cognominado Justo, e Matias (At 1.23). Lançaram sortes para decidir a questão e a sorte recaiu sobre Matias. O nome Matias é uma variante do hebraico Matatias, que significa “dom de Deus”. Infelizmente, a Bíblia nada diz a respeito do ministério de Matias.

Fonte: https://cleofas.com.br/

O Papa: drama das baixas taxas de natalidade deve ser levado muito a sério

O Papa com os membros da ASMEL (Vatican Media)

Estou preocupado com os poucos nascimentos. Há uma "cultura de despovoamento" que vem do número reduzido de nascimentos de crianças. É verdade que todo mundo pode ter um cachorrinho, mas é preciso criar filhos. Itália, Espanha... precisam de crianças. Basta pensar que um desses países mediterrâneos tem uma idade média de 46 anos! Precisamos levar o problema da natalidade a sério: foi a exortação do Papa à Associação para a Subsidiariedade e Modernização das Entidades Locais italianas (ASMEL)

Manoel Tavares/Raimundo de Lima - Vatican News

O Papa Francisco recebeu na Sala Clementina, no Vaticano, na manhã deste sábado (20), a Associação para a Subsidiariedade e Modernização das Entidades Locais italianas (ASMEL), fundada em 2010. A Associação contribui para o bom funcionamento das Entidades Locais italianas, segundo o princípio da subsidiariedade, tão querido pela Doutrina social da Igreja.

Em seu discurso, o Santo Padre falou dos territórios, de onde provêm os membros da Associação, submetidos por algumas contradições da sociedade atual e por seu modelo de desenvolvimento:

Os pequenos Municípios, sobretudo os que fazem parte das chamadas áreas internas, que são a maioria, são, muitas vezes, negligenciados e se encontram em uma situação de marginalização. Os cidadãos que ali vivem, que representam uma parte significativa da população, sofrem por lacunas significativas, em termos de oportunidades, que constituem uma fonte de desigualdade”.

Ouvir o grito da terra, ouvir o grito dos pobres

À raiz de tais lacunas encontra-se o fato de se tornar muito caro oferecer a esses territórios a mesma quantidade de recursos dedicada a outras áreas do país. Exemplo concreto disso é a “cultura do desperdício”: “Tudo o que não serve para lucrar é descartado”. Isso, disse o Papa, desencadeia um círculo vicioso: a falta de oportunidades, muitas vezes, leva a maioria da comunidade empreendedora da população a ir embora, deixando seus territórios à mercê da marginalidade e exclusão. Os que permanecem são, sobretudo, idosos e os que lutam para encontrar alternativas. Daí, aumenta a necessidade da presença de um Estado social, enquanto diminuem seus recursos. Aqui, Francisco acrescentou outro aspecto desta dinâmica:

“Nas áreas internas, marginais, encontra-se a maior parte do patrimônio natural, como as florestas, áreas protegidas, de importância estratégica, em termos ambientais. A redução progressiva da população complica ainda mais o cuidado do território. Assim, os territórios abandonados tornam-se mais frágeis e a sua instabilidade é a causa de calamidades e emergências extremas: chuvas torrenciais, inundações, deslizamentos de terra, seca, incêndios e vendavais e assim por diante.”

A partir destas mudanças climáticas, afirmou Francisco, confirma-se a necessidade de ‘ouvir o grito da terra’, que significa ‘ouvir o grito dos pobres e abandonados’. Na fragilidade das pessoas e do ambiente descobrimos que tudo está interligado. Logo, a busca de soluções requer a leitura conjunta de fenômenos, que, muitas vezes, são considerados separados.

Cuidar da nossa Casa comum

Diante de tal realidade, o Santo Padre aproveitou para agradecer o compromisso e o trabalho da Associação ASMEL, que busca contribuir para a proteção da dignidade das pessoas e cuidar da nossa Casa comum, apesar de recursos escassos e entre milhares de dificuldades.

Por isso, o Papa recordou a necessidade de um compromisso sempre maior e convida a não baixar a guarda e tampouco desanimar. Mas, para além da qualidade de vida e do cuidado dos territórios, certas regiões marginais, hoje, podem ser convertidas em verdadeiros laboratórios de inovação social, com formas de mutualidade e reciprocidade, a benefício de todos.

Neste sentido, o Pontífice sugeriu a dar maior atenção à busca de novas relações entre o público e o privado, sobretudo o setor social privado. A escassez de recursos nas áreas marginalizadas torna as pessoas mais dispostas a colaborar para o bem comum e a participar de uma maior renovação da democracia.

Levar o problema da natalidade muito a sério

Ao término do seu discurso, Francisco falou aos presentes outra tendência promissora: a das novas tecnologias, em particular a utilização de diferentes formas de inteligência artificial:

“Estamos descobrindo quanto elas podem revelar-se poderosos instrumentos de morte. Quanto este poder poderia ser benéfico se fosse utilizado não para a destruição, mas para o cuidado das pessoas, cuidado das comunidades, cuidado dos territórios e cuidado da Casa comum.”

E por falar em cuidados, disse por fim Francisco, estou preocupado com os poucos nascimentos. Há uma "cultura de despovoamento" que vem do número reduzido de nascimentos de crianças. É verdade que todo mundo pode ter um cachorrinho, mas é preciso criar filhos. Itália, Espanha... precisam de crianças. Basta pensar que um desses países mediterrâneos tem uma idade média de 46 anos! Precisamos levar o problema da natalidade a sério, levá-lo a sério porque o futuro da pátria está em jogo aí, o futuro está em jogo aí. Ter filhos é um dever para sobreviver, para seguir adiante. Pensem nisto: esse não é um anúncio de uma agência de natalidade, mas quero enfatizar o drama das baixas taxas de natalidade, que devem ser levadas muito a sério.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Memória e celebração de São Sebastião

São Sebastião (Canção Nova)

Dom Carmo João Rhoden
Bispo Emérito de Taubaté (SP)

Memória e celebração de São Sebastião: 20/01/24. (Mc 3, 20-21) 

Texto referencial: “Os parentes de Jesus vieram para detê-Lo, pois pensavam que estivesse fora de si”: muito fanático. 

O texto do Evangelho de hoje, narra como até Jesus foi mal entendido pelos próprios parentes. Parecia-lhes, que Ele estivesse fora de si. Muito fanático, ou quiçá, até meio louco. (Mc 3, 21). Jesus louco… fanático… era só o que faltava. Mas o que estava, então, acontecendo? Jesus, com seu batismo, tinha assumido sua missão evangelizadora e a vivia com zelo, amor e fidelidade a toda prova. Esta (fidelidade), também, tem seu preço, que não é pequeno. Chega, às vezes, até a ser muito grande. 

São Sebastião era militar, que se tornou soldado do Reino de Deus. Foi escolhido para ser membro da guarda pretoriana de Milão. Foi, porém, maior ainda, como mártir da Igreja, defensor do Reino de Deus. Foi invicto no exercício de seu testemunho até o fim. Foi e ainda é muito lembrado e celebrado pelo povo, que viu nele, e continua vendo, um mártir da maior grandeza e, por isso, não o esquece, pois deu a sua vida pelo Mestre. Nós fomos batizados, como crianças. Fizemos, depois, nossa catequese, mas nem sempre nossa opção é decididamente por Cristo. Como analisamos nossa vivência religiosa? Não fazemos média com o mundo atual, que endeusa o ter, inveja o poder e vibra com as ciências (o saber), até se envergonhar de Jesus, o Mestre? Em muitos lugares públicos, o crucifixo já foi banido ou excluído. Ao menos em 10 países, é crime usar a Bíblia. Que diferença! 

Parabenizamos o colégio episcopal da grande Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, presidida por sua Em. ª, Sr. Card. Dom Orani João Tempesta, O. Cist. De modo sinodal, lembramos, também, de todas as forças vivas que compõem essa Arquidiocese, com todos os seus membros: leigos(as), religiosos(as) e presbíteros. Parabéns!

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

Os 12 Apóstolos - Parte 1

Os 12 Apóstolos (Cléofas)

Os 12 Apóstolos - Parte 1

 POR PROF. FELIPE AQUINO

No começo do seu ministério Jesus escolheu doze homens que o acompanhassem em suas viagens. Teriam esses homens uma importante responsabilidade: Continuariam a representá-lo depois de haver ele voltado para o céu. A reputação deles continuaria a influenciar a igreja muito depois de haverem morrido.

Por conseguinte, a seleção dos Doze foi de grande responsabilidade. “Naqueles dias retirou-se para o monte a fim de orar, e passou a noite orando a Deus. E quando amanheceu, chamou a si os seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu também o nome de apóstolo” (Lc 6.12-13). A maioria dos apóstolos era da região de Cafarnaum, desprezada pela sociedade judaica refinada por ser o centro de uma parte do estado judaico e conhecida, em realidade, como “Galileia dos gentios”. O próprio Jesus disse: “Tu, Carfanaum, elevar-te-ás, porventura, até ao céu? Descerás até ao inferno” (Mt 11.23). Não obstante, Jesus fez desses doze homens líderes vigorosos e porta-vozes capaz de transmitir com clareza a fé cristã. O sucesso que eles alcançaram dá testemunho do poder transformador do Senhorio de Jesus. Nenhum dos escritores dos Evangelhos deixou-nos traços físicos dos doze. Dão-nos, contudo, minúsculas pistas que nos ajudam a fazer “conjeturas razoáveis” sobre como pareciam e atuavam. Um fato importante que tem sido tradicionalmente menosprezado em incontáveis representações artísticas dos apóstolos é sua juventude. Se levarmos em conta que a maioria chegou a viver até ao terceiro e quarto quartéis do século e que João adentrou o segundo século, então eles devem ter sido não mais do que jovens quando aceitaram o chamado de Cristo.

Os doze apóstolos foram:

1) André;
2) Bartolomeu (Natanael);
3) Tiago (Filho de Alfeu);
4) Tiago (Filho de Zebedeu);
5) João;
6) Judas (não o Iscariotes);
7) Judas Iscariotes;
8) Mateus;
9) Filipe;
10) Simão Pedro;
11) Simão Zelote;
12) Tomé;
13) Matias (Substituindo a Judas).

Resumo sobre a vida dos Apóstolos:

1) André – No dia seguinte àquele em que João Batista viu o ES descer sobre Jesus, ele o apontou para dois de seus discípulos, e disse: “Eis o Cordeiro de Deus” (Jo 1.36). Movidos de curiosidade, os dois deixaram João e começaram a seguir a Jesus. Jesus notou a presença deles e perguntou-lhes o que buscavam. Responderam: “Rabi, onde assistes?” Jesus levou-os à casa onde ele se hospedava e passaram a noite com ele. Um desses homens chamava-se André (Jo 1.38-40). André foi logo à procura de seu irmão, Simão Pedro, a quem disse: “Achamos o Messias…” (Jo 1.41). Por seu testemunho, ele ganhou Pedro para o Senhor. André é tradução do grego Andreas, que significa “varonil”. Outras pistas do Evangelhos indicam que André era fisicamente forte, e homem devoto e fiel. Ele e Pedro eram donos de uma casa (Mc 1.29). Eram filhos de um homem chamado Jonas ou João, um próspero pescador. Ambos os jovens haviam seguido o pai no negócio da pesca. Eram Pescadores. André nasceu em Betsaida, nas praias do norte do mar da Galileia. Embora o Evangelho de João descreva o primeiro encontro dele com Jesus, não o menciona como discípulo até muito mais tarde (Jo 6.8). O Evangelho de Mateus diz que quando Jesus caminha junto ao mar da Galileia, ele saudou a André e a Pedro e os convidou para se tornarem discípulos (Mt 4.18,19). Isto não contradiz a narrativa de João; simplesmente acrescenta um aspecto novo. Uma leitura atenta de João 1.35-40 mostra-nos que Jesus não chamou André e a Pedro para segui-lo quando se encontraram pela primeira vez. André e outro discípulo chamado Filipe apresentaram a Jesus um grupo de gregos (Jo 12.20-22). Por este motivo podemos dizer que eles foram os primeiros missionários estrangeiros da fé cristã. Diz a tradição que André viveu seus últimos dias na Cítia, ao norte do mar negro. Mas um livreto intitulado: Atos de André (provavelmente escrito por volta do ano 260 dC) diz que ele pregou primariamente na Macedônia e foi martirizado em Patras. Diz ainda, que ele foi crucificado numa cruz em forma de “X”, símbolo religioso conhecido como Cruz de Santo André.

2) Bartolomeu (Natanael) – Falta-nos informação sobre a identidade do Apóstolo chamado Bartolomeu. Ele só é mencionado na lista dos apóstolos. Além do mais, enquanto os Evangelhos sinóticos concordam em que seu nome era Bartolomeu, João o dá como Natanael (Jo 1.45). Creem alguns estudiosos que Bartolomeu era o sobrenome de Natanael. A palavra aramaica bar significa “filho”, por isso o nome Bartolomeu significa literalmente, “filho de Talmai”. A Bíblia não identifica quem foi Talmai. Supondo que Bartolomeu e Natanael sejam a mesma pessoa, o Evangelho de João nos proporciona várias informações acerca de sua personalidade. Jesus chamou Natanael de “israelita em quem não há dolo” (Jo 1.47). Diz a tradição que ele serviu como missionário na Índia e que foi crucificado de cabeça para baixo.

3) Tiago, Filho de Alfeu – Os Evangelhos fazem apenas referências passageiras a Tiago, filho de Alfeu (Mt 10.3; Lc 6.15). Muitos estudiosos crê em que Tiago era irmão de Mateus, visto a Bíblia dizer que o pai de Mateus também se chamava Alfeu (Mc 2.14). Outros crê em que este Tiago se identificava como “Tiago, o Menor”, mas não temos prova alguma de que esses dois nomes se referiam ao mesmo homem (Mc 15.40). Se o filho de Alfeu era, deveras, o mesmo homem Tiago, o Menor, talvez ele tenha sido primo de Jesus (Mt 27.56; Jo 19.25). Alguns comentaristas da Bíblia teorizam que este discípulo trazia uma estreita semelhança física com Jesus, o que poderia explicar por que Judas Iscariotes teve de identificar Jesus na noite em que foi traído (Mc 14.43-45; Lc 22.47-48). Diz as lendas que ele pregou na Pérsia e aí foi crucificado. Mas não há informações concretas sobre sua vida, ministério posterior e morte.

4) Tiago, Filho de Zebedeu – Depois que Jesus convocou a Simão Pedro e a seu irmão André, ele caminhou um pouco mais ao longo da praia da Galileia e convidou a “Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco consertando as redes” (Mc 1.19). Tiago e seu irmão responderam imediatamente ao chamado de Cristo. Ele foi o primeiro dos doze a sofrer a morte de mártir. O rei Herodes Agripa I ordenou que ele fosse executado ao fio da espada (At 12.2). A tradição diz que isto ocorreu no ano 44 dC, quando ele seria ainda bem moço. Os Evangelhos nunca mencionam Tiago sozinho; sempre falam de “Tiago e João”. Até no registro de sua morte, o livro de Atos refere-se a ele como “Tiago, irmão de João” (At 12.2). Eles começaram a seguir a Jesus no mesmo dia, e ambos estiveram presentes na Transfiguração (Mc 9.2-13). Jesus chamou a ambos de “filhos do trovão” (Mc 3.17). A perseguição que tirou a vida de Tiago infundiu novo fervor entre os cristãos (At 12.5-25). Herodes Agripa esperava sufocar o movimentos cristão executando líderes como Tiago. “Entretanto a Palavra do Senhor crescia e se multiplicava” (At 12.24). As tradições afirmam que ele foi o primeiro missionário cristão na Espanha.

5) João – Felizmente, temos considerável informação acerca do discípulo chamado João. Marcos diz-nos que ele era irmão de Tiago, filho de Zebedeu (Mc 1.19). Diz também que Tiago e João trabalhavam com “os empregados” de seu pai (Mc 1.20). Alguns eruditos especulam que a mãe de João era Salomé, que assistiu a crucificação de Jesus (Mc 15.40). Se Salomé era irmã da mãe de Jesus, como sugere o Evangelho de João (Jo 19.25), João pode ter sido primo de Jesus. Jesus encontrou a João e a seu irmão Tiago consertando as redes junto ao mar da Galileia. Ordenou-lhes que se fizessem ao largo e lançassem as redes. Arrastaram um enorme quantidade de peixes – milagre que os convenceram do poder de Jesus. “E, arrastando eles os barcos sobre a praia, deixando tudo, o seguiram” (Lc 5.11) Simão Pedro foi com eles. João parece ter sido um jovem impulsivo. Logo depois que ele e Tiago entraram para o círculo íntimo dos discípulos de Jesus, o Mestre os apelidou de “filhos do trovão” (Mc 3.17).

Os discípulos pareciam relegar João a um lugar secundário em seu grupo. Todos os Evangelhos mencionavam a João depois de seu irmão Tiago; na maioria das vezes, parece, Tiago era o porta-voz dos dois irmãos. Paulo menciona a João entre os apóstolos em Jerusalém, mas o faz colocando o seu nome no fim da lista (Gl 2.9). Muitas vezes João deixou transparecer suas emoções nas conversas com Jesus. Certa ocasião ele ficou transtornado porque alguém mais estava servindo em nome de Jesus. “E nós lho proibimos”, disse ele a Jesus, “porque não seguia conosco” (Mc 9.38). Jesus replicou: “Não lho proibais… pois quem não é contra a nós, é por nós” (Mc 9.39,40). Noutra ocasião, ambiciosos, Tiago e João sugeriram que lhes fosse permitido assentar-se à esquerda e à direita de Jesus na sua glória. Esta ideia os indispôs com os outros discípulos (Mc 10.35-41). Mas a ousadia de João foi-lhe vantajosa na hora da morte e da ressurreição de Jesus. Jo 18.15 diz que João era “conhecido do sumo sacerdote”. Isto o tornaria facilmente vulnerável à prisão quando os aguardas do sumo sacerdote prenderam a Jesus. Não obstante, João foi o único apóstolo que se atreveu a permanecer ao pé da cruz, e Jesus entregou-lhe sua mãe aos seus cuidados (Jo 19.26-27). Ao ouvirem os discípulos que o corpo de Jesus já não estava no túmulo, João correu na frente dos outros e chegou primeiro ao sepulcro. Contudo, ele deixou que Pedro entrasse antes dele na câmara de sepultamento (Jo 20.1-4,8). Se João escreveu, deveras, o quarto Evangelhos, as cartas de João e o Apocalipse, ele escreveu mais texto do NT do que qualquer dos demais apóstolos. Não temos motivo para duvidar de que esses livros não são de sua autoria. Diz a tradição que ele cuidou da mãe de Jesus enquanto pastoreou a congregação em Éfeso, e que ela morreu ali. Preso, foi levado a Roma e exilado na Ilha de Patmos. Acredita-se que ele viveu até avançada idade, e seu corpo foi devolvido a Éfeso para sepultamento

6) Judas – Não o Iscariotes João refere-se a um dos discípulos como “Judas, não o Iscariotes” (Jo 14.22). Não é fácil determinar a identidade desse homem. O NT refere-se a diversos homens com o nome de Judas – Judas Iscariotes; Judas, irmão de Jesus (Mt 13.55; Mc 6.3); Judas, o galileu (At 5.37) e Judas, não o Iscariotes. Evidentemente, João desejava evitar confusão quando se referia a esse homem, especialmente porque o outro discípulo chamado Judas não gozava de boa fama. Mateus e Marcos referem-se a esse homem como Tadeu (Mt 10.3; Mc 3.18). Lucas o menciona como “Judas, filho de Tiago” (Lc 6.16; At 1.13). Não sabemos ao certo quem era o pai de Tadeu. O Historiador Eusébio diz que Jesus uma vez enviou esse discípulo ao rei Abgar da Mesopotâmia a fim de orar pela sua cura. Segundo essa história, Judas foi a Abgar depois da ascensão de Jesus, e permaneceu para pregar em várias cidades da Mesopotâmia. Diz outra tradição que esse discípulo foi assassinado por mágicos na cidade de Suanir, na Pérsia. O mataram a pauladas e pedradas.

7) Judas Iscariotes – Todos os Evangelhos colocam Judas Iscariotes no fim da lista dos discípulos de Jesus. Sem dúvida alguma isso reflete a má fama de Judas como traidor de Jesus. A Palavra aramaica Iscariotes literalmente significa “homem de Queriote”. Queriote era uma cidade próxima a Hebron (Js 15.25). Contudo, João diz-nos que Judas era filho de Simão (Jo 6.71). Se Judas era, de fato, natural desta cidade, dentre os discípulos, ele era o único procedente da Judeia. Os habitantes da Judeia desprezavam o povo da Galileia como rudes colonizadores de fronteira. Essa atitude pode ter alienado Judas Iscariotes dos demais discípulos. Os Evangelhos não nos dizem exatamente quando Jesus chamou Judas pra juntar-se ao grupo de seus seguidores. Talvez tenha sido nos primeiros dias, quando Jesus chamou tantos outros (Mt 4.18-22). Judas funcionava como tesoureiro dos discípulos, e pelo menos em uma ocasião ele manifestou uma atitude sovina para com o trabalho. Foi quando uma mulher por nome Maria derramou unguento precioso sobre os pés de Jesus. Judas reclamou: “Por que não se vendeu este perfume por trezentos denários, e não se deu aos pobres?” (Jo 12.5). No versículo seguinte João comenta que Judas disse isto “não porque tivesse cuidado dos pobres; mas porque era ladrão”.

Enquanto os discípulos participavam de sua última refeição com Jesus, o Senhor revelou saber que estava prestes a ser traído e indicou Judas como o criminoso. Disse ele a Judas: “O que pretendes fazer, faze-o depressa” (Jo 13.27). Todavia, os demais discípulos não suspeitavam do que Judas estava prestes a fazer. João relata que “como Judas era quem trazia a bolsa, pensaram alguns que Jesus lhe dissera: Compra o que precisamos para a festa da Páscoa…” (Jo13.28-29). Judas traiu o Senhor Jesus, influenciado ou inspirado pelo maligno (Lc 22.3; Jo 13.27). Tocado pelo remorso, Judas procurou devolver o dinheiro aos captores de Jesus e enforcou-se (Mt 27.5).

Prof.: Felipe Aquino


Fonte: https://cleofas.com.br/

Educar o coração (3/3)

Foto: Twistiti

Educar o coração

Os sentimentos formam-se especialmente durante a infância. Aprende-se a amar desde pequeno e os principais mestres são os pais, como se salienta neste artigo sobre a família.

21/08/2012

UM CORAÇÃO À MEDIDA DE CRISTO

Em resumo, a educação das emoções procura fomentar nos filhos um coração grande, capaz de amar verdadeiramente Deus e os homens, capaz de sentir as preocupações dos que nos rodeiam, saber perdoar e compreender: sacrificar-se, com Jesus Cristo, por todas as almas[6]. Uma atmosfera de serenidade e exigência contribui, como que por osmose, para dar confiança e estabilidade ao complexo mundo dos sentimentos. Se os filhos se sentem queridos incondicionalmente, se verificam que agir bem é motivo de alegria para os pais e que os seus erros não levam a perda da sua confiança, se se lhes facilita a sinceridade e que manifestem as suas emoções… crescem com um clima interior habitual de ordem e sossego, onde predominam os sentimentos positivos (compreensão, alegria, confiança), enquanto que o que tira a paz (zanga, birra, inveja) é entendido como um convite para ações concretas como pedir desculpa, perdoar, ou ter algum gesto de carinho.

São precisos corações apaixonados pelas coisas que valem realmente a pena; apaixonados, sobretudo, por Deus[7]. Nada ajuda mais a que os afetos amadureçam do que deixar o coração no Senhor e no cumprimento da Sua vontade; para isso, como ensinava S. Josemaria, há que lhe pôr sete trancas, uma para cada pecado capital[8]: porque em todo o coração há afetos que são só para serem entregues a Deus e a consciência perde a paz quando os dirige para outras coisas. A verdadeira pureza da alma passa por fechar as portas a tudo o que implique dar às criaturas, ou ao próprio eu, o que pertence a Cristo; passa por “assegurar” que a capacidade da pessoa para amar e querer esteja ajustada e não desarticulada. Por isso, a imagem das sete trancas vai além da moderação da concupiscência, ou da preocupação excessiva pelos bens materiais; recorda-nos que é preciso lutar contra a vaidade, controlar a imaginação, purificar a memória, moderar o apetite nas refeições, fomentar a convivência amável com quem nos irrita… O paradoxo está em que, quando se põem “grilhões” ao coração, aumenta-se a sua liberdade para amar com todas as suas forças inalteradas.

A humanidade Santíssima do Senhor é o cadinho em que melhor se pode afinar o coração e os seus afetos. Ensinar os filhos desde pequenos a tratar Jesus e Sua Mãe com o mesmo coração e manifestações de carinho com que amam os pais na terra favorece, na medida da sua idade, que descubram a verdadeira grandeza dos seus afetos e que o Senhor se introduza nas suas almas. Um coração que guarda a sua integridade para Deus, possui-se inteiramente e é capaz de se dar totalmente.

Nesta perspectiva, o coração converte-se num símbolo de profunda riqueza antropológica: é o centro da pessoa, o lugar em que as potências mais íntimas e elevadas do homem convergem e onde a pessoa encontra as energias para agir. Um motor que deve ser educado – cuidado, moderado, afinado – para que oriente toda a sua potência na direção certa. Para educar assim, para poder amar e ensinar a amar com essa força, é preciso que cada um expulse da sua vida tudo o que estorva a Vida de Cristo em nós: o apego à nossa comodidade, a tentação do egoísmo, a tendência à exaltação pessoal. Só reproduzindo em nós a Vida de Cristo, poderemos transmiti-la aos outros[9]. Com a correspondência à graça e a luta pessoal, a alma vai-se endeusando e, pouco a pouco, o coração torna-se magnânimo, capaz de dedicar os seus melhores esforços na execução de causas nobres e grandes, na realização do que se apercebe como a vontade de Deus.

Em alguns momentos, o homem velho procurará recuperar os foros perdidos; mas a maturidade afetiva – uma maturidade que, em parte, é independente da idade – faz com que o homem olhe além das suas paixões para descobrir o que as desencadeou e como deve reagir diante dessa realidade. E contará sempre com o refúgio que o Senhor e Sua Mãe lhe oferecem. Acostuma-te a pôr o teu pobre coração no Doce e Imaculado Coração de Maria, para que to purifique de tanta escória e te leve ao Coração Sacratíssimo e Misericordioso de Jesus[10].

J.M. Martín, J. Verdiá

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[6] S. Josemaria, É Cristo que passa, n. 158.

[7] Cfr. S. Josemaria, Sulco, n. 795.

[8] S. Josemaria, Tertúlia em La Lloma (Valência), 7-01-1975, em P. Rodríguez (ed.), CaminoEdición crítico-histórica, Rialp, Madri 2002, pág. 384; cfr. S. Josemaria, Caminho, n. 188.

[9] S. Josemaria, È Cristo que passa, n. 158.

[10] S. Josemaria, Sulco, n. 830.

Fonte: https://opusdei.org/pt-br

NAZARENO: "Talità kum" (A filha de Jairo e a hemorroíssa) - (26)

Nazareno (Vatican News)

Cap. 26 - "Talità kum" (A filha de Jairo e a hemorroíssa)

De volta ao outro lado do Mar da Galileia, eles encontram pessoas esperando por eles na praia. O Nazareno sai do barco de Pedro enquanto alguém grita: "deixem-no passar!" Eles reconhecem o homem que avança, de rosto moreno, seu nome é Jairo, ele é o líder da sinagoga. O povo de Cafarnaum o considera um administrador moderado e justo. Ele se lança aos pés de Jesus e lhe suplica porque sua filha está morrendo. Enquanto caminham, Jesus para e permanece imóvel por alguns instantes, e sente alguém tocar em sua capa. Era uma mulher que estava sangrando há doze anos, pois a doença havia se tornado uma maldição para ela. Seu marido a havia repudiada e abandonada. Jesus pergunta quem o tocou, ela encontra coragem e se apresenta dizendo toda a verdade. E ele lhe diz: "Filha, a sua fé a salvou. Vá em paz e seja curada de sua doença". O grupo segue para a casa de Jairo, mas antes mesmo de chegarem lá, um servo anuncia a morte da menina. Jesus os tranquiliza, pois a pequena Zara está dormindo. Ele vai até o quarto dela com os pais e lhe diz: "Talità kum", que significa: "Menina, eu lhe digo: levante-se!". E imediatamente a menina se levanta e caminha.... Todos ficam atônitos. Jesus aconselha que ninguém fique sabendo e diz para alimentá-la.

https://media.vaticannews.va/media/audio/s1/2024/01/18/16/137631380_F137631380.mp3

 

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Ministérios do Leitorado e de Catequista

Ministérios de Catequista e Leitorado (CNBB)

PAPA FRANCISCO CONFERE A DUAS BRASILEIRAS, NO PRÓXIMO DIA 21, O DOMINGO DA PALAVRA, OS MINISTÉRIOS DO LEITORADO E DE CATEQUISTA

O Papa Francisco confere respectivamente os ministérios do Leitorado e de Catequista a duas brasileiras, a Ilza Vidal de Pádua Costa, da paróquia São José, da diocese de Ji-Paraná (RO), e Maria Erivan Ferreira da Silva, da paróquia São João Batista, em Horizonte, na arquidiocese de Fortaleza (CE), no próximo domingo, 21 de janeiro, o Domingo da Palavra, no Vaticano, na basílica de São Pedro. Elas se somarão a outros sete fiéis leigos e leigas que representam o povo de Deus da Bolívia, Coreia, Chade, Alemanha e Antilhas. 

A celebração do quinto Domingo da Palavra de Deus, instituído pelo Papa Francisco em 30 de setembro de 2019, tem como lema: “Permanecei na minha Palavra” (Jo 8,31). A Missa, às 9h30 (hora do Vaticano) e às 5h30 (hora do Brasil), será transmitida ao vivo, com comentários em português, através do site e dos canais do VaticanNews no YouTube e no Facebook.

O subsecretário adjunto de Pastoral da CNBB, padre Jânison de Sá Santos, contou que quando recebeu a carta do Vaticano pedindo a indicação de duas pessoas do Brasil o seu coração se encheu de alegria. Ele disse que a escolha se deu a partir de um profundo processo de discernimento, acompanhando de orações e consultas ao presidente da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética e outras pessoas para chegar aos  nomes das indicadas.

“Queremos convidar a todos que divulguem esta apresentação (abaixo). Pedimos também aos agentes de pastoral da Igreja no Brasil a intensificação das orações pelas representantes da Brasil que irão à Roma. No próximo ano, tantos outros catequistas e leitores poderão ser instituídos nos ministérios pelos bispos do Brasil”, disse.

“Um afago de Deus”

Segunda, da esquerda para direita, Maria Erivan é catequista desde os 14 anos. Foto: arquivo pessoal (CNBB)

A Maria Erivan é catequista desde os 14 anos. Neste tempo, trabalhou com a iniciação à vida cristã com crianças de 7 a 8 anos e demais catequeses. Assumiu a coordenação paroquial e a formação de catequistas e hoje coordena a catequese no regional Nordeste 1 da CNBB, que corresponde ao Estado do Ceará.

“Receber um ministério das mãos do Papa Francisco é um grande presente e dádiva de Deus. Como disse um padre, amigo meu aqui do Ceará, é como receber um ‘afago de Deus’. Estou levando isto no meu coração. No dia 21, estarei diante do Papa Francisco com muita emoção, mas muito grata a Deus e à Igreja por tão grande presente: este ministério tão significativo para nós catequistas”, disse.

Ilza Vidal de Pádua Costa - Ji-Paraná/RO - Foto: arquivo pessoal CNBB)

A Ilza Vidal de Pádua Costa, da paróquia São José, da diocese de Ji-Paraná (RO), também manifestou sua felicidade em ser escolhida para representar o Brasil e a participação das mulheres na Igreja. Ela iniciou sua caminhada na catequese aos 17 anos em Itaguaí (RJ). Na paróquia São José, atua desde 1995. Hoje ela também colabora na coordenação dos catequistas do regional Noroeste da CNBB, que corresponde ao Estado de Rondônia.

“Eu aceitei e disse sim para estar em Roma no próximo domingo para receber a instituição de leitor. Para mim, é uma alegria muito grande porque no meu entendimento isto significa uma avanço na nossa Igreja para a participação e a valorização das mulheres. Esse ministério veio depois de uma caminhada e reflexão dos bispos, como também do Papa Francisco”, disse.

Ela afirmou que sente um processo de humanização pelo qual a Igreja está passando. “Com esse gesto, a Igreja se aproxima ainda mais dos leigos e leigas, que nutrem sua vida de fé no Evangelho e assim sustentam também a fé das pessoas em lugares tão distantes e desprovidos da presença de sacerdotes”, disse.

Ilza na caminhada com catequistas de Ji-Paraná -Foto: arquivo pessoal (CNBB)
Zelo e compromisso dos leigos e leigas - Foto: arquivo pessoal (CNBB)

Em 2021, no dia 10 de janeiro, o Papa abriu o ministério de Leitor também às mulheres, com a Carta Apostólica sob forma de Motu Proprio “Spiritus Domini” e em 10 de maio do mesmo ano, lançou a Carta Apostólica sob forma de “Motu Proprio” Antiquum Ministerium.

De acordo com a assessora da Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, Mariana Venâncio, ambas as instituições foram recebidas pela Igreja no Brasil com grande alegria porque confirmam e conferem não só autoridade como também a responsabilidade e o reconhecimento a ministérios que já eram vividos com grande zelo e compromisso por leigos e leigas nas comunidades do Brasil.

No vídeo, abaixo, a assessora da Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Mariana Venâncio, e o subsecretário adjunto de Pastoral da CNBB, padre Jânison de Sá Santos, apresentam as duas brasileiras que irão à Santa Sé receber das mãos do Santo Padre os ministérios.

Veja o vídeo na íntegra:


Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Domingo da Palavra de Deus

Santa Missa no Domingo da Palavra de Deus (Vatican Media)

Domingo da Palavra de Deus, em 21 de janeiro, celebração presidida pelo Papa na Basílica de São Pedro

Durante a celebração presidida pelo Pontífice, os ministérios de Leitor e Catequista serão conferidos a homens e mulheres leigos de diferentes países. Espera-se também o início do “Ano da Oração” como preparação para o Jubileu de 2025.

Vatican News

A celebração do quinto Domingo da Palavra de Deus, instituído pelo Papa Francisco em 30 de setembro de 2019, será realizada em 21 de janeiro de 2024. O lema desta edição foi tirado do Evangelho de João: "Permanecei na minha Palavra" (Jo 8,31). No domingo, dia 21 de janeiro, às 9h30 hora italiana, (05h30 hora do Brasil), o Papa presidirá a celebração eucarística na Basílica de São Pedro e, em seguida, com o objetivo de reavivar a responsabilidade que os fiéis têm no conhecimento da Sagrada Escritura, presenteará os participantes da Missa com o Evangelho de Marcos.

Os ministérios de Leitor e Catequista serão conferidos a leigos

Durante a celebração, os ministérios de Leitor e Catequista serão conferidos a homens e mulheres leigos, em particular duas pessoas receberão o ministério de Leitor e nove o de Catequista. Os fiéis leigos representam o povo de Deus e vêm do Brasil, Bolívia, Coreia, Chade, Alemanha e Antilhas. A Missa será transmitida ao vivo, com comentários em português, através do nosso site e dos nossos canais no YouTube e no Facebook.

Subsídio litúrgico-pastoral gratuito 

O setor para as questões fundamentais da evangelização no mundo do Dicastério para a Evangelização, encarregado pelo Papa de promover o evento, disponibilizou online um subsídio litúrgico-pastoral gratuito, útil para a vivência da Palavra de Deus e da oração na comunidade, na família e pessoalmente. O texto, disponível este ano somente em versão digital, pode ser baixado on-line em italiano, inglês, espanhol, português, francês e polonês no site www.evangelizatio.va. Uma ferramenta que oferece propostas para incentivar um encontro profundo com a Palavra de Deus na comunidade, na família e na vida cotidiana, além de incluir artigos, meditações, textos para Adoração e sugestões pastorais.

O "Ano da Oração"

No Domingo da Palavra de Deus, espera-se que o Papa estabeleça oficialmente o Ano da Oração, em preparação para o Jubileu de 2025. Depois de promover a reflexão sobre os documentos e o estudo dos frutos do Concílio Vaticano II em 2023, por vontade do Papa Francisco, 2024 será dedicado, nas dioceses do mundo, a redescobrir a centralidade da oração.


Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Da infância à viagem a Lisboa: a vida do Papa Francisco em desenho animado

Papa Francisco em desenho animado (YouTube)

Da infância à viagem a Lisboa: a vida do Papa Francisco em desenho animado

Um vídeo repercorre os eventos mais importantes da vida de Jorge Mario Bergoglio, começando da sua juventude e terminando com a Jornada Mundial da Juventude em agosto deste ano, em Lisboa. A obra - em italiano - foi realizada pelas Missionárias do Sagrado Coração de Jesus. A produção é da "Tabor Producciones" de Barcelona, dirigida por Israel Arenas e Xavier Carmona, com desenhos de Laura Pontòn e textos de Teresa Llach.

https://youtu.be/4Clw3MKZn9E

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF