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domingo, 3 de março de 2024

Tão livre, tão obediente - Parte 1

Gianna Beretta Molla de férias em Courmayeur, Aosta (30Giorni)

Revista 30Dias – 03/2004

Tão livre, tão obediente

História de Gianna Beretta Molla, a primeira mãe da era moderna a ser proclamada santa.

por Stefania Falasca

Numa nota, estas linhas: «Uma coisa é certa: temos sido objeto de predileção desde toda a eternidade. Tudo se desenvolve para um fim pré-estabelecido. Para cada um de nós Deus traçou o caminho, a vocação: além da vida física, a vida da graça... A nossa felicidade terrena e eterna depende de seguirmos bem a nossa vocação. É um dom de Deus, portanto vem de Deus, devemos entrar nesse caminho: primeiro, se Deus quiser, segundo, quando Deus quiser, terceiro, como Deus quiser. As dificuldades são muitas, mas com a Sua ajuda devemos caminhar sempre sem medo. Que se morrêssemos na luta pela nossa vocação, esse seria o melhor dia das nossas vidas”.

Gianna escreveu essas poucas linhas em um caderno escolar quando tinha dezoito anos. Ela morreu antes dos quarenta anos. Oferecendo sua vida pela de sua quarta filha. Ela será canonizada no dia 16 de maio. Ela é a primeira mãe da era moderna a subir às honras dos altares.

Uma “kamikaze da vida”, alguns não hesitaram em defini-la, argumentando sobre a adequação da sua causa. Outros, porém, devido ao seu gesto heróico como mãe, fizeram dela uma defensora dos antiaborto. Mas quantas mães admiráveis ​​fizeram o mesmo sacrifício... Não. Este último ato por si só não pode ser a chave de tudo. Quando Paulo VI, recolhendo informações sobre a sua vida, expressou a esperança de vê-la nos altares, não tinha outro propósito senão mostrar-nos um caminho muito simples. Nenhum outro desejo senão deixar-nos sequestrar, mergulhando plenamente no próprio coração da santidade cristã. Através da experiência diária desta mulher.

A extraordinária história de Gianna Beretta Molla começa aqui. 

Não poderemos fazer o bem se não tivermos a graça dentro de nós

“Uma mulher muito normal”, descreve o marido, o engenheiro Pietro Molla. «Equilibrada, inteligente, moderna. Ela respeitava sua profissão, amava as montanhas, gostava de roupas bonitas, flores e música. Em sua vida Gianna nunca buscou a renúncia pela renúncia, ela não fez, na minha opinião, nem pretendia fazer nada fora do comum, excepcional. Não sabia que tinha uma santa ao meu lado...". Estas foram as suas primeiras palavras depostas no interrogatório do julgamento. Afinal, como podemos culpá-lo «se por santidade entendemos fazer grandes coisas, penitências extraordinárias». “Na vida da minha esposa”, acrescenta ele, “não houve nenhum”. Até as fases da sua vida são as de muitos. Depois de terminar o ensino médio, matriculou-se na Universidade Estadual de Milão, em 1949 formou-se em medicina e cirurgia, em 1950 abriu uma clínica em Magenta, em 1952 especializou-se em pediatria, em 1955 casou-se. Família e trabalho. Estas foram suas ocupações diárias até sua morte.

Gianna cresceu em uma família numerosa. Com um pai e uma mãe de quem deixa um legado de fé simples e bela. Três de seus irmãos abraçarão a vida religiosa. Dois se tornarão médicos e um deles partirá como missionário para o Brasil, fundando um hospital. E foi para seguir os seus passos que se matriculou na medicina. Tanto que, ao terminar os estudos, chega a pensar em se juntar ao irmão como médico voluntário. Antes de decidir, pede conselho ao pároco. “Mas por que você quer ir tão longe?” ele lhe pergunta: «Tem muitos malucos que se casam e você, sendo uma boa filha, quer ir embora?». Escreveu ao irmão: «Não virei ao Brasil por enquanto, Deus providenciou de outra forma». Em 54, num concerto de fim de ano, conheceu Pietro. No ano seguinte eles se casam. Eles vão morar em Ponte Nuovo, perto de Magenta. Ele trabalha como gerente em uma fábrica. Numa das suas primeiras cartas, escreveu-lhe: «Querido Pedro, o Senhor ama-me muito. Eu estou realmente feliz. Tudo o que somos e temos é apenas uma dádiva da Sua bondade divina. Aqui está o segredo da felicidade: viver momento a momento, momento a momento, abandonando-nos sem reservas à ação da Sua graça."

As crianças chegaram uma após a outra. “Estávamos envelhecendo”, diz o marido, “e Gianna não queria ser uma mãe muito velha para eles”. A cada nascimento, como agradecimento, enviava ofertas, fruto de suas economias, ao irmão missionário no Brasil. «Desde o início da nossa união» diz o marido «havíamos decidido que cada um de nós não poderia mudar de emprego, eu como gerente industrial e ela como médica, e isso foi conseguido sem confrontos, exceto pelos sacrifícios necessários em ambos lados ». Gianna continua assim a praticar incansavelmente o seu trabalho como médica até ao fim. «Ela era muito respeitada e querida pelos seus pacientes» recorda a enfermeira que a atendeu. «Sempre disponível para todos, mesmo quando era chamada com urgência à noite, mesmo na última gravidez sempre esperou prontamente. Lembro-me de uma vez que ela recebeu três ligações na mesma noite. Muitas vezes traziam os doentes para esperá-la ao pé da escada, por gentileza para com ela e sua condição. Se o paciente fosse pobre, Gianna, além da visita gratuita, dava-lhe remédios ou dinheiro. Continuou a cuidar dos doentes com naturalidade e dedicação até ao dia anterior à sua última entrada na clínica.” Numa nota Gianna escreve: «Quão precioso é o nosso trabalho. Temos oportunidades que o padre não tem... temos corpos para cuidar, mas quando os remédios não servem mais, há a alma para levar a Deus”.

Fonte: https://www.30giorni.it/

Papa: "fazer ao nosso redor mais casa e menos mercado, espalhar a fraternidade”

Angelus - Papa Francisco (VATICAN MEDIA Divisione Foto)

Francisco reza a Oração mariana do Angelus com os fiéis reunidos na Praça São Pedro e recorda a advertência de Jesus: "não façam da casa de meu Pai um mercado".

Silvonei José – Vatican News

"O convite para o nosso caminho de Quaresma é fazer com que em nós e ao nosso redor haja mais casa e menos mercado. Antes de tudo, em direção a Deus. Rezando muito,  como filhos que batem incansavelmente e com confiança à porta do Pai, e não como vendedores avaros e desconfiados. E depois, espalhando a fraternidade. Há necessidade". Foi o que disse o Papa Francisco no Angelus deste Terceiro Domingo da Quaresma, na Praça São Pedro.

O Evangelho de hoje – disse o Santo Padre na alocução que precedeu o Angelus - nos mostra uma cena dura: Jesus que expulsa os vendilhões do templo. Ele afasta os vendedores, derruba os bancos dos cambistas e admoesta a todos dizendo: "Não façam da casa de meu Pai um mercado". O Papa se detém exatamente no contraste entre casa e mercado: são, de fato, duas maneiras diferentes de se apresentar diante do Senhor.

Papa Francisco (VATICAN MEDIA Divisione Foto)

"No templo, entendido como um mercado, para estar de bem com Deus, bastava comprar um cordeiro, pagá-lo e consumi-lo nas brasas do altar". Comprar, pagar, consumir, e depois cada um para casa sua, frisou o Papa.

https://youtu.be/MHeY-N4S4us

No templo, porém, entendido como casa, acontece o contrário: a pessoa vai ao encontro do Senhor, une-se a Ele e aos irmãos, para compartilhar alegrias e tristezas.

Ainda mais: "no mercado, joga-se com o preço, em casa não se calcula; no mercado, busca-se o próprio interesse, em casa, dá-se gratuitamente". E Francisco sublinha:

“Jesus é duro hoje porque não aceita que o templo-mercado substitua o templo-casa, que o relacionamento com Deus seja distante e comercial em vez de próximo e confiante, que os bancos de vendas tomem o lugar da mesa da família, os preços o lugar dos abraços e as moedas o lugar das carícias. Pois, dessa forma, cria-se uma barreira entre Deus e o homem e entre irmão e irmão, ao passo que Cristo veio para trazer comunhão, misericórdia e proximidade”.

Fiéis na Praça São Pedro durante o Angelus (VATICAN MEDIA)

Então, vamos nos perguntar, continuou Francisco: antes de tudo, como é minha oração? É um preço a pagar ou é um momento de entrega confiante, em que não olho para o relógio? E como são meus relacionamentos com os outros? Sei como dar sem esperar pela reciprocidade? Sei dar o primeiro passo para quebrar os muros do silêncio e os vazios das distâncias?

E conclui pedindo que Maria nos ajude a "fazer casa" com Deus, entre nós e ao nosso redor.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

O caminho da conversão!

O caminho da conversão (Cathedral Virtual)

O CAMINHO DA CONVERSÃO!

Dom Anuar Battisti
Arcebispo Emérito de Maringá (PR) 

No 3.º Domingo da Quaresma, a Palavra de Deus desenha-nos o mapa do caminho que conduz à Vida nova, à salvação. Recomenda-nos que, ao longo de todo o percurso, não percamos Jesus de vista: é Ele o guia que nos ajuda a interpretar o mapa e que nos leva ao encontro do Pai. 

Na primeira leitura – Ex 20,1-17 –, Deus oferece-nos um conjunto de indicações (“mandamentos”) que devem balizar o nosso itinerário de todos os dias. Com a sua iniciativa, Deus não quer limitar a nossa liberdade, mas sim ajudar-nos a chegar à Vida verdadeira.  

Na segunda leitura – 1Cor 1,22-25 –, o apóstolo São Paulo sugere-nos uma conversão à “loucura de Deus”. Convida-nos a olhar para a cruz e a descobrir, na entrega do Crucificado, que só o amor dado até ao extremo gera Vida e salvação. Na cruz revela-se a paradoxal “sabedoria de Deus”, que Paulo nos convida a abraçar. 

No Evangelho – Jo 2,13-25 –, Jesus apresenta-Se como “o Templo Novo” onde Deus reside e onde marca encontro com os homens para lhes oferecer a sua Vida e a sua salvação. Quem quiser encontrar Deus deve aproximar-se de Jesus, tornar-se seu discípulo, abraçar o seu projeto, seguir os seus passos, viver animado pelo seu Espírito. 

O Evangelho de São João se diferencia dos Sinópticos ao narrar a expulsão dos mercadores e cambistas do Templo no início da atividade pública de Jesus. O Senhor Jesus expulsa os mercadores do Templo, na primeira parte do trecho, purificando-o, para que na segunda parte pudesse proclamar a verdadeira purificação do Templo, alusão à sua morte e Ressurreição. Jesus sobe a Jerusalém para participar da celebração da Páscoa judaica por três vezes: esta Páscoa que contemplamos hoje – Jo 2,13.23; uma segunda – Jo 6,9 – e a última em Jo 12,1; 13,1; 18,28; 19.14. Por isso, neste Evangelho, a Páscoa enquadra toda a narrativa da atividade pública de Jesus. O trecho de hoje é um episódio programático em dois sentidos no quarto Evangelho: narrativo e teológico-cristológico. Narrativo: é o primeiro confronto de Jesus com as autoridades do Templo que o condenarão à morte. Toda a narrativa evangélica a seguir será marcada pelo enfrentamento e perseguição por tais autoridades a Jesus até a sua crucifixão. Neste quadro narrativo, insere-se o sentido teológico. Durante a sua primeira presença na Páscoa judaica, Jesus anuncia a sua própria Páscoa. Expulsando os mercadores com suas mercadorias e ovelhas – cordeiros – do edifício do Templo, prefigura-se a “substituição” tanto dos cordeiros pascais pelo Único Cordeiro, que tira o pecado do mundo, quanto do templo-edificação pelo Templo de seu Corpo Ressuscitado, “onde” os verdadeiros adoradores do Pai o adorarão em espírito e verdade.  

Jesus ao fazer um chicote de cordas deixa claro que Ele é o Messias esperado, aquele que vem para “açoitar” as práticas de injustiça e inaugurar um tempo novo. Jesus faz o povo sair daquele centro de exploração, junto com as ovelhas e os bois. Aliás, as ovelhas na Bíblia muitas vezes representam o próprio povo. Jesus vem tirar do templo, vem libertar da exploração comercial disfarçada de religião. Ele derruba as mesas e o dinheiro dos cambistas, e ordena aos vendedores de pombas que tirem tudo de lá. As pombas eram a oferta dos pobres, que não conseguiam comprar animais mais caros. Mas o sacrifício de pombas de nada mais serve, diante daquele que desceu em forma de pomba, no batismo de Jesus.  

Jesus purificou o templo. Deus não habita em locais em que se explora a fé, sobretudo das pessoas simples. O Espírito de Deus está presente em Jesus, e essa presença o torna indestrutível. Podem matá-lo, mas sua morte não será definitiva, pois no terceiro dia ele voltará à vida plena. 

Vivamos o caminho da conversão na busca de Cristo, o Templo Vido de Deus Uno e Trino. O verdadeiro santuário é o Corpo de Jesus, morada de Deus, que nos aproxima do Pai. Na Casa do Pai, o Corpo de Jesus, somos família, aonde não se compra nada, apenas vive na gratuidade do amor. Vivamos em Cristo, o novo Templo, a nova oferta viva ao Pai, na ação do Espírito Santo.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

A Segunda Pregação da Quaresma 2024 do cardeal Cantalamessa - Parte 3

2ª Pregação da Quaresma 2024 - Cardeal Cantalamessa

A Segunda Pregação da Quaresma do cardeal Cantalamessa

"O espírito do mundo age de modo análogo. Penetra em nós por mil e um canais, como o ar que respiramos, e, uma vez dentro, muda os nossos modelos operacionais: ao modelo “Cristo”, entra no lugar o modelo “mundo”. O mundo também tem a sua “trindade”, os seus três deuses, ou ídolos para se adorar: prazer, poder, dinheiro. Todos depreciamos os desastres que eles provocam na sociedade, mas estamos certos de que, em nossa pequenez, nós mesmos não somos completamente imunes a eles?"

Fr. Raniero Card. Cantalamessa, OFMCap
“EU SOU A LUZ DO MUNDO”
Segunda Pregação da Quaresma de 2024

A fé e o mundo

Acenei acima a um segundo significado da expressão “luz do mundo”, e é a ele que gostaria de dedicar a última parte da minha reflexão, também porque é aquela que nos diz respeito mais de perto. Trata-se, eu dizia, do significado, por assim dizer, instrumental, em que Jesus é luz do mundo: ou seja, dado que lança luz sobre todas as coisas; em relação ao mundo, faz o que faz o sol em relação à terra. O sol não ilumina e não revela a si mesmo, mas ilumina todas as coisas que estão sobre a terra e deixa ver cada coisa sob a justa luz.

Também neste segundo sentido, Jesus e o seu Evangelho têm um concorrente que é o mais perigoso de todos, sendo um concorrente interno, um inimigo dentro de casa. A expressão “luz do mundo” muda completamente de significado conforme se toma a expressão “do mundo” como genitivo objetivo, ou como genitivo subjetivo; ou seja, dependendo se o mundo for o objeto iluminado ou, ao invés, o sujeito que ilumina. Neste segundo caso, não é o Evangelho, mas o mundo que deixa ver todas as coisas à própria luz. O Evangelista João exortava os seus discípulos com estas palavras:

Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, não está nele o amor do Pai. Porque tudo o que há no mundo – o desejo da carne, o desejo dos olhos e a ostentação da riqueza – não vem do Pai, mas do mundo (1Jo 2,15-16).

O perigo de conformar-se a este mundo – a mundanização – é o equivalente, no âmbito religioso e espiritual, ao que, no âmbito social, chamamos de secularização. Ninguém (eu, menos do que todos) pode dizer que este perigo não paira também sobre ele ou ela. Um dito atribuído a Jesus em um antigo escrito não canônico afirma: “Se não jejuardes do mundo, não descobrireis o reino de Deus”[7]. Eis o jejum mais necessário hoje do que todos: jejuar do mundo, nesteuein tô kosmô, segundo o dito citado!

O mundo de que falamos e ao qual não devemos nos conformar não é o mundo criado e amado por Deus, não são os homens do mundo, dos quais, ao invés, devemos sempre ir ao encontro, especialmente os pobres, os últimos, os sofredores. O “misturar-se” com este mundo do sofrimento e da marginalização é, paradoxalmente, o melhor modo de “separar-se” do mundo, pois é ir lá, donde o mundo refulge com todas as suas forças. É separar-se do próprio princípio que rege o mundo, que é o egoísmo.

Antes do que nas obras, a mudança deve ocorrer no modo de pensar. São Paulo exortava os cristãos de Roma com as palavras:

Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos,
pela renovação da mente,
para que possais distinguir o que é da vontade de Deus,
o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito
 (Rm 12,2).

Na origem da mundanização, há muitas causas, mas a principal é a crise de fé. É a fé o terreno de choque primário entre o cristão e o mundo. É pela fé que o cristão não é mais “do” mundo. Entendido em sentido moral, o “mundo” é tudo o que se opõe à fé. “Pois todo o que foi gerado de Deus vence o mundo”, escreve João na Primeira Carta, “a nossa fé” (1Jo 5,4). Na Carta aos Efésios, a este respeito, há uma palavra sobre a qual vale a pena nos determos um pouco mais. Diz:

E vós estáveis mortos por causa de vossas transgressões e pecados, nos quais andastes outrora, seguindo o Mentor deste mundo, seguindo o Chefe das potências dos ares, o espírito que atualmente está agindo nos rebeldes (Ef 2,1-2).

O exegeta Heinrich Schlier fez uma análise penetrante deste “espírito do mundo”, considerado por Paulo o antagonista direto do “Espírito que vem de Deus” (1Cor 2,12). Um papel decisivo desempenha nisso a opinião pública. Hoje podemos chamá-lo, em sentido literal, de “espírito que está nos ares”, porque se difunde sobretudo pelos ares, pelos meios de comunicação virtual.

Determina-se – escreve Schlier – um espírito de grande intensidade histórica, ao qual o indivíduo dificilmente consegue se subtrair. Reside no espírito geral, é considerado óbvio. Agir, ou pensar, ou dizer algo contra ele é considerado coisa insensata ou mesmo uma injustiça ou um delito. Então, não se ousa mais pôr-se diante das coisas e das situações e, sobretudo, da vida, de maneira diversa de como ele as apresenta... Sua característica é interpretar o mundo e a existência humana à sua maneira[8].

É o que chamamos de “adaptação ao espírito dos tempos”. A moral da ópera mozartiana “Così fan tutte” (“Assim fazem todas”). Hoje possuímos uma imagem nova para descrever a ação corrosiva do espírito do mundo, o vírus de computador. Pelo pouco que sei, o vírus é um programa malignamente projetado que penetra no computador pelas vias mais insuspeitadas (troca de e-mails, sites da internet...), e, uma vez dentro, confunde ou bloqueia as operações normais, alterando os chamados “sistemas operacionais”.

O espírito do mundo age de modo análogo. Penetra em nós por mil e um canais, como o ar que respiramos, e, uma vez dentro, muda os nossos modelos operacionais: ao modelo “Cristo”, entra no lugar o modelo “mundo”. O mundo também tem a sua “trindade”, os seus três deuses, ou ídolos para se adorar: prazer, poder, dinheiro. Todos depreciamos os desastres que eles provocam na sociedade, mas estamos certos de que, em nossa pequenez, nós mesmos não somos completamente imunes a eles?

A nossa maior consolação, nesta luta com o mundo que está fora de nós e aquele que nos está dentro, é saber que Cristo continua, como ressuscitado, a rezar ao Pai por nós com as palavras com que se despediu dos seus Apóstolos:

Não rogo que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno. Eles não são do mundo, como eu não sou do mundo... Assim como tu me enviaste ao mundo, eu também os enviei ao mundo... Eu não rogo somente por eles, mas também por aqueles que hão de crer em mim, pela palavra deles (Jo 17,15-20).
__________________________
Tradução Frei Ricardo Farias, OFMCap
[7] Cf. Clemente de Alexandria, Stromati, 111, 15; A. Resch, Agrapha, 48 (TU, 30, 1906, p. 68).
[8] Cf. H. Schlier, Demoni e spiriti maligni nel Nuovo Testamento, in Riflessioni sul Nuovo Testamento, Paideia, Brescia 1976, pp. 194ss (Ed. original in “Geist und Leben 31 (1958), pp. 173-183).

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Dormir pouco aumenta obesidade em crianças e adolescentes

fotodrobik | Obturador
María Eugenia Brun publicada em 28/10/22 atualizada em 03/03/24
“Vinde para um lugar deserto, para descansar um pouco” (Mc 6, 31). O próprio Jesus nos lembra a importância de saber descansar no tempo certo.

Jesus no Evangelho de Marcos nos convida a compreender um aspecto importante da vida: dormir bem para ter um descanso adequado. Faz um convite aos seus Apóstolos, que regressam cansados ​​da missão e ao mesmo tempo entusiasmados, contando o que fizeram, e convida-os com ternura ao descanso.

Jesus se preocupa com o bom descanso de seus amigos. Seguimos seus ensinamentos, preocupando-nos com o resto de nossas crianças e adolescentes?

Os profissionais enfatizam sua importância e recomendam estar atentos e melhorar os hábitos de sono para que não gerem problemas de saúde a curto e longo prazo, incluindo sobrepeso e obesidade.

Dormir pouco está associado a uma maior probabilidade de obesidade

Diversas investigações comprovam que adolescentes que dormem menos de oito horas têm maior probabilidade de desenvolver excesso de peso, hipertensão, níveis elevados de lipídios e glicemia.

Então é importante:

  • Saiba a que horas nossos filhos devem ir para a cama.
  • Estabeleça rotinas para um bom descanso.

Isso trará vários benefícios à sua saúde.

Além disso, desenvolver uma boa higiene do sono também ajudará no desenvolvimento e maturidade do cérebro. Isto permite-lhes estar muito atentos durante o dia e ter uma grande capacidade de aprendizagem e memória.

Somos os pais que podemos ajudar os nossos filhos para que desde pequenos tenham e mantenham uma boa higiene do sono através de rotinas para que se deitem cedo e esse momento seja de relaxamento e descanso reparador.

Menos sono, menos saúde nos nossos jovens

Dieta inadequada e hábitos de sono causam obesidade, segundo estudos.
UfaBizFoto | Obturador

O estilo de vida moderno oferece aos jovens a possibilidade de se divertirem durante a noite com televisão, computadores ou celulares, deslocando o prazer do sono. Isso promove ficar acordado durante a primeira metade da noite, descansando logo após a meia-noite. No entanto, os horários escolares e de trabalho permanecem os mesmos e exigem acordar cedo.

A consequência imediata disso é a redução das horas de sono, mas com o tempo pode causar problemas maiores.

No Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESCC 2022) que decorreu este ano em Barcelona, ​​​​foi apresentado um estudo realizado em Espanha pelo Centro Nacional de Investigação Cardiovascular (CNIC). Com ele, ficou comprovado que aqueles adolescentes que dormem menos de 8 horas têm maior probabilidade de ter sobrepeso ou obesidade do que aqueles que dormem o suficiente.

Seu autor, Jesús Martínes Gómez, explica:

«O nosso estudo mostra que a maioria dos adolescentes não dorme o suficiente e que isso está relacionado com o excesso de peso e características que promovem o ganho de peso, o que pode levar a problemas futuros. “Atualmente estamos investigando se os maus hábitos de sono estão relacionados ao uso excessivo de dispositivos eletrônicos, o que poderia explicar por que os adolescentes mais velhos dormem ainda menos do que os mais jovens”.

Da mesma forma, a Academia Americana de Medicina do Sono (AASS) e a Academia Americana de Pediatria (AAP) recomendam que crianças entre 6 e 12 anos durmam entre 9 e 12 horas à noite e jovens entre 13 e 18 anos entre 8 e 10 horas para ter uma saúde ideal.

É necessário dormir 8 horas e ter um sono de qualidade.

Da mesma forma que a quantidade de horas que você dorme é importante, a qualidade do sono é importante, ou seja, não basta dormir 8 horas mas o ideal é ter um sono reparador. Mas para isso descobrimos que há muitos fatores que devemos levar em consideração, que influenciam a qualidade e que podemos modificar progressivamente.

O Papa Francisco, na oração do Angelus de 18 de julho de 2021 , destaca que um dos aspectos importantes da vida é o descanso e disse: “Não se trata apenas de descanso físico, mas também de descanso do coração. Porque não basta ‘desligar-se’, é preciso descansar verdadeiramente.

Algumas dicas para ajudar você a ter um bom descanso

1
ROTINAS

É essencial começar a estabelecer rotinas de sono desde cedo. Dessa forma, o sono ajuda a ocorrer em um determinado horário. Quando aparecerem os primeiros sinais de sono, como bocejos, piscar rápido ou olhos secos, você deve dormir, pois essa necessidade de dormir desaparece após 15 minutos.

2
ALIMENTANDO

Evite refeições abundantes e pesadas, prefira jantares mais leves e saudáveis. E não menos importante é que sejam feitas pelo menos 1 hora antes de dormir.

3
EXCITANTE

Evite bebidas excitantes a partir do meio da tarde, por exemplo café, chá, mate, álcool e bebidas energéticas, tão na moda mas pouco saudáveis ​​para os jovens. O consumo próximo à hora de dormir pode causar insônia ou atrasar o sono.

4
HORÁRIOS

Tente sempre levantar e ir para a cama no mesmo horário. Nos adolescentes isso pode ser uma dificuldade, por isso o ideal é criar o hábito de dormir desde cedo.

Um dos maiores problemas para os jovens irem para a cama cedo é que estão ocupados com o celular. Nesse caso, é fundamental estabelecer horários para seu uso e que seja longe do horário de dormir.

5
ATIVIDADE FÍSICA

Incentive nossos filhos a praticarem algum tipo de atividade física diariamente durante o dia, pois promove o descanso noturno. Evite fazer isso antes de dormir, de preferência pela manhã ou à tarde.

6
REZAR

Criar esse hábito nas crianças é muito bom. Devemos incentivá-los a pedir a Deus um bom descanso e a agradecer a Deus por algumas coisas que aconteceram com eles naquele dia.

Como pais, devemos estar atentos aos horários de sono e à sua qualidade, bem como ensinar-lhes rotinas desde pequenos para evitar problemas de saúde mais tarde.

O futuro da Aleteia depende da generosidade dos seus leitores.

https://es.aleteia.org/apoya-a-aleteia/?utm_campaign=easter2024&utm_content=cta&utm_medium=inread_box&utm_source=es_aleteia

Fonte: https://es.aleteia.org/

Reflexão para o III Domingo da Quaresma (B)

Evangelho do domingo (VATICAN NEWS)

O verdadeiro crente é aquele que defende e promove a vida. Sabemos também que o Decálogo não esgota a Lei de Deus, mas somente o Amor é a plenitude da Lei. São Paulo disse que “Quem ama o irmão cumpriu toda a Lei”.

Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican News

A primeira leitura nos fala da preservação da vida, que se dá através do cumprimento da Lei de Deus. Mas a grande novidade do Decálogo foi o modo como os mandamentos foram apresentados. Nos outros povos, a lei era dada de forma impessoal. Em Israel Deus se apresenta próximo e diz ‘TU”. Por outro lado, os mandamentos não devem se encarados como proibições, mas como indicações para o caminho certo para a vida.

Se prestarmos atenção, perceberemos que todo o eixo da lei de Deus está em “não matar”. O verdadeiro crente é aquele que defende e promove a vida. Sabemos também que o Decálogo não esgota a Lei de Deus, mas somente o Amor é a plenitude da Lei. São Paulo disse que “Quem ama o irmão cumpriu toda a Lei”.

No Evangelho o doce e manso Jesus, estarrecido, se transformou e se tornou um homem impetuoso, intrépido e bravo, usando cordas como chicote, expulsando do Templo os vendedores de ovelhas, pombas, bois e os que faziam o câmbio.

O Senhor disse, naquele momento, que não concordava com um culto onde se mesclava religião e interesses econômicos. Ele abole não apenas os sacrifícios do Templo, mas o próprio Templo.

Em seguida, Jesus falou do novo Templo e do novo culto. Se antes as pessoas iam ao Templo de Jerusalém para celebrar a Páscoa, agora elas a celebrarão através de seu corpo morto e ressuscitado, que é, ao mesmo tempo, Templo, altar, vítima e sacerdote.

Os sacrifícios que agradam a Deus são as obras de amor, de caridade, como vimos no comentário da primeira leitura. O incenso que agrada a Deus é o perdão, o socorro ao pobre, a visita ao doente e ao prisioneiro, a vida fraterna. Esses atos são a complementação do Decálogo, da Lei.

Finalmente, na Carta aos Coríntios, São Paulo nos fala de dois grupos de crentes: aqueles que baseiam sua fé nos milagres, curas, ações fantásticas;     o outro grupo, ao contrário, é mais racionalista, mais ponderado, fruto de uma religião sapiencial. Mas qual seria o posicionamento cristão? Uma religião que prioriza curas ou uma religião que destaca a sabedoria. Nem uma coisa e nem outra. O posicionamento cristão é, como diz o próprio nome, seguir Jesus Cristo, imitá-lo em seu relacionamento com o Pai e com os irmãos: Jesus foi total doação através da cruz. Ora, Jesus foge do comum, do humano, de naturalmente pensar em si e em sua própria realização. Ele pensa no Pai, ele pensa no outro, pensa em nós.

Pensar no outro significa sacrificar-se pelo outro, esvaziar-se, entregar-se por amor, e isso só se consegue com a graça de Deus.

Queridos irmãos, a liturgia de hoje nos propõe uma limpeza em nossos atos religiosos. Eles devem estar purificados de qualquer interesse, a não ser o de amar e de amar até morrer. Morrer de amor!

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Marino de Cesaréia

São Marino de Cesaréia (A12)
03 de março
São Marino de Cesaréia

No século III, Marino, um oficial do Império Romano, era reconhecido pelo seu valor militar, e por isso candidato a um cargo importante, o de centurião na Cesaréia, em Israel, sob o domínio romano. Marino era cristão, embora não abertamente por causa das perseguições constantes. A sua provável indicação ao cargo despertou a inveja de outros militares que também o cobiçavam, e um deles, sabendo da sua crença religiosa, invocou uma lei antiga, pela qual era necessário, para assumir tal posto, sacrificar aos deuses romanos; intentava assim que Marino publicamente se declarasse cristão, de modo a poder ser incriminado.

De fato, Marino não hesitou em assumir publicamente a sua Fé, alegando que não poderia fazer um ato de adoração a falsos deuses. Normalmente teria sido imediatamente condenado, mas por causa do seu prestígio e a admiração de muitos, teve como concessão um período de três horas para decidir entre a apostasia e a sentença de morte.

Saindo do Pretório, onde dera o seu testemunho, encontrou-se – certamente de forma providencial – com um bispo, Teocteno. Ou o bispo já ouvira sobre a sua sentença (ou talvez o soubesse por inspiração divina), ou Marino lhe expôs a situação. Teocteno o levou a uma igreja, e ali, diante de uma espada e dos escritos do Evangelho, instruiu-o a decidir entre um e outro, ressaltando que tal escolha deveria ser digna de um cristão.

Marino logo colocou as mãos sobre os santos escritos. Teocteno, então, disse-lhe, como despedida: “Conta com a graça de Deus para permaneceres fiel à tua escolha e mereceres as recompensas prometidas pelo Evangelho.”

Ao fim do prazo determinado, Marino apresentou-se ao tribunal e, diante das autoridades, confirmou a sua fé e a impossibilidade de prestar ao imperador de Roma um culto que só pode ser oferecido a Deus. Em seguida foi executado por degolação.

Outro cristão, o senador Astério, estava presente na execução, e envolveu na sua capa a cabeça e o corpo do mártir, transportando-a sobre os próprios ombros para sepultá-lo de modo digno. Ele não ignorava que tal atitude pudesse colocá-lo também em perigo de vida, e realmente foi também condenado e morto. Assim ambos receberam a coroa da glória, em torno do ano de 260.

Reflexão:

Numerosos foram os cristãos, e militares romanos, que abraçaram o martírio nos inícios do Igreja, por conta das perseguições pagãs e imperiais. Contudo, o império mundano nada pode diante do poder verdadeiro que é Deus. São Marino, na sua época, já sofria as tentações e pressões que antes, hoje e sempre existirão para escolhermos o mais cômodo e prazeroso, ainda que às custas de trair a Cristo e perder a alma; e realizava aquilo que São João Paulo II, mais recentemente, nos convida a fazer: avançar para mares mais profundos. De fato, a nossa Fé deve ter a largueza do mar, a profundidade e a extensão onde se descobrem os verdadeiros tesouros, da paz, da realização, do Amor. A palavra corta mais fundo do que a espada (Hb 4,12: “Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e as intenções do coração. Nada, em toda a criação, está oculto aos olhos de Deus. Tudo está descoberto e exposto diante dos olhos Daquele a Quem havemos de prestar contas.”), e São Marino de Cesaréia soube escolher a melhor arma para a sua salvação. Escreveu assim, da forma mais penetrante possível, o exemplo que devemos seguir, se de fato aspiramos ao sucesso que não passará, como passam as situações desta vida. E para isto nunca falta a Providência divina. No momento mais importante da sua existência, o Senhor colocou no caminho de São Marino um Seu representante, o bispo Teocteno, para lhe garantir a graça necessária à fidelidade espiritual. Também a nós, no curto intervalo das horas nesta passagem terrena, Deus nos oferece constantemente o Seu apoio e proteção, o vigor necessário que nos chega pela Igreja Católica, oração, pelos Sacramentos, e particularmente pelo alimento da Eucaristia, de modo a garantir a vida infinita, que nos vem através da morte para o pecado, isto é, para o apego a um mundo que caminha inexoravelmente para a degola. Santo Astério não demostra menos coragem que São Marino. Sabendo do risco à sua vida, não deixou de praticar a caridade (enterrar os mortos é uma das obras de misericórdia corporais), e é pela caridade que seremos salvos. Ele também nos ensina, por bela metáfora encarnada, a verdadeira valorização do corpo: o seu sepultamento digno traz a Vida, enquanto que a vida dissoluta da carne é morte; e para viver é portanto necessário unir, já aqui na terra, o corpo e a Cabeça da Igreja, pois aquele não pode viver sem Esta.

Oração:

Senhor Deus, que nos mergulha no mar da Vossa misericórdia, dai-nos as graças necessárias para resistir ao mundo, ao império das tentações pagãs, aos constrangimentos e perseguições, para que, a exemplo e por intercessão de São Marino de Cesaréia e São Astério, sermos capazes de carregar nos ombros a dignidade da verdadeira escolha cristã, na firmeza da Fé e na vivência da caridade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.


Fonte: https://www.a12.com/

sábado, 2 de março de 2024

NAZARENO: Tu és Pedro (o cego de Betsaida e a primazia de Simão) - (32)

Nazareno (VATICAN NEWS)

Cap. 32 - Tu és Pedro (o cego de Betsaida e a primazia de Simão)

De volta à Galileia, Jesus decide ir mais uma vez a Betsaida. Quando se aproximavam, trouxeram-lhe um cego, pedindo-lhe que o tocasse. Seu nome é Terach, o Mestre o pega pela mão, leva-o para fora da aldeia e, depois de colocar saliva em seus olhos, impõe as mãos sobre ele e o cura. De Betsaida eles vão até Cesaréia de Filipe, onde Jesus pergunta aos discípulos: "Quem dizem que é o Filho do Homem?". Alguns respondem, mas ele lhes diz: "Mas vocês, quem dizem que eu sou?". Simão Pedro responde: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo". Pedro falou com o coração. O Mestre acrescentou: "E eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e os poderes do inferno não prevalecerão contra ela. A ti darei as chaves do reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus". Pedro foi escolhido, mas ele gostaria de se tornar pequeno. Naquela mesma noite, enquanto estavam em volta da fogueira, o Nazareno predisse o que aconteceria nos meses seguintes. Pedro reage mal e Jesus expulsa Satanás de dentro dele: "Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá; mas quem perder a sua vida por minha causa, a encontrará".

https://media.vaticannews.va/media/audio/s1/2024/03/01/11/137743406_F137743406.mp3

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF