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sexta-feira, 15 de março de 2024

Lançamento do livro do Cardeal Marc Ouellet ‘Para uma Teologia Fundamental do Sacerdócio’

Lançamento do livro do Cardeal Marc Ouellet (arqbrasilia)
Arquidiocese de Brasília participa do Lançamento do livro do Cardeal Marc Ouellet 'Para uma Teologia Fundamental do Sacerdócio'

Na manhã desta quinta-feira (14/03), o Cardeal Marc Ouellet realizou o lançamento do livro ‘Para uma Teologia Fundamental do Sacerdócio, no auditório central da Casa Dom Luciano, localizado na 905 Norte.

14 de março de 2024

Os Bispos Auxiliares de Brasília, Dom Antonio de Marcos e Dom Denilson Geraldo, diversos padres, religiosos, diáconos e leigos prestigiaram o Cardeal Marc Armand Ouellet durante a apresentação do seu livro que aborda a nova fase da reflexão teológica e pastoral no contexto das questões contemporâneas e sobre o ministério dos presbíteros, além do sacerdócio dos batizados.

“O Espírito Santo de Jesus Cristo coordena todos esses encontros, com a finalidade de santificar o seu povo. Esse encontro oferece uma preciosa oportunidade de se aprofundar no dom do Sacerdócio de Cristo e na Vocação dos Sacerdotes. Muito obrigado por esse momento de reflexão aqui com vocês no Distrito Federal. Desejo que este livro sobre o Sacerdócio seja uma circunstância favorável para evangelização do povo de Deus no Brasil”, frisa o Cardeal Marc Ouellet, Prefeito emérito do Dicastério para os Bispos e Presidente emérito da Pontifícia Comissão para a América Latina.

O livro aborda ainda o aprofundamento da relação entre as duas participações – batismal e ministerial – no único Sacerdócio de Cristo, fundamental para renovar a missão da Igreja através do espírito de abertura e diálogo do Concílio Ecumênico Vaticano II.

“Foi uma manhã muito rica. O Cardeal Marc nos apresentou o seu livro, onde ele trabalha a questão do sacerdócio ministerial e o sacerdócio comum dos fiéis. O tema sobre o sacerdócio comum dos fiéis precisa ser cada vez mais aprofundado, principalmente na igreja sinodal, onde o batismo está no centro, mas é claro que precisa se pensar sempre numa relação profunda entre o sacerdócio comum dos fiéis e do ministério ordenado, pois este é o caminho da igreja, onde o ministério ordenado é dom para o sacerdócio comum dos fiéis e para a vida da igreja”, destaca o Cardeal Dom Paulo Cezar Costa.

O lançamento do livro no Brasil já foi realizado em São Paulo, Belo Horizonte e no Distrito Federal. Na sexta-feira (15/03), será realizado o encontro com o Cardeal Marc Ouellet no Rio de Janeiro. “A divulgação dessa obra é um momento também importante para nós no Brasil, porque se trata de um grupo muito expressivo de teólogos de várias partes do mundo que foi convocado para esse simpósio em Roma e nós tivemos as contribuições por escrito, em dois volumes, um com as visões e aspectos complementares diferentes, mas sempre com grande profundidade. Aqui no Brasil nós não temos tantas publicações sobre o tema do sacerdócio e quando temos nem sempre é nessa perspectiva de integração do sacerdócio dos ministros ordenados, do sacerdócio ministerial e a realidade fundamental da igreja que é o sacerdócio comum de todos os fiéis da comunidade cristã”, frisa Dom Antônio Luiz Catelan Ferreira, Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro.

Confira as fotos do lançamento:


Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Café puro ou com leite? Veja os diferentes efeitos no corpo das duas versões

Café com leite — Foto: Freepik

Café puro ou com leite? Veja os diferentes efeitos no corpo das duas versões

O café preto estimula o sistema nervoso central, aumenta o estado de alerta e fornece polifenóis, enquanto a adição de leite adiciona cálcio ao corpo.

Por Melanie Shulman

 Em La Nacion

14/03/2024

O hábito de tomar café é uma das práticas mais comuns e difundidas na maioria das culturas ao redor do mundo. Muitas pessoas começam o seu dia saboreando uma ou várias xícaras de café para despertar. Outros destacam o prazer que o aroma e sabor proporcionam, ou simplesmente o pretexto para se reunir com amigos e tomar um cafezinho.

Após inúmeros debates e discussões sobre as virtudes do café, a Universidade de Harvard divulgou um comunicado no qual elogia a bebida e a considera, juntamente com o chá, uma das mais saudáveis para beber depois da água. Segundo explicam, há evidências de que o consumo de café não aumenta o risco de doenças cardiovasculares ou crônicas, como se costumava acreditar, graças à presença de antioxidantes e flavonoides, compostos naturais necessários para combater os radicais livres, proteger a saúde do coração e fortalecer o sistema imunológico.

Segundo explica a nutricionista argentina Paula Amiano, a bebida contém cafeína, uma substância que pertence à família das xantinas e estimula o sistema nervoso central, que “em excesso poderia causar certa dependência ou vício” ressalta.

Várias pesquisas sugerem que beber café pode reduzir as chances de desenvolver diabetes. Essa relação se baseia na capacidade da bebida pura de preservar a função das células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina, necessária para regular o nível de açúcar no sangue. Inclusive, “uma revisão de 30 estudos descobriu que cada xícara de café por dia estava relacionada a um risco 6% menor de desenvolver diabetes tipo 2”.

Outro benefício comprovado do café é que ele promove a longevidade, revela o diretor do Instituto Breyna Conrado Estol.

— É fonte de polifenóis, substâncias antioxidantes e anti-inflamatórias cuja função principal é proteger as células do corpo do estresse oxidativo, do desenvolvimento consequente de doenças e do risco de morte prematura — diz ele.

— Também foram encontrados benefícios cardiovasculares — afirma o especialista em medicina interna do Hospital de Clínicas José de San Martín Ramiro Heredia.

Um estudo citado pela Universidade de Harvard descobriu que beber cerca de quatro xícaras de café por dia reduz em 20% as chances de sofrer um derrame e três xícaras por dia reduzia em 21% o risco de morte por doenças cardiovasculares em relação aos que não consumiam.

Com ou sem leite

Diante da escolha entre café puro ou com leite, ambos têm seus prós e contras. Consumido puro, não adiciona calorias, e tem maior poder estimulante, já que a cafeína está mais concentrada.

O café tem uma “curva de efeito”: menos de duas xícaras não tem muito impacto e mais de cinco pode ser prejudicial. Mas é claro que depende do tamanho da xícara.

Amiano não recomenda o consumo de café puro por pessoas hipertensas, pois estimula o sistema nervoso e aumenta a frequência cardíaca. Outros grupos que devem restringir a ingestão de café puro são: mulheres grávidas ou amamentando, menores de idade, pessoas que sofrem de insônia e transtornos de ansiedade.

Nestes casos (exceto crianças), a nutricionista aconselha combiná-lo com leite porque “apazigua o efeito da cafeína”. Outro benefício é que ele fornece cálcio, mineral que fortalece o sistema ósseo e melhora o funcionamento dos músculos, nervos e circulação sanguínea.

Fonte: https://oglobo.globo.com/

Francisco: que o Jubileu ajude todos a viver a esperança

O Papa com os participantes da plenária do Dicastério para a Evangelização (VATICAN MEDIA Divisione Foto)

O Papa se encontrou com os participantes da plenária do Dicastério para a Evangelização, Seção para as Questões Fundamentais no Mundo, e disse que "o grande problema que temos diante de nós é compreender como superar a ruptura ocorrida na transmissão da fé". Convidou a promover a "espiritualidade da misericórdia".

Mariangela Jaguraba – Vatican News

O Papa Francisco recebeu em audiência, na Sala do Consistório, no Vaticano, nesta sexta-feira (15/03), os participantes da plenária do Dicastério para a Evangelização da Seção para Questões Fundamentais do Mundo.

Em seu discurso, lido pelo monsenhor Filippo Ciampanelli, o Papa recordou "a situação enfrentada por várias Igrejas locais, onde o secularismo das décadas passadas criou enormes dificuldades: desde a perda do sentido de pertença à comunidade cristã até a indiferença em relação à fé e aos seus conteúdos". Segundo Francisco, "esses são problemas sérios com os quais muitos irmãos e irmãs têm de lidar todos os dias, mas não podemos desanimar. O secularismo foi estudado e avalanches de páginas foram escritas sobre ele".

Conhecemos os efeitos negativos que ele produziu, mas este é um momento propício para entender qual é a resposta eficaz que somos chamados a dar às novas gerações para que possam recuperar o sentido da vida. O apelo à autonomia da pessoa, apresentado como uma das reivindicações do secularismo, não pode ser teorizado como independência de Deus, porque é Deus que garante a liberdade de ação pessoal.

"No que diz respeito à nova cultura digital, que apresenta muitos aspectos interessantes para o progresso da humanidade, ela também traz consigo uma visão do ser humano que parece problemática quando se refere à exigência da verdade que habita em cada pessoa, combinada com a exigência de liberdade nas relações interpessoais e sociais", ressaltou o Papa.

Segundo ele, "o grande problema que temos diante de nós é compreender como superar a ruptura ocorrida na transmissão da fé. Para isso, é urgente recuperar uma relação eficaz com as famílias e os centros de formação".

A fé no Senhor Ressuscitado, que é o coração da evangelização, para ser transmitida, requer uma experiência significativa vivida na família e na comunidade cristã como um encontro com Jesus Cristo que muda a vida. Sem esse encontro, real e existencial, a pessoa estará sempre sujeita à tentação de fazer da fé uma teoria e não um testemunho de vida.

A seguir, o Papa agradeceu aos participantes da plenária do Dicastério para a Evangelização, Seção para Questões Fundamentais do Mundo, "pelo serviço que prestam no campo da catequese", valendo-se do novo Diretório elaborado por eles em 2020. Segundo o Papa, este "é um instrumento válido e pode ser eficaz, não só para a renovação da metodologia catequética, mas sobretudo, para o envolvimento da comunidade cristã como um todo".

Nessa missão, um papel específico é confiado a quantos receberam e receberão o ministério de catequista, para que sejam fortalecidos em seu compromisso a serviço da evangelização. Espero que os bispos saibam nutrir e acompanhar as vocações para esse ministério, especialmente entre os jovens, para que a distância entre as gerações seja reduzida e a transmissão da fé não pareça uma tarefa confiada apenas aos idosos.

Nesse sentido, o Pontífice "encorajou a encontrar maneiras para que o Catecismo da Igreja Católica possa continuar sendo conhecido, estudado e valorizado, para que dele possam ser extraídas respostas às novas exigências que surgem com o passar das décadas".

A seguir, Francisco falou a propósito da "espiritualidade da misericórdia, como conteúdo fundamental na obra de evangelização".

A misericórdia de Deus nunca falha e somos chamados a dar testemunho dela e a fazê-la circular nas veias do corpo da Igreja. Deus é misericórdia. A pastoral dos Santuários, que é de sua responsabilidade, precisa ser imbuída de misericórdia, para que quem chega a esses lugares possa encontrar oásis de paz e serenidade.

Segundo o Papa, "os Missionários da Misericórdia, com o seu serviço generoso ao Sacramento da Reconciliação, dão um testemunho que deve ajudar todos os sacerdotes a redescobrir a graça e a alegria de serem ministros de Deus que perdoa sempre e sem limites. Ministros de Deus que não só esperam, mas vão ao encontro, vão em busca, porque é um Pai misericordioso, não um patrão, é um bom Pastor, não um mercenário, e se enche de alegria quando acolhe uma pessoa que retorna, ou a reencontra enquanto vagueia em seus labirintos. Quando a evangelização é realizada com a unção e o estilo da misericórdia, o coração se abre com mais disponibilidade à conversão".

A seguir, o Papa falou sobre a preparação para o Jubileu Ordinário do próximo ano.

Será um Jubileu no qual deverá emergir a força da esperança. Dentro de algumas semanas tornarei pública a Carta Apostólica para o seu anúncio oficial: espero que estas páginas possam ajudar muitos a refletir e sobretudo a viver concretamente a esperança. Esta virtude teologal foi vista poeticamente como a “irmã mais nova” entre as outras duas, a fé e a caridade, mas sem a qual estas duas não podem avançar e não se expressam em sua melhor forma.

Francisco lembrou "que este ano que antecede o Jubileu é dedicado à oração". "Precisamos redescobrir a oração como uma experiência de estar na presença do Senhor, de nos sentirmos compreendidos, acolhidos e amados por Ele. Como Jesus nos ensinou, não se trata de multiplicar nossas palavras, mas sim de dar espaço ao silêncio para ouvir sua Palavra e acolhê-la em nossa vida. Comecemos, irmãos e irmãs, a rezar mais, a rezar melhor, na escola de Maria e dos santos", concluiu.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Clemente Maria Hofbauer

São Clemente Maria Hofbauer (A12)
15 de março
São Clemente Maria Hofbauer

João Evangelista Hofbauer, nascido e batizado a 26 de dezembro de 1751, nasceu em Tasswitz, pequena aldeia rural da Morávia, na atual República Tcheca. Ficou conhecido também pelo seu nome moraviano, Pavel ("João"). Nono dos 12 filhos de uma família humilde, muito simples e pobre. Seu pai era açougueiro.

Ainda criança, adorava rezar o rosário com a família, chamando-a para isso; foi um fervoroso devoto de Nossa Senhora. Seu pai morreu quando ele tinha apenas 6 anos de idade; a mãe então segurou um crucifixo diante dele, e disse: “De agora em diante, Ele é seu pai. Cuide para que você nunca O aflija pelo pecado”.

Quando jovem, não pôde frequentar muito a escola, mas cedo começou a estudar Latim, o que fez até aos 14 anos de idade. Em 1767 foi enviado para uma padaria, a aprender a profissão de padeiro, e em 1770 foi trabalhar na padaria de um mosteiro Premonstratense, o mosteiro dos Monges Brancos em Kloster Bruck. Nesta época, por causa da guerra, havia fome e muitos desabrigados, que procuravam ajuda no mosteiro. João trabalhou dia e noite para socorrê-los. Ali também pôde estudar. Mas não sentiu afinidade com a Ordem, e em 1771, seguiu para um local retirado em Mühlfrauen, vivendo como eremita e tomando o nome de Clemente Maria.

Não ficou lá muito tempo, voltando ao seu ofício de padeiro, em Viena, Áustria. Na famosa padaria onde estava, conheceu duas senhoras ricas e piedosas, que se ofereceram para pagar seus estudos eclesiásticos, pois sendo pobre não conseguia custeá-los. Iniciou a universidade, estudando Filosofia, e logo discerniu que não era esta a sua vocação.

Em 1784, em peregrinação a Roma com um estudante amigo, Tadeu Huebl, chegaram ao mosteiro Redentorista recentemente instalado em São julião, no Monte Esquilino, onde foram recebidos. Decidiram entrar para a vida religiosa e ficaram como candidatos. Após breve noviciado, foram ordenados em março de 1785, em Alatri. Clemente estava com 34 anos, e com Tadeu voltou a Viena, onde pretendia estabelecer uma casa da Congregação. Mas o imperador José II da Áustria, anticlerical, estabeleceu leis que inviabilizavam o projeto. Deslocaram-se então para Varsóvia, na Polônia, onde lhes foi confiada a igreja de São Beno (ou Benone), abandonada como o estado da fé dos paroquianos: indiferentes e tíbios, sem instrução religiosa ou vida sacramental.

Alarmado com esta situação, Clemente iniciou, com Tadeu e mais seis irmãos, uma intensa atividade pastoral, a “Missão Perpétua”, um programa diário de pregações, instruções, confissões e devoções, que atraíram multidões. Explicitavam, assim, o seu carisma, associados, congregados, para serem instrumentos da Redenção, redentoristas. Clemente era um "leão no púlpito" e um "cordeiro no confessionário", dizendo com clareza a verdade nos sermões, mas acolhendo os penitentes como pai carinhoso. Ficou também conhecido como o “padre que benzia terços”, por sua imensa devoção mariana, e chamava o Rosário de sua “biblioteca”, explicando que por essa devoção conseguia tudo que pedia a Deus.

Seus 20 anos de atividade na Polônia provocaram uma gigantesca transformação, duradoura e eficaz, atraindo inclusive numerosos candidatos à vida religiosa. Tal êxito, em boa parte, foi por causa do mesmo recurso que utilizaria depois em Viena: a valorização da beleza da liturgia e das cerimônias, que estimulavam o senso do sagrado.

Fundou também um orfanato, em 1787, que funcionou até 1808, quando Napoleão Bonaparte, numa época de restrições religiosas, pressionou para que os redentoristas fossem expulsos da Polônia. A igreja de São Beno foi fechada e os 40 redentoristas que lá moravam foram presos por um mês até serem exilados. Com sofrimento, mas resignação cristã, Clemente viu na situação um sinal da Providência.

De volta a Viena, São Clemente já no ano seguinte trabalhou como capelão de um hospital, para atender aos soldados feridos na invasão napoleônica à cidade. Por seu zelo, o arcebispo pediu-lhe para cuidar de uma pequena Igreja dos italianos, onde ficou por quatro anos, até ser nomeado capelão do convento das Irmãs Ursulinas, em julho de 1813. Suas pregações atraíram milhares de pessoas, em especial jovens e intelectuais, artistas e pessoas ricas. Toda semana acontecia uma grande conversão.

Clemente deseja expandir a Congregação, solicitando permissão para estabelecer os redentoristas na Áustria, mas as políticas maçônicas anticlericais de então o impediam, tanto antes em Varsóvia como agora em Viena. Acabou por isso sendo proibido de pregar e ameaçado de expulsão. Mas o Papa Pio VII, resistindo à pressão, concedeu que fosse fundada uma comunidade redentorista na Áustria. A permissão, contudo, só chegou no dia da sua morte. De toda a forma, foi a partir da Província Austríaca que a Congregação se expandiu para todo o mundo.

Após 12 anos renovando a vida cristã da Áustria, sobretudo de Viena, São Clemente morreu nesta mesma cidade, no dia 15 de março de 1820. É considerado o segundo fundador e principal propagador da Congregação Redentorista. Recebeu o título de Apóstolo de Viena, sendo seu patrono, e também dos padeiros.

Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:

A história de São Clemente é um belo e orgânico desenvolvimento da vida de fé. A família do simples açougueiro lhe deu carne e sangue espirituais para, no esforço do trabalho e estudo, buscar com sinceridade, sem acomodações e apesar das dificuldades, a sua verdadeira vocação – o empenho favorece a Providência - em tudo Clemente amadureceu na resignação cristã, confiando na Providência com a virtude teologal da Esperança, e por isso viu num exílio um sinal para expandir a Fé a outros irmãos necessitados; para os fiéis, os fracassos são sempre sinais de sucessos, seja porque implicam numa perseguição (sinal de boa atividade da Igreja), como a da maçonaria contra os redentoristas, seja porque impelem a melhorias pessoais, ou a quem mais precisa. Pela Fé, Clemente jamais desanimou do serviço ao Cristo – da Caridade – concretizando assim, harmoniosamente, a trindade de virtudes fundamentais para a vida da alma. E isto aconteceu porque as boas sementes da formação católica, na família, germinaram como o trigo, que gera o pão, que o jovem Clemente distribuiu aos pobres na fome material, para mais tarde dar-lhes o pão Eucarístico que sacia a alma. Mas a germinação depende de quem regue, e de quem rogue: se a mãe terrena lhe mostra um novo Pai, a Mãe Celeste lhe oferece o Filho, na devoção ao Rosário que lhe faz tudo conseguir. Assim o pequeno João desabrocha na plenitude do seu nome (ao qual uniu Maria), clemente e evangelista, nome pessoal que, como Jesus (= Salvador) Cristo (= Ungido), significa a missão que lhe é própria. Missão escolhida de forma consciente e livre, gratuitamente (Hofbauer = gratuito). Altíssima é a beleza da perfeição dos desígnios de Deus, e contemplá-la nos eleva a Ele! A Beleza, que leva a Deus, coroa e mostra a aguda percepção das almas no apostolado de São Clemente, que cuidava com arte da Liturgia e das cerimônias, com respeito a e para a Glória de Deus, e para mais fácil e agradavelmente conduzir o povo ao que é sagrado: belo e necessário, também, é que o imitemos, hoje, por amor a Deus e ao próximo, e para o bem de nossas almas.

Oração:

Senhor, concedei-nos, por intercessão de São Clemente Maria Hofbauer, a total confiança em Vós, de modo a, como ele, diariamente iniciarmos o trabalho de purificação das nossas almas com o pouco que temos, e perseverando no empenho e na Fé, alcançarmos o grande objetivo da Salvação, como instrumentos da Vossa caridade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.


Fonte: https://www.a12.com/

quinta-feira, 14 de março de 2024

Papa: Deus nos fez administradores, não senhores do planeta

Francisco recebe em audiência os participantes da conferência sobre os Povos Indígenas (Vatican Media)

Na manhã desta quinta-feira (14), o Papa recebeu em audiência os participantes do workshop promovido pelas Pontifícias Academias de Ciências e Ciências Sociais, que tem como tema: "Conhecimento dos povos indígenas e as ciências". "A Igreja está com vocês, aliada aos povos indígenas e seus conhecimentos, e aliada à ciência para fazer com que a fraternidade e a amizade social cresçam no mundo", enfatiza Francisco em seu discurso.

Vatican News

As mudanças climáticas, a perda de biodiversidade, as ameaças à segurança alimentar e à saúde e outros desafios ainda representam os problemas críticos mais urgentes da atualidade e, para enfrentá-los, é necessário levar em conta o conhecimento dos povos indígenas e das ciências. Foi o que observou Francisco ao receber em audiência os participantes da conferência que tem como objetivo, como explica o Papa, "reconhecer o grande valor da sabedoria dos povos nativos e favorecer o desenvolvimento humano integral e sustentável", e também para "enviar uma mensagem aos governos e às organizações internacionais em favor da justiça e da fraternidade".

O workshop, promovido pelas Pontifícias Academias de Ciências e Ciências Sociais, traz como tema: "Conhecimento dos povos indígenas e as ciências: Combinando conhecimento e ciência sobre vulnerabilidades e soluções para a resiliência", realizado no Vaticano, nos dias 14 e 15 de março.  Entre os participantes estão presentes diversos representantes do Brasil, entre eles, a ministra do governo brasileiro para os Povos Indígenas, Sônia Guajajara.

Crescer na escuta recíproca

Francisco, ao receber os participantes, deu-lhes as boas-vindas e afirmou que, devido a um resfriado, o padre rosminiano Pierluigi Giroli é quem deveria ler seu discurso. No início do texto, o Santo Padre manifesta seu apreço pela iniciativa e lembra que, graças aos esforços da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), nasceu uma plataforma que reúne cientistas, acadêmicos e especialistas indígenas e não indígenas, para estabelecer um diálogo que visa garantir a salvaguarda dos sistemas alimentares dos povos originários.

"Gostaria de destacar que esse workshop representa uma oportunidade para crescermos em escuta recíproca: escutar os povos indígenas, para aprender com sua sabedoria e seus estilos de vida, e ao mesmo tempo escutar os cientistas, para beneficiar-se de suas pesquisas."

Proteger a diversidade de tradições e culturas

O Papa observa que a conferência tem o objetivo de convocar governos e grandes organizações para reconhecer e respeitar "a diversidade dentro da grande família humana". A perda de tradições, culturas e espiritualidade, enfatiza, representaria de fato um empobrecimento para todos:

"Os projetos de pesquisa científica e, consequentemente, investimentos, devem ser direcionados decisivamente para a promoção da fraternidade humana, justiça e paz, para que os recursos possam ser coordenados e alocados para responder aos desafios urgentes enfrentados pela Terra, nosso lar comum, e pela família dos povos."

O diálogo ajuda a superar os conflitos

O texto do Pontífice sublinha a necessidade de uma conversão e uma visão alternativa àquela que atualmente conduz nosso mundo a conflitos crescentes. "O diálogo aberto entre o conhecimento indígena e as ciências, entre comunidades de sabedoria ancestral e as das ciências, pode ajudar a enfrentar de maneira nova, mais integral e mais eficaz questões cruciais como água, mudanças climáticas, fome e biodiversidade", enfatiza Francisco. Para o Papa, essas questões estão todas interconectadas:

"No diálogo entre o conhecimento indígena e a ciência, devemos ter claramente em mente que todo esse patrimônio de conhecimento deve ser empregado como meio de superar conflitos de maneira não violenta e combater a pobreza e as novas formas de escravidão. Deus, o Criador e Pai de todos os povos e de tudo o que existe, nos chama hoje a viver e testemunhar nosso chamado humano à fraternidade universal, liberdade, justiça, diálogo, encontro recíproco, amor e paz, e evitar alimentar o ódio, ressentimento, divisão, violência e guerra."

“Deus nos fez guardiões e não senhores do planeta: somos todos chamados a uma conversão ecológica, comprometidos em salvar nossa casa comum e viver uma solidariedade intergeracional para salvaguardar a vida das gerações futuras, em vez de dissipar recursos e aumentar a desigualdade, a exploração e a destruição.”

A Igreja aliada aos povos indígenas e à ciência

As palavras finais do Papa para os participantes da conferência são de encorajamento para continuar o compromisso e o acompanhamento. Assegurando-lhes suas orações e bênçãos, Francisco afirma:

"A Igreja está com vocês, aliada aos povos indígenas e seus conhecimentos, e aliada à ciência para fazer com que a fraternidade e a amizade social cresçam no mundo".

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Viver a Liturgia na Paróquia

Para viver a Liturgia (arquidiocesebh)

VIVER A LITURGIA NA PARÓQUIA

Cardeal Orani João Tempesta
Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ)
 

Cadernos do Concílio – Volume 8 

Dando continuidade à nossa preparação para o grande jubileu do próximo ano e aos sessenta anos de encerramento do Concílio Ecumênico Vaticano II, nos debruçaremos ao longo desse artigo em mais um volume da coleção Cadernos do Concílio, que recorda os principais documentos desse Concílio marcante para a história da Igreja. O Magistério da Igreja resolveu fazer isso em preparação ao jubileu para que possamos ter contato novamente com esses documentos, e ainda de certa forma reviver o Concílio Ecumênico Vaticano II.  

Antes de querermos realizar um outro Concílio, ou criarmos “ideologias” para não aceitar o Concílio Vaticano II, temos que viver muita coisa deste Concílio Ecumênico que ainda não foi vivido. Como bem sabemos grande parte das atualizações que Concílio propôs foi a reforma litúrgica. Tudo aquilo que a Igreja faz ou propõe é para melhorar a participação dos fiéis e fazer com que os batizados cresçam em sua vida de fé.  

A liturgia não envolve somente a celebração da Santa Missa, mas todo momento de oração é regido pela sagrada liturgia. Podemos dizer que a liturgia orienta aquilo que vai acontecer ao longo da Missa ou do momento de oração. Para que a liturgia aconteça de maneira ordenada e tudo saia corretamente é preciso em primeiro lugar preparar bem e em segundo lugar aqueles que tiverem a frente da liturgia não devem fazer nada correndo ou com pressa, mas realizar tudo devagar e com calma.  

A liturgia é da Igreja e está no coração da Igreja, por isso, ao longo dela deve-se evitar algumas ideologias e não “criar” uma liturgia própria. Por isso temos que seguir aquilo que foi proposto na reforma litúrgica para caminharmos juntos como Igreja. Lembrando que fazemos parte de um Corpo que tem Cristo como cabeça. Toda a liturgia deve estar voltada para a cabeça que é Cristo.  

A liturgia é para além da história, ou seja, surgiu há muitos anos, desde o Antigo Testamento era celebrada, é claro, que não da forma que conhecemos hoje, mas foi se adaptando ao longo do tempo. No Antigo Testamento o povo judeu se reunia no templo para recitar salmos e ouvir a Torah. No Novo Testamento o povo judeu se reunia nas sinagogas para meditar a Torah e recitar os salmos. Jesus rezava com os seus discípulos meditando os salmos. Na noite da última Ceia, antes de lavar os pés dos discípulos e partir o pão, Jesus rezou com os discípulos recitando os salmos. Após a ressurreição de Jesus, os discípulos iniciando a vida da Igreja primitiva celebravam a liturgia, anunciando a Palavra, partilhando tudo o que tinham em comum e partindo o pão. Nos dias de hoje, muita coisa mudou, mas a essência permaneceu, o anúncio da Palavra e a partilha do pão. Ao longo da Missa participamos de duas grandes mesas: a mesa da Palavra e a mesa da Eucaristia, temos que abrir os ouvidos e o coração para que a Palavra faça morada em nós, após acolhermos a Palavra, comungamos da Eucaristia.  

Em toda Missa recordamos do mistério Pascal de Cristo, ou seja, fazemos memória daquilo que aconteceu na última Ceia. Esse fazer memória não é apenas uma repetição das palavras de Jesus na última ceia e nem um mero teatro, mas naquele momento o sacerdote age na pessoa de Cristo, ou seja, é o próprio Cristo ali presente, e pede ao Pai para que envie o Espírito Santo para que aquelas oferendas do pão e do vinho se tornem no Corpo e Sangue de Cristo. Portanto, ao fazer memória do que aconteceu na última Ceia, tornamos ao mesmo tempo esse acontecimento atual. Por isso, que é mistério e o sacerdote ao final diz: “Mistério da fé”. O memorial faz parte da liturgia todas as vezes que invocamos a presença de Jesus no meio de nós. O sacerdote diz ao menos três vezes ao longo da missa a frase: “O Senhor esteja convosco” e respondemos: “Ele está no meio de nós”. Cristo está no meio de nós através do Espírito Santo, que além de animar a vida da comunidade, torna possível o mistério que está sendo celebrado.  

A liturgia ainda se adapta as diferentes culturas, ou seja, a liturgia fala a língua do povo e quer estar próxima do povo. Quando Jesus enviou os discípulos no dia de Pentecostes, os enviou aos quatro cantos da terra, ou seja, a Igreja é universal, presente no mundo todo, por isso, em cada lugar a liturgia se adapta a cultura local, mas não perdendo a essência do mistério que é Cristo.  

Esse Caderno nº 8 do Concílio escrito por Samuele Ugo Riva ainda faz um alerta para que tenhamos o cuidado de não fazer “exageros” na liturgia, ou seja, conforme já disse o centro da liturgia é Cristo, Ele é a essência, por isso, temos que ter o cuidado de ao celebrarmos a liturgia não perder essa essência. O texto diz ainda a respeito do Domingo: esse é o dia por excelência, dia da ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. O cristão é convidado a viver esse dia com alegria e intensidade, sendo a Missa como obrigatoriedade nesse dia.  

 Nos dias de hoje temos que resgatar em nossas famílias a importância do Domingo. Infelizmente hodiernamente com o avanço da tecnologia e outros atrativos as famílias acabam deixando a Missa de lado, o lazer o descanso, e o estar com a família são possíveis nesse dia, mas não podemos perder a essência do Domingo e dedicar esse dia ao Senhor.  

A liturgia deve ser vibrante e não reduzida a um ritual árido e incompreensível. A liturgia não pode ser engessada, mas a liturgia deve ser animada e conduzir as pessoas ao mistério celebrado. Na liturgia é toda a comunidade que celebra e o sacerdote é o presidente da celebração.  

Conforme diz o título desse documento, devemos viver a liturgia na paróquia e vivê-la bem com afinco e alegria. Em cada paróquia deve haver um grupo responsável pela liturgia para preparar, aprofundar e animar a vida da comunidade e esse grupo, juntamente com o sacerdote, deve conduzir a comunidade ao mistério central que é Cristo. Animados pelo Espírito Santo vivamos de maneira intensa a liturgia e tenhamos gosto por participar da missa, sobretudo as dominicais.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Jovens vão peregrinar milhares de quilômetros com a eucaristia nos EUA

Alguns dos "Peregrinos Perpétuos", Matthew, Amayrani e Charlie | National Eucharistic Pilgrimage | ACI Digital

Um grupo de 24 jovens peregrinos católicos vai caminhar milhares de quilômetros pelos EUA nos próximos meses levando Jesus Cristo Sacramentado na Eucaristia pelo campo e pelas ruas das cidades rumo ao Congresso Eucarístico Nacional de 2024.

Coletivamente, os peregrinos vão caminhar mais de 10,4 mil km e percorrer quatro rotas diferentes, começando em lados opostos do país e encontrando-se em Indianápolis, Indiana, para o Congresso Eucarístico Nacional, marcado para 17 a 21 de julho.

Os 24 “Peregrinos Perpétuos”, seis por rota, todos com idades entre 19 e 29 anos, se comprometeram a abrir mão das férias de verão e de enfrentar o sol e a chuva para ajudar a Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB, na sigla em inglês) a reconsagrar o país a Cristo na Eucaristia. Acompanhados durante todo o percurso por padres, os peregrinos vão percorrer de 16 a 24 quilômetros todos os dias, principalmente a pé, enquanto participam de uma pequena procissão eucarística, começando no fim de semana de Pentecostes, de 17 a 19 de maio.

O processo de candidatura de peregrinos foi aberto em outubro do ano passado e os nomes dos peregrinos foram anunciados na última segunda-feira (11).

A Rota Seton

A Rota Seton, que começa em Connecticut e leva o nome da primeira santa nascida nos EUA, santa Elizabeth Ann Seton, vai passar por várias das maiores cidades do país, como Baltimore, sede da mais antiga diocese do país.

Amayrani Higueldo Sanchez, recém-formada na escola de enfermagem da Filadélfia, viveu meses desestruturados depois de sua formatura. Ao mesmo tempo ela diz que, durante sua movimentada experiência na escola de enfermagem, sentiu sempre um impulso para passar mais tempo com Jesus em adoração.

Então, quando surgiu a oportunidade de deixar tudo e passar meses viajando com Jesus Eucarístico por todo o país, ela disse que parecia uma forma providencial de passar mais tempo com Jesus e encorajar outros a fazerem o mesmo.

Higueldo, natural de Acapulco, no México, que vive na região de Filadélfia desde os sete anos, disse estar especialmente ansiosa para levar a eucaristia às principais cidades do leste dos EUA. Ela descreveu um encontro poderoso que teve com a eucaristia durante um retiro na adolescência e expressou a esperança de levar uma experiência semelhante aos participantes ao longo do percurso.

“Lembro-me apenas do olhar penetrante de Nosso Senhor. Simplesmente penetrou todo o meu corpo e toda a minha alma. E eu me lembro de apenas ser, me sentir, vista, amada e redimida pela primeira vez na minha vida”, lembrou ela.

“E realmente mudou toda a trajetória da minha vida, só aquele olhar de Jesus no Santíssimo Sacramento. E realmente, fui restaurada naquele momento e busquei o sacramento da reconciliação logo em seguida. E não tenho sido a mesma desde então. Eu costumava ser tão tímida, então não falava com ninguém. Eu estava mergulhada no pecado. E agora eu penso, você está conversando com as pessoas e fazendo essa peregrinação eucarística, conversando com muitas, muitas pessoas. E realmente, isso realmente mudou minha vida.”

Higueldo, que trabalhou na pastoral de jovens na sua paróquia de origem durante os últimos sete anos, disse estar ansiosa por testemunhar a sua fé na eucaristia em pequenas formas, especialmente quando tiver a oportunidade de falar com os seus colegas de língua espanhola ao longo da rota e em sua cidade natal.

“Sei que o Senhor quer derramar muitas graças nesta peregrinação a tantos. Então, ser capaz de levar isso... aqui em casa, na Filadélfia, para muitas paróquias que conheço, será incrível testemunhar e poder testemunhar - um lugar na primeira fila para as graças que o Senhor quer derramar ”, disse Higueldo.

A Rota Mariana 

Matthew Heidenreich, do Estado de Ohio e estuda no Alabama, vai caminhar pela Rota Mariana do norte, que começa na nascente do rio Mississippi, em Minnesota.

Heidenreich disse à CNA, agência em inglês do grupo EWTN, a que pertence ACI Digital, que sua relação pessoal com Cristo começou numa peregrinação eucarística enquanto participava de uma adoração em um acampamento de verão católico. Foi ali, durante uma hora de adoração na natureza, que ele chegou pela primeira vez a um “lugar de entrega” a Cristo.

Ele disse estar ansioso para ajudar a dar “permissão a outra pessoa para deixar o Senhor fazer a mesma coisa em seu coração, abrindo seu coração para receber o que o Senhor deseja dar tão livremente”.

Ele também disse que está entusiasmado por permitir que as suas palavras e ações testemunhem o seu amor pela Eucaristia, com a oportunidade de mostrar a milhares de pessoas ao longo do caminho a importância que a Eucaristia tem.

“Acho que só de ver um grupo de seis a oito jovens que deram tudo durante um verão para seguir a Cristo fala profundamente”, disse Heidenreich.

“Se alguém está disposto a seguir algo, a deixar para trás as coisas que você poderia ter feito, a deixar para trás a segurança e a seguir alguém ou alguma coisa, isso diz algo poderoso.”

Fonte: https://www.acidigital.com/

Descobertas sobre Santo Sudário são aprofundadas em livro inédito lançado no Brasil

A obra reúne evidências históricas e científicas que fundamentam a autenticidade da mortalha de Jesus Cristo | Vatican News

A obra, recém-lançada no país e publicada pela 'Minha Biblioteca Católica', investiga dados da história e da ciência envolvendo a relíquia sagrada. O livro é de autoria do historiador francês Jean-Christian Petitfils.

Vatican News

Na fé católica, o Santo Sudário se apresenta como possibilidade de prova viva da Ressurreição. Com objetivo de reunir evidências históricas e científicas que fundamentam a autenticidade da mortalha de Jesus Cristo, o historiador francês Jean-Christian Petitfils decidiu escrever um livro que é resultado de mais de quatro décadas de pesquisas. E, pela primeira vez, o público brasileiro terá acesso a essa obra que se aprofunda na história e na ciência por trás dessa relíquia sagrada. Recém-lançado, “O Santo Sudário: testemunha da Paixão e da Ressurreição”, publicado por Minha Biblioteca Católicaoferece uma visão abrangente e atualizada sobre o tema em três partes: história, ciência e iconografia.

Segundo Matheus Bazzo, a leitura proporciona uma meditação profunda no sacrifício redentor de Nosso Senhor. “Somos conduzidos para uma jornada de fé, descoberta e reflexão. Esse é um livro fascinante, que certamente impactará e enriquecerá a fé de muitos católicos. Sua importância está na capacidade de unir ciência e fé em um diálogo profundo e significativo”, avalia o fundador da Minha Biblioteca Católica.

A obra investiga desde os testes científicos que iniciaram no começo do século 20 e chega até as mais recentes discussões sobre o teste de carbono-14. Cada aspecto é avaliado pelo autor, apresentando estudos com evidências convincentes em relação à autenticidade do Sudário de Turim. São explorados diversos detalhes, incluindo tipo de tecido, tridimensionalidade real da imagem e elementos presentes no material, como pólen.

Quaresma e jornada espiritual

O período de lançamento do livro no Brasil — durante a Quaresma — não foi uma coincidência. A obra busca oferecer uma nova perspectiva sobre a Paixão de Cristo ao longo destes 40 importantes dias do calendário litúrgico da Igreja, convidando os leitores a evoluírem em sua fé e devoção. “Esse livro é um recurso poderoso para nos ajudar em direção à santidade, propiciando a cada um de nós uma verdadeira experiência de intimidade com Deus. Somos chamados a uma compreensão renovada da nossa fé”, conclui Matheus Bazzo.

Confira trechos da obra:

“Nessa imagem integral e verdadeira que o Cristo redentor nos deixou de si mesmo, na mortalha de seu sepulcro, e que Ele como que a preparou para ser revelada ao mundo ao fim de uma era de ceticismo e incredulidade, em que sua divindade nunca foi tão negada, pode-se ver um penhor de renovação cristã para os tempos vindouros.”

“Quando João percebeu que o túmulo estava vazio, desceu os poucos degraus. A mortalha estava posta sobre o nicho, esticada sobre o banco talhado no calcário a 60 cm do chão, exatamente onde estava quando o túmulo foi fechado. Vista de cima, sua aparência assemelhava-se muito à de 36 horas antes, quando, como especificou João, o corpo fora envolto num tecido de linho, segundo a maneira de sepultar usada entre os judeus. O sudário que fora colocado sobre o rosto estava na mesma câmara, enrolado separadamente, formando um cone irregular com seu nó acima. Em suma, nesse pequeno espaço, não havia qualquer impressão de desordem ou de ordem artificialmente recriada. A Mortalha não tinha sido movida. Não tinha caído no chão, nem fora amarrotada depois de aberta. Estava simplesmente estendida, não mais deformada pela posição curvada da cabeça e pela contração dos joelhos”.

“No caso da Mortalha, que funcionou como um curativo, as manchas de sangue são visíveis na frente e no verso do tecido; o sangue, portanto, passou através dele e, em 36 horas, teve tempo suficiente para secar e colar a Mortalha às inúmeras feridas. Ao ser examinada a Mortalha, nenhuma das centenas de manchas apresenta borda irregular ou danificada. Há que se render às evidências: o corpo se desprendeu da Mortalha sem deixar o menor vestígio de separação. Esse caso impossível, evidentemente, não é reproduzível, mas, por outro lado, é extremamente fácil de ser verificado; basta examinar a Mortalha... isso está ao alcance de todos”.

“Longe de nós a ideia de que essa relíquia possa, por si só, provar a materialidade da Ressurreição, que é uma realidade física como um ato de fé – e que, portanto, só pode ser compreendido na plenitude da Revelação. No entanto, a Mortalha nos proporciona uma proximidade misteriosa e singular dela”.

Colaboração: Minha Biblioteca Católica e Critério

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF