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domingo, 21 de abril de 2024

Por que Jesus, Bom Pastor, dá a vida pelas suas ovelhas?

©Zwiebackesser/Shutterstock
Roberto Mena publicado em 07/05/17 atualizado em 19/04/24
Jesus diz “Eu sou o Bom Pastor” porque se preocupa com o seu rebanho, mas mais importante ainda, ele os ama tanto que dá a vida pelas suas ovelhas.

“Eu sou o Bom Pastor” ( João 10:11 ) é a quarta das sete declarações “eu sou” de Jesus registradas apenas no Evangelho de João. Essas proclamações “Eu sou” apontam para Sua identidade e propósito divinos e únicos.

Imediatamente após declarar que Ele é “a porta” em João 10:7 , Jesus declara: “Eu sou o bom pastor”. Ele se descreve não apenas como “o Pastor”, mas como “o Bom Pastor”.

Deve ser entendido que Jesus é “o Bom Pastor, não simplesmente “um bom pastor, como outros podem ser, mas único em caráter ( Salmo 23 , Zacarias 13:7 , Hebreus 13:20 , 1 Pedro 2:25 ; 1 Pedro 5, 4 ).

Aquele que protege e nutre

A palavra grega kalos , traduzida como “bom”, descreve o que é nobre, saudável, bom e belo, em contraste com o que é mau e desagradável. Significa não apenas o que é bom internamente, mas também o que é atraente externamente. É uma bondade inata.

Portanto, ao usar a frase “o bom pastor”, Jesus está se referindo à Sua bondade inerente, à Sua justiça e à Sua beleza. Como pastor das ovelhas, Ele é quem protege, guia e nutre o Seu rebanho.

Assim como fez ao declarar que Ele é “a porta das ovelhas” em João 10:7 , Jesus está traçando um contraste entre Ele e os líderes religiosos, os fariseus ( João 10:12-13 ).

Ele os compara a um “comerciante” ou “mercador” que não se importa com as ovelhas.

O pastor cuida do seu rebanho

Imagem de Jesus como Bom Pastor que cuida de suas ovelhas.

Shutterstock | Brian Dunne

Em João 10:9 , Jesus fala de ladrões e ladrões que tentavam se infiltrar no rebanho. Nessa passagem os líderes judeus (fariseus) são contrastados com Cristo, que é a Porta. Aqui, em João 10:12 , o mercenário é contrastado com o pastor verdadeiro ou fiel que voluntariamente dá a vida pelas ovelhas.

Quem é “assalariado” trabalha por salário, que é a sua principal consideração. Sua preocupação não são as ovelhas, mas ele mesmo.

Curiosamente, os pastores antigos geralmente não eram os donos do rebanho. No entanto, esperava-se que eles exercessem o mesmo cuidado e preocupação que os proprietários. Isto era característico de um verdadeiro pastor.

No entanto, alguns dos mercenários pensavam apenas em si mesmos. Como resultado, quando um lobo apareceu – a ameaça mais comum para as ovelhas naquele dia – o comerciante abandonou o rebanho e fugiu, deixando as ovelhas para serem dispersas ou mortas ( João 10:12-13 ).

Proteja as ovelhas indefesas

Primeiro, para compreender melhor o propósito de um pastor durante o tempo de Jesus, é útil perceber que as ovelhas são totalmente desamparadas e totalmente dependentes do pastor. As ovelhas estão sempre sujeitas a perigo e devem estar sempre sob a supervisão de olhar atento do pastor enquanto pastam.

Pelos vales, chuvas fortes e repentinas podem varrê-los, ladrões podem roubá-los e lobos podem atacar o rebanho. Davi conta como matou um leão e um urso enquanto defendia o rebanho de seu pai como pastor ( 1 Samuel 17:36 ).

Neve acumulada no inverno, poeira cegante e areias escaldantes no verão, longas e solitárias horas todos os dias, tudo isso o pastor espera pacientemente pelo bem-estar do rebanho. Na verdade, os pastores eram frequentemente submetidos a graves perigos, às vezes até dando a vida para proteger as suas ovelhas.

Ele dá a vida pelas suas ovelhas

Da mesma forma, Jesus deu Sua vida na cruz como “o Bom Pastor” por conta própria. Aquele que salvaria os outros, mesmo tendo o poder, não escolheu salvar a si mesmo. “O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” ( Mateus 20:28 ).

Através do Seu sacrifício voluntário, o Senhor tornou possível a salvação para todos os que se achegam a Ele com fé. Ao proclamar que Ele é o Bom Pastor, Jesus fala em “dar” a vida pelas Suas ovelhas ( João 10:15, 17-18 ).

A morte de Jesus foi divinamente designada. Somente através dele recebemos a salvação.

"Eu sou o bom pastor; E eu conheço as minhas ovelhas e das minhas sou conhecido” (João 10:14)

Além disso, Jesus deixa claro que não foi apenas pelos judeus que Ele deu a vida, mas também pelas “outras ovelhas que tenho que não são deste aprisco; também eu os trarei, e eles ouvirão a minha voz; E haverá um rebanho e um pastor” ( João 10:16 ). As “outras ovelhas” são claramente uma referência aos gentios. Como resultado, Jesus é o Bom Pastor de todos, judeus e gentios, aqueles que passam a acreditar Nele ( João 3:16 ).

Fonte: https://es.aleteia.org/

Reflexão para o IV Domingo da Páscoa (B)

Evangelho do domingo (Vatican News)

Jesus realiza essa sua missão onde estão os filhos de Deus: no Templo e na sociedade.

Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican News

“O Bom Pastor se despoja de si mesmo”

No Evangelho deste domingo, Jesus diz que ele é o bom pastor, aquele que dá a vida, se despoja dela em favor do rebanho. Isso ele o fez de fato na cruz. Mas Jesus chegou à cruz porque sua vida foi um constante despojar-se de si mesmo em favor do outro, daqueles que havia recebido do Pai, com a missão de levá-los até Ele.

Jesus realiza essa sua missão onde estão os filhos de Deus: no Templo e na sociedade.

No Templo, Jesus os liberta do jugo dos sacerdotes, que se preocupam mais com a legalidade dos fatos, do que com o bem estar das pessoas. Aqueles que encontram Jesus,  encontram a porta para se libertar de uma religião sufocante e essa mesma porta os conduz para o convívio amoroso e, por isso, libertador com o Pai. Nesse gesto de libertar, Jesus contraria os interesses dos opressores e é condenado à morte. Ele se despoja da vida para que a tenhamos. Por isso, Jesus é o Bom Pastor!      

Na sociedade Jesus liberta enquanto indistintamente faz o bem. Ele é o pastor universal!

Podemos refletir e ver como vivemos esse carisma de Jesus que, pelo batismo, também se tornou nosso. Como pastoreamos nossa família, nossos amigos, nossos colegas e nós mesmos? Somos portas libertadoras, que se abrem para que o outro passe para o encontro com a felicidade? Ou somos porta de uma armadilha, que prende quem se aproxima da gente?

Queridos ouvintes, sejamos como Jesus. Sejamos bons pastores a ponto de nos despojarmos de tudo em favor da felicidade, da salvação eterna de nossos próximos!

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

DOUTRINA e TEOLOGIA: 13 diferenças entre católicos e ortodoxos

Bartolomeu I de Constantinopla e Papa Francisco (Cléofas)

13 diferenças entre católicos e ortodoxos

 POR PROF. FELIPE AQUINO

Conheça treze pontos que distinguem os fiéis católicos dos cristãos ortodoxos orientais:

Os orientais têm por ideal a volta da Igreja ao que ela era até o sétimo Concílio Geral (Niceia II em 787), pois só aceitam os Concílios de Niceia I (325), Constantinopla I (381), Éfeso (431), Calcedônia (451), Constantinopla II (553), Constantinopla III (681), Nicéia II (787). O Concílio de Constantinopla IV, que excomungou o Patriarca Fócio em 869/870, é rejeitado pelos orientais. São esses os pontos de divergência:

1. Primado do Papa

Alega a teologia ortodoxa que a jurisdição universal e suprema do Papa implica que os outros bispos são subordinados a ele como seus representantes.

A esta concepção responde o Concílio do Vaticano II: “Aos Bispos é confiado plenamente o ofício pastoral ou o cuidado habitual e cotidiano das almas. E, porque gozam de um poder que lhes é próprio e com toda razão são antístites dos povos que eles governam, não devem ser considerados vigários (representantes) do Romano Pontífice” (Constituição Lumen Gentium 27).

O primado do Bispo de Roma ou do Papa garante a unidade e a coesão da Igreja, preservando-a de iniciativas meramente pessoais e subjetivas.

2. Infalibilidade

Em 1870, fazendo eco a antiga crença dos cristãos, o Concílio do Vaticano I declarou o Papa infalível quando fala em termos definitivos para a Igreja inteira em matéria de fé de Moral. A teologia ortodoxa oriental alega que esta definição extingue a autoridade dos Concílios.

Respondemos que os Concílios gerais ou universais têm plena razão de ser, desde que o Papa deles participe (por si ou por seus delegados) e aprove as suas conclusões. Em nossos dias mais e mais se tem insistido sobre a colegialidade dos Bispos.

3. A processão do Espírito Santo a partir do Filho (Filioque)

Esta concepção da Igreja Católica decorre do fato de que “em Deus não há distinções a não ser onde haja oposição relativa”. Se, portanto, entre o Filho e o Espírito Santo não há a distinção de Espirante e espirado, um não se distingue do outro ou o Filho e o Espírito Santo são uma só Pessoa em Deus. Verdade é que Jesus em Jo 15, 26 diz que o Espírito procede do Pai; o Senhor, porém, não tenciona propor aí uma teologia sistemática, mas põe em relevo um aspecto da verdade sujeito a ser completado pela reflexão.

Na verdade, a questão em foco é mais de linguagem do que de doutrina, pois os orientais preferem dizer que o Espírito Santo procede do Pai através do Filho – o que pode ser conciliado com a posição dos ocidentais.

4. Purgatório

Os orientais não tiveram dificuldade para aceitá-lo até o século XIII. Em 1231 ou 1232, o metropolita Georges Bardanes, de Corfu, pôs-se a impugnar o presumido fogo do purgatório, pois na verdade não há fogo no purgatório. Os teólogos orientais subsequentes apoiaram a contestação (muito justificada) de G. Bardanes. Mas nem por isto negaram um estado intermediário entre a vida terrestre e a bem-aventurança celeste para as almas daqueles que morrem com resquícios de pecado; estes seriam perdoados por Deus em vista da oração da Igreja; estariam assim fundamentados os sufrágios pelos defuntos.

A absoluta recusa do purgatório só ocorreu entre os orientais no século XVII sob a influência de autores protestantes. Daí por diante a teologia oriental está dividida; há muitos teólogos ortodoxos que admitem um estado intermediário entre a morte e a bem-aventurança celeste como também reconhecem o valor dos sufrágios pelos defuntos.

5. A Imaculada Conceição de Maria

Esta é, por vezes, confundida com um pretenso nascimento virginal de Maria Ssma. (Santa Ana teria concebido sua filha sem a colaboração de São Joaquim). Já que tal concepção virginal carece de sólido fundamento, também a Imaculada Conceição é posta em dúvida pelos orientais. Ocorre, porém, que a literatura e a Liturgia dos ortodoxos enaltecem grandemente a total pureza de Maria, professando a mesma coisa que os ocidentais, ao menos de modo implícito, sem chegar a formular um dogma de fé a respeito.

6. A Assunção de Maria Ssma

Foi proclamada como dogma de fé em 1950 pelo Papa Pio XII, de acordo com a tradição teológica ocidental e oriental. Merece especial atenção a iconografia oriental, que representa de maneira muito expressiva a Virgem sendo assumida aos céus por seu Divino Filho. Na verdade, o que fere os orientais, não é a proclamação da Assunção; mas a promulgação do dogma (como no caso da Imaculada Conceição).

7. Batismo por infusão ou aspersão da água

Dizem os teólogos ocidentais que o importante no Batismo é o contato da água com o corpo da pessoa, simbolizando purificação. Se o sacramento é um sinal que realiza o que significa, a água batismal significa e realiza a purificação da alma.

8. Epiclese

Os orientais julgam essencial na Liturgia Eucarística a Invocação do Espírito Santo (epiclese) antes das palavras da consagração; ora estas faltam no Cânon Romano (Oração Eucarística nº 1), pois os latinos julgam que a consagração do pão e do vinho se faz pela repetição das palavras de Cristo: “Isto é o meu corpo… Isto é o meu sangue…”. Acontece, porém, que as Orações Eucarísticas compostas depois do Concílio (1962-65) têm a epiclese não para corrigir uma pretensa falha anterior, mas para guardar uma antiga tradição.

9. Pão ázimo

Jesus, em sua última ceia, observou o ritual da Páscoa judaica, que prescrevia (e prescreve) o uso do pão ázimo ou não fermentado. A Igreja Católica guardou o costume na celebração da Eucaristia. Está bem respaldada. O uso do pão fermentado não é excluído, pois, em última análise, se trata sempre de pão.

10. A Comunhão Eucarística sob as espécies do pão apenas

Até o século XII a Comunhão era ministrada sob as duas espécies; o uso foi abolido por causa de inconvenientes que gerava (profanação, sacrilégios…). Todavia após o Concílio já é permitido dar a Comunhão sob as duas espécies a grupos devidamente preparados.

11. Unção dos Enfermos

Baseados em Tg 5, 14s, os orientais ortodoxos têm a Unção dos Enfermos como sacramento. Divergem, porém, dos ocidentais em dois pontos:

– a Unção não é reservada aos gravemente enfermos nem tem a marca de preparação para a morte, mas, ao contrário, vem a ser um rito de cura para qualquer enfermo;

– a Unção, no Oriente, tem forte caráter penitencial, a tal ponto que ela é conferida também aos pecadores, mesmo sadios, a título de satisfação pelos pecados.

12. Divórcio

Baseados em Mt 5, 32 (= Mt 19, 9) e contrariamente ao que se lê em Mc 10, 11s; Lc 16, 18; 1Cor 7, 10s, os ortodoxos reconhecem o divórcio. A Igreja Católica não interpreta São Mateus em sentido contrário ao de Marcos, Lucas e Paulo; portanto não reconhece o divórcio de um matrimônio sacramental validamente contraído e consumado, mas julga que em Mt 5 e 19 se trata da dissolução de um casamento tido pela Lei de Moisés como ilícito.

13. Celibato do Clero

Seria “uma restrição imposta nos séculos posteriores, contrária à decisão do primeiro Sínodo Ecumênico (325)”. Que há de verídico nisso?

O celibato do clero tem seu fundamento em 1Cor 7, 25-35, onde São Paulo recomenda a vida una ou indivisa. Esta foi sendo praticada espontaneamente pelo clero até que, em 306 aproximadamente, o Concílio regional de Elvira (Espanha) a sancionou para os eclesiásticos de grau superior. A legislação de Elvira foi-se propagando no Ocidente por obra de outros concílios regionais.

Ao contrário, os orientais estipularam que, após a ordenação, os clérigos de grau superior (ou do diaconato para cima não poderiam contrair matrimônio, mas eram autorizados a manter o uso do matrimônio os que tivesse casado antes da ordenação. O Concílio de Niceia I (325) rejeitou a proposta segundo a qual o celibato no Oriente seria observado sem exceções, como no Ocidente; isto, por protesto do Bispo egípcio Pafnúncio, o qual guardava pessoalmente o celibato. Os Bispos orientais são todos celibatários e, por isto, recrutados entre os monges.

D. Estevão Bettencourt
PR Nº 480 – 2002 – p. 200

Fonte: https://cleofas.com.br/

«A paciência é a filhinha da esperança»

Patriarca de Moscou Alexis II com o Cardeal Walter Kasper, na Catedral da Assunção, Kremlin, Moscou | 30Giorni

Arquivo 30Dias - 04/2008

KASPER. A relação entre a Igreja de Roma e a Igreja Ortodoxa Russa

«A paciência é a filhinha da esperança»

Entrevista com o Cardeal Walter Kasper, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos: «A esperança para nós, cristãos, é o grande presente da Páscoa; por isso, para os cristãos, a esperança não é algo utópico, mas consequência da realidade da Ressurreição. A esperança na Bíblia está sempre ligada à paciência. A paciência é a filhinha da esperança".

Entrevista com o Cardeal Walter Kasper por Giovanni Cubeddu

Eminência, em que ponto estamos no caminho que une Moscou e Roma?

WALTER KASPER: Não podemos falar da relação atual entre o Patriarcado de Moscou e a Igreja Católica sem recordar a nossa longa história comum, porque em última análise, mesmo que não estejamos em plena comunhão, somos uma Igreja. Compartilhamos os mesmos sacramentos, o mesmo episcopado e também reconhecemos todos os sacramentos dos Ortodoxos. Mesmo antes da revolução, em Mogilev, na Rússia, existia um arcebispado e não se pode esquecer que a Imperatriz Catarina recebeu os jesuítas marginalizados pela Igreja Católica. A revolução de 1917 causou uma grande tragédia para a Igreja, tanto a ortodoxa como a católica, mas deu-nos o testemunho corajoso de muitos mártires. Esperava-se que após o colapso do comunismo começasse uma nova história, mas a emergência das catacumbas da Igreja Greco-Católica na Ucrânia, que tanto sofreu, criou infelizmente novos mal-entendidos. O documento da Pontifícia Comissão “Pró-Rússia” de 1992, porém, esclareceu que a Igreja Católica não quer fazer proselitismo na Rússia, mas simplesmente manter a pastoral dos fiéis locais em plena colaboração com o Patriarcado de Moscou. Isto é também uma consequência do documento Balamand de 93, que julga claramente o uniatismo, entendido como método, como um facto do passado, não útil nem hoje nem no futuro para a aproximação das Igrejas. Coisa muito importante.

Até agora superámos muitos dos problemas que surgiram em princípio e, para discutir os obstáculos concretos individuais que surgem gradualmente, criámos uma comissão mista em Moscou, que obteve bons resultados. Entretanto, conseguimos restabelecer o diálogo com as Igrejas Ortodoxas no seu conjunto e estamos muito satisfeitos com a participação da Igreja Ortodoxa Russa, porque, na nossa opinião, é um parceiro importante. Existem atualmente problemas intra-ortodoxos entre Constantinopla e Moscou relativamente ao reconhecimento da Igreja na Estónia, mas são questões nas quais preferimos não intervir, insistindo ao mesmo tempo que sejam encontrados compromissos que nos permitam continuar este diálogo, que é tão importante para o futuro da Igreja Ortodoxa e para o nosso. No mundo globalizado já não é possível tolerar ter de testemunhar controvérsias entre as Igrejas. Por isso é necessário empreender - e começámos a fazê-lo - um caminho de reaproximação, onde o cisma entre Oriente e Ocidente desencadeou um longo processo de estranhamento. É essencial que haja um diálogo teológico entre as duas Igrejas e tenho a impressão de que estamos no caminho certo. Não espero que a plena unidade entre a Igreja Católica e as Igrejas Ortodoxas seja alcançada amanhã ou depois. Será um processo longo, porque não basta uma troca no topo, mas é fundamental que as pessoas também estejam envolvidas, e isso leva tempo.

Na conversa com 30Giorni, Sua Santidade, o Patriarca Aleixo II também mencionou um diálogo “a partir de baixo” que suscita esperança e que deve ser desenvolvido.

KASPER: É claro que é o que diz respeito à colaboração prática no domínio dos valores éticos, da justiça social, dos direitos humanos, da comparação com o secularismo e do processo de secularização que está a afectar a Europa. Nestes pontos as duas Igrejas têm conceitos quase idênticos e, portanto, podem e querem colaborar. Os primeiros passos foram dados e poderemos aproximar-nos ainda mais e conhecer-nos melhor, para ultrapassar alguns dos grandes obstáculos presentes de ambos os lados: os preconceitos, que só podem ser ultrapassados ​​através de encontros pessoais. Portanto, o Patriarcado de Moscovo começou meritoriamente a estabelecer relações com as Igrejas Católicas locais de Milão, Paris, Viena e outras. Tudo isso ajuda vocês a se conhecerem melhor e a se valorizarem melhor.
Outra peça é o nosso Comité de colaboração com as Igrejas Ortodoxas, através do qual concedemos bolsas de estudo a jovens sacerdotes - por recomendação do patriarca ou do bispo local - para lhes permitir estudar em Roma ou em várias outras universidades católicas durante alguns anos, para que possam conhecer a nossa Igreja. Aqui os jovens aprendem uma língua ocidental e, ao regressarem ao seu país de origem, costumam ocupar cargos importantes, tendo recebido uma melhor formação. Este intercâmbio de estudantes deve certamente continuar. Cuidamos então da tradução de muitos textos teológicos para o cirílico, e isso também ajuda a nos entendermos melhor.

Gostaria também de lembrar que lindas amizades já haviam se desenvolvido no passado! Por exemplo, aquele entre o Patriarca de Moscou e o Cardeal Etchegaray, que surgiu muito antes da queda da União Soviética. Acrescente-se que as relações entre a CEC [Conferência das Igrejas Europeias, ed. ] e o Ccee [Conselho das Conferências Episcopais da Europa, ed. ] estão cada vez mais consolidadas, e hoje também mantemos relações cordiais com o Departamento para. Relações Exteriores do Patriarcado Russo, governado pelo Metropolita Kirill. Estes são os vários afluentes que esperamos que um dia desemboquem no grande rio do restabelecimento da plena comunhão entre as Igrejas.

E como você imagina esse momento?

KASPER: Uma união plena não significa unidade uniformista. As tradições ortodoxa e latina têm basicamente a mesma fé, mas expressões diferentes, e esta diversidade é também riqueza. Portanto, ninguém pensa em impor o sistema latino às Igrejas Ortodoxas ou vice-versa. Será o Espírito de Deus quando quiser nos dar esta unidade, mas será uma unidade na pluriformidade, uma pluriformidade na unidade. Nesse ponto, a próxima questão será a questão do primado do bispo de Roma, um problema que não pode ser superado da noite para o dia. Serão necessárias longas discussões, já empreendidas nas nossas reuniões em Belgrado e Ravenna, e veremos como isso termina...

Não sou superficialmente optimista. A esperança me sustenta. Porque a unidade para nós é um mandamento de Nosso Senhor, que prometeu que toda oração em Seu nome será atendida. É por isso que esperamos na ajuda de Deus, na ajuda do Espírito Santo.

Olhando para o diálogo com a Ortodoxia, quais são os resultados mais evidentes do caminho empreendido?

KASPER: Na minha opinião, olhando para as duas Igrejas, durante o século passado ocorreu uma renovação patrística, em ambos os lados. Conhecemos melhor os Padres Latinos, enquanto os Ortodoxos insistem mais nos Padres Gregos, de quem provém a sua tradição, tão rica como a nossa. Por esta razão, poderíamos aprender tanto com a patrologia grega quanto eles com a latina. A patrologia oriental tem uma grande sensibilidade para o Mistério de Deus, enquanto a sensibilidade ocidental é mais conceitual. A sua riqueza litúrgica é também uma grande herança, e para mim é sempre uma experiência comovente participar nas liturgias ortodoxas, tanto na Rússia como noutros lugares.
Aqui podemos aprender uns com os outros. Por exemplo, o conceito oriental profundamente enraizado de koinonia , de communio como estrutura da Igreja – Sobornost na Rússia – poderia ser útil também para nós. É claro que também nós conhecemos o conceito de communio , mas no passado limitámo-nos por vezes a sublinhar unilateralmente o aspecto ou o pai desta eclesiologia. E assim, durante o Concílio, a sua influência foi muito sentida, e esta teologia, fortalecida especialmente depois do Concílio, é agora um ponto de referência e de encontro entre a nossa Igreja e a Ortodoxa Russa. A eclesiologia eucarística afirma que onde a Eucaristia é celebrada, a Igreja está ali. Não faz parte da Igreja, mas da Igreja de Jesus Cristo. Este é um ponto muito importante, que precisa ser mais explorado por ambos os lados.

O Pantocrator, Andrej Rublëv, da Deesis de Zvenigorod, Galeria Tretyakov, Moscou | 30Giorni

O Cânone 34 dos Cânones Apostólicos permanece central no confronto fraterno com a Ortodoxia.

KASPER: O Cânon 34 é muito importante porque afirma que um protos , um primaz, deve sempre agir e decidir em comunhão com os outros bispos, e vice-versa. A aplicação deste cânone, mesmo a nível universal, creio ser uma das formas possíveis de obter uma solução para a questão do primado do bispo de Roma. Porque é claro para todas as Igrejas Ortodoxas que o bispo de Roma é o primeiro dos bispos, mas devemos concordar sobre o que significa concretamente ser o primeiro a nível universal. Estamos apenas no início desta discussão. Lançamos uma certa base na última reunião em Ravenna, em Outubro de 2007, mas a discussão ainda está aberta. Como disse, ninguém pensa em impor o sistema latino às Igrejas Ortodoxas, mas esperamos que, na esteira deste cânon, talvez um dia, com a ajuda do Espírito Santo, possa ser encontrada uma solução que respeite os elementos essenciais do as duas Igrejas.

Certa vez você falou do “realismo da esperança”.

KASPER: A esperança para nós, cristãos, é o grande presente da Páscoa; por isso, para os cristãos, a esperança não é algo utópico, mas consequência da realidade da Ressurreição. A esperança na Bíblia está sempre ligada à paciência. A paciência é a filhinha da esperança. Mas leva tempo, as coisas têm que amadurecer. Devemos tomar corajosamente as medidas possíveis hoje, continuando a respeitar aqueles que, especialmente na Igreja Ortodoxa Russa, continuam a suspeitar do "ecumenismo", considerado uma expressão negativa. Basta-nos avançar com cautela e ao mesmo tempo com coragem, porque a situação mundial é tal que torna constante o desejo de uma voz comum da Igreja e o desejo de permitir que todos os cristãos participem no mesmo cálice. 

Como continuar o diálogo teológico? 

KASPER: Devemos partir de um conceito exato de diálogo, que não pressupõe nem indiferença e relativismo nem a imposição de posições próprias, mas sim respeito mútuo pela alteridade do outro. Nestas bases, o diálogo não é apenas uma troca de ideias, mas de dons; oportunidade de enriquecer uns aos outros e crescer na fé. Os dogmas, que são vinculativos para as nossas Igrejas, deixam espaço para tal concepção de diálogo, porque, em última análise, são uma doxologia para com Deus. Em primeiro lugar, para as Igrejas Ortodoxas o dogma não é apenas uma conceptualização do Evangelho. O Evangelho também é um mistério que não pode ser totalmente conceituado. São Tomás de Aquino define o dogma como uma perceptio da verdade divina que mostra, além de si mesmo, Deus, e é dirigida a Deus. O dogma reconhece que Deus é sempre maior que os nossos conceitos: por isso cantamos-O.

Acredito que durante a missa. Você não pode cantar um sistema conceitual; em vez disso, cantamos o Credo . O que significa que não é um sistema conceitual, mas uma oração, um louvor a Deus. Um louvor que se abre ao Mistério.

Fonte: https://www.30giorni.it/

REGINA CAELI - Papa: para o Bom Pastor somos valiosos sempre, insubstituíveis

Regina Caeli - 21/04/2024 com o Papa Francisco

No Regina Caeli, o Papa explicou o que o Senhor quer nos dizer com a imagem do Bom Pastor: não só que Ele é a guia, o Chefe do rebanho, mas sobretudo que pensa em cada um de nós como no amor da sua vida. Pensemos nisto: eu para Cristo sou importante, insubstituível.

Vatican News

O Papa rezou o Regina Caeli com os fiéis reunidos na Praça São Pedro neste IV domingo da Páscoa,  dedicado a Jesus Bom Pastor. Em sua alocução, Francisco se deteve numa frase repetida três vezes pelo Mestre: "O bom pastor dá a vida por suas ovelhas".

O Pontífice recordou que ser pastor, especialmente no tempo de Cristo, não era só uma profissão, mas significava compartilhar jornadas inteiras, e também noitadas, com as ovelhas, de viver em simbiose com elas. Com efeito, Jesus explica que não é um mercenário que não se importa com as ovelhas, mas Ele as conhece, chama por nome. E mais: Jesus não é só um bom pastor que compartilha a vida do rebanho, é o Bom Pastor que por nós sacrificou a vida e, ressuscitado, nos deu o seu Espírito.

“Eis o que quer nos dizer o Senhor com a imagem do Bom Pastor: não só que Ele é o guia, o Chefe do rebanho, mas sobretudo que pensa em cada um de nós, e nos pensa como o amor da sua vida. Pensemos nisto: eu para Cristo sou importante, Ele pensa em mim, sou insubstituível, valho o preço infinito da sua vida. E isso não é um modo de dizer: Ele deu realmente a vida por mim, morreu e ressuscitou por mim, por quê? Porque me ama e encontra em mim uma beleza que eu frequentemente não vejo.”

Quantas pessoas hoje se consideram inadequadas ou até mesmo erradas, prosseguiu o Pontífice. Ou se pensa que o nosso valor depende dos objetivos que conseguimos alcançar, do sucesso aos olhos do mundo, dos julgamentos dos outros: "Hoje, Jesus nos diz que nós para Ele valemos muito e sempre. E então, para reencontrar a nós mesmos, a primeira coisa a fazer é colocar-nos na sua presença, deixar-nos acolher e levantar pelos braços amorosos do nosso Bom Pastor".

Francisco então dirigiu algumas perguntas aos fiéis: "Consigo encontrar todos os dias um momento para abraçar a certeza que dá valor à minha vida? Consigo encontrar um momento de oração, de adoração, de louvor, para estar na presença de Cristo e deixar-me acariciar por Ele?". E concluiu:

"Irmão, irmã, se o fizer, redescobrirá o segredo da vida: lembrará que o Bom Pastor, Ele que deu a vida por você, por mim, por todos nós. E que, para Ele, somos todos importantes, cada um de nós, todos. Que Nossa Senhora nos ajude a encontrar em Jesus o essencial para viver."

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santo Anselmo

Santo Anselmo (A12)
21 de abril
Santo Anselmo

Anselmo nasceu em Aosta, Piemonte, norte da Itália, em 1033. Sua família era rica e nobre. Sua mãe faleceu quando tinha 15 anos; seu pai, que era conde, lhe projetara uma brilhante carreira, e não permitiu que se tornasse religioso, quando o filho manifestou este desejo. Assim, até os 20 anos, com mansidão e docilidade permaneceu em casa. Mas para seguir sua vocação religiosa, Anselmo teve que fugir, sem nada levar. O relacionamento com o pai já não era bom, uma vez que este buscava somente a vida mundana e a queria impor ao filho.

Viajou pela Borgonha e chegou até a Normandia, onde conheceu o monge beneditino Lanfranc, abade do Mosteiro de Bec, que o levou a conhecer melhor a Jesus. Orientado por ele, fez-se também beneditino e formou-se em Teologia, e em 1063 foi nomeado prior, depois que seu mestre e amigo foi indicado para arcebispo de Cantuária, na Inglaterra. Como prior, Anselmo escreveu o “Monologium”, meditações sobre as razões da Fé, oferecendo as provas metafísicas da existência de Deus, e o “Proslogium”, sobre a fé que busca a inteligência, ou, a contemplação dos atributos de Deus, duas obras importantíssimas para a Filosofia e a Teologia. Também redigiu os tratados sobre a verdade, a liberdade, a origem do mal e a arte de raciocinar.

Em 1078 foi eleito abade, promovendo uma grande reforma monástica, que influenciou não apenas o ambiente religioso, mas também o acadêmico e o secular. Isto porque seus escritos, grandes em quantidade e qualidade, tiveram ampla penetração. De fato, é considerado o fundador da Ciência Teológica no Ocidente, Pai da Escolástica, sucessor de Santo Agostinho e precursor de São Tomás de Aquino em Metafísica. Defendia que a razão humana tinha capacidade para investigar os mistérios divinos; defendeu a Imaculada Conceição; e desenvolveu o seu famoso “argumento ontológico” sobre a existência de Deus: resumidamente, se temos a ideia de um ser perfeito, a perfeição absoluta existe, logo o ser perfeito – Deus – existe, e a existência em si é constitutiva Dele. Este é um argumento a priori, ou seja, que se deduz anteriormente a qualquer prova oferecida depois (a posteriori).

Daí, consequentemente, a essência da Redenção acha-se na união do indivíduo com Cristo na Eucaristia, sendo o Batismo o início necessário para esta união.

Falecendo Lanfranc, Anselmo foi eleito para o seu lugar como arcebispo-primaz da Inglaterra, em Cantuária (1093). Lá sofreu a perseguição dos reis Guilherme, o Vermelho, e Henrique I, cujas políticas eram contrárias ao Catolicismo. Foi banido duas vezes, a primeira para Campania na Itália, onde ficou algum tempo por questões de saúde, e onde finalizou a obra “Cur Deus Homo”, talvez o mais famoso tratado sobre a Encarnação de Cristo. Mas voltando à Inglaterra, sua mansidão e argumentos pacíficos acabaram por convencer os inimigos e alcançar seus objetivos.

 Faleceu em Cantuária, com 76 anos, em 1109. Foi declarado Doutor da Igreja por sua grandiosa produção teológica e literária.

Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:

A obra filosófica e teológica de Santo Anselmo é potente evidência da sua santidade, no contexto inestimavelmente valoroso da busca da Verdade e do conhecimento necessário para melhor obtê-la, dentro da melhor tradição e exemplo beneditinos. Destacam-se a defesa da capacidade da Razão humana (dada por Deus, que quis o Homem capaz de conhecê-Lo) no entendimento da Verdade divina, e temas como a Imaculada Conceição. Este dom e apetite intelectual já são graças, porém note-se que para desenvolvê-los Santo Anselmo teve, antes, que fazer uma escolha capital: fugiu de casa, o que normalmente não seria correto, mas em função de se afastar do mundanismo, e de resto já em idade adulta; algo semelhante aconteceu com São Francisco de Assis, ao recusar e abandonar radicalmente o que lhe vinha dos pais terrenos, para abraçar plenamente os bens do Pai Eterno. Não se pode fazer algo assim por motivo e de forma errada, mas eventualmente é necessária esta santa coragem de buscar antes a Deus do que ao mundo – “Desde a época de João Batista até o presente, o Reino dos Céus é arrebatado à força e são os violentos que o conquistam” (Mt 11,12), isto é, existe a necessidade de fazer violência contra os próprios apegos terrenos para poder receber em plenitude a Jesus; "Nihil amori Christi praeponere", "Nada antepor ao amor de Cristo", como expressava São Cipriano, lema adotado por São Bento na sua Regra monástica, e também por Bento XVI no seu pontificado. Esta violência contra as próprias paixões deve ter como resultado a mansidão no trato com os outros, incluindo os adversários, e este também foi o exemplo de Santo Anselmo. Enfim, há uma coerência e riqueza no seu viés filosófico e de vida, sintetizadas nas suas palavras: “Não quero compreender para crer, mas crer para compreender, pois bem sei que sem a fé eu não compreenderia nada de nada.”

Oração:

Senhor Deus, de conhecimento perfeito, que nos destes a Razão para conosco Se comunicar, concedei-nos por intermédio de Santo Anselmo o gosto pelo saber que leva a Vós, e ainda mais a humildade que ele viveu, para que entendamos que só pela Fé bem orientada poderemos viver o Vosso amor e vontade, na mansidão da alma que soube intrepidamente tudo abandonar para estar só Convosco. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.


Fonte: https://www.a12.com/

sábado, 20 de abril de 2024

Encontro em Defesa da Vida

Frente Parlamentar Contra o Aborto e em Defesa da Vida (arqbrasilia)

Arquidiocese de Brasília participa de grande Encontro em Defesa da Vida

Nesta quinta-feira pela manhã, dia 18 de abril, aconteceu no Auditório Nereu Ramos do Congresso Nacional um grande encontro organizado pela Frente Parlamentar Contra o Aborto e em Defesa da Vida, numa iniciativa da Deputada Federal Chris Tonietto.

18 de abril de 2024

Representando nossa Arquidiocese, o Pe. João Baptista Mezzalira (coordenador do Setor Vida e Família), a Sra. Fernanda Alcântara (secretária do Conselho Pastoral), o Dr. Victor Wichrowski e o Dr. Ubatan Loureiro (da Associação dos Médicos Católicos de Brasília), uniram-se à várias lideranças e associações pró-vida em âmbito nacional neste momento histórico de lançamento desta Frente Parlamentar, que se levanta em defesa do nascituro com o apoio de grande número de senadores e deputados.

Diversas autoridades reconheceram publicamente o papel da Igreja e sua presença na luta contra o aborto. Rezemos para que o Senhor permita muitos frutos na promoção da Vida Humana, levando o Brasil a seguir sendo uma “pátria amada, MÃE GENTIL”!

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Assembleia Geral da CNBB conclui com Celebração e Consagração à Padroeira do Brasil

Missa de encerramento da 61ª Assembleia Geral da CNBB. | Fotos: Thiago Leon – Santuário Nacional de Aparecida

ASSEMBLEIA GERAL DA CNBB CONCLUI COM CELEBRAÇÃO E CONSAGRAÇÃO À PADROEIRA DO BRASIL

Missa de encerramento da 61ª Assembleia Geral da CNBB. | Fotos: Thiago Leon – Santuário Nacional de Aparecida

A 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foi encerrada na sexta-feira, 19 de abril de 2024, com a Celebração Eucarística realizada no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida.

A cerimônia com Laudes foi presidida pelo arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da CNBB, dom Jaime Spengler, e teve como concelebrantes os demais membros da presidência da Conferência: dom João Justino de Medeiros Silva, arcebispo de Goiânia (GO) e primeiro vice-presidente; dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, arcebispo de Olinda e Recife (PE) e segundo vice-presidente; e dom Ricardo Hoerpers, bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário-geral.

Missa de encerramento da 61ª Assembleia Geral da CNBB. | Fotos: Thiago Leon – Santuário Nacional de Aparecida

Os presidentes dos 19 regionais da CNBB, que também compõem o Conselho Permanente da Conferência, participaram da procissão de entrada, juntamente com os membros da presidência, fortalecendo a união e representatividade das diferentes regiões do Brasil na assembleia.

“Quem és tu, Senhor?”

Durante sua homilia, dom Jaime destacou pontos importantes para os bispos presentes e para a comunidade católica em geral. Ele iniciou com uma pergunta significativa: “Quem és tu, Senhor?” Essa pergunta, segundo ele, continua a desafiar todos, especialmente aqueles que se consideram seguidores do Caminho.

O presidente da conferência ressaltou a importância de “caminhar pelo homem”, afirmando que essa é a razão e a motivação de todas as atividades pastorais e do cotidiano das comunidades e da CNBB. Ele citou que “caminhar pelo homem” é a essência de nossas atividades, empenho e dedicação, enfatizando o compromisso com a causa humana, guiados pelo Evangelho.

“Caminhar pelo homem! Eis a razão, a motivação de todas as nossas atividades, empenho, dedicação. Pela causa do humano, iluminados pelo Evangelho, empenhamos nossa juventude, forças, a vida! Aqui está a razão de ser das diversas iniciativas, pastorais que caracterizam nossas iniciativas, o cotidiano de nossas comunidades, de nossa Conferência.”

Além disso, o arcebispo destacou que a encarnação de Deus entre os homens cria uma íntima união entre o divino e o humano, tornando-nos participantes do mistério divino. Enfatizou que “não se pode separar a fé da defesa da dignidade humana, a evangelização da promoção de uma vida digna, a espiritualidade do empenho pela dignidade de todos os seres humanos”.

Ao final de sua homilia, dom Jaime agradeceu a todos os participantes e colaboradores da Assembleia, reconhecendo sua dedicação e empenho. Ele também incentivou os bispos a dar continuidade ao trabalho iniciado na Assembleia, estimulando as comunidades a participarem ativamente dos processos vivenciados durante o evento.

Sob a materna intercessão da Padroeira do Brasil, os bispos reunidos ao redor da imagem de Nossa Senhora Aparecida agradeceram os dias de convivência, oração, diálogos e trabalhos da assembleia, consagrando o ministério episcopal, as dioceses, os regionais, os presbíteros e todos os agentes pastorais que colaboram na evangelização da Igreja no Brasil.

Bispos consagraram as Igrejas Locais à Mãe Aparecida e agradeceram o bom andamento da 61ª Assembleia Geral da CNBB. | Fotos: Thiago Leon – Santuário Nacional de Aparecida
Com colaboração do Pe. Tiago Síbula (CNBB).

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF