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sábado, 3 de fevereiro de 2024

O Conselho Pastoral Paroquial

Conselho Pastoral Paroquial (Paróquia São Pedro Tarouca)

O Conselho Pastoral Paroquial

Um dos institutos jurídicos presentes na nova codificação canônica que representa uma importante forma de participação ativa dos fiéis leigos na vida e missão da Igreja é o conselho pastoral paroquial, que aparece como uma novidade na legislação da Igreja no c. 536 do atual Código de Direito Canônico, e é apresentado da seguinte forma: 

§1. A juízo do Bispo diocesano, ouvido o conselho presbiteral, se for oportuno, seja constituído em cada paróquia o conselho pastoral, presidido pelo pároco, no qual os fiéis ajudem a promover a ação pastoral, juntamente com os que participam do cuidado pastoral em virtude do próprio ofício.

§2. O conselho pastoral tem somente voto consultivo e se rege pelas normas estatuídas pelo Bispo diocesano.

Ao Bispo diocesano corresponde estabelecer as regras relativas à composição e atividade do conselho pastoral paroquial, que devem incluir: a presidência do pároco (portador do princípio hierárquico), o valor consultivo das decisões, a participação daqueles que, por ofício, auxiliam ao pároco na cura pastoral da paróquia (vigários paroquiais, diáconos, e representantes – não necessariamente os coordenadores – dos diversos grupos ativos na paróquia), a duração da participação dos membros no conselho, número máximo e mínimo de membros, etc.

Os conselhos pastorais têm adquirido uma presença cada vez maior na atividade cotidiana das paróquias, constituindo-se em uma das instâncias mais propícias para a implicação dos leigos nas atividades paroquiais. Por um lado, ele permite ao pároco dar a conhecer aos leigos que colaboram com ele as reais necessidades da paróquia, e, por outro, oferece a estes mesmos fiéis uma ocasião propícia para comunicar ao pároco e suas perspectivas e anseios sobre a paróquia.

Para evitar uma compreensão equivocada acerca do papel do conselho pastoral paroquial, é importante esclarecer que – conforme prevê o c. 536 §2 – ele possui apenas caráter consultivo na administração da paróquia, ou seja, as decisões pastorais últimas sempre se encontram sob a responsabilidade do pároco. Isso não quer dizer que a intervenção dos leigos neste caso seja, assim, menos valorizada, senão que a competência última do governo de uma paróquia recai sobre seu pároco, que, em virtude da ordenação sagrada e do ofício que recebeu da Igreja, foi constituído pastor próprio de tal parcela do povo de Deus.

Por outro lado, isso não implica que o pároco tenha uma liberdade para governar com justiça sem ter em conta o parecer de seus paroquianos (o sensus Ecclesiae), já que os fiéis têm o direito de manifestar – e os Pastores o correlato dever de ouvir –  aos Pastores da Igreja as próprias necessidades, principalmente espirituais, e os próprios anseios (cfr. c. 212 §2).

Juntamente com o conselho pastoral paroquial existem diversos outros modos de colaboração dos fiéis leigos com o ministério dos sacerdotes. Gostaria de indicar aqui a leitura de uma importante Instrução do Magistério a respeito. Trata-se da Instrução “Ecclesiae de Mysterio”, feita em conjunto entre vários dicastérios da Cúria Romana, acerca da colaboração dos fiéis leigos no sagrado ministério dos sacerdotes, de 15 de agosto de 1997.

Pe. Demétrio Gomes

Arquidiocese de Niterói – RJ

Fonte: https://presbiteros.org.br/

Encontro Mundial dos Párocos em preparação à segunda Sessão do Sínodo

Santa Missa com ordenações sacerdotais presidida pelo Papa Francisco em 25/04/2021 (Vatican Media)

O encontro mundial “Os párocos para o Sínodo. Um encontro internacional", reunirá em Roma, de 28 de abril a 2 de maio, 300 párocos escolhidos pelas Conferências Episcopais e pelas Igrejas Orientais Católicas, com o objetivo de ouvir e valorizar a experiência que vivem nas respetivas Igrejas locais e oferecer-lhes a oportunidade de experimentar o dinamismo do trabalho sinodal a nível universal.

Vatican News

A Secretaria Geral do Sínodo e o Dicastério para o Clero, em colaboração com o Dicastério para a Evangelização (setor para a primeira evangelização e as novas Igrejas particulares) e com o Dicastério para as Igrejas Orientais, promovem um encontro mundial de escuta, oração e discernimento para representantes dos Párocos, intitulado "Párocos em vista do Sínodo: encontro internacional”.

Tomarão parte trezentos párocos, escolhidos pelas Conferências Episcopais e pelas Igrejas Orientais Católicas, com o objetivo de ouvir e avaliar a experiência, que vivem em suas respetivas Igrejas locais. Assim, os participantes terão a oportunidade de encarnar o dinamismo do trabalho sinodal em nível universal.

A iniciativa realiza-se pelo desejo expresso pelos participantes na Primeira Sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos (4-29 de outubro de 2023). No Relatório de Síntese, eles destacaram a necessidade de “descobrir métodos para envolver, de modo mais ativo, diáconos, sacerdotes e bispos no processo sinodal, durante o próximo ano; uma Igreja sinodal não pode prescindir das suas vozes, experiências e contribuição”.

O encontro mundial envolverá os participantes, de modo ativo, com mesas redondas, a fim de partilhar suas boas práticas, workshops de propostas pastorais, diálogo com especialistas, celebrações litúrgicas.

O encontro internacional de Párocos se realizará de domingo, 28 de abril, a quinta-feira, 2 de maio de 2024, na sede da “Fraterna Domus” de Sacrofano, na periferia de Roma. O encontro será coroado, no último dia de trabalhos, com uma audiência concedida pelo Santo Padre.

O número de participantes foi decidido segundo um critério semelhante ao da eleição dos membros da Assembleia Sinodal.

Para a Igreja de Rito Latino, com base no número de membros de cada Conferência Episcopal, poderá participar 1 representante de cada Conferência Episcopal, no máximo 25 membros; 2 representantes das Conferências Episcopais, que têm de 26 a 50 membros; 3 para as que tenham de 51 a 100 membros; 4 para as com mais de 100 membros. Além do mais, participará um Pároco de cada continente, representando as jurisdições eclesiásticas, sem Conferência Episcopal.

Para as Igrejas Orientais Católicas, poderão participar: 1 representante, para cada Sínodo dos Bispos ou Conselho da Hierarquia das Igrejas Orientais Católicas, no máximo 25 membros; 2 representantes para cada Sínodo ou Conselho, que tenha de 26 a 50 membros; 3 representantes para cada Sínodo ou Conselho com mais de 50 membros.

Para a escolha dos participantes, as Conferências Episcopais e as Igrejas Orientais Católicas deverão levar em conta, na medida do possível, os seguintes critérios: dar preferência aos párocos, que tenham uma experiência significativa, na perspectiva de uma Igreja sinodal; favorecer certa variedade de contextos pastorais de proveniência: ambiente rural, urbano, contextos socioculturais específicos etc.

O programa definitivo do encontro mundial, ainda em elaboração, será enviado aos Párocos, escolhidos pelas Conferências Episcopais ou Igrejas Orientais Católicas, até o próximo dia 15 de março. No programa estará incluído também um encontro de diálogo com o Santo Padre.

Os resultados do encontro contribuirão para a elaboração do “Instrumentum laboris”, documento de trabalho, para a Segunda Sessão da Assembleia Sinodal em outubro de 2024.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Da Constituição Pastoral Gaudium et spes sobre a Igreja no mundo de hoje, do Concílio Vaticano II

A atividade humana (Blog Marcelo Coruja)

Da Constituição Pastoral Gaudium et spes sobre a Igreja no mundo de hoje, do Concílio Vaticano II (N. 35-36)

(Séc. XX)

A atividade humana

A atividade humana origina-se no homem e para o homem se ordena. De fato, ao trabalhar, o homem não apenas modifica os seres e a sociedade, mas aperfeiçoa-se a si também. Aprende muitas coisas, desenvolve suas faculdades, sai de si mesmo e se supera.

Este crescimento, se bem entendido, vale muito mais que toda a riqueza que possa ajuntar. O homem vale mais pelo que é do que pelo que tem.

Igualmente, tudo quanto os homens fazem para obter maior justiça, fraternidade mais larga e uma ordem mais humana nas relações sociais, tem maior valor do que os progressos técnicos. Estes podem proporcionar base material para a promoção humana, mas, por si sós, não conseguem realizá-la.

Esta é, pois, a norma da atividade humana: que corresponda ao genuíno bem da humanidade, de acordo com o desígnio de Deus, e permita ao homem, como indivíduo ou como membro da sociedade, a plena realização de sua vocação.

Contudo, muitos contemporâneos parecem temer um vínculo muito estreito entre a atividade humana e a religião. Vêem nisso um perigo para a autonomia das pessoas, das sociedades e das ciências. Se por autonomia das realidades terrenas entendemos que toda criatura e as sociedades gozam de leis e de valores próprios, que o homem deve gradualmente reconhecer, utilizar e organizar, tal exigência de autonomia é plenamente legítima. Não só é exigida pelos homens de hojemas concorda com a vontade do Criador. Em virtude mesmo da criação todas as coisas possuem consistência própria, verdade, bondade, leis e ordens específicas. Deve o homem respeitá-las reconhecendo os métodos próprios de cada ciência e técnica.

Seja-nos, portanto, permitido deplorar certas atitudes existentes mesmo entre cristãos, insuficientemente advertidos da legítima autonomia da ciência, que levaram, pelas tensões e controvérsias suscitadas, muitos espíritos a julgar que a fé e a ciência se opõem.

Se, porém, por “autonomia das realidades temporais” se entende que as criaturas não dependem de Deus e que o homem pode usar delas sem qualquer referência ao Criador, quem reconhece a Deus não pode deixar de perceber a que ponto é falsa esta afirmação.

 Porque, sem o Criador, a criatura se reduz a nada.

Fonte: https://liturgiadashoras.online/

"Para a validade dos sacramentos, as fórmulas e a matéria não podem ser modificadas"

Na Festa do Batismo do Senhor, Papa Francisco batiza algumas crianças na Capela Sistina (Vatican Media)

Diante da perpetuação dos abusos litúrgicos, com a Nota “Gestis verbisque” o Dicastério para a Doutrina da Fé reitera que as palavras e os elementos estabelecidos no rito essencial de cada sacramento não podem ser alterados, porque neste caso o sacramento não existe.

Vatican News

Intitula-se “Gestis verbisque” a Nota do Dicastério para a Doutrina da Fé publicada neste sábado, 3 de fevereiro. Um texto discutido e aprovado pelos cardeais e bispos membros na recente Plenária do Dicastério e, portanto, aprovado pelo Papa Francisco, com o qual se reitera que as fórmulas e os elementos materiais estabelecidos no rito essencial do sacramento não podem ser alterados por vontade própria em nome da criatividade. Assim fazendo, de fato, o próprio sacramento não é válido e, portanto, nunca existiu.

A apresentação de Fernández

Na apresentação do documento, o cardeal Victor Fernández, prefeito do Dicastério, explica a sua gênese, isto é, «o multiplicar-se de situações em que se era obrigado a constatar a invalidade dos sacramentos celebrados» com modificações que «tinham depois levado à necessidade de rastrear as pessoas envolvidas para repetir o rito do batismo ou da crisma e um número significativo de fiéis expressou corretamente a sua preocupação».

São citadas como exemplo as alterações na fórmula do batismo, por exemplo: «Eu te batizo em nome do Criador...» e «Em nome do pai e da mãe... nós te batizamos». Circunstâncias que preocuparam também alguns sacerdotes ,que «tendo sido batizados com fórmulas deste tipo, descobriram dolorosamente a invalidade da sua ordenação e dos sacramentos celebrados até então».

O cardeal explica que «enquanto em outros âmbitos da ação pastoral da Igreja se dispõe de amplo espaço para a criatividade», no âmbito da celebração dos sacramentos isso «transforma-se antes em uma “vontade manipuladora”».

Prioridade ao agir de Deus

«Com eventos e palavras intimamente interligadas – lê-se na Nota doutrinária – Deus revela e realiza o seu plano de salvação para cada homem e mulher». Infelizmente «deve-se constatar que a celebração litúrgica, em particular a dos sacramentos, nem sempre se realiza em plena fidelidade aos ritos prescritos pela Igreja». A Igreja «tem o dever de assegurar a prioridade do agir de Deus e de salvaguardar a unidade do Corpo de Cristo naquelas ações que não têm igual porque são sagradas «por excelência» com uma eficácia garantida pela ação sacerdotal de Cristo». A Igreja é além disso «consciente de que administrar a graça de Deus não significa apropriar-se dela, mas tornar-se instrumento do Espírito no transmitir o dom de Cristo pascal. Ela sabe, em particular, que a sua potestas em relação aos sacramentos para diante da sua substância” e que “nos gestos sacramentais ela deve salvaguardar os gestos salvíficos que Jesus lhe confiou”.

Matéria e forma

A Nota explica, portanto, que «a matéria do sacramento consiste na ação humana por meio da qual Cristo age. Nela, às vezes, está presente um elemento material (água, pão, vinho, óleo), outras vezes um gesto particularmente eloquente (sinal da cruz, imposição de mãos, imersão, infusão, consentimento, unção)”.

Quanto à forma do sacramento, ela «é constituída pela palavra, que confere um significado transcendente à matéria, transfigurando o significado ordinário do elemento material e o sentido puramente humano da ação realizada. Tal palavra inspira-se sempre, em vários graus, na Sagrada Escritura, alicerça suas raízes na viva Tradição eclesial e foi definida com autoridade pelo Magistério da Igreja”. Portanto, matéria e forma “nunca dependeram e não podem depender da vontade de um único indivíduo ou de uma única comunidade”.

Não se pode alterar

O documento reitera que «para todos os sacramentos, em cada caso, sempre foi exigida a observância da matéria e da forma para a validade da celebração, com a consciência de que modificações arbitrárias de uma e/ou de outra – cuja gravidade e força que invalidam são verificadas de tempos em tempos comprometem a efetiva concessão da graça sacramental, com evidente dano aos fiéis”. O que se lê nos livros litúrgicos promulgados deve ser fielmente observado sem “acrescentar, retirar ou alterar nada”.

A arte de celebrar

A liturgia permite a variedade que preserva a Igreja da «rígida uniformidade», como afirma a Constituição conciliar Sacrosanctum Concilium. Mas esta variedade e a criatividade que favorecem uma maior inteligibilidade do rito e a participação ativa dos fiéis, não podem dizer respeito ao que é essencial na celebração dos sacramentos.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Brás

São Brás (A12)
03 de fevereiro
São Brás

São Brás nasceu na Armênia, Turquia, em meados do século III, uma época de perseguição religiosa à Igreja Católica. Foi médico, procurando curar o corpo mas também, através do apostolado, a alma dos seus pacientes.

Por tamanhas virtudes, a comunidade cristã de Sebaste, onde habitava, o elegeu como bispo. Diante das perseguições, deu exemplo de firmeza na fé, exortando os fiéis a perseverar ainda que Licínio, o imperador romano, fizesse muitos mártires em Sebaste (como Eustácio Carcério e os 40 soldados colocados para morrer, nus, num campo gelado). Jesus havia aconselhado que, se perseguidos, os discípulos deveriam fugir para outra cidade (cf. Mt 10,23), Assim fez São Brás, recolhendo-se a um lugar deserto, mas de onde permanecia a pastorear o seu rebanho. Este local foi descoberto e soldados romanos o foram prender; a eles, disse o santo: “Sede benditos, vós me trazeis uma boa-nova: que Jesus Cristo quer que o meu corpo seja imolado como hóstia de louvor”.

Depois de processado e condenado, submeteram-no a cruéis torturas, e em seguida o penduraram num andaime e o deixaram para morrer. Mas como isto não ocorreu, descarnaram os seus ossos usando pentes de ferro; finalmente, o degolaram, pois ainda não havia morrido.

A tradicional bênção de São Brás, ou “bênção da garganta”, concedida pela Igreja neste dia, está relacionada a um dos muitos milagres do santo. Uma mãe, em desespero, lhe apresentou o filho pequeno sufocando, com uma espinha de peixe entalada na garganta. Brás o curou imediata e miraculosamente. A bênção e a iconografia do santo incluem um par de velas que ele segura, cruzadas, pois teria recebido, no calabouço escuro do cativeiro, um par de velas de um amigo, as quais o iluminavam e aqueciam. São Brás é venerado tanto no Ocidente como no Oriente.

::Reze pelos males na garganta na novena de São Brás

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R.

Reflexão:

A barbárie das perseguições aos cristãos dos primeiros séculos ainda hoje nos impressiona, e os mártires de então foram repletos da graça de Deus e de glória, merecendo os nossos louvores até o fim dos tempos. Hoje persistem as perseguições cruentas em alguns lugares do mundo, muitas delas, talvez, tão monstruosas quanto as do início da cristandade, talvez menos divulgadas e conhecidas; e na maior parte do globo existe a perseguição moral, política, ideológica, cultural e midiática, que tanto afasta, de modo mais disfarçado – e por isso, eventualmente, mais perigoso – as almas de Deus. Contra ambas as formas, necessário é que confiemos em Cristo e perseveremos no Seu amor, pois também os impérios mundanos de hoje cairão, e a promessa de Cristo se cumprirá: as portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja (cf. Mt 16,18).

Oração:

Senhor Deus Todo Poderoso, pela intercessão e heroico exemplo de São Brás, concedei-nos a graça da firmeza na Fé, diante de qualquer dificuldade nesta vida, para que possamos, como ele, receber a luz e o calor infinitos do Vosso amor, na verdadeira e definitiva vida futura. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que não hesitou em sofrer por nós o martírio da Cruz, e por Nossa Senhora, Vossa e nossa Mãe, e nossa infalível protetora. Amém.

Fonte: https://www.a12.com/

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

3 freiras nos contam para que serve a vida consagrada

Mônica Muñoz
Por Mónica Muñoz publicado em 01/02/24
Celebramos o dia da vida consagrada e talvez tenhamos uma ideia disso, mas para que serve esta vocação ao mundo? Três freiras nos contam.

O dia 2 de fevereiro é dedicado a uma forma especial de viver a vocação específica que cada um de nós recebe no batismo, que é a vida consagrada. O Catecismo da Igreja Católica diz que:

«O estado de vida consagrada surge, portanto, como uma das formas de viver uma consagração “mais íntima”, que tem as suas raízes no Batismo e é totalmente dedicada a Deus (cf.  PC  5). Na vida consagrada, os fiéis de Cristo propõem-se, sob a moção do Espírito Santo, a seguir mais de perto Cristo, a doar-se a Deus amado acima de tudo e, perseguindo a perfeição da caridade ao serviço do Reino, a significar e anunciar na Igreja a glória do mundo futuro (cf. CIC, cân. 573)” ( CEC 916 ).

Os testemunhos

Trindade69 | Obturador

É interessante notar que existem centenas de institutos, ordens e congregações de vida religiosa, porém, o seu objetivo é o mesmo: evangelizar com carismas próprios e em realidades diversas, sempre com total dedicação aos desígnios de Deus.

Aleteia entrevistou três freiras e fez três perguntas:

1. Pela sua experiência, o que é a vida consagrada?

2. Para que serve isso no mundo?

3. Você está feliz com sua vocação?

Isto é o que eles compartilharam conosco.

1
IRMÃ ROSA MARIA LUNA

Congregação: Oblatos da igreja missionária ecumênica

“A vida consagrada serve para dar testemunho ao mundo”.

Para Irmã Rosa, em poucas palavras, a vida consagrada é um estilo de vida que tem como modelo Jesus, casto, pobre e obediente, esse é o seu modelo de vida. É também uma resposta ao apelo a viver esta vida, a conformar-se, a tentar configurar-se cada vez mais com Ele numa vida de fraternidade em comunidade e num carisma especial que o Espírito Santo inspirou em cada fundador da Igreja. .

Comenta que a vida consagrada serve para testemunhar no mundo a presença de Jesus, do Evangelho de forma prática e experiencial. Cada instituto tem o seu carisma pessoal e quer expressar uma parte específica desse rosto de Jesus para o mundo.

«Queremos mostrar aquele Jesus que viu e viveu a divisão do mundo, e viu que ele ia ser dividido por Ele mesmo. Depois, pede ao Pai no último momento, no seu último desejo, a unidade de todos em Cristo. Para isso nos consagramos e por isso rezamos todos os dias ao Pai: ‘para que todos sejamos um’”.

Irmã Rosa, sem hesitar, afirma que está feliz na sua vocação. «Deus meu Senhor, que me chamou sem que eu merecesse, é incrivelmente fiel e em momentos muito específicos ele proporciona e se faz sentir, enchendo-me de alegria e felicidade. “Foi um caminho de aprendizagem, de quedas e retrocessos, mas o que é admirável é a sua fidelidade que não deixa senão o desejo de segui-lo com todo o coração e com todas as forças na vocação cumprida na missão”.

Mônica Muñoz

2
IRMÃ DORIS JIMÉNEZ SIMROTH

Congregação: Oficinas de Oblatos da Santíssima Trindade.

"Se eu nascesse de novo, seria religioso novamente."

Para Irmã Doris, a vida consagrada é uma entrega total a Deus. É uma resposta incondicional a um apelo de amor e uma experiência radical do próprio batismo através da profissão dos conselhos evangélicos; isto através da vida em comunidade, com carisma próprio e na busca da santidade no amor e na dedicação ao próximo.

Ela compartilha que a vida consagrada testemunha Cristo presente na vida da humanidade, oferece às pessoas identidade, oportunidade, aspiração, aprendizagem e, acima de tudo, credibilidade de amor e santidade para tornar credível o testemunho e sentir a civilização do Amor.

Ele felizmente acrescenta à Aleteia que está “extremamente feliz”. "É a melhor coisa que me aconteceu. O chamado do meu Deus para esta entrega incondicional. “Acho que nada melhor poderia ter acontecido comigo nesta vida e, se eu nascesse de novo, seria religioso novamente”.

«Mesmo com as suas adversidades e contratempos, não é nada quando se tem o olhar amoroso de Jesus, é a alegria, a alegria de sentir a sua palavra curativa, o seu encontro curador em cada Eucaristia; e muito menos o amor de Maria que dá segurança ao projeto de vida.

3
IRMÃ LOURDES GONZÁLEZ

Congregação: Discípulos de Maria no Espírito Santo

É viver ao máximo o nosso batismo.

Irmã Lourdes define a vida consagrada como uma vida totalmente entregue a Deus, que só pertence a Ele. É viver plenamente o nosso batismo.

Nos Discípulos de Maria, unidos a Jesus, dão a conhecer o seu amor na nossa vida “para que todos nos voltemos para Ele e nos deixemos amar; e assim alcançar a santidade à qual somos chamados. Acima de tudo, alcance os corações que estão afastados Dele por causa do pecado.

“Estou feliz”, declara antes de acrescentar: “Quando estamos na vocação à qual Jesus nos chama, então podemos ser felizes”.

Fonte: https://es.aleteia.org/

Um grande educador

São João Bosco (UBEC)
31 de janeiro

UM GRANDE EDUCADOR

 Dom Fernando Arêas Rifan
Bispo de  São João Maria Vianney

            “Toda a educação se inspira numa específica concepção do homem. A educação cristã tende a favorecer a realização do homem através do desenvolvimento de todo o seu ser, espírito incarnado, e dos dons da natureza e da graça com os quais foi enriquecido por Deus. A educação cristã está radicada na fé que nos ilumina…” (C. p Educação Católica, 1983). 

             No século XIX, um menino pobre, órfão de pai aos dois anos, que recebeu uma forte educação humana e cristã de sua mãe, Margarida, mulher simples, sem estudos, mas de muita fé, tornou-se o maior educador daquele século e modelo de todos os educadores. Estamos falando do grande São João Bosco, cuja festa celebramos hoje, com os seus filhos salesianos. 

​         Estamos em Turim, Itália, na época do começo da industrialização, com o problema decorrente da imigração juvenil. Inundada de jovens procurando emprego, que nem sempre conseguiam, essa cidade oferecia ocasião para muitas desordens e perigos para essa juventude. É nesse contexto que entra em ação o Padre João Bosco, Dom Bosco, como se chamam os padres na Itália, como hábil organizador de iniciativas, implantando um fantástico sistema educacional que mais tarde se chamaria “sistema preventivo”, fundado na razão, na religião e na amabilidade. E assim ele conquistou a juventude. 

​            Seu sistema de educação consistia em prevenir as quedas, em tirar os jovens das ocasiões de pecado. Vigilância, palavrinha de conselho ao ouvido de cada um, compreensão, amabilidade e amor no trato com os jovens, vida pessoal de oração e uso dos sacramentos da Igreja, eram os seus instrumentos didáticos e pedagógicos. E todos o amavam e procuravam imitar. Não seria esse o melhor método para educar a nossa juventude tão desnorteada hoje?! 

​              Enfrentando ataques violentos dos anticlericais, ele implantou o oratório festivo de Valdocco, enriqueceu-o de laboratórios artesanais e profissionais, com escolas de artes e ofícios para jovens trabalhadores e com escolas humanísticas para os jovens encaminhados ao sacerdócio. Em pouco tempo, já havia oitocentos jovens, provenientes das camadas populares da Itália. E sua obra se espalhou por todo o mundo. 

​             Para assegurar o futuro de sua obra, fundou a Pia Sociedade de São Francisco de Sales, os Salesianos, e, com a ajuda da Irmã Maria Mazzarello, o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, das quais temos ilustres representantes em nossa cidade, dedicados à educação dos jovens. A eles e a elas a nossa homenagem e imensa gratidão.

​             São João Bosco foi considerado o novo São Vicente de Paulo, pela sua dedicação aos mais carentes. Foi grande escritor de livros populares, sobretudo para os jovens. 

​              Esse grande apóstolo da juventude, exemplo para todos os educadores, faleceu santamente em 31 de janeiro de 1888. Foi proclamado pelo Papa João Paulo II “pai e mestre dos jovens”. Que São João Bosco proteja a nossa juventude! 

            “Toda a educação se inspira numa específica concepção do homem. A educação cristã tende a favorecer a realização do homem através do desenvolvimento de todo o seu ser, espírito incarnado, e dos dons da natureza e da graça com os quais foi enriquecido por Deus. A educação cristã está radicada na fé que nos ilumina…” (C. p Educação Católica, 1983). 

             No século XIX, um menino pobre, órfão de pai aos dois anos, que recebeu uma forte educação humana e cristã de sua mãe, Margarida, mulher simples, sem estudos, mas de muita fé, tornou-se o maior educador daquele século e modelo de todos os educadores. Estamos falando do grande São João Bosco, cuja festa celebramos hoje, com os seus filhos salesianos. 

​         Estamos em Turim, Itália, na época do começo da industrialização, com o problema decorrente da imigração juvenil. Inundada de jovens procurando emprego, que nem sempre conseguiam, essa cidade oferecia ocasião para muitas desordens e perigos para essa juventude. É nesse contexto que entra em ação o Padre João Bosco, Dom Bosco, como se chamam os padres na Itália, como hábil organizador de iniciativas, implantando um fantástico sistema educacional que mais tarde se chamaria “sistema preventivo”, fundado na razão, na religião e na amabilidade. E assim ele conquistou a juventude. 

​            Seu sistema de educação consistia em prevenir as quedas, em tirar os jovens das ocasiões de pecado. Vigilância, palavrinha de conselho ao ouvido de cada um, compreensão, amabilidade e amor no trato com os jovens, vida pessoal de oração e uso dos sacramentos da Igreja, eram os seus instrumentos didáticos e pedagógicos. E todos o amavam e procuravam imitar. Não seria esse o melhor método para educar a nossa juventude tão desnorteada hoje?! 

​              Enfrentando ataques violentos dos anticlericais, ele implantou o oratório festivo de Valdocco, enriqueceu-o de laboratórios artesanais e profissionais, com escolas de artes e ofícios para jovens trabalhadores e com escolas humanísticas para os jovens encaminhados ao sacerdócio. Em pouco tempo, já havia oitocentos jovens, provenientes das camadas populares da Itália. E sua obra se espalhou por todo o mundo. 

​             Para assegurar o futuro de sua obra, fundou a Pia Sociedade de São Francisco de Sales, os Salesianos, e, com a ajuda da Irmã Maria Mazzarello, o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, das quais temos ilustres representantes em nossa cidade, dedicados à educação dos jovens. A eles e a elas a nossa homenagem e imensa gratidão.

​             São João Bosco foi considerado o novo São Vicente de Paulo, pela sua dedicação aos mais carentes. Foi grande escritor de livros populares, sobretudo para os jovens.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Estudo aponta: quem lê vive mais

A leitura reforma as funções cognitivas mais complexas do cérebro — Foto: Getty Images

Especialistas indicam 30 minutos diários de leitura para uma vida mais longeva.

Por Bradesco Seguros

22/01/2024

Ninguém duvida que a leitura estimula o raciocínio, ativa o cérebro, aumenta a imaginação e desenvolve a capacidade de concentração. Mas o que poucos sabem é que, com apenas 30 minutos de prática diária, a vida pode se prolongar por até dois anos. Resultado de uma pesquisa realizada pela Universidade de Yale, nos Estados Unidos, batizada de Um capítulo por dia, que acompanhou 3.635 pessoas 50+ durante 12 anos, foi provado que o exercício cerebral diário faz toda diferença quando o assunto é longevidade.

A explicação para isso está na reorganização neurológica que o hábito promove.

— A leitura reforma as funções cognitivas mais complexas do cérebro —, afirma a neuropsicanalista Priscila Gasparini Fernandes, que completa: — Quando a gente lê, estimula o córtex, que está diretamente ligado a pensamentos, memórias e à consciência.

É como se ela consertasse os neurônios que estão funcionando mal, compara Priscila.

E não são só os livros que têm esse poder.

— Qualquer tipo de exercício mental atua na plasticidade do cérebro”, afirma a expert.

Pode ser um jogo de tabuleiro com estratégias, uma reportagem que desperte o interesse do leitor e até uma série escolhida para maratonar. O importante aqui é que a atividade leve no mínimo 30 minutos e que estimule o raciocínio.

— Nosso poder de absorção de informação dura em média 45 minutos — Por isso, as aulas, em geral, têm esse tempo de duração e são seguidas de intervalos — pontua Priscila, acrescentando que essas pausas são fundamentais para resetar o cérebro e prepará-lo para mais um período de aprendizado.

Mas atenção: a leitura de notícias não entra nessa conta.

— Essa é uma função prática, do dia a dia, que não tem efeito profundo. Portanto, não atinge o córtex e não age em funções cognitivas.

De nada adianta também se prostrar em frente à televisão sem prestar atenção direito em nada. O importante, garante a neuropsicanalista, é o raciocínio estar presente na atividade:

— Ler coisas de seu interesse faz com que você aumente o vocabulário, trabalhe as memórias recentes, a remota e a operacional

NA ESTANTE

Datado de 2016, o estudo coordenado pela Universidade de Yale dividiu os participantes em três grupos — os que não tinham o hábito da leitura, os que liam três horas e meia semanais e os acostumados a ler mais de 30 minutos por dia. Doze anos depois, concluiu-se que o grupo intermediário apresentou 17% menos chance de morrer antes do que os avessos à leitura — número que chegou a 23% entre os devoradores de obras literárias.

Segundo Priscila, qualquer assunto que desperte o interesse do leitor vale para prolongar a existência aqui na Terra. A exceção são os contos muito curtos que, a menos que promovam conexões com a vida do leitor, gerem pensamentos lógicos ou associativos, não preenchem os 30 minutos de exercício diário.

Fonte: https://oglobo.globo.com/

NAZARENO: A dúvida de Pedro, a mão de Jesus (O Nazareno caminha sobre as águas) - (29)

Nazareno (Vatican News)

Cap. 29 - A dúvida de Pedro, a mão de Jesus (O Nazareno caminha sobre as águas)

Os apóstolos não haviam se afastado do Mestre por vontade própria, deixando-o sozinho em Betsaida. Eles estão preocupados com ele, com medo de que as multidões o encontrem. Eles continuaram conversando, mal percebendo a chegada de uma nova tempestade. O barco já estava a muitos quilômetros da terra e era agitado pelas ondas: o vento estava contra. Também dessa vez Jesus não os deixa sozinhos, mas se junta a eles andando sobre as águas. Os discípulos estão assustados, mas ele os tranquiliza e Pedro pede que ele prove que é ele: “Manda que eu vá ao teu encontro sobre as águas”. E Jesus respondeu: “Vem”. Ele também caminha como Jesus na superfície da água, mas então começa a ficar com medo, Pedro grita: "Senhor, salva-me!" e imediatamente Jesus estende a mão, agarra-o e diz: "Homem de pouca fé, por que duvidaste?" Assim que entraram no barco, o vento parou de soprar e todos se prostraram diante dele, dizendo: "Verdadeiramente tu és o Filho de Deus!" Eles finalmente desembarcam em Genesaré, e Jesus se apresenta como o pão da vida: "Se alguém comer deste pão, viverá para sempre, e o pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo". Vendo que muitos de seus seguidores estavam se afastando após essas palavras, ele se volta para os doze apóstolos: "Vocês também querem ir embora?". Simão Pedro lhe respondeu: “Senhor, a quem iremos? Tens palavras de vida eterna e nós cremos e reconhecemos que tu és o Santo de Deus”. 

https://media.vaticannews.va/media/audio/s1/2024/01/29/16/137660046_F137660046.mp3


Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF