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sábado, 3 de fevereiro de 2024

Da Constituição Pastoral Gaudium et spes sobre a Igreja no mundo de hoje, do Concílio Vaticano II

A atividade humana (Blog Marcelo Coruja)

Da Constituição Pastoral Gaudium et spes sobre a Igreja no mundo de hoje, do Concílio Vaticano II (N. 35-36)

(Séc. XX)

A atividade humana

A atividade humana origina-se no homem e para o homem se ordena. De fato, ao trabalhar, o homem não apenas modifica os seres e a sociedade, mas aperfeiçoa-se a si também. Aprende muitas coisas, desenvolve suas faculdades, sai de si mesmo e se supera.

Este crescimento, se bem entendido, vale muito mais que toda a riqueza que possa ajuntar. O homem vale mais pelo que é do que pelo que tem.

Igualmente, tudo quanto os homens fazem para obter maior justiça, fraternidade mais larga e uma ordem mais humana nas relações sociais, tem maior valor do que os progressos técnicos. Estes podem proporcionar base material para a promoção humana, mas, por si sós, não conseguem realizá-la.

Esta é, pois, a norma da atividade humana: que corresponda ao genuíno bem da humanidade, de acordo com o desígnio de Deus, e permita ao homem, como indivíduo ou como membro da sociedade, a plena realização de sua vocação.

Contudo, muitos contemporâneos parecem temer um vínculo muito estreito entre a atividade humana e a religião. Vêem nisso um perigo para a autonomia das pessoas, das sociedades e das ciências. Se por autonomia das realidades terrenas entendemos que toda criatura e as sociedades gozam de leis e de valores próprios, que o homem deve gradualmente reconhecer, utilizar e organizar, tal exigência de autonomia é plenamente legítima. Não só é exigida pelos homens de hojemas concorda com a vontade do Criador. Em virtude mesmo da criação todas as coisas possuem consistência própria, verdade, bondade, leis e ordens específicas. Deve o homem respeitá-las reconhecendo os métodos próprios de cada ciência e técnica.

Seja-nos, portanto, permitido deplorar certas atitudes existentes mesmo entre cristãos, insuficientemente advertidos da legítima autonomia da ciência, que levaram, pelas tensões e controvérsias suscitadas, muitos espíritos a julgar que a fé e a ciência se opõem.

Se, porém, por “autonomia das realidades temporais” se entende que as criaturas não dependem de Deus e que o homem pode usar delas sem qualquer referência ao Criador, quem reconhece a Deus não pode deixar de perceber a que ponto é falsa esta afirmação.

 Porque, sem o Criador, a criatura se reduz a nada.

Fonte: https://liturgiadashoras.online/

"Para a validade dos sacramentos, as fórmulas e a matéria não podem ser modificadas"

Na Festa do Batismo do Senhor, Papa Francisco batiza algumas crianças na Capela Sistina (Vatican Media)

Diante da perpetuação dos abusos litúrgicos, com a Nota “Gestis verbisque” o Dicastério para a Doutrina da Fé reitera que as palavras e os elementos estabelecidos no rito essencial de cada sacramento não podem ser alterados, porque neste caso o sacramento não existe.

Vatican News

Intitula-se “Gestis verbisque” a Nota do Dicastério para a Doutrina da Fé publicada neste sábado, 3 de fevereiro. Um texto discutido e aprovado pelos cardeais e bispos membros na recente Plenária do Dicastério e, portanto, aprovado pelo Papa Francisco, com o qual se reitera que as fórmulas e os elementos materiais estabelecidos no rito essencial do sacramento não podem ser alterados por vontade própria em nome da criatividade. Assim fazendo, de fato, o próprio sacramento não é válido e, portanto, nunca existiu.

A apresentação de Fernández

Na apresentação do documento, o cardeal Victor Fernández, prefeito do Dicastério, explica a sua gênese, isto é, «o multiplicar-se de situações em que se era obrigado a constatar a invalidade dos sacramentos celebrados» com modificações que «tinham depois levado à necessidade de rastrear as pessoas envolvidas para repetir o rito do batismo ou da crisma e um número significativo de fiéis expressou corretamente a sua preocupação».

São citadas como exemplo as alterações na fórmula do batismo, por exemplo: «Eu te batizo em nome do Criador...» e «Em nome do pai e da mãe... nós te batizamos». Circunstâncias que preocuparam também alguns sacerdotes ,que «tendo sido batizados com fórmulas deste tipo, descobriram dolorosamente a invalidade da sua ordenação e dos sacramentos celebrados até então».

O cardeal explica que «enquanto em outros âmbitos da ação pastoral da Igreja se dispõe de amplo espaço para a criatividade», no âmbito da celebração dos sacramentos isso «transforma-se antes em uma “vontade manipuladora”».

Prioridade ao agir de Deus

«Com eventos e palavras intimamente interligadas – lê-se na Nota doutrinária – Deus revela e realiza o seu plano de salvação para cada homem e mulher». Infelizmente «deve-se constatar que a celebração litúrgica, em particular a dos sacramentos, nem sempre se realiza em plena fidelidade aos ritos prescritos pela Igreja». A Igreja «tem o dever de assegurar a prioridade do agir de Deus e de salvaguardar a unidade do Corpo de Cristo naquelas ações que não têm igual porque são sagradas «por excelência» com uma eficácia garantida pela ação sacerdotal de Cristo». A Igreja é além disso «consciente de que administrar a graça de Deus não significa apropriar-se dela, mas tornar-se instrumento do Espírito no transmitir o dom de Cristo pascal. Ela sabe, em particular, que a sua potestas em relação aos sacramentos para diante da sua substância” e que “nos gestos sacramentais ela deve salvaguardar os gestos salvíficos que Jesus lhe confiou”.

Matéria e forma

A Nota explica, portanto, que «a matéria do sacramento consiste na ação humana por meio da qual Cristo age. Nela, às vezes, está presente um elemento material (água, pão, vinho, óleo), outras vezes um gesto particularmente eloquente (sinal da cruz, imposição de mãos, imersão, infusão, consentimento, unção)”.

Quanto à forma do sacramento, ela «é constituída pela palavra, que confere um significado transcendente à matéria, transfigurando o significado ordinário do elemento material e o sentido puramente humano da ação realizada. Tal palavra inspira-se sempre, em vários graus, na Sagrada Escritura, alicerça suas raízes na viva Tradição eclesial e foi definida com autoridade pelo Magistério da Igreja”. Portanto, matéria e forma “nunca dependeram e não podem depender da vontade de um único indivíduo ou de uma única comunidade”.

Não se pode alterar

O documento reitera que «para todos os sacramentos, em cada caso, sempre foi exigida a observância da matéria e da forma para a validade da celebração, com a consciência de que modificações arbitrárias de uma e/ou de outra – cuja gravidade e força que invalidam são verificadas de tempos em tempos comprometem a efetiva concessão da graça sacramental, com evidente dano aos fiéis”. O que se lê nos livros litúrgicos promulgados deve ser fielmente observado sem “acrescentar, retirar ou alterar nada”.

A arte de celebrar

A liturgia permite a variedade que preserva a Igreja da «rígida uniformidade», como afirma a Constituição conciliar Sacrosanctum Concilium. Mas esta variedade e a criatividade que favorecem uma maior inteligibilidade do rito e a participação ativa dos fiéis, não podem dizer respeito ao que é essencial na celebração dos sacramentos.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Brás

São Brás (A12)
03 de fevereiro
São Brás

São Brás nasceu na Armênia, Turquia, em meados do século III, uma época de perseguição religiosa à Igreja Católica. Foi médico, procurando curar o corpo mas também, através do apostolado, a alma dos seus pacientes.

Por tamanhas virtudes, a comunidade cristã de Sebaste, onde habitava, o elegeu como bispo. Diante das perseguições, deu exemplo de firmeza na fé, exortando os fiéis a perseverar ainda que Licínio, o imperador romano, fizesse muitos mártires em Sebaste (como Eustácio Carcério e os 40 soldados colocados para morrer, nus, num campo gelado). Jesus havia aconselhado que, se perseguidos, os discípulos deveriam fugir para outra cidade (cf. Mt 10,23), Assim fez São Brás, recolhendo-se a um lugar deserto, mas de onde permanecia a pastorear o seu rebanho. Este local foi descoberto e soldados romanos o foram prender; a eles, disse o santo: “Sede benditos, vós me trazeis uma boa-nova: que Jesus Cristo quer que o meu corpo seja imolado como hóstia de louvor”.

Depois de processado e condenado, submeteram-no a cruéis torturas, e em seguida o penduraram num andaime e o deixaram para morrer. Mas como isto não ocorreu, descarnaram os seus ossos usando pentes de ferro; finalmente, o degolaram, pois ainda não havia morrido.

A tradicional bênção de São Brás, ou “bênção da garganta”, concedida pela Igreja neste dia, está relacionada a um dos muitos milagres do santo. Uma mãe, em desespero, lhe apresentou o filho pequeno sufocando, com uma espinha de peixe entalada na garganta. Brás o curou imediata e miraculosamente. A bênção e a iconografia do santo incluem um par de velas que ele segura, cruzadas, pois teria recebido, no calabouço escuro do cativeiro, um par de velas de um amigo, as quais o iluminavam e aqueciam. São Brás é venerado tanto no Ocidente como no Oriente.

::Reze pelos males na garganta na novena de São Brás

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R.

Reflexão:

A barbárie das perseguições aos cristãos dos primeiros séculos ainda hoje nos impressiona, e os mártires de então foram repletos da graça de Deus e de glória, merecendo os nossos louvores até o fim dos tempos. Hoje persistem as perseguições cruentas em alguns lugares do mundo, muitas delas, talvez, tão monstruosas quanto as do início da cristandade, talvez menos divulgadas e conhecidas; e na maior parte do globo existe a perseguição moral, política, ideológica, cultural e midiática, que tanto afasta, de modo mais disfarçado – e por isso, eventualmente, mais perigoso – as almas de Deus. Contra ambas as formas, necessário é que confiemos em Cristo e perseveremos no Seu amor, pois também os impérios mundanos de hoje cairão, e a promessa de Cristo se cumprirá: as portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja (cf. Mt 16,18).

Oração:

Senhor Deus Todo Poderoso, pela intercessão e heroico exemplo de São Brás, concedei-nos a graça da firmeza na Fé, diante de qualquer dificuldade nesta vida, para que possamos, como ele, receber a luz e o calor infinitos do Vosso amor, na verdadeira e definitiva vida futura. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que não hesitou em sofrer por nós o martírio da Cruz, e por Nossa Senhora, Vossa e nossa Mãe, e nossa infalível protetora. Amém.

Fonte: https://www.a12.com/

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

3 freiras nos contam para que serve a vida consagrada

Mônica Muñoz
Por Mónica Muñoz publicado em 01/02/24
Celebramos o dia da vida consagrada e talvez tenhamos uma ideia disso, mas para que serve esta vocação ao mundo? Três freiras nos contam.

O dia 2 de fevereiro é dedicado a uma forma especial de viver a vocação específica que cada um de nós recebe no batismo, que é a vida consagrada. O Catecismo da Igreja Católica diz que:

«O estado de vida consagrada surge, portanto, como uma das formas de viver uma consagração “mais íntima”, que tem as suas raízes no Batismo e é totalmente dedicada a Deus (cf.  PC  5). Na vida consagrada, os fiéis de Cristo propõem-se, sob a moção do Espírito Santo, a seguir mais de perto Cristo, a doar-se a Deus amado acima de tudo e, perseguindo a perfeição da caridade ao serviço do Reino, a significar e anunciar na Igreja a glória do mundo futuro (cf. CIC, cân. 573)” ( CEC 916 ).

Os testemunhos

Trindade69 | Obturador

É interessante notar que existem centenas de institutos, ordens e congregações de vida religiosa, porém, o seu objetivo é o mesmo: evangelizar com carismas próprios e em realidades diversas, sempre com total dedicação aos desígnios de Deus.

Aleteia entrevistou três freiras e fez três perguntas:

1. Pela sua experiência, o que é a vida consagrada?

2. Para que serve isso no mundo?

3. Você está feliz com sua vocação?

Isto é o que eles compartilharam conosco.

1
IRMÃ ROSA MARIA LUNA

Congregação: Oblatos da igreja missionária ecumênica

“A vida consagrada serve para dar testemunho ao mundo”.

Para Irmã Rosa, em poucas palavras, a vida consagrada é um estilo de vida que tem como modelo Jesus, casto, pobre e obediente, esse é o seu modelo de vida. É também uma resposta ao apelo a viver esta vida, a conformar-se, a tentar configurar-se cada vez mais com Ele numa vida de fraternidade em comunidade e num carisma especial que o Espírito Santo inspirou em cada fundador da Igreja. .

Comenta que a vida consagrada serve para testemunhar no mundo a presença de Jesus, do Evangelho de forma prática e experiencial. Cada instituto tem o seu carisma pessoal e quer expressar uma parte específica desse rosto de Jesus para o mundo.

«Queremos mostrar aquele Jesus que viu e viveu a divisão do mundo, e viu que ele ia ser dividido por Ele mesmo. Depois, pede ao Pai no último momento, no seu último desejo, a unidade de todos em Cristo. Para isso nos consagramos e por isso rezamos todos os dias ao Pai: ‘para que todos sejamos um’”.

Irmã Rosa, sem hesitar, afirma que está feliz na sua vocação. «Deus meu Senhor, que me chamou sem que eu merecesse, é incrivelmente fiel e em momentos muito específicos ele proporciona e se faz sentir, enchendo-me de alegria e felicidade. “Foi um caminho de aprendizagem, de quedas e retrocessos, mas o que é admirável é a sua fidelidade que não deixa senão o desejo de segui-lo com todo o coração e com todas as forças na vocação cumprida na missão”.

Mônica Muñoz

2
IRMÃ DORIS JIMÉNEZ SIMROTH

Congregação: Oficinas de Oblatos da Santíssima Trindade.

"Se eu nascesse de novo, seria religioso novamente."

Para Irmã Doris, a vida consagrada é uma entrega total a Deus. É uma resposta incondicional a um apelo de amor e uma experiência radical do próprio batismo através da profissão dos conselhos evangélicos; isto através da vida em comunidade, com carisma próprio e na busca da santidade no amor e na dedicação ao próximo.

Ela compartilha que a vida consagrada testemunha Cristo presente na vida da humanidade, oferece às pessoas identidade, oportunidade, aspiração, aprendizagem e, acima de tudo, credibilidade de amor e santidade para tornar credível o testemunho e sentir a civilização do Amor.

Ele felizmente acrescenta à Aleteia que está “extremamente feliz”. "É a melhor coisa que me aconteceu. O chamado do meu Deus para esta entrega incondicional. “Acho que nada melhor poderia ter acontecido comigo nesta vida e, se eu nascesse de novo, seria religioso novamente”.

«Mesmo com as suas adversidades e contratempos, não é nada quando se tem o olhar amoroso de Jesus, é a alegria, a alegria de sentir a sua palavra curativa, o seu encontro curador em cada Eucaristia; e muito menos o amor de Maria que dá segurança ao projeto de vida.

3
IRMÃ LOURDES GONZÁLEZ

Congregação: Discípulos de Maria no Espírito Santo

É viver ao máximo o nosso batismo.

Irmã Lourdes define a vida consagrada como uma vida totalmente entregue a Deus, que só pertence a Ele. É viver plenamente o nosso batismo.

Nos Discípulos de Maria, unidos a Jesus, dão a conhecer o seu amor na nossa vida “para que todos nos voltemos para Ele e nos deixemos amar; e assim alcançar a santidade à qual somos chamados. Acima de tudo, alcance os corações que estão afastados Dele por causa do pecado.

“Estou feliz”, declara antes de acrescentar: “Quando estamos na vocação à qual Jesus nos chama, então podemos ser felizes”.

Fonte: https://es.aleteia.org/

Um grande educador

São João Bosco (UBEC)
31 de janeiro

UM GRANDE EDUCADOR

 Dom Fernando Arêas Rifan
Bispo de  São João Maria Vianney

            “Toda a educação se inspira numa específica concepção do homem. A educação cristã tende a favorecer a realização do homem através do desenvolvimento de todo o seu ser, espírito incarnado, e dos dons da natureza e da graça com os quais foi enriquecido por Deus. A educação cristã está radicada na fé que nos ilumina…” (C. p Educação Católica, 1983). 

             No século XIX, um menino pobre, órfão de pai aos dois anos, que recebeu uma forte educação humana e cristã de sua mãe, Margarida, mulher simples, sem estudos, mas de muita fé, tornou-se o maior educador daquele século e modelo de todos os educadores. Estamos falando do grande São João Bosco, cuja festa celebramos hoje, com os seus filhos salesianos. 

​         Estamos em Turim, Itália, na época do começo da industrialização, com o problema decorrente da imigração juvenil. Inundada de jovens procurando emprego, que nem sempre conseguiam, essa cidade oferecia ocasião para muitas desordens e perigos para essa juventude. É nesse contexto que entra em ação o Padre João Bosco, Dom Bosco, como se chamam os padres na Itália, como hábil organizador de iniciativas, implantando um fantástico sistema educacional que mais tarde se chamaria “sistema preventivo”, fundado na razão, na religião e na amabilidade. E assim ele conquistou a juventude. 

​            Seu sistema de educação consistia em prevenir as quedas, em tirar os jovens das ocasiões de pecado. Vigilância, palavrinha de conselho ao ouvido de cada um, compreensão, amabilidade e amor no trato com os jovens, vida pessoal de oração e uso dos sacramentos da Igreja, eram os seus instrumentos didáticos e pedagógicos. E todos o amavam e procuravam imitar. Não seria esse o melhor método para educar a nossa juventude tão desnorteada hoje?! 

​              Enfrentando ataques violentos dos anticlericais, ele implantou o oratório festivo de Valdocco, enriqueceu-o de laboratórios artesanais e profissionais, com escolas de artes e ofícios para jovens trabalhadores e com escolas humanísticas para os jovens encaminhados ao sacerdócio. Em pouco tempo, já havia oitocentos jovens, provenientes das camadas populares da Itália. E sua obra se espalhou por todo o mundo. 

​             Para assegurar o futuro de sua obra, fundou a Pia Sociedade de São Francisco de Sales, os Salesianos, e, com a ajuda da Irmã Maria Mazzarello, o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, das quais temos ilustres representantes em nossa cidade, dedicados à educação dos jovens. A eles e a elas a nossa homenagem e imensa gratidão.

​             São João Bosco foi considerado o novo São Vicente de Paulo, pela sua dedicação aos mais carentes. Foi grande escritor de livros populares, sobretudo para os jovens. 

​              Esse grande apóstolo da juventude, exemplo para todos os educadores, faleceu santamente em 31 de janeiro de 1888. Foi proclamado pelo Papa João Paulo II “pai e mestre dos jovens”. Que São João Bosco proteja a nossa juventude! 

            “Toda a educação se inspira numa específica concepção do homem. A educação cristã tende a favorecer a realização do homem através do desenvolvimento de todo o seu ser, espírito incarnado, e dos dons da natureza e da graça com os quais foi enriquecido por Deus. A educação cristã está radicada na fé que nos ilumina…” (C. p Educação Católica, 1983). 

             No século XIX, um menino pobre, órfão de pai aos dois anos, que recebeu uma forte educação humana e cristã de sua mãe, Margarida, mulher simples, sem estudos, mas de muita fé, tornou-se o maior educador daquele século e modelo de todos os educadores. Estamos falando do grande São João Bosco, cuja festa celebramos hoje, com os seus filhos salesianos. 

​         Estamos em Turim, Itália, na época do começo da industrialização, com o problema decorrente da imigração juvenil. Inundada de jovens procurando emprego, que nem sempre conseguiam, essa cidade oferecia ocasião para muitas desordens e perigos para essa juventude. É nesse contexto que entra em ação o Padre João Bosco, Dom Bosco, como se chamam os padres na Itália, como hábil organizador de iniciativas, implantando um fantástico sistema educacional que mais tarde se chamaria “sistema preventivo”, fundado na razão, na religião e na amabilidade. E assim ele conquistou a juventude. 

​            Seu sistema de educação consistia em prevenir as quedas, em tirar os jovens das ocasiões de pecado. Vigilância, palavrinha de conselho ao ouvido de cada um, compreensão, amabilidade e amor no trato com os jovens, vida pessoal de oração e uso dos sacramentos da Igreja, eram os seus instrumentos didáticos e pedagógicos. E todos o amavam e procuravam imitar. Não seria esse o melhor método para educar a nossa juventude tão desnorteada hoje?! 

​              Enfrentando ataques violentos dos anticlericais, ele implantou o oratório festivo de Valdocco, enriqueceu-o de laboratórios artesanais e profissionais, com escolas de artes e ofícios para jovens trabalhadores e com escolas humanísticas para os jovens encaminhados ao sacerdócio. Em pouco tempo, já havia oitocentos jovens, provenientes das camadas populares da Itália. E sua obra se espalhou por todo o mundo. 

​             Para assegurar o futuro de sua obra, fundou a Pia Sociedade de São Francisco de Sales, os Salesianos, e, com a ajuda da Irmã Maria Mazzarello, o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, das quais temos ilustres representantes em nossa cidade, dedicados à educação dos jovens. A eles e a elas a nossa homenagem e imensa gratidão.

​             São João Bosco foi considerado o novo São Vicente de Paulo, pela sua dedicação aos mais carentes. Foi grande escritor de livros populares, sobretudo para os jovens.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Estudo aponta: quem lê vive mais

A leitura reforma as funções cognitivas mais complexas do cérebro — Foto: Getty Images

Especialistas indicam 30 minutos diários de leitura para uma vida mais longeva.

Por Bradesco Seguros

22/01/2024

Ninguém duvida que a leitura estimula o raciocínio, ativa o cérebro, aumenta a imaginação e desenvolve a capacidade de concentração. Mas o que poucos sabem é que, com apenas 30 minutos de prática diária, a vida pode se prolongar por até dois anos. Resultado de uma pesquisa realizada pela Universidade de Yale, nos Estados Unidos, batizada de Um capítulo por dia, que acompanhou 3.635 pessoas 50+ durante 12 anos, foi provado que o exercício cerebral diário faz toda diferença quando o assunto é longevidade.

A explicação para isso está na reorganização neurológica que o hábito promove.

— A leitura reforma as funções cognitivas mais complexas do cérebro —, afirma a neuropsicanalista Priscila Gasparini Fernandes, que completa: — Quando a gente lê, estimula o córtex, que está diretamente ligado a pensamentos, memórias e à consciência.

É como se ela consertasse os neurônios que estão funcionando mal, compara Priscila.

E não são só os livros que têm esse poder.

— Qualquer tipo de exercício mental atua na plasticidade do cérebro”, afirma a expert.

Pode ser um jogo de tabuleiro com estratégias, uma reportagem que desperte o interesse do leitor e até uma série escolhida para maratonar. O importante aqui é que a atividade leve no mínimo 30 minutos e que estimule o raciocínio.

— Nosso poder de absorção de informação dura em média 45 minutos — Por isso, as aulas, em geral, têm esse tempo de duração e são seguidas de intervalos — pontua Priscila, acrescentando que essas pausas são fundamentais para resetar o cérebro e prepará-lo para mais um período de aprendizado.

Mas atenção: a leitura de notícias não entra nessa conta.

— Essa é uma função prática, do dia a dia, que não tem efeito profundo. Portanto, não atinge o córtex e não age em funções cognitivas.

De nada adianta também se prostrar em frente à televisão sem prestar atenção direito em nada. O importante, garante a neuropsicanalista, é o raciocínio estar presente na atividade:

— Ler coisas de seu interesse faz com que você aumente o vocabulário, trabalhe as memórias recentes, a remota e a operacional

NA ESTANTE

Datado de 2016, o estudo coordenado pela Universidade de Yale dividiu os participantes em três grupos — os que não tinham o hábito da leitura, os que liam três horas e meia semanais e os acostumados a ler mais de 30 minutos por dia. Doze anos depois, concluiu-se que o grupo intermediário apresentou 17% menos chance de morrer antes do que os avessos à leitura — número que chegou a 23% entre os devoradores de obras literárias.

Segundo Priscila, qualquer assunto que desperte o interesse do leitor vale para prolongar a existência aqui na Terra. A exceção são os contos muito curtos que, a menos que promovam conexões com a vida do leitor, gerem pensamentos lógicos ou associativos, não preenchem os 30 minutos de exercício diário.

Fonte: https://oglobo.globo.com/

NAZARENO: A dúvida de Pedro, a mão de Jesus (O Nazareno caminha sobre as águas) - (29)

Nazareno (Vatican News)

Cap. 29 - A dúvida de Pedro, a mão de Jesus (O Nazareno caminha sobre as águas)

Os apóstolos não haviam se afastado do Mestre por vontade própria, deixando-o sozinho em Betsaida. Eles estão preocupados com ele, com medo de que as multidões o encontrem. Eles continuaram conversando, mal percebendo a chegada de uma nova tempestade. O barco já estava a muitos quilômetros da terra e era agitado pelas ondas: o vento estava contra. Também dessa vez Jesus não os deixa sozinhos, mas se junta a eles andando sobre as águas. Os discípulos estão assustados, mas ele os tranquiliza e Pedro pede que ele prove que é ele: “Manda que eu vá ao teu encontro sobre as águas”. E Jesus respondeu: “Vem”. Ele também caminha como Jesus na superfície da água, mas então começa a ficar com medo, Pedro grita: "Senhor, salva-me!" e imediatamente Jesus estende a mão, agarra-o e diz: "Homem de pouca fé, por que duvidaste?" Assim que entraram no barco, o vento parou de soprar e todos se prostraram diante dele, dizendo: "Verdadeiramente tu és o Filho de Deus!" Eles finalmente desembarcam em Genesaré, e Jesus se apresenta como o pão da vida: "Se alguém comer deste pão, viverá para sempre, e o pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo". Vendo que muitos de seus seguidores estavam se afastando após essas palavras, ele se volta para os doze apóstolos: "Vocês também querem ir embora?". Simão Pedro lhe respondeu: “Senhor, a quem iremos? Tens palavras de vida eterna e nós cremos e reconhecemos que tu és o Santo de Deus”. 

https://media.vaticannews.va/media/audio/s1/2024/01/29/16/137660046_F137660046.mp3


Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Papa: Quaresma, a humanidade tateia ainda na escuridão das desigualdades

Pegadas impressas na areia do deserto, para o profeta Oséias "o lugar do primeiro amor", onde Deus educa o seu povo para a liberdade (Vatican News)

Em sua mensagem para a Quaresma 2024, Francisco reconhece que a humanidade de hoje atingiu “níveis de desenvolvimento científico, técnico, cultural e jurídico capazes de garantir dignidade a todos”, mas o risco é que, sem rever os estilos de vida, se caia na “escravidão” de práticas que arruínam o planeta e alimentam as desigualdades.

Mariangela Jaguraba - Vatican News

Foi divulgada, nesta quinta-feira (1°/02), a mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2024 sobre o tema "Através do deserto, Deus guia-nos para a liberdade".

Francisco inicia o texto com um versículo do Livro do Êxodo: «Eu sou o Senhor, teu Deus, que te fiz sair da terra do Egito, da casa da servidão». "Assim inicia o Decálogo dado a Moisés no Monte Sinai", escreve o Papa, acrescentando que "quando o nosso Deus se revela, comunica liberdade".

Deserto, lugar do primeiro amor

"O povo sabe bem de que êxodo Deus está falando: traz ainda gravada na sua carne a experiência da escravidão. Como Israel no deserto tinha ainda dentro de si o Egito, também hoje o povo de Deus traz dentro de si vínculos opressivos que deve optar por abandonar. Damo-nos conta disto, quando nos falta a esperança e vagueamos na vida como em terra desolada, sem uma terra prometida para a qual tendermos juntos", sublinha o Papa.

A seguir, Francisco recorda que "a Quaresma é o tempo de graça em que o deserto volta a ser – como anuncia o profeta Oseias – o lugar do primeiro amor. Deus educa o seu povo, para que saia das suas escravidões e experimente a passagem da morte para a vida. Como um esposo, atrai-nos novamente a si e sussurra ao nosso coração palavras de amor".

Ver a realidade

"O êxodo da escravidão para a liberdade não é um caminho abstrato. A fim de ser concreta também a nossa Quaresma, o primeiro passo é querer ver a realidade. Também hoje o grito de tantos irmãos e irmãs oprimidos chega ao céu", escreve o Pontífice. A seguir, Francisco pergunta: o grito desses nossos irmãos e irmãs "chega também a nós? Mexe conosco? Comove-nos? Há muitos fatores que nos afastam uns dos outros, negando a fraternidade que originariamente nos une".

A este propósito, o Papa recorda sua viagem a Lampedusa, em 8 de julho de 2013, ressaltando que à globalização da indiferença ele contrapôs duas perguntas, que se tornam cada vez mais atuais: «Onde estás?» e «Onde está o teu irmão?». Segundo Francisco, "o caminho quaresmal será concreto, se, voltando a ouvir tais perguntas, confessarmos que hoje ainda estamos sob o domínio do Faraó. É um domínio que nos deixa exaustos e insensíveis. É um modelo de crescimento que nos divide e nos rouba o futuro. A terra, o ar e a água estão poluídos por ele, mas as próprias almas acabam contaminadas por tal domínio. De fato, embora a nossa libertação tenha começado com o Batismo, permanece em nós uma inexplicável nostalgia da escravidão. É como uma atração para a segurança das coisas já vistas, em detrimento da liberdade".

A Quaresma é tempo de conversão, tempo de liberdade

Segundo o Pontífice, "o êxodo pode ser interrompido: não se explicaria de outro modo porque é que tendo uma humanidade chegado ao limiar da fraternidade universal e a níveis de progresso científico, técnico, cultural e jurídico capazes de garantir a todos a dignidade, tateie ainda na escuridão das desigualdades e dos conflitos".

"Deus não se cansou de nós. A Quaresma é tempo de conversão, tempo de liberdade. O próprio Jesus foi impelido pelo Espírito para o deserto a fim de ser posto à prova na sua liberdade. O deserto é o espaço onde a nossa liberdade pode amadurecer numa decisão pessoal de não voltar a cair na escravidão. Na Quaresma, encontramos novos critérios de juízo e uma comunidade com a qual avançar por um caminho nunca percorrido", escreve ainda Francisco, ressaltando que "isto comporta uma luta: assim nos dizem claramente o livro do Êxodo e as tentações de Jesus no deserto".

Mais temíveis que o Faraó são os ídolos

De acordo com Francisco, "mais temíveis que o Faraó são os ídolos: poderíamos considerá-los como a voz do inimigo dentro de nós. Poder tudo, ser louvado por todos, levar a melhor sobre todos: todo o ser humano sente dentro de si a sedução desta mentira. É uma velha estrada. Assim podemos apegar-nos ao dinheiro, a certos projetos, ideias, objetivos, à nossa posição, a uma tradição, até mesmo a algumas pessoas. Em vez de nos pôr em movimento, nos paralisam. Em vez de nos fazer encontrar, nos dividem".

Porém, "existe uma nova humanidade, o povo dos pequeninos e humildes que não cedeu ao fascínio da mentira. Enquanto os ídolos tornam mudos, cegos, surdos, imóveis aqueles que os servem, os pobres em espírito estão imediatamente disponíveis e prontos: uma força silenciosa de bem que cuida e sustenta o mundo".

Agir é também parar

"É tempo de agir e, na Quaresma, agir é também parar: parar em oração, para acolher a Palavra de Deus, e parar como o Samaritano na presença do irmão ferido", sublinha o Papa. Segundo ele, "a oração, esmola e jejum não são três exercícios independentes, mas um único movimento de abertura, de esvaziamento: lancemos fora os ídolos que nos tornam pesados, fora os apegos que nos aprisionam. Então o coração atrofiado e isolado despertará".

Quaresma, tempo de decisões comunitárias

Segundo o Papa, "a forma sinodal da Igreja, que estamos redescobrindo e cultivando nestes anos, sugere que a Quaresma seja também tempo de decisões comunitárias, de pequenas e grandes opções contracorrente, capazes de modificar a vida quotidiana das pessoas e a vida de toda uma coletividade: os hábitos nas compras, o cuidado com a criação, a inclusão de quem não é visto ou é desprezado".

"Na medida em que esta Quaresma for de conversão, a humanidade extraviada sentirá um abalo de criatividade: o lampejar de uma nova esperança", escreve ainda o Papa, recordando as suas palavras dirigidas aos jovens da JMJ de Lisboa, no verão passado: «Procurai e arriscai; sim, procurai e arriscai. Neste momento histórico, os desafios são enormes, os gemidos dolorosos: estamos vivendo uma terceira guerra mundial feita aos pedaços. Mas abracemos o risco de pensar que não estamos numa agonia, mas num parto; não no fim, mas no início de um grande espetáculo. E é preciso coragem para pensar assim».

"É a coragem da conversão, da saída da escravidão. A fé e a caridade guiam pela mão esta esperança menina. Elas a ensinam a caminhar e, ao mesmo tempo, ela as puxa para a frente", conclui a mensagem do Papa.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF