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quarta-feira, 8 de maio de 2024

«É o Senhor quem faz tudo na nossa Obra» (1)

No 81º aniversário do batismo de Dom Calabria, 1º de novembro de 1954, é abençoado o sino de San Zeno in Monte (Vr). | 30Giorni

Arquivo 30Dias – 05/199

«É o Senhor quem faz tudo na nossa Obra»

Assim escreveu Dom Giovanni Calabria, um dos padres mais famosos da primeira metade do século. Fundou a Casa Buoni Fanciulli, uma grandiosa obra de acolhimento de órfãos que tinha o seu centro em San Zeno in Monte, perto de Verona: «Todos aqueles que vêem esta Obra são obrigados a dizer: “Nós que conhecemos Dom Calabria, sabemos o quanto 'ele é pobre e ignorante; portanto a Casa certamente não pode ser obra sua, mas obra de Deus! Temos provas!'".

por Giovanni Ricciardi

O cardeal Bartolomeo Bacilieri, bispo de Verona nos primeiros anos do século, ocasionalmente discutia com pensadores livres. “Para acreditar”, observou um dia um deles, “você teria que encontrar um santo e ver milagres”. “Vá a San Zeno in Monte”, respondeu o cardeal, “e você verá os dois”.

Em San Zeno in Monte, nos arredores da cidade, estava Giovannino, ou melhor, Don Giovanni Calabria, com seus irmãos e seus órfãos. E ele sabia disso muito bem. Ele sabia que a Obra de Dom Giovanni era obra de Deus e do que era feito aquele pequeno sacerdote. Ele o aceitou no seminário, quando era reitor, em 1892. Na verdade, uma vez ele o expulsou.

Giovanni Calabria teve a ideia de ser padre desde criança. Mas para realizar esse sonho era preciso estudar, e numa família da classe trabalhadora não era tão fácil. Madre Angela, órfã de ambos os pais, casou-se com um sapateiro, Luigi, e sobreviveu servindo em lares ricos. Com a doença do pai, Giovanni também logo reconheceu a necessidade de levar dinheiro para casa. Ele ajudava a mãe nas entregas e era lojista. Aos oito anos colocou-se ao serviço das irmãs Sara e Rebecca Camis, passadeiras. As duas mulheres judias o amavam, John ficou intrigado com a fé delas. Gostava de acompanhá-los aos sábados até à sinagoga e depois até à Porta Vescovo, a leste, onde invariavelmente iam “para ver se o Messias vinha”. A criança repetiu, com a fé aprendida com a mãe, que o Messias já havia chegado. Mas eles invariavelmente respondiam: “Que venha o Messias, posso não estar, mas o Messias virá”.

Giovanni não foi talhado para o trabalho manual. Foi uma necessidade. Ele recebeu muitos empregos e muitas demissões durante sua doença e depois da morte de seu pai em 1886, que deixou a família na pobreza. Até que, em mais um lugar perdido, Giovanni confidenciou à mãe a sua pequena ideia: entrar no seminário. Madre Ângela hesitou, pegou o xale, saiu de casa em busca de Dom Pietro Scapini. O reitor de San Lorenzo era um velho conhecido da família Calábria, e não apenas por motivos espirituais. Muitas vezes ele enfiou a mão na carteira para suprir as necessidades mais urgentes. Ele conhecia bem Giovanni. Ele se comprometeu a prepará-lo para o vestibular. O Senhor cuidaria do resto.
«Pobre entre todos», «de pouco talento»: estas foram as opiniões dadas pelos seus professores. Don Pietro ouviu, assentiu e no final do ano foi buscar recomendações dos professores, muitos dos quais tinham sido seus alunos. "Ele não deveria ir como padre!", argumentou um dia um professor. “Sim, ele tem que ir para lá”, respondeu Don Scapini. «Mas você não vê que ele está doente, ignorante?». Claro, não é fácil estudar quando você come pouco e sua saúde é prejudicada. Mas Giovanni havia entrado no seminário da Calábria e era isso que contava. Então, em 1892, veio o chamado às armas. Uma bênção para os seus superiores, que poderiam ter adiado por três anos o discernimento definitivo da sua vocação. A detenção militar durou tanto tempo.

Ele passou quase todo o tempo nas enfermarias. Ele foi considerado incapaz de manusear armas. E aprendeu a curar e a consolar, até contrair o contágio na epidemia de tifo que eclodiu na primavera de 1895, devido à generosidade que o levou a voluntariar-se para ajudar os camaradas doentes. Ele se recuperou e obteve licença de sessenta dias. Madre Ângela, que não sabia onde encontrar o dinheiro para fazer-lhe um terno civil, acolheu-o com um terno novo, fruto de um providencial prêmio na loteria.

E ao retornar ao seminário, John apareceu pontualmente para sua primeira aula de teologia. Monsenhor Bacilieri viu aquele problema ser resolvido diante dele, como três anos antes, sentado no primeiro banco. E ele o expulsou. Voltando ao terceiro ano do ensino médio. Calabria pegou suas coisas e saiu sem dizer uma palavra. Don Scapini não fez comentários, recomendando obediência. Mas no vestibular de teologia do ano seguinte, ele levantou a voz. Aos professores que não quiseram admiti-lo por falta de preparo, disse que teriam que responder perante o Tribunal de Deus por falta de vocação. E Don Giovanni usava batina de estudante de teologia.

Nos momentos livres dos estudos não deixava de visitar os doentes, juntamente com alguns amigos, entre os quais o conde Francesco Perez, que anos depois abandonou tudo para acompanhá-lo na fundação da sua Obra, ou o jovem Goffredo Friedmann, protestante, que acompanhou ele para as funções e que primeiro se tornou católico e depois padre estigmatino.

Muita pena e pouca aplicação. Esta era a anomalia daquele seminarista. Uma mãe debilitada pela tuberculose, vendo a sua preocupação e caridade, pediu-lhe que se confessasse. «Não sou senão a batina preta de um pobre clérigo» respondeu Giovanni «e infelizmente debaixo desta batina não há nada, absolutamente nada». A mulher pegou uma ponta do hábito dele nas mãos e beijou-o, recomendando-lhe seus dois filhos que logo ficariam órfãos.

Fonte: https://www.30giorni.it/

Autoridade e serviço

Autoridade e serviço (SSVP)

AUTORIDADE E SERVIÇO

Dom Pedro Cipollini
Bispo de Santo André (SP)

Hoje se coloca a questão da autoridade. Quem é autoridade em uma realidade, na qual todos emitem opiniões e sentenças, se reivindicam mais direitos que deveres, e o individualismo tomou conta de quase tudo? Mais que identificar a autoridade, pergunta-se sobre a necessidade de ter autoridade, em uma sociedade que vê com maus olhos a posição de chefia. Maus tempos para quem deve exercer a autoridade em qualquer lugar e circunstância, já que nenhuma sociedade subsiste sem autoridade.

A palavra autoridade deriva do latim e quer indicar aquele ou aquela que em um grupo tem a função de fazer os outros se desenvolver, crescer, “virem para o alto”. A degeneração deste conceito primeiro de autoridade é o autoritarismo, quando se entende autoridade somente como mando e desmando. Ao entender a autoridade desta forma, geralmente é porque ela é fraca e a pessoa que a exerce é incompetente, pois, a razão é a primeira autoridade e a autoridade a última razão.

Um escritor e historiador italiano, Cesare Cantu, deixou escrito: “Chefe deve ser aquele que vence os demais em virtude, habilidade e saber, que usa o poder sem consideração pelo seu próprio proveito e comodidade. Os poderes políticos cabem a quem é mais capaz de impor a lei comum da sociedade, isto é, a justiça, a razão e a verdade”.

É belo e verdadeiro o conceito cristão de autoridade, entendido como serviço ao bem de todos, ao bem comum, como vem expresso no Catecismo da Igreja Católica: “incumbe àqueles que exercem cargos de autoridade garantir os valores que atraem a confiança dos membros do grupo e os incitam a colocar-se ao serviço dos seus semelhantes. Aqueles eu exercem alguma autoridade devem exercê-la como quem presta um serviço: ‘Quem de vocês quiser ser grande, deve tornar-se o servidor de vocês’(Mt 20,25)”(cf. n. 1917).

Jesus Cristo ensinou a necessidade de ser humilde. Aos que exercem a autoridade, a necessidade de, além da humildade, amar a verdade e ter abnegação. Convida a fazer dos primeiros postos, um posto de serviço pra elevar os outros. O posto de liderança é antes de tudo um local de serviço a todos e não a si mesmo ou a um pequeno grupo.

Quando os conflitos se avolumam na luta pelo poder, o que geralmente se percebe é que o interesse maior não é servir ao próximo, mas é manifestação de uma luta invisível, travada no interior da própria pessoa externando-se em luta pelo poder. Imagina-se que o poder pelo poder pode resolver os conflitos internos da pessoa. O poder pelo poder frustra, porque é como droga: dá força mas embaralha a vista, fazendo com que se perca o rumo.

Encontramos todo tipo de autoridade ou dirigente em nossas organizações, em nossa sociedade: os preparados e os despreparados, os vaidosos e os simples, os prepotentes e os realistas, os santos e os pecadores, os agregadores e os desagregadores, os do bem e os do mal… O certo é que todos são substituíveis, pois nenhuma autoridade é insubstituível, exceto a autoridade de Deus. Para conferir é só visitar os cemitérios.

Quem adota os ensinamentos de Jesus Cristo a respeito da autoridade e seu exercício, fará um grande bem e exercerá a autoridade com proveito de muitos. Jesus é o único que tem autoridade divina, é o Filho de Deus, mas disse que não veio para ser servido mas para servir. Ele ensina a descobrir que nosso próprio bem está em procuraro bem dos outros. Assim consegue ordenar suas paixões e encontrar uma força extraordinária para trabalhar pelo próximo, construir a justiça e a paz.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

De jornalista a freira: A história da madre superiora que fundou uma congregação maronita nos EUA

Madre Maria Marie  no Convento Mãe da Luz em Dartmouth, em Massachussets, nos EUA | Joe Bukuras/CNA

Era 1983, nos últimos anos da guerra fria, quando os olhos de Marla Lucas, então com 21 anos, se encheram de lágrimas ao ver uma charge política preparada para ser publicada no jornal americano Washington Post criticando o então papa são João Paulo II durante seu ativismo contra o comunismo na Polônia.

Lucas, que agora é conhecida como madre Marla, tinha acabado de sair da faculdade na época, havia experimentado recentemente um retorno à sua fé católica e estava “em chamas” por Cristo, disse à CNA, agência em inglês do grupo EWTN, a que pertence ACI Digital, em 22 de abril.

O que mais magoou a madre Marla na charge foi o seu próprio envolvimento na sua criação. Ela foi assistente de pesquisa do cartunista que a desenhou, Herbert Block, conhecido como “Herblock”, jornalista que ganhou o Prêmio Pulitzer três vezes e dizia ser um“ liberal impenitente”.

“Eu me senti como uma cúmplice”, disse.

Não foram apenas as críticas de Block ao papa João Paulo II que incomodaram madre Marla, foram também suas charges em apoio ao aborto.

“Eu queria ser jornalista para divulgar a verdade. Block era uma pessoa gentil e agradável, mas senti que isso ia contra a minha fé”, disse.

Antes da caricatura do papa, madre Marla discerniu pela vida religiosa e passou um dia em visita à congregação das Filhas de São Paulo em seu convento em Alexandria, na Virgínia.

Depois daquele dia, ela tomou a decisão de se candidatar para a congregação.

Mas pouco tempo depois, madre Marla recebeu a notícia de que não foi admitida pelas Filhas de São Paulo por ser surda de um ouvido.

“O raciocínio da provincial foi que ela não queria prejudicar meu bom ouvido com o trabalho que eu faria”, disse madre Marla.

Uma amiga sugeriu então que Marla procurasse a congregação das Visitantes Paroquiais de Maria Imaculada onde, meses depois, deixaria seu cargo no Washington Post e ingressaria na vida religiosa em dezembro de 1983.

Ao relatar os seus últimos dias no jornal, madre Marla disse que foi conversar com o seu chefe, Block, e com o assistente dele e disse que tinha algumas novidades a contar.

“Você vai se casar?”, perguntaram a ela.

“Bem… de certa forma sim. Vou me casar com Jesus”, respondeu ela.

Ela disse que os queixos dos dois “caíram” e eles olharam para ela com “quase horror e descrença”.

“Aquele último mês no Washington Post foi uma agonia porque, de repente, o que quer que eles tivessem contra a Igreja Católica, eu estava absorvendo. Eles não me deram uma festa de despedida”, disse com uma risada.

Ela fez os primeiros votos em 1986 e os votos perpétuos em 1993.

Madre Marla “amava a vida” em sua comunidade religiosa e teve várias missões na costa leste dos EUA, inclusive em Nova York, Pensilvânia, Connecticut e Washington, DC. As Visitantes Paroquiais são uma congregação com sede em Nova York que tem o carisma de serem missionárias contemplativas.

Mas foi durante o seu tempo na Pensilvânia que ela começou a aprofundar a sua consciência e afeto por sua herança libanesa como católica maronita.

Madre Marla sempre foi consciente de suas raízes maronitas. Sua mãe e seus avós paternos eram do Líbano. Não havia uma igreja maronita perto da casa de sua infância em Poughkeepsie, em Nova York, então sua família frequentava uma paróquia de rito latino. Mas um padre maronita ia até a comunidade libanesa algumas vezes por ano para ministrar-lhes os sacramentos.

Durante sua missão na Pensilvânia, madre Marla participou de uma série de discursos quaresmais em Scranton, na Pensilvânia, em uma igreja maronita. O orador da semana foi o então padre maronita Gregory Mansour.

“Fiquei muito impressionada com os ensinamentos espirituais dele e disse: 'Esse é um homem de oração. Esse homem realmente pratica o seu sacerdócio'. E estabelecemos uma amizade usada por Deus”, disse ela.

Os dois se encontravam ocasionalmente e mantinham contato ao longo dos anos. Madre Marla enviou uma nota de felicitações a Mansour em 2004, quando o papa são João Paulo II o elegeu bispo da eparquia de são Maron do Brooklyn.

Madre Marla e dom Mansour só se reaproximariam alguns anos depois, em Washington, DC, onde ela teve aulas na Casa Dominicana de Estudos por um ano.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Dos Sermões de São Leão Magno, papa

Os dias entre a ressurreição e a ascensão do Senhor (liturgiadashoras.online)

Dos Sermões de São Leão Magno, papa

(Sermo 1 de Ascensione, 2-4: PL 54,395-396)        (Séc. V)

Os dias entre a ressurreição e a ascensão do Senhor

        Caríssimos filhos, os dias entre a ressurreição e a ascensão do Senhor não foram passados na ociosidade. Pelo contrário, neles se confirmaram grandes sacramentos, grandes mistérios foram neles revelados.

        No decurso destes dias foi afastado o medo da morte cruel e proclamada a imortalidade não apenas da alma mas também do corpo. Nestes dias, mediante o sopro do Senhor, todos os apóstolos receberam o Espírito Santo; nestes dias foi confiado ao apóstolo Pedro, mais que a todos os outros, o cuidado do rebanho do Senhor, depois de ter recebido as chaves do reino.

        Durante esses dias, o Senhor juntou-se, como um terceiro companheiro, a dois discípulos em viagem, e para dissipar as sombras de nossas dúvidas repreendeu a lentidão de espírito desses homens cheios de medo e pavor. Seus corações, por ele iluminados, receberam a chama da fé; e à medida que o Senhor ia lhes explicando as Escrituras, foram se convertendo de indecisos que eram em ardorosos. E mais: ao partir o pão, quando estavam sentados com ele à mesa, abriram-se-lhes os olhos. Abriram-se os olhos dos dois discípulos, como os dos nossos primeiros pais. Mas quão mais felizes foram os olhos dos dois discípulos ante a glorificação da própria natureza, manifestada em Cristo, do que os olhos de nossos primeiros pais ante a vergonha da própria prevaricação!

        Durante todo esse tempo, caríssimos filhos, passado entre a ressurreição e a ascensão do Senhor, a providência de Deus esforçou-se por ensinar e insinuar não apenas aos olhos mas também aos corações dos seus que a ressurreição do Senhor Jesus Cristo era tão real como o seu nascimento, paixão e morte.

        Os santos apóstolos e todos os discípulos ficaram muito perturbados com a tragédia da cruz e hesitavam em acreditar na ressurreição. De tal modo eles foram fortalecidos pela evidência da verdade que, quando o Senhor subiu aos céus, não experimentaram tristeza alguma, mas, pelo contrário, encheram-se de grande alegria.

        Na verdade, era grande e indizível o motivo de sua alegria: diante daquela santa multidão, contemplavam a natureza humana que subia a uma dignidade superior à de todas as criaturas celestes, ultrapassando até mesmo as hierarquias dos anjos e a altura sublime dos arcanjos. Deste modo, foi recebida junto do eterno Pai, que a associou ao trono de sua glória, depois de tê-la unido na pessoa do Filho à sua própria natureza divina.

 Fonte: https://liturgiadashoras.online/

Papa: o mundo necessita de esperança! A morte jamais será vitoriosa

Audiência Geral de 08/05/2024 com o Papa Francisco (Vatican Media)

Dando prosseguimento ao ciclo de catequeses sobre vícios e virtudes, Francisco falou sobre a esperança, virtude que não emana de nós, mas é um dom que vem diretamente de Deus.

Vatican News

A esperança foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira (08/05), realizada na Praça São Pedro.

Esta virtude teologal é a resposta às perguntas sobre o sentido último do homem. Se o caminho da vida não tem sentido, se no início e no fim há nada, então nos perguntamos por que deveríamos caminhar: é aqui que surge o desespero do homem, o sentimento da inutilidade de tudo, explicou o Pontífice. Se faltar esperança, todas as outras virtudes correm o risco de desmoronar e acabar em cinzas.

Já o cristão tem esperança não por mérito próprio. Se ele acredita no futuro é porque Cristo morreu e ressuscitou e nos deu o seu Espírito. Neste sentido, se diz que a esperança é uma virtude teologal, pois não emana de nós, mas é um dom que vem diretamente de Deus.

“Se acreditamos na ressurreição de Cristo, então sabemos com certeza que nenhuma derrota e nenhuma morte duram para sempre.”

Todavia, a esperança é uma virtude contra a qual muitas vezes se peca, quando, por exemplo, se desanima diante dos próprios pecados, esquecendo que Deus é misericordioso e maior que o nosso coração. “Deus perdoa tudo e sempre, recordou Francisco”. “Peca-se contra a esperança quando o outono apaga a primavera dentro de nós.”

O mundo necessita de esperança

Para Francisco, o mundo de hoje tem grande necessidade desta virtude cristã: "O mundo necessita de esperança". Tanto quanto precisa de paciência, virtude que caminha em estreito contato com a esperança. “Os homens pacientes são tecelões do bem”, afirmou. Desejam obstinadamente a paz e, mesmo que alguns tenham pressa e queiram tudo imediatamente, a paciência tem a capacidade da espera.

E ainda, a esperança é a virtude de quem tem o coração jovem; e a idade não importa aqui. Porque também há idosos com os olhos cheios de luz, que vivem uma tensão permanente em relação ao futuro. O Pontífice então concluiu:

“Irmãos e irmãs, vamos em frente e peçamos a graça de ter esperança, a esperança com a paciência. Sempre olhar para aquele encontro definitivo; sempre olhar para o Senhor, que sempre está próximo de nós. E que jamais, jamais a morte será vitoriosa. Vamos em frente e peçamos ao Senhor que nos dê esta grande virtude da esperança, acompanhada da paciência.”

Fonte: https://www.vaticannews.va/p

terça-feira, 7 de maio de 2024

Sob o olhar materno de Maria, peregrina o povo de Deus

Maio: Mês de Maria (marista)

SOB O OLHAR MATERNO DE MARIA, PEREGRINA O POVO DE DEUS

Dom José Gislon
Bispo de Caxias do Sul (RS)

Estimados irmãos e irmãs em Cristo Jesus! As celebrações litúrgicas no mês de maio nos motivam a viver como peregrinos neste mundo, sob o olhar e a ternura materna da Virgem Maria, a mãe de Jesus e nossa. Lembrada e invocada pelo nosso querido povo de Deus com tantos títulos, que recordam ternura, proximidade, amor e esperança. Segundo as Sagradas Escrituras, ela e sua família passaram por muitas provações e momentos difíceis, em que a dor tocou e feriu o seu coração de mãe, mas não silenciou a voz do amor, não matou a ternura, nem tirou a sua disponibilidade para amar e servir o Senhor, como discípula e missionária da paz e da esperança.  

A presença da mulher sempre esteve no projeto de amor de Deus, e a sua participação na missão e na vida da Igreja ajudou a tornar mais visível o amor de Deus, Pai misericordioso, e sua ternura divina e humana na vida das pessoas, em tantas realidades de abandono, de violência e de dor, muitas vezes ignoradas ou desconhecidas por muitos de nós. 

Tendo presente o seu significado na vida do povo de Deus que, em meio a tantas provações, peregrina para a casa do Pai, não podemos deixar de lembrar, no mês de maio, mês das mães, a figura materna da Virgem Maria. Seria uma omissão de nossa parte, como Igreja, comunidade de fé, vivermos este mês sem manifestar gratidão a Deus pela presença materna de Maria no seu projeto de amor, na nossa vida pessoal e na vida da Igreja. Ela foi mãe, servidora e fiel discípula de Jesus. Por isso, é um tempo propício também para refletirmos e reconhecermos “a dignidade da mulher e a sua indispensável contribuição na Igreja e na sociedade, ampliando sua presença, especialmente na formação e nos espaços decisórios”, como nos lembra o documento 105 da CNBB.  

Na sua exortação apostólica Gaudete et Exsultate, o Papa Francisco nos lembra que Maria “viveu como ninguém as bem-aventuranças de Jesus. É aquela que estremecia de júbilo na presença de Deus, aquela que conservava tudo no seu coração e se deixou atravessar pela espada… Ela nos mostra o caminho da santidade e nos acompanha. E, quando caímos, não aceita nos deixar prostrados por terra; às vezes nos leva nos braços, sem nos julgar”. Ela sabe que o amor é o melhor remédio para curar as feridas do coração, que nos afastam de Deus e dos irmãos e irmãs, na família e na comunidade.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

NAZARENO: O filho pródigo (o desapego dos bens mundanos) - (40)

Nazareno (Vatican News)

Cap. 40 - O filho pródigo (o desapego dos bens mundanos)

Depois de deixar o vilarejo, Jesus e seus amigos se dirigem à cidade de Lívias. O Nazareno decide contar aqui a parábola que, mais do que qualquer outra, descreve o amor fiel e infinito de Deus pelos seus filhos que haviam sido infiéis. Começa a narrar: “Um homem tinha dois filhos. O mais jovem disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me cabe. E o pai dividiu os bens entre eles”. “Poucos dias depois, ajuntando todos os seus haveres, o filho mais jovem partiu para uma região longínqua e ali dissipou sua herança numa vida devassa”.

Dilapida o dinheiro recebido. Decide retornar, apesar de sua vergonha, apesar de seu medo de ser rejeitado.

Ele estava ainda ao longe, quando seu pai viu-o, encheu-se de compaixão, correu e lançou-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos”. “O filho, então, disse-lhe: ‘Pai, pequei contra o Céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho’. Mas o pai disse aos seus servos: ‘Ide depressa, trazei a melhor túnica e revesti-o com ela, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. Trazei o novilho cevado e matai-o; comamos e festejemos, pois este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi reencontrado!’. E começaram a festejar.

Seu filho mais velho estava no campo. Quando voltava, já perto de casa ouviu músicas e danças. Chamando um servo, perguntou-lhe o que estava acontecendo. Este lhe disse: ‘É teu irmão que voltou e teu pai matou o novilho cevado, porque o recuperou em saúde’. Então ele ficou com muita raiva e não queria entrar. Seu pai saiu para suplicar-lhe. Ele, porém, respondeu a seu pai: ‘Há tantos anos que eu te sirvo, e jamais transgredi um só dos teus mandamentos, e nunca me deste um cabrito para festejar com meus amigos. Contudo, veio esse teu filho, que devorou teus bens com prostitutas, e para ele matas o novilho cevado!”. Mas o pai lhe disse: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas era preciso que festejássemos e nos alegrássemos, pois este teu irmão estava morto e tornou a viver; ele estava perdido e foi reencontrado!’.

O filho mais velho raciocinava de acordo com a lógica humana, percebia que era injusta a misericórdia demonstrada por seu pai. E o pai não apenas havia encontrado e acolhido o segundo filho, mas também o havia "devolvido" como irmão ao filho mais velho.

https://media.vaticannews.va/media/audio/s1/2024/05/03/15/137932316_F137932316.mp3

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/

Visita Pastoral Missionária na Paróquia Imaculada Conceição

Visita Pastoral Missionária na Paróquia Imaculada Conceição (arqbrasilia)

Visita Pastoral Missionária na Paróquia Imaculada Conceição - Sobradinho/DF

A Paróquia Imaculada Conceição, localizada em Sobradinho, recebeu a Visita Pastoral Missionária nos dias 3, 4 e 5 de maio. Dom Antonio de Marcos, Bispo Auxiliar de Brasília, esteve na comunidade ao longo dos três dias.

  • maio 6, 2024

Na sexta-feira (03/05), a abertura da Visita Pastoral foi com a celebração da Santa Missa, presidida por Dom Antonio de Marcos. Logo após, o Bispo visitou a Catequese da Crisma e o Grupo Pastoral do Pós-Crisma.

No sábado (04/05), foram realizadas diversas atividades. Na parte da manhã, Dom Antonio visitou as turmas de Catequese infantil e duas escolas que estão localizadas no território pastoral da comunidade: La Salle e Santo Elias.

À tarde, Dom Antonio visitou os enfermos no Hospital Regional de Sobradinho (HRS). O Cardeal Arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa, também visitou a comunidade e participou de uma reunião com os coordenadores de todas as Pastorais, Serviços e Movimentos da Paróquia. A visita de sábado foi encerrada com a celebração da Santa Missa, presidida pelo Cardeal.

Na manhã de domingo (05/05), último dia da Visita Pastoral, Dom Antonio celebrou a Santa Missa na Capela Nossa Senhora da Paz – CABV. Logo após, visitou o Anúncio nas Praças, evento de evangelização que está sendo realizado na Paróquia e termina no dia de Pentecostes. À tarde, o Bispo celebrou a Santa Missa e visitou uma casa comunitária de idosos.

 Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Paróquias da cidade de Canoas (RS) acolhem famílias desabrigadas

Paróquias da cidade de Canoas (RS) acolhem famílias desabrigadas (POM Brasil) | Vatican News

As paróquias locais uniram forças para oferecer ajuda humanitária às comunidades desabrigadas. Voluntários se mobilizaram para fornecer alimentos, água, roupas e abrigo emergencial às pessoas afetadas.

Fabrício Preto | POM Brasil

Na esteira da recente crise humanitária causada pelas chuvas no Rio Grande do Sul, várias famílias foram desalojadas na cidade de Canoas. Segundo informações do poder público local, mais de 15 mil pessoas que residem em Canoas já foram levadas para um dos mais de 55 abrigos abertos no município.

A água das chuvas avançou sobre 60% do município e a estimativa é de que mais de 180 mil pessoas tenham sido atingidas. Nos últimos dias, a Prefeitura contabilizou mais de 63,8 mil pedidos de resgate e ajuda, que vêm sendo feitos de forma ininterrupta.

Paróquias mobilizam ações humanitárias

As paróquias locais uniram forças para oferecer ajuda humanitária às comunidades desabrigadas. Voluntários se mobilizaram para fornecer alimentos, água, roupas e abrigo emergencial às pessoas afetadas. As igrejas abriram suas portas, transformando seus espaços em centros de acolhimento, onde os desabrigados puderam encontrar conforto e apoio.

Paróquias mobilizam ações humanitárias (POM Brasil | Vatican News

Luciane Possebon, da paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Canoas, está na linha de frente de acolhida aos desabrigados e atua na Pascom da Paróquia. O acolhimento iniciou na sexta-feira (3), pela manhã, reunindo todos os paroquianos da comunidade.

“Recebemos em torno de 150 pessoas para serem acolhidas. Nós temos muitos voluntários e é muito bonito de ver que, em meio a tanta tristeza, tem muita gente querendo ajudar, com a presença voluntária de médicos e enfermeiros”, destacou Luciane.

Em meio às necessidades que são urgentes, Luciane informou que foi organizada uma linha de ações com pessoas colaborando em cada setor.

“Nós organizamos uma recepção, onde se faz uma triagem das pessoas que estão chegando, cadastrando seus dados em um computador. Após, as famílias são encaminhadas para a troca de roupa, pois muitos chegam molhados e com frio. Na sequência todos recebem alimentação e são atendidos por médicos e também têm acompanhamento psicológico. As pessoas chegam muito abaladas emocionalmente, pois muitos passaram cerca de dois dias nos telhados de suas casas e sem se alimentar. A primeira família que nós recebemos, de mais ou menos 10 pessoas, tinha um bebê em estado de quase hipotermia. As crianças, mesmo com todas essas tristezas, estão sempre com um sorriso no rosto, felizes e isso nos motiva a trabalhar ainda mais”, lembrou.

Os animais de estimação também estão sendo acolhidos na paróquia. “Nós também estamos acolhendo os pets das famílias, separados em salas por tamanhos pequeno, médio e grande e temos recebido doação de rações. Chegam muitas pessoas de outros estados inclusive realizando doações. E só agradecemos a Deus por presenciar a ajuda mútua de tantas pessoas. Ontem recebemos um relato de outras pessoas dizendo o quanto as paróquias estão organizadas nessa ajuda humanitária, e isso nos anima muito”, finalizou Luciane.

Ajuda humanitária (POM Brasil | Vatican News

Necessidade de fornecimento de água

Segundo Pe. Diego Jobim Garcia, da Paróquia Santa Luzia, no Bairro Estância Velha em Canoas, a comunidade está abrigando em torno de 300 pessoas mais os animais de estimação. Todas as capelas, salões comunitários, salas e escolas estão acolhendo, sem contar as famílias que abriram suas portas para receber desabrigados.

“As fotos não conseguem ilustrar a totalidade de ações que a paróquia vem realizando. São doações de todos os tipos, roupas, comidas, materiais essenciais e acolhimento das crianças. Há necessidade maior de fornecimento de água, em grande quantidade, para que se possam oferecer alguns serviços, como um banho quente para quem sai das inundações, isso tem se tornado necessário. Da mesma forma, necessitamos de colchões, colchonetes, edredons e cobertores. Temos recebido muitas doações de alimentos e ainda se faz necessário doação de produtos de higiene e limpeza”, lembrou Pe. Diego.

Alimentação tem sido a prioridade da paróquia

A paróquia Nossa Senhora das Graças, em Canoas, está localizada em um dos pontos mais alto da cidade. Dois terços da cidade foi atingido pelas cheias, sendo os bairros mais necessitados da região. Segundo Pe. César Leandro Padilha, a paróquia está acolhendo famílias e sendo ponto de recebimento de doações de água, roupas e alimentos.

“Em nossa paróquia o principal trabalho está sendo fazer comida para poder alimentar as famílias que dependem desses alimentos. Neste domingo (5), somente na paróquia Nossa Senhora das Graças, foram 7 mil refeições entregues, e mais 4 mil sanduíches preparados. Hoje o nosso pátio está lotado de pessoas procurando acolhimento e alimentação”, destacou Pe. Leandro Padilha.

Ajuda humanitária (POM Brasil | Vatican News

Saiba como ajudar

O Regional Sul 3 da CNBB organizou uma campanha para socorrer os diversos municípios. Quem desejar contribuir pode fazer um Pix para a CNBB Regional Sul 3: 33685686001041 (CNPJ).

 Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/

Santa Flávia Domitila

Santa Flávia Domitila (Cléofas)
07 de maio

Santa Flávia Domitila

 POR PROF. FELIPE AQUINO

Pelos fins do século primeiro, o Evangelho havia penetrado na própria aristocracia romana. De fato se lê na História Eclesiástica de Eusébio de Cesareia: “Referem que no ano quinze de Domiciano (95 d.C.), Flávia Domitila, sobrinha por parte de irmã de Flávio Clemente, que era então um dos cônsules de Roma, juntamente com numerosas pessoas, foi deportada para a ilha de Ponza por ter confessado Cristo”. O historiador romano Cássio Díon afirma por sua vez que o Imperador Domiciano “tirou a vida, com muitos outros, de Flávio Clemente, não obstante ser ele seu primo”, acusando-o de “ateísmo”. Ateus eram chamados os cristãos por não adorarem os deuses de Roma. “Muitos – acrescenta o historiador romano – desviando-se com costumes dos judeus tiveram a condenação à morte ou o confisco dos bens”. Após meio século de vida da comunidade cristã que tanto progredia em Roma, ainda eram confundidos, pelos romanos, os cristãos e os judeus. Flávia Domitila foi deportada para a ilha de Ponza, onde “sofreu um longo martírio”.

São palavras de São Jerônimo, que refere que a viúva Paula, por ocasião de sua viagem ao Oriente, passou na ilha para visitar os lugares onde viveu a santa. A escassez de notícias a respeito da patrícia romana que pagou duramente a sua fidelidade a Cristo é compensada por uma lendária passio, não anterior ao século V, que se extravasa em narrações de detalhes pouco verídicos. Fala-se aí de dois eunucos, Nereu e Aquiles, os quais enquanto Domitila se preparava para o casamento com Aureliano, filho de um cônsul, falaram-lhe de Cristo e da beleza da virgindade “a virtude dos Anjos”, convencendo-o a renunciar ao matrimônio e cobrir a cabeça com o véu branco que distingue as virgens de Deus. O Imperador Domiciano, instigado pelo noivo abandonado, teria mandado a menina para a ilha que foi o lugar de detenção das filhas de Calígula e de um filho de Germânico. A Nereu e Aquiles coube a mesma sorte. Aureliano após ter procurado em vão corromper os dois servos para que fizessem Flávia Domitila desistir do seu propósito, fez decapitar a ambos. Uma tentativa de amolecer o coração da ex-noiva com uma tarde dançante resultou na morte do próprio Aureliano; um irmão seu, por vingança, pôs fogo na casa de Domitila, que pereceu no grande incêndio, vítima do amor por Cristo. Embora muito sugestivo este conto parece totalmente lendário.

Outros Santos do mesmo dia: São Dominiciano, São Liudardo, Santos Serêncio e Sereno, São João de Berveley, Santa Rosa Venerini, Santo Agostinho Roscelli, Beata Gisela, Santos Flávio Augusto e Agostinho e São Maurélio.

Fonte: https://cleofas.com.br

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF