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terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

SAÚDE: Conheça as 5 frutas diuréticas que ajudam a acabar com a retenção de líquidos

Tanto a melancia quanto o melão têm componentes antioxidantes que auxiliam positivamente nas funções renais — Foto: Freepik

Comum no verão, o distúrbio afeta principalmente as mulheres causando aumento de peso.

Por O GLOBO

 — São Paulo

05/02/2024

Incômodo que atinge principalmente as mulheres, a retenção de líquidos é um distúrbio comum que causa acúmulo excessivo de líquidos nos tecidos do corpo. Ela se manifesta em diversas regiões, incluindo pernas, tornozelos, mãos e abdômen. O verão é o período do ano que eles mais aparecem causando inchaço e mal-estar.

Alguns fatores que contribuem para seu surgimento são oscilações hormonais (associadas ao ciclo menstrual, gravidez ou menopausa, em mulheres), ingestão excessiva de industrializados ricos em açúcares e sódio, baixa ingestão hídrica, ingestão de bebidas alcoólicas e calor excessivo.

Alguns medicamentos (corticosteróides, antidepressivos e alguns medicamentos para pressão arterial) também podem causar retenção como efeito colateral. Para diminuir os riscos de ter retenção de líquidos, ou tratar o incomodo, é preciso seguir uma dieta equilibrada e balanceada, com menos ingestão de sal e comidas salgadas ou industrializadas e manter-se bem hidratado.

Há cinco frutas que são diuréticas e são conhecidas por ajudar na ingestão de água, além de ajudar o trabalho dos rins, a produção de urina e a eliminação de sódio ajuda a reduzir o inchaço. Confira:

Melancia

Conhecida como uma das frutas mais hidratantes, a melancia é constituída por 90% de água, com alta concentração de líquidos e minerais com ação diurética. Os antioxidantes presentes na fruta ainda influenciam positivamente a função renal.

Pera

A Pera tem baixo teor de sódio associado ao alto teor de potássio que ajuda a manter o equilíbrio da água dentro e fora da célula. Além disso, a fruta é rica em arbutina, substância encontrada na casca da fruta.

Mirtilos

Essas frutas são ricas em antioxidantes e são utilizadas, por exemplo, para prevenir infecção urinária e outros distúrbios da bexiga. Assim como a Pêra, possui alto teor de potássio e água, o que ajuda na hidratação do corpo.

Abacaxi

Além da grande concentração de água que ajuda na hidratação, a fruta também é rica em potássio que ajuda a manter o equilíbrio da água no corpo, fazendo o alimento ser um excelente diurético e ajudar a manter uma boa função dos rins. O abacaxi também auxilia a eliminar as toxinas graças às suas enzimas digestivas, como a bromelina, que também ajuda no funcionamento do fígado.

Melão

Além de ter baixas calorias, o melão possui bioflavonóides, que são antioxidantes e anti-inflamatórios e pode ser consumido em boas quantidades, ofertando, principalmente, a água ao organismo.

Sintomas da retenção de líquidos

  • Inchaço: geralmente ocorre nas extremidades, pés, tornozelos e pernas. Também em outras áreas, como mãos, abdômen e rosto. Você pode sentir que suas pernas estão mais pesadas do que o normal e também alguma tensão na parte afetada do corpo.
  • Peso: Em um curto período e sem mudanças na alimentação ou no estilo de vida, uma mudança repentina de peso pode estar relacionada à retenção de líquidos.
  • Pele esticada: A pele pode parecer esticada, brilhante ou se você pressionar áreas (assim como nos tornozelos ou coxas) com o polegar, o retorno da cor do sangue é retardado mais do que o normal (permanece mais branco por mais tempo).
Fonte: https://oglobo.globo.com/

Todas as religiões são iguais? Um padre responde

Foto ilustrativa (Shutterstock)

O padre Eduardo Hayen Cuarón, diretor do jornal Presencia da diocese de Ciudad Juárez, no México, responde à pergunta sobre se todas as religiões são iguais, boas e verdadeiras.

Na sua conta na rede social X, o padre respondeu à seguinte pergunta: “Sou uma pessoa de mente aberta e acredito que todas as religiões são iguais; todas são como rios que correm para o mar de um lado ou de outro. Desde que as religiões levem o homem a fazer o bem, qualquer religião é boa e verdadeira, não é mesmo?”

Na sua resposta de domingo (4), o padre Hayen comenta que “é bom ter a mente aberta para tentar perceber tudo de bom que existe nas religiões. Sem dúvida, os muçulmanos são muito dedicados na oração e no jejum; os budistas também mortificam o corpo e as testemunhas de Jeová são tenazes em vender suas revistas batendo de porta em porta.”

“Mas julgar uma religião por alguns elementos bons que ela possa ter não é um critério válido para dizer que é a verdadeira religião. Nem todas as religiões são verdadeiras. Não”, disse o padre.

Segundo Cuarón, “se afirmamos que só existe um Deus, então a verdade divina é uma só e, portanto, uma religião é a verdadeira. Portanto, tome cuidado para não ter a mente tão aberta, tão aberta que acabe ficando em uma confusão espiritual assustadora. Chesterton dizia que “ter a mente aberta é como ter a boca aberta: não é um fim, mas um meio. E o fim – dizia ele – é fechar a boca sobre algo sólido'”.

O padre também disse que em algum momento da sua vida também acreditou “na história de que qualquer religião leva a Deus e que, portanto, não devemos preocupar-nos em encontrar a verdadeira”.

“Muitas religiões ensinam coisas contrárias às de outras religiões, por isso nem todas são verdadeiras. Não se confunda. Se existe apenas um Deus, apenas uma religião é a verdadeira”, continuou ele.

Concluindo, o padre Hayen disse que “viver sempre com a mente aberta pode ser um problema para encontrar algo sólido sobre o qual basear a sua vida. Espero que sua busca seja sincera, pois quando se trata de discernir qual é a verdadeira religião, é preciso ir o mais fundo possível. Se você a encontrar, sua vida terá acertado em cheio”.

Qual é a verdadeira religião?

O Catecismo da Igreja Católica (CIC) reconhece o direito de cada pessoa à liberdade religiosa e diz que é dever dos cristãos despertar em cada pessoa o amor à verdade e ao bem.

número 2.105 do catecismo diz que “o dever de prestar a Deus um culto autêntico diz respeito ao homem individual e socialmente. Esta é ‘a doutrina católica tradicional sobre o dever moral que os homens e as sociedades têm para com a verdadeira religião e a única Igreja de Cristo’".

“É dever social dos cristãos respeitar e despertar em cada homem o amor da verdade e do bem. Esse dever exige que tornem conhecido o culto da única verdadeira religião que subsiste na Igreja católica e apostólica”, continua o CIC.

“Os cristãos são chamados a ser a luz do mundo (28). A Igreja manifesta assim a realeza de Cristo sobre toda a criação, e em particular sobre as sociedades humanas”, diz.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Cultivar uma vida de discípulos de Jesus

Os discípulos de Jesus (CNBB Norte 2)

CULTIVAR UMA VIDA DE DISCÍPULOS DE JESUS

Dom José Gislon
Bispo de Caxias do Sul 

Estimados irmãos e irmãs em Cristo Jesus! Na vida, todos nós temos compromissos, projetos, amigos e sonhos; e gostaríamos de vê-los realizados. Mas a vida também é feita de um dia após o outro, e é nessa pequena fração do dia, que se renova a cada manhã, que a vida vai acontecendo com todas as conquistas, dissabores e glórias. Mas nenhuma vida será completa sem a presença dos outros, porque é no encontro com os outros que nós aprendemos a valorizar as nossas atitudes, que expressam o nosso eu interior, mas também nos apontam as fragilidades que precisamos corrigir, para que a vida não seja marcada mais por desencontros e intrigas, que nos ferem e nos isolam, na família e na comunidade. 

Como cristãos, devemos renovar a nossa adesão ao Evangelho e no seguimento do Mestre Jesus a cada manhã, como os primeiros discípulos às margens do mar da Galiléia. Esse compromisso interior nos ajuda a entender que seguir Jesus é descobrir ou perceber também nos outros a presença do amor de Deus. Tendo presente que na vida de fé, se não anunciarmos e buscarmos o Deus anunciado por Jesus Cristo, será impossível anunciarmos um Deus “Pai” misericordioso e fiel às pessoas que encontramos no peregrinar da vida.  

Viver o discipulado é ser um peregrino, que está sempre em busca da estrada que leva ao encontro do Mestre, e. quando o encontra, não deixa de caminhar com ele, porque sabe que Ele é: o caminho, a verdade e a vida que conduz ao Pai. Por isso, é importante esse começar ou recomeçar a cada dia, contando com a graça de Deus. Quando fecho o meu coração à ação do Espírito Santo e à graça de Deus, começo a percorrer o caminho da autossuficiência, como cristão e discípulo perfeito, que não precisa mais ouvir a palavra de Deus nem participar dos sacramentos ou da vida da comunidade. Essa atitude é um sinal de que não me sinto mais discípulo do Mestre Jesus, e preciso vencer as resistências interiores, para colocar-me novamente a caminho, para encontrá-lo e acolhê-lo, como Senhor da minha vida. 

Muitas vezes encontramos pessoas feridas interiormente e amarguradas por situações que envolvem a família ou a comunidade. Por sentirem-se feridas, acabam se afastando da família e às vezes também da comunidade. A falta de compreensão, de perdão e reconciliação conosco mesmo, com os irmãos e com Deus, acaba consumindo grande parte das energias da nossa vida, nos enfraquecendo fisicamente e nos destruindo espiritualmente. Por isso, o homem reconciliado é um homem renovado, porque tocado pela graça do perdão e da misericórdia de Deus. Ele sente no seu interior que a vida renasce e ganha um novo sentido, nas suas relações com o Senhor, com os familiares e na comunidade. Porque de certa forma ele deixa de ser prisioneiro do rancor e do ódio, para integrar-se na família dos discípulos de Jesus, para viver em paz e promover a paz, que dá um novo sentido à vida, dom de Deus.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Tempo da Criação 2024: "Esperar e agir com a Criação"

O Tempo da Criação de 2024 (Vatican Media)

Uma reflexão teológica inspirada na Carta aos Romanos será o ponto de partida para a celebração anual organizada pelo Movimento Laudato Si’ para rezar e responder ao clamor da Criação. A abertura será em 1º de setembro com um encontro ecumênico, seguido por uma reflexão sobre a eliminação dos combustíveis fósseis.

Vatican News

"Esperar e agir com a Criação". Este é o tema para o Tempo da Criação de 2024, a celebração cristã convocada a cada ano para rezar e responder ao clamor do planeta, que ocorre entre 1º de setembro, dia da Criação, e 4 de outubro, dia de São Francisco de Assis. O tema que guiará o evento de  2024 é "As primícias da esperança", inspirado na Carta aos Romanos (8,19-25). "Os tempos em que vivemos mostram que não nos relacionamos com a Terra como um presente do nosso Criador, mas como um recurso a ser utilizado", afirma um comunicado do Movimento Laudato Si’, organizador da iniciativa. "A Criação sofre" devido ao nosso egoísmo e ações insustentáveis que a prejudicam, mas "nos ensina que a esperança está presente na espera, na expectativa de um futuro melhor".

Trabalhar por um futuro de esperança

No contexto bíblico, "esperar" não significa ficar parado e em silêncio, mas suplicar, clamar e lutar ativamente por uma nova vida em meio às dificuldades. A Criação e todos os seres humanos são chamados a adorar o Criador, trabalhando por um futuro dinâmico de onde possam surgir as primícias da esperança.

Calendário de eventos

Este mês marca o início da fase de "preparação" para o evento ecumênico, uma fase em que os líderes das diversas denominações religiosas se reúnem e convocam suas comunidades para discernir como ouvir e responder ao clamor da Criação juntos. Eis o calendário dos eventos: em junho, um webinar para lançar o "Guia para a Celebração do Tempo da Criação". Em 1º de setembro, haverá o encontro de oração de abertura do Tempo da Criação com líderes religiosos mundiais, enquanto em 21 de setembro será celebrado um dia de mobilização para apoiar o ‘Tratado de não proliferação de combustíveis fósseis’ (FFNPT) e um webinar online para explicar e refletir sobre como eliminá-los. O evento de encerramento está marcado para 4 de outubro e contará com a participação de jovens de todo o mundo.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

A vocação de Maria narrada como se fosse um filme

A Anunciação (Opus Dei)

A vocação de Maria narrada como se fosse um filme

Há filmes que vimos tantas vezes que somos capazes de repetir alguns de seus diálogos de memória. Muitos são ambientados em lugares onde nunca estivemos, mas que nos parecem muito familiares. A anunciação é um desses filmes com os quais temos familiaridade.

20/07/2023

Há dois mil anos existia uma pequena casa de tijolo incrustada na rocha e que foi o cenário em que se realizou o maior acontecimento da história da humanidade. Ainda que não tenhamos ido lá, esse recanto – que nunca teria constado em livros e nem sequer em mapas – foi objeto da imaginação de gerações de cristãos e são incontáveis os artistas que, com mais ou menos verossimilhança, plasmaram-no em suas obras.

Com certeza teremos ouvido muitas vezes o diálogo (cfr. Lc 1, 26-38) que uma jovem de nome Maria e o arcanjo Gabriel, enviado por Deus, mantiveram entre aquelas paredes. Uma troca de palavras à qual podemos voltar sempre (fazemos isso todos os dias ao recitar o ângelus), pois se trata de um ponto alto na aliança entre Deus e os homens.

Um coração que ora

Podemos entrar nesta casa com a imaginação em um dia que está começando a raiar. É uma manhã cálida de primavera e o silêncio ainda reina nas ruelas de Nazaré, interrompido apenas esporadicamente por passos, pelo trote de um burrico ou por um diálogo em voz baixa. Maria, como sempre, acordou cedo. Antes de ir buscar água no poço, gosta de reservar uns minutos à oração. Pode assim elevar o coração a Javé e dar-lhe graças pelo dom de um novo dia. Sua meditação flui como um rio, “manso e largo”[1], sem ruído de palavras. Repete o Shemá Israel[2] e muitas vezes a sua oração é inspirada nos salmos do rei Davi.

Maria sabe que a memória é um componente essencial da fé do povo eleito. É constante na Bíblia a exortação dos escritores sagrados a Israel para que conserve a recordação da providência divina[3]. Ela havia refletido numerosas vezes sobre esses textos: “Nossa Mãe meditara longamente sobre as palavras das mulheres e dos homens santos do Antigo Testamento, que esperavam o Salvador, e sobre os acontecimentos de que tinham sido protagonistas. Admirara aquele cúmulo de prodígios, o esbanjamento da misericórdia de Deus sobre o seu povo”[4]. Habituada como estava desde a infância a conversar com Javé na intimidade do seu coração, considerava a sua proteção paternal e como seu desígnio de salvação ia se desenvolvendo desde o início dos tempos. Havia pedido em sua oração, com insistência, pela vinda do Messias prometido.

Apesar da sua juventude, Maria aprendeu a fazer silêncio para contemplar a presença divina em sua alma. Agrada-lhe ponderar em seu coração[5] os grandes e pequenos acontecimentos, para avaliá-los sob o prisma da Providência. Não surpreende, por isso, pensar que o anjo Gabriel, quando apareceu para fazer-lhe a maior proposta que pode ser feita a uma criatura, a encontrasse recolhida em oração[6]. “Não há melhor forma de rezar do que ficar como Maria em uma atitude de abertura, de coração aberto a Deus: ‘Senhor, o que você quiser, quando você quiser e como você quiser’. Quer dizer, o coração aberto à vontade de Deus”[7].

A humildade da cheia de graça

O mensageiro divino saúda a Maria com reverência e entusiasmo: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo” (Lc 1, 28). O texto sagrado afirma que “ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação” (Lc 1, 29). Não é a visita de um ser angélico que surpreende a Virgem Maria, mas as palavras com as quais se dirige a ela: “O mensageiro, efetivamente, saúda Maria como "cheia de graça"; e chama-lhe assim, como se este fosse o seu verdadeiro nome. Não chama a sua interlocutora com o nome que lhe é próprio segundo o registo terreno: "Miryam" (= Maria); mas sim com este nome novo: "cheia de graça"”[8]. É revelado a ela o nome que Javé pensou para a sua Mãe desde toda eternidade, aquele que melhor a descreve. Por contraste, Ela tem consciência de ser tão pequena diante da grandeza do Criador! E é precisamente esta humildade de Maria que cativa a Deus e a converte em objeto da sua predileção: “O segredo de Maria é a humildade. Foi a humildade que atraiu o olhar de Deus sobre ela. O olhar humano procura sempre a grandeza e fica deslumbrado com o que é ostensivo. Deus, ao contrário, não olha para as aparências, Deus olha para o coração (cf. 1 Sm 16, 7) e a humildade o encanta: a humildade do coração encanta Deus”[9].

Gabriel continua sua embaixada: “Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim” (Lc 1, 30-33). “Ne timeas, Maria! Não temas, Maria! Também podemos considerar essas palavras dirigidas a nós: não tenha medo. São João escreve algo surpreendente em sua primeira carta: "quem teme não é perfeito no amor" (1 Jo 4, 17), que São Josemaría traduzia assim: "quem tem medo, não sabe amar" (Forja, n. 260). Senhor, nós queremos saber amar, crescer no amor”[10].

A jovem, que desde a infância escutou a promessa messiânica, compreende bem as palavras do mensageiro celeste. E apesar de ter feito a promessa de entregar totalmente a Deus a sua alma e o seu corpo, descobre naquele momento que foi a escolhida, entre todas as mulheres de Israel, para converter-se na mãe do Messias. Como faz habitualmente, ela põe em jogo todos os seus talentos para discernir a vontade divina. Abre a inteligência à mensagem recebida e procura compreender como tornar compatível esse pedido de Deus com o desejo que sente no coração de ser toda dele: “Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?” (Lc 1, 34). Não duvida que o plano divino vai se realizar. Desejou sempre seguir a vontade de Javé, mas quer entender como a providência encaminhará os acontecimentos e como ela pode responder com generosidade e com plena adesão do coração. “Maria não foi um instrumento puramente passivo nas mãos de Deus, mas cooperou para a salvação dos homens com fé e obediência livres”[11].

A espera de um sim

Gabriel prossegue: “O Espírito virá sobre ti, e o poder do altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado santo, Filho de Deus” (Lc 1, 35). E acrescenta um dado surpreendente: “Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, porque para Deus nada é impossível” (Lc 1, 36,37). O anjo resolve a dúvida: o fruto do ventre de Maria será obra do Espírito Santo. Nestas simples palavras está contida a primeira revelação da fé trinitária no Novo Testamento. E a Virgem Maria é a primeira criatura a prestar assentimento a esta verdade, que forma o conteúdo central do dogma cristão. Como pregou Santo Agostinho, antes de conceber em seu seio, Maria concebe Jesus em seu coração: “Ela acreditou em Cristo e o concebeu mediante a fé. Realiza-se primeiro a vinda da fé ao coração da Virgem, e a seguir vem a fecundidade ao seio da mãe”[12].

O anjo oferece um sinal à Senhora ao falar da sua prima Isabel, a esposa de Zacarias, sacerdote que mora em Ain-Karim. Isabel também recebeu uma grande graça divina e está a ponto de dar à luz um filho, apesar de ser estéril e de ter ultrapassado há tempo a idade de ser mãe. Maria compreende que Isabel, além de necessitar de sua ajuda no fim de sua gravidez, é a confidente ideal com quem compartilhar a maravilha que Javé está a ponto de realizar em suas entranhas e na sua vida.

A seguir, vem o silêncio. São apenas uns segundos, mas parece que, nesse pequeno quarto, o tempo e a eternidade se fundem, ultrapassando os limites do possível. Toda a história da salvação depende dos lábios de Maria, a redenção de milhões de almas, desde Adão até o último homem que pisar esta terra. O anjo aguarda com expectativa que ela preste o seu consentimento[13]. Maria fecha os olhos por um instante e se recolhe em oração. Compreende agora como os acontecimentos da sua breve existência se encaminharam para aquele momento e todas as peças da sua vida, cada talento e graça recebidos, e inclusive a dor, ganham um sentido novo ao ouvir essa proposta divina. Sabe que não será fácil, pensa em José e também intui que muitos não entenderão a sua situação, mas já comprovou que Deus é capaz de resolver cada prova ou cada obstáculo, como fez com o seu povo durante a travessia no deserto do Sinai, quando dividiu as águas do mar Vermelho. Não se sente digna de um dom tão imenso, alegra-se, porém, de comprovar mais uma vez como o Senhor tem predileção pelos anawin, pelos pequenos. “Ela sobressai entre os humildes e pobres do Senhor, que esperam confiadamente e recebem dele a salvação”[14].

Se não tivesses aberto...

Maria de Nazaré eleva o olhar e fixa os olhos em Gabriel, enquanto um sorriso se esboça em seus lábios. A surpresa, a ternura, e um sutil gesto de emoção aparecem no seu semblante, enquanto responde: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38) “Ao encanto destas palavras virginais, o Verbo se fez carne”[15]. Maria disse que sim e, embora na aparência nada tenha mudado, a partir desse instante o Filho do Altíssimo foi concebido em seu seio. “Nesse momento produz-se o grande milagre: Deus se faz homem”[16]. O céu explode numa festa. E é tanta a felicidade e a pressa de Gabriel, que parece ir embora sem se despedir: “E o anjo afastou-se dela” (Lc 1, 38).

Esta cena revela o imenso amor de Deus por suas criaturas, mas também mostra como conta com a correspondência humana para realizar o seu plano de salvação. Maria faz-nos ver até que ponto Deus ama e respeita a liberdade do homem e deseja a sua colaboração para que a redenção continue a realizar-se em todas as almas. “Ó Maria, nós vemos em vós, a força e a liberdade do homem; pois foi após a deliberação da augusta Trindade, que um anjo vos foi enviado para anunciar o mistério dos conselhos divinos e para solicitar o vosso consentimento. Antes de descer em vosso seio, o Filho de Deus se dirigiu à vossa liberdade; Ele aguardou na soleira de vossa vontade, Ele submeteu à vossa deliberação o desejo de habitar em vós e não teria jamais vivido em vosso seio se vós não tivésseis dito: "Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra" (Lc I, 38 Deus Todo-Poderoso batia à vossa porta, e se vós não lhe tivésseis aberto a vossa vontade, ele não teria tomado a natureza humana”[17].

Nosso agradecimento à santíssima Virgem por ter dito que sim à chamada de Deus nunca será suficiente. Em É Cristo que passa, refletindo sobre “a realidade do carinho de tantos cristãos à Mãe de Jesus”, São Josemaría comenta: “Sempre pensei que este carinho era uma correspondência de amor, uma prova de agradecimento filial. Porque Maria está muito unida à máxima manifestação do amor de Deus: a Encarnação do Verbo”[18].


[1] Caminho, n. 145.

[2] Dt 6, 4.

[3] Cfr. Sl 78 ou Dt 4, 9.

[4] Amigos de Deus, n. 241.

[5] Cfr. Lc 2, 19.51.

[6] Cfr.Santo Rosário, comentário ao primeiro mistério gozoso.

[7] Francisco, Audiência, 18/11/2020.

[8] São João Paulo II, Redemptoris Mater, n. 8.

[9] Francisco, Ângelus, 15/08/2021.

[10] Do Padre, Anotações de uma meditação, 25/03/2023.

[11] Const. Dogmática Lumen Gentium, n. 56.

[12] Santo Agostinho, Sermão 293, PL. 38, 1327.

[13] Um texto que descreve de um modo belíssimo este momento é de autoria de São Bernardo de Claraval, um grande devoto de Santa Maria: Das Homilias em louvor da Virgem Mãe, de São Bernardo, abade; (Hom. 4,8-9: Opera omnia, Edit. Cisterc. 4, [1966], 53-54). Inclui-se na liturgia das horas do dia 20 de dezembro.

[14] Const. Dogmática Lumen gentium, n. 55.

[15] Santo Rosário, comentário ao primeiro mistério gozoso

[16] Do Padre, Anotações de uma meditação, 25/03/2023.

[17] De las Oraciones de santa Catalina de Siena, virgen y doctora (OR, XI, Anunciación 1379).

[18] É Cristo que passa, n. 140.

Fonte: https://opusdei.org/pt-br

Cadernos do Concílio – Volume 3

Cadernos do Concílio (CNBB)

CADERNOS DO CONCÍLIO – VOLUME 3

Cardeal Orani João Tempesta
Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ)

Cadernos do Concílio – Volume 3 

A Tradição  

O terceiro volume do compêndio Cadernos do Concílio Vaticano II trata sobre a Tradição, ou seja, a tradição é tudo aquilo que a Igreja guarda como verdade de fé, perpassando pelos ensinamentos de Jesus e dos apóstolos e a Igreja guarda até aos dias de hoje. Toda a doutrina da Igreja é com base na tradição, seja o Catecismo da Igreja, o Código de Direito Canônico, a doutrina social e moral, e outros documentos da Igreja. A Tradição é considerada o “depósito da fé”. 

Esse depósito da fé também chamado de Revelação, ou seja, revelação de tudo aquilo que Deus falou por meio dos patriarcas e profetas, Jesus e os apóstolos. Tudo isso foi guardado com carinho pela Igreja e ensinados nos primeiros séculos quando deu início a Igreja primitiva. Dessa forma a Tradição tem muito mais de dois mil anos, vem desde o Antigo Testamento, a Igreja guardou tudo isso, e até hoje é passado para todos os fiéis.  

Como acompanhamos nos evangelhos Jesus ensinava como quem tem autoridade, ou seja, vivia aquilo que Ele pregava. Por isso, nos dias de hoje somos chamados a seguir os ensinamentos de Jesus que depois foi passado aos apóstolos e hoje fazem parte da Tradição da Igreja. Inclusive os textos bíblicos sobretudo os evangelhos e demais livros do Novo Testamento foram aprovados pela Tradição e Magistério da Igreja.  

Quando acontece o Sínodo dos Bispos ou até mesmo quando acontece concílios, é o Magistério da Igreja que aprova os documentos estudados ao longo do Concílio ou do Sínodo. Ao longo da história da Igreja aconteceram alguns concílios e alguns marcantes como por exemplo: Nicéia e Constantinopla. Desses dois Concílios, a Tradição e o Magistério da Igreja aprovaram o “Credo Niceno-Constantinopolitano”. Outros concílios com decisões importantes do Magistério da Igreja foram o de Jerusalém e o de Trento. Nesse último aconteceu, por meio da Tradição e Magistério da Igreja, a reforma litúrgica e ministerial. Por fim, outros dois concílios marcantes para a história da Igreja foram o Concílio Vaticano I e o Concílio Vaticano II. Esse último objeto de nosso estudo, completando ano que vem sessenta anos de seu término, tiveram vários documentos aprovados pela Tradição e Magistério da Igreja, além da grande reforma litúrgica e ministerial, também aprovadas pelo Magistério e Tradição da Igreja.  

Mesmo passados quase sessenta anos do Concílio Vaticano II ele ainda precisa ser estudado e colocado em prática. Por isso, a mesma Tradição e o Magistério da Igreja por meio do Papa e dos Bispos resolveram lançar esses livros denominados como Cadernos do Concílio, para que todos os fiéis possam entender um pouco melhor o Concílio e compreender os seus documentos. Por isso, o Papa Francisco declarou esse ano de 2024 como o ano da Oração, em preparação do Jubileu da Esperança no próximo ano.  

A nossa fé católica não deve se resumir somente na Palavra de Deus escrita, ou seja, temos que colocar a nossa fé em prática vivendo aquilo que ali está escrito. Já dizia São Tiago “A fé sem obras é morta” (Tg 2,17). Jesus, o verbo encarnado do Pai, ao longo de sua vida pública viveu aquilo que pregava e nos ensinou a fazer o mesmo. Não podemos pegar a Palavra de Deus como um livro qualquer, mas como a Palavra que se fez carne e habitou entre nós. Nós católicos temos que viver na prática aquilo que está escrito na Palavra. Tornando a nossa fé viva e colocando em prática o que está na Sagrada Escritura, por isso tornaremos presente o Magistério e a Tradição da Igreja. Esses dois têm a missão de incentivar os fiéis a manterem cada vez mais viva a fé.  

A própria Sagrada Escritura tem seu berço na Tradição, pois a Sagrada Escritura foi escrita com base naquilo que Jesus e posteriormente os apóstolos pregaram. Levando em conta que, enquanto Jesus ou os apóstolos pregavam, não havia ninguém com caneta e papel anotando, até porque naquela época ainda nem existiam papel e caneta. No início da Igreja primitiva a única via de fé era a pregação dos apóstolos. Inclusive Jesus deu essa recomendação aos apóstolos: “Ide e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15). Eles pregavam sem ter livros nas mãos. Depois, posteriormente, foi escrito pela Tradição e pelo Magistério da Igreja tudo aquilo que eles pregaram conforme conhecemos hoje. 

Os livros da Sagrada Escritura começaram a ser escritos a partir aproximadamente do ano 50 d.C. com o seu término por volta do ano 100, e chegou até aos fiéis somente no início do primeiro século. A própria Bíblia dá testemunho da Tradição quando diz: “Conservai-vos firmes na fé e guardai as tradições que aprendestes, quer pela nossa pregação, quer pela nossa carta” (2Ts 2, 14); “O que ouviste da minha boca e de muitas testemunhas, confia-o a outros homens fiéis, capazes de instruir os outros” (2Tm 2,2). A Sagrada Escritura é a nossa fonte de fé atualmente, mas não quer dizer que não havia uma fonte de fé quando começou a pregação dos apóstolos no primeiro século. A fonte de fé no início da Igreja primitiva era justamente a pregação dos apóstolos e crer na ressurreição de Jesus.

A Tradição da Igreja continua viva até aos dias de hoje por meio da Sagrada Escritura, e daquilo que anunciamos a partir dela e colocamos em prática. A Tradição também continua viva por meio da pregação e ensinamento do Santo Padre, o Papa Francisco e dos bispos. O Papa é o Vigário de Cristo aqui na terra e os bispos são sucessores dos apóstolos. Cada um de nós pode manter viva a Tradição da Igreja por meio do anúncio da Palavra de Deus e colocando aquilo que anunciamos em prática, e ainda, toda vez que estudamos como estamos fazendo os documentos do Concílio Vaticano II.


Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Ano Jubilar - O tempo litúrgico não é monotonia - Quaresma

Papa na Igreja Santa Sabina em Roma, Quarta-feira de Cinzas em 2023 (Foto: REUTERS/GUglielmo Mangiapane)

“O Ano Litúrgico não é reprodução de um filme sobre acontecimentos do passado, mas a participação na história de Jesus mediante a comunhão com o Ressuscitado ao longo do tempo. Aqueles eventos que a Igreja nos faz celebrar todos os anos não são acontecimentos arquivados no baú da história (...) aquilo que aconteceu uma vez na realidade histórica, a solenidade litúrgica o celebra de modo recorrente e assim o renova no coração dos fiéis".

Jackson Erpen - Cidade do Vaticano

Em preparação à abertura do Ano Jubilar, e atendendo um pedido do Papa Francisco, o Dicastério para a Evangelização lançou no início de 2023 a coletânea sobre o Concílio Vaticano II intitulada “Jubileu 2025 – Cadernos do Concílio”, com o objetivo de promover uma redescoberta do evento conciliar e seu significado para a vida da Igreja em todos esses sessenta anos.

Abrindo um novo ciclo de programas, Pe. Gerson Schmidt* nos propõe hoje a reflexão Ano Jubilar, o tempo litúrgico não é monotonia. Quaresma

"Na publicação dos Cadernos do ConcÍlio do Dicastério para a Evangelização – Seção para as questões Fundamentais da Evangelização no Mundo – o Papa Francisco faz uma introdução geral a esses subsídios ágeis e eficazes, que percorrem os temas fundamentais das quatro constituições conciliares: Lumen GentiumSacrosanctum ConciliumDei Verbum e Gaudium et Spes. São Quatro pilares fundamentais da nossa fé católica e a nossa missão no mundo atual: A Igreja – LG; A liturgia – SC; a Palavra – DV e a Evangelização - GS – A missão da Igreja no mundo atual. Nessa introdução a esses cadernos práticos e acessíveis, de linguagem usual e direta, de fácil compreensão ao povo simples e leigos também engajados, o Papa utiliza um pensamento do Papa Paulo VI na homilia na sétima Sessão Solene do Concilio Vaticano II, por ocasião da promulgação de cinco documentos. São Paulo VI pregava assim em pleno vigor e despontar das conclusões do Concílio, segurando firme a barca de Pedro em pleno mar revolto: “A Igreja vive! A prova está aqui, está aqui o alento, a sua voz, o seu canto. A Igreja vive(...) A Igreja pensa, a Igreja fala, a Igreja cresce, a Igreja continua a edificar-se(...). A Igreja vem de Cristo e vai para Cristo, e estes são os seus passos, isto é, os atos cm que se aperfeiçoa, se confirma, se desenvolve, se renova, se santifica. Todo este esforço perfectivo da Igreja não é outra coisa, se bem se entende, senão uma expressão de amor a Cristo Nosso Senhor”.

O Papa Francisco diz que essas palavras de São Paulo VI nos impelem hoje a considerar a importância do ensinamento conciliar e que retomar esses textos em mãos é sinal da vivacidade e da fecundidade da Igreja. Escreveu assim o Sumo Pontífice na introdução desses cadernos do Concílio: “A renovação das comunidades e o empenho de conversão pastoral passa necessariamente por tornar próprios os ensinamentos do Vaticano II”[1]. O Documento de Aparecida pois fala da conversão pastoral no número 370, traduzindo-a como uma volta decidida à missão, identidade da Igreja: "A CONVERSÃO PASTORAL de nossas comunidades exige que se vá além de uma pastoral de mera conservação para uma pastoral decididamente missionária.  Assim será possível que o único programa do Evangelho continue introduzindo-se na história de cada comunidade eclesial com novo ardor missionário, fazendo com que a Igreja se manifeste como mãe que vai ao encontro, uma casa acolhedora, uma escola permanente de comunhão missionária"(Texto conclusivo da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe – Aparecida, 370).

A Igreja vive, a partir da Quarta-feira de Cinzas, um novo tempo litúrgico, o Tempo da Quaresma, caminhada de conversão, oração, jejum, penitência e caridade, expressada concretamente pela esmola que fazemos, na partilha dos bens com alegria e compromisso com os pobres. No Brasil é tempo forte para uma grande Campanha de Caridade e busca de justiça chamada “Campanha da Fraternidade”, que faz aguçar a solidariedade num setor um tanto esquecido na sociedade.

Nos cadernos do Concílio, de número 13 das Edições da CNBB, aponta-se que “o Ano Litúrgico não é reprodução de um filme sobre acontecimentos do passado, mas a participação na história de Jesus mediante a comunhão com o Ressuscitado ao longo do tempo. Aqueles eventos que a Igreja nos faz celebrar todos os anos não são acontecimentos arquivados no baú da história, porque – como dizia São Leão Magno – “aquele dia não passou de tal maneira que também passasse a força interior na obra que então foi realizada pelo Senhor”. E santo Agostinho argumenta: “aquilo que aconteceu uma vez na realidade histórica, a solenidade litúrgica o celebra de modo recorrente e assim o renova no coração dos fiéis”. Essa Passagem e essa Páscoa Cristo quer realizar entre nós por meio dos diversos tempos litúrgicos em que vivemos, celebramos e neles ressuscitamos. A repetição dos ciclos litúrgicos não deve ser vista como “uma monotonia, como se fosse um eterno retorno dos mesmos eventos salvíficos, mas como uma abertura progressiva rumo ao eterno infinito de Deus”. São Leão Magno gostava de dizer que “no retorno cíclico de cada ano, o mistério da nossa salvação é reatualizado para nós: mistério que, prometido desde o início e finalmente levado a cumprimento, continuará sem nunca terminar”[2].

*Padre Gerson Schmidt foi ordenado em 2 de janeiro de 1993, em Estrela (RS). Além da Filosofia e Teologia, também é graduado em Jornalismo e é Mestre em Comunicação pela FAMECOS/PUCRS.
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[1] Cadernos do Concílio, Jubileu 2025, n.1, O Vaticano II, História e Significado para a Igreja, Edições CNBB, p. 7-8.
[2] Cadernos do Concílio, Jubileu 2025, n.13. Os tempos fortes do Ano Litúrgico, Edições CNBB, p. 11.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF