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quinta-feira, 14 de março de 2024

Santa Matilde

Santa Matilde (A12)
14 de março
Santa Matilde

Santa Matilde nasceu por volta de 890, na região de Westfália, Saxônia (no norte da Alemanha). Filha do conde Teodorico de Ringelheim (também conhecido como Dietrich da Vestfália ou Dietrich de Saxe) e Reinilda da Frísia (ou Reinhild da Dinamarca), ambos de nobre estirpe. Foi primorosamente educada pela avó, a abadessa Matilde do mosteiro beneditino de Herford na Westfália.

Aos 14 anos, em 909, casou-se com Henrique I, duque da Saxônia e depois rei da Germânia (Alemanha), com o qual teve cinco filhos: Edwiges da Saxônia, depois esposa do duque Hugo, o Grande; Oto, mais tarde rei e imperador; Gergerba da Saxônia, casada com Gilberto de Lotaríngia e, em segundas núpcias, com o rei Luís IV da França; Henrique I da Baviera; e Bruno, o mais moço, que veio a ser arcebispo de Colônia na Alemanha e se tornou um grande santo.

Matilde dedicava-se à oração e à meditação, inclusive durante a noite. Seu patrimônio era usado em favor dos necessitados, e frequentemente visitava os doentes, servia os pobres e obtinha a liberdade para os presos; a estes procurava também que sinceramente se arrependessem e penitenciassem. O rei estava de acordo com ela nestas atividades, e sob sua influência, também em questões políticas, ele fez um reinado bom para o povo e em geral pacífico. Ele favoreceu as artes, a construção de igrejas e proporcionou grandes obras caritativas. Restabeleceu a ordem interna do reino, e venceu os eslavos, húngaros e dinamarqueses, readquirindo o reino da Lotaríngia (parte da Europa central). A estes povos, Matilde procurava conquistar também para a Fé.

Em 936 morreu Henrique I, quase repentinamente, e sérios problemas perturbaram a rainha e o reino. Houve uma disputa sucessória pelo trono entre Oto, o primeiro filho homem e indicado ao trono, e o irmão Henrique, que Matilde apoiava, porque Oto havia nascido quando Henrique I era ainda duque, e não rei; logo, o primeiro filho homem do rei Henrique era o seu filho homônimo. A disputa tomou as proporções de uma guerra civil, gerando desgosto e tristeza para Matilde, e foi vencida por Oto, coroado como imperador Oto I, em Roma.

Oto e Henrique se uniram, porém para uma repugnante decisão: entenderam, injustamente, que a sua mãe e rainha gastava muito do erário real com obras de caridade, e de comum acordo a exilaram e confiscaram seus bens. Matilde foi para o convento de Quedlimburgo em Engern, na Baixa Saxônia.

Depois disso, o reino começou a sofrer invasões, rebeliões e desastres naturais. Oto e Henrique compreenderam que sua injustiça estava sendo punida, e, procurando Matilde, pediram-lhe, de joelhos, perdão pelos seus atos.

Desde antes da viuvez, Matilde rezava muito, além do ofício de toda noite, e jamais deixou de ofertar algo nas Missas. Todos os dias apresentava ao padre sua oferenda de pão e de vinho para a salvação de toda a Igreja. Como viúva, oferecia o Santo Sacrifício pelos pecados do esposo falecido, colocando intenções para ele, pelo resto da vida, no oitavo e no trigésimo dia da sua morte, e no dia do seu aniversário. E, de volta à corte, Santa Matilde dedicou-se ainda mais às obras de caridade.

Agora, com o apoio de Oto, fundou muitas Igrejas e mosteiros, e também hospitais. Nas suas viagens, levava círios para distribuir nas igrejas, e alimentos para os pobres. Nas cidades onde passava o inverno, providenciava uma fogueira para os pobres e viajantes, que eventualmente ela mesma servia. Dava a eles roupa ou alimento conforme a necessidade. Não passava um dia sem, pessoalmente, praticar alguma obra de caridade.

No mesmo ano da fundação de um grande mosteiro, 955, faleceu o filho Henrique, duque da Baviera.

Em 967, em Northause, onde fundara um mosteiro de três mil religiosas, teve o último encontro com os filhos e os netos. Ali, intuindo a própria morte, despediu-se deles. Voltou então ao mosteiro de Quedlimburgo, onde adoeceu. Doou seus últimos bens aos bispos e sacerdotes, confessou-se com o neto, arcebispo de Maiença, e faleceu a 14 de março de 968, sendo sepultada ao lado do marido.

 É desta Santa Matilde que descenderam os reis de Portugal e, portanto, também a Família Imperial do Brasil.

Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:

Amor a Deus, à família e ao próximo, especialmente os mais necessitados, resultando numa imensa caridade: este poderia ser um resumo do perfil de Santa Matilde. E deveria ser também o perfil essencial de todo católico. A sua maior riqueza, o seu coração, ela o compartilhou com todos, em perfeita escala hierárquica. E sua maior caridade foi abrigar Deus no coração, para isto um coração tem que ser imenso. Foi assim muito mais rainha de si própria dos que dos súditos, isto é, reinou mais sobre si mesma ao escolher servir com fidelidade a Deus, do que ordenando a vida dos súditos: com estes, seguindo o exemplo de Cristo, colocou em prática a máxima de que reinar é servir, e servir é reinar. Sua caridade imensa se refletiu na imensa fidelidade a Deus, nos imensos auxílios ao Seu Corpo Místico, a Igreja; no imenso cuidado ao esposo, a quem sempre ajudou, e aos filhos, particularmente num imenso gesto de perdão; nas imensas esmolas que distribuiu aos mais necessitados. Imensidade, grandeza – nobreza – de coração. Que o Brasil possa desfrutar da imensidade espiritual desta linhagem.

Oração:

Senhor, Deus de suma majestade, concedei-nos por intercessão de Santa Matilde um coração imenso de espaço para Vós, e portanto esvaziado de egoísmos, para que assim, repletos de Vossa real presença, possamos reger a alma com os decretos da Vossa caridade, e assim ganhar a coroa imperecível do Céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.


Fonte: https://www.a12.com/

quarta-feira, 13 de março de 2024

SAÚDE - Dengue: mitos e verdades sobre o mosquito

A dengue é uma arbovirose — como são chamadas as doenças difundidas por insetos — transmitida ao ser humano pelo mosquito Aedes aegypti - (crédito: Valdo Virgo/CB/D.A Press)

Dengue! Picada: mitos e verdades sobre o mosquito

O Correio separou uma lista das maiores dúvidas sobre a doença e responde se são mitos ou verdades.

Correio Braziliense

postado em 13/03/2024

Com o aumento dos casos de dengue no Brasil, especialmente no Distrito Federal, muitas dúvidas sobre a doença circulam entre a população e algumas delas não passam de mitos sobre a doença, a transmissão do vírus ou sobre a identificação dos sintomas.

Para ajudar a população a entender melhor tudo sobre o mosquito da dengue, o Correio separou uma lista das maiores dúvidas sobre a doença e responde se são mitos ou verdades, baseado em publicações da Secretaria de Saúde do DF e do Ministério da Saúde; confira:

O mosquito da dengue só pica durante o dia?

MITO — O mosquito Aedes aegypti pode picar em qualquer hora do dia. Contudo, os horários em que ele é mais ativo são durante o amanhecer e no entardecer.

Somente a fêmea do mosquito transmite a dengue?

VERDADE — Somente a fêmea do Aedes aegypti pode transmitir a dengue, porque precisa do sangue para amadurecer seus ovos.

É possível diferenciar a picada do Aedes aegypti da de outros mosquitos

MITO — Não é possível fazer essa diferenciação. Qualquer picada de mosquito pode causar dor, coceira e inchaço e a variação na intensidade da reação do corpo varia de pessoa em pessoa, não por ser um mosquito da dengue ou um sem o vírus.

O mosquito da dengue não consegue picar em lugares altos?

MITO — O Aedes aegypti consegue voar um metro acima do chão, mas isso não o impede de chegar em locais mais altos. Segundo o Ministério da Saúde, o mosquito pode subir dentro do elevador quando há água acumulada em seu poço, por exemplo, ou se o morador levou para sua residência algum recipiente contendo ovos do mosquito.

Qualquer tipo de repelente afasta o Aedes aegypti?

VERDADE — Qualquer repelente vendido no Brasil, e que tenha sido registrado pela Anvisa, é eficaz para afastar o mosquito transmissor.

O “fumacê” mata as larvas do mosquito?

MITO — Muitas pessoas acreditam que o fumacê consegue matar as larvas do mosquito da dengue, mas isso não é verdade. O fumacê consegue matar apenas mosquitos adultos que estão voando no momento da aplicação. Para destruir as larvas, deve-se usar larvicida ou eliminar o depósito com água parada

O mosquito só se prolifera em água limpa?

MITO — O mosquito da dengue pode criar em qualquer tipo de água parada, inclusive na suja.

A água de piscinas pode transmitir dengue?

MITO — Como as águas de piscina contém cloro, os mosquitos não conseguem se proliferar nelas. O cloro consegue matar os mosquitos e quaisquer ovos depositados.

Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/

Os desejos de Deus

Foto: Ismael Martínez Sánchez | Opus Die

Os desejos de Deus

Nestes dias, em muitos lugares do mundo, estamos em quarentena. Em algumas zonas foi necessário suprimir até a celebração pública da Eucaristia. Suplicamos a Deus que esta situação passe e em breve Ele possa voltar a tocar as nossas almas através da Comunhão sacramental.

10/03/2021

Em 23 de abril de 1912, São Josemaria fez a sua Primeira Comunhão. Naquele dia, Jesus “quis vir e tornar-se o dono do meu coração”, recordava com gratidão ao longo dos anos.

Na comunhão, recebemos Jesus, mas é Ele quem nos recebe. Nós O convidamos para a nossa casa, mas é Ele quem nos acolhe. Ele é o nosso anfitrião. Os nossos desejos de recebê-Lo são um pálido reflexo do seu. Nós repetimos a comunhão espiritual algumas vezes por dia, mas para Ele esse desejo de intimidade com cada um de nós é muito mais apaixonado e irreprimível: “Desejei ardentemente comer esta Páscoa convosco antes de padecer” (Lc 22,15).

REPETIMOS A COMUNHÃO ESPIRITUAL ALGUMAS VEZES POR DIA, MAS PARA ELE ESSE DESEJO DE INTIMIDADE COM CADA UM DE NÓS É MUITO MAIS APAIXONADO

Também nós queremos que o desejo de recebê-Lo, de nos tornarmos um só com Ele queime o nosso coração. É consolador ouvir do santo cura de Ars que “uma Comunhão espiritual é para a alma como o sopro num fogo que está começando a se apagar, mas que ainda tem várias brasas acesas; nós sopramos e o fogo se reacende. Cada vez que sintas que teu amor por Deus está esfriando, rapidamente faz uma Comunhão Espiritual” (São João Maria Vianney, Sermões).

Imprescindíveis para Deus

Nestes dias, em muitos lugares do mundo, estaremos em quarentena. Talvez alguns não possam sair de casa para assistir à missa. Em algumas zonas foi necessário suprimir até a celebração pública da Eucaristia. Mas o Senhor continua presente. Esperando por nós. Desejando-nos. Suplicamos-lhe que esta situação passe e em breve Ele possa voltar a tocar as nossas almas através da Comunhão sacramental. Temos medo de que essa ausência justificada esfrie o nosso amor. Depois de muitos anos recebendo-O diariamente, pode ser que fiquemos algumas semanas afastados da sua presença sacramental. Jesus sabe disso, no entanto não quer que soframos por causa desse santo desejo. O seu afastamento físico pode nos levar a valorizar muito mais o dom imerecido da comunhão frequente, a terna proximidade de um Deus que se faz pão. E também a agradecer o serviço silencioso que nos prestam os sacerdotes que O tornam presente com a sua voz e as suas ações.

SUPLICAMOS-LHE QUE ESTA SITUAÇÃO PASSE E EM BREVE ELE POSSA VOLTAR A TOCAR AS NOSSAS ALMAS ATRAVÉS DA COMUNHÃO SACRAMENTAL

Podemos aproveitar este tempo para ver até que ponto Deus nos ama, até que ponto nos espera Aquele que é dono da eternidade: como diz São Josemaria, “Ele que de nada necessita, não quis prescindir de nós” (Cristo que passa, n. 84)

Santos no cotidiano

A santidade que Deus quer nos dar é possível no meio do mundo, no cotidiano, nas circunstâncias de cada dia. Talvez nem os mais velhos se lembrem de uma situação como a atual. No entanto, agora faz parte do “cotidiano”. Deus agora pede-nos que O procuremos na quarentena. Não seria bom o desejo de procurá-lo no extraordinário, correndo o risco de sair para a rua se o mais prudente é ficar em casa. Obedecer aos nossos pais, ou talvez aos nossos filhos, aos médicos, e, é claro, às autoridades sanitárias são atitudes próprias dos santos. Eles sabem viver cada momento com a paz que a união com Deus lhes dá. Eles sabem que Deus usa sempre as mediações, os instrumentos; Deus ama-os, ainda que não o entendam ou não o possam verificar.

DEUS AGORA PEDE-NOS QUE O PROCUREMOS NA QUARENTENA

Não sabemos quanto tempo ficaremos privados de participar na Eucaristia, mas queremos compreender o valor que têm aos olhos de Deus esses nossos desejos manifestados com constância e sinceridade. São Josemaria ensinou a milhares de pessoas no mundo uma oração que aprendeu de um bom padre escolápio: “Eu quisera, Senhor, receber-Vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos santos”.

Conta-se que Jesus revelou a Santa Faustina Kowalska que, se rezarmos a Comunhão espiritual várias vezes ao dia, em apenas um mês, veremos o nosso coração completamente mudado. Estas semanas podem ser uma grande oportunidade para dilatar o nosso coração, para nos identificarmos com os desejos de Deus.

Comunhão espiritual que rezava São Josemaria | Opus Dei

É uma oração muito ousada, porque não se conforma com boas intenções. Quer alcançar o cume mais alto que alguém jamais sonhou. A alma quer estar à altura de Maria, a bem-aventurada entre todas as mulheres. E não contente com isso, anseia apropriar-se de todo o fervor dos santos. Tudo lhe parece pouco para homenagear o Hóspede que merece tudo. E Deus concede-lhe que os seus desejos sejam eficazes. Deus limpa a alma que assim reza. Se me é permitido falar assim, de modo humano, Deus alegra-se vendo como se amam o seu Filho primogênito e seus filhos adotivos, e nestes dias podemos fazer Deus muito feliz cumprindo o habitual e recitando muitas vezes esta breve oração. Essa oração será uma ajuda para encontrá-Lo, não apenas no sacrário próximo, talvez inacessível, mas nas mil ninharias que surgirão nas nossas casas.

Prisão de amor!

São dias para entender melhor Aquele que ficou desde há vinte séculos “... voluntariamente encerrado! Por mim e por todos” (São Josemaria, Forja, n. 827). Quando a convivência custar, ou quando não for fácil sorrir, será um descanso ver que Ele nos espera na sua “prisão de amor”. Quando for necessário apertar o cinto para enfrentar esta crise, quando a doença nos atacar ou quando o tédio nos enfraquecer, será consolador saber que o Senhor não foi embora, que Ele está presente naqueles que vivem conosco, nos que sofrem ou nos que simplesmente têm medo. Quando devemos estudar sem ter provas em vista, ou estamos em home office sem o chefe verificar se consultamos as redes sociais, quando ninguém percebe a falta de pontualidade ou a nossa colaboração no trabalho da casa nos exigir colocar as últimas pedras, será vital contar com o Seu apoio, com a Sua proximidade e o Seu impulso amoroso. Ninguém como Ele cuida dos nossos desejos, sofrimentos e anseios, mesmo antes de nós mesmos os sentirmos.

NINGUÉM COMO ELE CUIDA DOS NOSSOS DESEJOS, SOFRIMENTOS E ANSEIOS

São José é um daqueles santos que durante meses se alimentou de comunhões espirituais. Sonhava como seria o Menino e certamente conversou sobre isso com Maria. Foram meses de preparação, de desejo de O ter nos seus braços. Ninguém como Maria, sua esposa, para o compreender, mas ninguém também como Ela para alimentar essa fogueira. As suas palavras foram possivelmente o sopro que acendeu a chama da esperança no seu esposo. Não seria estranho que José encontrasse Maria contando a Jesus o desejo que tinha de O beijar, abraçar e cuidar, ou cantar para Ele com o amor da mãe mais apaixonada.

Sem nenhuma dúvida, juntos se prepararam para a melhor recepção que Deus feito homem poderia sonhar aqui na terra. Mesmo que não o recebamos sacramentalmente, podemos fazer a ação de graças todos os dias, depois de nos unirmos à Santa Missa pela televisão ou Internet e louvá-lo por todo o bem que nos faz, também o que não entendemos agora.

Diego Zalbidea


Fonte: https://opusdei.org/pt-br

“Cria em mim, ó Deus, um coração puro, renova em mim um espírito resoluto”

Cria em mim, um coração puro (Editora Cidade Nova)

“Cria em mim, ó Deus, um coração puro, renova em mim um espírito resoluto” (Sl 51[50],12) | Palavra de Vida Março 2024

Confira a Palavra de Vida março 2024 nos formatos texto, podcast, vídeo e baixe agora o PDF.

por Organizado por Augusto Parody Reyes com a  comissão da Palavra de Vida    publicado às 00:00 de 27/02/2024, modificado às 14:41 de 27/02/2024

A FRASE da Escritura que nos é proposta neste tempo quaresmal faz parte do Salmo 51[50], em que, no versículo 12, encontramos a comovente e humilde invocação: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro, renova em mim um espírito resoluto”. O texto que a contém é conhecido pelo nome de Miserere. Nele, o olhar do autor começa explorando os esconderijos da alma humana para descobrir as fibras mais profundas, ou seja, as da nossa completa inadequação diante de Deus e, ao mesmo tempo, do anseio insaciável pela plena comunhão com Aquele do qual procede toda graça e misericórdia.

“Cria em mim, ó Deus, um coração puro, renova em mim um espírito resoluto.”

O salmo é inspirado em um episódio muito conhecido da vida de Davi. Ele, chamado por Deus para cuidar do povo de Israel e guiá-lo nos caminhos da obediência à Aliança, transgride sua própria missão: depois de ter cometido adultério com Betsabeia, faz com que o marido dela, Urias, o hitita, oficial de seu exército, seja morto em batalha. O profeta Natã lhe revela a gravidade da sua culpa e o ajuda a reconhecê-la. É o momento da confissão do próprio pecado e da reconciliação com Deus.

“Cria em mim, ó Deus, um coração puro, renova em mim um espírito resoluto.”

O salmista coloca nos lábios do rei invocações muito fortes, que brotam do seu profundo arrependimento e da total confiança no perdão divino: “apaga”, “lava-me”, “purifica-me”. Em particular, no versículo em questão, ele usa o verbo “criar” para indicar que a libertação completa das fragilidades humanas é possível unicamente a Deus: é a consciência de que só Ele pode fazer de nós criaturas novas, com o “coração puro”, plenificando-nos com o seu espírito vivificante, dando-nos a verdadeira alegria e transformando radicalmente a nossa relação com Deus (o “espírito resoluto”) e com os outros seres vivos, com a natureza e o cosmos.

“Cria em mim, ó Deus, um coração puro, renova em mim um espírito resoluto.”

Como colocar em prática esta Palavra de Vida? O primeiro passo será reconhecermo-nos pecadores e necessitados do perdão de Deus, em uma atitude de confiança ilimitada para com Ele.

Pode acontecer que os nossos erros repetitivos nos desencorajem e nos fechem em nós mesmos. Nesse caso, é preciso deixar entreaberta, pelo menos um pouco, a porta do nosso coração. No início da década de 1940, Chiara Lubich escreveu a uma pessoa que se sentia incapaz de superar as próprias misérias: “É preciso extrair da alma qualquer outro pensamento. E acreditar que Jesus é atraído por nós apenas pela exposição humilde, confiante e amorosa dos nossos pecados. Nós, por nós mesmos, não temos e não realizamos mais nada do que misérias. Ele, por Ele, a nosso respeito, tem apenas uma qualidade: a Misericórdia. Nossa alma pode unir-se a Ele apenas oferecendo-lhe como dom, como único dom, não as próprias virtudes, mas os próprios pecados! […] Se Jesus veio à terra, se Ele se fez homem, se algo anseia […] é unicamente: Ser Salvador. Ser médico! Nada mais Ele deseja1.” 

“Cria em mim, ó Deus, um coração puro, renova em mim um espírito resoluto.”

Depois, uma vez libertados e perdoados, e contando com a ajuda dos nossos irmãos, porque a força do cristão vem da comunidade, comecemos a amar concretamente o nosso próximo, seja ele quem for. “A parte que cabe a nós é manter o amor mútuo, de serviço, de compreensão, de participação nas dores, nos anseios e nas alegrias dos nossos irmãos; aquele amor que tudo cobre, tudo perdoa, típico do cristão2”. Finalmente, o papa Francisco diz: “O perdão de Deus [...] é o maior sinal da sua misericórdia. Um dom que cada [...] perdoado está chamado a partilhar com cada irmão e irmã que ele encontra. Todos os que o Senhor colocou ao nosso lado, os familiares, os amigos, os colegas, os paroquianos... todos são, como nós, necessitados da misericórdia de Deus. É bom ser perdoado, mas também tu, se quiseres ser perdoado, perdoa por tua vez. Perdoa! […] Para sermos testemunhas do seu perdão, que purifica o coração e transforma a vida3”.

Organizado por Augusto Parody Reyes com a  comissão da Palavra de Vida 

1) LUBICH, Chiara. Cartas dos primeiros tempos, 1946-1949. Org. F. Gillet. São Paulo: Cidade Nova, 2020, p. 20-21.

2) LUBICH, Chiara. Deus conosco. Palavra de Vida, maio de 2002.

3) PAPA FRANCISCO, Audiência Geral. A misericórdia cancela o pecado, 30 de março de 2016.

Fonte: https://www.cidadenova.org.b

EDITORIAL: Com Pedro, sempre

Papa Francisco: 11 anos de pontificado (Vatican Media)

Onze anos de pontificado no caminho da misericórdia e da paz.

ANDREA TORNIELLI

No silêncio ensurdecedor da diplomacia, em um panorama caracterizado pela cada vez mais evidente ausência de iniciativa política e de lideranças capazes de apostar na paz, enquanto o mundo inicia uma louca corrida armamentista, destinando a sofisticados instrumentos de morte somas que seriam suficientes para garantir duas vezes os cuidados de saúde básicos para todos os habitantes da terra e reduzir significativamente as emissões de gases do efeito estufa, a voz solitária do Papa Francisco continua a suplicar para silenciar as armas e a invocar a coragem para favorecer caminhos de paz. Continua a pedir um cessar-fogo na Terra Santa, onde o massacre impiedoso de 7 de outubro perpetrado pelos terroristas do Hamas foi seguido e continua a ser perpetrado pela trágica carnificina em Gaza. Ele continua a pedir para calar as armas no trágico conflito que eclodiu no coração da Europa cristã, na Ucrânia destruída e martirizada pelos bombardeamentos do exército agressor russo. Ele continua a invocar a paz nas outras partes do mundo, onde osàao travados com indescritíveis violência os conflitos esquecidos que compõe as peças cada vez maiores de um conflito mundial. 

O Bispo de Roma entra no décimo segundo ano de pontificado em uma hora sombria, com o destino da humanidade à mercê do protagonismo de governantes incapazes de avaliar as consequências das suas decisões que parecem render-se à inevitabilidade da guerra. E com lucidez e realismo diz que “é mais forte quem vê a situação, que pensa no povo”, ou seja, “quem tem coragem de negociar”, porque “negociar é uma palavra corajosa”, da qual não se deveria vergonhar. O Papa Francisco, desafiando as incompreensões dos próximos e dos distantes, continua a colocar no centro a sacralidade da vida, a estar próximo das vítimas inocentes e a denunciar os sujos interesses econômicos que movem os fios das guerras, revestindo-se de hipocrisia.

Um rápido olhar sobre estes últimos onze anos de história permite-nos compreender o valor profético da voz de Pedro. O alarme, lançado pela primeira vez há duas décadas, sobre a terceira guerra mundial em pedaços. A encíclica social Laudato si' (2015), que mostrou como as mudanças climáticas, as migrações, as guerras e a economia que mata são fenômenos interligados entre si e só podem ser abordados por meio de um olhar global. A grande encíclica sobre a fraternidade humana (Fratelli tutti, 2020), que indicou o caminho para construir um novo mundo baseado na fraternidade, eliminando mais uma vez qualquer álibi para o abuso do nome de Deus para justificar o terrorismo, o ódio e a violência. E depois a referência constante no seu ensinamento à misericórdia, que tece toda a trama de um pontificado missionário.

Nas sociedades secularizadas e “líquidas” sem mais certezas, nada pode ser dado como certo e a evangelização – ensina Francisco – recomeça a partir do essencial, como lemos na Evangelii gaudium (2013): «Voltamos a descobrir que também na catequese tem um papel fundamental o primeiro anúncio ou querigma, que deve ocupar o centro da atividade evangelizadora e de toda a tentativa de renovação eclesial (...). A centralidade do querigma requer certas características do anúncio que hoje são necessárias em toda a parte: que exprima o amor salvífico de Deus como prévio à obrigação moral e religiosa, que não imponha a verdade mas faça apelo à liberdade, que seja pautado pela alegria, o estímulo, a vitalidade e uma integralidade harmoniosa que não reduza a pregação a poucas doutrinas, por vezes mais filosóficas que evangélicas. Isto exige do evangelizador certas atitudes que ajudam a acolher melhor o anúncio: proximidade, abertura ao diálogo, paciência, acolhimento cordial que não condena».

O testemunho da misericórdia representa, portanto, um elemento fundamental deste “amor salvífico de Deus” que é “anterior à obrigação moral e religiosa”. Em outras palavras, quem ainda não teve contato com o fato cristão, como Bento XVI já tinha observado lucidamente em maio de 2010, dificilmente ficará tocado e fascinado pela afirmação de normas e obrigações morais, pela insistência nas proibições, pelas listas detalhadas de pecados, condenações ou apelos nostálgicos aos valores de um tempo.

Na origem da acolhida, da proximidade, da ternura, do acompanhamento, na origem de uma comunidade cristã capaz de abraçar e de ouvir, existe a reverberação da misericórdia que se viveu e que se procura - mesmo entre mil limitações e quedas - restituir. Se lermos com estes olhos os gestos do Papa, mesmo aqueles que provocaram em alguns as mesmas reações escandalizadas que os gestos de Jesus provocaram há dois mil anos, descobrimos o seu profundo poder evangelizador e missionário.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Papa: o ser humano é feito para o bem, à imagem de Deus

Audiência Geral de 13/03/2024 - Papa Francisco (Vatican Media)

Francisco, após oito catequeses dedicadas aos vícios, iniciou nesta quarta-feira (13) uma série de reflexões sobre as virtudes. Ao introduzir o tema, o Papa afirma que este "bem, que vem de um lento amadurecimento da pessoa até se tornar sua característica interior", é sustentado pela graça de Deus, e para que cresça e seja cultivado, são necessárias sabedoria e boa vontade. “Em um mundo deformado, devemos nos lembrar da imagem de Deus impressa em nós para sempre”.

https://youtu.be/QZ4J22sTpv4

Thulio Fonseca - Vatican News

Sorrisos, saudações, acenos e muitas felicitações pelos 11 anos de Pontificado do Papa Francisco. Este foi o clima inicial da Audiência Geral desta quarta-feira, 13 de março, mesma data que marca a eleição do cardeal Jorge Mario Bergoglio no Conclave de 2013. A bordo do papamóvel, o Santo Padre retribui o afeto dos fiéis expressando um dos seus traços mais fortes: a ternura.

Ao iniciar a Catequese, o Papa explicou aos fiéis que, devido a um resfriado, ainda não pode ler a catequese e convidou os presentes a escutarem com atenção o conteúdo proposto:

“Dou-lhes as boas-vindas, ainda estou um pouco resfriado, por isso pedi ao monsenhor para ler a catequese. Estejamos atentos, acredito que nos fará muito bem!”

Audiência Geral com o Papa Francisco (Vatican Media)

O capítulo das virtudes

O texto, proferido pelo padre Pierluigi Giroli, introduz o novo percurso de reflexões afirmando que, após a visão geral dos vícios, é chegado o momento de voltar o olhar para o quadro simétrico que se opõe à experiência do mal: as virtudes.

Segundo Francisco, o termo de origem latina, virtus, destaca sobretudo que a pessoa virtuosa é forte, corajosa, capaz de disciplina e ascetismo; portanto, o exercício das virtudes é fruto de uma longa germinação, que exige esforço e até sofrimento. Já a palavra grega, aretè, indica algo que se destaca, algo que emerge, que desperta admiração.

“A pessoa virtuosa é, portanto, aquela que não se distorce pela deformação, mas é fiel à sua vocação e realiza-se plenamente.”

Vocação de todos

“Estaríamos errados se pensássemos que os santos são exceções à humanidade: uma espécie de círculo estreito de campeões que vivem além dos limites da nossa espécie”, enfatiza o texto do Pontífice, afirmando que nesta perspetiva que acabamos de introduzir sobre as virtudes, os santos são antes aqueles que se tornam plenamente eles mesmos, que realizam a vocação própria de cada homem:

“Que mundo feliz seria aquele em que a justiça, o respeito, a benevolência mútua, a abertura de espírito e a esperança fossem a normalidade partilhada e não uma anomalia rara! É por isso que o capítulo sobre o agir virtuoso, nestes nossos tempos dramáticos em que frequentemente lidamos com o pior do humano, deve ser redescoberto e praticado por todos. Num mundo deformado devemos lembrar a forma com que fomos moldados, a imagem de Deus que está impressa em nós para sempre.”

Audiência Geral com o Papa Francisco (Vatican Media)

Conceito de virtude

O Santo Padre então recorda que o Catecismo da Igreja Católica oferece-nos uma definição precisa e concisa: “A virtude é uma disposição habitual e firme para praticar o bem” (n. 1803).

Não se trata, portanto, de um ato improvisado e um tanto aleatório, que cai dos céus de forma episódica, sublinha Francisco ao destacar que virtude é um habitus da liberdade. “Se somos livres em todos os atos, e sempre somos chamados a escolher entre o bem e o mal, a virtude é o que nos permite ter o costume de fazer a escolha certa.”

Uma vida virtuosa

Padre Giroli continua a leitura da reflexão com uma pergunta: Se a virtude é um dom tão belo, como é possível adquiri-la? A resposta a esta pergunta não é simples, é complexa:

“Para o cristão, o primeiro socorro é a graça de Deus!”

“O Espírito Santo atua em nós, batizados, trabalhando na nossa alma para conduzi-la a uma vida virtuosa. Quantos cristãos alcançaram a santidade através das lágrimas, percebendo que não conseguiam superar algumas das suas fraquezas! Mas eles experimentaram que Deus completou aquela boa obra que para eles era apenas um esboço. A graça sempre precede o nosso compromisso moral.”

Audiência Geral com o Papa Francisco (Vatican Media)

Sabedoria e liberdade

Na conclusão do texto o Santo Padre destaca que nunca devemos esquecer a riquíssima lição que nos foi transmitida pela sabedoria dos antigos, que nos diz que a virtude cresce e pode ser cultivada. E para que isso aconteça, o primeiro dom do Espírito a ser pedido é precisamente a sabedoria:

“O ser humano não é um território livre para a conquista de prazeres, de emoções, de instintos, de paixões, sem poder fazer nada contra essas forças, por vezes caóticas, que o habitam. Um dom inestimável que possuímos é a abertura da mente, é a sabedoria que sabe aprender com os erros para dirigir bem a vida. Depois precisamos da boa vontade: a capacidade de escolher o bem, de nos moldarmos com o exercício ascético, evitando os excessos.”

“Queridos irmãos e irmãs, é assim que iniciamos o nosso caminho através das virtudes, neste universo sereno que se apresenta desafiador, mas decisivo para a nossa felicidade”, conclui a reflexão do Pontífice.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santa Eufrásia

Santa Eufrásia (A12)

13 de março

Santa Eufrásia

Eufrásia nasceu em Constantinopla, hoje Istambul na Turquia, por volta de 380. Era filha única de pais ricos e convertidos ao Cristianismo, parentes do então imperador romano Teodósio. Assim ela passou a infância e juventude rodeada pelo luxo e prazeres da corte, que porém não a atraíam. De fato, sua mãe dedicava muito tempo ensinando-lhe o amor por Jesus e o horror do pecado, e seus pais, ainda que com posses, viviam de forma humilde.

Falecido o pai, o ambiente na corte passou a ser de interesseiros em relação a elas. A mãe, buscando um lugar tranquilo onde pudessem se dedicar totalmente a Deus, levou-a para o Egito, onde recomeçaram a vida. Lá, ambas dedicavam-se à caridade junto aos pobres, à visita a hospitais e a conventos. Com dez anos, Eufrásia desejou permanecer num convento de religiosas que a acolhia. A mãe consentiu, e as irmãs em breve se impressionaram com a sua maturidade precoce, acompanhado-as na rotina com disciplina e pontualidade. Ali ela cresceu, com uma vida regular, na prática do jejum e das orações.

Mas após o falecimento da mãe, o imperador a procurou, oferecendo-lhe um vantajoso casamento com um senador, através do qual a sua fortuna aumentaria ainda mais. Eufrásia recusou, reafirmando o desejo de manter-se virgem e seguir a vida religiosa. Em contrapartida, pediu a Teodósio que distribuísse aos pobres tudo o que herdara. Seguiu assim no convento, servindo com humildade as irmãs. Foram escritos relatos de que inúmeras graças e milagres aconteciam por sua intercessão, por exemplo a cura de menino moribundo quando ela fez sobre ele o sinal da Cruz.

Praticava um rigoroso jejum, passando sem comer dias inteiros, e evitando carnes, ovos, óleo e leite. Jamais provava vinho ou algo que lhe agradasse o paladar. Mas seus maiores desafios vieram de problemas no convento, como os desmandos de uma abadessa doentia e as acusações infundadas de uma irmã.

Em 12 de março de 412 a superiora teve uma visão, avisando-a de que Eufrásia iria morrer e ser proclamada santa. Eufrásia acreditou, embora fosse jovem e nada sentisse de mal. Por isso pediu para receber os últimos Sacramentos. No dia seguinte, efetivamente, ela começou a ter uma febre muito alta, e faleceu, sendo sepultada no próprio convento.

Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:

A vida aparentemente isenta de grandes acontecimentos de Santa Eufrásia é típica daquela santidade que em geral passa desapercebida do mundo, ávido de turbulências e agitações notáveis – mesmo para os cristãos. Um resumo superficial poderia indicar que era rica e passou a infância sem problemas, descobriu bem cedo sua vocação religiosa que não teve oposição, e passou a vida quase toda no recolhimento de um convento. Mas ao contrário, desde a infância teve que se esforçar, claro que com a ajuda dos pais, para fugir às seduções cortesãs do ambiente em que habitava, à facilidade de uma vida fútil pela riqueza, ao assédio de interesseiros na sua virgindade e fortuna; ao desconforto de mudar para uma terra e cultura distantes, onde conheceu as mazelas humanas e não o ócio, a decisão precoce de se separar da mãe e de se submeter a uma rígida disciplina; à pressão de um imperador e à tentação de manter uma enorme herança, às dificuldades de uma vida em comunidade reclusa, onde é necessária a obediência mesmo quando não é equilibrada a direção, e onde as pequenas asperezas da limitada convivência cotidiana se agigantam, sem que necessariamente estejam ausentes a falsidade, a má-fé, a inveja, o orgulho… sem contar com as dores naturais da perda dos pais por cima das penitências que, se bem que escolhidas livremente, não deixaram de exigir constância e empenho em enfrentar responsavelmente estes grandes desconfortos. E, naturalmente e mais importante, tudo isto feito por amor a Deus e ao próximo, não por algum tipo de fuga ou egoísmo, mas com a busca e esforço desde tenra idade no exercício interior de direcionar a alma para Deus. Esta não é uma batalha menos heroica do que outras santas vidas repletas de fatos e acontecimentos chamativos; e é a batalha pela santidade da imensa maioria dos católicos, que de forma discreta, sem buscar alarde nos seus atos, devem ser heroicos no dia a dia comum.

Oração:

Senhor Deus, imutável e constante no Vosso amor, dai-nos a graça de buscar, por intercessão de Santa Eufrásia, somente Vos servir, sem desejar aparecer para o mundo ou alimentar o próprio orgulho, mas, atentos à vida normal dos irmãos, percebermos as suas necessidades e servi-los a partir da sincera comunhão Convosco. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.


Fonte: https://www.a12.com/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF